Orientacoes Pedagogicas Da Int Da Ep Com o Em e a Eja
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ORIENTAES PEDAGGICAS DAINTEGRAO DA EDUCAO PROFISSIONAL
COM O ENSINO MDIO E A EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS
2014
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Governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz
Vice-Governador do Distrito Federal Tadeu Filippelli
Secretrio de Estado de Educao Marcelo Aguiar
Secretrio-Adjunto de Estado de Educao Jacy Braga Rodrigues
Subsecretria de Educao Bsica Edileuza Fernandes da Silva
Coordenadora da Educao Profissional Mrcia Castilho de Sales
Coordenadora de Educao de Jovens e Adultos Leila Maria de Jesus Oliveira
Coordenadora do Ensino Mdio Cristhian Spindola Ferreira
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Sumrio
INTRODUO .....................................................................
1. CONTEXTO HISTRICO ..................................................
2. FUNDAMENTAO LEGAL .............................................
3. OBJETIVOS DA INTEGRAO NAS MODALIDADES ........
4. NATUREZA E PERFIL DAS MODALIDADES .........................
4.1 Ensino Mdio Integrado .............................................
4.2 A Educao Profissional Integrada Educao de Jovens e Adultos ............................................................
5. DADOS DA OFERTA ........................................................
5.1 Educao Profissional ................................................
5.2 Educao de Jovens e Adultos .................................
5.3 Ensino Mdio ...........................................................
6. REFERENCIAL TERICO ................................................
7. PROPOSTA PEDAGGICA ...............................................
7.1 Princpios Norteadores para Integrao ........................
Eixosestruturanteseintegradorescomoalternativaparaaconcretizaodeumcurrculoreflexivo...........
Trabalhointerdisciplinar...........................................
Trabalhoemrede.....................................................
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Conhecimentotrabalhadodeformaintegral.............
Criaodeprojetosintegradosparainterveno.....
Pesquisacomopromotoradeconhecimento............
Trabalhocomoprincpioeducativo..............................
7.2 Estrutura Curricular para Integrao da Educao Profissional no Ensino Mdio ..........................................
7.3 Estrutura curricular para integrao da Educao Profissional na EJA .........................................................
7.4Abordagensmetodolgicas......................................
7.5 Orientaes para a integrao nos cursos integrados ouconcomitantes...........................................................
8. AVALIAO DAS APRENDIZAGENS ...............................
REFERNCIAS .....................................................................
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INTRODUO
Segundo o marco normativo brasileiro, princpio efinalidade da educao a formao de cidados. Tanto aConstituio Federal como a Lei de Diretrizes e Bases daEducaoLDB9.394/96estabelecemqueaeducao,deverdafamliaedoEstado,inspiradanosprincpiosdeliberdadeenosideaisdesolidariedadehumana,temporfinalidadeoplenodesenvolvimentodoeducando,seupreparoparaoexercciodacidadaniaesuaqualificaoparaotrabalho.
Ocidadoplenoaquelequeconsegueexercer,deformaintegral, os direitos inerentes sua condio. A cidadaniaplenapassaaser,dessemodo,umpontoderefernciaparaapermanentemobilizaodossujeitossociais.
Pensar sobre o papel que a educao cumpre naatualidade requer pensar sua funo social, sua organizaoeoenvolvimentodossujeitos.Requer,sobretudo,pensarnasrealidadesquevivemeconvivemnoespaoescolar,considerandoqueasdesigualdadeseinjustiassociaisexpemosequvocosdeummodelodedesenvolvimentoeconmicoesocialquevisaapenasaolucroimediatodeumaminoria(GADOTTI,2000)etransformaasrelaeshumanasemrelaesdemercado.
O grande desafio da educao contempornea transformar a sociedade, conduzindoo processo de transiopara uma humanidade sustentvel. Essa construo s setornapossvelpormeiodeumapedagogiaquesepreenchadesentido,comoprojetoalternativoglobal,emqueapreocupaonosejacentradanapreservaodanaturezaounoimpactodaintervenohumanasobreosambientesnaturais,masemum novo modelo de civilizao sustentvel, implicando umamudanaradicalnasestruturaseconmicas,sociaiseculturaisvigentes. Essa mudana est ligada a um projeto utpico:mudar as relaes humanas, sociais e ambientais que temoshoje(BENFICA,2011),emproldafelicidadereal,interna,que
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dependedoexercciodaalteridadee,portanto,dasolidariedadecomo prtica democrtica. A construo de outra sociedadedeveserametaprimordialdaeducaoformal,poistranscendeosmurosdaescola.
Formalmente, a escola o espao determinante paraconcretizar a ao educativa. A escola serve tanto para reproduzir aordemsocialcomoparatransform-la,sejaintencionalmenteou no. Alm disso, a escola o espao de socializao decrianas, jovens, adolescentes, adultos e idosos, bem comoespao de difuso sociocultural; e tambm um espao noqualossujeitospodemseapropriardoconhecimentoproduzidohistoricamentee,pormeiodessaapropriaoedaanlisedomundoqueocerca,emumprocessodialticodeaoereflexosobreoconhecimento,manteroutransformarasuarealidade.
A escola uma instituio social que pode ocasionarmudanasdiantedaslutasnelatravadas,pormeiodesuaprticanocampodoconhecimento,dasatitudesedosvalores,dearticularedesarticularinteresses(FRIGOTTO,1999).Poressarazo,nose deve perder de vista a ideia de que as aes pedaggicasrefletemasconcepes,estejamelasexplcitasouno.
O papel da educao no espao escolar requer aobservaosobreasdisputasideolgicasalipresentes.Asaes,democrticasouautoritrias,revelamaformaooferecida.Porisso,precisoquestionarsobreaescolaquetemoseaescolaquequeremosconstruireissoimplicaproblematizarasaes,articularossegmentosquedesempenhamsuasfunese,comopropostopelaGestoDemocrtica,Lei4.751/2012,favorecerasinstnciascoletivasdeparticipao.
Dessa forma, proporcionar umaeducaoque contribuaparaodesenvolvimentodopensamentocrtico,queproblematizea realidade e a comunidade, que reconhea o territrio deinflunciadaescolanodesempenhodesuafunodeformadorade sujeitos histricos o caminho para fazer com que sejatransformadoradarealidade.
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ASEEDFentendequeaeducaodeveserreferenciadapelaformaointegraldoserhumano,ouseja,contemplarasdiversasdimenses que formam o humano, no apenas os aspectoscognitivos.Deve reconhecerque, como sujeitosdedireitosedeveres,imprescindvelqueseoportunizeaosestudantesodespertardeoutrasdimenses,entreelas:atica,aartstica,afsica,aestticaesuasinter-relaescomaconstruosocial,mental,ambientaleintegraldodesenvolvimentohumano.
Por essa razo, o processo educativo deve se pautarna realidade, entendida como algo no acabado e sobre aqual podemos intervir. Essa interveno deve caminhar pelaintegraoentreaescolaesuacomunidade,naperspectivadecompreensodareadeabrangnciaprximacomoterritrioque intervmna formaodos sujeitos, proporcionandoumaeducao que extrapola a mera aprendizagem cognitiva eobservaaintegralidadehumana.
Na perspectiva do homem como ser multidimensional, aeducaodeveresponderaumamultiplicidadedeexignciasdoprprioindivduoedocontextoemquevive.Assim,aeducaodeveterobjetivosvoltadosconstruoderelaesquefavoreamoaperfeioamentohumano.[...]Aeducao,comoconstituintedoprocessodehumanizao,queseexpressapormeiodemediaes,assumepapelcentralnaorganizaodaconvivnciadohumanoemsuasrelaeseinteraes,matriaprimadaconstituiodavidapessoalesocial(GUAR,2006,p.16).
A educao deve reconhecer, assim, a necessidade deumaarticulaointersetorialentreaEscola,acomunidade,osmovimentossociais,osistemaprodutivolocal,asassociaes,os clubes e o poder pblico, pelo reconhecimento de queeducao acontece em diferentes esferas, tempos e espaosparaconstruodeumprojetoquetenhaa justiasocialeajustiaambientalcomoreferncias.
Nessesentido,osdesafiosparaoEnsinoMdiosograndes.Olharparaquestesinquietanteseinstigantescomo:aevaso;
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a repetncia; o abandono; os desencantos; os indicadoresinternos;asavaliaesexternas;eadiversidadedeinteressesdosestudantesdessaEtapaprovoca-nosparaaconstruodenovaspropostas,considerandoassuasparticularidades.
O Ensino Mdio edifica-se a partir de dois grandescompromissossociais:apreparaoparaomundodotrabalhoe a possibilidade de prosseguimento dos estudos. O EnsinoMdio integrado Educao Profissional surge para oferecer ao estudante a possibilidade de cursar, de forma articulada,nonvelmdio, a formaopropedutica e a educaoparao mundo do trabalho. O intuito que o estudante possafazer, simultaneamente, o EnsinoMdio e um curso tcnico,recebendo,aofinal,duashabilitaes.
DevidodiversidadedosjovensquefrequentamaEscolapblica, o EnsinoMdio Integrado no poder seguir apenasum modelo. Ter que atender aos estudantes em situaode vulnerabilidade social, que precisam trabalhar, aomesmotempoemqueestoregularmentematriculadosefrequentandooEnsinoMdio.Emgeral,nopodemabrirmodostrsanosdecurso,poisprecisamdaformaotcnica,aocompletaremamaioridade.
O Ensino Mdio Integrado dever se fundamentar noprincpiodaformaopolitcnicaedaescolaunitria,ouseja,aarticulaodaformaogeraletcnicaeocompromissocomaqualidadedaformaodossereshumanosemsuasmltiplasdimenses,visandoemancipaosocialdosestudantes.
ALDBamparaessaconcepoquandoexplicitaque,emrelaoaosconhecimentosadquiridosnoEnsinoFundamental,sua consolidao e seu aprofundamento dar-se-ono EnsinoMdio, que deve possibilitar ao estudante o prosseguimentode seus estudos; a preparao bsica para o trabalho epara a cidadania; o aprimoramento como pessoa humana(formaotica, desenvolvimentodaautonomia intelectual edo pensamento crtico); e a compreenso dos fundamentos
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cientfico-tecnolgicosdosprocessosprodutivos,paraquepossarelacionar a teoria prtica.
