OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ... · científicos advém da...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Título: Ensino de Ciências – Uso de agrotóxicos na cultura do fumo e seus
impactos no corpo humano e meio ambiente
Autora: Rosana Sandra Pszedzimirski
Disciplina/Área: Ciências
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra. Ensino Fundamental e Ensino Médio. Localizado na Rua Duque de Caxias n° 723.
Município da escola: Virmond
Núcleo Regional de Educação: Laranjeiras do Sul
Professor Orientador: Prof.º Dr. Sandro Aparecido dos Santos
Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO
Relação Interdisciplinar: Química; Biologia; Artes; Português
Resumo: Este trabalho tem como intenção contribuir e subsidiar a prática docente no Ensino de Ciências, tendo como foco o desenvolvimento dos conteúdos saúde, meio ambiente e agrotóxico. Os conteúdos selecionados são compatíveis com a realidade dos alunos do 8º ano do Ensino Fundamental, do Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra, situado no município de Virmond-PR, onde será realizada uma intervenção pedagógica com a intenção de oportunizar uma aprendizagem significativa. Para contemplar essa aprendizagem, serão empregues os mapas conceituais, com o objetivo de tornar o processo de ensino mais dinâmico e participativo, fazendo com que os estudantes empreguem seus conhecimentos originários das vivências sociais para a compreensão dos conteúdos abordados ao longo dessa intervenção, sendo a aprendizagem expressa em forma de produção textual. Essa proposta encontra base nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (PARANÁ, 2008) e na Teoria da Aprendizagem Significativa desenvolvida por David Ausubel. Nesse sentido, ocorrerá um Ensino de Ciências mais instigante, mediado por atividades diversificadas, com a intencionalidade de
favorecer tanto a participação como o entendimento e a assimilação dos conteúdos.
Palavras-chave: Saúde – Meio ambiente – Agrotóxicos – Mapa conceitual
Formato do Material Didático: Unidade didática
Público:
Alunos do 8°ano do Ensino Fundamental
APRESENTAÇÃO
A prática de ensino na disciplina de Ciências necessita incorporar temáticas
próximas à realidade do educando, como forma de oportunizar uma relação com os
conteúdos científicos que poderão resultar em uma aprendizagem mais consistente,
havendo a condição dos alunos exporem os saberes que já dominam, tendo uma
atuação mais participativa na construção do seu próprio aprendizado.
Considerando essa perspectiva, a presente produção didático-pedagógica,
em forma de unidade didática, indica formas de abordagem do tema “Uso de
agrotóxicos na cultura do fumo e seus impactos no corpo humano e no meio
ambiente”, pautado no uso dos mapas conceituais, como forma de colaborar para
que o estudante tenha melhores condições de aprender os conteúdos enfocados.
O uso dos mapas conceituais contribui para que o conhecimento, no processo
de ensino, possa ser detectado, organizado e representado, permitindo que o aluno
tenha uma perspectiva mais relevante acerca do que está aprendendo.
Com isso, haverá uma interação maior com o conteúdo, como também uma
participação mais efetiva do aprendiz no decurso do seu desenvolvimento.
1. INTRODUÇÃO
O Ensino de Ciências, no Ensino Fundamental, necessita incorporar a
abordagem de temáticas próximas a realidade do educando, como forma de
propiciar ao aprendiz a condição de assimilar os conteúdos de forma consciente,
compreendendo tanto seu enunciado como o seu alcance no ambiente natural
(PARANÁ, 2008).
Essa incorporação propicia que o aluno reflita sobre as implicações sociais do
conhecimento científico, tendo condições de perceber a sua relevância e incorporá-
los ao seu repertório de saberes (ZUANON, 2011).
Considera-se, mediante essa incorporação, de que se pretende proporcionar
ao aluno um Ensino de Ciências que favoreça uma análise crítica sobre o que está
sendo ensinado, resultando em um direcionamento que permitirá conciliar a teoria
científica com a sua realidade, proporcionando um aprendizado contextualizado
(PARANÁ, 2008).
O processo de Ensino de Ciências com a abordagem de temas próximos ao
aluno e do meio social busca conciliar o conhecimento científico com a realidade
dele, para que o significado do conteúdo abordado seja entendido no decurso do
processo de ensino-aprendizagem.
Essa perspectiva se baseia na determinação constante na Lei n. 9.394/1996
(BRASIL, 1996, p. 6), onde se estabelece, entre os princípios para a educação
básica: “Artigo 3º - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: [...]
XI – Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais”. Ao
destacar as práticas sociais, o docente, no Ensino de Ciências, necessita
contextualizar os conteúdos para que os educandos percebam sua relevância e sua
aplicação no meio social, fazendo com que tenham uma maior compreensão acerca
de seus significados.
O estabelecimento da relação entre a realidade com o conhecimento
científico estimula o aluno a ter uma postura mais ativa para compreender melhor
tanto o significado do conteúdo como também da situação cotidiana abordada,
contribuindo para sua aprendizagem. Esse posicionamento é reconhecido por
Jardim e Blanch, ao exporem que:
O uso de situações da realidade, que permitem relacionar os conceitos estudados com a vida cotidiana, pode auxiliar no processo de aprendizagem, já que coloca o aluno como agente do processo e isso pode predispô-lo a relacionar de maneira substantiva o novo material com sua
estrutura cognitiva. (JARDIM e BLANCH, 2002, p.103).
A realidade é uma matéria-prima rica, à qual os conhecimentos científicos
estão incorporados, possibilitando que o aluno identifique a aplicabilidade do que lhe
é apresentado em sala de aula, resultando em uma interação entre a teoria e a
prática. Dessa forma, fundamenta-se uma assimilação pertinente do conteúdo
absorvido, no sentido de compreensão do fenômeno ou evento que o saber
científico decodifica.
Gaspar (2005, p. 16) relata que, ao abordar aspectos relacionados a
realidade, o docente consegue destacar “[...] as influências do desenvolvimento da
Ciência no cotidiano com o intuito de formar cidadãos capazes de ler, interpretar e
pensar sobre seu mundo”.
Se, porém, a postura do ensino basear-se em rotina nas aulas, em repetição
monótona de atividades e às vezes sem sentido, bem como na obrigatoriedade das
carteiras em filas nas salas de aulas, far-se-á com que a criança se depare com um
ambiente diferente daquele ao qual está acostumada.
