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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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Ficha para identificação da Produção Didático- pedagógica

Título: Oralidade e escrita: uma experiência a partir dos gêneros contação de

histórias e tirinhas

Autora Sílvia Patyk Bilinoski

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto

e sua localização

Colégio Estadual D. Pedro II- Ensino

Fundamental e Médio localizado na

Rua Vicente Nalepa, 3.800- Colônia D.

Pedro II

Município da escola Campo Largo

Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Sul

Professor Orientador Roberlei Alves Bertucci

Instituição de Ensino Superior UTFPR – Curitiba

Relação Interdisciplinar Não

Resumo O domínio da língua oral e escrita na modalidade padrão assim como a adequação ao contexto de uso são imprescindíveis para a inserção efetiva dos alunos na sociedade. Disso decorre a necessidade de se trabalhar a oralidade e a escrita em sala, pois são atividades interativas e complementares no contexto das práticas sociais e culturais. A presente produção didática visa contribuir com o desenvolvimento das habilidades relacionadas às práticas da oralidade e escrita, a partir dos gêneros contação de histórias e tirinhas. A contação de

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histórias proporciona momentos para falar, ouvir e participar dos contos de tradição oral. Já o gênero tirinha é pertinente para promover debates e o desenvolvimento das modalidades oral e escrita. Aqui, trabalhamos com as práticas de oralidade, escrita e transposição da fala para a escrita, mostrando aspectos relevantes no trabalho com cada gênero e modalidade.

Palavras-chave Oralidade, escrita, contação de

histórias, tirinhas

Formato do Material Didático Caderno pedagógico

Público Alvo Alunos dos sextos anos “A” e “ B” do

Ensino Fundamental

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

SÍLVIA PATYK BILINOSKI

ORALIDADE E ESCRITA: UMA EXPERIÊNCIA A PARTIR DOS

GÊNEROS CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS E TIRINHAS

CURITIBA – PR

2013

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SÍLVIA PATYK BILINOSKI

ORALIDADE E ESCRITA: UMA EXPERIÊNCIA A PARTIR DOS

GÊNEROS CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS E TIRINHAS

Caderno Pedagógico apresentado ao

Programa de Desenvolvimento Educacional

– PDE, sob a orientação do Prof. Dr.

Roberlei Alves Bertucci, da Universidade

Tecnológica Federal do Paraná- Câmpus

Curitiba

CURITIBA

2013

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APRESENTAÇÃO

A Produção Didático-pedagógica consiste na elaboração de material

didático buscando alternativas de superação do problema relacionado ao processo

ensino/aprendizagem percebido pelo professor PDE em suas práticas pedagógicas

ao longo de sua carreira e apresentado no Projeto de Intervenção Pedagógica. O

material didático produzido foi baseado na seguinte pergunta/problema: como

desenvolver habilidades de fala e de escrita nos alunos dos sextos anos do Ensino

Fundamental, a partir de gêneros textuais específicos?

Esta Produção Didático-pedagógica é um caderno pedagógico, dividido

em quatro unidades para facilitar a implementação do projeto, pensando numa maior

flexibilidade em relação ao tempo e ao desenvolvimento nas turmas que participarão

dele. Este caderno traz a apresentação do material, uma introdução baseada nos

teóricos sobre o tema pesquisado, as unidades com atividades voltadas aos alunos

dos sextos anos do Ensino Fundamental e as referências consultadas.

A linha de estudo pesquisada foi a “Aquisição da linguagem” com

detalhamento na oralidade e escrita: aspectos relevantes para observação das

especificidades da fala e da escrita.

Cada uma das unidades compõe-se de justificativa, problema,

objetivos, momento de reflexão, questionamentos orais, dicas para

motivação,contextualização das atividades, exercícios individuais e grupais

propiciando uma maior integração e participação dos alunos nas tarefas propostas.

O referido trabalho constitui-se como material didático planejado e

aplicado como subsídio a professores e alunos dos sextos anos do Ensino

Fundamental. Ele visa ajudar o professor no trabalho com a oralidade e a escrita a

partir dos gêneros contação de histórias e tirinhas.

A Unidade 01 refere-se à oralidade a partir da contação de histórias,

contemplando atividades do oral para o oral. O objetivo é desenvolver habilidades

para tornar os alunos mais ativos e competentes, capazes de compreender os

diferentes discursos, captar as intenções e reagir conforme a situação. Os alunos

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terão oportunidade de ouvir e contar histórias visando desenvolver a oralidade, a

leitura e a escrita.

A Unidade 02 aborda a oralidade a partir das tirinhas com atividades

para exercitar o raciocínio crítico e reflexivo dos alunos. A proposta de atividades

com as tirinhas é fazer com que os alunos percebam as diferenças na fala, tomando

consciência de que há momentos, situações e contextos em que eles poderão falar

de modo informal, já em outros precisarão utilizar a norma padrão para não serem

discriminados por seu modo de falar.

A Unidade 03 traz atividades para a explanação das duas modalidades

(oralidade e escrita), a partir da contação de histórias. As atividades elaboradas

pretendem desenvolver nos alunos a capacidade de identificar as principais

diferenças entre língua falada e língua escrita, a fim de que eles percebam traços

orais que não deveriam aparecer em textos formais. São exercícios sugestivos para

trabalhar a transição do oral à escrita.

A Unidade 04 fornece subsídios para o professor trabalhar a oralidade

e a escrita a partir das tirinhas. Apresentamos sugestões de links com tirinhas para o

desenvolvimento da análise oral das imagens e a transição para o texto narrativo

escrito.

Como suporte para o desenvolvimento das atividades, nas quatro

unidades serão utilizados diferentes recursos didáticos, como tiras e textos

impressos, livros da biblioteca para consulta, dicionários, fichas,vídeo, televisão/

pendrive, áudio e fantoches/ dedoches.

Os alunos serão avaliados durante o desenvolvimento das unidades

nos seguintes quesitos: participação oral individual/ coletiva, leituras, pesquisas,

atividades em sala de aula, produções escritas, retextualizações e tarefas propostas

durante o percurso.

As Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa

da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (2008) apresentam como conteúdo

estruturante da disciplina o discurso como prática social e nesse discurso serão

contempladas as práticas de leitura, da oralidade e da escrita essenciais para o

desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem, através dos gêneros contação

de histórias e tirinhas.

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Desta forma, espera-se estar constituindo o ensino da Língua Portuguesa, por

meio dos gêneros abordados colaborando para a aquisição da língua padrão e para

melhor eficiência no exercício da cidadania.

Sílvia Patyk Bilinoski

Professora PDE

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INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, intensificaram-se os estudos sobre a relação entre língua

falada e língua escrita. A língua, seja na sua modalidade falada ou escrita, reflete a

organização da sociedade; ou seja, a própria língua mantém complexas relações

com as representações e as formações sociais. Portanto, a passagem da fala para a

escrita não é a passagem do caos para a ordem: é a passagem de uma ordem para

outra ordem (MARCUSCHI, 2005).

A proposta da elaboração da produção didática é fazer com que os alunos

aprendam a língua padrão e possam participar ativamente em sala de aula,

produzindo textos adequados nas duas modalidades, oral e escrita. Por isso, por

meio da explicitação das diferenças entre a fala que os alunos trazem de casa e a

fala oferecida pela escola, desenvolveremos nos alunos habilidades que os ajudarão

no avanço do domínio da escrita formal.

As atividades de transposição da língua informal para a formal deverão ser

claras para os alunos, nas quais eles perceberão de que a fala varia em função do

contexto, dos interlocutores, da classe social e que por meio do uso da língua

padrão eles serão preparados para o exercício pleno da cidadania.

Todas as modalidades têm de ser “valorizadas” (falada e escrita, padrão e

não-padrão), o que, em última análise significa que todas as práticas discursivas

devem ter o seu lugar na escola. Cabendo a esta, oferecer ao usuário da língua

materna o que, fora dela, ele não tem: o bom exercício da língua escrita e da norma

padrão. Nessa perspectiva, o ensino da oralidade não pode ser visto isoladamente,

isto é, sem relação com a escrita, pois elas mantém entre si relações mútuas e

intercambiáveis (FÁVERO, 2012).

As atividades elaboradas neste caderno pretendem desenvolver nos alunos a

capacidade de identificar as principais diferenças e semelhanças entre língua falada

e língua escrita, a fim de que eles percebam traços orais que não deveriam aparecer

em um texto formal.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa:

Expressar-se oralmente é algo que requer confiança em si mesmo. (...) Assim, o desenvolvimento da capacidade de expressão oral do aluno depende consideravelmente de a escola constituir-se num ambiente que respeite e acolha a vez e a voz, a diferença e a diversidade. Mas, sobretudo, depende de a escola ensinar-lhe os usos da língua adequados a

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diferentes situações comunicativas. De nada adianta aceitar o aluno como ele é mas não lhe oferecer instrumentos para enfrentar situações em que não será aceito se reproduzir as formas de expressão próprias de sua

comunidade ( PCNs, 1987, p.49).

Portanto, os PCNs enfatizam que o ensino da Língua Portuguesa na escola

deve explorar todos os modos em que a língua ocorre nas situações de

comunicação,ou seja, a oralidade, a escrita, a leitura e a escuta.

A habilidade de produção oral pode ser adquirida na prática, por isso, este

material foi pensado em atividades que possam contemplar a prática da oralidade a

partir de situações com gêneros orais como a contação de histórias. Neste gênero,

veremos algumas características linguísticas presentes, como a troca de turno, os

marcadores conversacionais, as hesitações, as repetições e as correções também

presentes em todos os gêneros orais.

No momento da contação de histórias, é importante observar os marcadores

conversacionais, o olhar direcionado para os colegas, a entonação da voz, a

postura, a escolha das palavras, em fim, uma reflexão sobre a estrutura do gênero

contação.

Ao trabalhar os gêneros orais, é preciso compreender que tanto a modalidade

escrita quanto a oralidade fazem parte de um continuum tipológico, indo do mais

informal ao mais formal (MARCUSCHI, 2005).

