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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

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Título: A biblioteca convertida em ambiente de difusão da leitura espontânea

Autora: Maria Inez Ferreira Linck1

Orientadora: Raquel Illescas Bueno2

Resumo: Este artigo tece considerações quanto à importância da valorização do espaço da bibliotecaescolar, bem como do funcionário que nela atua. Considerando a disseminação da ideia de que osalunos não gostam de ler, buscou-se criar estratégias para que o aluno, principalmente do sexto anodo ensino fundamental, frequentasse a biblioteca objetivando perceber a necessidade de leitura noseu dia a dia. O agente de leitura e professores deveriam elaborar atividades para seremdesenvolvidas no espaço da biblioteca, em contra turno. Visando a capacitação do agente de leitura,a produção didático-pedagógica contemplou diversas fontes, ressaltando a importância da leitura,estratégias de incentivo e mediação. Ao se implementar o projeto, houve necessidades de alterações,haja vista a biblioteca se encontrar em reforma. Percebeu-se, contudo, o interesse dos alunos pelasatividades propostas. Também, pôde-se verificar a necessidade da direção e equipe pedagógicaendossarem, de forma explícita, projetos que sejam desenvolvidos e/ou elaborados por funcionáriose/ou professores em readaptação de função, pois há dificuldade em obter participação espontânea docorpo docente. Assim, vê-se a necessidade imposta de se criar estratégias para que se possapromover os valores de um leitor ideal, ou seja, criatividade, autonomia, liberdade e crítica. Essabusca pode ser definida como a escolarização da literatura que é rejeitada por muitos, porém,inevitável quando a literatura se torna saber escolar.

Palavras-chave: biblioteca; agente de leitura; sexto ano; leitura.

1. Introdução:

O presente artigo tem por objetivo discorrer sobre a intervenção feita em rela-

ção à problemática evidenciada nas escolas, que é o pouco acesso de alunos à bi-

blioteca para a prática de leitura espontânea, ou seja, aquela que lhes permitirá a

assimilação dos diferentes registros da língua, se apropriando da cultura escrita,

sem contudo, haver preocupação com nota ou controle. A partir dessa considera-

ção, abordou-se a questão "utilitária" referente à literatura no espaço escolar. Tam-

bém, considerou-se a importância do funcionário que atua no espaço da biblioteca

escolar, ponderou-se a questão de necessidade de sua qualificação e como efe-

1 Professora licenciada em Letras- FAFIPA; especialização em Fundamentos da Educação; e-mail: [email protected]

2 Professora Doutora, Universidade Federal do Paraná (doutorado em Literatura Brasileira, na USP epós-doutorado na Universidade de Santiago de Compostela – Espanha); e-mail: raqbu e [email protected]. - br

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tivá-la. Objetivou-se refletir quanto à possibilidade de o aluno ser habilitado para a

leitura no espaço da biblioteca escolar.

2. Revisão de literatura:

Pode-se considerar verdadeira a afirmação de Michèle Petit quando diz que a

leitura é uma arte que se transmite mais do que se ensina, sendo essa transmissão

mais frequente no seio da família, pois tornamo-nos leitores porque ouvimos nosso

pai ou mãe ler histórias quando éramos pequenos. (p.22; A arte de ler ou como re-

sistir à adversidade, 2012). Mas, pensando na realidade dos alunos da escola públi-

ca, percebe-se a necessidade da escola cumprir essa missão de intermediação, pois

muitos ainda têm dificuldade de acesso ao livro fora do ambiente escolar ou a família

não exerce o papel de leitor, dessa forma, um dos ambientes mais propícios para

isso seria a biblioteca escolar.

Assim, segue-se o projeto de conduzir o aluno para o espaço da biblioteca es-

colar, contudo retirando o enfoque de obrigatoriedade e cobrança de nota, buscan-

do, dessa forma, evitar a escolarização da leitura, ou seja, evitar a tendência ao uso

utilitário da literatura em detrimento do estético, pois a história deve valer por si mes-

ma, compartilhando da opinião de Rovilson José Silva (2010, p.174).

Mas, Magda Soares, em “A escolarização da literatura infantil e juvenil”, consi-

dera inevitável que “a literatura[…] ao se tornar 'saber escolar' se escolarize, e não

se pode atribuir […] conotação pejorativa a essa escolarização, inevitável e necessá-

ria; não se pode criticá-la, ou negá-la, porque isso significaria negar a própria escola.