O ensino pode ser um processo prazeroso, fazendo com que os alunos
adotem uma postura favorável à participação, que é um componente relevante para
que a compreensão do significado do conteúdo abordado possa ocorrer, evitando
que ocorra somente a memorização, mas sim a compreensão do que está sendo
memorizado.
Nessa perspectiva, o aluno passa a ter uma maior possibilidade de
empregar o conhecimento adquirido no processo educativo em diversas situações,
não se limitando ao ambiente escolar, permitindo ao educando, no entender de
Aurer:
[...] enfrentar os imprevistos, o inesperado, a incerteza, e modificar seu desenvolvimento em virtude das informações adquiridas ao longo do tempo. É preciso aprender a navegar em um oceano de incertezas em meio a um arquipélago de certezas. (AURER, 2003, p. 169)
Mediante essa percepção, por meio dessa unidade didática, há a intenção de
contribuir com os docentes da disciplina de Ciências para a abordagem do tema
saúde humana e preservação ambiental, tendo como referencial temático o uso de
agrotóxicos na cultura de fumo, considerando como principal referencial os mapas
conceituais.
Esse tema foi escolhido para mostrar que o Ensino de Ciências pode auxiliar
os produtores de fumo a melhor compreenderem o impacto do uso dos agrotóxicos
em seu organismo, uma vez que o fumo demanda altas doses para evitar a
incidência de insetos e pragas.
Nesse sentido, o processo de ensino engloba a saúde humana e o meio
ambiente, contribuindo para que o aluno desenvolva um pensamento autônomo
acerca do que está sendo abordado, fazendo com que o Ensino de Ciências seja
relevante no seu processo de aprendizagem, empregando os mapas conceituais
para estabelecer relações entre o conhecimento da disciplina com o saber que este
já possui das suas interações sociais.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Esta unidade didática terá como base a Teoria da Aprendizagem Significativa,
elaborada por Ausubel, tendo como principal referencial o emprego dos mapas
conceituais na abordagem do tema selecionado.
2.1 A Aprendizagem Significativa e o Uso dos Mapas Conceituais no Ensino de
Ciências
O Ensino de Ciências é caracterizado pela intencionalidade de propiciar ao
aluno a compreensão de conteúdos e conceitos científicos, para que possa
empregá-los na percepção crítica da realidade social que o circunda.
Para Arruda, Branquinho e Bueno:
Aprender Ciências é aprender uma forma de pensar que deve contribuir para ampliar nossa capacidade de ter uma visão crítica acerca da realidade que vivemos. [...] deve ajudar o aluno a compreender conceitos científicos e a estabelecer relações entre estes e o mundo em que vive. (ARRUDA, BRANQUINHO e BUENO, 2006, p. 117).
O aprendizado em Ciências é favorecido pela contextualização dos conteúdos
com a realidade em que o estudante está inserido, podendo estabelecer relações
que oportunizam a assimilação do conteúdo abordado, fazendo com que este
compreenda que o saber científico é relevante para seu desenvolvimento intelectual
e social.
O estabelecimento de relações é importante para que o docente auxilie o
aluno a superar “[...] a ideia reducionista da Ciência como transmissão de conceitos,
porque essa perspectiva desconsidera os aspectos históricos, culturais, éticos,
políticos, sociais, tecnológicos, entre outros que marcam o desenvolvimento
científico” (PARANÁ, 2008, p. 61).
O Ensino de Ciências pode ressaltar para o estudante que os conceitos
científicos advém da necessidade do ser humano em decodificar e compreender os
fenômenos naturais que ocorrem ao seu redor, assim como produzir bases
científicas para apoiar o progresso científico, social e tecnológico.
A Ciência passa a ser identificada como uma produtora de conhecimentos,
expandindo a percepção humana, sendo que tais saberes não representam
verdades absolutas, mas que podem ser modificadas conforme o avanço científico
existente na sociedade.
Essa condição ressalta que a Ciência é dinâmica, pautada, na concepção de
Jardim (2002), de que a pesquisa é fundamental para que se comprove a validade e
a aplicabilidade do conhecimento científico, que tende a ser revisto como forma de
caracterizar sua importância ou sua revisão quando houver necessidade.
Ao estabelecer essa percepção no Ensino de Ciências, estimula o educando
a ter uma relação mais profícua com o conhecimento científico, oportunizando um
nível maior de assimilação de seu significado, originando a aprendizagem
significativa.
No entendimento de Pelizzari et Al., a aprendizagem é significativa quando:
[...] o novo conteúdo é incorporado às estruturas do conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a partir da relação com seu conhecimento prévio. Ao contrário, ela se torna mecânica ou repetitiva, uma vez que se produziu menos essa incorporação e atribuição de significado, e o novo conteúdo passa a ser armazenado isoladamente ou por meio de
associações arbitrárias na estrutura cognitiva. (PELIZZARI et Al., 2002, p. 37).
A interação do conteúdo científico com o conhecimento prévio do aluno, no
Ensino de Ciências, pretende oportunizar ao educando o acesso a um processo de
ensino que possibilite uma análise crítica sobre o que está sendo ensinado,
resultando em um direcionamento que permite conciliar a teoria científica com a sua
realidade, proporcionando uma aprendizagem significativa.
Essa conciliação é importante para que o aprendiz atribua significados ao
conteúdo abordado, sendo que “A aprendizagem significativa no Ensino de Ciências
implica no entendimento de que o estudante aprende conteúdos científicos
escolares quando lhes atribui significado” (PARANÁ, 2008, p. 62).
Nesse cenário, a abordagem do conhecimento científico no âmbito escolar
não pode ser desvinculada da realidade do aluno, para que não seja compreendido
somente como algo abstrato, distante do cotidiano, o que pode inviabilizar uma
interação maior com os conteúdos de Ciências, comprometendo a possibilidade de
aprendizagem significativa.
Cabe ressaltar que um dos principais expoentes da aprendizagem
significativa foi David Ausubel que percebeu, segundo Zuanon (2011) que o
conhecimento prévio do aluno é um fator que influencia no seu aprendizado, sendo
que, ao relacioná-lo com o saber científico, no Ensino de Ciências, oportuniza a
compreensão e assimilação deste saber.
Para que ocorra a aprendizagem significativa, é importante que o docente
estabeleça uma prática pedagógica mais dinâmica, incorporando recursos didáticos
que contribuam para que o educando possa ter uma relação mais significativa com o
conteúdo científico, podendo assimilá-lo de forma plena no Ensino de Ciências.