Segundo os PCNs:

Ensinar língua oral deve significar para a escola possibilitar acessos a usos da linguagem mais formalizados e convencionais, que exijam controle mais consciente e voluntário da enunciação tendo em vista a importância que o domínio da palavra pública tem no exercício da cidadania. Ensinar língua oral não significa trabalhar a capacidade de falar em geral. Significa desenvolver o domínio dos gêneros que apoiam a aprendizagem escolar de Língua Portuguesa e de outras áreas e, também, os gêneros da vida pública no sentido mais amplo do termo (PCNs, 1998, p.67).

Assim, ressaltamos que os gêneros textuais orais são práticas essenciais na

sala de aula desde os anos iniciais, pois através deles os alunos alcançarão o

domínio da variedade formal oral que mais tarde se refletirá na produção escrita de

uma forma mais eficiente.

Marcuschi (2005, p.9) concorda que são os usos que fundam a língua e não o

contrário:

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Falar ou escrever bem não é ser capaz de adequar-se às regras da língua, mas é usar adequadamente a língua para produzir efeito de sentido pretendido numa dada situação. Portanto, é a intenção comunicativa que funda o uso da língua e não a morfologia ou a gramática.

Em relação às tirinhas, elas auxiliam os alunos no aprimoramento das

habilidades orais e escritas; pois com a análise delas, tais alunos incorporarão a

língua formal de forma lúdica e perceberão que em muitos casos esta versão os

ajudará na produção textual escrita, a partir do momento em que realizarem a

transposição da informal para a formal da língua.

A proposta de atividades com as tirinhas é importante para a valorização da

variação linguística dos alunos, o seu modo de falar para se chegar à produção

textual escrita. Analisando as tirinhas os alunos perceberão as diferenças na fala,

tomando consciência de que há momentos, situações e contextos em que eles

poderão falar de modo informal, já em outros precisarão utilizar a norma padrão para

não serem discriminados pela sua fala.

Um dos problemas do fracasso nas produções escritas nos sextos anos é o

fato de o aluno não ter levado em conta as diferenças básicas que existem entre a

fala e a escrita. Por isso, a tarefa do professor é conscientizar os alunos das

diferenças entre as duas modalidades facilitando assim, a transição das formas

conhecidas da fala para as formas desconhecidas da escrita.

A tarefa do professor é introduzir aos poucos, através dos gêneros orais e

escritos a variedade padrão, permitindo aos alunos usar adequadamente as regras

de uso da linguagem em diferentes situações de comunicação, adquirindo novos

termos, identificando e corrigindo possíveis desvios do uso da modalidade padrão.

É essencial enfatizar que os textos orais, ao contrário do que geralmente se

acredita, obedecem a um planejamento estrutural, têm regras próprias e funcionam

como elemento de interação, merecendo uma análise cuidadosa em sala de aula

(WERNECK, 2012). A intenção nas atividades propostas é mostrar que, tanto a

escrita quanto a fala tem sua organização.

A transcrição do oral para o escrito é um exercício de compreensão de texto

e, até mesmo, do domínio dos modelos globais de gêneros textuais. Pois, para

transformar um texto em outro, mesmo que seja apenas de uma modalidade em

outra, supõe-se uma imensa atividade de compreensão de texto. A retextualização é

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a alteração de um texto, oral ou escrito, passando-o para outro formato, oral ou

escrito (MARCUSCHI, 2005).

Para tanto, faremos sequências de atividades que partem do conhecimento

de mundo dos alunos, ou seja, a partir da contação de histórias e das tirinhas, nas

quais eles passarão pela análise detalhada dos diferentes aspectos dos textos até

chegar à escrita, seja ela coletiva ou individual colocando em prática os

conhecimentos adquiridos.

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica:

A acolhida democrática da escola às variações linguísticas toma como ponto de partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, para promover situações que os incentivem a falar, ou seja, fazer uso da variedade de linguagem que eles empregam em suas relações sociais, mostrando que as diferenças de registro não constituem, científica e legalmente, objeto de classificação e que é importante a adequação do registro nas diferentes instâncias discursivas (DCEs, 2008, p.55).

Sendo assim, uma das abordagens teórico-metodológica das Diretrizes

Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa (p.93) é “estimular a

contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros”. Nesse

sentido, também abordamos o gênero tirinhas, no qual os alunos terão possibilidade

de apresentar suas ideias, organizar a sequência de sua fala, analisar recursos da

oralidade em tirinhas e participar ativamente nas atividades propostas visando

desenvolver as habilidades de ouvir, contar, interpretar, interagir e compreender os

gêneros abordados.

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Tema:

A aquisição da linguagem abordando a oralidade a partir do gênero contação

de histórias.

Justificativa:

A transmissão oral, desde muito tempo, passada de geração em geração, foi

uma das alternativas encontradas pelas comunidades, que não possuíam a escrita,

para informar às gerações mais novas os seus saberes, valores e crenças. Por muito

tempo, o ato de contar histórias foi uma prática doméstica, mas hoje essa prática

está se perdendo devido o surgimento de novas tecnologias que estão tomando

espaço das conversas familiares. Podemos então dizer que contar e ouvir histórias é

uma atividade que sempre cativou as pessoas, ajuda no processo de aquisição da

língua escrita e impulsiona a competência leitora.

Por isso, é fundamental o professor estimular ao máximo a oralidade dos

alunos em sala de aula através de relatos de experiências de vida, das contações de

histórias, utilizando o seu saber fora da escola como ponto de partida para a

aquisição da norma padrão, em situações específicas da fala e da escrita. Portanto,

falar e ouvir são fatores essenciais em sala de aula, pois, é através da oralidade que

compartilhamos as ideias, debatemos assuntos e adequamos os fatores linguísticos

que contemplamos na língua.

Problema:

Como desenvolver habilidades de fala e de escrita nos alunos dos sextos

anos a partir de gêneros textuais específicos?

UNIDADE 1- CONTANDO

HISTÓRIA

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O desafio desta unidade será mostrar aos alunos as diferenças e

semelhanças entre fala e escrita, para que possam se posicionar de forma coerente

nas duas modalidades e em situações comunicativas diferentes.

Objetivo geral:

- Ouvir e contar histórias visando desenvolver a oralidade, a leitura e a escrita.

Objetivos específicos:

- Desenvolver a facilidade de se expressar em público, inicialmente perante os

colegas de classe através das contações de histórias.

- Aproximar os alunos do universo escrito.

- Explorar aspectos linguísticos do gênero contação de histórias.

- Identificar as diferenças e semelhanças entre língua falada e escrita.

- Promover a contação de histórias em sala de aula, para que possam utilizar a

oralidade com segurança e desenvoltura.

Aulas previstas para esta unidade:07

“É na língua onde o povo mais se mostra criador.

Mais do que cantando é falando que o povo nos

ensina coisas.”

José Lins Rego

Nesta unidade o professor deverá trabalhar os seguintes pontos:

- Aspectos linguísticos relacionados à fala.

- Fala e escrita como processos interdependentes.

- Contexto familiar e social como referenciais.

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- Papel da escola: respeitar, ampliar e ensinar a norma padrão.

- A segurança do aluno na exposição oral.

- A fala como herança social: respeitar as diversas maneiras de falar.

Atividade 1- Hora do conto

Objetivo: Desenvolver as habilidades de ouvir e compreender histórias orais através

do resgate da prática de contação de história.

Neste momento, os alunos deverão identificar os aspectos prosódicos, a

entonação, o timbre de voz, as marcas de oralidade, a troca de turno, os recursos

linguísticos, discursivos e gestuais do contador (professor).

Professor, lembrar aos alunos de que na hora da contação de histórias é

preciso saber: o que falar, para quem falar, para que falar, o que ouvir, para que

ouvir, de quem ouvir pois são algumas características da oralidade.

O que fazer: o professor apresentará o conto de forma expressiva de maneira

que possa envolver os alunos na trama da narrativa “A quase morte de Zé Malandro”

do livro “Contos de enganar a morte” de Ricardo Azevedo. O livro traz quatro

narrativas populares brasileiras de pessoas que não queriam morrer e inventam

truques/desculpas para escapar da morte. Mas, no final, claro a morte sempre

vence. Este livro faz parte do acervo do Programa Nacional Biblioteca da Escola-

PNBE/2005.

Então, ouçam com muita atenção:

A quase morte de Zé Malandro

Zé Malandro era boa pessoa, mas malandro que nem ele só. Em vez de

trabalhar como todo mundo, preferia passar a vida zanzando e jogando baralho. Ou

então ficava deitado na rede, folgado, tocando viola de papo para o ar. Por causa

disso era pobre, pobre, pobre.

Certo dia, estava em casa preparando o jantar, um pouquinho de feijão e um

pedaço de pão seco, quando bateram na porta. Era um viajante. O homem, muito

velho, pedia um pouco de comida.

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[...]

(AZEVEDO, Ricardo. Contos de enganar a morte. São Paulo: Ática, 2005; p.45-

56).

Atividade 2- Prática de comunicação oral

Objetivo: Participar oralmente defendendo suas ideias e elaborando textos orais

/individuais de diferentes maneiras.

Após ouvirem a história, o professor fará algumas questões para que os

alunos respondam oralmente. Este será um momento de participação e interação

oral em sala de aula; situação que exige reflexão, questionamento e respeito aos

turnos da fala e das diversas maneiras de falar. Por isso, saber falar, ouvir e ter

atenção ao que se fala e àquilo que se ouve é fundamental nesta atividade.

Professor, os questionamentos desta atividade podem ser feitos antes ou após a

contação da história. A escolha do momento oportuno ficará a critério do professor.

Então, vamos aos questionamentos:

1) Vocês costumam ouvir histórias? Onde? Quem as conta? Por que as contam?

2) Vocês têm hábito de contar histórias? Por quê? Para quem vocês contam?

3) Que tipo de histórias vocês costumam ouvir? E contar?

4) Na sua casa, vocês têm o momento de contação de histórias? Por quê?

5) Quando? Quem conta? Para quem conta?

6) O que substitui o momento da contação de histórias em suas casas?

7) O que é preciso fazer para contar bem uma história? Qualquer pessoa pode

contar? Por quê?

8) O que fazemos mais na nossa vida, falamos ou escrevemos? Por quê?

