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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO _________________________________________________

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CURITIBA

ROSANGELA CRISTINA ROCHA AURIGLIETTI

Curitiba, 2014

Título: Evasão e Abandono Escolar: causas, consequências e alternativas - O combate a evasão

escolar sob a perspectiva dos alunos

Autora Rosangela Cristina Rocha Auriglietti

Escola de Atuação Colégio Estadual Rodolpho Zaninelli

Município da escola Curitiba

Núcleo Regional de

Educação Curitiba

Orientador Suzane SchmidlinLöhr

Instituição de Ensino

Superior UFPR

Disciplina/Área Pedagogia

Produção Didático-

pedagógica Unidade Didática

Relação

Interdisciplinar Com todas as disciplinas

Público Alvo Professores e Equipe Pedagógica

Localização Cidade industrial – Curitiba

Resumo

O presente material didático aborda um problema que aflige muitas escolas: o abandono e a evasão escolar. Para dimensionar o problema, foi realizado um levantamento nos documentos escolares referente ao Ensino Fundamental de um colégio público estadual situado no município de Curitiba, verificando o abandono e a evasão nos últimos três anos. Visando conhecer os motivos que levam os educandos a deixar a escola, na percepção dos próprios educandos, aplicou-se um questionário em 30 alunos que haviam abandonado o estudo em anos anteriores, mas retornaram à escola em 2014. O resultado do levantamento servirá como parte de material de estudo que irá subsidiar a discussão entre Professor PDE, Professores e Pedagogos, a fim de propor alternativas para o abandono e a evasão escolar. O material didático será apresentado no formato de Unidade Didática, composta por três tópicos, sendo que o primeiro apresenta o levantamento feito no colégio sobre a evasão, o segundo apresenta o projeto FICA, programa do governo do Estado do Paraná que visa combater a evasão e o terceiro fornece o panorama atual do assunto apoiado em revisão de literatura. Prevê-se que cada tópico seja abordado em vários encontros, somando ao final 32 horas de atividade. Espera-se que o presente material provoque reflexões por parte de todos aqueles que trabalham com a educação e permita construir práticas pedagógicas que auxiliem no combate ao abandono e a evasão escolar, para que no futuro mais alunos concluam os estudos e, sobretudo, para que avancem no processo de construção do conhecimento.

Palavras-chave: Abandono. Evasão. Aprendizagem.

1

UNIDADE DIDÁTICA

EVASÃO/ABANDONO ESCOLAR

A presente Unidade Didática está disposta em 3 tópicos visando criar base

para análise e discussão da problemática do abandono/evasão escolar. Começa

relatando no primeiro tópico um levantamento feito em uma escola pública estadual

sobre os índices de abandono e evasão na referida escola e a percepção de alunos,

que em algum momento de suas vidas, abandonaram ou evadiram da escola e no

momento estão estudando. Na sequência discute o Projeto Fica comigo, proposto

pelo governo estadual, visando o combate ao abandono e a evasão escolar no

Paraná. Em seguida será apresentado revisão de literatura sobre o tema. Propõe-se

que este material subsidie reflexões e discussões entre professores, pedagogos e

equipe gestora das escolas. Sugere-se que para a viabilização dos momentos

coletivos de discussão, sejam reservados horários, junto à direção da escola, na

semana de capacitação que acontece no início do ano letivo, no retorno do recesso

escolar, nas reuniões pedagógicas obrigatórias que constam no calendário escolar e

nos dias de hora atividades concentradas dos professores. Para abordar de forma

consistente a problemática, pensando especialmente na construção de caminhos

futuros, estima-se que sejam necessárias 32 horas de atividades coletivas.

TÓPICO 1: CONHECENDO O PROBLEMA DO ABANDONO E DA EVASÃO

ESCOLAR

É do conhecimento de educadores e de todo sujeito ligado à educação no

Brasil que o abandono e a evasão escolar é um dos principais problemas para a

escola, e por conseguinte para a sociedade. Segundo (BORGES, 2013), no Brasil,

um em cada quatro alunos que inicia o Ensino Fundamental abandona a escola

antes de chegar ao 9º ano e Lopez e Menezes (2002) enfatizam que a repetência é

a principal responsável pela evasão, pois o aluno que repete o ano letivo perde o

interesse por continuar os estudos.

A experiência da autora da presente Unidade didática, que atua há 15 anos

na educação, mostra que quando o assunto do abandono e da evasão escolar é

abordado em reuniões ou Conselho de Classe são manifestadas duas posições

opostas: enquanto alguns professores explicam o problema como decorrente do

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aluno que não gosta de estudar, ou da família brasileira de classe baixa que não

valoriza a educação formal, não se importando quando o filho deixa a escola, outros

professores defendem que é preciso analisar o fazer do professor, sua metodologia

e a relação com o aluno para compreender outros fatores que possam levar ao

abandono e a evasão. Embora seja possível identificar certa divergência nas falas

dos professores ao expor o problema, parece haver concordância de todos de que

se trata de um dos maiores desafios enfrentados pelo ensino público no Brasil, tendo

entre suas causas fatores amplos como: sociais, culturais, políticos, econômicos e

pedagógicos.