(SOARES, 1999, p.21).

Além disso, deve-se considerar os valores esperados de um leitor ideal: liber-

dade, autonomia, criatividade e autocrítica. Esses valores não são intrínsecos do ser

e sim, forjados pelo meio. Assim, há necessidade de se reconsiderar os termos “lei-

tura espontânea”.

Vale a pena destacarmos alguns trechos do artigo de Luiz Percival Leme Brit-

to – “A liberdade, a crítica e a criatividade na formação do leitor” (2012, p.16-17) –

uma reflexão quanto à formação do leitor pela escola.

[…] uma leitura decorrente da “livre escolha” […] pode estar condicionada,constrangida por muitos fatores limitantes sem que aquele que a faça tenhaconsciência disso. […]

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[…] O leitor autônomo não é simplesmente aquele que lê conforme seus de-sejos, opções, interesses (porque os desejos, opções e interesses podemresultar da ação de fatores exógenos), mas aquele que dispõe de possibili-dades de conhecer e controlar esses fatores.[…] não há um momento apropriado e perfeito para que alguém possa dizerque está pronto para a crítica: tornamo-nos críticos à medida que, na intera-ção com outras pessoas e outras ideias, aprendemos e realizamos a crítica.Aplicando esse raciocínio à leitura, podemos dizer que será mais criativo oleitor que mais conhecer e que jovens leitores têm sua criatividade confor-mada àquilo que já experimentaram e conheceram na vida. […][…] O desafio da educação escolar está exatamente em ampliar as possibili-dades de experiência, desafiando o aluno a “parar para pensar”, a “suspen-der o automatismo da ação”, a reconhecer-se e assumir-se como sujeito daação. Esse movimento de afastamento do imediato e de recusa do deixar-seir tampouco é algo que se manifesta espontaneamente. (BRITTO, 2012,p.16-17)

Partindo desse enfoque, vê-se que o papel da escola é imperioso na forma-

ção do leitor, mas se faz necessário ter objetivos claros em relação à leitura para

que a mesma possa cumprir seu papel humanizador. (COSSON, 2009). Porém, tem-

se, sim, a escolarização da literatura, o que se deve evitar é a escolarização inade-

quada, conforme expressão de Magda Soares:

[…] o que se pode criticar, o que se deve negar não é a escolarização da li-teratura, mas a inadequada, a errônea, a imprópria escolarização da literatu-ra, que se traduz em sua deturpação, falsificação, distorção, como resultadode uma pedagogização ou uma didatização mal compreendidas que, aotransformar o literário em escolar, desfigura-o, desvirtua-o, falseia-o. (SOA-RES,1999, p.22)

Há um parecer de Alfredina Nery no artigo “Ler e escrever em todas as áreas

curriculares”,(2012, p.12) quanto às áreas responsáveis pelo ensino da linguagem,

destacando que o ensinar é essencialmente ensinar a ler. No referido artigo, é feito

um questionamento quanto a qual área é responsável pelo ensino da linguagem

oral. A autora afirma que todo professor é um mediador de linguagem, portanto, não

são exclusividade de língua portuguesa as atividades de ler e escrever, falar e ouvir.

Vejamos:

Na escola, todo professor é professor de linguagem, pois os conteúdos dasvárias áreas do conhecimento humano são sistematizados[...], particular-mente a linguagem verbal, em suas relações com as demais.[…] Na escola, a unidade de trabalho de todas as áreas curriculares é o tex-to: pode ser um livro[…], um gráfico. Nessa concepção, ensinar é essencial-mente ensinar a ler para que o aluno seja capaz de se apropriar do conheci-mento acumulado em revistas, livros, jornais, relatórios, arquivos; ensinar aescrever porque, na sociedade atual, a reflexão sobre a produção de conhe-cimento se expressa por escrito e o aluno é também chamado a produzir/formular e comunicar conhecimentos, sentimentos e valores; ensinar a

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falar/ouvir em instâncias públicas, isto é, defender pontos de vista sobre arealidade e participar dela como cidadão. (NERY, 2012, p.12).

