ORIGEM DAS LÍNGUAS ROMÂNICAS · Desde os primeiros séculos, começou a se formar um latim...

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ORIGEM DAS LÍNGUAS ROMÂNICAS PROFA. DRA. LILIANE BARREIROS (PPGEL/UEFS)

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ORIGEM DAS LÍNGUAS ROMÂNICAS

P R O F A . D R A . L IL IA NE B A R R E IR O S(P P G E L / U E F S )

TEXTOS:

BASSETTO, Bruno F. Origem das Línguas Românicas. In: _______.Elementos de Filologia Românica: história externa das línguas. v. 1. SãoPaulo: Editora da USP, 2005, p. 87-109.

RECAPITULANDO...

A Filologia será ‘românica’ se tiver como objeto específico as

línguas e os dialetos que se originaram do latim vulgar e suas

respectivas literaturas de qualquer espécie, desde a origem até

a sua situação atual (BASSETTO, 2005, p. 38).

Chamam-se línguas românicas aquelas que são diferenciações notempo e no espaço de uma língua comum primitiva, o latimvulgar (ELIA, 1979, p. 3).

O LATIM E SUAS VARIEDADES

Pré-histórico – primeiros habitantes do Lácio;

Proto-histórico – primeiros documentos da língua;

Arcaico – utilizada entre o século III a.C. e início do I a.C. (antigostextos literários);

Clássico – século I a.C., forma linguística refinada e elaborada<Sermo Urbanus>, observada nas grandes obras da prosa e dapoesia latina (destacou-se os fenômenos gramaticais do idioma);

Evolução do Latim

Evolução do LatimVulgar – língua falada pelo povo <Sermo Vulgaris>, da qualprocedem as língua românicas, entre as quais se tem oPORTUGUÊS.

Pós-Clássico – observado nas obras literárias compostas entre osséculos I e V d.C.

Latim Clássico versus Latim Vulgar

A grande diferença entre as duas variedades do latim não écronológica (o latim vulgar não sucede ao latim clássico), nemligada à escrita, é social.

Uma extremamente estável, a outra inova constantemente.

Latim Clássico versus Latim Vulgar

• Sociedade fechada, conservadora, aristocráticaPATRÍCIOS

• Aberta a todas as influências PLEBEUS/

ESCRAVOS

As duas variedades refletem duas culturas que conviveram em Roma.

Variedades do Latim

Sermoplebeius

Sermourbanus Português

Galego Castelhano Catalão Provençal Francês Rético Sardo Italiano Dalmático Romeno

Latim escrito e latim faladoAs línguas românicas são uma continuação do latim.

A questão é: de que latim?

Latim escrito e latim falado Desenvolveu-se em um longo e contínuo processo detransformação linguística.

O latim ocupava uma área limitada do Lácio, rodeado dedialetos itálicos e pelo etrusco. Somente depois se fixa comolíngua literária, com o aspecto que deram os grandes escritoresda época republicana.

Regiões da Itália

Áreas marginais conservavam característicasmais arcaicas Fenômenos de conservação:

- o sistema de declinação (1ª a 5ª)

A língua falada se diferenciava da língua escrita (e,sobretudo, daquela escrita com pretensões artísticas) em maiorou menor grau, de acordo com a época e as classes sociais.

O latim e suas fontes de estudo...

O latim passa a ser conhecido, mais sistematicamente, apartir do século III a.C.; antes disso, as inscrições

encontradas são muito esporádicas.

Características do latim vulgarMais SIMPLES em todos os níveis

- Fonética: Perda da quantidade vocálica

(duração/pronúncia – timbre)

10 vogais > 7 > 6 > 5 vogais

- Morfologia: redução das declinações

2ª absorve a 4ª / 3ª absorve a 5ª

Características do latim vulgar- Numerais: apenas os cardinais

- Gênero neutro: raros vestígios > gênero masculino

- Simplificação dos pronomes demonstrativos e indefinidos

- Is, hic, iste, ille, ipse, idem > iste, ipse, ille

- Sintaxe: ordem das palavras na oração

Características do latim vulgarMais ANALÍTICO

- Uso de preposições, advérbios, pronomes e verbos auxiliares

Mais CONCRETO

- Termos abstratos praticamente desconhecidos

Mais EXPRESSIVO

- Eminentemente falado: caract. ênfase, espontaneidade e afetividade

Mais PERMEÁVEL A ELEMENTOS ESTRANGEIROS

- Empréstimos lexicais

Urbanitas versus rusticitasO latim falado continha certamente um

maior número de diferenças regionais esociais em virtude da uniformizaçãoprovocada pela unificação política e cultural.

