Prof. Márcio [email protected] ORIENTE MÉDIO –Oriente Médio.
Oriente médio com primavera
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ORIENTE MÉDIOAspectos humanos
Bruno Rangel
Localização
Diversidade étnica
Línguas principais:
Árabe Clássica (padrão)
Árabe Dialetal (regional)
Persa
Turco
+ Hebraico, Pachto, Curda, etc.
Densidade demográfica:
Áreas úmidas
Densidade demográfica:
Áreas úmidas
Grandes cidades:
Istambul (Turquia): 8,7
Teerã (Irã): 7,0
Ancara (Turquia): 3,5
Bagdá (Iraque): 4,5
URBANIZAÇÃO
Grandes cidades:
Istambul (Turquia): 8,7
Teerã (Irã): 7,0
Ancara (Turquia): 3,5
Bagdá (Iraque): 4,5
URBANIZAÇÃO
O Islã
• Religião monoteísta que mais cresce no Planeta;
Breve cronologia:• 570: nascimento de Maomé.• 610: Maomé tem a primeira visão do arcanjo Gabriel.• 622: Hégira - início do calendário muçulmano.• 630: Maomé destrói os ídolos da Caaba; nascimento do Islão.• 632: Ascenção de Maomé aos céus a partir da Cúpula do
Rochedo, em Jerusalém ou, segundo informes da historiografia ocidental, “morte de Maomé em Medina”.
• Saiba muito mais: http://www.culturabrasil.org/alcorao.htm
Os Árabes e o Islã
• Antes de mais nada, vale a regra: “Nem todo muçulmano é árabe, e nem todo árabe é muçulmano”• Ao contrário do que se pode supor, o Islã não é uma
unidade.• Como outras religiões, também o Islamismo possui diferentes
correntes
As 3 grandes divisões do Islã: OS SUNITAS
• Os Sunitas compreendem a maioria do mundo muçulmano, compreendendo algo próximo a 84% do total• Aceitam não apenas o Corão como livro sagrado, mas
também a Sunna
As 3 grandes divisões do Islã: OS XIITAS
• Os Xiitas são o segundo maior ramo do Islã.• Países que tem a maior parte da população Xiita:
• Irã, Azerbaijão e Bahrein
• Os Xiitas consideram apenas o Corão como livro sagrado do Islã.• São considerados apóstatas pelos Sunitas
As 3 grandes divisões do Islã: OS KHARIJITAS
• Os Kharijitas respondem pela menor parte do mundo islâmico.• Defendiam que qualquer homem, mesmo um escravo,
poderia ser um Califa
• Foram bastante populares entre os Beduínos
Domínio do Islã (submissão à Deus)
Cresce na carência de modelos sociais e econômicos e “resistência”.
Maior “fidelidade”!
Cresce na carência de modelos sociais e econômicos e “resistência”.
Maior “fidelidade”!
Pilares:
1 – Oração: 5 vezes ao dia
2 – Afirmação de fé
3 – Caridade (10 %)
4 – Jejum de Ramadã
5 – Peregrinação a Meca
Pilares:
1 – Oração: 5 vezes ao dia
2 – Afirmação de fé
3 – Caridade (10 %)
4 – Jejum de Ramadã
5 – Peregrinação a Meca
Profeta Maomé
(570 – 632 d.C.)
Países teocráticos
Profeta Maomé
(570 – 632 d.C.)
Países teocráticos
Islã x Islã!
Sunitas x Xiitas
Radicais x moderados
Hamas X Al Fatah
Islã x Islã!
Sunitas x Xiitas
Radicais x moderados
Hamas X Al Fatah
Mundo Muçulmano
Fiéis por país:
1º) Indonésia: 200 milhões.
2º) Paquistão: 158 milhões.
3º) Índia: 135 milhões.
4º) Bangladesh: 132 milhões.
5º) Egito: 72 milhões.
6º) Nigéria: 68 milhões.
7º) Turquia: 67 milhões.
8º) Irã: 64 milhões.
Fiéis por país:
1º) Indonésia: 200 milhões.
2º) Paquistão: 158 milhões.
3º) Índia: 135 milhões.
4º) Bangladesh: 132 milhões.
5º) Egito: 72 milhões.
6º) Nigéria: 68 milhões.
7º) Turquia: 67 milhões.
8º) Irã: 64 milhões.
Sunitas: 80%
Crença nos califas (moderados).
Sunitas: 80%
Crença nos califas (moderados).
Xiitas: 20% (Irã e Iraque)
Crença apenas em Maomé (dissidentes).
Xiitas: 20% (Irã e Iraque)
Crença apenas em Maomé (dissidentes).
A Primavera Árabe“Quando a liberdade eclode no espírito de um homem, dez não podem nada contra esse um” (Jean-Paul Sartre, As Moscas)
Por que “primavera”?