9) Nos dias de hoje, é possível encontrar pessoas interessadas pelos contos de

tradição oral?

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Atividade 3- Momento da interação

Objetivo: Expressar-se oralmente através de pensamentos claros, sequência lógica

e vocabulário adequado à situação.

Neste momento, desenvolveremos atividades de interpretação oral do conto

ouvido. As perguntas feitas pelo professor devem conduzir a discussão de forma que

todos os alunos possam participar, pois é uma oportunidade para que eles

desenvolvam a oralidade e adquiram mais facilidade para falar em público de

maneira adequada.

Compreensão do conto

1) Já conheciam este conto? Gostaram da história? Por quê?

2) O que mais lhes chamou a atenção?

3) Que pedidos vocês fariam para o viajante da história? Por quê?

4) Na opinião de vocês, os quatro pedidos feitos pelo Zé Malandro são importantes

para a vida de uma pessoa? Por quê?

5) O que leva uma pessoa a fazer os pedidos conforme fez Zé Malandro?

6) Nos dias de hoje, nós precisamos de proteção? De quem? Por quê?

7) Por que é tão difícil perdoar alguém?

8) Quem pode ser o Zé Malandro nos dias de hoje? Por quê?

9) Vocês conhecem pessoas que para “levar vantagem” sobre outras chegam a

enganar como no conto ouvido? Contem para seus colegas.

10) Como eu contei a história? Por quê?

11) Se a história que eu contei fosse escrita, seria diferente em quê? Por quê?

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Atividade 4- De olho na exposição oral

Objetivo: Desenvolver a capacidade do aluno para apresentar argumentos precisos

expressando-os de forma eficaz através da linguagem oral.

Atividade escrita:

Os alunos terão que escrever argumentos convincentes para a pergunta: como você

enganaria a morte? Em seguida, todos deverão apresentar seus argumentos

oralmente.

Professor, preparar os alunos para o momento da exposição oral. É

fundamental que eles saibam ouvir atentamente o colega que estiver expondo seus

argumentos, observar os gestos, a voz, a postura corporal, as marcas da oralidade:

as repetições, a adequação ao tema.

Professor, pedir aos alunos que guardem o registro escrito para uma atividade

escrita, que será usada em outro momento.

Atividade 5- Momento de leitura

Objetivo: Identificar as diferenças e semelhanças entre língua falada (contação) e

escrita (texto impresso).

Nesta quinta atividade, o professor entregará impresso o conto “A quase

morte de Zé Malandro.” Em seguida, o professor fará a leitura do conto.

Professor, este é o momento para os alunos observarem a entonação da voz,

as pausas, os gestos, os parágrafos, o discurso direto, a linguagem formal.

Na sequência, o professor fará as seguintes perguntas que deverão ser

respondidas oralmente pelos alunos. Para cada pergunta, solicitar a participação de

um aluno. Para algumas perguntas, convida-se outro aluno para comentar a

resposta do colega. Depois, para a próxima pergunta, pedir para outro aluno, a fim

de que todos possam interagir e participar nas atividades propostas neste caderno.

Perguntas norteadoras:

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1) Há diferenças no texto escrito da contação oral? Quais? Por quê?

2) Há semelhanças na história escrita e na oralidade? Quais? Por quê?

3) Identifiquem as marcas da oralidade que apareceram no momento da contação.

4) Quando vocês ouviram a história e depois a leram que expectativas se

cumpriram?

Atividade 6- De olho na telinha

Objetivo: Fazer um comparativo oral do vídeo “A quase morte do Zé Malandro” com

a contação e a leitura do mesmo conto.

Professor, o vídeo está disponível no site:

<http://www.youtube.com/watch?v=ncttyYj6vYY>. Acesso em: 02/09/2013.

Uma adaptação do conto “A Quase Morte de Zé Malandro”, vídeo enviado por

Alexandra Gomes dos Santos, do livro de Ricardo de Azevedo “Contos de enganar a

Morte.”

Nesta atividade, trabalharemos a comparação das três modalidades usadas

para abordar o mesmo conto: a contação, a leitura e o vídeo.

Após assistir ao vídeo, será feita uma reflexão oral com os alunos.

1) O que chamou mais a atenção no vídeo: a imagem, o som ou a palavra? Por

quê?

2) Como é contada essa história?

3) O que vocês destacariam nos diálogos e na música?

4) Qual é o modelo de pessoas apresentado no vídeo?

5) Que relação pode ser estabelecida entre o que vocês ouviram, leram e

assistiram?

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6) Quais são as palavras ditas no vídeo, próprias da oralidade e que não

apareceram no texto escrito? Por quê?

7) O que vocês mudariam no vídeo? Por quê?

8) Reconheçam as marcas da oralidade na contação e no vídeo.

Trabalhar com a oralidade em sala de aula, supõe proporcionar momentos de

interação, visando o desenvolvimento da capacidade de utilização da linguagem

oral em situações formais.

Atividade 7- Contação em família

Objetivo: Saber ouvir e valorizar o repertório linguístico de sua família na narração

oral.

Nesta atividade, os alunos terão como tarefa pedir aos pais/ responsáveis

para que lhes contem uma história interessante, pode ser uma narrativa de tradição

oral ou uma história de sua infância. Solicitar aos alunos que, se possível, gravem a

contação para que possamos ouvir as histórias contadas na voz do próprio contador,

seja pai/mãe, avô/avó.

Atividade 8 – Recontando histórias

Objetivo: Vivenciar a linguagem oral e gestual através do reconto de história narrada

por alguém de sua família.

Atividade oral:

Esta atividade será em grupo; cada aluno da equipe deverá contar a história ouvida

em casa. Ao final da contação das histórias, os alunos escolherão uma história para

ser narrada para a sala toda.

Este é o momento de recordar da preparação e organização para a

apresentação oral e muita atenção dos ouvintes.

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Professor, preparar um ambiente diferente e agradável para a contação de histórias,

como a biblioteca, o jardim, em círculo com uma cadeira decorada. Recontar uma

história de forma criativa, dinâmica, diferente é sempre interessante e faz aumentar

nosso conhecimento, desenvolvendo nossa capacidade de observar e achar outra

maneira de contar a mesma história.

Atividade 9- Atenção às variedades linguísticas

Objetivo: Reconhecer que a língua não é homogênea e que ela varia em diferentes

aspectos.

Atividade de escuta:

1) Neste momento, ouviremos algumas histórias gravadas pelos alunos. Os alunos

precisarão respeitar a sua maneira de falar assim como as variedades diferentes

que surgirão na sala, durante a escuta da gravação das histórias.

Professor, é a sua vez de intervir nesta atividade enfatizando aos alunos de que não

existem falas “erradas”, mas, diferentes e adequadas a uma região ou situação.

Atividade oral:

1) Após ouvir com atenção as gravações, fazer um levantamento oral das

variedades linguísticas, da classe social, da idade da pessoa que narra, das pausas,

dos momentos relevantes, do estilo e da fala coloquial.

Nesta unidade trabalhamos atividades segundo nos diz Bortoni-Ricardo:

A tarefa educativa da escola, é justamente criar condições para que o educando desenvolva sua competência comunicativa e possa usar, com segurança, os recursos comunicativos que forem necessários para desempenhar-se em contextos sociais em que interage (BORTONI-RICARDO, 2009, p.74).

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Tema:

A aquisição da linguagem abordando a oralidade a partir do gênero tirinhas.

Justificativa:

O uso das tirinhas em sala de aula faz com que os alunos percebam que há

momentos em suas vidas em que eles utilizarão a língua padrão e em outros, terão

a liberdade para desprender-se dela. O gênero tirinha, além de ser visualmente

atrativo, lúdico, traz uma linguagem que é simples e de fácil acesso, pois pode ser

encontrado nos livros didáticos, nos jornais, nas revistas e nas redes sociais. Para a

compreensão das tirinhas, é fundamental saber a importância da combinação entre

o texto escrito e as imagens ou somente entre as imagens como um texto para

garantir o efeito humorístico apresentado nelas.

As tirinhas são um riquíssimo material de apoio didático, em intertextualidade,

permitindo que os alunos pensem e analisem o que está subentendido nelas. Por

isso, sendo bem trabalhadas,elas proporcionam aos alunos uma boa aula de

interação e um aprofundamento do uso da língua portuguesa nas duas modalidades,

oral e escrita.

Problema:

No âmbito escolar, há pouco espaço reservado para o trabalho com a

oralidade e com os gêneros orais bem desenvolvidos, o que prejudica a habilidade

do aluno em fazer adequações linguísticas, conforme a situação de fala, seja ela oral

ou escrita. Por isso, a ideia de trabalhar esta unidade com as tiras, uma vez que é

um gênero bem aceito pelos alunos e está ganhando espaço em muitos livros

didáticos. O objetivo aqui é trabalhar a oralidade e a escrita a partir das tirinhas nas

quais a maior dificuldade é entender o contexto e a síntese dos quadrinhos.

Objetivo geral:

UNIDADE 2 – TIRINHAS

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- Habilitar o aluno a usar a língua de forma adequada nas diversas situações de

interação social.

Objetivos específicos:

- Argumentar oralmente sobre o tema abordado nas tirinhas de forma criativa.

- Vivenciar diferentes situações de argumentação através das tirinhas.

- Ampliar a capacidade de argumentar suas ideias oralmente através do visual.

- Sensibilizar os alunos quanto à presença do humor expresso nas tirinhas.

Aulas previstas para esta unidade: 07

Professor, além dos links indicados para visualizar as tirinhas é possível encontrá-las

no endereço eletrônico abaixo. Atente-se à data da publicação das mesmas citada

antes de cada link. Nestas indicações você verificará mais sugestões de tiras que

poderão ser trabalhadas em outros momentos e contexto.

Link: Marchesini

http://www.gazetadopovo.com.br/charges/index.phtml?ch=Marchesini

Link: Benett

http://www.gazetadopovo.com.br/charges/index.phtml?ch=Benett

http://www.blogdobenett.blog.uol.com.br

Professor, comentar sobre o gênero tirinhas.