Cícero e Quintiliano fazem umadistinção entre a urbanitas (da urbe) romanae a rusticitas (variedade corrompida) ourustica vox.

Certamente, a variedade de latim que etruscos e itálicosreceberam não era a mesma recebida pelos gauleses e povos maisdistantes; assim, o sermo vulgaris devia já ter, no ser cerne,algumas diferenças dialetais que mais tarde iam se desenvolvernas diferentes línguas românicas.

CíceroO próprio Cícero (106 a.C. a 43

a.C. ) usa, em algumas de suas cartasfamiliares não destinadas à publicação,um estilo consideravelmente diferentedaquele que é usado em seus discursosou obras filosóficas e retóricas.

A tradição literária começa em Roma no século III a.C. com oaparecimento dos primeiros escritores: Lívio Andronico, CneuNévio, Enio.

O período de ouro do latim clássico é representado pelaépoca de Cícero e de Augusto. É então que aparecem os grandesartistas da prosa e do verso, que levam a Língua ao seu maioresplendor.

Afinal, o que é o latim vulgar?– Não se trata, segundo Tagliavini, do latim falado pelas classesmais baixas da população, os jovens do cordel, os gladiadores, osescravos, as prostitutas, mas sim da língua falada por todas asclasses sociais, com infinitos refinamentos.

– Assim, entende-se que nunca existiu um latim vulgar único,como muitas vezes alguns livros parecem sugerir.

FONTES DO LATIM VULGAR

FONTES DO LATIM VULGARI) Autores latinos quando usavam expressões de língua falada ou

popular.

Isso se dava não só pelo gênero cômico, pelo uso de diálogos,mas também porque alguns dos modelos que depois iam sertomados com rigor ainda não tinham sido fixados.

Exemplo: comédias de Plauto.

• Também Petrônio, no seu Satyricon, faz uso, por meio de seuspersonagens, de termos plebeus, vulgares.

FONTES DO LATIM VULGARDesde os primeiros séculos, começou a se formar um latim

cristão, que não somente trazia influências gregas e orientais,como também tinha a intenção direta de propagar as palavras doSenhor, a difusão da nova religião e, tendo nascido em meiossobretudo populares, representava uma língua mais próxima dafalada do que a dos autores pagãos que lhes eramcontemporâneos.

– Ex: Santo Agostinho

FONTES DO LATIM VULGARAlém desses escritos, textos de autores de pouca

escolaridade, a quem o empenho gramatical e estilístico paraescrever um latim 'correto' não era capaz de evitar vulgarismosgramaticais e lexicais.

FONTES DO LATIM VULGARNão existe nenhum texto exclusivamente vulgar (sermus

vulgaris), mas sim que se encontram traços mais ou menostomados como reflexos do latim vulgar.

Esses traços podem ser copiados intencionalmente, usadospor falta de termos técnicos no latim clássico (como é o caso dealguns tratados de medicina popular etc.), para melhorinteligibilidade dos leitores ou ainda pela deficiência escolar doautor em textos.

FONTES DO LATIM VULGARII) Os Gramáticos Latinos

Meios de se evitar formas não padrão ou onde seassinalavam os 'erros' mais comuns do uso cotidiano.

FONTES DO LATIM VULGARIII) Os lexicógrafos

Nas obras lexicográficas, especialmente na de Isidoro deSevilha, não só estão explicadas palavras arcaicas ou raras, comotambém os vulgarismos.

Entre os glossários, tem particular interesse, do ponto devista romanístico, o chamado Appendix Probi, escritoprovavelmente em Roma, no século II d.C.

Apêndix ProbiÉ o terceiro dos cinco apêndices

adicionados por um autor anônimo nagramática latina Instituta Artium. Aprópria gramática foi atribuída a aogramático Valerius Probus, que viveu noprimeiro século.