Rildo Cosson, em sua obra Letramento literário, revela a importância da moti-

vação tanto para os alunos quanto para os professores-bibliotecários. O referido au-

tor enfatiza:

A descoberta da literatura por esses professores-bibliotecários mostrou-meclaramente que a leitura demanda uma preparação, uma antecipação, cujosmecanismos passam despercebidos porque nos parecem muitos naturais. Na escola, essa preparação requer que o professor a conduza de maneira afavorecer o processo da leitura como um todo. […] O sucesso inicial do en-contro do leitor com a obra depende de boa motivação. (COSSON, 2009,p.54)

3. Experiências compartilhadas no G.T.R.

Ao se implementar o projeto “A biblioteca convertida em ambiente de difusão

da leitura espontânea” no Colégio Estadual Roberto Langer Júnior, Curitiba-PR, ten-

do como público-alvo os professores dos sextos anos, turno da tarde, foi possível

comprovar o exposto anteriormente quanto ao fato de que não temos propriamente a

leitura espontânea no ambiente escolar, há a escolarização da literatura para que se

possa promover os valores de um leitor ideal, bem como a própria literatura cumprir

seu papel humanizador.

Vindo corroborar a tese em foco, pode-se elencar as opiniões de cursistas

que participaram do GTR-2014 T637, no qual foi solicitado aos participantes que re-

fletissem quanto às questões do papel “utilitário” da literatura, a possibilidade do alu-

no ser habilitado para leitura no espaço da biblioteca escolar, a necessidade de qua-

lificação do profissional da biblioteca, relacionando essas reflexões com o desenvol-

vimento da cidadania nos moldes de uma democracia.

Ao concluir a primeira temática do GTR, percebeu-se que o problema abor-

dado no projeto “A biblioteca convertida em ambiente de difusão da leitura espontâ-

nea” não é exclusividade da escola onde houve sua implementação.

Ocorre a falta de profissional capacitado e/ou fixo para a função de agente de

leitura em muitas escolas, segundo abordagem de muitos cursistas.

Os participantes consideraram necessária uma capacitação para o funcionário

que atue na biblioteca. Houve sugestão de que, mesmo não sendo oferecido curso

pela SEED e/ou NRE, o funcionário busque essa capacitação por meios próprios.

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Nas abordagens, tanto do fórum quanto do diário, foi muito presente que deve

haver um envolvimento maior de outros elementos da escola - entre os quais: equipe

pedagógica, diretiva e corpo docente como um todo-, no processo de leitura, pois

costuma recair a cobrança de responsabilidade apenas no professor de Língua Por-

tuguesa.

Considerando o espaço biblioteca e a questão leitura, deve-se enfatizar que

os professores devem buscar conhecer bem o espaço da biblioteca e a equipe peda-

gógica pode promover a importância do referido espaço junto ao corpo docente,

também, solicitar organização de atividades a serem desenvolvidas obedecendo a

um cronograma.

Vários participantes do GTR relataram que costuma recair somente no profes-

sor de Língua Portuguesa a cobrança em relação à leitura, mas, também, houve de-

poimentos de práticas positivas envolvendo diversas disciplinas, apesar de dificulda-

des.

O depoimento da professora Jane Francisco Rodrigues destaca a importância

da bibliotecária:

[...] Foi uma bibliotecária que reacendeu a chama da leitura em minha vida, que estava adormecida e eu voltei a ler novamente.[...] Na minha opiniãoantes de tudo o professor tem que amar ler, para contagiar seus alunos econhecer o que eles gostam de ler! (GTR-2014Re: Fórum 1 por JANEFRANCISCO RODRIGUES - sexta, 28 março 2014, 19:06)

Esse relato reforça que devemos considerar que toda escola, em especial a

biblioteca, é espaço privilegiado para se promover o gosto de ler e a pessoa respon-

sável por esse ambiente deve ser dotada e/ou adquirir condições de desenvolver es-

tratégias para permitir que os livros coloquem mais palavras nas histórias de seus

leitores e estes possam se tornar mais autores de sua própria história. É possível

encontrar no bibliotecário esse intermediário. (PETIT, 2012, p.48).

Apropriar-se efetivamente de um texto pressupõe que a pessoa tenha tidocontato com alguém […] que já fez com que contos, romances, ensaios, po-emas, palavras agrupadas de maneira estética, inabitual, entrassem na suaprópria experiência e que soube apresentar esses objetos sem esquecerisso. Alguém que desconstruiu o monumento, fazendo com que encontrasseuma voz singular. (PETIT, 2012, P.48).