O nome “tirinha” remete ao formato do texto, que parece um “recorte” de jornal. [ ...]

Esse gênero textual apresenta geralmente uma temática humorística, contudo não

raro encontramos tirinhas satíricas, de cunho social e político.[...] A tirinha tem seu

espaço garantido nos jornais, revistas, nos livros didáticos e atualmente tem

alcançado grande destaque nas chamadas Redes Sociais. [...]

Mais informações acesse o link abaixo:

http://cronicasdeprofessor.blogspot.com.br/2013/03/genero-textual-tirinha.html.

Acesso em: 08/10/2013.

Na unidade anterior vocês puderam participar e vivenciar as histórias

contadas por seus familiares, além de terem contato com o conto que trata do tema

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morte. Nesta unidade, trabalharemos outros temas e também daremos continuidade

ao mesmo, mas abordaremos outros contextos e gênero. As tirinhas ajudam os

alunos no aprimoramento das habilidades orais e escritas, pois, o humor delas faz

com que eles incorporem a língua formal no seu dia a dia.

Atividade 1- Conhecendo o gênero tirinha.

Objetivo: Identificar os suportes e as funções das tirinhas.

Professor, chamar a atenção dos alunos para as marcas da oralidade nas tirinhas.

Análise da tirinha de Benett com a mesma temática “morte” abordada nos contos da

Unidade 01 “Contando histórias”.

Tira nº 01- Publicada no blog dia 12/06/2011. Acesse o link abaixo:

<http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/wp-

content/uploads/sites/72/import/MorteFome.jpg>. Acesso em: 11/10/2013.

1) Mostrar a tirinha na tv pendrive e fazer um questionamento oral com os alunos a

respeito da imagem em paralelo com os contos estudados.

2) O que há de semelhante na tira com os contos analisados na unidade anterior?

3) Quem é o autor desta tirinha?

4) Vocês já ouviram falar de Benett? Quem é ele?

5) Como são chamados os criadores de quadrinhos?

6) Qual é o tema abordado nesta tirinha?

7) Quantos personagens aparecem nesta tirinha?

8) Onde são publicadas as tirinhas?

9) O que é ganância?

10) Quem são os homens a quem a morte se refere?

11) De que outras fontes de alimentos a morte se nutre?

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12) Expliquem a frase do último quadrinho: vocês já ouviram essa frase em algum

lugar? O que ela significou naquele contexto?

13) O sentido aqui é o mesmo? Por quê?

14) Onde está o humor nesta tirinha? Por quê?

Atividade escrita:

1) Escreva um pequeno texto falando do humor do último quadrinho da tira.

Professor, comentar um pouco da biografia do Benett.

Benett Alberto de Macedo ou simplesmente Alberto Benett é cartunista radicado em

Curitiba Paraná. Publica suas tiras, ilustrações e charges no jornal Gazeta do Povo e

é editor da revista de humor e quadrinhos Zongo Cômiques, que teve apenas uma

edição[...].

Para saber mais de Benett, acesse o link:

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Alberto_Benett >. Acesso em: 10/08/2013.

Atividade 2- Explorando o gênero

Objetivo: Exercitar a habilidade de observar detalhes e relacionar dados visuais.

Análise de outra tirinha do mesmo cartunista e com a mesma temática.

Tira nº 02 publicada no blog dia 22/10/2008 está disponível no link abaixo:

<http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/wp-

content/uploads/sites/72/import/AmokFacesMorte-Benett.jpg>. Acesso em:

09/10/2013.

1) Entregar uma tirinha impressa para cada aluno.

2) Pedir para um aluno contar oralmente a história.

Questões norteadoras feitas pelo professor, instigando a participação de

todos.

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1) Quais palavras foram priorizadas ao contar a história?

2) O que foi omitido?

3) Quantos personagens aparecem na tirinha?

4) Por que o personagem na primeira tira se surpreendeu com a risada de Amok?

5) Quem é o personagem Amok?

6) Que filme Amok quer assistir?

7) Por que, para Amok, esse filme é uma “comédia romântica”?

8) O que é inédito?

9) Onde acontece a história? Exemplifiquem com um detalhe.

10) Vocês acham que ele vai aceitar o convite para assistir ao filme? Por quê?

11) Vocês aceitariam ver esse filme? Por quê?

Atividade 3– Na trilha da oralidade

Objetivo: Ampliar a competência dos alunos para o uso da língua oral em diferentes

situações.

Análise oral de mais uma tira de Benett.

Material necessário:

Tira

Dicionários

Tira nº03 publicada no blog do Benett no dia 01/06/2008 . Está disponível em:

<http://benettblog.zip.net/images/MorteAdvogada.jpg>. Acesso em: 30/09/2013.

Em duplas, os alunos deverão ler, interpretar e discutir a história.

Atividade escrita:

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1) Os alunos deverão buscar no dicionário o significado das palavras desconhecidas

como: saturada, ceifadora, ofício, vocação, agourenta.

Atividade oral:

1) Em seguida, fazer a releitura da tira com o significado preciso das palavras

consultadas.

2) Solicitar para uma dupla recontar a história.

3) Vocês lembram de algumas profissões que foram citadas nos contos analisados

na unidade anterior? Quais?

4) Por que na tira foram citadas as profissões de advogado e publicitário?

5) Que outras profissões vocês sugeririam relacionadas com uma “vocação

agourenta”?

6) Que palavras típicas da oralidade aparecem na tirinha?

Atividade 4- Soltando a imaginação

Objetivo: Compreender a tirinha para interpretá-la oralmente com expressividade e

através da sequência de ideias.

Análise oral e escrita da tirinha de Benett.

Tira nº 04 no blog do cartunista dia 26/11/2008 está disponível no link abaixo:

<http://benettblog.zip.net/images/blog-AMOK-Benett.jpg>. Acesso em: 10/10/2013.

Atividade oral:

1) Solicitar a um aluno para narrar a história a partir da sequência de quadrinhos.

2) Vocês gostam de brincar de forca? Por quê?

3) Onde está o humor nesta tira? Justifiquem considerando elementos verbais e não

verbais.

Atividade escrita:

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1) Escreva um pequeno texto contando que truque ela poderia usar para “enganar a

morte”, nesta tirinha.

Atividade 5– De olho nas imagens

Objetivo: Desenvolver a habilidade dos alunos em ler imagens percebendo

diferentes formas de transmissão de mensagens.

Análise oral da tirinha apresentada na TV pendrive do cartunista Marchesini.

Professor, comente um pouco sobre o cartunista Marchesini.

Cesar Marchesini é cartunista e produz tiras diariamente para a Gazeta do Povo, [...].

Para saber mais, acesse o link abaixo:

<http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?id=982354>.

Acesso em: 16/10/2013.

Professor, chamar a atenção dos alunos aos detalhes das tirinhas a seguir.

Elas não apresentam falas, apenas a linguagem não-verbal. Instigar a participação

de todos na interpretação através de algumas perguntas norteadoras.

Tira nº 05 publicada na Gazeta no dia 24/10/2013 está disponível:

<http://www.gazetadopovo.com.br/midia/tn_625_490_marchesini_2410treze.jpg>.

Acesso em: 27/10/2013.

Atividade oral:

1) Os alunos deverão observar com muita atenção os quadrinhos desta tirinha. Em

seguida convidar um aluno para contar a história.

2) Solicitar a contribuição de mais um aluno para acrescentar alguns detalhes

omitidos pelo colega.

3) Na sequência, o professor contará com a participação dos demais alunos para

responderem oralmente algumas perguntas.

Perguntas norteadoras:

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1) Onde estão os personagens?

2) Quem vocês imaginam que esses personagens são: um casal de namorados,

duas pessoas que se encontraram pela primeira vez, dois amigos?

3) Descrevam oralmente os dois personagens:

A mulher:

O homem:

4) O que será que o homem disse à mulher no primeiro quadrinho? Comentem.

5) O que revela a postura do homem no segundo quadrinho?

6) Por que o homem mostrou a língua no último quadrinho? Como vocês analisam

este gesto?

7) Há muitas interpretações para quem mostra língua. Vocês sabem alguma? Qual?

8) Com a intenção de provocar risos, que é próprio das tirinhas, que situação o

cartunista Marchesini criou?

9) Uma vez que não há diálogo escrito, em que vocês se apoiaram para conseguir

entender a história?

Atividade 6- Nas entrelinhas da tirinha

Objetivo: Incitar a reflexão sobre os elementos visuais utilizados na tirinha.

1) A próxima tira também é do cartunista Marchesini . Vejam-na com bastante

atenção. Em seguida, vocês recontarão oralmente a história.

Tira nº 06 publicada na Gazeta no dia 06/10/2013 está disponível em:

<http://www.gazetadopovo.com.br/midia/tn_625_490_marchesini_2_061013.jpg>.

Acesso em: 29/10/2013.

2) Em duplas, os alunos deverão discutir a tirinha.

3) Solicitar para uma dupla narrar oralmente a sequência da tirinha.

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4) Após esse contato, o professor abrirá a discussão estimulando os alunos a

externarem suas opiniões sobre a tirinha em análise.

Questões complementares:

1) Onde se passa a história?

2) Quais são os objetos caracterizadores para identificarmos a personagem bruxa?

3) Por que a bruxa jogou a sua vassoura?

4) O que será que o homem disse à bruxa que a fez jogar a vassoura?

5) Por que será que ao entregar a caixa o homem foi embora?

6) Quando a bruxa abriu a caixa o que havia dentro? Qual foi a reação dela? Por

quê?

7) Por que a bruxa voou e deixou a sua vassoura jogada no chão?

8) Quem vocês imaginam ser o personagem que entregou a caixa? Como chegaram

a essa conclusão?

9) O que para vocês é motivo de graça nessa tirinha? Por quê?

10) Agora que vocês já analisaram a tirinha, imaginem um título sugestivo para ela.

Análise da tira nº07 também do Marchesini. Publicada na Gazeta no dia 18/09/2013,

para visualizar acesse o link:

http://www.gazetadopovo.com.br/midia/tn_625_490_Marchesini_180913.jpg. Acesso

em: 28/09/2013.

1) Os alunos deverão por um momento visualizar os quadrinhos e imaginar uma

história.

