Organizando o dij da casa espírita

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O O r r g g a a n n i i z z a a n n d d o o o o D D I I J J d d a a C C a a s s a a E E s s p p í í r r i i t t a a Dezembro/2009

Transcript of Organizando o dij da casa espírita

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Dezembro/2009

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"Amigos e companheiros desencarnados podem inspirar e sugerir, alertar e esclarecer,

mas é necessário reconhecer que a oportunidade do trabalho efetivo é nossa e temos que

procurar fazer o melhor. Improvisar é recurso de emergência. Programar para agir é

condição de equilíbrio".

Joanna de Ângelis

Para que o DIJ na Casa Espírita?

Estabelecer linhas mestras ou um eixo filosófico em torno do qual possamos nos

encontrar não é tarefa fácil num labirinto de idéias e enfoques tão diversificados e de ângulos

de visão tão parciais, com os quais cada um de nós costuma ver os fatos relativos à educação,

especialmente à Evangelização Espírita.

O ponto de encontro de todos os espíritas, denominador comum para todos que

professam o Espiritismo é sem dúvida as bases do Evangelho de Jesus – maior filósofo e

pedagogo – e a Codificação Kardequiana, as quais enfeixam os princípios norteadores,

capazes de orientar todo o processo de aperfeiçoamento moral, ético, afetivo, intelectual e

social. Esses princípios nos levarão aos fins a que nos propomos com a evangelização espírita.

Perfectibilidade, integração com as Leis Divinas, auto-conhecimento, transformação para

o bem, eis a meta que toda educação verdadeiramente inspirada nos postulados cristãos, deve

buscar.

O DIJ tem a função específica de levar às crianças e jovens os conhecimentos espíritas

e o estímulo à vivência do Evangelho.

Sendo o espiritismo a revivescência do Cristianismo, nada mais natural que ele tenha

em seu interior uma dimensão essencialmente educativa, uma proposta de formação moral

voltada para a formação do homem cristão, do homem de bem.

Para atingir esse propósito é necessária organização, de modo a atender às referidas

tarefas que se relacionam, mas que tem suas peculiaridades e aspectos distintos.

Como organizar o Depto. de Infância e Juventude da Casa Espírita?

O Movimento de Evangelização Espírita Infanto-juvenil demanda preparo adequado a

fim de que não se constitua uma tarefa dispersiva sem repercussão positiva no meio social.

Desse modo, o DIJ da Casa Espírita deve ser constituído, basicamente, dos Setores de

Infância e Juventude, sendo coordenados por um Diretor, nomeado pela Presidência da Casa,

que fará parte da Diretoria da mesma, além dos Coordenadores dos Setores.

A Evangelização Espírita da criança e do jovem, considerados os aspectos psico-

pedagógicos do trabalho, exige um corpo de evangelizadores e coordenadores que estejam em

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constante aprimoramento das suas habilidades através de cursos rápidos e intensivos ou

regulares, para o melhor desempenho de sua missão, porque, dentro do seu grande objetivo,

visa não a transmissão mecânica e intelectual do ensinamento, mas a formação de valores

morais de conseqüências profundas e duradouras.

Também, é preciso lembrar, que não se pode falar em evangelização espírita infanto-

juvenil sem estender os ensinamentos espíritas aos lares dessas crianças e desses jovens, em

especial aos seus pais. Concomitantemente às tarefas referidas, deverá ser desenvolvido um

trabalho junto à família, que é a mais importante agência educativa que se conhece, em

relação às novas gerações.

