Operando Trading Na Bolsa

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Diretor-presidenteHenrique José Branco Brazão

Farinha

PublisherEduardo Viegas Meirelles Villela

EditoraCláudia Elissa Rondelli Ramos

Projeto Gráfco e EditoraçãoS4 Editorial

CapaAlex Alprim

Preparação de TextoSandra Scapin

Revisão

Márcia DuarteImpressão

Edições Loyola

Copyright © 2012 by Editora Évora Ltda.

Todos os direitos desta edição são reserva-dos à Editora Évora.

Rua Srgip, 401 – Cj. 1.310 – ConsolaçãoSão Paulo – SP – CeP 01243-906

Tlfon: (11) 3562 7814 / 3562 7815

Site: http://www.editoraevora.com.brE-mail: [email protected]

DADOS INTERNACIONAIS PARA CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)

José Carlos dos Santos Macedo Bibliotecário CRB7 n.3575 

M216o

Malheiros, Rivadavila S.

Operando com trading system na bolsa de valores : como criar e aplicarestratégias para curto, médio e longo prazo / Rivadavila S. Malheiros. - SãoSão Paulo : Évora, 2011.

...p. ; ...cm.

Inclui bibliografia.ISBN 978-85-63993-23-6

1. Mercado de capitais – Brasil - Inovações tecnológicas. 2. Bolsas devalores – Brasil - Inovações tecnológicas. 3. Ações (Finanças) – Brasil -inovações tecnológicas. I. Título.

CDD- 332.6452 

226 p.

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Agradeço aos requentadores do site Rivanews.com eaos alunos que participaram dos cursos organizados pelaCMA Educacional desde 2003. Este livro oi eito para

vocês, e é a minha orma de retribuir a conança em mimdepositada ao longo de todos esses anos.Sou grato também a todos os departamentos da CMA

que, de uma orma ou de outra, contribuem no dia a diapara a evolução do sotware CMA Series 4, e em especialao sr. Romualdo Salata, que acreditou no projeto destaobra e não mediu esorços para a sua concretização.

Aos amigos da Editora Évora, Henrique Farinha eEduardo Villela, que abriram espaço para a criação doprimeiro livro sobre Trading System em língua portugue-sa, voltado ao mercado brasileiro.

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Aviso Importante

O objetivo desta obra é discutir conceitos e técnicas quepodem ser utilizados para a operação em ações. Todavia,não se pretende ornecer uma orma inalível para obtersucesso em investimentos de qualquer natureza. Todosos exemplos apresentados possuem apenas objetivos di-dáticos, não representando recomendação de compra ouvenda. Tanto o autor quanto a editora não se responsabili-

zam por quaisquer resultados obtidos pelo leitor devido àutilização dos conceitos e estratégias contidos neste livro.

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Sumário

Apresentação xi

1 Princípios de uma Estratégia 1

1.1 Introdução 1

1.2 Denindo o Perl de Operação 51.3 Aluguel de Ações 161.4 Gerenciamento de Risco 17

2 Meu Primeiro Trading System 23

2.1 Introdução 232.2 Estrutura de um Trading System 25

2.3 Criando um Trading System 33 2.4 Expectativa Matemática 442.5 Otimização 462.6 Melhorias do Sistema 482.7 Padronização 49

3

 Seguidores de Tendência 53

3.1 Introdução 533.2 Canais de Donchian 563.3 Média Móvel 643.4 HiLo Activator 783.5 TRIX 83

  3.6 Estratégia de Baixa 89

4 Estratégias com Candlesticks 95

4.1 Introdução 954.2 Padrões de Alta 100

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4.3 Padrões de Baixa 1054.4 Trading Systems 110

5

 

Contratendência 1195.1 Introdução 1195.2 Estocástico 1215.3 Estocástico Lento 1285.4 Estocástico Lento na Tendência 1355.5 Commodity Channel Index 141

Sistemas de Bandas 1476.1 Introdução 1476.2 Canais de Keltner 1496.3 Bandas de Bollinger 1576.4 Oscilador de Bollinger 1636.5 Sistema de Saída 165

Outras Estratégias de Operação 1717.1 Introdução 1717.2 Bollinger Bandwidth 1717.3 Aroon 1767.4 Indicador de Movimento Direcional 1827.5 Indicador de Volume 189

Algoritmos de Negociação 1958.1 Introdução 1958.2 Melhor Oerta (Best Offer) 2008.3 Operações de Preço Médio 2028.4 Volume Participation 2048.5 SpreadMaker 2048.6 Algoritmos em Nuvem 207

Posácio 209Bibliograa & Leitura Recomendada 211

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  x

Apresentação

Cada vez mais a tecnologia vem participando de nossas vidas comuma série de tareas, tanto corriqueiras como de alta complexida-de, sendo automatizadas. Aos poucos, essa tendência vem ganhandoorça no mercado nanceiro com os chamados “Trading systems”(sistemas mecânicos de operação).

Em 2008, o livro E$tratégia acionária para vencer na bolsa de

valores teve como objetivo apresentar, de orma simples, os principaisconceitos da Análise Técnica. Naquela época, oram apresentadase acompanhadas de orma contínua e discricionária a aplicação deestratégias que utilizavam suportes e resistência, linhas de tendência,

 pivots de alta e de baixa, MACD (Moving Average Convergence Di-vergence - Convergência e Divergência de Médias Móveis), IFR (Ín-dice de Força Relativa) e OBV (On Balance Volume) sobre os gráfcos

da Petrobras PN e da Vale PNA de 2002 a 2007.Três anos se passaram, e, a partir da expertise que os leitores

adquiriram, é chegada a hora de criar e testar sistemas baseados emerramentas populares, como rastreadores de tendência, osciladores,indicadores de bandas e reconhecimento de padrões de candlestick.Quando azemos o detalhamento completo de todos os procedimen-tos para a entrada e a saída de uma operação, podemos dizer que oicriado um “trading system”, que poderá disparar sinais de compra ede venda de orma mecanizada.