• Jornalistas no mundo todo, passaram a designar o movimento de Primavera Árabe, em referência à Primavera dos Povos (1848)• Também o nome primavera
tem sido associado a um “despertar” do mundo árabe para a sua condição social e política atual
Quais as causas?
• Entre as causas da Primavera Árabe podemos citar:• Altos índices de desemprego na região
• Crise econômica
• Pouca ou nenhuma representação política da população• Ditaduras
• Pouca liberdade de expressão
“Na Primavera Árabe, os jovens de classe média e os jovens mais pobres querem viver os gostos da liberdade individual e do consumo do Ocidente. Querem se afirmar como indivíduos. E nisso, as redes sociais fazem o seu
papel. O modo de vida ocidental os atrai como atraiu os dos países comunistas, gerando as revoluções de 1989 que fizeram, no final, desaparecer
a URSS.”
Paulo Ghiraldelli Jr.
Qual o tipo do movimento?
• Se é possível tipificar a Primavera Árabe, podemos situar ela entre os seguintes pontos:• Movimentos de caráter laico (inicialmente)
• Liberalizantes
• Pró-democracia
• Populares
As Redes Sociais na Primavera Árabe...
• Alguns tem se referido à Primavera Árabe como uma “Revolução 2.0”, porque:• Uso de redes sociais na organização dos protestos
• Participação da rede de TV Al Jazeera, na cobertura dos movimentos;
• Uso, pelos regimes em crise, de sistemas de telefonia celular para a delação dos envolvidos nos protestos
Na Líbia, os protestos começaram em fevereiro de 2011. Após reações violentas do governo de Muamar
Kadafi, eclodiu uma guerra civil. Os rebeldes, com a decisão do Conselho
de Segurança da ONU, foram favorecidos pelos bombardeios das
forças da OTAN as tropas e posições de Kadafi. Por fim, em 20 de outubro
de 2011, o ditador foi capturado e morto. Assumiu o governo o Conselho
Nacional de Transição.
O caso líbio é diferente dos outros países que foram varridos pela Primavera Árabe. Além dos anseios legítimos do povo líbio,
também concorreram para a queda de Kadafi os interesses dos Estados Unidos
e da União Européia, especialmente aqueles ligados ao petróleo e a posição
estratégica da Líbia.
Após meses de impasses e conflitos, o
presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, no poder há 33 anos, assinou um acordo e
passou o cargo a seu vice, que irá convocar eleições. O acordo só foi possível com a
pressão, e intervenção, da Arábia Saudita, que fez uso da sua grande influência
financeira e diplomática para tentar deter a Primavera Árabe e marcar posição em
relação ao Irã.
Em 21 de fevereiro de 2012, a população do Iêmen foi convocada às urnas e escolheu o
sucessor de Saleh.
Com o início dos protestos em janeiro de 2011, e seu recrudescimento a partir
de março, o ditador sírio Bashar Assad colocou o
exército para deter o avanço das manifestações, produzindo uma repressão brutal. Por outro lado, ele deu indicativos de aceitar algumas reivindicações da
oposição, como libertar presos políticos e permitir
a criação de novos partidos. Também derrubou a lei de
emergência, que existia há 48 anos, e prometeu
convocar eleições para 2012.
A situação na Síria se apresenta extremamente complexa, não permitindo intervenções militares. O governo sírio
tem na Rússia e no Irã aliados importantes, sendo que a China possui
grandes interesses econômicos no país. Além do mais, o governo sírio deu acolhida as lideranças do Hamas e assume uma posição de defesa do nacionalismo árabe, colocando-se
abertamente contra Israel.
E assim foi...
• Após a Tunísia, foram verificados levantes em:• Argélia (governada até hoje sob estado de Emergência)• Líbia (Ditadura de Muammar Khadafi)• Jordânia• Iêmen (Presidente Saleh é ferido gravemente)• Arábia Saudita• Líbano• Egito (então governado por Hosni Mubarak)• Síria (O governo de Bashar al-Assad promove dura repressão)
• Também houve revoltas na Palestina, Omã, Mauritânia, Marrocos, Djibuti, Barein, Iraque e Kuwait
O Mapa da Primavera
RevoluçãoMudanças no governoConflito armadoGrandes protestosPequenos protestos
A ideologia ba`ath (ressurreição)
Baathismo: A ideologia Ba'ath ou Baath é uma tentativa de adaptação do socialismo aos preceitos islâmicos e ao contexto das sociedades árabes.
Base ideológica: O Pan-arabismo - Os baathistas são defensores do
secularismo (que é não interferencia de instituições religiosas na política), da modernização industrial e de políticas de bem-estar social com intervenção estatal na economia, principalmente no setor de petróleo. Os Baath, desta maneira, são adversários ferozes tanto dos liberais pró-Ocidentais quanto dos fundamentalistas (como a Al Qaeda e o Hizbolá).