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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

A SEMANA PEDAGÓGICA NA PERSPECTIVA DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NOS CURSOS TÉCNICOS: limites e possibilidades

Sandra Terezinha Bizusko1

Mônica Ribeiro da Silva2

Resumo: A Semana Pedagógica na Perspectiva dos Profissionais que atuam nos Cursos Técnicos: Limites e Possibilidades é um trabalho decorrente do projeto de intervenção escolar. Sua realização teve como intuito desvelar se a Semana Pedagógica atende as necessidades e expectativas dos profissionais que atuam na Educação Profissional. O objetivo deste texto é explicitar aos professores, coordenadores e pedagogos que a Semana Pedagógica, enquanto processo de formação Continuada, não é uma ação pronta e acabada, mas consiste num momento privilegiado para refletir e avaliar o trabalho educativo realizado. Para tanto, considerou-se um grupo de autores que contribuem com o processo de formação inicial e continuada de professores, bem como relatos e depoimentos de professores, pedagogos, coordenadores de curso, que trabalham nas escolas estaduais do Paraná. Palavras-chave: Projeto político-pedagógico. Formação continuada. Semana pedagógica. Educação profissional. Pedagogo.

INTRODUÇÃO

Este trabalho compõe o conjunto de atividades obrigatórias do Programa de

Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação do Estado

do Paraná (SEED/PR). Decorre da implementação do Projeto de Intervenção que

utilizou o Caderno Pedagógico, como material didático, bem como, das contribuições

dos participantes do Grupo de Trabalho em Rede (GTR) e dos profissionais que atuam

nos cursos técnicos do Colégio Estadual Professora Dirce Celestino do Amaral –

Ensino Fundamental, Médio e Profissional.

O objetivo deste trabalho é contribuir na organização da Semana Pedagógica,

enquanto uma das ações da formação continuada, considerando os limites e

possibilidades na perspectiva dos profissionais que atuam na Educação Profissional.

Desta forma, a elaboração deste artigo, surge da necessidade de saber como o

professor relaciona a Semana Pedagógica, enquanto processo de formação

continuada, na construção de sua prática pedagógica.

1 Pedagoga da Rede Estadual e especialista em Organização do Trabalho Pedagógico pela UFPR. Email: [email protected] 2 Doutora em Educação: História, Política e Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e professora da Universidade Federal do Paraná nos cursos de formação de professores e no Programa de Pós-Graduação em Educação - Mestrado e Doutorado. Email: [email protected]

Para elaborar este trabalho, foi considerado um grupo de autores que

contribuem teoricamente sobre a formação inicial e continuada do professor, bem

como, relatos dos profissionais que participaram do processo de investigação, o qual

objetiva saber se Semana Pedagógica, inerente ao processo de formação continuada,

atende as expectativas dos professores que atuam na Educação Profissional.

Nesta perspectiva, pretendo desvelar se a Semana Pedagógica organizada

pelo Departamento de Educação e Trabalho da Secretaria de Estado da Educação do

Paraná (DET/SEED) cumpre com o objetivo proposto: “[...] olhar crítico sobre a

realidade de cada unidade escolar, suas necessidades, suas especificidades, suas

aspirações e, principalmente, suas decisões acerca do processo de ensino-

aprendizagem” (PARANÁ, [200-]).

A estrutura do texto traz uma visão geral do estudo sobre o processo de

formação continuada, enquanto eixo de discussão do Projeto Político-Pedagógico que

representa uma das possibilidades de vivenciar a autonomia da escola. Este processo

é organizado, preferencialmente, pelo pedagogo que articula o trabalho de todos os

envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Faz se uma abordagem teórica sobre

a formação continuada enquanto processo que forma professores no local de trabalho,

considerando a Semana Pedagógica como um evento para refletir sobre o trabalho

educativo realizado na escola.

Contudo, a Semana Pedagógica, enquanto processo de formação continuada,

não é uma ação pronta e acabada, determinada pela mantenedora, mas um momento

privilegiado, previsto em calendário escolar, para avaliação pedagógica do trabalho

educativo realizado na escola, para tanto, é necessário estabelecer coletivamente os

seus objetivos, considerando as expectativas e as dificuldades dos professores que

atuam nos cursos técnicos em relação ao processo ensino-aprendizagem.