Entre esses recursos, o mapa conceitual pode ser destacado, pelo fato de
ser, segundo Mateus e Costa:
[...] uma ferramenta de significativa relevância para o processo de aprendizagem, pois quando utilizada de forma participativa e contextualizada pelo docente, gera um feedback, onde o indivíduo integra conhecimentos de uma determinada área de conhecimento e no processo de reflexão sobre sua própria estrutura cognitiva. (MATEUS e COSTA, 2009, p. 4).
O feedback é um importante retorno para que o professor possa aprimorar
sua prática docente no Ensino de Ciências, incorporando a avaliação efetivada pelos
educandos para que o processo de ensino desenvolvido possa proporcionar a
aprendizagem significativa.
No tocante ao mapa conceitual, eles são considerados diagramas
hierárquicos com a intencionalidade de propiciar a organização conceitual do
conteúdo abordado pelo docente. Tavares conceitua o mapa conceitual nos
seguintes termos:
O mapa conceitual é uma estrutura esquemática para representar um conjunto de conceitos imersos numa rede de proposições. Ele é considerado como um estruturador do conhecimento, na medida em que permite mostrar como o conhecimento sobre determinado assunto está organizado na estrutura cognitiva de seu autor, que pode visualizar e analisar sua profundidade e a extensão (TAVARES, 2007, p. 72).
O mapa conceitual, quando utilizado pelo educando, permite que este possa ir
compreendendo, gradativamente, o tema abordado, detectando suas dificuldades
como também a necessidade de intervenção do docente para que haja maior
esclarecimento em relação às dúvidas suscitadas no decurso do processo. Para o
professor, o mapa conceitual pode servir como recurso avaliativo, identificando a sua
condição de instrumento de feedback acerca do desenvolvimento do processo de
ensino-aprendizagem.
O emprego desse recurso didático é relevante para que o docente não adote
uma postura de acomodamento no processo educativo no Ensino de Ciências, por
considerar que o simples repasse de conteúdo é suficiente para o desenvolvimento
educativo do aluno. Quando se tem como meta a aprendizagem significativa, o
professor deve ter a percepção de que é preciso destacar para os estudantes que os
conhecimentos científicos são a base para a compreensão do mundo, por
colaborarem no desenvolvimento da consciência crítica, não havendo como
estabelecer uma prática pedagógica consistente no Ensino de Ciências quando se
limita a vivência educativa dos alunos à mera memorização de fórmulas, conceitos e
equações.
A incorporação dos saberes dos alunos advindos de sua realidade social, na
concepção de Ausubel (apud MATEUS e COSTA, 2009) é relevante para superar a
aprendizagem mecânica, uma vez que a realidade é uma matéria-prima rica, à qual
os conhecimentos científicos estão incorporados, possibilitando que o aluno
identifique a aplicabilidade do que está estudando, resultando em uma interação
entre a teoria e a prática, que fundamenta uma assimilação pertinente do que está
sendo estudado, no sentido de compreensão do fenômeno ou evento que o saber
científico decodifica, condição propiciada pelo uso do mapa conceitual.
O emprego desse mapa mobiliza os saberes dos alunos, fazendo com que o
conteúdo não seja percebido como algo distante da realidade, mas que tem
condições de ser contextualizado a partir de percepções que estes já dominam, o
que favorece o aprendizado.
Nesse sentido, o processo docente não pode abordar o conteúdo de forma
literal e arbitrária, pelo fato de tais características não permitir que o “[...] estudante
construa seu próprio modelo mental, sua própria rede de relações conceituais sobre
o conhecimento científico escolar” (PARANÁ, 2008, p. 62).
A valorização do saber do aluno no Ensino de Ciências representa um
estímulo ao aprendizado, no sentido de demonstrar que tais saberes estão atrelados
à realidade social vigente e que proporcionam ao ser humano descobrir o significado
de inúmeras situações que vivencia no seu cotidiano.
Para Moreira (2012, p. 8-9), os mapas conceituais “[...] são instrumentos que
podem levar a profundas modificações na maneira de ensinar, de avaliar e de
aprender. Procuram promover a aprendizagem significativa”. Ao atentar para a
aprendizagem significativa, os mapas conceituais (exemplo Figura 1) tornam-se
importantes instrumentos para favorecer o processo de Ensino de Ciências.
Figura 1: Mapa conceitual no formato diagrama em árvore
Fonte: Elaborado pela Autora
A atuação docente, no Ensino de Ciências, com o emprego dos mapas
conceituais, pode auxiliar o aluno a ter uma interação maior com conteúdos como o
corpo humano e o meio ambiente.
2.2 O Corpo Humano e Meio Ambiente como Conteúdos no Ensino de Ciências
No Ensino de Ciências, a abordagem do tema corpo humano estimula o
educando a expandir os conhecimentos acerca do seu próprio organismo,
envolvendo temáticas correlatas, como anatomia, doenças e prevenções, hábitos
saudáveis e sexualidade.
A importância da abordagem desse tema em Ciências decorre, no
entendimento de Oliveira (2011, p. 13), por ser “[...] fundamental para a construção
PROFESSOR DE CIÊNCIAS
DESENVOLVE A PRÁTICA DE ENSINO
COM A INTENÇÃO DE
OPORTUNIZAR A APRENDIZAGEM DO
ESTUDANTE
APRENDIZADO DOS CONTEÚDOS DE
CIÊNCIAS
VALORIZANDO OS SABERES DO
ALUNO
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
do cidadão. Saber e conhecer a própria anatomia é algo universal e deve estar
presente na bagagem cognitiva de qualquer pessoa”.
O estudo do corpo humano em Ciências propicia abordagens distintas para a
compreensão do seu funcionamento e da sua condição no meio social, que envolve,
por exemplo, a saúde, como uma temática pertinente pelo fato de pontuar condutas
que podem ser adotadas no cotidiano para que o organismo possa se manter
saudável.
O enfoque em saúde na abordagem do tema corpo humano, considerando a
intencionalidade da aprendizagem significativa, pode resultar, no Ensino de
Ciências, em uma influência positiva para que o educando tenha a consciência da
necessidade de cultivar hábitos saudáveis para conferir maior proteção ao seu
organismo.
