OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA … Se antes era necessário fazer contas rápidas e corretamente,...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
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A GEOMETRIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Autor: Joelcio Rufato Dutra1
Orientador: Dr. Artur Lourival da Fonseca Machado
RESUMO
Esta pesquisa abordou questões a respeito da problematização do ensino da
Geometria, considerando os aspectos relativos à construção de uma casa, com
aplicação de propriedades geométricas, enfatizando a complexidade presente
no processo ensino-aprendizagem da Geometria, a partir de proposta
metodológica aplicada na 3ª série C do ensino médio do Colégio Estadual
Santa Clara ensino fundamental e médio do Município de Candói, Estado do
Paraná. A proposta metodológica partiu da abordagem de conteúdos de
Geometria como parte integrante dos currículos escolares e de sua aplicação
prática no dia a dia, considerando que a construção gradativa do saber
geométrico se dá com o estabelecimento da relação com o espaço e os
problemas colocados por este conhecimento e buscou o domínio desse
conteúdo, estimulando o aluno através de pesquisas acerca da geometria e
suas aplicações nas construções de casas e na resolução de problemas que
envolvem cálculos e medidas. Com a proposta buscou-se proporcionar ao
aluno a atribuição de sentido à Geometria no seu dia a dia.
1 INTRODUÇÃO
A escola, que é um ambiente de estudos e pesquisas, deve trabalhar
assuntos como a geometria de forma contextualizada, a fim de intervir de forma
positiva a formar educandos com uma visão que possam relacionar o que e se
ensina em sala de aula com a sua vida. Neste sentido, de acordo com Boyer
(1996, p. 5), “o desenvolvimento da geometria pode ter sido estimulado por
necessidades práticas de construção e demarcação de terras, ou por
1 Professor da rede Pública do Estado do Paraná, pertencente ao NRE de Guarapuava, participante doPrograma de Desenvolvimento educacional (PDE), sob orientação do Professor Dr. Artur Lourival daFonseca Machado da IES – Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO).
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sentimentos estéticos em relação a configurações e ordem”, o que ressalta a
possibilidade de contextualização e da aplicação prática.
No contexto em que já foram ensaiadas diversas mudanças no ensino
da Matemática com vistas a melhorar a sua aprendizagem, nomeadamente
mudanças curriculares e programáticas, o problema do ensino do conteúdo de
geometria e da sua aprendizagem talvez possa ser abordado segundo outras
perspectivas.
Levar em consideração dois fatores: o conhecimento prévio dos alunos,
ou seja, devemos relacionar os conceitos geométricos com situações
vivenciadas por eles no dia a dia, como a aplicação de conceitos geométricos
na construção de uma casa e situações práticas dos nossos alunos e
reconhecer que uma linguagem mais próxima e a criação de modelos e análise
de resultados pelos alunos farão com que o processo de ensino-aprendizagem
seja facilitado.
Para superar as dificuldades observadas no ensino aprendizagem de
matemática, optou-se nesta proposta por apresentar uma metodologia que tem
como objetivo a aplicação prática dos conteúdos, bem como desafiar o aluno
na construção de raciocínio lógico no ensino de geometria. É importante
mostrar para o aluno que é com base na geometria plana e espacial que a
humanidade constrói casas e edifícios.
2 FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS
2.1 A ESCOLA COMO ESPAÇO DE CONHECIMENTO
Toledo (1997) enfatiza que hoje com todos os mecanismos de cálculos
disponíveis é importante desenvolver conteúdos com diferentes enfoques, para
mostrar o caminho da contextualização.
Diante de todo o avanço tecnológico é primordial se repensar qual o
objetivo da matemática, pois esta não mais deve ser estudada de maneira
mecânica, já que
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Se antes era necessário fazer contas rápidas e corretamente, hoje éimportante saber por que os algoritmos funcionam, quais são as ideiase os conceitos neles envolvidos, qual a ordem de grandeza deresultados que se pode esperar de determinados cálculos e quais asestratégias mais eficientes para enfrentar uma situação-problema,deixando para as máquinas as atividades repetitivas, a aplicação deprocedimentos padrões e as operações de rotina. (TOLEDO, 1997, p37).