A professora Inês Cardin fez um paralelo entre o habilitar-se para leitura e o

exercício da cidadania:

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[...] Habilitar-se na leitura não é algo que aconteça de um momento para ooutro. A leitura é um processo, e um processo difícil.[...] assim também oexercício da cidadania não acontece de um minuto para o outro. Aos poucosvamos adquirindo habilidade para exercitá-la e, sem nos darmos conta, já aestamos exercendo de forma eficaz. (GTR-2014 Re: Fórum 1 por INESCARDIN - quinta, 27 março 2014, 10:48)

A questão “ruptura” entre a primeira e segunda fase do ensino fundamental,

na concepção da professora Rosângela Fratucci: “Penso que os alunos diminuem a

prática de leitura nos anos finais do Ensino Fundamental pelo fato de que, infeliz-

mente, a responsabilidade da leitura fica somente aos professores de Português”.

(GTR-2014 Re: Fórum 1 por ROSANGELA PEREIRA FRATUCCI - quarta, 26 março 2014, 16:38)

Vejamos outra opinião:

A partir do 6º ano cada professor trabalha sua disciplina, seu conteúdo, deforma independente e a leitura fica de lado. Poucos professores de LínguaPortuguesa trabalham com a leitura pelo prazer de ler, sem estar atrelada anotas, e o incentivo para que o aluno frequente a biblioteca, as sugestõesde leitura pelo professor deixam de acontecer, ou seja, muito se tem faladoem mudanças curriculares, mas, na prática, ainda, se realiza um trabalhoque pouco contribui para o letramento de nossos alunos. (GTR-2014 Re:Fórum1 por MARIA CLARICE DIAS - segunda, 24 março 2014, 15:50)

As opiniões referentes à ruptura, expostas acima, vão ao encontro da justifica-

tiva do tema de estudo do projeto “A biblioteca convertida em ambiente de difusão

da leitura espontânea”, quando se frisou que o grande desafio é promover (ou recu-

perar) o desejo de leitura no aluno da segunda fase do ensino fundamental, pois, as

crianças são naturalmente atraídas pelo processo de leitura nos primeiros anos de

vida escolar. Essa atração ocorre em razão da figura do educador ou professor que

exerce a função de “contador de histórias”, assim, o aluno, ainda bebê, imita o pro-

cesso de leitura, folheando e “lendo” seus livros preferidos. Essa postura segue até

o final do quinto ano do Ensino Fundamental, ocorrendo visitas à biblioteca e em-

préstimos semanais de livros. Porém, ao adentrar no sexto ano, é como se ocorres-

se uma ruptura de padrões.

Na produção didático-pedagógica recorreu-se a estratégias muito conhecidas,

porém, válidas para provocar reflexão, ver o outro, falar com o outro e ouvir o outro.

Por ser requisito do PDE a produção de um material didático, costuma-se re-

correr à prática de resolução de atividades. O objetivo maior do projeto foi a busca

espontânea da leitura e a troca de ideias, lembrando que em algumas situações até

o silêncio pode ser considerado o desfecho de uma leitura feita. Pode-se concordar

com a exposição de Rovilson José da Silva: “a leitura deve valer por si mesma”.

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Vista a intenção de valorizar a biblioteca e o funcionário desse espaço, foi

possibilitado pelo material um espaço para sugestões pelo corpo docente. Também,

lembrou-se a necessidade de provocar situações que levem o aluno a buscar uma

solução: lendo, ouvindo, escrevendo.

Durante o GTR 2014, considerando as participações dos cursistas no fórum 2,

percebeu-se que algumas das sugestões da produção didático-pedagógica já fazem

parte da rotina das escolas. Também, todos consideraram viável a proposta, alguns

cursistas apenas observaram serem necessárias algumas adaptações.

Considerou-se importante que um projeto de leitura seja inserido no P.P.P.

(Projeto Político Pedagógico).

Dentre as sugestões da produção didático-pedagógica, foram destacadas pe-

los cursistas a caixa de leitura, a roda de leitura e o blog.