No Ensino de Ciências, a aprendizagem sobre o corpo humano, na
perspectiva da saúde, deve “[...] promover mudança no comportamento do aluno,
tornando-o consciente de que é necessário à conservação da saúde. [...] a
aprendizagem significativa pode capacitar o educando a alterar hábitos e
comportamentos que possam prejudicar seu organismo” (LOPES, 2002, p. 18).
A aprendizagem significativa, no âmbito do corpo humano, permite que o
estudante tenha uma noção maior acerca das suas principais características, como
também das estratégias que propicia a manutenção de um organismo equilibrado e
saudável.
Expande-se a análise do corpo humano nesse contexto, considerando as
influências que este recebe do meio em que está inserido, bem como os efeitos que
pode ocasionar na saúde. A aprendizagem significativa passa a ser entendida como
a obtenção de “[...] uma nova compreensão do corpo humano e da saúde,
considerando-os a partir do que o bem estar da pessoa é influenciado pela interação
de fatores relativos ao indivíduo e a comunidade, inseridos em um ambiente que
proporciona de bem estar não apenas físico, mas também social e cultural”
(MONROE, et al 2013, p. 11).
A partir da interação entre os temas “corpo humano e saúde”, é possível ao
docente estabelecer uma prática integrada, aproveitando os saberes que os alunos
já possuem para contextualizar o conteúdo, tendo condições de influir na sua
conduta, sobretudo na aquisição de hábitos quando estes reconhecem a importância
para a manutenção de um organismo saudável.
Há também a possibilidade do professor abordar o meio ambiente, uma vez
que o espaço onde o ser humano está inserido exerce alguma influência no seu
organismo como também a ação humana ocasiona transformações no ambiente
natural onde está inserido.
A concepção de meio ambiente, no Ensino de Ciências, está atrelado a
perspectiva da preservação ambiental, uma vez que a ação humana, ao longo do
tempo, resultou na degradação deste meio, colocando em risco a vida de várias
espécies que comungam o mesmo espaço, como também dos recursos naturais que
são relevantes para sua própria sobrevivência (GOBARA, et al, 1996).
A abordagem do meio ambiente tem, no Ensino de Ciências, além do próprio
significado da preservação ambiental, de destacar o sentido da ação humana no
meio ambiente e os resultados que produz, sobretudo no comprometimento do
equilíbrio ambiental e, em consequência, na qualidade de vida do ser humano.
Na aprendizagem significativa, o docente consegue a englobar o próprio
sentido da intervenção humana no meio ambiente, revelando claramente que os
valores que norteiam sua atuação social, no que se refere ao relacionamento que
estabelece com a natureza, é que determina a qualidade de vida existente na
sociedade, uma vez que os recursos naturais, como a água, o solo e o ar são
essenciais para a vida (CARRARO, 1997).
O bem estar do ser humano passa, necessariamente, pela questão ambiental,
uma vez que a forma com que o indivíduo explora o meio ambiente acaba sendo
determinante na manutenção de um ambiente propício ao desenvolvimento humano.
Por essa percepção, a conexão entre o corpo humano e o meio ambiente no
Ensino de Ciências é relevante, propiciando a abordagem de temas como o
agrotóxico, que compromete a integridade de ambos.
2.3 O Impacto dos Agrotóxicos na Saúde Humana e no Meio Ambiente
Um aspecto que suscita a atenção dos produtores agropastoris, mesmo os da
agricultura familiar é o controle de pragas e doenças nas culturas. Ao longo do
século XX, os produtos mais empregados para esse controle são os agrotóxicos
que, conforme pontua Carraro (1997, p. 45), possuem o “[...] de controlar ou eliminar
as pragas e as doenças que prejudicam a qualidade dos produtos, reduzindo a
produção, causando prejuízos ao agricultor”.
Os agrotóxicos foram incorporados ao processo produtivo agropastoril, com
maior intensidade em meados de 1970, sendo empregados como um elemento
capaz de controlar as pragas que infestavam as culturas. Esse emprego foi feito de
forma indiscriminada, incorporada na concepção de Revolução Verde, onde os
insumos químicos eram importantes para elevar os níveis de produtividade.
Em relação a essa situação, é importante destacar que:
O uso dos agrotóxicos no Brasil e no mundo começou a ser intensificado a partir das décadas de 60 e 70, com a chamada revolução verde. A revolução verde foi um processo de mudança da política agrícola no país implementado a partir da segunda guerra mundial. Com um falso discurso de modernização do campo, esse processo incentivou a prática de monocultivos, o uso de sementes geneticamente modificadas, a forte mecanização do campo e o uso dos pacotes agroquímicos (MPA, 2012, p. 2).
Nos pacotes agroquímicos, os agrotóxicos possuíam, em sua composição,
produtos químicos empregados na 2ª Grande Guerra Mundial (1939-1945) com a
intenção de proteger os soldados contra pragas de piolhos, carrapatos e outros
parasitas que transportavam micróbios causadores de doenças.
Com o intuito de desenvolver a agricultura no país, o governo brasileiro, na
década de 1970, incentivava o uso desses produtos, incorporando como um pré-
requisito para a concessão de crédito para o plantio. Meldau (2013, p. 2) relata que:
“Essa atitude resultou somente em uma contaminação ambiental, sem extermínio da
fome. No ano de 1970, diversas fábricas mundiais foram transferidas para o Brasil,
país englobado entre os 5 maiores consumidores de agrotóxicos do mundo”.
Nesse contexto, no Brasil, houve a expansão da monocultura, como a soja e
o milho, que demandam uma quantidade significativa de agrotóxicos para controlar a
infestação de pragas e insetos, fazendo com que tais produtos se tornassem
referenciais no âmbito agropastoril.
Ortiz (2013, p. 2) relata que: “[... enquanto nos últimos dez anos o mercado
mundial de agrotóxicos cresceu 93%, o brasileiro aumentou 190%, revelando que
seu emprego no campo mantém índices constantes de crescimento”.
Contudo, ao longo do tempo, foram sendo detectados os efeitos nocivos dos
agrotóxicos para o meio ambiente e para a saúde dos seres humanos. Um dos
primeiros efeitos nocivos acerca do seu uso foi o fato do surgimento de resistência
aos seus compostos químicos das pragas, insetos e doenças, demandando o uso de
doses mais significativas, com um nível maior de toxicidade para propiciar o controle
destes fatores.