A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES

A formação continuada é um direito de todos os profissionais que trabalham na escola, uma vez que não só ela possibilita a progressão funcional baseada na titulação, na qualificação e na competência dos profissionais, mas também propicia, fundamentalmente, o desenvolvimento profissional dos professores articulado com as escolas e seus projetos (VEIGA, 1998, p. 16).

Formação continuada pressupõe ações específicas, fundamentadas em

planejamentos específicos para atender necessidades específicas que ocorrem em

tempos e espaços específicos. Segundo Nadal (2005), uma formação continuada é

concebida como um processo formativo, a desenvolver-se com os professores na

própria escola, trabalhar com as questões problemáticas com que eles se defrontam

no cotidiano, transformando a prática pedagógica no núcleo a ser desenvolvido.

Neste sentido, a prática pedagógica é o ponto de partida e ponto de chegada

do processo de formação continuada, o qual precisa ser repensado, pois imprime a

necessidade de análise, leitura, estudo, discussões coletivas, investigação... sobre a

prática cotidiana na escola.

O termo formação continuada, segundo Libâneo, vem sempre acompanhado

de outro, a formação inicial.

A formação inicial refere-se ao ensino de conhecimentos teóricos e práticos destinados à formação profissional, frequentemente completados por estágios. A formação continuada é o prolongamento da formação inicial visando ao aperfeiçoamento profissional teórico e prático no próprio contexto de trabalho, e ao desenvolvimento de uma cultura geral, mais ampla, para além do exercício profissional (LIBÂNEO, 2004, p. 227).

Neste sentido, compartilho com Nascimento, quanto a concepção de formação

inicial e formação continuada:

[...] toda e qualquer atividade de formação do professor que está atuando nos estabelecimentos de ensino, posterior à sua formação inicial, incluindo-se aí os diversos cursos de especialização e extensão oferecidos pelas instituições de ensino superior e todas as atividades de formação de professores propostas pelos diferentes sistemas de ensino (NASCIMENTO, 1997, p. 70).

Moreira alerta para que a formação continuada docente

[...] não seja pensada como problema meramente técnico a ser resolvido dentro de gabinetes, sem a participação direta do maior interessado. Somente programas que de fato atendam aos interesses do professorado e em cujas elaborações os mesmos venham a opinar poderão contribuir para seu efetivo aperfeiçoamento. Isso pressupõe que o professor não seja reduzido a mero executor de idéias concebidas por outros, passível de ‘obediência mecânica’, mas sim que se o respeite como intelectual que se quer comprometido com uma ordem social mais justa e democrática e com o desenvolvimento da ciência, da filosofia e das artes (MOREIRA, 1995, p. 105).

Diante deste contexto, o professor precisa posicionar-se enquanto ator e autor

do processo, pois ele é sujeito da formação continuada, o que implica em conceber e

administrar sua formação como enriquecimento individual e coletivo diante do

processo ensino-aprendizagem. Para tanto, enquanto profissional da educação, seu

objetivo final é criar novos ambientes educativos, voltados para formação de um

cidadão capaz de se compreender sujeito da própria história, considerando, além da

dimensão cognitiva, as dimensões física, social e afetiva do aluno. Segundo Souza et

al. (2005, p. 4):

[...] pensar uma educação escolar capaz de realizar a educação em sua plenitude, implica em refletir sobre as práticas pedagógicas já consolidadas e problematiza-las no sentido de produzir a incorporação das múltiplas dimensões de realização do humano como uma das grandes finalidades da escolarização básica. [...] Tomar o educando em suas múltiplas dimensões tem como finalidade realizar uma educação que conduza à autonomia intelectual e moral.

Cabe ressaltar que formação continuada realizada na própria escola,

pressupõe analisar os problemas reais do cotidiano do professor de forma coletiva. O

que não desconsidera a importância da formação com base teórico-prática, individual

do professor, mas é no coletivo que se vislumbra a possibilidade de mudança na

prática educativa, segundo Imbernón (2006, p. 80) “[...] a formação personalista e

isolada pode originar experiências de inovação, mas dificilmente levará a uma

inovação da instituição e da prática coletiva dos profissionais.”