2) O professor solicitará a um aluno para compartilhar oralmente a história

imaginada por ele.

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Questões complementares: prática de oralidade

Com base nas imagens, os alunos responderão oralmente às perguntas feitas pelo

professor. As respostas sempre deverão ser bem elaboradas, argumentadas e ditas

de forma clara e audível.

1) Onde se passa a história? Qual o detalhe que justifica a sua resposta?

2) Quem podem ser esses personagens?

3) Quem geralmente tem o hábito de ler jornal no banco de uma praça?

4) Será que a leitura estava tão interessante que o homem não percebeu a

aproximação da mulher?

5) No último quadrinho, o que aconteceu? Será que o homem estava tão entretido

na leitura do jornal que nem percebeu que foi “pros ares”?

6) Por que aconteceu isso? Identifiquem duas razões para a situação.

7) Será que a mulher fez isso de propósito,apenas com o objetivo de ser vista pelo

homem?

8) Expliquem o que causa o efeito de humor nessa tira.

9) Vocês já passaram por uma situação assim? Onde? Como foi?

10) Essa tira tem relação com um brinquedo. Como é o nome do brinquedo?

Atividade escrita:

1) É possível imaginar o quarto quadrinho? Como você faria? Escreva ou desenhe.

2) Agora, escreva um título bem criativo para ela.

Nesta unidade, trabalhamos a oralidade através das tirinhas promovendo

situações em que se faça necessário o uso da linguagem oral aproximando ao

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máximo os alunos de situações reais enfatizando que as duas modalidades, oral e

escrita, devem ter o mesmo privilégio.

É um gênero que proporciona inúmeras possibilidades de abordagem para o

desenvolvimento das habilidades de análise, leitura, oralidade e escrita. As

atividades com a modalidade oral contribuem muito na formação de pessoas

responsáveis e conscientes de seu papel na sociedade em que estão inseridas.

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Tema:

A aquisição da linguagem abordando a oralidade e a escrita a partir do gênero

contação de histórias.

Justificativa:

A transição do oral ao escrito é um exercício de compreensão de texto e, até

mesmo, do domínio dos modelos globais de gêneros textuais, pois, para transformar

um texto em outro, mesmo que seja apenas de uma modalidade em outra é

fundamental essa compreensão.

Sendo assim, a transição da fala para a escrita também deve ser ensinada

pela escola a fim de que os alunos possam utilizar de planejamento prévio para se

comunicarem oralmente, bem como perceber as marcas da oralidade que veiculam

nos textos escritos. Portanto, ao trabalhar a língua oral o professor precisa mostrar

UNIDADE 3 –

ORALIDADE E ESCRITA

A PARTIR DA

CONTAÇÃO DE

DE HISTÓRIAS

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aos alunos que essa modalidade de linguagem em alguns momentos se assemelha

e em outros diverge da escrita (MARCUSCHI, 2005).

Problema:

É bastante evidente a influência da oralidade na fase de desenvolvimento da

escrita em alunos nos sextos anos do Ensino Fundamental. Esta influência aparece

nas produções textuais, por meio de repetições de pronomes, marcadores

conversacionais e de determinadas estruturas próprias da fala.

Constantemente, verificamos a dificuldade que os alunos têm em todas as

disciplinas, no momento da passagem do oral para o escrito, respeitando as

variações da oralidade. Apesar da oralidade e da escrita serem práticas comuns na

sala de aula, os alunos têm muita objeção, porque não são adequadamente

ensinados a adaptar sua linguagem para situações comunicativas específicas.

Objetivo geral:

- Desenvolver tanto habilidades da oralidade quanto a capacidade de transpor textos

da fala à escrita em situações específicas.

Objetivos específicos:

- Desenvolver a capacidade de perceber que palavras ou estruturas são próprias do

registro oral e devem ser evitadas no registro formal escrito.

- Identificar as relações entre oralidade e escrita.

- Montar equipes de trabalho com trechos inadequados à situação de fala/escrita,

para que possam explicar e corrigir essas inadequações.

- Desenvolver as habilidades de interação oral e escrita em função e a partir do grau

de letramento que o aluno traz.

- Possibilitar aos alunos sua inserção efetiva no mundo da escrita ampliando sua

participação social no exercício da cidadania.

Aulas previstas para esta unidade:16

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“Escrever é uma maneira de falar sem ser interrompido.” (Jules Renard)

Nesta unidade o professor deverá trabalhar os seguintes pontos de produção do

texto escrito a partir do texto falado:

- Eliminação de marcadores conversacionais e inclusão da pontuação.

- Omissão de repetições, redundâncias, autocorreções.

- Substituição do turno por parágrafos.

- Seleção do léxico e da estrutura sintática, num percurso do menos para o mais

formal.

Nas atividades propostas nesta unidade, trabalharemos da oralidade à

escrita. Vale ressaltar aqui a importância da audição, da transição, das marcas de

oralidade, do contexto da história, da situação do interlocutor e da retextualização

das produções.

Segundo Matos (2005),a prática de contação de histórias assim como todo gênero,

tem algumas características:

* Elementos de repertório básico o conto de tradição oral.

* Trabalha com memória não fixa, mas construída a partir de estrutura típica.

* A performance é formada tendo como base o corpo da pessoa que conta, voz e

gestualidade.

* O texto é recriado a cada situação e momento em que é oralizado.

Nas atividades anteriores vocês puderam apreciar o desenvolvimento das

tirinhas, seu poder de síntese e humor.

A sociedade valoriza as diversas formas de narrar. Nesta unidade

trabalharemos com diversos contos sobre o tema morte.

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Atividade 1– Leitura do conto

Objetivo: Ouvir com atenção a história para compreender e transpô-la por escrito.

O professor lerá o conto “O homem que enxergava a morte” do mesmo livro

“Contos de enganar a morte” de Ricardo Azevedo. É um conto que trata também da

morte, porém ela não assusta, apenas faz pensar e provoca boas risadas nos

alunos. A história começa assim:

O homem que enxergava a morte

Era um homem pobre. Morava num casebre com a mulher e seis filhos

pequenos. O homem vivia triste e inconformado por ser tão miserável e não

conseguir melhorar de vida.

Um dia, sua esposa sentiu um inchaço na barriga e descobriu que estava

grávida de novo. Assim que o sétimo filho nasceu, o homem disse à mulher:

- Vou ver se acho alguém que queira ser padrinho de nosso filho.

[...]

(AZEVEDO, Ricardo. Contos de enganar a morte. São Paulo: Ática, 2005, p.09-

20).

Professor, o texto na íntegra você encontrará no livro citado acima. Ele faz parte do

acervo do Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNBE/2005.

Atividade oral:

Após a leitura, o professor junto com os alunos fará uma interpretação oral do

conto. É importante pedir aos alunos que deem sempre respostas completas e que

falem com clareza para que todos possam ouvir.

1) Quantos personagens apareceram no conto? Quais são eles?

2) Qual era o problema que o homem estava enfrentando no momento? Por quê?

3) Por que era tão difícil encontrar um padrinho para o bebê?

4) De repente, alguém se oferece para ser a madrinha do filho. Quem?

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5) Qual foi o argumento que o homem usou para aceitar a morte como madrinha de

seu filho?

6) Vocês concordam com este argumento? Por quê?

7) Descrevam oralmente como a morte apareceu no dia do batizado.

8) Qual foi a promessa feita pela morte ao homem? Por quê?

9) Qual foi a profissão escolhida pela morte para o homem?

10) Como ele deveria exercer a profissão de médico?

11) O que aconteceu certa noite?

12) Qual foi a reação do homem diante da morte quando ela veio buscá-lo? Por

quê?

13) O que fez a morte? Por quê?

14) Como o homem desafiou a morte? Por que ele fez isso?

15) Qual foi o último pedido que o homem, já velho fez à morte?

16) Qual foi o truque que o homem usou para escapar mais uma vez da morte?

17) A morte sempre vencia. Como o homem foi derrotado pela morte no final do

conto? Por quê?

18) Quais são as expressões que vocês costumam ouvir quando uma pessoa morre,

além de “fulano morreu”?

Atividade 2 - Da língua oral para a escrita

1)Chegou a hora de escrever. Preencha o quadro abaixo com os elementos da

narrativa ouvida e analisada.

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Personagens

(quem)

Espaço

(onde)

Tempo

(quando)

Enredo

(o que/como)

Narrador

2) Produza um pequeno texto descrevendo os personagens do conto.

3) Descreva como era o espaço da história.

4) Comente, por escrito, quem era o narrador.

5) Escreva um parágrafo apontando quando aconteceu a história ouvida.

6) Redija um pequeno texto detalhando o que aconteceu na história.

7) Sintetize o desfecho da narrativa.

8) A síntese do desfecho deverá ser entregue ao professor para avaliação.

9) Após as correções, os alunos farão a retextualização.

Atividade 3- Lendo nas entrelinhas

Objetivo: Compreender e sintetizar as ideias de um conto.

Atividade oral:

1) Leitura oral feita pelo professor do conto impresso “O moço que não queria

morrer” do livro “Contos de enganar a morte” de Ricardo Azevedo usado como base

nesta produção didática.

2) Pedir para um aluno recontar oralmente o conto lido.

Atividade escrita:

1) Preencha o quadro com os elementos da narrativa.

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Personagens/Quem? Espaço/Onde? Tempo/Quando? Enredo Narrador

2) O título do conto é “O moço que não queria morrer”. Depois de conhecer a

história, você daria outro título a ela? Por quê?

3) Produza um pequeno trecho comentando como é a situação inicial.

4) Escreva um parágrafo discorrendo sobre os motivos que desencadearam a ação

da história. Qual é o conflito da narrativa?

5) Detalhe o desfecho do conto. Qual foi a resolução do conflito?

6) E você, que truque usaria neste conto, para enganar a Morte?

Professor, auxiliar os alunos na resolução e fazer a correção das atividades

oralmente.

Atividade 4- Usando a criatividade

Objetivo: Desenvolver as habilidades de ouvir, compreender e continuar a narrativa

escrevendo com criatividade e sequência lógica.