Em relação a essa situação, Assis relata que:
Podem também provocar o aumento das pragas ao invés de combatê-las, pois na medida em que se usam insumos químicos as pragas tornam-se mais resistentes, necessitando de agrotóxico cada vez mais forte, desse modo, agredindo ainda mais o ambiente dizimando até os próprios predadores naturais das pragas. (ASSIS, 2013, p. 2)
Mediante essa percepção, os agrotóxicos foram revelando, no decurso do seu
uso, efeitos colaterais significativos, oriundos dos produtos químicos empregados na
sua composição, que não são passíveis de controle, devido ao seu emprego em
larga escala nas grandes plantações.
Essa utilização em larga escala resultou na exposição do ser humano a
comprometimentos sérios de saúde, resultando no surgimento de doenças crônicas,
quase sempre fatais.
Meldau relata que:
Os agrotóxicos têm feito vítimas fatais, além de provocar aborto, malformação fetal, suicídios, câncer, dermatose, entre outras doenças. De acordo com a OMS, ocorrem 20.000 óbitos/ano devido à manipulação, inalação e consumo indireto de pesticidas, nos países em desenvolvimento, como o Brasil (MELDAU, 2013, p. 2)
Tal condição deriva do fato de, até meados da década de 1980, haver pouca
informação acerca dos riscos de contaminação envolvendo os agrotóxicos, fazendo
com que os trabalhadores rurais atuassem sem qualquer tipo de proteção, sendo
expostos por períodos prolongados aos componentes tóxicos de sua composição,
fazendo que, ao longo dos anos, tivessem sua saúde totalmente comprometida.
Os consumidores também são afetados pelos efeitos dos agrotóxicos,
condição advinda do fato dos alimentos serem contaminados com resíduos destes
produtos químicos. Ortiz (2013, p. 2) indica que “[...] o consumo prolongado de
alimentos contaminados por agrotóxico ao longo de 20 anos pode provocar doenças
como câncer, malformação congênita, distúrbios endócrinos, neurológicos e
mentais”.
Os efeitos para o meio ambiente também são nefastos, resultando em
contaminação de nascentes, poluição de rios, erosão de solos e desertificação,
intoxicação da fauna e da flora. Devido a tais efeitos, a legislação passou a
contemplar os agrotóxicos, principalmente pelo reconhecimento da sua condição de
afetar a vida humana e o meio ambiente.
A abordagem do uso de agrotóxicos e o impacto no organismo humano e no
meio ambiente, no Ensino de Ciências, é relevante, principalmente em municípios de
pequeno porte, onde a agricultura familiar é uma das principais atividades
econômicas, que acaba envolvendo até crianças e adolescentes na realização das
tarefas nas propriedades rurais (CARRARO, 1997).
O material didático tem como intuito o desenvolvimento de uma prática
docente no Ensino de Ciências em consonância com a concepção de aprendizagem
significativa, estruturado de forma a atender a oportunizar ao educando uma
interação maior com o conteúdo, favorecendo a sua compreensão bem como a sua
assimilação.
Nesse sentido, na abordagem do tema “Uso de agrotóxicos na cultura do
fumo e seus impactos no corpo humano e meio ambiente” serão empregadas
atividades diversificadas com recursos pedagógicos diferenciados, com a intenção
de oportunizar aos educandos identificarem a relevância deste assunto, como
também terem aprendizagens que impactarão nas suas vivências sociais.
As atividades propostas, por serem sugestões, podem ser modificadas ou
adaptadas, considerando à realidade vivenciada pelos educandos ou incorporando
temáticas que estes podem pontuar ao longo do processo de ensino, o que tende a
enriquecer ainda mais a prática docente desenvolvida.
3. AMBIENTE: SALA DE AULA
A atividade inicial será a realização do pré-teste, com a intenção de identificar
os conhecimentos prévios que os alunos já possuem em relação ao tema a ser
abordado. Essa identificação é relevante para que o docente possa aquilatar o
conhecimento do educando no decurso do desenvolvimento das demais atividades,
oportunizando a verificação se a aprendizagem se consolidou ao longo da efetivação
da proposta, com a aplicação ao final dos trabalhos do pós-teste com as mesmas
questões do pré-teste.
É importante que o docente não se atenha apenas a realização de uma
avaliação escrita, mas que também estabeleça a socialização dos conhecimentos
dos educandos, para que oportunize um intercâmbio de experiências entre os
mesmos, favorecendo a conexão dos conteúdos a serem abordados com situações
práticas do cotidiano.
Cabe ressaltar que Ausubel (apud FERNANDES, 2011) considerava o
conhecimento prévio do aluno como um importante referencial para a aprendizagem
significativa, cabendo ao docente estimulá-lo a expressar em sala de aula, para que
possa orientar sua prática bem como oportunizar a interação com os demais
educandos. Sendo assim, há a oportunidade de estabelecer um vínculo entre o
saber científico e a realidade, realçando que o aprendizado dos conteúdos de
Ciências é de grande importância para o aluno.
O pré-teste e a socialização do conhecimento relativo ao tema enfocado pode
ter a duração de até 02 aulas.
3.1 Atividade 1
pré-teste
1) A função do sistema respiratório é:
a) ( ) Bombear sangue para o organismo
b) ( ) Transportar nutrientes para o organismo
c) ( ) Processar os alimentos e transformá-los em nutrientes
d) ( ) Ajustar o organismo ao ambiente
e) ( ) Captar oxigênio e eliminar gás carbônico
Resposta: E
2) São componentes do sistema respiratório:
a) ( ) Fossas nasais, faringe, laringe, estômago, rins
b) ( ) Traqueia, brônquios, pulmões, intestino, vesícula
c) ( ) Fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos, pulmões
d) ( ) Coração, cérebro, pâncreas e rins
e) ( ) Fossas nasais, faringe, coração, traqueia, brônquios, estômago, pulmões
Resposta: C
3) Observando a figura, indique as respostas corretas:
Fonte: http://www.overmundo.com.br/banco/ar-puro-1
Sugestão:
pré-teste
a) ( ) As árvores absorvem gás carbônico e liberam oxigênio
b) ( ) O ar puro contribui para o bom funcionamento do sistema respiratório
c) ( ) O meio ambiente sem poluição é fundamental para a saúde do ser humano
d) ( ) O ser humano não depende do meio ambiente para viver
e) ( ) As árvores melhoram a qualidade do ar
Resposta: a, b, c, e.