Segundo D’Ambrosio (2002, p.12), devemos pensar que indivíduos
estamos preparando, que condições eles possuem para manejar situações
novas. Com o grande avanço da tecnologia da informação aplicada à
educação, as aulas de matemática estão sendo pensadas de maneira
tradicional, onde o professor é o único responsável por todo o processo de
ensino e os alunos, meros receptores do “dito” conhecimento.
Para D’Ambrosio (2002, p.12) “é a adoção de uma nova postura
educacional, a busca de um novo paradigma de educação que substitua o já
desgastado ensino aprendizagem baseado numa relação obsoleta de causa
efeito”.
Fundamentando-se nos princípios teóricos expostos, propõe-se que o
currículo da Educação Básica ofereça ao estudante a formação necessária
para o enfrentamento com vistas à transformação da realidade social,
econômica e política de seu tempo. Esta ambição remete às reflexões de
Gramsci em sua defesa de uma educação na qual o espaço de conhecimento,
na escola, deveria equivaler à ideia de atelier-biblioteca-oficina, em favor de
uma formação, a um só tempo, humanista e tecnológica (Paraná - DCE
-Matemática, 2008, p. 20). Concordando com a DCE, a escola deve ser um espaço
de confronto e diálogo entre os conhecimentos sistematizados e os
conhecimentos do cotidiano popular.
De acordo com Ramos (2004?),
Sob algumas abordagens, a contextualização, na pedagogia, écompreendida como a inserção do conhecimento disciplinar em umarealidade plena de vivências, buscando o enraizamento doconhecimento explícito na dimensão do conhecimento tácito. Talenraizamento seria possível por meio do aproveitamento e daincorporação de relações vivenciadas e valorizadas nas quais ossignificados se originam, ou seja, na trama de relações em que arealidade é tecida. (p.1)
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Ainda de acordo com Ramos (2004?),
O processo de ensino-aprendizagem contextualizado é um importantemeio de estimular a curiosidade e fortalecer a confiança do aluno. Poroutro lado, sua importância está condicionada à possibilidade de [...]ter consciência sobre seus modelos de explicação e compreensão darealidade, reconhecê-los como equivocados ou limitados adeterminados contextos, enfrentar o questionamento, colocá-los emcheque num processo de desconstrução de conceitos ereconstrução/apropriação de outros. (p. 02)
A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que
possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias
matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar,
analisar, discutir e criar. Desse modo, supera o ensino baseado apenas em
desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos
pela memorização ou listas de exercícios. A ação do professor é articular o
processo pedagógico, a visão de mundo do aluno, suas opções diante da vida,
da história e do cotidiano. A geometria e as noções ligadas à organização de
espaço são necessárias para compreender, interpretar e apreciar o mundo que
nos rodeia; ela está intimamente ligada à realidade. Neste contexto, suas
experiências e seus valores culturais devem ser reestruturados e
sistematizados a partir das ideias ou dos conceitos que estruturam as
disciplinas de referência. (Paraná - DCE - Matemática, pag. 45).
2.2 HISTÓRIA DA GEOMETRIA
Segundo a Paraná - DCE - Matemática (2008), as ideias geométricas
abstraídas das formas da natureza, que aparecem tanto na vida inanimada
como na vida orgânica e nos objetos produzidos pelas diversas culturas,
influenciaram muito o desenvolvimento humano. Em torno dos anos 300 a.C.
Euclides sistematizou o conhecimento geométrico, na obra Elementos. Seus
registros formalizaram o conhecimento geométrico da época e deram
cientificidade à Matemática. Nessa obra, o conhecimento geométrico é
organizado com coesão lógica e concisão de forma, constituindo a Geometria
Euclidiana que engloba tanto a geometria plana quanto a espacial.