Agora vocês serão os autores de uma história. O professor dará a situação inicial do

conto “O último dia na vida de ferreiro” de Ricardo Azevedo do livro usado como

base neste material e vocês deverão continuá-la com os outros elementos da

narrativa.

O título e a situação inicial são assim:

O último dia na vida do ferreiro

Dizem que a Morte sempre foi cheia de truques.

Uma vez, por exemplo, apareceu de manhã cedo diante de um jovem bonito,

risonho e cheio de saúde que trabalhava na terra.

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Assustado, o rapaz agarrou a enxada e ameaçou:

- Se veio pra me levar vai ter que lutar comigo. Sou moço e ainda pretendo

viver bastante!

Mas a Morte foi esperta.

- Que é isso, rapaz! Que bobagem! – respondeu ela, com voz jeitosa. – Não

é nada disso. Largue essa enxada! Vim aqui para lhe dar um prêmio!

[...]

(AZEVEDO, Ricardo. Contos de enganar a morte. São Paulo: Ática, 2005, p.21-

32).

Professor, o texto na íntegra você encontrará no livro citado acima. Ele faz parte do

acervo do Programa Nacional Biblioteca da Escola- PNBE/2005.

Prática de oralidade

Neste momento é fundamental que antes de começar a produção escrita, o

professor explore oralmente algumas possibilidades, deixando os alunos

apresentarem suas hipóteses de imaginação, instigando a curiosidade em relação

ao tema.

1) Na opinião de vocês, que prêmio a Morte veio trazer ao ferreiro?

2) Será que o ferreiro caiu na cilada da Morte?

Atividade escrita:

1) Escreva o começo do conto que você ouviu e de continuidade à narrativa com

um final interessante e criativo.

Atividade oral:

3) Em grupos: cada aluno lerá sua história para os colegas e eles farão comentários

sobre o conto, considerando os itens abaixo. No final, cada grupo escolherá uma

história e os alunos/autores apresentarão para toda a classe.

A história apresenta um conflito?

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Quais palavras ajudam a caracterizar o espaço e o tempo?

O conflito é resolvido?

O desfecho é favorável com a situação apresentada? Por quê?

4) O professor deverá terminar de ler o conto para que os alunos conheçam o final e

possam fazer comentários sobre as aproximações de suas ideias com as do autor.

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Atividade escrita:

2) Complete o quadro com os momentos/enredo da narrativa produzida pelos

colegas.

Situação inicial (apresentação dos

personagens, tempo, lugar da situação)

Conflito (problema provocado por algum

motivo)

Clímax (momento de maior tensão na

história)

Desfecho (final e resolução do conflito)

Professor, ao passar um texto do uso oral para o escrito, algumas orientações

devem ser lembradas e seguidas:

- Título.

- Organização dos parágrafos com base nas mudanças de assunto.

- Evitar as repetições; usar os pronomes.

- Sequência lógica das ideias.

- Marcas da oralidade.

- Introdução da pontuação com base na entonação.

- Adequação ao padrão da língua escrita.

- Releitura do texto com ajustes de correção.

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Atividade 4 - Roda de “causos”

Objetivo: Apresentar oralmente um conto com segurança e desenvoltura a partir de

histórias intrigantes, ligadas à tradição oral.

Material necessário:

Fichas

Livros da biblioteca

Atividade oral:

1) Os alunos, em grupos, deverão pesquisar na biblioteca contos de tradição oral.

Em seguida, deverão selecionar um conto para ler, discutir e escolher um dos

colegas do grupo para ser o contador.

Professor, sugestões de livros para a leitura e escolha de contos para

recontar. São alguns exemplares do acervo da biblioteca da minha escola, mas

poderão ser outros que a escola dispuser.

- AZEVEDO, Ricardo. Cultura da terra: Moderna, 2008.

- AZEVEDO, Ricardo. Histórias Folclóricas de medo e de quebranto. São Paulo:

Scipione, 1996.

- AZEVEDO, Ricardo. Bazar do folclore: tradição popular. São Paulo: Ática, 2001.

- BARBOSA, Rogério Andrade. Histórias africanas para contar e recontar. São

Paulo: ed. do Brasil, 2001.

- CASCUDO,Luís da Câmara. Contos tradicionais do Brasil. São Paulo: Global,

2000.

-MACHADO,Ana Maria; PORTO, Cristina; SOUZA, Flávio de; ROCHA, Ruth;

ORTHOF, Sylvia. Quem conta um conto? São Paulo: FTD, 2001.

- PRANDI, Reginaldo. Contos e lendas afro- brasileiros: a criação do mundo.

São Paulo: Companhia das letras, 2007.

- SANTOS, Fábio Cardoso dos. Histórias que a menina-serpente contou. São

Paulo: Cortez, 2007.

- VIEIRA, Alice. Contos e lendas de Macau. São Paulo: Edições SM, 2006.

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2) A turma ouvirá com atenção os contos narrados pelos alunos preparados

anteriormente.

3) Após a contação de cada conto, o professor junto com os alunos fará um

comentário condizente com a narrativa, o modo de contar, a linguagem formal, a

postura, os gestos; comentará se a entonação adequada tornou a história mais

expressiva e se a voz foi audível para toda a classe.

Atividade escrita:

1) Após cada reconto, a equipe receberá fichas preparadas anteriormente pelo

professor para preencher com as informações obtidas e assim compor a estrutura

dos contos.

Título

Personagens

Tempo

Espaço

Enredo

Atividade 5- Contação de histórias com uso de dedoches/ fantoches

Objetivo: Participar ativamente de uma contação de história com uso de materiais

pedagógicos como dedoches/fantoches.

Atividade oral:

1) Nesta atividade, o grupo deverá preparar-se para a contação do conto

apresentado na atividade anterior. Agora pelo grupo todo, com uso de materiais

pedagógicos disponíveis na escola, como dedoches, fantoches entre outros e

apresentá-lo para outra sala.

Professor, este caderno pedagógico será aplicado para os alunos dos sextos

anos A e B, caso o professor tenha apenas uma turma, os grupos deverão se

apresentar para a própria turma.

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Professor, este momento exige muita organização e preparação: distribuição das

falas, sequência da narrativa, outro ambiente e outro público, desinibição, segurança

e tranquilidade. Os alunos serão os pequenos contadores.

2) Após a preparação da contação, marcar uma data e um local para o momento da

contação de histórias.

Atividade escrita:

1) A sala que for assistir à contação deverá prestar muita atenção, pois a tarefa dos

alunos (desta sala) será escrever as histórias ouvidas. O professor poderá fazer

sorteio de uma história para cada grupo ou deixar a critério dos alunos.

2) As produções deverão ser entregues ao professor para que ele possa trabalhar

com os alunos das duas turmas as dificuldades que aparecerão.

3) Nestas produções, o professor poderá observar as dificuldades apresentadas

pelos alunos no momento da transição do oral para a escrita na sua totalidade.

4) O professor poderá digitar alguns parágrafos com maiores dificuldades, imprimir e

entregar aos alunos ou passar na TV pendrive. Em grupos, analisarão e

transcreverão de forma clara e concisa os problemas encontrados na produção

escrita. É o momento da retextualização.

Professor, nesta atividade, os alunos terão a oportunidade de melhorar a

comunicação, a iniciativa, o trabalho em equipe e a segurança ao se exporem

oralmente e por escrito. Lembrar aos alunos de que o reconto tem relação direta

com o ditado popular “Quem conta um conto aumenta um ponto.”

Atividade 6– Mãos à obra

Objetivo: Produzir um reconto através da contação oral pelo professor detalhando os

elementos e a estrutura do gênero.

Nesta atividade o professor apresentará o conto “O Ferreiro e a Morte” do livro

“Contos de Morte Morrida- narrativas do folclore” do autor Ernani Ssó. O livro traz

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nove contos de tradição oral e a protagonista é a Morte, abordada também de forma

bem humorística.

Professor, o texto na íntegra você encontrará no livro “Contos de Morte Morrida-

narrativas do folclore” do autor Ernani Ssó da Editora Companhia das Letrinhas,

2007.

Perguntas norteadoras:

1) Antes de iniciar a contação,o professor deverá fazer algumas perguntas

instigando a curiosidade dos alunos sobre o título do livro e a sua temática. Durante

a contação também fará suas paradas para a interação dos alunos dando hipóteses

sobre o desenrolar do conto.

2) Por que Morte “Morrida”? Já ouviram essa expressão? Em que situação?

3) Na Unidade 01, ouvimos vários contos com o mesmo tema “Morte”. Como vocês

imaginam a personagem “Morte” neste conto? Descrevam oralmente.

4) A partir do título “A Morte e o Ferreiro”, o que vocês esperam ouvir?

Após esse contato, o professor começará a contação do conto.

A história começa assim:

O Ferreiro e a Morte

Há muito tempo, quando os bichos falavam e o Sol tinha fases como a Lua,

dois reinos vizinhos entraram em guerra. Foram tantas as batalhas que a Morte

quase se cansou de trabalhar. Levava gente da manhã à noite, mesmo aos

domingos. Quando tudo terminou, sete anos depois, a gadanha dela tinha perdido o

fio e quebrado a ponta.

Então a Morte procurou um ferreiro, numa pequena aldeia, perto do último

campo de batalha. Ele era um homem valente, não se assustou ao ver a Morte

parada na porta.

[...]

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(SSÓ, Ernani. Contos de Morte Morrida: narrativas do folclore. São

Paulo:Companhia das Letrinhas, 2007; p.43-45)

Atividade oral:

1) O professor deverá interromper a história perguntando aos alunos: quais serão os

sinais que a Morte mandará ao ferreiro avisando–o de que já é tempo de buscá-lo?

2) O professor deverá terminar de contar a história.

Atividade escrita:

1) Escreva um parágrafo contando as semelhanças do desfecho deste conto com o

conto “O último dia na vida de ferreiro” de Ricardo Azevedo.