4) Baseado em seu conhecimento observe as imagens e ao lado faça observações
sobre o que você lembra ao visualizá-la.
Fonte: http://ecoblogconsciencia.blogspot.com.br/2010_07_01_archive.html
Fonte: http://www.agrolink.com.br/noticias/29--dos-alimentos-analisados-contem-agrotoxicos-fora-do-permitido_174781.html
Observações: _____________________________
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Observações: _______________________
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Fonte: http://www.embalagemmarca.com.br/2011/07/embalagens-de-agrotoxicos-biologicos-nao-precisam-mais-apresentar-simbolo-de-caveira/
Fonte:http://www.equipaminas.com.br/loja.phtml?f=1&cprod=119&sess=5a3610d64f717045bb64185e4faa6627
Fonte: http://sosriosdobrasil.blogspot.com.br/2011/04/o-dia-da-terra-visto-pelos-chargistas.html
Observações: ______________________________________
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Observações: __________________________________
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Observações: ____________________________
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Fonte: http://blogdocetab.blogspot.com.br/2010/11/sistema-respiratorio.html
5) Descreva a sua opinião acerca da imagem:
Fonte: http://abhpopular.com.br/?p=440
6) Considerando a charge, elabore um texto envolvendo as seguintes questões:
Fonte: http://blogdoparrini.blogspot.com.br/2012/05/bomba-brasil-e-campeao-em-alimentos.html
Opinião:
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Observações: ________________________________
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a) Por que o agrotóxico é aplicado nas
plantações?
b) Quais os efeitos que os agrotóxicos
podem provocar nos alimentos?
c) Os alimentos intoxicados por agrotóxicos
ocasionam que danos no organismo
humano?
7) Complete o texto com as palavras em destaque:
Agrotóxicos são produtos ______________ utilizados na agricultura. São
substâncias destinadas a impedir a ação ou matar diretamente insetos, ácaros,
roedores, ervas ________________. Seu uso inadequado coloca em risco à
__________ humana, como também provoca sérios danos ao ________________.
Para evitar esses riscos, é importante que o agricultor leia o ______________ do
produto, que apresenta medidas de segurança para o seu uso, como também indica
as ______________ corretas e a aplicação deve ser feita com equipamentos
individuais de ______________.
Resposta: Químicos. Daninhas. Saúde. Meio ambiente. Rótulo. Dosagens. Segurança.
A escolha pela produção textual em algumas questões decorre da importância
do incentivo do aluno em elaborar textos escritos expondo suas percepções acerca
dos assuntos a serem enfocados. Cabe ressaltar que os assuntos selecionados são
de conhecimento do educando, por terem sido estudados nas séries anteriores.
A produção textual em Ciências representa uma forma do educando
expressar suas percepções, constituindo-se em um recurso que acaba
oportunizando ao docente detectar seu nível de desenvolvimento, os saberes
assimilados no âmbito social passíveis de relação com o tema enfocado e a forma
com que os conteúdos são entendidos.
Souza e Almeida (2005, p. 368) ponderam que a produção textual representa
a “[...] possibilidade de expressão do pensamento dos alunos, sem nos restringirmos
a pensá-la apenas como atividade que pode contribuir para a formação de conceitos
científicos pelos estudantes”. Nesse contexto, após a confecção dos textos, os
alunos interessados poderão socializá-los, permitindo ao docente efetivar as
primeiras intervenções acerca do tema, como também possibilitando que os
educandos, por meio de suas experiências, possam ir elaborando seus
conhecimentos de modo constante e significativo.
Rótulo
Dosagens
Meio ambiente Daninhas Segurança
Químicos Saúde
A reflexão acerca dos efeitos do uso dos agrotóxicos no corpo humano
iniciará com a abordagem do sistema respiratório, que é o mais afetado pela
intoxicação oriunda destes produtos químicos.
Na sequência, sugere-se a exibição de um vídeo sobre o sistema respiratório,
com duração de 7min.13seg. O vídeo é acessado no seguinte endereço eletrônico:
http://www.youtube.com/watch?v=sQU4LVJr7TI. Após o término do vídeo, deverá
ser aberto um espaço para os estudantes esclarecerem suas dúvidas.
A atividade poderá ser desenvolvida em grupo de 03 (três) alunos e o material
distribuído pela docente. Os materiais utilizados são canudos de refrigerante, rolha,
garrafa PET, balões pequenos e balões grandes.
O modelo de sistema respiratório a ser construído é representado na Figura 2:
Figura 2 – Modelo de Sistema Respiratório
Fonte: http://jobspapa.com/imagenes-sistema-respiratorio-kootation.html
Na Figura 2, o balão pequeno representa o pulmão; o balão maior, o músculo
diafragma; o canudinho, as vias aéreas; e a garrafa PET, a caixa torácica.
3.2 Atividade 2
Construção do sistema respiratório
Para finalizar essa atividade, os alunos deverão coletar no laboratório de
informática informações acerca do sistema respiratório, em especial, dos efeitos
provocados neste sistema pela intoxicação por produtos químicos.
A duração dessa atividade pode ser de até 4 aulas.
O conhecimento prévio do sistema respiratório oportuniza a abordagem do
uso de agrotóxico considerando seus efeitos nocivos no organismo. Contudo, é
importante que o educando perceba que seu uso adequado atende às necessidades
existentes no cultivo de plantas, como o fumo, sobretudo para controle de insetos,
fungos e ervas daninhas.
Ao apresentar essa dualidade (possibilidade de dano à saúde x uso na
agricultura), o docente pode ressaltar que o conhecimento científico é determinante
para que o ser humano possa ter noção dos efeitos que os produtos químicos
podem causar. A partir dessa percepção, pode tomar as precauções necessárias
para minimizar os riscos, identificando que o conhecimento é um fator que influi na
conduta humana.
Professores: antes da sessão de vídeo o professor deverá instigar os alunos sobre questões pertinentes ao assunto e as situações que vivenciam no seu cotidiano, como o uso dos agrotóxicos por seus familiares, parentes ou pessoas próximas, sobretudo das medidas de segurança que utilizam para evitar contaminações e riscos à saúde.