No apêndice, várias entradas sãoreferências a lugares ou realidades doNorte de África, o que levou muitospesquisadores a acreditar que o autor erade origem africana.

Ainda sobre o Appendix ProbiÉ óbvio que se o autor julgava oportuno fazer com aquelas

palavras uma lista era porque estavam bastante difundidas.

Exemplo de glossa: auris non oricla

- clássico auris , se usava o diminutivo auricula

- vulgar , reduzia au a o e suprimia a postônica da proparoxítona(oricla).

Dessa forma oricla, vêm todas as formas românicas:orecchia, oreille, oreja, orelha, ureche.

FONTES DO LATIM VULGARIV) Inscrições

O estudo das particularidades linguísticas das inscriçõespermite fazer uma ideia do latim regional da Gália, Dácia, Ibériaetc.

– Exemplo: Grafismos nos muros de Pompéia.

PompéiaEsta pequena cidade, aos pés do

vulcão Vesúvio, foi coberta por umagrande erupção na noite de 24 deagosto de 79 d.C., juntamente com suasvizinhas Herculano, Stabia e Oplontis.Em poucas horas, lavas, cinzas e gasesvenenosos cobriram e matarammilhares de pessoas.

Pompéia

Pompéia

PompéiaSoterradas por metros de

materiais vulcânicos, esta cidadeguardou detalhes da vidacotidiana de seus habitantes e desua riqueza cultural.

Somente em 1748 , com oachado de uma inscrição, a cidadede Pompéia foi redescoberta e assuas preciosidades têm sidoreveladas pelos vestígios aliguardados.

Nas escavações realizadas em Pompéia, têm sidoencontradas muitas inscrições, das quais há que se distinguir doistipos:

As monumentais, que são escritas com letras capitais, esculpidasem monumentos, tumbas funerárias, edifícios públicos, entreoutros; e

As comuns, que são escritas com letras cursivas, feitas com pincelou estiletes, em livros ou paredes, para registros de fatos docotidiano.

Destas inscrições comuns,chamam a atenção a grandequantidade encontrada emmuros, paredes de casas,edifícios e tabernas, ou seja,praticamente em todos osespaços disponíveis das paredesde Pompéia. Cerca de dez milestão catalogadas no Corpusinscriptionum latinarum.

Nestas inscrições, as pessoas expressavam suas opiniõessobre os mais variados assuntos como os seus desejos easpirações; amores conquistados e perdidos; apoio e críticas àpolíticos, ao imperador; mensagens a amigos; trechos de obrasliterárias; opinião sobre bordéis; cálculos aritméticos; letras doalfabeto etc.

Inscrição no pedestal do Relógio de Sol Pompéia

FONTES DO LATIM VULGARV) As grafias dos manuscritos

Erros dos copistas ou asfalsas reconstruções devidas ahiperurbanismo.

Manifestam, em menor grau doque as inscrições, fontes dolatim vulgar.

FONTES DO LATIM VULGARVI) As notas tironianas

Representavam o primeiro sistemataquigráfico romano. Idealizado por TulioTirón.

As notas e manuscritos em notas tironianastêm um caráter essencialmente popular.

FONTES DO LATIM VULGARVII) Os diplomas

Ainda que redigidos em latimtardio, pelas formas gráficas queapresentavam, demonstravam aconsolidação de certas inovações nosdiversos países românicos.

– Por exemplo, nos diplomas da Itália.

FONTES DO LATIM VULGARVIII) As palavras latinas passadas a línguas não românicas

As palavras frutos de empréstimos de regiões vizinhas,muitas vezes, conservaram uma forma arcaica mais próxima dolatim, ou seja, menos modificadas, do que até mesmo palavrasencontradas em línguas românicas.

FONTES DO LATIM VULGARXIX) A gramática comparada e o léxicodas línguas românicas

A fonte mais segura e sistemáticaque temos hoje do latim vulgar é oresultado das comparações feitas entre asdiferentes línguas românicas.