Dessa forma, necessrio desenvolver os atributosintelectuaisdosnossosestudantesparaquesaibamlidarcoma complexidade domundodo trabalho e, aomesmo tempo,prosseguir estudos.
NoDF, a configurao do EnsinoMdio dever garantirum ensino verdadeiramente integrado, com um curso nico,comumProjetoPoltico-PedaggicoeCurrculonicos comopossibilidadedeumaintegraoreal,emqueoscontedoseasprticassejamarticuladosrespeitadaaespecificidadedecadacurso tcnico.
ParaqualificarcadavezmaisoEnsinoMdio,apesquisaserumdoseixosquedeverfazerpartedocotidianoescolar,tantonaprticadocente,ampliandooconceitofreireanodeprofessorpesquisador,quantonarotinadosestudantes,proporcionando-lhesumanovaformadeolharosacontecimentossuavolta,desenvolvendoacapacidadedeopinar,depensaredeusufruirnovosconhecimentos.
Oacessostecnologiasdigitaiseaformaodosestudantesem torno dessas tecnologias so fundamentais e devem serdesenvolvidos,deacordocomasDiretrizesCurricularesNacionaisdoEnsinoMdio (2012),apartirdasdimensesda formaohumana:trabalho,cincia,tecnologiaecultura.
Os letramentos cientficos assumem uma dimensoextremamente importante na formao dos estudantes, poisfavorecemoempoderamentodessesadolescentesejovens,naperspectivadeumaparticipaoativa,consistenteeconsequentenasociedadedoconhecimento,caracterizadapelacirculaode um grande e diversificado volume de informaes queproporcionammaiorgraudeautonomiaeampliamascondiespara o exerccio da cidadania e, consequentemente, para odesenvolvimentodanao.
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Semelhantemente,naEducaodeJovenseAdultos(EJA),adimensodotrabalhoadquireumaimportnciacentral,emvirtudedascondiesscio-econmicasdossujeitosatendidosporessamodalidade.Emgeral, trata-sede jovens,adultoseidososque,pormotivosvariados,nuncativeramacessoescola,ou tiveram que interromper sua vida escolar para trabalharoucuidarda famlia,ouaindacarregamconsigoumpassadomarcado por sucessivos fracassos escolares, que culminaramnumaexacerbadadefasagemidade-srie.
Almdisso,importanteconsiderarquepartesignificativadessessujeitosestoinseridosnomercadodetrabalho,formalou informal, ou encontram-se desempregados. No entanto,a empregabilidade e a busca pela incluso scio-profissionalso traosmarcantesdessessujeitos.Daa relevnciadeumprojeto educacional que assegure no somente o direito dojovem,adultoeidosoeducaobsica,masquecontemple,namedidadopossvel,adimensodaqualificaoprofissional.
Nesse sentido, encontramos no Programa Nacional deIntegrao da Educao Profissional com a Educao Bsicana Modalidade de Educao de Jovens e Adultos (PROEJA)uma oportunidade mpar para a consecuo de um projetoeducacionalcomgrandepotencialdecumprirtaisdesgnios.
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1 CONTEXTO HISTRICO
Historicamente,emfunodomodelodedesenvolvimentoeconmicoadotadonopas,aEducaoBsicaeaEducaoProfissional so marcadas pela dualidade, separando otrabalhomanualdointelectual.Nessaperspectiva,aEducaoProfissionalfoiseajustandosnecessidadesdereorganizaoparaoatendimentolgicadomercadodetrabalho,bemcomoaossetoreseducacionaisvinculadosaombitodossindicatosepesquisadoresdaesferadotrabalhoedaeducao.
Em2004, a discusso da educao politcnica retorna,garantindo ao estudante a formao profissional a partir dos18 anos oumais de idade, com a oferta de uma educaouniversal e unitria, superando a dimenso dominante datcnica na formao. A partir dessas definies, ressurge oentendimentodanecessidadedeseoferecerumEnsinoMdiointegral,ouseja,capazdereunirosconhecimentosacumuladoshistoricamentepelacinciaeaformaoprofissional.Assim,oDecreton5.154/2004 temomritodeoferecernovamentea integrao no Ensino Mdio com a formao profissional,squeagoraemumaperspectivadiferente,poisaeducaodeve ser vanguarda das inovaes para atender aos desafios apresentadospelacontemporaneidade.
ProcurandoanalisarocontextoatualdoEnsinoMdio,observa-se que os nmeros sobre o seu desempenho soalarmantes:
Em 2008, dados do Instituto Nacional de Estudose Pesquisas Educacionais (INEP) indicavam quepoucomaisde51%dapopulaoentre15a17anosencontrava-sematriculadanoEnsinoMdio.
Em2009,segundoaPNAD,nafaixade18anos,idadeem que j deveriam ter concludo o Ensino Mdio,somente 37% dos estudantes conseguiu completaresta etapa.
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De acordo com estudo da Fundao Getlio Vargas(FGV) Os Determinantes do Fluxo Escolar entre oEnsinoFundamentaleoEnsinoMdionoBrasil(2010),mostramque70%dosjovensmatriculadosnoEnsinoMdioprovmdefamliascomrendafamiliarpercapitaatumsalriomnimo.
Emtermosdeprogresso,oestudodaFGVindicaque:
83%dosjovensconcluintesdoEnsinoFundamentalsematriculamnoprimeiroanodoEnsinoMdionaidadeconsideradacorretaouadequada.
65%nosegundoano.
55%noterceiroano.Osdemaisofazemcomdistoroidade srie.
Osnmerosdo ndicedeDesenvolvimentodaEducaoBsica(IDEB)doEnsinoMdiosoelucidativos:
Quadro1:IDEBdoEnsinoMdiodoBrasil
Pas IDEBObservado MetasProjetadas
Brasil 2005 2007 2009 2011 2007 2009 20113.4 3.5 3.6 3.7 3.4 3.5 3.7
Fonte:Inep,2011
No Distrito Federal o IDEB do Ensino Mdio aponta para a necessidade de efetivao de polticas educacionais voltadas paraestaetapa,poisametade2011nofoialcanadapelosistema,deacordocomoQuadroabaixo.
Quadro2:IDEBdoEnsinoMdiodoDF
Estado IDEBObservado MetasProjetadasDistrito Federal
2005 2007 2009 2011 2007 2009 20113.0 3.2 3.2 3.1 3.0 3.1 3.3
Fonte:Inep,2011
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A falta de sentido/identidade do Ensino Mdio se encontra tantona sua concepoquantona ausncia de investimentopblico, repercutindo na qualidade e aumentando assim, onmerodeadolescentesexcludosnafaixaetriadenominadadeprpriaouregular(dentrodafaixaetriadoestudante).Essaformaoirregularnocontribuiefetivamenteparaoingressodignonomundodotrabalhoenem,paraoprosseguimentodosestudos na educao superior.
AResoluoCNE/CEB2/2012,noArt.4,consideracomoumadasfinalidadesdoEnsinoMdioapreparaobsicaparaotrabalhoeacidadaniadoeducandoparacontinuaraprendendo,demodoasercapazdeseadaptaranovascondiesdeocupaoou aperfeioamento posteriores. Assim, no Ensino Mdio,a Educao Profissional pode ser articulada com a EducaoBsica, na forma integrada ou concomitante - numamesmainstituio-enaformasubsequente,atendendoacontingnciademilharesdejovensquetmoacessoaotrabalhocomoumaperspectivamaisimediata.
A ideia fomentar uma Educao Bsica realizada emtempomaisprolongadoassociadapropostadeumaEducaoProfissionalmaisabrangentee,que,ultrapasseoadestramentonastcnicasdetrabalho,numapropostacurricular,emquepeseodesenvolvimentodecompetnciascientificaseprofissionais,queatendamaonovoperfilprodutivoetecnolgico.
ALeideDiretrizeseBasesdaEducaoNacional,de1996,afirmaopropsitodeestenderaopoderpblico,aobrigatoriedadedeofertadeEnsinoMdio,naqualidadedeumdireitodocidado.Nosartigos39a42,aEducaoProfissionalconcebidacomo[...]integradasdiferentesformasdeeducao,aotrabalho, cincia e tecnologia [...], demodo a conduzir [...] aopermanentedesenvolvimentoparaavidaprodutiva (BRASIL,1996),ouseja,noqueserefereorganizaocurricular,aLDBtraa diretrizes para que as ofertas educacionais estejamemconsonnciacomomundodotrabalho.
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A preparao do jovem para omundo do trabalho deformasimultneacomaEducaoBsicaatendeaumpblicoespecfico que almeja a profissionalizao, seja para seuexerccio,sejaparaconexoverticalemestudosposterioresdenvelsuperior.OEnsinoMdioIntegrado(EMI)temcompromissocomosjovensqueprecisamobteremnvelmdioumaprofissoqualificada.
A educao de jovens e adultos (EJA) no Brasil, comomodalidadedeensino:fundamentalemdiotemsidomarcadapela descontinuidade das polticas pblicas, o que dificulta oatendimentodemandapotencialeocumprimentododireito,nostermosestabelecidospelaConstituioFederalde1988.Noentanto,aspolticasdeEJAnecessitamacompanharoavanodaspolticaspblicaseducacionaisquevmalargandoaofertade matrculas para o Ensino Fundamental, universalizando oacessoaessaetapadeensinoou,ainda,ampliandoaofertanoEnsinoMdio,nohorizonteprescritopelaCartaMagna.
AslutassociaistmimpulsionadooEstadoarealizar,naprtica, as conquistas constitucionais do direito educao,processualmente instaurando a dimenso de perenidadenas polticas, em lugar de ofertas efmeras, traduzidas porprogramas e projetos. Essa dimenso de perenidade para odireito educao implica sistematicidade de financiamento,previsooramentriacomprojeodecrescimentodaofertaem relao demanda potencial, e continuidade das aespolticas,paraalmdaalternnciadosgovernos,entreoutrosaspectos.
Entretanto, a cada dia aumenta a demanda socialpor polticas pblicas nessa esfera. Tais polticas devempautar o desenvolvimento de aes baseadas em princpiosepistemolgicos, que resultem em um corpo terico bemestabelecido,equerespeiteasdimensessociais,econmicas,culturais,cognitivaseafetivasdojovemedoadultoemsituaodeaprendizagemescolar.