Segundo dados do UNICEF (2014), existem no Brasil cerca de 21 milhões de

adolescentes, com idade entre 12 e 17 anos, sendo que de cada 100 estudantes

que entram no Ensino Fundamental apenas 59 terminam o 9º ano.

Fez-se consulta aos dados de matricula e frequência dos alunos de uma escola

publica estadual situada na cidade de Curitiba, de grande porte, sendo matriculados

em torno de 2.000 alunos por ano, que atende o Ensino Fundamental ( 6º ao 9º

ano), Ensino Médio e Profissionalizante. O levantamento feito nos dados referentes

aos anos de 2011 a 2013 no curso de Ensino Fundamental noturno, confirmaram

que dos 523 alunos matriculados 38% abandonaram e por conseguinte evadiram-se

da escola. Constatou-se maior índice de abandono e evasão escolar no Ensino

Fundamental do período noturno.

Foi possível perceber no levantamento realizado na escola, que quase metade

dos alunos que se matriculam no início do ano, param de estudar no decorrer do

ano escolar. Observou-se também que dos alunos que abandonam, poucos

renovam a matrícula no colégio no ano seguinte.

Após o levantamento realizado nos documentos escolares, foram selecionados

30 alunos matriculados em 2014 no colégio, que estão frequentando as aulas, mas

tem histórico de evasão em anos anteriores, os quais foram convidados a preencher

um questionário sobre os motivos que os levaram a abandonar os estudos em anos

anteriores. Os alunos que participaram desta etapa do levantamento, frequentam

turmas de 6º ao 9º ano do período noturno, possuem entre 11 e 20 anos, sendo que

muitos estão fora da idade para frequentar o Ensino Fundamental devido ao

histórico prévio de evasão escolar. O questionário que os alunos responderam será

um dos materiais didáticos a ser trabalhado com os professores e pedagogos, a fim

de discutir e estabelecer ações que possam combater o abandono e a evasão. As

3

respostas dadas pelos alunos foram agrupadas por categorias e sintetizadas em

gráficos e tabelas.

A fig. 1 apresenta a síntese da primeira etapa do levantamento, realizada na

consulta aos documentos da escola, na qual foi possível identificar o número de

alunos matriculados, número de alunos transferidos e o número de alunos que

abandonaram o estudo.

Alunos Matriculados

Alunos Transferidos Alunos Evadidos

2011 2012 2013 2011 2012 2013 2011 2012 2013

6ª ano 26 22 16 5 5 2 12 9 5

7ª ano 49 49 37 8 5 2 21 30 16

8ª ano 36 26 29 4 3 2 17 7 11

9ª ano 33 31 34 7 2 2 12 11 16

9ª ano 50 46 39 8 5 5 22 12 12

TOTAL 194 174 155 32 20 13 84 69 60

% 16,49 11,49 8,38 43,29 39,65 38,70 Fig. 1: quadro síntese dos dados de matricula, transferência e evasão em 3 anos consecutivos, no período noturno em dados brutos e percentual obtidos em consulta ao SERE.

A fig1 mostra que no período noturno no ano de 2011, no Ensino

Fundamental, foram matriculados 194 alunos, sendo que 84 abandonaram a escola

no decorrer do ano. Em 2012 foram matriculados 174 alunos e 69 abandonaram, em

2013 foram matriculados 155 alunos e 60 abandonaram.

Consulta mais aprofundada ao SERE1 dos alunos que abandonaram a escola

aponta que 40% eram do sexo feminino. Mostra ainda que dos evadidos em 2011,

apenas 2 voltaram a matricular-se neste colégio no ano seguinte e dos que

abandonaram os estudos nos anos de 2012 e 2013 nenhum voltou a matricular-se

neste colégio no ano seguinte.

Dos 30 alunos entrevistados 13 eram do sexo feminino e 17 masculino,

apenas 10 tem menos de 15 anos, os 20 restantes têm entre 15 e 20 anos.

Verificou-se que os alunos até 15 anos deixaram o estudo por um bimestre ou um

semestre, voltando a estudar no ano seguinte, alguns na mesma escola e outros em

escolas diferentes, sendo que destes, a maioria deixou de estudar por não ter

médias nas disciplinas que possibilitasse seguir no curso, declarando-se, portanto

reprovados.

1 (SERE), Sistema Estadual de Registro Escolar é um “Sistema de Informações” desenvolvido com a finalidade principal de

racionalizar as atividades burocráticas da secretaria da escola.