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Pela maneira como são postas suas bases e pelo rigor das
demonstrações, a geometria euclidiana se caracteriza como modelo lógico para
as outras ciências físicas. A obra de Euclides tem uma importância excepcional
na história da Matemática e exerce influência até os dias atuais, inclusive no
âmbito escolar.
Na primeira metade do século XVII, o conhecimento geométrico recebeu
nova abordagem com a Geometria Analítica que trouxe uma dinâmica diferente
à Matemática. A Europa vivia uma transição política e econômica e o modo de
produção capitalista, emergente, requeria das ciências novos conhecimentos.
Buscavam-se conhecimentos mais avançados no campo da astronomia e da
mecânica. Era preciso que a Matemática resolvesse cálculos como, por
exemplo, de distância entre pontos, coordenadas de ponto que divide um
segmento conforme uma razão dada, determinação de pontos de intersecção
de curvas, discussão de curvas, etc. (ALEKSANDROV, 1976, p. 225). Por meio
da geometria analítica, tais problemas eram solucionados.
O conhecimento geométrico ganhou mais uma face no final do século
XVIII e início do século XIX, com os estudos de Bolyai, Lobachevsky, Riemann
e Gauss. Surgiam as geometrias não euclidianas, que trouxeram uma nova
maneira de ver e conceber o conhecimento geométrico.
A Geometria Euclidiana, transmitida de geração a geração por mais de
dois mil anos, não era a única. As mentes criativas dos matemáticos Bolyai,
Lobachevsky, Gauss e Riemann lançaram as bases de outras geometrias tão
logicamente aceitas quanto a Euclidiana. Uma dessas geometrias não
euclidianas encontra aplicação na Teoria da relatividade, o que se justifica, pois
sendo curvo o universo eisteniano, a Geometria Euclidiana não é adequada
(COUTINHO, 2001, p. 36).
Entende-se que a valorização de definições, as abordagens de
enunciados e as demonstrações de seus resultados são inerentes ao
conhecimento geométrico. No entanto, tais práticas devem favorecer a
compreensão do objeto e não reduzir-se apenas às demonstrações
geométricas em seus aspectos formais.
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2.3 MODELAGEM MATEMÁTICA
A modelagem, como alternativa para o ensino da matemática,
desenvolve atitudes positivas no educando em relação ao processo
ensino/aprendizagem desta ciência. Está é forçando a atenção sobre o
problema como um todo e não sobre uma única solução.
Segundo Bassanezi (2004),
Modelagem Matemática é um processo dinâmico utilizado para aobtenção e validação de modelos matemáticos. É uma forma deabstração e generalização com a finalidade de previsão detendências. A modelagem consiste, essencialmente, na arte detransformar situações da realidade em problemas matemáticos cujassoluções devem ser interpretadas na linguagem usual. (p. 24)
Para Bassanezi (2004) a “Modelagem é eficiente a partir do momento
que nos conscientizamos que estamos sempre trabalhando com aproximações
da realidade, ou seja, que estarmos sempre elaborando sobre representações
de um sistema ou parte dele”. (p. 24)
A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de
situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do
aluno no contexto social, procura levantar problemas que sugerem
questionamentos sobre situações de vida.
Segundo Barbosa (2001) a Modelagem Matemática é “um ambiente de
aprendizagem no qual os alunos são convidados a indagar e/ou investigar, por
meio da Matemática, situações oriundas de outras áreas da realidade” (p. 6).
Partindo de uma situação prática e seus questionamentos, o aluno
poderá encontrar modelos matemáticos que respondam essas questões.