2) Descreva detalhadamente o personagem “ferreiro” nos dois contos:

*Ferreiro no conto “O Ferreiro e a Morte”:

*Ferreiro no conto “O último dia na vida de ferreiro”:

3) Complete o quadro com as características da personagem “Morte” nos dois

contos abordados:

O Ferreiro e a Morte O último na vida de ferreiro

4) Os contos estudados apresentam os personagens com problemas ou situações

semelhantes da nossa realidade. Descreva as situações que se aproximam do

nosso cotidiano nos dois contos que têm como personagem o “ferreiro”.

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5) Para fixar bem os elementos da narrativa, complete os quadros abaixo:

Narrador

Espaço

Personagens

Tempo

Enredo

6) Agora é hora de completar com os momentos da narrativa ouvida:

Situação inicial

Conflito

Clímax

Desfecho

7) Em grupos: redijam um reconto baseando-se na contação feita pelo professor,

mantendo a situação inicial e o conflito ,mas modificando o clímax e o desfecho.

8) O grupo deverá escolher um aluno da equipe para ler a história para a classe.

9) A classe elegerá duas melhores histórias lidas pelos alunos para apresentar para

outra turma e duas para afixar no mural da sala.

O grupo deverá levar em consideração para a escolha dos textos orais os seguintes

critérios:

* título adequado e criativo;

* manutenção da sequência original;

* adequação vocabular para a situação;

* entonação da voz e os gestos acompanharam o desenrolar da história.

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Para os textos expostos no mural, devem ser levadas em consideração as seguintes

orientações:

* título adequado e interessante;

* manutenção da sequência original do conto;

* paragrafação, para substituir as pausas;

* omissão de repetições, uso dos pronomes, sinônimos;

* pontuação correta;

* clareza nas ideias, criatividade nos argumentos.

Nesta unidade trabalhamos com o gênero contação de histórias nas

modalidades oral e escrita e podemos concluir que as diferenças ou integrações

entre as duas modalidades ocorrem num continuum que vai do menos para o mais

formal (FÁVERO, 2012).

A transposição da linguagem oral para a escrita sempre foi um empecilho

para os alunos, principalmente para os sextos anos, por isso as atividades

sugestivas neste caderno visam auxiliar o professor nas dificuldades apresentadas

no momento da transcrição de uma modalidade à outra.

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Tema:

A aquisição da linguagem abordando a oralidade e a escrita a partir do gênero

tirinhas.

Justificativa:

A análise das tirinhas possibilita os alunos a enxergarem os implícitos

presentes neste gênero e a compreender a linguagem que se estabelece por trás do

que está dito, ou seja, explícito na tira. É um recurso relevante para explorar em sala

de aula não só a comunicação oral e a competência dialógica mas, também a

transição entre oralidade e escrita.

Problema:

Atualmente, os livros didáticos trazem muitas atividades com o gênero tirinhas,

por isso, cabe ao professor saber utilizá-las para que este gênero não se torne

apenas uma introdução para um conteúdo gramatical, já que há muitos aspectos da

oralidade e da escrita nos recursos gráfico-visuais para serem explorados. É preciso

que os alunos consigam analisar, refletir e compreender o contexto das tirinhas.

Objetivo geral:

- Construir compreensão global do texto com produção de inferências.

UNIDADE 4 –

ORALIDADE E ESCRITA

ATRAVÉS DAS

TIRINHAS

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Objetivos específicos:

- Interpretar informações explícitas e implícitas nas tirinhas.

- Desenvolver a imaginação através da percepção visual.

- Capacidade de sintetizar ideias em poucos quadrinhos.

- Ampliar a capacidade de argumentar suas ideias oralmente e por escrito.

- Criar hipóteses orais e escritas de desfecho para as tiras analisadas.

Aulas previstas para esta unidade: 14

Professor, na Unidade 02 abordamos a oralidade a partir das tirinhas e vimos

que além de trabalhar a oralidade e a leitura de imagens, as tiras possibilitam uma

leitura de mundo mediante a intertextualidade. É através dos elementos ditos e não

ditos que os alunos ampliam a socialização do conhecimento e a progressão no

processo da aquisição da linguagem.

Nesta unidade trabalharemos a oralidade através da análise das tirinhas para

o registro escrito explorando as características específicas do gênero.

Atividade 1– Recordando

Objetivo: Desenvolver a capacidade de sintetizar o contexto de um conto em uma

tirinha.

Atividade escrita:

1) Neste momento, vocês deverão produzir uma tirinha com três quadrinhos tendo

como base os argumentos apresentados oralmente na Unidade 01- atividade 04 “De

olho na exposição oral”, quando responderam a pergunta: como você enganaria a

morte? Agora é hora de utilizar os recursos específicos de uma tirinha.

2) A produção das tiras deverá ser exposta no mural da sala para a visualização de

todos.

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Atividade 2- Da leitura de imagens ao texto escrito

Objetivo: Organizar a escrita do texto considerando o tema central e seus

desdobramentos.

Análise de tiras do cartunista Marchesini.

Professor, as tiras do cartunista Marchesini são tiras sem falas. A escolha destas

tirinhas foi justamente com o intuito de desenvolver habilidades de ler as imagens,

analisar e imaginar uma história sequencial. São tiras que despertam o lado crítico,

humorístico e reflexivo dos alunos para a criação de narrativas tanto orais quanto

escritas de uma forma simples e prazerosa.

A tira nº 01 publicada na Gazeta no dia 21/08/2013 está disponível:

<http://www.gazetadopovo.com.br/midia/tn_625_490_marchesini_2108treze.jpg>.

Acesso em: 30/09/2013.

Atividade oral: perguntas norteadoras:

1) Mostrar as tirinhas na TV pendrive. Solicitar para que façam a leitura das

imagens, instigando-os com as seguintes perguntas norteadoras.

2) Quem podem ser esses personagens?

3) Onde se passa a história?

4) O que está acontecendo nesta história? Por quê?

5) O que será que o segundo personagem disse ao primeiro?

6) Como aconteceu o desfecho da narrativa? Por quê?

7) Se vocês tivessem que colocar um título para essa história, qual seria?

8) Na opinião de vocês, onde são publicadas essas tirinhas?

Atividade escrita:

1) Com base nos questionamentos orais e nos elementos da narrativa, produza um

texto sintetizando o que discutimos desta tirinha.

2) Escreva em uma frase a ideia principal que a tirinha quer transmitir.

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A tira nº 02 publicada na Gazeta no dia 09/09/2013 está disponível em:

<http://www.gazetadopovo.com.br/midia/tn_625_490_Marchesini_090913.jpg>.

Acesso em: 10/09/2013.

Atividade oral:

1) Pedir para um aluno analisar as imagens e contar oralmente a sequência dos

acontecimentos na tirinha. Neste momento, pode-se ouvir mais de um aluno

recontando a tirinha.

2) Vocês concordam com a explanação dos quadrinhos feita pelo colega? Por quê?

3) O que será que eles estão dialogando?

4) No segundo quadrinho, por que eles ficaram recuados?

5) No último quadrinho, o que aconteceu com o personagem do balãozinho? E com

aquele que está no centro?

Atividade escrita:

1) Em duplas. Imaginem um diálogo que possa ter ocorrido entre os personagens.

Escrevam- no. Inventem um título, prestem atenção nos travessões e na sequência

dos fatos.

Análise da tira nº03 publicada na Gazeta no dia 08/09/2013 está disponível em:

<http://www.gazetadopovo.com.br/midia/tn_625_490_Marchesini_080913.jpg>.

Acesso em: 09/09/2013.

Atividade oral:

Solicitar a um aluno para contar a história da tirinha. Na sequência, o professor fará

algumas perguntas para serem respondidas oralmente pelos alunos.

Perguntas norteadoras feitas pelo professor:

1) Onde o personagem está?

2) Por que, no segundo quadrinho, as onomatopeias “TUM” aumentaram?

3) Por que não há repetição do “TUM” no último quadrinho?

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4) O que há de diferente entre o “TUM” dos dois primeiros quadrinhos com o “TUM”

do último quadrinho?

5) Nessa tirinha, ocorre uma situação que gera humor. Explique qual é essa

situação.

Atividade escrita:

1) Escreva uma pequena narrativa baseada nos quadrinhos.

2) Troque o caderno com um colega para que ele faça a leitura e as correções que

forem necessárias.

3) Após as observações feitas pelo colega, faça a reestruturação da narrativa, agora

também com o auxílio do professor.

Atividade 3- De olho nos detalhes

Objetivo: Analisar e compreender a tira através da linguagem não verbal.

Nesta atividade as tirinhas serão impressas e cada aluno receberá as suas

para os questionamentos orais e atividades individuais/ escritas com maiores

detalhes.

Tira nº 04 publicada na Gazeta no dia 29/09/2013 está disponível em:

<http://www.gazetadopovo.com.br/midia/tn_625_490_marchesini_29913.jpg>.

Acesso em: 01/10/2013.

Atividade oral:

1) Quem são os dois personagens?

2) Onde eles estão?

3) O que aconteceu no último quadrinho? Por quê?

4) Vocês acham que ele tentou subir outra vez? Por quê?

Atividade escrita:

1) Se você fosse continuar a tirinha, como seria o quarto quadrinho? Desenhe.

2) Anote no quadro abaixo a relação entre os fatos que compõem a narrativa:

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Início

Enredo

Final

3) Você achou a situação engraçada? Por quê?

4) Que título você daria a esta tirinha? Escreva justificando.

Análise da tira nº05 publicada na Gazeta no dia 27/09/2013 está disponível em:

<http://www.gazetadopovo.com.br/midia/tn_625_490_benett_2709treze.jpg>. Acesso

em: 28/09/2013.

Atividade oral: perguntas norteadoras.

1) O professor fará algumas perguntas referentes à tirinha e os alunos deverão

responder oralmente.

2) Quem pode ser o personagem da tirinha? Como vocês chegaram a essa

conclusão?

3) Onde está o humor nesta tirinha? Por quê?

4) Onde ocorre a história? Exemplifiquem com um detalhe ou uma palavra.

5) O adjetivo “simpático” aqui na tira é carinhoso ou tem significado de deboche? Por

quê?

6) A quem será que ele está se referindo?

7) Como está o tempo? Descrevam oralmente os fatos que envolvem o tempo.

8) No decorrer da história a expressão facial e a estatura do homem vão se

alterando. Por que isso ocorre?