4

Os alunos acima de 15 anos deixaram o estudo por 1 ano ou mais. Alguns

afirmam ter voltado porque a empresa em que trabalham passou a exigir maior

formação para que continuassem a compor o quadro de funcionários da mesma.

Outros afirmam retornar à escola para conseguir um trabalho melhor.

Dos 30 alunos entrevistados, 2 estão matriculados no 6º ano, 2 no 7º ano, 7 no

8ª ano e 14 no 9º ano. 5 alunos não informaram o ano de estudo. Dos 30 alunos, 16

já mudaram de escola mais de uma vez, 6 já mudaram de escola mais de 6 vezes, o

que pode ser um aspecto relacionado ao fato de ter tantos alunos acima de 15 anos

concluindo o Ensino Fundamental.

Para identificar fatores motivacionais que pudessem influenciar na

permanência na escola, foi indagado aos alunos que responderam aos

questionários, o que mais gostam na escola. Tratava-se de uma pergunta com

múltiplas alternativas, na qual poderiam assinalar mais que um item de preferência.

Os alunos assinalaram em média dois itens, sendo o mais assinalado o que refere ir

à escola por gostar de encontrar com os colegas (n=30), seguido de gostar dos

professores (n=12). É interessante observar que o terceiro item mais anotado,

refere-se a ter a escola como obrigação, presente na assertiva não gosta da escola,

vai porque sua família obriga (n=11). Gosta de estudar foi a escolha que veio na

sequência (n=9) e gosta do lanche da escola foi o item menos assinalado n=5).

Conclui-se que a escola é para os alunos, prioritariamente, local de encontro

social já que todos afirmam gostar da escola por poder encontrar-se com seus

amigos, além de que a relação com professores e gosto pelo estudo aparecem

como segunda e terceira preferência.

Procurando identificar a relação que os alunos estabelecem com os diversos

conteúdos acadêmicos, foi questionado qual era a disciplina de preferência. As

respostas dos alunos são sintetizadas na fig.2.

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Fig. 2: gráfico representativo da relação de disciplinas de preferência dos alunos.

A preferência dos alunos é pela disciplina de Educação Física e Artes.

Observa-se que são disciplinas envolvendo atividades mais praticas, não tem

avaliações formais (provas), propiciam espaço para outras habilidades, como

desenhar e jogar. Alguns afirmam ainda que o bom destas disciplinas é não ter

conteúdo, fazendo referência a conteúdos que tem que copiar do quadro, ou realizar

atividades no livro didático.

A disciplina de Inglês foi a terceira mais elencada na preferência dos alunos,

sendo que a explicação para a preferência é de que gostam de aprender outra

língua, que conhecem algumas palavras do dia-a-dia, principalmente pelos meios

tecnológicos como computador, vídeo game, celular e outros.

A disciplina de Língua Portuguesa vem em quarto lugar na preferência, a

explicação desses alunos é que gostam de ler, consideram importante saber falar

sua língua e querem fazer uma faculdade, sendo o português importante para

passar no vestibular. As outras disciplinas menos citadas seguem quase que a

mesma explicação: gostam por que são bons em Matemática, gostam de história e

outros. Ou seja, em síntese a argumentação dos alunos é direcionada pelo

argumento: gosto das disciplinas em que consigo me sair bem.

Segundo Ribeiro (1999), as disciplinas menos citadas na preferência dos

alunos podem indicar a falta de contextualização da mesma com sua realidade. Para

o autor é preciso que as disciplinas favoreçam proximidade entre conhecimento

científico e conhecimento do senso-comum para que o aluno se interesse por elas e,

por conseguinte, aprendam.

012345678

Disciplina que mais gostam

6

Foi formulada uma questão visando identificar o grau de importância que os

alunos dão ao estudo. Em resposta a esta questão, apena 1 aluno afirmou que não

considera importante e 1 que é mais ou menos importantes, ambos não justificaram

a afirmativa. Dos 30 alunos respondentes, 28 afirmaram considerar o estudo

importante para conseguir ser alguém na vida futuramente, para conseguir ter um

bom trabalho e ajudar a família. Embora na primeira questão alguns tenham

mencionado vir para a escola por conta da imposição familiar, parece que a grande

maioria esta ciente de que estudar traz benefícios pessoais em médio e longo prazo.

Para identificar a relação entre o método adotado pelo professor e a adesão ao

estudo, os respondentes foram questionados em relação ao grau de satisfação

quanto á maneira de ensinar dos seus professores. Os alunos respondiam em uma

escala de likert com 3 níveis de graduação (estou satisfeito, mais ou menos

satisfeito e não estou satisfeito). Na sequência deveriam discorrer justificando a

resposta dada. As respostas foram agrupadas na fig.3.

Fig. 3: gráfico representando o grau de satisfação em relação ao método de ensino dos professores.