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UmagravantenasituaobrasileiradizrespeitopresenafortedejovensnaEJA,emgrandepartedevidoaproblemasdenopermannciaeinsucessonofluxonaturaldeescolarizao.Almdisso,asociedadebrasileiraaindanoconseguiureduzirasdesigualdadessocioeconmicaseasfamliassoobrigadasa buscar no trabalho dos estudantes uma alternativa para acomposioderendamnima,reduzindoseutemponaescola.Assim,maistardeessesjovensretornam,viaEJA,convictosdafaltaquefazaescolaridadeemsuasvidas,acreditandoqueanegativaempostosdetrabalhoelugaresdeempregoseassociaexclusivamente baixa escolaridade, desobrigando o sistemacapitalistadaresponsabilidadequelhecabepelodesempregoestrutural.
ApesardeasquestesdaEJAnoestaremcompletamenteresolvidas no nvel de Ensino Fundamental, entende-se serimpossvel ficar imvel diante de algumas constataes quevmsendoapontadasnombitodaRedeFederaldeEducaoProfissionaleTecnolgicacomo,porexemplo,abaixaexpectativadeinclusodejovensdeclassespopularesentreosatendidospelo sistema pblico de Educao Profissional. , portanto,fundamental que uma poltica pblica voltada para a EJAcontempleaelevaodaescolaridadecomprofissionalizao,no sentido de contribuir para a integrao sociolaboral dessegrande contingente de cidados cerceados do direito de concluir aEducaoBsicaedeteracessoaumaformaoprofissionaldequalidade.
Originrio do Decreto n. 5.478, de 24/06/2005, edenominado inicialmente como Programa de Integrao daEducao Profissional ao Ensino Mdio na Modalidade Educao deJovenseAdultos,oPROEJAexpsadecisogovernamentalde atender demanda de jovens e adultos pela oferta deEducaoProfissionalTcnicadenvelmdio,daqual,emgeral,so excludos, bem como, em muitas situaes, do prprioEnsino Mdio.
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Oprogramateve,inicialmente,comobasedeaoaRedeFederaldeEducaoProfissionaleTecnolgica.Anteriormenteao Decreto n 5.478/2005, algumas instituies da Redej desenvolviam experincias de Educao Profissional comjovens e adultos, de modo que, juntamente com outrosprofissionais, a prpria Rede, instituies parceiras, gestoreseducacionaiseestudiososdostemasabrangidospeloDecretopassaramaquestionaroprograma,propondosuaampliaoemtermosde abrangncia e aprofundamento em seus princpiosepistemolgicos.
Assim,essasexperincias,emdilogocomospressupostosreferenciais do programa, indicam a necessidade de ampliarseus limites, tendo como horizonte a universalizao daEducaoBsica,aliadaformaoparaomundodotrabalho,comacolhimentoespecficoajovenseadultoscomtrajetriasescolares descontnuas.
Emrespostaaalgunsdessesquestionamentos,arevogaodoDecreto n 5.478/2005, pela promulgao doDecreto n5.840, de 13 de julho de 2006, trouxe diversas mudanaspara oPrograma, entre elas a ampliaoda abrangncia, noque concerne ao nvel de ensino, pela incluso do EnsinoFundamental,e,emrelaoorigemdasinstituiesquepodemserproponentes,pelaadmissodossistemasdeensinoestaduaisemunicipaiseentidadesprivadasnacionaisdeserviosocial,aprendizagemeformaoprofissional,passandoadenominaoparaProgramaNacionaldeIntegraodaEducaoProfissionalcomaEducaoBsicanaModalidadedeEducaodeJovense Adultos.
No Art. 40 da LDB, a Educao Profissional deve serdesenvolvida em articulao com o ensino regular, tantooferecendoformaoaosjovensemidadeprpria,comodeveserorganizadoparaosjovenseadultos,oferecendoapreparaogeralparaotrabalho.AsDiretrizesCurricularesNacionais(2012)expressamessasaproximaes.
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2 FUNDAMENTAO LEGAL
AconstituioFederalde1988deueducaobrasileiraumcarteruniversalistaaoestabeleceraEducaodoEstadoedasociedadecomodireitodetodos,enointuitodeatingirametapropostareforanoartigo208docapituloIII:OdeverdoEstadocomaEducaoserefetivadomedianteagarantiade:[...]IV-Ofertadeensinonoturnoregularadequadascondiesdoeducando.
A Emenda Constitucional 59/2009 tornou a EducaoBsica obrigatria e gratuita dos 4 aos 17 anos, asseguradainclusivesuaofertagratuitaparatodososqueaelanotiveramacessona idadeprpria, exigindodoEstadoeda sociedadecompromisso com a universalizao do EnsinoMdio, ultimaetapa da Educao Bsica.
PorLei,aEducaoProfissionaltcnicadenvelmdioumaalternativaaseroferecida,desdequesejaacompanhadadaformaogeraldoeducandoouposterioraela.DentreasformasdeofertadaEducaoProfissionaltcnica,AFormaoIntegrada prevista como uma alternativa formaoconcomitantedentrodoprpriocurrculoesubsequente(talcomooensinotcnico).Emseultimosentidoenasnormasestabelecidas pela legislao educacional, a Integrao formalmentecaracterizadaporumamatrculanicanoEnsinoMdioenahabilitaoprofissional.Paraalmdoformal,comoafirmaoParecerCNE/CEBn39/2004, importantedeixarclaroque,naadoodaformaintegrada,oestabelecimentodeensinonoestarofertandodoiscursossuaclientela.Trata-sedeumnicocurso,comprojetopedaggiconico,compropostacurricularnicaecommatrculanica.
Nesse contexto, a SEEDF que tem como centralidade aaprendizagemeaformaodepessoascomprometidasetratadascomosujeitosdasrelaesproduzidasnoespaoinstitucional,adotou polticaseprogramasquevisam formao integral
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humana,articuladaaoambientesocialdetodososenvolvidosem educao e daqueles que se beneficiam dela (DiretrizesPedaggicas SEEDF 2009/2013) e iniciou um processo dereestruturao curricular do Ensino Mdio.
AResoluoCNE/CEB2/2012,noArt.4,consideracomoumadasfinalidadesdoEnsinoMdioapreparaobsicaparaotrabalhoeacidadaniadoeducandoparacontinuaraprendendo,de modo a ser capaz de se adaptar a novas condies deocupao ou aperfeioamento posteriores. Assim, no EnsinoMdio,aprofissionalizaopodeserarticuladacomaEducaoBsica, na forma integrada ou concomitante - numamesmainstituio-enaformasubsequente,atendendoacontingnciade milhares de jovens que tm o acesso ao trabalho comoumaperspectivamaisimediata.ApreparaodojovemparaomundodotrabalhodeformasimultneacomaEducaoBsicaatendeaumpblicoespecficoquedesejaaprofissionalizao,sejaparaseuexerccio,sejaparaconexoverticalemestudosposterioresdenvel superior.OEnsinoMdio Integrado (EMI)tem compromisso comos jovens trabalhadores queprecisamobteremnvelmdioumaprofissoqualificada.
OParecerdoCNE,emconsonnciacomaLDB,garanteaautonomiadaescolanadefiniodesuapropostacurriculareapossibilidadedeoutraorganizaoquenoaorganizaodisciplinar do currculo, estimulando essa possibilidade comonosmostraacitaoaseguir:
Necessrio romper, ainda, com a concepo dequeocurrculocompostoapenaspordisciplinas,deixando de acolher aes, situaes e temposdiversos,bemcomoespaosintraeextraescolarespara realizao, entre outras possibilidades, deestudos e atividades no disciplinares, inclusivedelivreopo;deformaodeagrupamentospornecessidades e ou interesses de alunos de classes e anos diversos; de realizao de pesquisas eprojetos,eatividadesinteretransdisciplinaresquepossibilitem iniciativa,autonomia e protagonismosocial(CNE,2009).
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ODecreto5.840/2006(BRASIL,2006)estabeleceunombitofederaloProgramaNacionaldeIntegraodaEducaoProfissional Educao Bsica na Modalidade de Educao de Jovens e Adultos PROEJAesituanessemesmodecretoassuasdiretrizes.
O Programa Nacional de Integrao da EducaoProfissionalcomaEducaoBsicanaModalidadede Educao de Jovens e Adultos (PROEJA),institudopeloDecreton5.840/2006, concretizaaaproximaoentreaEJAEnsinoMdioeaEducao Profissional. A proposta pedaggicado PROEJA alia direitos fundamentais de jovense adultos, educao e trabalho. tambmfundamentadanoconceitodeeducaocontinuada,navalorizaodasexperinciasdo indivduoenaformaodequalidadepressupostanosmarcosdaeducaointegral(BRASIL,2013,p.159).
Esse Programa prope a partir desse Decreto e dosDocumentos Base, a integrao entre formao geral eprofissional na modalidade EJA e assume a forma integradacomoumadaspossibilidadesdearticulao.
A Resoluo CNE/CEB n 3/2010 instituem DiretrizesOperacionaisparaaEducaodeJovenseAdultos (EJA)nosaspectos relativosduraodoscursose idademnimaparaingressonos cursosdeEJA; idademnimae certificaonosexamesdeEJA;eEducaodeJovenseAdultosdesenvolvidapor meio da Educao a Distancia. Ela legisla sobre osprocedimentos legais para os cursos implantados na EJA namodalidadeadistncia.
A expanso da oferta de formao profissional procurase adequar aos diversos pblicos atendidos e a educao adistnciaseapresentacomoalternativaparaoferecerquelesquenopodemdesenvolverformaopresencial,aqualificaoprofissional,oferecidaatualmentenoProgramae-TecBrasil.
As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Mdio (2012)apontamqueodesenvolvimentocurriculardasunidadesescolaresdeEnsinoMdiodeveintegraradimensotrabalho,cincia,tecnologiaecultura.
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Sendootrabalhoumelementoprimordialnaorganizaode vida e de tempos do sujeito da EJA, essa dimensoadquirecomnaturalidadeumlugarprivilegiadonaarticulaoda proposta pedaggica damodalidade. Alm domais, essaperspectiva sustentada pelo potencial de articulao do trabalhocomasdemaisdimenses,hajavistaocartertcnico-cientfico-tecnolgico e cultural do mesmo. Nesse sentido,vemosnotrabalhoumelementoorientadordaaopedaggicaenvolvendoosdocentesediscentesdaEJA.Essasdimensesseromaisbemexplicitadasnoitem7.2.