Apenas a título de exemplificação, segue a opinião da professora Roziani Ser-

peloni Pirani:

[...] São tantos os problemas e necessidades de uma escola que a bibliotecafica relegada a "estar lá" pra quem dela precisar, ou seja, pouco se preocu-pa, de forma geral, em inovar, melhorar, ou levar em conta o quanto tal am-biente está diretamente relacionado à formação de leitores, que é muitomais do que pedir leitura ao aluno. É preciso despertar nele a necessidade,vontade, desejo pela leitura. Por isso, pude gratamente observar a validadede seu projeto, o quanto ele, em seu todo, em todas as propostas, podecontribuir para que a biblioteca passe a ser um "espaço vivo" de leitura ebusca de conhecimento. Quero destacar suas sugestões de trabalho para formação do funcionário. São tantas as dicas de leituras e vídeos, que opróprio funcionário, mesmo sem um curso específico da Seed pode se aper-feiçoar na atividade que desempenha. Quanto às propostas de atividadescom alunos, todas, sem distinção, creio eu, se dirigem ao público a que sedestina e de forma adequada e motivadora”. […] (GTR 2014 Re: Fórum 2por ROZIANI SERPELONI PIRANI - terça, 8 abril 2014, 13:56)

A partir da opinião da professora Roziani, destaca-se que a biblioteca pode

se tornar um ambiente difusor de “leitores” e também “contribuir para verdadeiras re-

composições de identidade”, na visão de Petit, (2009, p.53). Mas, deve-se primar

pela liberdade, pois esta é uma das características da democratização da leitura.

Além disso, quando se objetiva a formação de um leitor, é aconselhável a familiari-

dade do aluno com grande número de textos, porém, respeitando-se “o prazer ou

aversão do leitor em relação a cada livro” (LAJOLO, 1993, p.108).

Segundo as participações, acredita-se que o material produzido possa contri-

buir, de alguma forma, para o processo de ensino-aprendizagem nas escolas da

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rede pública do Estado do Paraná, especialmente nas escolas dos cursistas do

GTR-2014.

3.1 A espontaneidade da leitura no ambiente escolar

O foco do projeto foi estabelecer um elo entre a primeira e segunda fase do

ensino fundamental, promovendo atividades na biblioteca de forma que o aluno sen-

tisse a necessidade de leitura e esta fosse “espontânea”. Porém, ao se implementar

o projeto, pôde-se perceber que espontaneidade e escola são termos adversos.

À clássica pergunta: "É obrigatório?" Pode-se responder: "Não, não é obriga-

tório!" Não é obrigatório ler, participar, colaborar, entender...

Nada deve ser feito por pura obrigação!

Pena que muitas vezes é necessário criar a obrigação para se mostrar, ou

melhor seria dizer, se descobrir a própria capacidade.

Ao pensar o referido projeto, o enfoque foi promover o acesso espontâneo à

biblioteca. Assim, a partir dessa intenção, também não se poderia "obrigar" a

participação do professor. Mas, vista a necessidade de se obter um resultado e,

preferencialmente, positivo, requereu-se a participação do professor por meio de

convite pessoal, solicitando que realizasse algumas dinâmicas da produção didática

em sala de aula, as quais originalmente ocorreriam na biblioteca.

Nem sempre a teoria corresponde à prática. Devido a certa dificuldade quanto

à mobilização do corpo docente, não foram realizados todos os encontros para

estudo previstos nas ações. Visto o caráter de não obrigatoriedade, acaba se

tornando mais difícil angariar colaboradores.

Tendo em vista a valorização do profissional que atua na biblioteca, a troca de

ideias com a agente de leitura foi uma constante. Isso foi muito positivo. Também,

houve a colaboração de professores, permitindo que os alunos emprestassem livros

no momento de suas aulas.

Houve necessidade de se reconsiderar a atividade em contra turno, assim, a

primeira alteração foi deixar a roda de leitura para um momento posterior, talvez

para o segundo semestre, caso o corpo docente e principalmente direção/equipe pe-

dagógica considerasse viável. Essa alteração se deveu ao fato da dificuldade em os

pais enviarem os filhos para atividades em contra turno, conforme exposição peda-

gógica, analisando comparecimento dos alunos em aula de apoio em ano anterior.

Assim, promoveu-se um acesso dos alunos dos sextos anos à biblioteca no próprio

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horário de aula, dessa forma, eles conhecendo o espaço e participando de algumas

dinâmicas, acreditou-se que seria mais fácil adquirirem interesse em frequentarem a

biblioteca em outro horário.

Depois de verificado quais alunos tinham interesse em obter a carteirinha da

biblioteca, identificou-se quais professores permitiriam “interrupções” em suas aulas

para que os alunos pudessem fazer empréstimos. No momento das aulas daqueles

que concordaram, os alunos eram levados à biblioteca (em média, cinco por vez)

para efetuarem os empréstimos. Organizou-se um cronograma de empréstimo, avi-

sando antecipadamente o professor, confirmando se seria possível o aluno participar

dessa atividade. Os alunos demonstraram interesse, questionando sobre o dia de

empréstimo. Por ocasião daquela movimentação, cada aluno do sexto ano efetuou,

pelo menos, um empréstimo. Verificou-se a necessidade de organizar melhor o mo-

mento de troca dos títulos para evitar que ocorresse tumulto na biblioteca.