3.3 Atividade 3
Uso de agrotóxico na agricultura
Nesse sentido, a atividade envolverá o uso do vídeo “Uso correto e seguro de
defensivos agrícolas”, com duração de 13 min.48seg. O endereço eletrônico do
vídeo é: http://www.youtube.com/watch?v=34KyBksAHto.
Após a exibição do vídeo, realizar uma mesa redonda sobre o assunto com os
alunos para servir de base, da etapa seguinte, onde irão compor um mural, norteado
pelas seguintes questões:
a) De que forma os agrotóxicos devem ser adquiridos pelo produtor?
b) Quais os principais cuidados para a armazenagem dos agrotóxicos?
c) O que são EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) e qual a sua
importância para o agricultor?
d) Por que as crianças não podem manusear os defensivos agrícolas?
e) Qual a importância da leitura da bula e do rótulo do produto?
f) Qual a forma correta de descarte das embalagens do agrotóxico?
g) Seus familiares, parentes ou vizinhos utilizam de forma correta o
agrotóxico? Justifique.
Após a elaboração do mural, os alunos irão socializar com a comunidade
escolar, sendo que a docente intermediará este processo, sobretudo para que estes
exponham situações que ocorrem em seu cotidiano, identificando os riscos do uso
inadequado dos agrotóxicos.
Para verificar a aprendizagem, os alunos realizarão uma atividade de caça-
palavra, com o uso do seguinte texto:
Principais Equipamentos de Proteção
Individual- EPI's
o Avental ou roupas de proteção
o Luvas
o Proteção facial/ ocular
o Proteção respiratória
Fonte: UNIFAL (2013)
CAÇA-PALAVRAS
T A N O E N M V T R S S I O
A M L S A B R E E A B A M P
N S O U T R A S C F G A E P
T I B H T S T H N M A N A B
Q O N T R I A U O Y S A C V
U L N I O S N A L F H U C E
A P A I S T T N O F A I O N
R R A R I E E M G I A O M E
T O I E G M S I I G T L E N
O D N I G A A L A J A L R O
M U O Q U A R T S E R A S S
A T A V I A Y E B C E R R I
M O P R O D U T O S D O A C
I S S A L T O A O A F G L S
O B L R D I S T U R B I O S
D N S T A F G B N M A Q F D
S T A G R O T O X I C O S A
Os agrotóxicos já ocupam o quarto lugar no ranking de intoxicações, ficando
atrás apenas dos medicamentos, acidentes com animais peçonhentos e produtos de
limpeza. Essas fórmulas podem causar distúrbios neurológicos, respiratórios, cardíacos,
pulmonares e no sistema endócrino, ou seja, na produção de hormônios. No Brasil o
consumo de agrotóxicos cresce de forma correspondente ao avanço do modelo do
agronegócio, que concentra a terra e utiliza grande quantidade de venenos para
garantir a produção em escala industrial. Mas é possível mudar este modelo de
produção e reduzir o uso de agrotóxicos no país. Diversos estudos de empresas brasileiras
garantiram o desenvolvimento de novas tecnologias que proporcionam a correta
colocação do produto no alvo, em quantidade necessária, de forma econômica e com o
mínimo de contaminação de outras áreas.
Fonte: RODRIGUES (2011, p. 4)
Em seguida sugere-se utilizar a música “Herdeiros do Futuro” para estimular a
reflexão sobre a importância da preservação ambiental. Vídeo disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=JO-nzWf92rM.
Os estudantes deverão elaborar uma paródia da música, abordando o uso de
agrotóxicos, a saúde humana e a preservação do meio ambiente.
Na sequencia os alunos terão que elaborar uma encenação teatral com o
tema “Uso de EPI’s na aplicação de agrotóxicos. Serão constituídos 06 (seis) grupos
de alunos para a realização dessa atividade Para essa elaboração, poderão coletar
informações em livros e na WEB, fazendo uso da biblioteca e do laboratório de
informática, sendo encenada, inicialmente em sala de aula. Após a encenação, os
alunos escolherão uma peça a ser apresentada à comunidade escolar no final da
execução da unidade didática.
O mapa conceitual (exemplo Figura 3) é um importante instrumento de apoio
na prática docente, propiciando aos educandos estabelecerem relações entre os
conteúdos, oportunizando a aprendizagem significativa.
Seu emprego, após a contextualização inicial do tema, bem como o
aprofundamento em seus significados e sentidos, oportuniza aos educandos
identificarem o seu nível de compreensão sobre o assunto e os conteúdos, servindo
como recurso para expressar seu aprendizado.
Ausubel (apud MOREIRA; MASINE, 2002) considera que os mapas
conceituais permitem ao docente auferir o nível de aprendizagem do educando,
como também identificando conteúdos que não foram ainda totalmente
compreendidos, propiciando que a prática possa ser aprimorada, atendendo melhor
os anseios que estes apresentam.
3.4 Atividade 4
Mapa conceitual
Na abordagem do mapa conceitual, os alunos consultarão o site
http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapasconceituais/ que apresenta: conceituação,
utilização dos mapas conceituais na educação e exemplo de mapas conceituais.
Após a realização dessa pesquisa, a docente esclarecerá as dúvidas dos
educandos sobre os mapas conceituais.
Na sequência, será elaborado a primeira parte do mapa conceitual do projeto,
contemplando a saúde humana como no exemplo da Figura 3:
Figura 3: Mapa conceitual no formato diagrama em árvore sobre o sistema respiratório.
Fonte: http://cmapspublic3.ihmc.us/rid=1G4F7B0M7-12NHDG1-1714/Mapa%20de%20Conceitos%20-%20Sistema%20Respirat%C3%B3rio.cmap
Com o decurso das aulas, será incorporado no mapa conceitual o tema meio
ambiente.
A utilização inadequada dos agrotóxicos afeta também o meio ambiente,
ocasionando sérios danos ambientais que, além de afetar o ecossistema, também
compromete a saúde humana.
Nessa atividade, os alunos elaborarão charges opinando sobre o uso de
agrotóxicos e seus impactos no corpo humano e meio ambiente, tendo como
exemplos de charges as Figuras 4, 5 e 6:
Figura 4 – Exemplo de Charge I
Fonte: http://www.gamalivre.com.br/2012/11/agrotoxicos.html
Figura 5 – Exemplo de Charge II
Fonte: http://neovisao.blogspot.com.br/2012/06/campanha-quer-banir-no-brasil.html
3.5 Atividade 5
Efeitos do uso de agrotóxico no
meio ambiente
Figura 6 – Exemplo de Charge III
Fonte: http://amarildocharge.wordpress.com/2011/12/08/alimentos-saudaveis/
Sugerem-se ainda como variantes o uso de tirinhas ou historias em
quadrinhos, os quais farão parte de um mural com a intenção de que os educandos
montem uma cartilha de conscientização a ser apresentada à comunidade escolar.