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3 OBJETIVOS DA INTEGRAO NAS MODALIDADES
O Currculo em Movimento da Secretaria de Educaodo DF est fundado na perspectiva da formao integral doestudante.Esteconsideraqueacontinuidadedeestudoseapreparaoparaavida,oexercciodacidadaniaeotrabalhosodemandasdosJovensefinalidadedoEnsinoMdio.
Assim,esteProjetotemcomoperspectivacomum,reduziradistnciaentreasatividadesescolares,otrabalhoedemaisprticas sociais. Tem tambm, uma base unitria sobre asquais se assentamdiversas possibilidades: no trabalho, comopreparao geral ou formao para profisses tcnicas; nacinciaenatecnologia,comoiniciaocientficaetecnolgica;nacultura,comoampliaodaformaocultural.OsobjetivosdesteProjetoso:
Preparar o estudante para o exerccio das profissestcnicas,visandosuaformaointegral.
Ofertar a Educao Profissional Tcnica Integrada ao EnsinoMdio namodalidade regular e de Jovense Adultos do Distrito Federal. Educao nas formasintegrada,concomitanteesubseqente.
Subsidiar a elaborao do Projeto Unificado para aofertaconcomitantedeEducaoProfissionalTcnicaeEnsinoMdio,namodalidaderegularedeJovenseAdultos do Distrito Federal.
Integrar educao, trabalho, cincia, tecnologia eculturacomobasedapropostapoltico-pedaggicaedodesenvolvimentocurricular.
Integrar conhecimentos gerais e profissionais, naperspectiva da articulao entre saberes especficos,tendo a pesquisa como eixo nuclear da prticapedaggica.
Promover a autonomia da instituio educacional naconcepo,elaborao,execuo,avaliaoe revisodo seu projeto poltico-pedaggico, construdo comoinstrumentodetrabalhodacomunidadeeducacional.
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Respeitar os valores estticos, polticos e ticos, naperspectiva do desenvolvimento para a vida social eprodutiva.
Permitir a flexibilidade na construo de itinerriosformativos diversificados e atualizados, segundointeressesdossujeitosepossibilidadesdasinstituieseducacionais, nos termos dos respectivos projetospoltico-pedaggicos.
Promoveracontextualizaoqueassegureestratgiasfavorveiscompreensodesignificadoseintegremateoriavivnciadaprticaprofissional.
Verificar a identidade dos perfis profissionais de concluso de curso, que contemplem competnciasprofissionais,paraodesempenhoeficiente,eficazederelevnciasocial,deatividadesrequeridaspelanaturezadotrabalho,pelodesenvolvimentotecnolgicoepelasdemandas scio-econmico-ambientais, conformandootcnicoaserformado.
Fortalecer o regime de colaborao, incluindo osarranjos de desenvolvimento da educao, visandoalavancar os indicadores educacionais dos territriosondeoscursoseprogramasforemrealizados.
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4 NATUREZA E PERFIL DAS MODALIDADES
A integrao da Educao Profissional no Ensino Mdio e na Educao de Jovens e Adultos exige uma ampliao ereorganizaodotrabalhopedaggicodainstituioescolar.
4.1 Ensino Mdio Integrado
UmadasformasdeconstruirumsentidonoEnsinoMdioatravsdaintegraodaEducaoBsicacomaProfissional.Essa integraoprevistacomoalternativaconcomitanteesubsequente, se caracterizando por uma matrcula nica noEnsinoMdioenahabilitaoprofissional.Trata-sedeumnicocurso,comprojetopoltico-pedaggiconicoecompropostacurricular nica, visto que segundo a legislao, mesmo aEducao Profissional, tem autonomia para organizar oscurrculosdesuasofertasdecursostcnicos,desdequetenhacomoreferencialasDiretrizesCurricularesNacionais(2012)eosrespectivosprojetospedaggicosdasescolaseaspeculiaridadesregionais.
Para tanto, as instituies devero elaborar projetos epropostas pedaggicas criando a articulao entre o fazer, opensareo sentir,promovendoodespertardoolhar crticoedesenvolvendootalentoparasolucionarproblemasedilemasvividos em sociedade, favorecendo a configurao do sujeitosocialdepersonalidadetransformadora.
O trabalhocomoprincpioeducativoeapesquisacomoprincpio pedaggico, so eixos norteadores essenciais nocurrculo. Esses princpios devem estar presentes em toda aEducaoBsica e, demodo especial, na forma de oferta eorganizaodo(EMI)edaEducaoProfissionaleTcnica(EPT).
OParecerCNE/CEBn5/2001,dasDiretrizesCurricularesdo Ensino Mdio coloca esses princpios na sua adequadacompreenso:
Aconcepodotrabalhocomoprincpioeducativoa
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baseparaaorganizaoedesenvolvimentocurricularemseusobjetivos,contedosemtodos.Considerarotrabalhocomoprincpioeducativoequivaleadizerqueoserhumanoprodutordesuarealidadee,poristo,delaseapropriaepodetransform-la.Equivaleadizer,ainda,quesujeitodesuahistriaedesuarealidade.Em sntese, o trabalho a primeiramediao entreohomemea realidadematerialesocial.Otrabalhotambmseconstituicomoprticaeconmica,porquegaranteaexistncia,produzindoriquezasesatisfazendonecessidades. Na base da construo de um projetodeformaoestacompreensodotrabalhonoseuduplosentidoontolgicoehistrico.
Apesquisacomoprincpiopedaggicoefetivadapormeiodeelementosdidticosqueconcretizemonovoparadigmaeducacional,noqualosprofessoresdeixamde ser transmissores do conhecimento para seremmediadorese facilitadoresdaaquisiodosmesmos.Comointelectuaisqueso,todos(a)osprofissionaisdaeducao precisam comprometer-se como estudo ecomapesquisa,bemcomo,posicionar-sepoliticamente.Precisam,sesituarfrenteaosproblemaseconmicos,sociopolticos, culturais e ambientais que hoje nosdesafiam e que desconhecem as fronteiras entre asnaes ou entre as classes sociais [...] (MOREIRA,CANDAU, 2007, p. 31-43). A pesquisa estimula ojovemnosentidodeperceberomundoqueocercacom curiosidade, possibilitando a sua autonomia nabuscadeinformaesesaberesquesuperemosensocomum.
Machado (2010) afirma que a construo de currculosintegrados para ser exitosa precisa ocorrer num percursoformativo,desenvolvendoaEducaoBsicaeprofissionalemcomum, promovendo aproximaes cada vez mais amplas equegeremumaorganizaodotrabalhopedaggicodinmico
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e articulado.Comoareorganizaocurricularumprocessodinmico,
aberto e formativo, ela deve ser executada garantindo aparticipao do coletivo da escola, procurando assegurar oalcancedosobjetivosdeaprendizagemeefetivadapeloprojetopoltico-pedaggicodaunidadeescolar.
O currculo integrado comoconstruo social, possibilitao acesso do estudante aos diferentes referenciais de leitura do mundo,comvivnciasdiversificadaseaconstruo/reconstruode saberes especficos de cada ciclo/etapa/modalidade daEducaoBsica.Nele,oscontedossoorganizadosemtornodeumadeterminadaideiaoueixosintegradores,queindicamreferenciaisparaotrabalhopedaggicoaserdesenvolvidoporprofessoreseestudantes.Esseseixossodefinidosconformeosinteresses e especificidades dos ciclos/etapas/modalidades daEducaoBsica,articuladosaoseixostransversais:educaoparaacidadania,educaoparaadiversidadeeeducaoparaeemdireitoshumanos.
Asdimenses trabalho, cincia, culturae tecnologia socategoriasarticuladorasdasatividadesdediagnstico(pesquisa)e das atividades de transformao (trabalho). Segundo odocumentodaUNESCO1sobreoEMI,nodiagnstico,elassoascategoriasqueorganizaroquestes,problemasouvariveisdeinvestigaoqueseoriginamdosobjetivosdasreasetmcomocontextooprojetoanualdoncleodepreparaobsicapara o trabalho e demais prticas sociais. Nas atividades detransformao, daroorigema grupos de trabalhoque seroresponsveisporelasdentrodosprojetosdoncleo.
Com base nesse processo formativo de construo, odesenhocurriculardoEnsinoMdiointegrado(EMI)noDistritoFederalapresentaosprincpiosnorteadoresafimdepossibilitarasunidadesdeensinodiscussoedefiniosobreamelhor
1-OsprottiposcurricularesparaoEnsinoMdioeoEnsinoMdiointegradoEducaoProfissionalsoumamatrizreferencial
produzidapelaUNESCO,comoapoiodoMinistriodaEducao,comoobjetivodequeocurrculodessaetapadaeducao
cumpracomoquedeterminaaLeideDiretrizeseBasesdaEducaoNacional.
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trajetria para o alcance eficiente das aprendizagens dosestudantes, atendendo os princpios da formao integral, apreparaoparaavida,oexercciodacidadaniaeotrabalhocomodemandasdojovemefinalidadesdoEMI.
4.2 A Educao Profissional Integrada Educao de Jovens e Adultos
OProgramaNacionaldeIntegraodaEducaoProfissionalcomaEducaoBsicanaModalidadedeEducaodeJovense Adultos (PROEJA), institudo pelo Decreto n 5.840/2006,concretiza a aproximao entre a EJA EnsinoMdio e aEducaoProfissional.ApropostapedaggicadoPROEJAaliadireitosfundamentaisdejovenseadultos,educaoetrabalho.tambmfundamentadanoconceitodeeducaocontinuada,navalorizaodasexperinciasdoindivduoenaformaodequalidadepressupostanosmarcosdaeducaointegral(BRASIL,2013,p.159).
Comopoltica indita,as reflexesediscusses sobreoquefoirealizadoatagoranoBrasil,revelam-secomodesafioconstantenabuscadamaterializaodessaarticulao.Nessesentido,oPROEJApropeapartirdoDecreton5.840/2006edosDocumentosBase,aintegraoentreformaogeraleprofissional na modalidade EJA e assume a forma integradacomoumadaspossibilidadesdearticulao.
Assim,aarticulaoentreEducaoProfissionaleEducaodeJovenseAdultospodeserconcretizada,conformeoDecreton5.840/2006:
1. Cursos tcnicos integrados ao Ensino Mdio: oferecido a jovenseadultos com idade igualou superiora 18anos,quetenhamoEnsinoFundamentalcompletoequenotenhamconcludooEnsinoMdio.