Constata-se que 50% dos respondentes estão satisfeitos com o método

adotado pelos professores. Os alunos que se dizem satisfeitos com a maneira como

os professores explicam os conteúdos justificam que os mesmos têm paciência para

explicar, não gritam e quando tem dúvida o professor vem até a carteira para

explicar. Os que se dizem insatisfeitos apontam o contrário, afirmando que os

professores não explicam direito, enchem o quadro de conteúdos para copiar e se

pede alguma explicação não atende dizendo já ter explicado. Os que disseram mais

ou menos satisfeitos alegaram que alguns professores não explicam direito o

conteúdo, mas não são todos. Como a pergunta foi direcionada a todos os

50%

40%

10%

Satisfação com Professores

Estão satisfeitos

Não estão satisfeitos

Mais ou menos satisfeitos

7

professores, isso pode ter influenciado nas respostas dadas, pois o aluno tinha que

posicionar-se frente a uma das alternativas, adotando como critério a que era mais

frequente. Esta é uma questão importante para a análise em relação à evasão

escolar, pois alguns alunos relatam que os professores explicam bem, mas ele,

aluno, tem dificuldade de entender o que o professor fala, e que por medo de

fracassar e ser taxado de incapaz, ou por dificuldade de enfrentar dificuldades,

prefere abandonar o estudo e evadir-se da escola, o que interfere em sua auto-

estima, colocando-se como o único culpado pelo fracasso escolar.

A qualidade da relação que se estabelece entre alunos e professores é outro

fator que a literatura aponta como importante para o aprendizado.

Para identificar como os alunos viam tal aspecto, o questionário continha uma

questão sobre como o aluno pontuava a sua relação com os professores. A pergunta

podia ser respondida segundo uma escala de likert com as alternativas: tem boa

relação; não tem boa relação; tem boa relação com alguns professores.

Fig.4: gráfico Ilustrando como os alunos avaliam a relação que mantém com o professor.

Conforme pode ser visto na fig. 4, há predomínio de relato de manter boa

relação com os professores. Ao justificarem a resposta positiva, muitos alunos

tinham o bom relacionamento pelo fato dele (aluno) ser legal, ser educado e também

pelo professor ser legal, ser amigo dos alunos. Os que afirmam não manter boa

relação dizem que os professores querem mandar em suas vidas, gritam muito e

não gostam deles. Outros afirmam ter boa relação com alguns professores que são

mais atenciosos e conversam com os alunos.

60%20%

20%

Relação professor e aluno

Tem boa relação com professores

Não tem boa relação com Professores

Tem boa relação com alguns professores

8

Pode-se dizer que a análise das respostas acima descritas, aponta para a

expectativa por parte dos alunos de que os professores sejam respeitosos, abram

espaço para aproximação dos alunos, mas cuidem para não ser invasivos.

Os autores Batista e Weber (2012) promoveram uma análise da literatura sobre

a relação de professores e alunos aplicando o modelo de estilos parentais, sendo

estabelecido três tipos principais de liderança: democrática, autoritária e laissez-

faire.

Uma das literaturas analisadas por Batista e Weber (2012), aponta que escolas

que são democráticas e exigentes obtêm melhores resultados com os educandos,

sendo que os alunos se envolvem mais com questões escolares e, por conseguinte

diminuem-se as faltas o abandono e evasão escolar. As escolas indiferentes ou

negligentes apresentam os piores resultados para o envolvimento escolar e as

escolas autoritárias apresentam os piores resultados para a evasão escolar.

A atitude da família incentivando ou não o aluno para o estudo, foi outro

aspecto levantado. Apenas dois alunos disseram que não contam com incentivo da

família, alegando que elas não têm tempo para se preocupar com isso. Os outros

afirmaram que a família incentiva ir para a escola, citando principalmente a figura da

mãe como maior incentivadora.

Quando indagados em relação ao motivo de terem abandonados os estudos,

as resposta dos alunos foram agrupadas em 5 categorias: questões familiares

(mudanças, doenças na família, gravidez, trabalho); desinteresse, preguiça, falta de

vontade; brigas com colegas; estava reprovado; marginalização. A fig.5 mostra a

distribuição das respostas nas diversas categorias.

Fig.5: gráfico representando os motivos apontados pelos alunos para o abandono escolar.

56%17%

10%

10%

7%

Por que abandonam a escola?

Questões familiares.

Desinteresse, preguiça, falta de vontade.

Brigas

Marginalização

Estava reprovado

9

Apesar da maioria dos alunos apontarem que a família incentiva o estudo

visando ter um futuro melhor e um bom emprego, e de quase a metade dos

entrevistados dizerem não estar satisfeitos com a maneira como os professores

explicam os conteúdos (fig. 3), os mesmos alunos apontam como fator principal de

abando escolar as questões familiares, especialmente a mudança de bairro e

cidade, ter que trabalhar, se casar ou ter filhos. Sentir-se marginalizado e brigas

com colegas vêm na sequência como fatores determinantes do abandono escolar.