Foi estabelecido um dia da semana para estudo dos textos, mas devido ao

caráter de não-obrigatoriedade, não houve interessados. Porém, foi criado

o blog, possibilitando disponibilizar, pelo menos, parte do material de estudo, além

das demais dinâmicas. O endereço é www.langerbiblioteca.blogspot.com , sendo uma

ferramenta útil.

Também, houve algumas dinâmicas para comemoração do dia de Monteiro

Lobato, possibilitando a percepção da necessidade da equipe diretiva demonstrar

seu apoio na implementação do projeto e, na sequência, a necessidade de se orga-

nizar o trabalho de outra forma.

Percebeu-se que as atividades supervisionadas tiveram melhor resultado do

que as atividades sugeridas para serem desenvolvidas em casa, configurando, as-

sim, que a cobrança e obrigatoriedade se fazem necessárias na obtenção de resul-

tados positivos.

Apesar de ter sido necessário alterar a ideia original, acredita-se que os parti-

cipantes continuarão frequentando a biblioteca e quando se organizar outras ativida-

des não deverá faltar interessados. Tudo foi realizado de forma muito simples, po-

rém possibilitou se atingir o objetivo proposto.

Frisa-se aqui a importância da adaptação e persistência.

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No projeto foi levantada a questão de que o agente de leitura não pode fazer

nada sozinho, há necessidade de planejamento e apoio das equipes diretiva/peda-

gógica e corpo docente. O desenrolar da implementação reforçou essa necessidade.

Quanto às dificuldades elencadas na implementação do projeto, os cursistas

do GTR mostraram-se solidários, considerando positivas as alterações que foram

necessárias e incentivando a continuidade do mesmo.

O participante do GTR deveria elencar uma prática relacionada à produção di-

dática. No fórum “Vivenciando a prática”, houve muitos relatos de experiências, to-

dos interessantes. Entre os quais, merece destaque:

Projeto de leitura

[...] O projeto tem por objetivo alcançar todos os alunos, fundamental e mé-dio, e fazê-los perceber a necessidade da leitura como ampliação de novoshorizontes e formação de um cidadão crítico e envolvido com os aconteci-mentos da sociedade.Durante quinze minutos da primeira aula de todos os dias os alunos leem.Todos os professores estão colaborando, alguns reclamam, outros fazemsem entusiasmo porque acham que leitura é responsabilidade só dos pro-fessores de Português. Ouvi um colega dizer que se a carga horária dePortuguês aumentou, porque os professores dessa disciplina não arcam so-zinhos com essa responsabilidade? Eu sempre digo que a leitura e a escritaé responsabilidade de todos os professores, se queremos sucesso em qual-quer área do conhecimento devemos investir na leitura e na escrita.O projeto anda caminhando, os professores de Português fazem a avaliaçãodos alunos para verificarem se eles realmente leram o livro durante o prazoestabelecido e atribuem o valor de 0,20 (valor acordado com todos os pro-fessores), passam a nota para a orientação que repassa para os demaisprofessores, estes deixam um campo em suas avaliações para atribuir anota da leitura, o aluno que não lê tem prejuízo em todas as disciplinas. Infe-lizmente tem que haver cobrança, se não houver, os alunos não leem.[...](GTR-2014 T.367 – Fórum vivenciando a prática. por ROSANGELA PEREIRAFRATUCCI - sábado, 26 abril 2014, 13:17)

O relato da professora Rosângela reforça o parecer do artigo de Alfredina

Nery, todos professores são responsáveis pelo ensinar leitura.

3.2 Avaliação do projeto

Ao final da implementação, houve uma avaliação preenchida pelos professo-

res que participaram e/ou colaboraram com as atividades. Os sete participantes emi-

tiram um parecer favorável aos questionamentos apresentados.

Na primeira questão referente à colaboração, cinco deles afirmaram ter permi-

tido a saída do aluno para empréstimo e/ou realização de dinâmica; todos considera-

ram válida a atividade, pois o aluno demonstrou interesse por leitura.