Sendo a própria escola o espaço da Formação continuada, o professor se

reconhece como sujeito da própria formação, o que implica em compreender a sua

importância para a formação do seu colega, na busca constante de soluções para os

problemas do cotidiano escolar de forma coletiva. A defesa dessa ideia é apresentada

por Imbernón (2006, p. 80)

A formação centrada na escola envolve todas as estratégias empregadas conjuntamente pelos formadores e pelos professores para dirigir os programas de formação de modo a que respondam às necessidades definidas da escola e para elevar a qualidade de ensino e da aprendizagem em sala de aula e nas escolas. Quando se fala de formação centrada na escola, entende-se que a instituição educacional transforma-se em lugar de formação prioritária diante de outras ações formativas. A formação centrada na escola é mais que uma simples mudança de lugar de formação.

A continuidade da formação é imprescindível, pois é no dia-a-dia, na prática

cotidiana, no contexto escolar e no espaço da sala de aula que os desafios surgem.

Para tanto, a política de formação precisa fundamentar-se na relação dos professores

com o saber pedagógico científico, com objetivo de desenvolver a autonomia

profissional do professor, a qual provoca mudanças de concepções, de compreensão

e de enfrentamento de desafios da própria prática pedagógica.

Contudo, a política de formação de professores, segundo Kuenzer (1999,

p.16), está sendo regida pela tão difundida concepção de equidade “[...] dá-se a cada

um segundo a sua diferença para que permaneça desigual, em face de suas

desigualdades naturais”, atualmente oferecer uma formação de qualidade para os

professores que irão trabalhar junto aos trabalhadores e sobrantes, configura-se

como desperdício. Assim, com uma qualificação precária, também são justificados os

baixos salários, as precárias condições de trabalho do professor, bem como a “[...]

ausência de políticas de formação continuada, articuladas a planos de carreira que

valorizem o esforço e a competência. Ou seja, as atuais políticas de formação

apontam para a construção da identidade de um professor sobrante.” (KUENZER,

1999, p. 16)

Essa concepção de educação exige a superação das lacunas da formação

inicial do professor, através de formação continuada (na rede e na escola) que articule

uma cultura de estudo e reflexão coletiva no espaço educativo, sobre o para quê e

para quem realmente se destina à educação e quais são os possíveis enfrentamentos

deste contexto.

No Estado do Paraná, o processo de Formação continuada compõe o

documento que explicita as Metas de Governo (2011-2014). No referido documento,

enquanto Políticas Setoriais para a Educação, aparece como valorização do quadro

próprio do magistério paranaense, a necessidade da “[...] organização de uma política

de formação inicial e continuada em serviço, atendendo às necessidades locais; [...]

são pontos a serem considerados, visando à solução dos problemas ora

diagnosticados.” (PARANÁ, 2011, p. 114)

Ainda, o documento sinaliza a necessidade de “Viabilizar as decisões do Fórum

Paranaense de Formação de Professores para atender à demanda de professores

tanto da rede estadual como das redes e sistemas municipais de educação”; bem

como; “Aprofundar o debate com as universidades públicas e privadas e com o

Governo Federal para avançar na oferta de cursos com qualidade e capazes de formar

professor para a realidade atual da educação”. (PARANÁ, 2011, p. 118)

Neste contexto, segundo Veiga e Carvalho (1994, p. 50), “[...] o grande desafio

da escola, ao construir sua autonomia, deixando de lado seu papel de mera

‘repetidora’ de programas de ‘treinamento’, é ousar assumir o papel predominante na

formação dos profissionais” a luz do seu Projeto Político-Pedagógico.

Formação Continuada e o Projeto Político-Pedagógico

Considerando que o processo de Formação Continuada é um eixo de

discussão do Projeto Político-Pedagógico, Veiga chama a atenção para a

competência da escola no planejamento desta ação pedagógica:

[...] a) proceder ao levantamento de necessidades de formação continuada de seus profissionais; b) elaborar seu programa de formação, contando com a participação e o apoio dos órgãos centrais, no sentido de fortalecer seu papel na concepção, na execução e na avaliação do referido programa. (VEIGA, 1998, p. 12)

Neste sentido, o processo de formação continuada pressupõe a contínua

reflexão do coletivo escolar sobre sua atuação educativa, a qual explicita como a

organização do trabalho escolar está intimamente ligada ao Projeto Político-

Pedagógico da escola.

Em muitas situações o professor não participa da elaboração do Projeto

Político-Pedagógico da escola em que trabalha, bem como, não realiza estudo e

análise do referido documento. Desta forma, sua prática pedagógica fica atrelada aos

livros didático e/ou experiência de formação inicial e cursos de atualização, pois o

saber que orienta a prática docente não foi produzido pelo próprio professor, trata-se

de um saber pronto e acabado, o qual é meramente reproduzido em sala de aula.