2. Cursos FIC integrados ao Ensino Mdio: oferecido a jovenseadultoscomidadeigualousuperiora18anos,
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quetenhamoEnsinoFundamentalcompletoequenotenhamconcludooEnsinoMdio.
3. Cursos FIC integrados aos anos iniciais do Ensino Fundamental:oferecidoajovenseadultoscomidadeigual ou superior a 15 anos, que tenham o EnsinoFundamental.
4. Cursos FIC integrados aos anos finais do Ensino Fundamental:oferecidoajovenseadultoscomidadeigualousuperiora15anos,quejconcluramosanosiniciais do Ensino Fundamental e que no tenhamconcludoosanosfinaisdoEnsinoFundamental.
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5 DADOS DA OFERTA
Apresentamosaseguiroquadrogeraldeinformaespormodalidade.
5.1 Educao Profissional
No sistema de ensino do DF existem atualmente cinco(5)escolasqueoferecemEducaoProfissional.Amaisantiga a Escola deMsica de Braslia, com50 anos de fundaocompletadosnoanode2013.A seguir listamososdadosdecadaescola,noquesereferemamatrculas,cursosofertadosenmerosdeprofessores.
QUADRO GERAL DAS ESCOLAS PROFISSIONAIS DO DF
ESCOLAS CURSOS TCNICOSMATRCULAS
NOVAS CURSO TCNICO
1-ESCOLATCNICADECEILNDIA(CEP-ETC)
InformticaeAdministrao(presencialeadistncia)Pr-funcionrio
2.752
2-ESCOLATCNICADESADE DE PLANALTINA (CEP-ETSP)
Anlises ClnicasSeguranadoTrabalhoSadeBucalEnfermagemNutrio e Diettica
252
3-ESCOLATCNICADEBRASLIA(CEP-ETB)
InformticaTelecomunicaesEletrotcnicaEletrnica
2.551
4-ESCOLADEMSICADEBRASLIA(CEP-EMB)
InstrumentosMusicaisCanto popular e eruditoPercusso popular e erudita
341
5-CENTRODEENSINOMDIOINTEGRADODOGAMA(CEMI-GAMA)
Informtica 140
Quadro1:Censo2014
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Estprevistaaampliaoeconstruodemaisquatro(4)escolastcnicasnoDF,sendoqueaprimeiraescoladoGuarestemfasedelicitao,comprevisodeconclusodasobrasparaoinciode2015.Asdemaisescolasiniciaramem2014seuprocessodelicitaoparaconstruonasCidadesdoParano,BrazlndiaeSantaMaria.
5.2 Educao de Jovens e Adultos
Atualmente,aEJAofertadaem110(centoedez)escolasnaRedePblicadeEnsinodoDF.
SegundodadosdoCensoEscolardaSEEDF,no1semestrede2013,onmerototaldematrculasnessamodalidadefoide50.346(cinquentamiltrezentosequarentaeseis)estudantes,distribudosdaseguintemaneira:
Segmento N de matrculas
1segmento 6.131
2segmento 21.839
3segmento 22.376
Total 50.346
Fonte:CensoEscolar,SEEDF,2013
Sendo que, nesse universo de matriculados, a EJAintegradaEducaoProfissional,atendeu,naFormaoInicialeContinuada(PROEJAFIC),2.448(duasmilquatrocentosequarentaeoito)estudantesmatriculadosnos2e3SegmentosdeEJA,segundodadosdoCensoEscolardaSEEDFreferentesao2semestreletivode2013.
Onmerodeprofessoresemexerccionessamodalidadede2.724(doismilsetecentosevinteequatro)profissionais.
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5.3 Ensino Mdio
ASEEDFpossui86unidadesescolaresdeEnsinoMdio,distribudas nas 14 Coordenaes Regionais de Ensino. Noquadroaseguir,listamososdadosdequantitativodeescolas,matrculas,quantitativodeprofessoreseturmas.
Informaes da Rede de Ensino Mdio da SEEDF
Nmero de escolas
Nmero de matrculas
Nmero de professores
Nmero de Turmas
86 79.568 3.581 2.212
Fonte:CensoEscolar2013
Das86unidadesescolaresdeEnsinoMdio,43estocomaorganizaodostemposescolaresemsemestres(Semestralidade),umanovaperspectivadeorganizaodestaEtapa.
ASEEDFem2009aderiupolticadoMinistriodeEducao(MEC)denominadaProgramaEnsinoMdioInovador.Acadaanoobserva-seoaumentodaadesodasunidadesescolaresnestePrograma.Paraoanode2014,53unidadesescolaresdeEnsinoMdio esto neste Programa que se caracteriza pelo fomentofinanceiroaoProjetoPoltico-Pedaggicodestasescolas.
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6 REFERENCIAL TERICO
Discutiremos aqui o primeiro sentido do Ensino MdioIntegrado,denaturezafilosfica,queatribumosintegrao.Eleexpressaumaconcepodeformaohumana,combasenaintegraodetodasasdimensesdavidanoprocessoeducativo,visandoformaoomnilateraldossujeitos.Essasdimensessootrabalho,acinciaeacultura.Otrabalhocompreendidocomorealizaohumanainerenteaoser(sentidoontolgico)ecomoprticaeconmica(sentidohistricoassociadoaomododeproduo);acinciacompreendidacomoosconhecimentosproduzidos pela humanidade que possibilita o contraditrioavanodasforasprodutivas;eacultura,quecorrespondeaosvaloresticoseestticosqueorientamasnormasdecondutadeumasociedade.
Ciavatta (2005), ao refletir sobreoqueouquepodeviraseraformao integradapergunta:oque integrar?Aautoraremeteotermo,ento,aoseusentidodecompletude,decompreensodaspartesnoseutodooudaunidadenodiverso,oque implica tratar aeducao comouma totalidade social,isto,nasmltiplasmediaeshistricasqueconcretizamosprocessos educativos. No caso da formao integrada ou doEnsinoMdioIntegradoaoensinotcnico,oquesequercoma concepo de educao integrada que a educao geralsetorneparte inseparveldaEducaoProfissionalemtodososcamposondesedapreparaoparaotrabalho:sejanosprocessos produtivos, seja nos processos educativos como aformaoinicial,comooensinotcnico,tecnolgicoousuperior.Significa que buscamos enfocar o trabalho como princpioeducativo,nosentidodesuperaradicotomiatrabalhomanual/trabalhointelectual,deincorporaradimensointelectualaotrabalhoprodutivo,de formar trabalhadores capazesdeatuarcomodirigentesecidados.
Aideiadeformaointegradasugereasuperaodoserhumano fragmentado historicamente pela diviso social do
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trabalhoentreaaodeexecutareaaodepensar,dirigirouplanejar.Trata-sedesuperarareduodapreparaoparaotrabalhoaoseuaspectooperacional,simplificado,escoimadodosconhecimentosqueestonasuagnesecientfico-tecnolgicaenasuaapropriaohistrico-social.Comoformaohumana,oquesebuscagarantiraoadolescente,aojovemeaoadultotrabalhadorodireitoaumaformaocompletaparaaleituradomundoeparaaatuaocomocidadopertencenteaumpas,integradodignamentesuasociedadepoltica.
Formaoque,nessesentido,supeacompreensodasrelaessociaissubjacentesatodososfenmenos(CIAVATTA,2005). Para isso, preciso partir de alguns pressupostos,nos termos descritos por Ramos (2005). O primeiro deles compreender que homens e mulheres so seres histrico-sociaisqueatuamnomundoconcretoparasatisfazeremsuasnecessidades subjetivas e sociais e, nessa ao, produzemconhecimentos.Assim,ahistriadahumanidadeahistriadaproduodaexistnciahumanaeahistriadoconhecimentoahistriadoprocessodeapropriaosocialdospotenciaisdanatureza para o prprio homem,mediada pelo trabalho. Porisso,otrabalhomediaoontolgicaehistricanaproduodeconhecimento.
Osegundopressupostoquearealidadeconcretaumatotalidade, sntese de mltiplas relaes. Totalidade significaumtodoestruturadoedialtico,doqualounoqualumfatoou conjunto de fatos pode ser racionalmente compreendidopela determinao das relaes que os constituem (KOSIK,1978). Desses pressupostos decorre um princpio de ordemepistemolgica,queconsisteemcompreenderoconhecimentocomoumaproduodopensamentopelaqualseapreendeeserepresentamasrelaesqueconstituemeestruturamarealidadeobjetiva.Apreenderedeterminaressasrelaesexigeummtodo,quepartedoconcretoempricoformacomoarealidadesemanifestae,medianteumadeterminaomaisprecisaatravsda anlise, chega a relaes gerais que so determinantes
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da realidade concreta. O processo de conhecimento implica,apsaanlise,elaborara snteseque representaoconcreto,agoracomoumareproduodopensamentoconduzidopelasdeterminaes que o constituem. No trabalho pedaggico, omtododeexposiodeverestabelecerasrelaesdinmicasedialticasentreosconceitos,reconstituindoasrelaesqueconfiguram a totalidade concreta da qual se originaram, demodoqueoobjetoaserconhecidorevele-segradativamenteemsuaspeculiaridadesprprias.Ocurrculointegradoorganizaoconhecimentoedesenvolveoprocessodeensino-aprendizagemdeformaqueosconceitossejamapreendidoscomosistemaderelaesdeumatotalidadeconcretaquesepretendeexplicar/compreender.Dedicaremosumitemconcepocurricularquecompreendemospodermediaraformaohumanaintegral.
A Educao e o trabalho na sua relao dual apontamasconvergnciasparaaformaoparaomundodotrabalho.Segundo Pistrak (2000) o trabalho tem duas concepes:a escola dos reformistas burgueses na Europa e na Amricaforjadasna lgicatayloristae fordistaeaEscoladoTrabalhodefendidaporPistrak,organizadaporumanaturezadaeducao,papelculturaldaescolaedotrabalhoeasrelaesexistentesentrecinciaeo trabalho.TaisprerrogativasapontamparaaConcepo Histrico-Crtica, pois ao submeter um homem educaosocial,necessriooferecer-lhedadospararesolveraantteseeueooutro,indivduoesociedade.NessesentidoimportanteenfatizaraorganizaodotrabalhopedaggiconaEducao Profissional.