Modelagem matemática é o processo que envolve a obtenção de ummodelo. Este, sob certa óptica, pode ser considerado um processoartístico, visto que, para se elaborar um modelo, além deconhecimento de Matemática, o modelador precisa ter uma dosesignificativa de intuição e criatividade para interpretar o contexto,saber discernir que conteúdo matemático melhor se adapta e tambémter senso lúdico para jogar com as variáveis envolvidas(BIEMBENGUT e HEIN, 2005, p. 12).
O trabalho com a Modelagem Matemática propõe a construção do
conhecimento matemático a partir do conhecimento que o aluno traz da sua
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realidade ou então de algo que é de seu interesse, mesmo que não faça parte
do seu dia a dia, agregando a este a matemática acadêmica. Desta forma
possibilita ao estudante solucionar problemas, organizar dados, refletir, analisar
e conhecer o processo de desenvolvimento da matemática.
A respeito da modelagem matemática, Burak (1987, p. 62) afirma que
“(...) constitui-se em um conjunto de procedimentos cujo objetivo é construir um
paralelo para tentar explicar, matematicamente, os fenômenos presentes no
cotidiano do ser humano, ajudando-o a fazer predições e tomar decisões”.
2.4 MODELAGEM MATEMÁTICA E SUAS APLICAÇÕES
Observa-se que as experiências que estão sendo desenvolvidas até o
momento, fazendo uso de modelagem para o ensino da matemática, vêm
demonstrando aspectos positivos desta forma de trabalho. É importante
destacar que “esse método de trabalho torna o ensino da matemática mais
vivo, mais dinâmico e extremamente significativo para o aluno”. (BURAK, 1992,
p. 94).
Ao se propor a modelagem como método alternativo há possibilidade de
se articular os diferentes eixos que fundamentam o ensino de matemática, não
sendo necessário obedecer a uma sequência de conteúdos, pois diferente da
prática em outros métodos de ensino, nesta concepção não existe uma ordem
rígida a ser seguida, pois os conteúdos são determinados pelo problema de
interesse do grupo, possibilitando repetir várias vezes o mesmo conteúdo no
transcorrer das diferentes atividades.
O papel do professor no ensino tradicional da Matemática é o de
repassador dos conteúdos exigidos pelo planejamento escolar, conteúdos
estanques, que não prendem a atenção do aluno. Na modelagem, o professor
apresenta-se como “(...) mediador da relação ensino-aprendizagem, isto é,
orientador do trabalho, tirando dúvidas, colocando novos pontos de vista com
relação ao problema tratado e outros aspectos que permitam aos alunos
pensarem sobre o assunto”. (BURAK, 1994, p. 51).
3 AÇÕES DESENVOLVIDAS NA IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO
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Cumprindo as etapas pré definidas no projeto de intervenção
pedagógica, realizou-se durante a semana pedagógica de 2014 a
apresentação do projeto para a equipe de educadores do Colégio Estadual
Santa Clara, do Município de Candói (PR). Foram apresentadas todas as
etapas e metodologias previstas no projeto, mostrando a relevância da
matemática ao dia a dia do nosso aluno, para a proposta de trabalho do
conteúdo de geometria aplicada na Construção de uma casa.
A primeira etapa foi realizada com a apresentação do projeto aos alunos
da terceira série do ensino médio do período noturno do Colégio Estadual
Santa Clara Município de Candói (PR). Durante a apresentação do projeto foi
possível observar através de debates e questionamentos que na sua grande
maioria os alunos não percebem a matemática aplicada ao seu dia a dia, sendo
assim o tema proposto no projeto num primeiro momento teve grande interesse
até porque a proposta do projeto era a apresentação de um orçamento de
materiais para a construção de uma casa, no final do projeto.
A segunda ação proposta foi a de introdução da geometria plana e
espacial, relacionando às figuras planas e sólidas geométricos, vinculadas a
construção de casas, através da metodologia de resolução de problemas,
relembramos conteúdos geométricos já vistos pelos alunos e mostramos
conteúdos novos para que os alunos pudessem visualizar a geometria na sua
realidade e também dar uma base de conteúdos para que os alunos pudessem
relacionar ao orçamento da construção de uma casa o qual deveriam
apresentar no final do projeto.