Ao contrário a formação continuada, fundamentada na prática pedagógica da

escola, possibilita a contextualização do saber do professor, a reflexão crítica sobre

sua prática, a dinâmica investigativa do processo educativo, enfim a construção as

profissionalidade docente. De acordo com Nóvoa (1992, p. 62):

A formação de professores é um processo contínuo fundamentado em suas vidas e nas escolas. A formação docente deve estar voltada para o desenvolvimento pessoal: produzir a vida do professor, ao desenvolvimento profissional, produzir a profissão docente e ao desenvolvimento organizacional produzir a escola.

O Projeto Político-Pedagógico é um documento legal e pedagógico que revela

a escola que se quer, a função social do conhecimento que se ensina e,

principalmente, quem é o aluno dessa escola, na perspectiva dos determinantes

históricos-sociais dessa sociedade. Segundo Demo, um projeto pedagógico “[...]

somente é viável dentro de um grupo de professores capazes de produzir propostas

próprias, com qualidade formal e política” (DEMO, 1996, p. 54).

Assim, acredita-se na importância da construção coletiva de um Projeto

Político-Pedagógico que expressa a organização do trabalho pedagógico como um

todo, que traduza a opção política de educação que se defende. Ou seja, um Projeto

de Educação que explicite a qualidade da aprendizagem de todos os alunos, pela

mediação pedagógica que possibilita o acesso e a apropriação do conhecimento como

forma de compreensão e atuação no mundo.

A elaboração coletiva deste Projeto, supera a fragmentação da organização do

trabalho pedagógico e exige uma prática consciente, sistematizada, orgânica e

científica que pressupõe a participação democrática na tomada de decisão, por parte

de todos os sujeitos do processo educativo, porque define os caminhos que

possibilitam o enfrentamento dos problemas cotidianos da escola de forma coletiva.

O caráter coletivo do Projeto Político-Pedagógico pressupõe uma Gestão

Democrática, que implica na vivência teórico-prática de elementos da democracia

participativa, onde a vontade coletiva supere as vontades individuais. Segundo Veiga

(1995, p. 15):

A gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de poder da escola, tendo em vista sua socialização. A socialização do poder propicia a prática da participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que elimina a exploração; da solidariedade, que supera a opressão; da autonomia, que anula a dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais das quais a escola é mera executora.

Azanha ao analisar a formação do professor, explicita que este é um dos

problemas que dificultam a realização do trabalho educativo coletivo, pois a formação

inicial do professor tem como foco a sala de aula e não a escola, o que dificulta o

professor entender-se como parte do coletivo da escola. Para superar esta condição

indica o aperfeiçoamento do pessoal docente, além da sala de aula mas na instituição

que trabalha, pois “[...] o exercício da profissão de ensinar só é possível no quadro

institucional da escola” (AZANHA, 2006, p. 102).

Neste sentido, o processo de formação continuada, além de estar explicito,

necessariamente precisa estar comprometido com a construção e efetivação do

Projeto Político-Pedagógico, tendo como eixo formativo a totalidade da escola. “Daí,

passarem a fazer parte dos programas de formação continuada, questões como

cidadania, gestão democrática, avaliação, metodologia de pesquisa e ensino, novas

tecnologias de ensino, entre outras” (VEIGA, 1998, p. 16).

Enquanto parte integrante do Projeto Político-Pedagógico, a Proposta

Pedagógica e os Planos de Curso orientam e direcionam a organização da prática

pedagógica da escola, a partir da seleção de conteúdos que permitam a compreensão

do mundo, o pensar criticamente, a capacidade para resolver problemas complexos,

de maneira que possa intervir/transformar a realidade em que vive.

Portanto é resultado da expressão de um processo de participação de muitas

vozes, que constrói uma vontade coletiva, cientes das responsabilidades individuais

para com a formação do cidadão, contra a opressão e alienação. Cidadão este, que

se compreende sujeito da própria história, capaz de promover a transformação social,

a partir de um projeto de sociedade justa e igualitária.