Funcionamento do Setor de Infância:

Cada ciclo deverá funcionar, preferencialmente, em sala própria e será orientado por um

evangelizador. No caso de falta de salas ou evangelizadores, pode-se adotar o critério dos

horários diferentes ou dos ciclos aglutinados. A distribuição das crianças, nos diversos ciclos,

será feita pela idade cronológica:

MATERNAL Crianças de 3 – 4 anos

JARDIM Crianças de 5 – 6 anos

PRIMEIRO CICLO Crianças de 7 – 8 anos

SEGUNDO CICLO Crianças de 9 – 10 anos

TERCEIRO CICLO Crianças de 11 – 12 anos

Funcionamento do Setor de Juventude:

Cada ciclo deverá funcionar, preferencialmente, em sala própria e será orientado por um

evangelizador. A distribuição dos adolescentes , nos diversos ciclos, também será feita pela

idade cronológica:

PRIMEIRO CICLO Adolescentes de 13 – 14 anos

SEGUNDO CICLO Adolescentes de 15 – 17 anos

TERCEIRO CICLO Jovens de 18 – 21 anos *

* É preciso não perder de vista a necessidade do encaminhamento dos jovens do TERCEIRO

CICLO às atividades do ESDE ou de grupos da Casa Espírita, buscando assim uma maior

integração dos mesmos aos trabalhos da casa e evitando a descontinuidade do processo de

evangelização após a conclusão dos Ciclos.

No caso de falta de salas, evangelizadores ou na impossibilidade de se efetuar a divisão

proposta, pode-se adotar o critério dos horários diferentes ou dos ciclos aglutinados, de acordo

com a maior proximidade das idades.

No trabalho com o jovem na casa espírita é necessário levar em consideração os

propósitos deste tipo de trabalho:

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Ministrar conhecimentos da Doutrina Espírita aos jovens, ensejando atividades de vivência

desses conhecimentos;

Conceder aos jovens oportunidades de desempenhar tarefas, compatíveis com as suas

possibilidades na Sociedade Espírita;

Envolver os jovens em atividades e tarefas voltadas para o auxílio ao próximo, estimulando-

os à vivência do Evangelho de Jesus dentro e fora da casa espírita;

Conscientizar os jovens de que eles são os continuadores e responsáveis pela organização

do Movimento Espírita;

Favorecer o intercâmbio do jovem com outras juventudes e sua integração no Movimento

Espírita em geral.

Os orientadores dos dois últimos ciclos de Juventude poderão constituir uma Comissão

de Assessoramento (auxiliares), composta de jovens integrantes desses ciclos, que tenham

demonstrado interesse especial pelas atividades da Juventude.

Quanto ao envolvimento do jovem na instituição, são lembradas as seguintes atividades

para aqueles que integram os dois últimos ciclos de Juventude:

Colaboração nas aulas de evangelização para crianças;

Prestação de serviços nos setores de secretaria, tesouraria;

Colaboração nas reuniões públicas, doutrinárias, quer ocupando a tribuna, quer realizando

outras atividades programadas para essas reuniões;

Auxílio na divulgação da Doutrina, participando da organização de bibliotecas, periódicos,

na distribuição de mensagens;

Atividades assistenciais, sob orientação e supervisão.

Além dessas, outras atividades poderão propiciar a perfeita integração do jovem na

Casa Espírita.

Atribuições do Diretor do DIJ:

Ser membro da Diretoria da Sociedade Espírita, quando a sua estrutura permitir;

Administrar as atividades do Departamento;

Elaborar com a sua equipe, plano de atividades do ano, não esquecendo da necessidade

de formar evangelizadores de infância e coordenadores de juventude;

Providenciar e freqüentar, junto com sua equipe, cursos e treinamentos, com vistas à

atualização de conhecimentos;

Apresentar o plano de atividades do DIJ à Diretoria;

Designar os evangelizadores e coordenadores que se responsabilizarão pela orientação

dos ciclos de infância e de juventude;

Nomear entre os seus colaboradores, um coordenador para o Setor de Infância e outro para

o Setor de Juventude, quando as condições de trabalho assim o permitirem;

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Promover reuniões com seus colaboradores, tanto de ordem administrativa como de ordem

pedagógica;

Fazer a coordenação e acompanhamento permanente das atividades dos Setores do DIJ;

Participar do Movimento Federativo Municipal, Regional e Estadual;

Manter contato com o DIJ da União Regional Espírita e ou da Federativa Estadual;

Proceder à avaliação interna;

Entregar relatório à Diretoria da Instituição.