Neste momento foi possível observar que, grande maioria dos alunos
não consegue aplicar o conteúdo visto em sala a seu cotidiano; outro item
importante observado foi à análise de valores e medidas a falta de noção de
espaço e a capacidade de abstrair os conteúdos para seu meio, a exemplo de
uma atividade em que o aluno deveria propor uma planta baixa com a devida
escala métrica e os resultados obtidos foram bem diversificadas, em situações
em que na planta baixa de determinada casa o banheiro era maior que o resto
da casa e outras situações inusitadas.
A terceira ação foi realizada com exibição de vídeos de fundamentos
geométricos, aplicados na construção de casas. Este momento foi muito rico,
devido aos conteúdos contemplados pelos vídeos, que mostraram o passo a
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passo da construção de uma casa e, assim, os alunos começaram a ter noção
do que é e como se dá a construção de uma casa e toda a riqueza da
matemática aplicada desde o planejamento da construção de uma casa até a
sua finalização. Neste momento houve muitos questionamentos e foi possível,
em parceria com os alunos, criar um canal de comunicação e sanar as dúvidas
e questionamentos.
A quarta etapa foi a de pesquisa realizada no laboratório de informática,
desenvolvida em grupo, onde os alunos buscaram informações sobre o
histórico da construção de casas, a evolução e os tipos de materiais
empregados na construção de casas. Em conjunto a esta pesquisa realizaram
uma pesquisa na comunidade, para levantar dados de que tipo de casas
predomina na sua comunidade.
Posterior a este trabalho de pesquisa ocorreu o de apresentação dos
dados pesquisados, onde cada grupo pode apresentar com auxílio de recursos
audiovisual para melhor mostrar os dados. Neste momento observou-se junto
aos alunos que a construção de uma casa, mesmo sendo um tema que está
intimamente ligado ao seu dia a dia, ao mesmo tempo é um tema que não
apresentam muita familiaridade com o assunto.
A quinta etapa do trabalho foi a de resolução de problemas partindo do
princípio da elaboração de um orçamento para a construção de uma casa;
nesta etapa surgiram problemas levantados por eles, mas também foram
propostas algumas situações em que era necessária a intervenção de
problemas para que o aluno pudesse ter conhecimento o suficiente para
realizar o orçamento da quantidade de materiais para a construção de uma
casa, a qual cada aluno definiu sua planta baixa e dimensões.
3.1 GTR - GRUPO DE TRABALHO EM REDE
O Grupo de Trabalho em Rede (GTR) foi a terceira etapa do Programa
de Desenvolvimento Educacional (PDE). Paralelamente à implementação do
projeto com os alunos realizou-se o GTR, através da Plataforma MOODLE
(Modular Object-Oriented Dynamic Learning), modalidade de Ensino à Distância.
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Esta etapa possibilitou socializar e discutir o projeto desenvolvido, juntamente
com os professores de matemática que participaram do grupo.
O trabalho no GTR foi desenvolvido em três etapas sendo a primeira a
Apresentação do projeto, que possibilitou seu conhecimento e discussões que
permearam a problemática levantada pelo projeto.
A segunda etapa foi a da apresentação da Unidade Didática. Neste
momento os participantes do curso tiveram a oportunidade de conhecer as
atividades propostas e avaliaram a viabilidade de aplicação na realidade da
escola onde cada cursista trabalha, possibilitando assim uma troca de
experiências entre os participantes do grupo.
Na terceira e última etapa os cursistas foram orientados a escolher uma
das atividades da Unidade Didática e realizar a aplicação com seus alunos e
posterior postagem dos resultados obtidos.