O Pedagogo na Organização da Formação Continuada

Libâneo defende a ideia, que em uma gestão democrática, a organização do

processo de formação continuada é uma atividade inerente aos gestores e pedagogos

que trabalham na escola. Ressalta que “[...] a formação continuada é uma das funções

da organização escolar, envolvendo tanto o setor pedagógico como o técnico e

administrativo” (LIBÂNEO, 2006, p. 227).

Neste contexto, o pedagogo enquanto organizador do trabalho pedagógico e

conhecedor do Projeto Político-Pedagógico é o profissional que dispõe de

conhecimento necessário para planejar coletivamente o processo de formação

continuada dos funcionários e professores que atuam na escola. Este planejamento

pressupõe a participação, o debate, a troca de ideias, a exposição do ponto de vista,

sugestões de novas propostas de todos os envolvidos no trabalho educativo realizado.

Ao acompanhar o processo ensino-aprendizagem, a equipe pedagógica,

visualiza as angustias, os desafios, os descompassos, bem como as possibilidades

de enfrentamento dos problemas pedagógicos. Neste contexto, Libâneo (2004)

enfatiza que o pedagogo tem papel decisivo no processo de formação continuada,

uma vez que assessora pedagogicamente o trabalho do professor, coordena o

processo de elaboração e socialização do Projeto Político-Pedagógico, assessora a

construção dos planejamentos escolares, acompanha o processo de avaliação

enquanto ato pedagógico, bem como, sugere recursos didáticos e metodologias que

qualificam o processo ensino-aprendizagem.

Desta forma, a partir do projeto de escola, concebido e construído

coletivamente, o pedagogo, juntamente com a equipe diretiva, cria as condições

necessárias para que o processo formativo se efetive, através de reuniões

pedagógicas, grupos de estudos, conselho de classe e acompanhamento pedagógico

da hora-atividade, articulando o trabalho individual ao trabalho coletivo.

Neste cenário o trabalho educativo transformador é muito exigente. Pressupõe

maior esforço e dedicação do professor, pois é ele quem cria e recria o vínculo

libertador que propicia a autonomia, superando a fragmentação do seu próprio

trabalho, através de práticas educativas planejadas coletivamente, tendo como

horizonte o questionamento: o quê, como, para quê e para quem ensinar.

O exercício da prática educativa exige dos educadores, uma atenta e constante

vigilância frente aos riscos de ideologização do seu fazer pedagógico. Para que as

ações da escola se convertam em práticas educativas, impregnadas das finalidades

políticas da cidadania plena, pressupõe a construção coletiva de um projeto educativo,

fundamentado no processo humanizador dos educandos e educadores (SEVERINO,

1998).

Projeto este, que orienta e fundamenta o processo de formação continuada, o

qual não é pronto e acabado, mas se constrói e reconstrói no ambiente escolar, local

de excelência do trabalho docente, que possui um objetivo comum: garantir a

qualidade da aprendizagem de todos os alunos.

Semana Pedagógica Enquanto Formação Continuada

É que, se os homens são estes seres da busca e se sua vocação ontológica é humanizar-se, podem, cedo ou tarde, perceber a contradição em que a ‘educação bancária’ pretende mantê-los e engajar-se na luta por sua libertação (FREIRE, 1987, p. 62).

A Semana Pedagógica é um dos eventos da Formação Continuada, ofertado

pela SEED/PR, previsto em Calendário Escolar, que acontece duas vezes ao ano.

Para o ano letivo de 2013, foi prevista para os períodos de 4, 5 e 6 de fevereiro e 25

e 26 de julho, conforme determinado no Calendário Escolar, aprovado pela Instrução

nº 17/2012 – GS/SEED (PARANÁ, 2012).

Neste evento participaram professores e funcionários, que discutiram questões

correlatas a realidade da escola no que se refere ao processo ensino-aprendizagem,

segundo orientações da SEED/PR, conforme material disponibilizado no Portal Dia a

Dia Educação.

Assim, a Semana Pedagógica, enquanto proposta de Formação Continuada,

ofertada pela mantenedora, considera a escola como ponto de partida e chegada do

estudo, o que possibilita a realização da práxis reflexiva e coletiva (NÓVOA, 1992).

Contudo, muitas vezes essa proposta de formação por um lado é considerada

como uma ação pronta e acabada, onde cabe a escola apenas realizar as tarefas

propostas, e por outro, como um evento obrigatório, no qual o professor tem a

responsabilidade de identificar os problemas de sua realidade, pesquisar sua prática

pedagógica, propor soluções criativas e inovadoras e, ainda, avaliar e comunicar os

resultados de suas ações.