Ficando em último lugar o fato de estarem reprovados e não gostar de estudar. Os

problemas de brigas ou outros que poderiam caracterizar bullying aparecem em

apenas dois casos.

Quando questionados em relação à „Por que retornam a escola?‟ diversos

alunos (11/30) apontam questões familiares como principal motivo, dizendo que a

família conversa e convence da importância do estudo, ou que a família os obriga a

voltar. Alguns respondentes (11/30) afirmam que precisam voltar para ter um bom

futuro, bom trabalho e ajudar a família. 3 alunos disseram retornar para reencontrar

os amigos, 1 aluno disse retornar por incentivo do patrão e 1 disse retornar por

gostar de estudar. 3 alunos não responderam.

Essa questão esclarece também em relação à visão que os alunos tem da

função da escola. Para eles a mesma deve formar para um futuro melhor, para um

bom emprego. As respostas dadas parecem indicar pouca clareza por parte dos

alunos quanto ao papel da escola na formação do cidadão.

Para finalizar o questionário, foi solicitado que os respondentes descrevessem

„Como seria escola de seus sonhos. Foram apontadas várias vertentes como se o

observa a baixo:

Fig. 6: gráfico representando a descrição dada pelos alunos quanto ao que seria a escola dos sonhos.

17%

33%17%

13%

10%

10%

Escola dos sonhos Melhor estrutura predial

Professores melhores preparados para ensinar

Mais respeito entre professor e aluno

Mais rígida

Mais atividades físicas e musicais

Com metodologias diferenciadas

10

Houve predomínio nas respostas, (33%) dos alunos apontando o melhor

preparo dos professores como o principal ponto de mudança na escola. Maior

respeito entre professor e aluno (17%) e melhor estrutura física (17%) foram as duas

características elencadas na sequência. Parece que o investimento no capital

humano é ponto de grande expectativa dos educandos, pois novamente é aqui

mencionado características de cunho pessoal do corpo docente. A questão de

melhor estrutura física da escola também chama a atenção nas respostas,

mostrando a insatisfação dos alunos com a precariedade do prédio.

Em síntese, todos os alunos entrevistados demonstraram sonhar com uma

educação melhor, e que apesar de terem abandonado os estudos em determinada

época da vida escolar a valorizam como principal meio de mudança social.

O abandono e a evasão escolar são problemas sérios, que para sua solução

precisa contar com a união de esforços de todos os envolvidos na educação, sejam

professores, alunos, equipe diretiva, sociedade e políticas públicas.

Nem todas as frentes de ação estão no momento ao nosso alcance, mas a

escola precisa tomar a frente diante da problemática, procurando alternativas que

permitam transformar a realidade em que se encontra e assim, minimizar o problema

do abandono e evasão, que tem como consequência muitas vezes a exclusão

social, implementando ações na escola que construam novos caminhos frente ao

compromisso social, político e educacional do direito da educação para todos,

conforme prevê a Constituição Brasileira de 1988 ( art. 205).

TÓPICO 2: PROJETO FICA

No Estado do Paraná foi criado o Programa Fica Comigo - Programa de

Mobilização para Inclusão Escolar e a Valorização da Vida, que procura atuar no

combate a evasão escolar, possibilitando o acesso à educação aos sujeitos, uma

vez que esse direito é garantido sobre forma de Lei, considerado direito subjetivo e

inalienável pela Constituição Brasileira (1988), Lei de Diretrizes e Bases da

Educação (LDB, 9394/96) e Estatuto da Criança e Adolescente (ECA, 1990).

Foi elaborado pelo Governo Estadual um manual do programa no qual são

apresentados suportes e subsídios para repensar a prática pedagógica dentro das

escolas paranaenses. O manual encontra-se disponível na página do site da

Secretaria da Educação (www.diaadiaeducacao.pr.gov.br), no link Programas e

11

projetos e na página

(http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteu

do=9).

O programa foi lançado no Estado do Paraná no ano de 2005 e sofreu algumas

alterações com objetivo de melhor encaminhar os problemas de evasão escolar,

bem como, dentro do possível, solucioná-los.

O Programa ficou sobre a tutela da Secretaria de Estado e Educação que

assume o papel de mediadora entre escolas, Conselho Tutelar e Ministério Público,

devendo a mesma instrumentalizar as escolas no que diz respeito às ações que

devem ser implementadas para garantir o retorno do aluno à escola, bem como

atuando no enfrentamento dos principais motivos das evasões, sejam de ordem

pedagógicas ou sociais. (Paraná, 2009).

A ficha FICA – Ficha de Comunicação do Aluno Ausente - é o documento que

instrumentaliza o programa. É através dela que as escolas, a Secretaria de

Educação e o Conselho Tutelar acompanham os casos de evasão nas escolas

estaduais do Paraná e impõe responsabilidade com a evasão a todos na escola,

começando pelo professor que, observando a ausência do aluno as aulas no

período de 5 dias consecutivos ou de 7 dias alternados, deve comunicar a equipe

pedagógica.