Este trabalho em grupo teve grande importância, pois possibilitou a troca
de experiência com os colegas participantes do GTR, as discussões foram
produtivas mostrando que professores da rede estadual de ensino procuram
estar sempre atualizados com metodologias voltadas para a melhoria da
qualidade do ensino.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho Pedagógico foi desenvolvido com base no Projeto
de Intervenção Pedagógica na escola e Unidade Didática, produzidos durante a
1ª e 2ª etapas do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE. O trabalho
teve como objetivo geral utilizar a Modelagem Matemática, enquanto estratégia
metodológica, possibilitando aos alunos a compreensão da Geometria Plana e
Espacial através do estudo de problemas relacionados á construção de uma
casa e problemas que envolveram situações cotidianas, oportunizando aos
alunos perceberem que a matemática estudada na escola pode ser aplicada na
sua vida.
O tema Geometria na Construção Civil que propusemos e
desenvolvemos neste trabalho de pesquisa envolveu vários conteúdos de
matemática, principalmente a Geometria Plana e Espacial. Portanto se tornou
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uma ferramenta que possibilitou tornar as aulas mais interessantes
proporcionando aos educandos uma forma de aplicar a teoria à prática através
da Modelagem Matemática e Resolução de Problemas do cotidiano do aluno.
Este trabalho de pesquisa também possibilitou a aplicação da Modelagem
Matemática dentro do ensino da Matemática, que foi útil no exercício da
profissão, proporcionando aos educandos a criatividade e a busca de
estratégias para a resolução de problemas.
Com este trabalho espera-se ter contribuído no ensino aprendizagem de
nossos alunos, proporcionando a eles no decorrer de sua aplicação a
conscientização da matemática envolvida em nosso cotidiano, motivando-os
assim e melhorando a aprendizagem já que a matemática passa a ter mais
significação para os educandos.
Observou-se no decorrer do trabalho que na sua grande maioria os
educandos apresentaram muitas dificuldades em relacionar a geometria com a
construção de casa, a falta de noção de espaço e localização foi um fator muito
importante para o desenvolvimento, entender o que realmente é sair da ideia
da construção de uma casa, ir para o projeto, depois passar pelo orçamento
para enfim poder executar uma obra.
A proposta de trabalho teve como objetivo uma proposta metodológica
de ensino de geometria, que se aproximasse dos conteúdos escolares com a
realidade do educando, no entanto sabemos que a educação é muito complexa
e que não é com apenas alguns recursos pedagógicos e conhecimentos
teóricos que se poderá mudá-la, mas sim um longo caminho, muito esforço e
um conjunto de fatores dentro da escola e sociedade que nos possibilitará a
evolução e consequente melhoria.
Os resultados deste trabalho demonstram que os educando da 3ª série
do ensino médio do Colégio Estadual Santa Clara de Candói (PR)
apresentaram-se mais motivados e receptivos aos conteúdos de geometria,
possibilitando a melhoria do processo de ensino-aprendizagem, mesmo com as
dificuldades encontradas como a falta de conhecimento prévio dos conteúdos.
Com a superlotação da sala de aulas acreditamos ter alcançado nossos
objetivos traçados. Portanto acreditamos que a implementação deste projeto é
viável para aplicação aos educandos das escolas da Rede Pública do Estado
do Paraná.
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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BIEMBENGUT, M. S.; HEIN, N. Modelagem Matemática no Ensino. SãoPaulo: Editora Contexto, 2005.
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BURAK, D. Modelagem Matemática: Ações e interações no processo deensino-aprendizagem (Tese Mestrado), Unicamp, Campinas, São Paulo,1992.
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D’AMBROSIO, B. S. Como ensinar matemática hoje? Temas e Debates.SBEM. Ano II. N2. Brasília. 1989. P. 15-19.
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TOLEDO, M.; TOLEDO, M. Didática de Matemática: como dois e dois: AConstrução da Matemática. São Paulo: FTD, 1997.