Ao abordar os 17 profissionais que atuam nos cursos técnicos do Colégio

Estadual Professora Dirce Celestino do Amaral – Ensino Fundamental, Médio e

Profissional, quanto aos objetivos da Semana Pedagógica desenvolvida no início do

ano letivo de 2013, três profissionais explicitaram que o evento cumpre com os

objetivos propostos, cinco profissionais responderam que cumpre parcialmente com

os objetivos e nove profissionais responderam que não.

Apenas 20% (vinte por cento) dos 17 profissionais consultados (entrevistados)

responderam que a Semana Pedagógica contribui para o desenvolvimento da prática

pedagógica, na medida em que “Ajuda a mobilizar o coletivo no que diz respeito aos

sujeitos deste processo, avaliando criticamente as problemáticas levantadas,

articulando em unidade os objetivos e ações realizadas”; com “Levantamento de

dados, teoria x prática” (Entrevistado 1); “Quando são em forma de oficinas, nos

ajudam com ideias de atividades que podemos utilizar com os alunos” (Entrevistado

2); “Com exemplos de práticas que deram certo e com material fornecido”

(Entrevistado 3).

O mesmo questionamento foi feito com os 13 participantes (PGTR) do Grupo

de Trabalho em Rede (GTR) no primeiro semestre deste ano, sendo 10 pedagogos e

03 professores da Rede Estadual de Ensino. O GTR é uma das atividades obrigatória

do PDE, considerado “[...] um momento privilegiado para socialização das produções

do Professor PDE e interação entre seus pares na Rede Estadual de Ensino”

(PARANÁ, 2013a).

É uma atividade a distância que acontece no Ambiente Virtual de Ensino e

Aprendizagem (AVEA) e-escola, onde o Professor PDE é considerado Professor

Tutor. Para participar desta atividade, os professores da Rede Estadual de Ensino

realizam previamente sua inscrição (PARANÁ, 2013b).

Como resposta quanto aos objetivos da Semana Pedagógica desenvolvida no

início deste ano letivo, dos 13 participantes do GTR, apenas 01 profissional respondeu

que sim e os outros 12 profissionais, responderam que da forma em que está

organizada a Semana Pedagógica, a mesma não contribui para analisar e discutir os

problemas do cotidiano, o trabalho é fragmentado, portanto não qualificar a pratica

pedagógica realizada na escola, inclusive apontam alguns questionamentos: “Quem

está à frente dos encaminhamentos e organização de tais trabalhos propostos pela

nossa mantenedora? Qual é o grau de compreensão e entendimento para a condução

dos assuntos e temas encaminhados pela SEED no contexto escolar?” (PGTR1);

“Quem irá realizar a formação dos pedagogos que estão à frente desse trabalho com

os demais profissionais da sua escola?” (PGTR2); “Quando vamos nos preparar, se

tudo nos chega de última hora, sem tempo suficiente para uma discussão ou análise

mais aprofundada” (PGTR3); “Com quem realizar a Semana Pedagógica no início do

ano, se a grande maioria dos professores que atuam no curso técnico são PSS e em

fevereiro ainda não foram contratados?” (PGTR4); “Como ser um processo de

formação, se as atividades se encerram no último dia de trabalho e não tem

continuidade nem na formação continuada e nem nos encaminhamentos

pedagógicos?” (PGTR5).

Neste contexto, ao questionar a pertinência do tema do Projeto de intervenção:

A Semana Pedagógica na Perspectiva dos Profissionais que atuam nos Cursos

Técnicos do Colégio Estadual Professora Dirce Celestino do Amaral: Limites e

Possibilidades, na organização do trabalho pedagógico da Escola Pública, todos os

participantes do GTR explicitaram a importância e a necessidade de repensar a

Semana Pedagógica enquanto Formação Continuada, uma vez que possibilita “Trazer

soluções, objetivos, projetos e reflexões que levam a um melhor aproveitamento dos

estudos, bem como amenizar ou excluir possíveis problemas com relação a escola e

a comunidade” (PGTR 6);”Reflexão com os pedagogos e os coordenadores de cursos

técnicos e professores sobre a dificuldades que enfrentamos no processo ensino e

aprendizagem frente aos desafios da Educação Profissional” (PGTR7); Permite não

só a reflexão da prática como também o redirecionamento da mesma” (PGTR8).