A construo das Diretrizes Curriculares Nacionais da EducaoBsica(DCNEB),almderespaldaraprticaeducativa,pretendepropiciarsuaaproximaoaosnovosparadigmaseaosnovoseixostecnolgicosnacionais,considerandoasexperinciasinovadorasnombitodaEducaoBsica,formaoprofissionalemundodotrabalho.Issoporque,atoanode2010,aspolticaspblicasvoltadasEducaoProfissionalnaredepblicadoDFencontravam-sepoucoarticuladasspolticaspblicasnacionais.
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O mundo contemporneo, em constante processo detransformaoede inovao tecnolgicae suas consequentesalteraes no mbito do mundo do trabalho, demanda aconstruodeumprojetodeEducaoProfissionalquesupereadualidadeentreoensinogeral,propedutico,eoensinotcnico,de forma a deslocar o foco dos seus objetivos do mercadode trabalho para o do desenvolvimento humano, tendo comodimensesindissociveisaaprendizagem,acidadania,otrabalho,ascomunicaes,acinciaeatecnologia,dentreoutras.
Portanto, o indivduo deve ser capaz de atuar prtica eintelectualmente no trabalho, dominando ainda as tarefasespecficas,asformasdeorganizaoeagestodotrabalhoecompreendendoasrelaessociaismaisamplasqueconstituemasociedade,naqualexerceasfunesdeprodutoredecidado.
Assim, para que se avance ainda mais na rea derelevantepesonocenriodesenvolvimentistaemqueoBrasilse encontra, imprescindvel a consolidao das DiretrizesCurriculares da Educao Profissional em consonncia com oCurrculodaEducaoBsica,luzdasDiretrizeseOrientaesdaSEEDF,sobagidedasDCNEPTdeNvelMdio,institudaspela Resoluo n 06/2012 do Conselho Nacional de Educao/Cmara de Educao Bsica CNE/CEB e da Resoluo n01/2012 do Conselho de Educao do Distrito Federal CEDF.
Nesse sentido, necessrio destacar que o PresenteDocumentonotemcomoobjetivodelimitarumcurrculonicoparaaEducaoProfissional;masestabelecer,emlinhasgerais,diretrizes curriculares para o desenvolvimento da EducaoProfissional da rede pblica de ensino do Distrito Federal,quedeve,emsuaessncia,observaroseixostransversaisdoCurrculodaEducaoBsica,2014.
Comodocumentonorteador,asDiretrizesCurricularesdaEducaoProfissionaldaredepblicadeensinodoDistritoFederaldeveroefetivar-senombitodasunidadesescolaresofertantesdeEducaoProfissional,levandoemconsideraoasdiversasespecificidadesdasreasdeatuao/eixostecnolgicosdessasinstituieseducacionaiserespectivasregiesdeabrangncia.
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Para tanto, as DCEP devem subsidiar essas unidadesescolaresquanto concepo,aos conceitoseaosprincpiosqueperpassamestamodalidadedeensino,paraqueconstruamprojetos poltico-pedaggicos personalizados e currculosdinmicos, cujos eixos viabilizemo desenvolvimento humanovoltadoparaobemdasociedade,comvistasculturadapazeaodesenvolvimentosustentveldanao.
A inteno do Projeto preparar geraes capazes derealizarapropriaesrelativasavriosconhecimentosnecessriosao exerccio da cidadania crtica, criativa, tica, responsvel,somados aos conhecimentos inerentes base comum daEducaoBsicaeaosconhecimentoscientficosetecnolgicos.Esseselementosdevemconvergirparaacompreensodomundosocialedomundodotrabalho,afimdepropiciaraosestudantesainternalizao,defato,dacondiodeinterferirnoprocessodetransformaodomeioprodutivoedasociedade,medianteconfiguraesetendnciasgeraiseespecficasacadarea.
AsMatrizesCurricularesdoscursosdeEducaoProfissional,independentemente do seu eixo tecnolgico, devem pautar-se,portanto,pelaformaointegraldosestudantes,deformaa promover-lhes condies de apropriao dos fundamentossociais, cientficos e tecnolgicos necessrios ao exerccioprofissional. A partir disso, a consubstanciao do currculoemsaladeauladevercontribuirparaaformaodecidadoscapazes de compreender o sentido do que produz de formareflexiva, autnoma, crtica, criativa e comprometida com ainduodenovasdemandasorientadasmelhoriadaqualidadedevidadaspopulaeslocaiseregionais,semperderdevistaocontextoglobaldodesenvolvimento.
Corroboraessaviso,a tendnciaapontadaemestudosrecentes de que atualmente, no Brasil, a relao educao,empregoecidadaniaeasinovaestecnolgicaspossibilitamaviabilidadedeumpactoentreatoressociaisbrasileirosrumoaumaeducaoquedesenvolvanososerhumanoprodutivo,mas o ser humano integral, coletivo, inteligente, flexvel,
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solidrio,ouseja,umserhumanoconscienteecapazdeexercersuacidadaniacomresponsabilidadeecompetncia.
Dessa forma, as DCEPT, nos contextos da EducaoBsicaedeformaoprofissionalofertadanaredepblicadeensino do Distrito Federal, apresentam como foco principalo desenvolvimento das aprendizagens, com o pressupostode que a sociedade brasileira contempornea e omundo dotrabalho devem caminhar, de forma conjunta, sob princpiosconstitucionais democrticos, humansticos, e em busca detecnologiaseporumsistemadeensinoaliceradonaconcepodequeaEducaoIntegral,comfoconasmltiplasdimensesdoserhumano,deveconstituirabasedoprocessodeensinoeaprendizagem.
Baseadonoentendimentodequeaaprendizagemaconteceao longo da vida, num lcus social em contnua e rpidamutao,ossistemasdeeducaodefrontam-secomnovosecomplexosproblemas.Poressarazo,deve-sepromoverumaeducao permanente e, como tal, destinada a acompanharo indivduodurantetodaavida.Por isso,aaprendizagemaolongodavidaumconceitodecarterevolutivoqueseestendeaos meios de ensino formais e no formais. Essa situao,consequentemente, implica novas atitudes dos participantesdo processo de ensino-aprendizagem, e a necessidade de seredefinirpapeis,responsabilidadesdosatoresedecriaratitudespositivastantonosindivduos,comonasociedadeemgeral.
Almdisso,apromoodaaprendizagempreconizadaparaacontecernombitodasunidadesescolaresdaredepblicadeensinodoDistritoFederal,ofertantesdeEducaoProfissionaldeve trabalhar com aspectos tecnolgicos como fenmenosassociadossvariveissociais,comoumconjuntoousistemadeforasinteragindoreciprocamentenoespaodasescolasapartirdesubsdiosafirmativosdeumcurrculoentendido,nocomoalgofeito,mascomoalgoquesefazativamenteemsaladeaulaeaolongodotempo.
A aprendizagem deve ser vista como um processo
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socialmente construdo por meio da participao intensa dacomunidade escolar, do dilogo, da troca de experincias esignificados e da colaborao entre as pessoas e que deveresultaremenvolvimentoativoemultidirecionaldoestudante.Isso porque, o estudante deve ser percebido no apenascomosimplessujeitodoprocessoensino/aprendizagem;vistoque passa a agir sobre asmensagens/informaes recebidas,transformando-as ativamente para integr-las, na medidado possvel, aos prprios conhecimentos adquiridos em suaexperinciadevidaequetrazconsigoparaasaladeaulae,portanto,necessitamservalorizados.
Estas Diretrizes Curriculares, concebidas com o objetivodepromoverasaprendizagens,sinalizamqueoCurrculoasertrabalhado nas unidades escolares que ofertam a EducaoProfissional deve enfatizar o processo que envolve escolhas,conflitoseacordosquesedonocontextodosrgoscentrais,intermedirioselocaisdeeducaoedacomunidadeescolar.
OresultadodesteprocessooCurrculoformalque,naescola/saladeaula, transforma-seemcurrculo real,ouseja,aquiloquedefatoensinado/aprendido,medianteasinteraescomprofessoresecolegaseodilogocomocurrculoinformalcorrespondentesexperinciaspessoaiseaosconhecimentosdo cotidiano de todos os atores envolvidos. Alm disso, ocurrculo real, que se concretizano cotidianodaescola e aolongodotempo,podesofrerinterfernciadocurrculoocultoaqueleensinadoeaprendido,semserexplicitadoouplanejado,aovivenciaraculturadaescolaedocurrculoocultoaquelecalado,omitido,intencionalmenteouno,noprocessodeensinoaprendizagem.
TodosesseselementospodeminfluirnoCurrculoformale,emparticular,noreal,compossibilidadesdeseremgeradospreconceitos e discriminaes que devem ser explicitados esuperados,tendoemvistaqueapresentepropostaenfatizaosfundamentostericosconcernentesaosdiferentesaspectosdoserhumanoemsuainteraocomacultura,eadiversidadedasociedadecontempornea.
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Nesse contexto, faz-se mister situar as concepesnorteadorasdaEducaoProfissional,paraquecadainstituioeducacionalofertantedestamodalidadedeensinonaSecretariade Estado de Educao do Distrito Federal possa estruturar e desenvolver as propostas curriculares de cada curso de Educao Profissional,pautadaspelacompreensodesuaspeculiaridades,semperderdevistaascaractersticasderedequepossuiestaunidade federativa.
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7. PROPOSTA PEDAGGICA
As ofertas de cursos podem ser ofertadas pelas escolasde Educao Profissional do Distrito Federal e/ou polos ou unidadesremotas,conformeosarranjosprodutivoslocaiseasespecificidadesdodesenvolvimentoeconmicolocal.Aseguir,apresentamos o quadro de oferta de cursos que podem serofertadosnoEnsinoMdioenaEJA,integrandocomaEducaoProfissional.
Tabela 1: Formas de Oferta da Educao Profissional
integrada EJA e ao Ensino Mdio
FORMA OFERTA HORAS2
ARTICULADA INTEGRADA
Cursos Tcnicos Integrados ao Ensino Mdionamesmainstituio de ensino.
Mnimosde3.000ou3.100ou3.200horas,paraasescolaseparaoestudante,conformehabilitaoprofissional ofertada.
Cursos Tcnicos Integrados ao Ensino Mdionamesmainstituio de ensino.
Mnimosde2.400horas,paraasescolaseparaoestudante,oferecendodisciplinaseprojetosquepreparamoalunoparaomundodotrabalho.