FORMAÇÃO DAS LÍNGUAS ROMÂNICAS

Formação das línguas românicas

A formação das línguas românicas é, por um lado, resultado darelaxação dos laços exteriores e da debilitação da vitalidadecultural do Império Romano e, por outro lado, da formação denovas comunidades lingüísticas “nacionais” nascidas no temposubseqüente, comunidades estas que restabelecem e vivificam, demaneira independente, a tradição cultural antiga (LAUSBERG,1974, p. 26).

A România atual

Se compararmos a România atual com o Império Romano, em sua fase de

maior estabilidade, notaremos que os limites de ambos não coincidem. Boa

parte das regiões outrora dominadas pelos romanos falam hoje línguas

germânicas (como a Britânia), gregas (como a Grécia), semíticas (como a

Síria e grande parte da África do Norte) etc. Por outro lado, falam-se línguas

românicas na América Latina, que está fora dos horizontes do mundo antigo

(ILARI, 2001).

A România atuala) Romanização superficial

b) Superioridade cultural dos vencidos

c) Superposição maciça de populações não-romanas

A România atualPor outro lado, através dos movimentos colonialistas iniciadoscom as grandes navegações do século XVI ou dos movimentos depropagação do catolicismo patrocinados sobretudo por Portugale pela Espanha, as línguas românicas foram levadas para os novoscontinentes onde se superpuseram às línguas autóctones como“línguas de cultura” e como “línguas oficiais”; a recuperação daindependência pelas colônias tem feito às vezes com que asantigas línguas nacionais recuperassem seu status de línguasoficiais.

Estado RomanoOrigem em 753 a.C. (fundação de Roma)

Engrandeceu-se progressivamente até constituir em sua fase demaior esplendor um dos mais vastos impérios de todos ostempos.

A História de Roma Divide-se em três fases:

Realeza (das origens a 509 a.C.);

República (de 509 a.C. a 27 a.C.); e

Império (de 27 a.C. a 476 d.C.)

Aspecto da história do Estado Romano Democratização progressiva do poder:

patrícios (classe fechada e conservadora, governava a Urbe) e

classes adventícia ou plebeia (instituições representativas).

Capacidade de absorver outros povos e sua espantosa expansãoterritorial (séculos V a.C. a II d.C.).

Principais pontos da expansão: Conquista da Itália peninsular

Conquista da Europa mediterrânea

Três guerras púnicas

Gália e Europa Central, Ásia Menor e África

Conquistas tardias

Caledônia (atual Escócia), Dácia (atual Romênia) e Arábia Pétrea.

O que foram as guerras púnicas?As Guerras Púnicas foram três conflitos entre Roma e Cartago, agrande cidade africana fundada pelos Fenícios.

O seu nome tem origem em Punus, nome latino para oscartagineses.

Estas guerras foram provocadas por rivalidades comerciais noMediterrâneo.

Primeira Guerra PúnicaA Primeira (264-241 a.C.) deveu-se a uma questão relacionadacom o controle da Sicília.

Os Romanos venceram e transformaram a Sicília na sua primeiraprovíncia.

Segunda Guerra PúnicaA Segunda (218-201 a.C.) surgiu pelo ressentimento Romano naexpansão de Cartago na Espanha e com a destruição de Sagunto(aliada de Roma), pelo general cartaginês Aníbal. Este, respondeuao desafio romano invadindo Itália, onde permaneceu até 204 a. C.

Enquanto aí estava, o general romano Públio Cornélio Cipião,invadiu a Espanha e expulsou os cartagineses.

A guerra teve o seu término depois da destruição do exércitocartaginês na Batalha de Zama no Norte de África.

Terceira Guerra PúnicaA Terceira (149-146 a.C.) deu-se quando Cartago atacou umaliado de Roma, o rei Masinissa da Numídia Oriental.

Um exército romano cercou Cartago durante dois anos. Osromanos acabaram por tomar a cidade e destruí-la.

LATINIZAÇÃO OU ROMANIZAÇÃO

Latinização ou RomanizaçãoÉ a assimilação cultural e linguística da civilização latina por

parte dos povos conquistados. É considerado um fenômenoúnico na história da humanidade.

As conquistas romanas tinham caráter político e econômicoe o uso da língua era uma questão de honra.

Fatores de latinizaçãoExército romano – a base do Império e de sua expansão, pois era o 1ºa entrar em contato com os outros povos, tanto na conquista como naocupação.