Quanto as mudanças que julgam necessárias na organização e no

desenvolvimento da Semana Pedagógica, para que a mesma contribua no processo

ensino-aprendizagem dos 17 (dezessete) profissionais entrevistados que trabalham

na escola campo do PDE, 14 (quatorze) são professores de disciplinas técnicas

(PDT), 02 (dois) são pedagogos (PP) e 01 (um) é coordenador de curso (CC) que

atuam nos Cursos Técnicos de Logística e de Recursos Humanos, sugerem: “Deixar

a escola ter mais autonomia nas escolhas dos temas a serem discutidos e enviarem

com mais antecedência os materiais a serem usados”(PP1); “Os temas de acordo com

a realidade da escola, nos períodos que realmente os professores trabalham, respeitar

a formação do horário noturno” (PDT1); “Deveria ser mais elaborado, atendendo as

necessidades principalmente para o curso técnico” (PDT2); “Colher informações dos

professores dos cursos técnicos e definir ideias e por meio destas implantar novas

técnicas e procedimentos que envolvam a área” (CC1); “Que haja uma troca de

experiências entre os colegas e oficinas colocando-as em prática” (PDT3); “Acredito

que cada escola deve organizar a sua de acordo com a sua especificidade e realidade,

só assim pode decidir o que é importante ou não” (PDT4); trabalhar com “Conteúdos

que realmente tenha significado para nossa prática” (PDT5); “Deveria ser feita uma

reformulação total com palestras, oficinas, etc.” (PDT6); “Voltar a ser como no primeiro

governo Roberto Requião, onde haviam cursos de capacitação com autores

pedagógicos atualizados” (PP2); desenvolver “Planos de ações para que seja

melhorado as ações quanto ao processo de ensino” (PDT7); proporcionado “Palestras

mais focadas na prática dentro de sala de aula” (PDT8); “Precisava que fosse

diferenciado para os cursos técnicos, com novas técnicas e dinâmicas” (PDT9); que

viabilizasse “Atividades que contribuam para a minha prática pedagógica dentro da

sala de aula” (PDT10); “Olhar a realidade da escola e trabalhar assuntos relacionados

aos problemas” (PDT11); “Seja focada tanto para o ensino médio, como para o

técnico” (PDT12); “Organização de diversas palestras, para que haja uma discussão,

debate, e que realmente acrescente” (PDT13); que considerasse o “[...] horário/turno

de trabalho, temas sobre o ensino profissionalizantes e médio noturno” (PDT14).

Conclui-se então que 50% (cinquenta por cento) dos profissionais que atuam

nos cursos técnicos do período noturno do Colégio Dirce, explicitaram que a Semana

Pedagógica não cumpre com os objetivos propostos e para que a Semana

Pedagógica contribua no processo ensino-aprendizagem da escola, 30% (trinta por

cento) dos profissionais sugerem que a escola tenha autonomia para organizar a

Semana Pedagógica, 25% (vinte e cinco por cento) sugerem que se considere as

especificidades dos cursos técnicos na Semana Pedagógica, 15% (quinze por cento)

sugerem que seja trabalhado questões relacionadas a prática de sala de aula e 30%

(trinta por cento) sugerem mudanças na metodologia utilizada durante a Semana

Pedagógica.

O mesmo desafio foi evidenciado no GTR 2014, o qual está organizado em

Temáticas. A Temática 01, destina-se a apresentação do Projeto de Intervenção

Pedagógica na Escola, a Temática 02 explicita a Produção Didático-pedagógica e a

Temática 03 analisa a Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na

Escola.

Em relação a Produção Didático-pedagógica, a atividade que apresentou maior

relevância, foi a de analisar o Projeto Político-Pedagógico (PPP), enquanto

documento legal e pedagógico que revela a escola que se quer, a função social do

conhecimento que se ensina e, principalmente, quem é o aluno dessa escola. Esta

atividade foi considerada difícil pelos participantes do GTR, pois segundo eles estudar

o PPP destacando: Qual é o projeto de escola explicitado? Esse projeto está efetivado

no currículo desenvolvido pela escola? Concepção de gestão estabelecida na escola.

Função da Equipe Pedagógica e A importância do trabalho coletivo, demanda trabalho

coletivo e competência teórica-metodológica da equipe pedagógica.