Atribuições do Coordenador do Setor de Infância:

Coordenar as atividades de evangelização infantil da instituição;

Distribuir o material de evangelização entre os evangelizadores;

Organizar a matrícula e registrar os dados de freqüência dos evangelizandos;

Participar de encontros de evangelizadores de infância, promovidos pelo seu Órgão de

Unificação e/ou Federativa;

Realizar reuniões de pais;

Proceder à avaliação interna das atividades do Setor;

Realizar outras tarefas propostas pelo Diretor do DIJ.

Atribuições do Coordenador do Setor de Juventude:

Coordenar as reuniões dos jovens na instituição;

Distribuir o material de evangelização aos coordenadores dos ciclos;

Participar de encontros de coordenadores de Juventude, programados pelo seu Órgão de

Unificação e/ou Federativa;

Dar oportunidade aos jovens para se integrar na instituição e no movimento municipal;

Realizar reuniões de pais;

Realizar outras tarefas propostas pelo Diretor do DIJ.

Atribuições dos Evangelizadores e/ ou Coordenadores:

Desenvolver o plano de trabalho elaborado para o ano;

Planejar, estudar e preparar as atividades a serem desenvolvidas em cada ciclo;

Comparecer à tarefa com assiduidade e pontualidade;

Comunicar, com antecedência, os seus impedimentos;

Participar dos Cursos Intensivos de Preparação ou Atualização, Encontros, Seminários,

etc., programados pelo seu Órgão de Unificação e ou Federativa;

Manter em dia o registro de freqüência de seu ciclo;

Participar ativamente das reuniões de pais e evangelizadores;

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Recomendações Gerais Importantes:

1. Divulgação da Tarefa

Aproveitamento de todas as palestras públicas para esclarecimentos relativos à tarefa e

informes sobre o andamento das atividades;

Utilização de cartazes e murais com incentivos e notícias;

Distribuição de mensagens focalizando a importância da evangelização da Infância e da

Juventude, bem como sobre o Evangelho no Lar;

Aproveitamento dos periódicos para salientar a relevância da tarefa e publicar trabalhos dos

jovens.

2. Matrícula

Sendo a atividade de evangelização um trabalho sistematizado, convém realizar no

início de cada ano um registro das crianças e dos jovens, em uma Ficha de Matrícula,

contendo, entre outros, os seguintes dados: nome, data de nascimento, filiação, sexo,

escolaridade, endereço, telefone e outras informações que forem julgadas necessárias (por

exemplo, se a família é ou não espírita, se os pais são trabalhadores da Sociedade Espírita, se

realizam Evangelho no Lar, etc.)

3. Registro de Freqüência

Objetivando um melhor acompanhamento da participação das crianças e dos jovens nas

reuniões da Evangelização Infantil e Juventude, e para facilitar o levantamento estatístico, com

vistas ao relatório, sugere-se realizar um registro de freqüência.

4. Organização do Calendário do DIJ

Para o bom funcionamento das atividades se faz necessária a elaboração de um

Calendário do DIJ, que deverá integrar o calendário da instituição. Para isso, devem ser

observadas alguns ítens que deverão constar neste calendário:

Quantidades de encontros ministrados no ano

Recessos (Feriados)

Início e Término das aulas (semestral)

Datas comemorativas

Atividades Artísticas

Reuniões de Planejamento

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5. Tipos de Reuniões

Reuniões de planejamento:

Objetivos: Planejar os programas que serão desenvolvidos durante o ano;

Organizar o calendário para o ano seguinte;

Distribuir os evangelizadores nos ciclos de atividades.

Quantidade no ano: 01 por semestre

Participantes: Presidente da Casa Espírita (buscar envolvê-lo no trabalho), Diretor do DIJ,

Coordenadores dos Setores de Infância e Juventude, Evangelizadores de todos os Ciclos,

Auxiliares de todos os Ciclos.

Coordenação: Diretor do DIJ e Coordenadores dos Setores de Infância e Juventude.

Reuniões de avaliação:

Objetivos: Avaliar as atividades durante ;

Avaliar os conteúdos dos programas;

Avaliar a participação dos evangelizandos;

Quantidade no ano: 01 por semestre (mais as reuniões semanais de avaliação)

Participantes: Presidente da Casa Espírita (buscar envolvê-lo na proposta), Diretor do DIJ,

Coordenadores dos Setores de Infância e Juventude, Evangelizadores de todos os Ciclos,

Auxiliares de todos os Ciclos.