Cursos Tcnicos Integrados ao Ensino Mdionamodalidadede Educao de Jovens e Adultos (EJA),namesmainstituio de ensino.
Mnimosde800ou1.000ou1.200horas,conformeahabilitaoprofissionalofertada,acrescidademais1.200 horas destinadas parte da formaogeral,totalizandomnimosde2.000 ou 2.200 ou 2.400 horas para a escolaeparaoestudante.oferecidaaosjovenseadultosmaioresde18anosequenotenhamconcludooEnsino Mdio.
2-DeacordocomoCatlogoNacionaldeCursosTcnicosdeNvelMdio,institudopeloMEC
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AexpansodaofertadaEducaoProfissionaleTcnicasurgedanecessidadedeflexibilizartemposeespaosparaosjovenseadultosquenotmacessoqualificaoprofissionalnasuacidadeouregioadministrativa.
A escola organizada na perspectiva da integrao ser coordenada pela Coordenao de Educao de Jovens
ARTICULADA INTEGRADA
Cursos Tcnicos Integrados ao Ensino Mdionamodalidadede Educao de Jovens e Adultos (EJA),eminstituiesdeensinodiferentes,mascomumaPropostaPedaggicaunificada.
Mnimosde1.200horas,conformeahabilitaoprofissionalofertada,acrescidasdemais1.200horasparaaformaogeral,devendosempretotalizar 2.400 horas para a escola eparaoestudante.oferecidaaosjovenseadultosmaioresde18anosequenotenhamconcludooEnsinoMdio.
CursosdeFormaoInicial e Continuada (FIC),Integradosao Ensino Mdio nombitodoPROEJA.(Decreton5.840/2006).
Cursosdetempovarivel,sendoqueacargahorriamnimade160heamxima,de400h.oferecidaaosjovenseadultosmaioresde18anosequenotenhamconcludooEnsinoMdio.
Cursos FIC Integrados aos Anos Finais do EnsinoFundamentalnombitodoPROEJA.
(Decreton5.840/2006).
Cursosdetempovarivel,sendoqueacargahorriamnimade160heamxima,de400h.oferecidaaosjovenseadultosmaioresde15anosequetenhamconcludooEnsinoFundamental.
Cursos FIC Integrados aos Anos Iniciais do EnsinoFundamentalnombitodoPROEJA.
(Decreton5.840/2006).
Cursosdetempovarivel,sendoqueacargahorriamnimade160heamxima,de400h.Oitinerrioformativodocursodevepreveroaproveitamentodeestudosparaaformaotcnica.oferecidaaosjovenseadultosmaioresde15anosequenotenhamconcludooEnsinoFundamental.
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e Adultos, no caso de atendimento s escolas da EJA, pelaCoordenao do Ensino Mdio, no caso de atendimento dasescolasdoEnsinoMdio,comaparticipaodaCoordenaode Educao Profissional, no sentido de orientaes paradefiniessobreaofertadequalificaoprofissionaladequada comunidade,as condiesde infraestruturadaescolaedeacordocomumitinerrioformativoquepromovaaosestudantesoaproveitamentosucessivoearticuladodeestudosnarea.
A partir do mapeamento das ofertas na rede pblicade ensino do Distrito Federal e a identificao das condies primordiais para se garantir essa oferta com qualidade,podero ser desenvolvidos cursos tcnicos ou FICs integrados EJAeaimplantaodoEnsinoMdioIntegrado,garantindoo envolvimento da comunidade escolar na construo eplanejamento coletivo da proposta de implantao. Esseplanejamentodeveoportunizaroprincpiodapreparaogeralparaotrabalhoarticuladaaformaobsica.
7.1 Princpios Norteadores para integrao
Conforme o Parecer CNE/CEB n5/2001, as DiretrizesCurricularesparaoEnsinoMdiosefundamentamnoTrabalhocomo princpio educativo e na Pesquisa como princpiopedaggico.Issoquerdizerquetodaaaprendizagemterorigemoufundamentoematividadesdesenvolvidaspelosestudantes,comoobjetivodepromoverumaintervenotransformadoranasuarealidade.Odesenvolvimentodeumaposturaprotagonistaem relao cultura do trabalho e s prticas sociais podepropiciaraosjovensoexercciodasuaautonomia,aformulaoeconcretizaodeprojetosdevidaedesociedade.Paraisso,odesenhocurriculardoEMItemcomomecanismosdeintegraooncleoarticuladordosprincpios,asreasdeconhecimento,as dimenses articuladoras, a estruturao e organizao docurrculo,ametodologiaeaavaliao.Aseguir,osprincpiosestruturantes desse desenho curricular.
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Eixos estruturantes e integradores como alternativaparaaconcretizaodeumcurrculoreflexivo
Os eixos do Currculo devem ser atendidos nodesenvolvimento do trabalho pedaggico, perpassando pelasdiversas disciplinas e sendo contemplados nos objetivosexpressos das atividades integradoras, como feiras culturais,circuitos, exposies, projetos, construo de produtos, entreoutros. O texto das Diretrizes Curriculares Nacionais para oEnsinoMdioafirmaque:
importante enfatizar que a interdisciplinaridadesupeumeixo integrador, quepode seroobjetodeconhecimento,umprojetodeinvestigao,umplano de interveno. Nesse sentido ela deve partir danecessidadesentidapelasescolas,professoresealunos de explicar, compreender, intervir, mudar,prever, algo que desafia uma disciplina isolada eatraiaatenodemaisdeumolhar,talvezvrios.Explicao,compreenso,intervenosoprocessosque requeremumconhecimentoquevaialmdadescrio da realidade e mobiliza competnciascognitivas para deduzir, tirar inferncias ou fazerprevisesapartirdofatoobservado(DCNEB,p.234).
Trabalhointerdisciplinar
A interligao e superao da fragmentao doconhecimento das disciplinas no desenho curricular proposto,podeseconcretizarpormeiodeumplanejamentodeexecuocurricular integrado,noqual soobservadasas afinidadesdecontatoentreoscomponentescurriculares,etaiscontatossoconcretizados em eventos integradores como realizaes deestudos e pesquisas compartilhadas, entrevistas, exposies,feiras, seminrios e/ou projetos integradores. A buscapermanentepordesenvolveressesmecanismosdeintegrao,passapelaformalizaoderotinaseregrascapazesdegarantirasistematizaodoscontedosmediantesoluodeproblemas
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e de processos de investigao.
Emgeral,adivisodisciplinardocurrculoopontodepartida para a discusso de formas de integrao curricular.Conformealiteraturaespecializada,amaneiramaiscomumaessa integraoa interdisciplinaridade,queaceitaadivisodisciplinarcomoprincpiovlidoetalvezatdesejvel.Nabaseparatodaintervenointerdisciplinar,Santom,1998,constataqueexistemosseguintespassos:
A. Definiroproblema(interrogao,tpico,questo).
B. Determinar os conhecimentos necessrios, inclusiveas disciplinas representativas e com necessidade deconsulta,bemcomomodelosmaisrelevantes,tradiesebibliografia.
C. Desenvolver um marco integrador e as questes aserempesquisadas.
D. Especificar os estudos ou pesquisas concretas quedevemserempreendidos.
E. Reunir todosos conhecimentos atuais ebuscarnovainformao.
F. Resolver os conflitos entre as diferentes disciplinas implicadas,tratandodetrabalharcomumvocabulriocomumeemequipe.
G. Construiremanteracomunicaoatravsdetcnicasintegradoras (encontros e intercmbios, interaesfrequentesetc.).
H. Comparar todas as contribuies e avaliar suaadequao,relevnciaeadaptabilidade.
I. Integrar os dados obtidos individualmente paradeterminarummodelocoerenteerelevante.
J. Ratificar ou no a soluo ou resposta oferecida.
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K.Decidir sobre o futuro da tarefa, bem como sobre aequipedetrabalho.
Trabalhoemrede
A lgica da integrao exige umamudana de posturapedaggicadosdocentesedosestudantes, rompendocomahierarquizaodoscontedoseresponsabilizandooestudantepela sua aprendizagem. No caso dos docentes, precisodisposio verdadeira para se contrapor fragmentaode contedos e, no caso dos estudantes, de se perceberemprotagonistas de sua aprendizagem.A gesto cooperativa naescolabuscadesenvolverasaespedaggicasemparcerias,construindo grupos de trabalho que se desdobram em aespermanentese temporrias, conformecronogramaconstrudopor todos. Assim, todos so responsveis pela conduo dasestratgias construdas pelo grupo da escola, promovendoavaliao permanente no sentido de resignificar prticas equalificardiretrizes.
Conhecimentotrabalhadodeformaintegral
A Educao Bsica exerce um papel fundamental naconcepo cientfica da vida e contribui para desenvolverfaculdades cognitivas e capacidades do indivduo. A Educao Profissional tem seu foco nos conhecimentos tecnolgicos,seu ensino orientado predominantemente para a atividadede trabalho. No processo de ensino-aprendizagem devem-seconsiderarasdiversasdimensesdavidadosestudantesesuasprticassociais,promovendotransformaodosujeitocrtico.Ahabilidadedeintegrar,dizrespeitoaumconjuntodeaesenoaumadisciplinanicaenemumcontedodeterminado.Por isso fundamental que selecionemos contedos queviabilizemoconhecimentodarealidadevividaedasexperinciasdossujeitos,reafirmandosuashistriascomoprotagonistasdacultura.
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Criaodeprojetosintegradosparainterveno
O Projeto Integrador se origina dos eixos integradoresdo curso e obedece a uma sequencia ou etapas definidaspelo corpo docente. O Projeto Integrador parte de umasituao potencialmente factvel de ser vivenciada de formacontextualizadapara a simulao/ressignificaoe construonosambientesdainstituioe,semprequepossvelarticuladaaomundodotrabalho.AsetapasbsicasparaodesenvolvimentodoProjetoso:planejamento,execuoeavaliao.ObservemosoquepreconizaoParecerdoConselhoNacionaldeEducao:
A partir do problema gerador do projeto, que pode serumexperimento,umplanodeaoparaintervirnarealidadeou uma atividade, so identificados os conceitos de cadadisciplina que podem contribuir para descrev-lo, explic-loepreversolues.Dessaformaoprojeto interdisciplinarnasuaconcepo,execuoeavaliao,eosconceitosutilizadospodemserformalizados,sistematizadoseregistradosnombitodas disciplinas que contribuem para o seu desenvolvimento(CNE,2010c).