Na atividade destinada a analisar a Semana Pedagógica, tanto os profissionais

do colégio, quanto os que participaram do GTR, fizeram inúmeras sugestões de

mudança. Acreditam na importância e na necessidade deste espaço de discussão,

previsto em Calendário Escolar. Contudo, a classificam atualmente como uma

atividade engessada e obrigatória, onde apenas se cumpre tarefas em tempo restrito,

pouco se discute sobre os verdadeiros problemas da escola, configurando-se como

um trabalho individual e fragmentado.

Sem dúvidas, estas interpretações e relatos se distanciam de uma proposta de

formação continuada comprometida com a formação de consciência crítica pela

apropriação do conhecimento. Para Freire, a formação do educador deve estar além

da obrigatoriedade. É um compromisso, pois

A responsabilidade ética, política e profissional do ensinante lhe coloca o dever de se preparar, de se capacitar, de se formar antes mesmo de iniciar sua atividade docente. Esta atividade exige que sua preparação, sua capacitação, sua formação se tornem processos permanentes. Sua experiência docente, se bem percebida e bem vivida, vai deixando claro que ela requer uma formação permanente do ensinante. Formação que se funda na análise crítica de sua prática. (FREIRE, 2001, p. 259).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao concluirmos este estudo sobre a formação continuada, percebemos a

natureza de sua relevância para posteriores estudos. Este trabalho demostrou que os

professores, pedagogos, coordenadores de curso, reconhecem a importância da

Semana Pedagógica como um evento da formação continuada. Contudo, questionam

como a mantenedora organiza tal evento e solicitam que a escola tenha mais

autonomia para organizar sua formação continuada.

Desta forma, percebemos que a escola, local de excelência do trabalho

docente, precisa organizar sua rotina, repensando seus espaços e tempos para que

se efetive a formação continuada, uma vez que acreditamos que é na própria escola

que se produz saberes que favorecem a reflexão individual e coletiva sobre a prática

pedagógica desenvolvida.

A formação continuada não se materializa apenas em estudos individuais e

coletivos, mas se efetiva na medida em que os sujeitos tem interesse em buscá-la,

construí-la e vivenciá-la no dia a dia da escola, seja na hora-atividade, reuniões

pedagógicas, planejamento, assessoramento pedagógico, reuniões com pais,

conselho de classe, cursos de atualização, semana pedagógica.

Enquanto eixo de discussão do Projeto Político-Pedagógico, a formação

continuada representa uma das possibilidades de vivenciar a autonomia da escola na

medida em que revela a escola que se quer, a função social do conhecimento que se

ensina e, principalmente, quem é o aluno dessa escola, na perspectiva dos

determinantes históricos-sociais dessa sociedade, pois representa uma tomada de

consciência da ação educativa.

O Projeto de Educação, construído coletivamente, deve ser o norte do trabalho

educativo realizado na escola. Desta forma, em uma escola que cumpre com sua

função social não cabe qualquer projeto de formação, mas uma ação coletiva que

pressupõe a construção de uma identidade, constituída na própria ação educativa,

planejada e organizada pelos profissionais da escola, para atender as suas

expectativas.

Não se desconsidera os eventos de Formação Continuada ofertados pela

SEED/PR, inclusive é uma função legal da mantenedora. O que torna-se necessário

é avaliar, re(organizar) e re(construir) as ações ofertadas e/ou solicitadas a partir da

articulação entre trabalho individual e coletivo; integração de teoria e prática;

valorização dos conhecimentos e práticas dos profissionais envolvidos; clareza quanto

aos pontos de partida e de chegada, considerando principalmente, o trabalho

educativo realizado, tendo como eixo formativo a totalidade da escola.

Neste contexto, considerando o fundamento do trabalho coletivo, cabe ao

pedagogo realizar e/ou viabilizar ações que qualificam o processo de formação

continuada, inclusive (re)organizando a semana pedagógica, a partir do projeto de

educação da escola, para que o mesmo possa expressar um momento privilegiado de

análise, discussão da prática educativa realizada, bem como, de planejamento

coletivo das ações da escola.

Acreditamos que este trabalho pode contribuir na reflexão sobre o

desenvolvimento do trabalho pedagógico, principalmente no que se refere a formação

continuada, a qual qualifica o trabalho educativo da escola e consequentemente a

aprendizagem dos alunos.

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