Para a realização dessa atividade, será elaborada uma pesquisa no
laboratório de informática, para que os educandos coletem informações acerca do
uso de EPI’s (exemplo Figura 7), assim como assistir vídeos disponibilizados na
WEB, como:
- Agrotóxico – o veneno invisível: reportagem que trata do uso excessivo de
agrotóxico e as consequências que acarretou para agricultores da região Sudeste do
Paraná. Tempo de duração: 5min.38seg. Endereço eletrônico:
http://www.youtube.com/watch?v=39v_A98lT6M
- Uso de EPIs, tempo de duração 10 min. 20 seg. Endereço eletrônico:
http://www.youtube.com/watch?v=LcBUNGNwnEQ
- Campanha contra agrotóxicos e pela vida alerta sobre o uso indiscriminado;
reportagem que destaca o fato do Brasil registrar 5 mil casos de envenenamento por
agrotóxicos por anos. Tempo de duração: 3min.45min. Endereço eletrônico:
http://www.youtube.com/watch?v=o88-OrUnY2Q
- Campanha embalagens de agrotóxicos – Agricultura, tempo de duração 32
seg. Endereço eletrônico: http://www.youtube.com/watch?v=roSF8BoA8T0
VESTIMENTAS E EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
De forma geral, é necessário o uso dos seguintes equipamentos de segurança:
- calças compridas de brim grosso e de cor clara:
- camisa de brim ou algodão, ou macacão de brim grosso, com mangas compridas e de cor clara:
- luvas de segurança; sapatos ou botas impermeáveis (as botas preferencialmente de PVC)
- proteção impermeável para a cabeça.
Itens complementares que devem ser acrescentados de acordo com as condições de trabalho:
- protetores faciais, óculos de segurança;
- aventais, peneiras e outros acessórios impermeáveis;
- respiradores com filtro adequado.
Figura 7 – Utilização dos EPI’s
Fonte: ANVISA (2013).
Com a intenção de aprofundar a aprendizagem acerca do uso dos
agrotóxicos, será elaborado um mapa conceitual pelos estudantes, sendo orientados
pela professora.
3.6 Atividade 6
Mapa conceitual: agrotóxicos
O mapa conceitual pode se pautar no seguinte modelo:
Fonte: Elaborado pela autora
Após a elaboração do mapa conceitual, será efetivada a apresentação por
parte dos alunos da sua produção.
AGROTÓXICO
IMPRUDÊNCIA
AUMENTO DA PRODUTIVIDADE
MAIOR LUCRO PARA O AGRICULTOR
USO CORRETO REDUZ O RISCO À SAÚDE HUMANA E AO MEIO AMBIENTE
USO DOS EPI’S
USO INCORRETO ELEVA O RISCO À SAÚDE HUMANA E AO MEIO AMBIENTE
CONTROLE DE PRAGAS
COLOCA EM RISCO À SAÚDE HUMANA: COMPROMETE O SISTEMA RESPIRATÓRIO
POLUI O MEIO AMBIENTE, A ÁGUA, O SOLO E ALIMENTOS
A atividade poderá ter início com uma palestra ministrada pelos enfermeiros
da Secretaria Municipal de Saúde de seu município, tendo como tema: “A saúde e o
uso dos agrotóxicos na cultura de fumo”. Haverá um enfoque também na
importância do uso dos EPI’s.
Paralelo à palestra, poderá ser montada uma sala ambiente com a produção
dos alunos ao longo do desenvolvimento do projeto, onde irão apresentar a
produção teatral, paródias, em especial, a cartilha destacando as medidas de
segurança necessárias para o uso de agrotóxicos na agricultura.
3.7 Atividade 7
Palestra e socialização
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A utilização dos mapas conceituais no Ensino de Ciências procura oportunizar
aos educandos uma interação maior com os conteúdos, para que possa
compreendê-los, construindo sua aprendizagem.
Mateus e Costa pontuam que:
O Mapa Conceitual como recurso didático é um instrumento potencialmente significativo no Ensino de Ciências Naturais, podendo ser adaptado à qualquer área do conhecimento, desde que haja interesse dos docentes em inovar nas suas aulas com atividades dinâmicas que promovam aprendizagem significativa.( MATEUS e COSTA, 2009, p. 12)
O mapa conceitual está relacionado com a construção de significados, que
envolvem os saberes culturais e sociais que os educandos já possuem, permitindo
que estabeleçam uma postura favorável ao processo de ensino, por haver a
valorização de suas experiências.
Há também a intenção de estabelecer uma prática didática diferenciada,
evidenciando a importância da Ciência no cotidiano dos educandos, como também
contribuindo para que se sintam motivados a participarem nas aulas.
Com o emprego dos mapas conceituais, pautados em outros recursos, como
charges, construção de materiais e pesquisa na biblioteca e no laboratório de
informática, o professor tem a condição de ofertar a turma momentos de integração,
estimulando a participação, como forma de realçar que a aprendizagem na disciplina
de Ciências ocorre de maneira interativa, onde os conteúdos abordados podem ser
visualizados em um contexto mais amplo e expressivo.
Nesse sentido, é importante que haja o aproveitamento de temáticas próximas
à realidade do aluno, para que se mobilizem os conhecimentos que estes já
possuem, estabelecendo-se conexões com o conteúdo da disciplina, o que favorece
a aprendizagem.
Cabe ressaltar que a presente unidade didática apresenta sugestões de
encaminhamentos metodológicos que podem colaborar para que os docentes
possam abordar os conteúdos da disciplina de Ciência, sendo possível incorporar
outras atividades, para enriquecer ainda mais este processo.
Os mapas conceituais são exemplos de como podem ser elaborados, sendo
relevante que o professor oportunize aos estudantes elaborar eles a partir de suas
próprias perspectivas, como forma de relacionar o nível de aprendizado que
alcançaram ao longo do desenvolvimento do projeto, identificando sua condição de
instrumento avaliativo.
5. REFERÊNCIAS
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