À equipe pedagógica cabe investigar o motivo das faltas junto aos

responsáveis pela criança ou adolescente, adotando procedimentos que possibilitem

o retorno imediato do aluno, como conversar com os professores e organizar

reposições de conteúdos das aulas perdidas, remarcar avaliações, encaminhar o

aluno para organizações de proteção ao menor como a Rede de Proteção 2 e outras

providências que se fizerem necessária para garantir a presença do aluno na escola.

A equipe pedagógica deve também comunicar á direção da escola os casos de

evasão, promover investigação sobre os motivos que a provocam e junto com toda

a equipe escolar organizar ações de enfrentamento da mesma.

O aluno retornando à escola, a ficha FICA deve ser arquivada, caso contrário a

primeira e terceira via da ficha devem ser encaminhadas ao Conselho Tutelar, na

falta deste, ao Juiz da Infância e Juventude. De acordo com as normas do

Programa Fica Comigo, o Conselho Tutelar tem 10 dias para dar um retorno à 2 Rede de Proteção envolve a ação de várias instituições/áreas governamentais ou não, que visam atuar em questões sociais

de extrema complexidade, definindo estratégias para a prevenção, atendimento e fomento de políticas públicas para crianças e adolescentes em situação de risco.

12

escola, caso isso não aconteça esta deverá comunicar imediatamente, através de

ofício, o Ministério Público.

Cabe ao Conselho tutelar aplicar a medida protetiva do ECA art. 101, III que

trata sobre a frequência obrigatória ao Ensino Fundamental e o art. 129, V e VII que

rege sobre a responsabilidade dos pais ou responsáveis de acompanhar a

frequência e o aproveitamento do aluno na escola. É também da alçada do

Conselho Tutelar verificar as causas da evasão e caso necessário, encaminhar a

família e o aluno a Programas de Apoio e Orientação que forem necessários.

Quando não conseguir o retorno do aluno a escola, o Conselho Tutelar deverá

encaminhar uma via da FICA ao Ministério Público.

O Ministério Público é a última instância do processo, cabendo ao Promotor

Público realizar todas as ações cabíveis para o retorno do aluno a escola e

comunicar o Conselho Tutelar das ações tomadas e de seus resultados, sendo que

o Conselho Tutelar deverá comunicar-se com a escola e a Secretaria da Educação

sobre os trâmites do processo.

O Programa Fica Comigo, além de buscar o retorno do aluno à escola, reflete

sobre as causas do abandono/evasão, montando um banco de dados para

acompanhar os índices de evasão das escolas, bem como criar formas de

prevenção a mesma, possibilitando a permanência do aluno na escola.

Através de informações levantadas pelo Programa, os dados sobre evasão são

quantificados no Sistema Estadual de Registro Escola (SERE), que registra todos os

alunos em idade escolar que se matricularam no início do ano e que se ausentaram

no decorrer dele, para junto com os Núcleos Regionais de Ensino, com as escolas,

as famílias e todos os seguimentos oficiais, criar mecanismo de prevenção e

enfrentamento à evasão escolar.

De acordo com os preceitos do programa FICA, zelar pela permanência do

aluno na escola é confirmar a função social da mesma como espaço necessário a

apropriação do conhecimento sistemático, possibilitando aos sujeitos a

compreensão de processos sociais contraditórios, bem como promovendo uma

formação humanizada, inclusiva, consciente e coletiva. (PARANÁ, 2009)

Cabe ressaltar que o Colégio de aplicação da Unidade Didática executa esse

programa, mas como o levantamento realizado nos documentos escolares

apresentados, essa ação não tem sido suficiente para coibir os casos de abandono

13

e evasão que continuam a acontecer e tiram um grande número de alunos das salas

de aulas.

TÓPICO 3: COMO A LITERATURA ABORDA A EVASÃO ESCOLAR

Após levantamento bibliográfico com o tema evasão escolar, foram

selecionados 4 textos para serem utilizados como desencadeadores de discussões

sobre o tema. Sugere-se que estes textos sejam fornecidos aos professores e

equipe pedagógica, que virão então aos encontros com conhecimentos específicos

que promovam discussão e contribuam no delineamento de novas perspectivas para

a abordagem da problemática.

Texto 1 - A escola sacrifício

O texto estabelece o significado da evasão e como a escola, em âmbito geral, tem

se posicionado diante do fracasso escolar. Foi publicado no ano de 2.000 na Revista

Educação Teoria e Prática.

Autora: Áurea de Carvalho Costa.

Link de acesso:

http://www.gpemec.com.br/textos/2000-costa-revista-educacao-teoria-pratica-rc.pdf.