Colônias militares (veteranos) – os soldados eram recompensadoscom terras produtivas, após a aposentadoria, e recebiam a cidadaniaromana.

Colônias civis – instaladas após a retirado do povo vencido pararesolver às demandas de terras por parte dos plebeus, garantir aordem, impedir rebeliões e produzir alimentos e outros bens.

Fatores de latinizaçãoAdministração romana – aristocracia romana (uso do latimclássico, sermo urbanus)

“[...] o latim usado pela administração das províncias foi umponderável fator de latinização, já que era veículo de comunicação noscontatos com a população, latina e não-latina, e a língua oficial de todos osdocumentos” (BASSETTO, 2005, p. 107).

Fatores de latinizaçãoObras públicas – estradas, abastecimento de água, teatros,edifícios públicos (fórum, templos, basílicas, monumentos ebibliotecas).

Comércio – a localização geográfica de Roma transformou-a emgrande centro comercial.

A latinização não foi uniforme em todas as partes do Império Romano.

Com o exército, com as colônias civis e militares e aadministração, os romanos espalhavam pelas províncias suacultura, sua língua e seu estilo de vida.

A difusão do latim e a romanizaçãoDireito romano:

Exploravam economicamente a região, mas respeitavam religiãoe permitiam o uso da língua materna em contatos entre si.

A difusão do latim e a romanizaçãoO Direito romano foi um dos maiores agentes da romanização ao conceder acidadania romana, por etapas, a todos os habitantes do Império. O Título de“cidadão romano” conferia, juridicamente, vários direitos distintos:

- Possuir e transmitir propriedade;

- Proceder a uma ação judicial;

- Contrair matrimônio legítimo;

- Participar do sacerdócio;

- Direito de voto nas assembleias;

- Ser elegível para as magistraturas (e para o Senado).

A fragmentação do ImpérioCAUSAS INTERNAS

Despovoamento do Império – guerras civis, invasões bárbaras ea peste

Empobrecimento e Impostos – população descontente ecorrupção generalizada

Decadência militar – privilégios exagerados, morte, soldadosbárbaros (“invasões pacíficas”).

A fragmentação do ImpérioCAUSAS EXTERNAS: AS INVASÕES

“Invasões pacíficas” – presença, sobretudo de germanos, noexército e nas colônias

Final do séc. IV – início das grandes invasões (Vândalos, Godos,Francos, Lombardos, Alamanos, Eslavos, Árabes etc.)

Decadência do Império RomanoA partir do século II d.C., com Trajano.

Descentralização progressiva provocada pela própria extensãodo Império e agravada por uma política inconsequente.

Habitantes de regiões mais afastadas predominaram noexército e na administração.

Decadência do Império Romano Século V, a presença de populações bárbaras no Império eramais maciça.

Durante uma incursão dos visigodos pela Itália, foi deposto oimperador Rômulo Augústulo (476), fato que os historiadoresutilizam como marco cronológico do fim do Império Romano.

Decadência do Império RomanoRazões para a perda:

Romanização superficial – Caledônia, Germânia, parte dos paísesdanubianos e regiões montanhosas da Europa continental emediterrânea.

Superioridade cultural dos vencidos – Grécia e Mediterrâneooriental

Superposição maciça de populações não-romanas – Áfricamediterrânea.

Decadência do Império RomanoRazões para ganho:

Movimentos colonialistas iniciados com as grandes navegações;

Movimentos de propagação do catolicismo.

As Línguas Românicas surgem e se desenvolvem nasprovíncias em que a latinização lançou raízes mais profundas eresistentes a mudanças políticas e sociais, bem como aintermináveis guerras e invasões (BASSETTO, 2005, p. 152).

Questões norteadoras:01. Por que o latim vulgar foi preponderante no processo de difusão efixação do latim nas províncias?

02. Em que consistiu a Latinização?

03. Quais foram os principais fatores que favoreceram o processo deassimilação cultural e linguística dos povos conquistados?

04. Por que o Império Romano deixou de ser uma sólida unidade política e,consequentemente, o latim não conseguiu manter-se como língua falada emtodo o Império?

PARA O DIA 21/06