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Na segunda questão, que abordava a visão do professor quanto à leitura,

houve seis respostas revelando o costume de leitura para o seu aluno, pois favorece

uma melhor interpretação e interesse por novos livros; um disse ser professor (a) de

Língua Portuguesa, não estipula momento específico para leitura, porém recomenda

títulos diversos, faz comentários e disponibiliza livros e/ou textos; outro disse ser

professor (a) de Língua Portuguesa, por isso considera importante a leitura e define

uma aula para essa atividade. Na sétima avaliação, o (a) professor(a) disse ler ou

comentar apenas textos relacionados à sua disciplina, pois considera que “texto lite-

rário” é função exclusiva do professor de Língua Portuguesa.

Na questão que se referia ao agente de leitura e biblioteca, seis consideraram

ser viável organizar um cronograma, possibilitando atividade na biblioteca com o

professor e agente de leitura. Desses, cinco listaram como importante o agente de

leitura desenvolver dinâmicas, como roda de leitura e outras, a partir de sugestões/

planejamentos do professor. Um dos avaliadores, além dessas alternativas, disse

acreditar que as atividades de leitura na biblioteca sejam mais bem desenvolvidas

pelo próprio professor, ao agente de leitura caberia apenas o auxílio na seleção das

obras/títulos; também, atividades de leitura e/ou dinâmicas na biblioteca devem ser

desenvolvidas apenas no contra turno.

Foram solicitados comentários, críticas ou sugestões, dentre as quais,

considerou-se que o projeto estimulou os alunos a lerem e se interessarem em

visitar a biblioteca e que seria interessante ter uma aula por semana com esse fim,

além de estimular a produção de fichas de leitura. A sexta avaliação apontou a

importância de o agente de leitura desenvolver dinâmicas, as quais poderiam ser

também no contra turno; dependendo da atividade seria viável um cronograma e as

atividades poderiam ser desenvolvidas tanto pelo agente de leitura quanto pelo

professor ou por ambos.

Considerações Finais

Na elaboração do projeto, base do GTR, não se buscou algo inédito, nem se

teve a intenção de estabelecer uma resolução única para a problemática analisada.

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Pôde-se constatar, no entanto, que fazem parte da rotina dos cursistas ativi-

dades criativas relacionadas à leitura. Também é comum o corpo docente considerar

a leitura como responsabilidade quase exclusiva do professor de Língua Portuguesa.

A problemática abordada no projeto faz parte da realidade de muitas escolas,

porém, soluções estão sendo buscadas. Quando vistas de forma isolada parecem

“pequenas ações”, mas o importante é compartilhar para que outros sigam o exem-

plo.

Segundo as participações, a produção didático-pedagógica pode contribuir,

de alguma forma, para o processo de ensino-aprendizagem nas escolas da rede pú-

blica do Estado do Paraná, especialmente nas escolas dos cursistas participantes

do GTR-2014.

Há necessidade de rever os termos “leitura espontânea”, pois, no ambiente

escolar ocorre a escolarização da leitura, sendo necessária para se alcançar os va-

lores que definem o leitor ideal.

Um projeto de leitura desenvolvido pelo agente de leitura é viável desde que

com apoio explícito das equipes diretiva e pedagógica, buscando sobretudo estabe-

lecer o objetivo e o conceito de leitura no âmbito escolar, pois, apesar de nas últimas

três décadas muito ter sido falado sobre leitura nas escolas brasileiras de ensino

fundamental, conforme expõe Rovilson José da Silva (2010, p.168), ainda pairam

dúvidas em relação ao tema.

A escola deve promover um espaço que incentive o direito à literatura possibi-

litando conjugar os diferentes universos culturais de que cada um participa, na ex-

pressão de Michéle Petit. (2012, p.289)

[…] compreendemos que a literatura, a cultura e a arte não são um suple-mento para a alma, uma futilidade ou um monumento pomposo, mas algode que nos apropriamos, que furtamos e que deveria estar à disposição detodos, desde a mais jovem idade e ao longo de todo o caminho, para quepossam servir-se dela quando quiserem, a fim de discernir o que não viamantes, dar sentido a suas vidas, simbolizar as suas experiências. Elaborarum espaço onde encontrar um lugar, viver tempos que sejam um poucotranquilos, poéticos, criativos, e não apenas ser o objeto de avaliações emum universo produtivista. […] (PETIT, 2012, p.289)

Temos neste trecho uma relação com a importância da leitura do mundo, en-

fatizada no projeto, pois ao se oportunizar um espaço para leitura e principalmente

comentá-la ocorre a intertextualidade.