Coordenação: Diretor do DIJ, Coordenadores dos Setores de Infância e Juventude.

Reuniões de Treinamento para Evangelizadores:

Objetivos: Oferecer subsídios de didática, metodologia e pedagogia nas aulas de

evangelização a equipe do DIJ;

Quantidade no ano: mínimo de 01 por ano

Participantes: Diretor do DIJ da Casa Espírita, Coordenadores dos Setores de Infância e

Juventude, Evangelizadores de todos os Ciclos, Auxiliares de todos os Ciclos.

Coordenação: Diretor do DIJ ou Grupo da Federativa.

Reuniões de Pais:

Objetivos: Orientar os pais quanto às atividades desenvolvidas na evangelização;

Planejar e executar palestras sobre temas pertinentes à Evangelização Infanto-

juvenil (ex: Religião, Limites, Importância da Evangelização, Psicologia Infanto-juvenil);

Quantidade no ano: mínimo de 02 (01 por semestre)

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Participantes: Presidente da Casa Espírita (buscar envolvê-lo no trabalho), Diretor do DIJ,

Coordenadores dos Setores de Infância e Juventude, Evangelizadores de todos os Ciclos,

Auxiliares de todos os Ciclos.

Coordenação: Diretor do DIJ.

Confraternizações:

Objetivos: Promover a integração entre a equipe do DIJ, os pais e os evangelizandos.

Quantidade no ano: mínimo de 02 (01 por semestre)

Sugestões de atividades: Ginkanas, lanches, pic-nics, jantares, tardes esportivas,

brincadeiras, teatro, artesanato, contar histórias...

Participantes: Presidente da Casa Espírita (buscar envolvê-lo no trabalho), Diretor do DIJ,

Coordenadores dos Setores de Infância e Juventude, Evangelizadores de todos os Ciclos,

Auxiliares de todos os Ciclos, Pais, Evangelizandos.

Coordenação: Diretor do DIJ.

Confraternizações do DIJ:

Objetivos: Promover a integração entre os integrantes do DIJ.

Quantidade no ano: mínimo de 02 (01 por semestre)

Sugestões de atividades: Lanches, saraus, pic-nics, jantares, cinema, teatro, amigo-secreto,

evangelhos nos lares dos integrantes...

Participantes: Presidente da Casa Espírita (buscar envolvê-lo na proposta), Diretor do DIJ,

Coordenadores dos Setores de Infância e Juventude, Evangelizadores de todos os Ciclos,

Auxiliares de todos os Ciclos.

Coordenação: Todos os integrantes do DIJ.

Fontes de Consulta:

Organização e Funcionamento do DIJ na Casa Espírita – FEP (2001)

Organização e Funcionamento do DIJ nas Federativas – FEB

Orientação ao Centro Espírita – FEB

Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil – FEB (1998)

Diretrizes 2010 - Caderno Compacto I/II/II – USEERJ (2001)

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Anexo 01: Nome da Instituição

Departamento de Infância e Juventude

Ficha de Matrícula na Evangelização

Nome: __________________________________________________________________ Data de nascimento: ____ / ____ / ____ Escolaridade: __________________________ Endereço: ______________________________________________________________ Bairro: _________________ CEP_______________Telefone: _____________________ Nome do Pai: ____________________________________________________________ Nome da Mãe: ___________________________________________________________ Religião do Pai: ______________________ Religião da Mãe: ______________________ Profissão do Pai: _____________________ Profissão da Mãe: _____________________ Escolaridade do Pai: ________________ Escolaridade da Mãe: ____________________ Nome e ciclo dos irmãos que freqüenta ou freqüentou a Evangelização: ______________

Observações sobre o Evangelizando (no ato da matrícula):_________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Data da Matrícula: ____ / ____ / ____

________________________________________ Assinatura do Evangelizador

ANO CICLO EVANGELIZADOR OBSERVAÇÕES