Apesquisacomopromotoradeconhecimento
O processo investigativo nasce de forma organizada eestruturada,estabelecendoconexesentreinformaescomaprticavivenciadaecomosconhecimentoscientficos.Portanto,nasce da investigao sistematizada, do desenvolvimento dacriticidadeedaampliaodocampodeatuao.
Umprocessodeaprendizagempautadona consolidaodo conhecimento pormeio de produes cientficas, no qualo estudante desafiado a apresentar e elaborar produtos(equipamentos, rotinas tecnolgicas,aplicativos,entreoutros)paradesenvolveraesdebaseproativaatendendoa funosocialdaescola.Deve-seprocurararticularateoriaeprtica,vinculando o trabalho intelectual com atividades prticasexperimentais.
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Trabalhocomoprincpioeducativo
Oconceitodetrabalhocomoprincpioeducativonopodeserconfundidacomalgicadoaprenderfazendoouaprenderaaprender,masassume-seaperspectivaapontadaporFrigotto(1980,p.2)dequeotrabalhoumaformahistricadohomememsociedade,poiselesehumaniza,secria,seexpandeeseaperfeioa na ao sobre a natureza. O trabalho a baseestruturantedeumnovotipodeser,deumanovaconcepodehistria.
SegundoSaviani(2003,p.3),otrabalhocomoprincpioeducativo tem trs sentidos:a)determinaomododeserdaeducaoem seu conjunto, conformeaevoluodosmodosde produo da sociedade; b) define exigncias especficasconformeasespecificidades laboraisvigentes;c)determinaaeducaocomoumamodalidadeespecficaediferenciadadetrabalho:otrabalhopedaggico.
Ocontextocontemporneodasociedadetemaumentadosignificativamenteosdesafiosqueimplicamnessarelaoentrecomomundodotrabalho.Areorganizaoprodutivaprovocouuma srie demudanas significativasnomundodo trabalho,taiscomoperdasdosdireitossociais,ameaaaostrabalhadorescom o desemprego, automao da produo e dos serviose novos paradigmas de gesto, configurados pelo trabalhoprecrio,detempoparcial,autnomo,desregulamentadoetc. contribuindo com a necessidade da educao continuadadurante toda a vida. Portanto, o projeto de educao dejovens e adultos deve atender os sujeitos sociais e cidadostrabalhadoresereconhecerotrabalhocomoprincpioeducativo,primeiroporsuacaractersticaontolgicae,apartirdisto,nasuaespecificidadehistrica,oqueincluioenfrentamentodasinstabilidadesdomundocontemporneo(RAMOS,2011).
Prope-se,assim,umaescoladeEnsinoMdioqueatuecomo uma comunidade de aprendizagem, em que os jovensdesenvolvam uma cultura para o trabalho e demais prticas
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sociaispormeiodoprotagonismoematividadestransformadoras.Ao realizar essas atividades, eles podero explorar interessesvocacionais, alm de perspectivas pessoais e de organizaosocial.Aomesmotempo,estaroconstruindosuaautonomia,aoformulareensaiaraconcretizaodeprojetosdevidaedesociedade.
7.2 Estrutura Curricular para integrao da Educao Profissional no Ensino Mdio
OsprottipospropostospelaUNESCO(2013)sugeremmaisdoismodelosdeEnsinoMdioqueofereamaos jovensumaampliaonaspossibilidadesdeadequaosuasnecessidades.EssesmodelossopautadosnaPedagogiadeProjetosevisamatender a demanda de jovens trabalhadores que precisamingressarnomercadodetrabalho,enoqueremabrirmodacontinuidadedeseusestudos.Noprimeiromodelo,HabilitaoProfissional, a Carga horria do Ensino Mdio ampliadaem um ano visando profissionalizao desse estudantesimultaneamente concluso do Ensino Mdio regular comvistas ao ingresso na universidade.
IssosefazpossvelapartirdaPedagogiadeProjetosquearticulaoaprendizadodasdisciplinasdoncleobsicocomasdisciplinas especificas do curso tcnico escolhido, garantindoassimonmerodehorasnecessriasparaaconclusoexitosadosobjetivospropostos.
CentralizadanaPedagogiadeProjetos,encontranaideiadefomento,aschamadasincubadorasdetalentos,oestmulopesquisa,aosocialeautonomiaintelectual.Valeenfatizaraimportnciadotrabalhocomoprincpioeducativo.AsDCNEB(2013) definem como currculo integrado, a organizao doconhecimento e o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagemdetalmaneiraqueosconceitossejamaprendidoscomosistemaderelaesdeumatotalidadeconcretaquesepretende explicar e compreender, de sorte que o estudantedesenvolva um crescente processo de autonomia em relao
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aosobjetosdosaber.
Nos textos normativos mais recentes, e na literaturasobre integrao curricular, h uma sugesto recorrente paraseorganizarocurrculopormeiodasdimensesarticuladorasdo trabalho, da cultura, da cincia e da tecnologia. Emdeterminadas propostas, as citadas dimenses constituiriamcaminhos opcionais para a articulao e aprofundamento deestudos.Existecertoconsensonadefiniodessasdimenses:
A. Trabalhoocompreendemoscomoumamediaodeprimeiraordemnoprocessodeproduodaexistnciaeobjetivaodavidahumana.Adimensoontolgicadotrabalho,assim,opontodepartidaparaaproduodeconhecimentosedeculturapelosgrupossociais.
B. Cinciaacinciaapartedoconhecimentomelhorsistematizadoedeliberadamenteexpressonaformadeconceitosrepresentativosdasrelaesdeterminadaseapreendidasdarealidadeconsiderada.Oconhecimentode um recorte da realidade concreta ou a realidadeconcretatematizadaconstituioscamposdacincia,asdisciplinas cientficas.
C. Tecnologiaatecnologia,ento,comomediaoentrecincia(apreensoedesvelamentodoreal)eproduo(intervenonoreal).
D. Cultura deve ser compreendida no seu sentidomaisampliadopossvel,ouseja,comoaarticulaoentreoconjuntoderepresentaesedevidadeumapopulaodeterminada(KUENZER;GARCIA,2008,p.54).
ONcleodeveenvolvero trabalhocoletivodetodososprofessoresetodososestudantesdeumperodo.EleorganizaoCurrculodemaneiraapossibilitarumaampliaogradativadoespaoedacomplexidadedasalternativasdediagnstico(pesquisa)ede intervenestransformadoras (trabalho).Paratanto,propeumcontextodepesquisaedeintervenoque
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seinicianaescolaenamoradia,eseexpandeparaacomunidadeeasociedademaisampla,eumprojetoarticuladorparacadaano letivo do Ensino Mdio.
importante,pormeiodeumaaoplanejada,oferecerumaEducaoProfissionaleTcnicacomoobjetivodeformartrabalhadores capazes de atuar profissionalmente numaperspectivacidad.Aseguir,detalhamoscadaprincpiobsicoparaaorganizaodaintegraonoplanodecursodaescola:
1. Mecanismosdeintegrao:atuamdemodosinrgiconaintegraodosdiferentescomponentesdoCurrculo:ncleoarticulador;reasdeconhecimento;dimensesarticuladoras (trabalho, cultura, cinciae tecnologia);formaespecficadeestruturareorganizaroCurrculo;metodologia de ensino e aprendizagem; e avaliaodosresultadosdeaprendizagem.
2. Dimensesarticuladoras:asdimensessoascolunasverticaisdaredecurricular,emqueasreasrepresentamaslinhashorizontais.Soelas:otrabalho,acultura,acinciaeatecnologia.
3. reas:reuniodasdisciplinasporreasdeconhecimento.
4. Eixos integradores: dimenses, temas geradores ouprojetos servem como articuladores do Currculo.Essa definio prvia permite que os objetivos deaprendizagem comuns aos diferentes componentescurricularessejamdefinidoseorganizadosconformeoseixosintegradores.
5. Atividadesinterdisciplinares:instrumentosfundamentaisde integrao e de atribuio de significados aoscontedos curriculares que buscam procedimentosinterdisciplinares capazes de incentivar o dilogo entre diferentes sujeitos, cincias, saberes e temas.Exemplos: portaflios, avaliao integrada, pesquisasdecampoetc.
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6. Eventos integradores: so eventos que objetivamproporcionaraculminnciadapesquisaeprodutosdoperodoletivo.Exemplos:feiras,circuitos,semanadeintegrao etc.
7. Ncleo de Pesquisa e Trabalho - Projeto integrador:seefetivadiretamenteapreparaobsicaparaepelotrabalho.Comosevermaisadiante,nodetalhamentodeseusobjetivos,essapreparaoentendidacomoodesenvolvimentodosconhecimentos,atitudes,valorese capacidades necessrios a todo tipo de trabalho,comdestaquepara:elaboraodeplanoseprojetos;capacidadedetrabalharemequipe;crticaeescolhadealternativasdedivisoedeorganizaodotrabalho;utilizaodemecanismosdeacessoeaperfeioamentodalegislaotrabalhistaededefesadedireitos.
8. Contedossignificativos:sodefinidoseorganizadosapartirdoseixoseoProjetoIntegrador.
Apresentamosaseguiraformadeorganizaodotrabalhopedaggico conforme os princpios bsicos que devem sergarantidosnaconstruodoplanejamentodocurso,definindooseventosintegradoreseosmecanismosdeintegrao.
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ORIENTAES PEDAGGICAS PARA A INTEGRAO DA EDUCAO PROFISSIONAL COM O ENSINO MDIO E A MODALIDADE DE JOVENS E ADULTOS
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Na Tabela 3, a proposta se baseia na implantao doEnsino Mdio Integrado para preparao para o trabalho. Jnosegundomodelo,habilitaoparao trabalho,oobjetivoatender a necessidade do estudante que devido a condiesheterogneas,noseadquaampliaodecargahorria.Aestratgiaforneceraesseestudante,almdoncleobsicopara o ingresso na universidade, conhecimentos referentes entradaepermanncianomercadodetrabalho,partindodacontextualizaoeconceituaosocial,econmicaeindividualdotrabalhadordonovomilnio.
EssesdesenhospodemserconfiguradostantoparaoEMInotemporegular,comonotempointegral.Ototaldascargashorriaspropostaso tempomnimodo curso,podendo serampliado,conformejustificativadainstituio.
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