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O relato e troca de experiências de professores exemplares compartilhadas

com o professor-tutor, oportunizada pelo GTR, permitem maiores embasamentos

para continuidade da prática profissional e sobretudo crer em possibilidades de mu-

danças e soluções dos problemas vivenciados no dia a dia.

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REFERÊNCIAS:

BRITTO, Luiz Percival Leme. in A liberdade, a crítica e a criatividade na forma-

ção do leitor. Revista Pátio,-ensino médio profissional e tecnológico, ano IV, nº15,

Dez. 2012/Fev. 2013. ISSN 2179-4375

COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. 1. ed., 3ª reimpressão. SãoPaulo: Contexto, 2009.

LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 1. ed. São Paulo:Ática, 1993.

NERY, Alfredina. In Ler e escrever em todas as áreas curriculares. Revista Pátio,-ensino médio profissional e tecnológico, ano IV, nº15, Dez. 2012/Fev. 2013. ISSN2179-4375

PETIT, Michèle. A arte de ler ou como resistir à adversidade. Trad. Arthur Bueno eCamila Boldrini. 2. ed. São Paulo: 34, 2012.

____________. Os jovens e a leitura: uma nova perspectiva. Trad. Celina Olga deSouza. 2. ed. São Paulo: 34, 2009.

SILVA, Rovilson José da. Biblioteca escolar e a formação de leitores: o papel domediador de leitura. 1. ed. Londrina: EDUEL, 2009 (impresso 2010).

SOARES, Magda. A escolarização da literatura infantil e juvenil. In Evangelista,Aracy Alves Martins el al (Org.) A escolarização da leitura literária. 1.ed. BeloHorizonte: Autêntica, 1999.

ENDEREÇO ELETRÔNICO:

GTR-2014 T637: <http://www.e-escola.pr.gov.br>. Acesso em 06 maio de 2014.

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APÊNDICE A – Questionário para avaliação da implementação

Avaliação pelos professores participantes e/ou colaboradores no Projeto “Abiblioteca convertida em ambiente de difusão da leitura espontânea”.

Data: 30/05/2014.Nome: (opcional)____________________________________________

1. Você que participou e/ou colaborou nas atividades do Projeto, assinale:( ) permiti saída do aluno para empréstimo e/ou realização de dinâmica.( ) considerei válida a atividade, pois o aluno demonstrou interesse por leitura.( ) considerei que a atividade perturbou o bom andamento das aulas, por isso prefiroque o aluno realize empréstimos e/ou atividades diversas em aula de outro professorou no contra-turno.

2. A leitura, você e o aluno. Assinale o que se aplica:( ) Costumo ler para meu aluno, pois favorece uma melhor interpretação e interessepor novos livros.( ) Leio ou comento apenas textos relacionados à minha disciplina, pois consideroque “texto literário” é função exclusiva do professor de Língua Portuguesa.( ) Sou professor (a) de Língua Portuguesa por isso considero importante a leitura edefino uma aula para essa atividade.( ) Sou professor (a) de Língua Portuguesa, não estipulo momento específico paraleitura, porém recomendo títulos diversos, faço comentários e disponibilizo livrose/ou textos.( ) Sou professor de Língua Portuguesa, apenas peço que o aluno faça empréstimoe leia, não costuma haver retomada, comentários e/ou rodas de conversa sobre asleituras feitas.

3. Professor - livro - Agente de leitura.

( ) Considero importante o agente de leitura desenvolver dinâmicas, como roda deleitura e outras, a partir de sugestões/ planejamentos do professor.( ) Acredito que as atividades de leitura na biblioteca sejam melhores desenvolvidaspelo próprio professor, ao agente de leitura caberia apenas o auxílio na seleção dasobras/títulos.( ) Ao agente de leitura cabe apenas efetuar os empréstimos aos alunos de livrosindicados pelo professor.( ) Atividades de leitura e/ou dinâmicas na biblioteca devem ser desenvolvidasapenas no contra-turno.( ) É viável organizar um cronograma, possibilitando atividade na biblioteca com oprofessor e agente de leitura.

4. Faça comentários, críticas e ou sugestões, caso deseje.___________________________________________________________________5. Caso tenha aplicado uma das dinâmicas da Produção didático-pedagógica,favor, comentá-la. (Pode ser em outra folha, caso não queira ser identificadonas questões anteriores). Muito obrigada!