9) O que aconteceu no último quadrinho?

10) Que recursos gráficos Benett usou para criar os movimentos em cada

quadrinho?

11) O que contribuiu para que vocês entendessem a tira: as imagens ou o texto

verbal? Por quê?

Atividade escrita:

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1) Complete o quadro abaixo com as informações comentadas oralmente.

Personagem Tempo Espaço Fatos

2) Produza um texto descrevendo as características do personagem, a sequência e

o final da história. Não se esqueça do título.

Análise da tira nº06 publicada na Gazeta no dia 15/10/2013 está disponível em:

<http://www.gazetadopovo.com.br/midia/tn_625_490_marchesini_1510treze.jpg>.

Acesso em: 18/10/2013.

Atividade oral:

1) O professor solicitará para que um aluno narre oralmente a sequência da tirinha.

2) A seguir, fará alguns comentários e passará no quadro algumas questões a

serem resolvidas por escrito, no caderno.

Atividade escrita:

1) O personagem desta tira foi o protagonista nos contos estudados. Quem é?

2) É possível relacionar estas imagens com o contexto dos contos estudados? Com

qual? Por quê?

3) Nos contos abordados nas unidades anteriores, a morte sempre vencia no final. E

nesta tira, você acha que ela teve a mesma sorte? Por quê?

4) A história dessa tirinha se passa no campo ou na cidade? Justifique a sua

resposta descrevendo o espaço.

5) Quando acontece a história? Como você chegou a essa conclusão?

6) Com quem se deparou a morte no último quadrinho?

7) Onde está o humor nesta tira? Justifique.

8) Imagine um diálogo no último quadrinho e escreva-o como seria.

9) Segundo o ditado popular, “não é preciso se preocupar com a morte. Ela é

garantida e ninguém vai ser bobo de querer roubá-la da gente. O importante é

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cuidar da vida, que é boa, bela, rica, preciosa e inesperada, mas muito frágil.

Ela sim, pode ser roubada”. (RICARDO, Azevedo. Contos de enganar a morte.

São Paulo: Ática, 2005.p.62).

Você concorda com esse ditado? Por quê?

10) Transforme o ditado acima numa tira (três quadrinhos) usando a linguagem

verbal e não-verbal. Esta atividade deverá ser entregue ao professor.

Atividade 4 - Nas entrelinhas

Objetivo: Ampliar a capacidade de argumentar as informações explícitas e implícitas

oralmente e por escrito.

Professor, mostrar as imagens na televisão pendrive. Atenção com o tempo para

cada imagem.

1) Solicitar aos alunos que observem a linguagem verbal e a não-verbal, as

onomatopeias, os gestos, o local e as caricaturas nas tirinhas a seguir.

2) Pedir para os alunos recontarem, primeiro oralmente, depois responderão por

escrito, algumas perguntas referentes à tira.

Análise da tira nº 07 do cartunista Benett publicada na Gazeta no dia 08/09/2013

está disponível em:

<http://www.gazetadopovo.com.br/midia/tn_625_490_Benett_080913.jpg>. Acesso

em: 09/09/2013.

Atividade escrita:

Em duplas, os alunos deverão responder no caderno as seguintes perguntas.

1) Quem são os personagens da história?

2) Onde eles estão? Como vocês chegaram a essa conclusão?

3) Que outra palavra o menino poderia usar no lugar de “coisa”?

4) Por que no primeiro quadrinho aparecem três pontos de interrogação?

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5) Por que a mãe precisou de um tempo para responder? Estava ocupada ou

indecisa com a resposta?

6) No momento do diálogo, o que a mãe estava fazendo?

7) Qual o significado da palavra “Droga” na tira? Que outro significado ela possui?

8) Por que o autor utilizou formato diferente para o terceiro quadrinho?

9) Será que a expressão “Sim foi...” convenceu o menino?

10) Por que a tira terminou com reticências?

11) Criem uma narrativa unindo imagem e texto de forma que a mensagem seja

clara e coerente.

Análise da tira nº 08 do cartunista Marchesini contida no endereço eletrônico abaixo

publicada na Gazeta no dia 04/10/2013.

<http://www.gazetadopovo.com.br/midia/tn_625_490_marchesini_0410treze.jpg>.

Acesso em: 05/10/2013.

Atividade oral:

1) Em duplas, os alunos deverão comentar a tirinha.

2) Uma dupla deverá apresentar a narrativa da tirinha para os colegas.

Atividade escrita:

No caderno, os alunos deverão responder as perguntas impressas sobre a tirinha.

1- Onde os personagens estão? Que lugar é esse? Exemplifiquem com detalhes da

tira.

2) O cenário e personagens são típicos de onde? Expliquem.

3) Para vencer o obstáculo, o que fizeram os personagens?

4) Será que não havia outro meio de transporte, além do cavalo?

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5) Será que não havia outro caminho para seguir, além desse com obstáculo?

6) No último quadrinho, o que vocês acham que aconteceu com o personagem?

Conseguiu pular ou caiu no precipício?

7) Que sugestão vocês dariam para os dois seguirem o caminho?

8) E, o cavalo como será que saiu dessa?

9) A seu ver, qual é a graça da tira? Justifique a sua resposta.

10) Criem um título para esta tirinha.

Análise da tira nº 09 também do cartunista Marchesini publicada na Gazeta no dia

14/10/2013 está disponível no site abaixo:

<http://www.gazetadopovo.com.br/midia/tn_625_490_marchesini_141013.jpg>.

Acesso em: 14/10/2013.

Atividade oral:

Pedir para um aluno elaborar uma narrativa oral sobre a tira.

Questões norteadoras:

O professor prossegue com perguntas norteadoras solicitando a participação dos

alunos.

1) Quem podem ser os personagens desta tirinha?

2) O que significa o boné virado para trás? É comum os meninos usarem assim? Por

quê?

3) O que levou o homem a comprar o instrumento?

4) Ao adquirir o instrumento, o que fez o homem? Por que ele fez isso?

5) Será que ele estava incomodado com o barulho?

6) Que outra solução o homem poderia acatar para não se sentir incomodado com o

barulho, sem destruí-lo?

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7) Será que o menino vendeu inocentemente ou ele já imaginava esse fim para o

instrumento?

8) Qual foi a atitude do menino: ganancioso ou inocente? Por quê?

9) Será que o personagem de boné, não ficou com o dinheiro e aproveitando o

deslize do outro conseguiu recuperar o instrumento?

Atividade escrita:

1) Redija um pequeno texto descrevendo os personagens da tira.

2) Escreva uma pequena narrativa detalhando a sequência da história.

3) Crie um diálogo entre os dois personagens. Imagine o que eles poderiam ter

conversado. Não se esqueça dos parágrafos, dos travessões e da sequência lógica

das ideias. Esta atividade deverá ser entregue ao professor para correção e

avaliação.

4) Após a devolutiva do professor, os alunos farão a reescrita do diálogo.

Atividade 5 - Linguagem não –verbal

Objetivo: Desenvolver a imaginação através da percepção visual.

Análise da tira nº 10 do Marchesini disponível no link abaixo foi publicada na Gazeta

no dia 25/11/2013. Para visualizá-la acesse o link:

<http://www.gazetadopovo.com.br/midia/tn_625_490_marchesini_251113.jpg>.

Acesso em: 20/10/2013.

Atividade oral:

O professor deverá apresentar na TV pendrive apenas o primeiro quadrinho. Pedir

para um aluno comentar o que está vendo com as intervenções do professor:

Perguntas norteadoras para a compreensão da tira

1) Quem é o personagem que aparece neste primeiro quadrinho?

2) Onde ele está? Quais são os detalhes que caracterizam este lugar?

3) O que será que ele avistou?

4) Na sua opinião, ele está: atento, ansioso ou medroso? Por quê?

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Apresentação do segundo quadrinho.

Em seguida, mostrará o segundo quadrinho e outro aluno deverá continuar

narrando a história. É importante que todos prestem atenção no começo da história

para que possam continuar com a sequência lógica.

5) O que o personagem fez? Por quê?

6) Por que será que ele foi correndo em direção ao mar? Salvar? A quem?

Apresentação do terceiro quadrinho: mais hipóteses.

Antes de mostrar o último quadrinho solicitar para um terceiro aluno apresentar

suas hipóteses sobre o que poderá acontecer no final. Passar o último quadrinho.

7) E aí, o que aconteceu? Quem ele trouxe para a areia?

8) Será que ele percebeu que era uma sereia ou apenas cumpriu a sua função de

salva vidas?

9) Como vocês imaginam a reação dele ao colocá-la na areia? E como ficou a

sereia? Comentem.

10) Esta tirinha nos faz lembrar de um conto de fadas. Vocês sabem o nome deste

conto? Vocês conhecem a história?

11) Vocês sabem o nome da sereia do folclore brasileiro?

Atividade escrita:

1) Escreva a história baseando-se nos três quadrinhos discutidos.Invente um título e

imagine um final criativo para a tirinha.

2) Redija um parágrafo comentando o último quadrinho. Você acha que é possível

acontecer uma situação assim na praia? Por quê? Que tipo de personagem é a

sereia?

3) Descreva os personagens desta história. Como você imagina que eles são?

4) Se você fosse continuar a tirinha, como seria o quarto quadrinho? Desenhe.

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O professor deverá ouvir as respostas de alguns alunos. Manter a participação de

todos nas atividades propostas dando a vez para os que ainda não interagiram.

Finalizamos esta unidade enfatizando a importância do uso das tirinhas em

sala de aula para o desenvolvimento da oralidade e da escrita. São muitas as

possibilidades e os gêneros para trabalhar a oralidade e a escrita. A escolha pelo

gênero tirinhas se dá pelo fato de ser um gênero que desperta a atenção dos alunos,

basta eles perceberem como os elementos visuais são importantes para a

compreensão do contexto e do sentido de cada tirinha.

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BARBOSA, Rogério Andrade. Histórias africanas para contar e recontar. São

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produção textual. 2.ed.São Paulo: Contexto, 2011.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização.

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MATOS, Gislayne A. Ofício do contador de histórias. São Paulo: Martins Fontes,

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