Questões norteadoras da leitura:

Refletir sobre a problemática do fracasso escolar, em especial a evasão.

Discutir a teoria da carência e do determinismo social e se pode a pobreza,

decorrentes de contingências nas trajetórias individuais da vida dos sujeitos, ser

apontada como fator para a incivilidade e o atraso.

Analisar se a evasão é uma simples consequência de reprovações sucessivas, ou

uma decorrência do tipo de relação que o aluno estabelece com a escola.

Discorrer sobre questões referentes aos recursos financeiros da escola e se a

falta desse recurso interfere diretamente nas questões de abandono e evasão.

Refletir sobre a vida profissional dos professores, analisando se os mesmos são

atingidos pelo abandono e evasão dos alunos.

14

Analisar a visão de alguns alunos no que se refere às causas do abandono e da

evasão.

Texto 2 - A escola e a exclusão

O texto analisa as consequências da exclusão social e seus efeitos na escola.

Aponta como a escola, com a perspectiva de educar a todos, acaba por ser um meio

de exclusão educacional e social. O artigo foi publicado nos Cadernos de Pesquisas

no ano de 2003.

Autor: François Dubet.

Link de acesso: http://acrux.astro.ufsc.br/~lacerda/EED5187/04_-_Dubet_-

_A_escola_e_a_exclusao.pdf

Questões norteadoras da leitura

Refletir sobre o lugar da escola numa estrutura social perpassada pelos

mecanismos de exclusão.

Analisar se a exclusão educacional e social estão presentes na escola, ou se

questões pedagógicas e de convívio escolar não interferem no problema da

exclusão social.

Discutir se a exclusão escolar, sob o ângulo do fracasso escolar, provoca a

exclusão social.

Pensar se o abandono e evasão escolar são situações de exclusão escolar e, por

conseguinte de exclusão social e quais fatores de ordem pedagógica podem

desencadear esses problemas.

Texto 3 - Tornar a aprendizagem mais significativa para todos

O texto explana sobre a importância da sala de aula ser concebida como uma

comunidade organizada de aprendizagem, na qual com base na mediação curricular

se estabeleça uma relação de permanente comunicação entre os integrantes, que

pode ser alcançado através da organização da rotina, dos métodos, estratégias e

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recursos que assegurem o processo educacional integral. Foi publicado pela

Secretaria de Educação Especial do Governo Federal, em 2.005.

Autor: BRASILIA – Secretaria de Educação Especial.

Link de acesso:

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/educarnadiversidade2006.pdf;

Questões norteadoras da leitura:

Repensar a importância de planejar as atividades de ensino e aprendizagem,

incluindo todos os aluno(a)s considerando, ao mesmo tempo, suas diferenças

individuais em relação a interesses, aptidões, ritmos e estilos de aprendizagem.

Pensar a organização da rotina, o clima social da aula, os métodos, as estratégias

e os recursos pedagógicos como meios que se destinam a assegurar um

processo educacional integral, flexível e dinâmico, que facilite o desenvolvimento

de aprendizagens significativas de todos e cada um dos alunos.

Texto 4 - A aprendizagem cooperativa funciona?

O texto apresenta a teoria do que é a aprendizagem cooperativa e como utilizá-

la em sala de aula como meio de diminuir as dificuldades a competitividade e o

trabalho individualizado em sala de aula, unindo alunos e professores em prol da

aprendizagem.

Foi publicado pela Secretaria de Educação Especial do Governo Federal, em

2.005.

Autor: BRASÍLIA – Secretaria de Educação Especial.

Link de acesso:

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/educarnadiversidade2006.pdf

Questões norteadoras da leitura

Conhecer e analisar o conceito de aprendizagem cooperativa.

Refletir sobre o conceito de aprendizagem cooperativa, sua aplicabilidade em

sala de aula e os benefícios da mesma para o desenvolvimento do educando.

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Diferenciar aprendizagem cooperativa da tendência competitiva que impera

em diferentes ambientes escolares.

Complementando o conteúdo discutido nos textos, sugere-se que seja exibido o

documentário Pro dia nascer feliz. O documentário trata da relação do adolescente

com a escola, focando também a desigualdade social e a banalização da violência, e

como esses fatores interferem no cotidiano da escola. Após a exibição será proposto

uma comparação com a realidade apresentada no filme e a que professores e

pedagogos vivencia na escola.

Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=g5W7mfOvqmU

Como sugestão para a implementação das atividades, é apresentado a seguir

um quadro síntese contendo carga horária, temas, objetivos e recursos necessários

para cada encontro visando a discussão dos 3 tópicos previstos na presente

Unidade Didática e que tem por meta instrumentalizar professores e pedagogos para

o trabalho com a evasão escolar.

Encontros Carga horária

Tema Objetivos Recursos

1º encontro

4 horas

Conhecendo o problema.

Analisar os resultados do levantamento em uma escola.

Dados descritos no tópico 1.

2º encontro

4 horas

Realidade das escolas públicas brasileiras.

Refletir sobre o papel da escola.

Documentário: Pro Dia Nascer Feliz.

3º encontro

4 horas

Causas da evasão escolar.

Conhecer dados sobre a evasão escolar.

Texto1: A Escola-sacrifício.

4º encontro

4 horas

Exclusão escolar e exclusão social

Analisar os problemas gerados pela evasão.

Texto 2: A Escola e a Exclusão

5º encontro

4 horas

Facilitando a participação e o desenvolvimento de aprendizagens significativas.

Promover um estudo sobre aprendizagem significativa.

Texto 3: Tornar a aprendizagem mais significativa para todos

6º encontro

4 horas

Organizando Plano de Ação.

Elaborar plano de Ação para o combate a evasão escolar.

Programa FICA, sulfite, lápis, caneta, computador.

7º encontro

4 horas

Aprendizagem cooperativa em sala de aula.

Analisar a possibilidade de implantar a aprendizagem Cooperativa em sala de aula.

Texto 4: A aprendizagem cooperativa funciona?

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8º encontro

4 horas

Organizando Plano de Trabalho Docente.

Elaborar Plano de Trabalho Docente na perspectiva da Aprendizagem Cooperativa.

Diretrizes Curriculares Estaduais, Livros Didáticos Públicos, sulfites, canetas, lápis, borracha, computador.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de a Educação Escolar ter avançado muito no Brasil, nos dias atuais o

abandono e a evasão escolar ainda é um dos problemas que mais preocupa

educadores, pais e lideranças políticas. O Estado do Paraná há algum tempo vem

implantando políticas públicas que visam combater esse problema, como o

Programa Fica Comigo, que ajudou na diminuição dos casos, mas é preciso que as

escolas também se organizem em questões administrativas, metodológicas e

avaliativas, auxiliando no combate ao abandono e a evasão, pois o problema é

grave e é função de todos os que se encontram envolvidos com a educação

procurar resolvê-lo.

O levantamento bibliográfico e de campo realizado nesta Unidade Didática,

iniciou com o levantamento das possíveis causas do abandono e da repetência

escolar numa determinada escola do Estado do Paraná, a fim de junto ao seu corpo

docente e pedagogos estabelecer ações que possam auxiliar no combate desse

problema. O questionário aplicado aos alunos abre possibilidades para múltiplas

interpretações, bem como para que os profissionais da escola repensem suas

ações, buscando melhorá-las cada vez mais em prol de uma educação de qualidade

que atinja a todos os educandos. Os materiais de consulta indicados, seja projeto

governamental, sejam textos ou documentário audiovisual, fornecem elementos para

instrumentalizar os professores e equipe pedagógica para a busca de soluções.

Assim a proposta desta Unidade Didática é que ela instigue professores e

pedagogos a realizarem estratégias de ação que venham ao encontro da solução do

problema analisado, para que se cumpra a educação sistemática que, com certeza,

todo profissional que trabalha na escola deseja: uma educação que de conta de

formar o aluno capaz de refletir sobre os conhecimentos científicos elaborados pela

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humanidade no decorrer do tempo e de aplicá-los no seu cotidiano social, tornando-

se verdadeiros cidadãos, conhecedores de seus direitos e deveres, bem como

sujeitos preparados para assumir o comando de suas vidas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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o modelo de estilos parentais. Psicol. Esc. Educ. vol.16 / 2012. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-85572012000200013&script=sci_arttext.

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Disponível em: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/. Acessado em 20/04/2014.

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Educação Especial: 2005.

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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acessado em: 20/10/2014.

COSTA, A. C. de. A escola-sacrifício. Disponível em:

http://www.gpemec.com.br/textos/2000-costa-revista-educacao-teoria-pratica-rc.pdf.

Acessado em: 28/10/2014.

DUBET, F. A escola e a Exclusão. Disponível em:

http://acrux.astro.ufsc.br/~lacerda/EED5187/04-Dubet A_escola_e_a_exclusao.pdf.

Acessado em: 28/10/2014.

LOPEZ, F. L.; MENEZES, N. A. Reprovação, Avanço e Evasão Escolar no

Brasil. Pesquisa e Planejamento Econômico, n. 32, 2002.

PARANÁ. Programa FICA Comigo: enfrentamento à evasão escolar. Secretaria

de Estado da Educação. – Curitiba: SEED – Pr., Disponível em:

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http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/fica.pdf. Acessado em

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RIBEIRO, V. M. Alfabetismo e atitudes: pesquisa com jovens e adultos. São Paulo:

Ação Educativa; Campinas: Papirus, 1999.

UNICEF/BRASIL. Infância e adolescência no Brasil. Disponível em:

http://www.unicef.org/brazil/pt/activities.html. Acessado em 20/05/2014.