A ideia deste livro não é provar se uma estratégia é melhor ou piordo que outra, mas destacar quais condições grácas são necessáriaspara a eciência dos métodos baseados em tendência ou acumulação.Para acilitar, antes da codicação de cada estratégia sempre será eitauma explicação da losoa do indicador empregado, ressaltando seusprós e contras.

O Capítulo 1 começa discutindo os pers de operação e comosão eitas as escolhas dos ativos e do tempo gráco, e a utilização daserramentas de stops de ganho, de perda e móvel.

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x  Trading SySTem

No Capítulo 2 é denido em detalhes o conceito de Trading Sys-tem, sua estrutura, sua construção, o processo de simulação (backtes-

ting ) e a análise de resultados. A m de preparar o leitor para oscapítulos seguintes, será criado um trading system bem simples.

O Capítulo 3 é todo dedicado à losoa conhecida como “Trend Following ”, e serão construídos trading systems baseados em indica-dores como Donchian, Hilo Activator e Trix, para capturar os movi-mentos de curto, médio e longo prazos em diversos papéis negociadosno segmento Bovespa. Somado a isso, será introduzido o conceito deteste de carteira ( portfolio backtesting ), a partir do qual é possível

vericar o desempenho da estratégia na composição de uma carteirade ações ao longo dos anos.O Capítulo 4 apresenta os padrões de candlestick mais conhecidos

e dois trading systems: um baseado no ormato Grávida de Alta, eoutro no padrão Nuvem Negra.

No Capítulo 5, a losoa conhecida como “Contratendência” édiscutida, e uma série de sistemas, tanto para operações de compra

quanto de venda (short position), será implementada. O leitor verádierentes ormas de trabalhar com o Oscilador Estocástico, tanto nográco diário quanto no intraday, além do uso do CCI (CommodityChannel Index).

O Capítulo 6 é ocado exclusivamente nos indicadores de canais,como Bollinger e Keltner, e suas aplicações em estratégias pró e con-tratendência.

No Capítulo 7 são apresentados indicadores que têm a capacida-de de detectar acumulações e de disparar novas entradas dentro dastendências (Aronn, Bollinger Bandwidth e o Indicador de MovimentoDirecional). Além disso, também será criado um sistema com base naevolução do volume negociado da ação.

Finalmente, o Capítulo 8 discute o ambiente das operações eletrô-nicas (DMA - Direct Market Access) e o crescimento das negociações

em alta requência e seus principais algoritmos.

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Capítulo 1

PrincíPios de

uma estratégia

1.1 Introdução

Ao contrário do que muitos possam pensar, a maior diculdade no mer-cado acionário e de derivativos não é encontrar uma boa estratégia, masconseguir segui-la com consistência e disciplina ao longo do tempo.

Dado que a matéria-prima desse negócio é o dinheiro e este é nito, énatural ter medo de perdê-lo. Porém, uma operação perdedora não deveser capaz de azer com que desistamos imediatamente da nossa estratégiade operação e mudemos em seguida para um novo método. Esse tipo de

atitude cria a eterna busca pelo sistema inalível que conseguirá gerarentradas e saídas pereitas (síndrome do Santo Graal).É importante entender que não é necessário acertar todas as vezes, e

nem mesmo comprar na mínima histórica e liquidar a posição no topodos topos (esse tipo de cenário é uma exceção ao que acontece no dia a diado mercado). A prosperidade na renda variável é obtida com a sucessão

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de operações vencedoras que ao longo do tempo superam os resultadosnegativos, mas isso só é adquirido mediante um método que minimize asperdas e maximize os ganhos.

Outro ponto que precisamos levar em conta é o ator emocional,anal, o medo e a ganância são emoções inerentes ao ser humano, eeliminá-los por completo é pura utopia. Entretanto, é possível utilizar essesdois sentimentos como um dos atores no desenvolvimento da estratégiade operação, justamente para denir qual será o nível de risco aceitável  e os retornos esperados.

Quanto maior o medo, mais conservadora será a estratégia.

Quao maor a gaâa, ma arrojada rão d r a

opraçõ.

Outro ponto importante é a escolha de como atuaremos no mercadode renda variável. Alguns são investidores, outros, traders.

Investidor é aquele que aplica os seus recursos num determinado ativoacreditando em sua valorização e permanece com essa posição até queos resultados esperados aconteçam. Normalmente, obtém sucesso nastendências de alta e perde dinheiro nos movimentos de baixa.

 Já um trader não investe em ativos, apenas os negocia (em inglês “tra-

de” signica “negociar”), aceitando realizar tanto operações de compraquanto de venda para aproveitar, respectivamente, os movimentos de alta

e de baixa. A permanência na operação é pautada enquanto ela estivergerando alegria, saúde e riqueza, não “casando” com a posição.

Denida a orma de atuação, o trader precisará quanticar qual é oseu nível de aversão ao risco (medo de perder) e as suas metas de ganho(gana), encontrando assim a relação risco versus retorno mais adequadaao seu perl. Só com o conhecimento dessa inormação será possívelescolher, em seguida, quais os instrumentos nanceiros (ações, opções,índice uturo, dólar, etc.) que utilizará para atingir os objetivos traçados.

Não basta apenas ter dinheiro no mercado nanceiro, a conquistada prosperidade passa pela denição clara de uma estratégia de operaçãopara conseguir, ao longo do tempo, executá-la com disciplina e evitarassim o improviso.

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Pcípos u estté 3

O detalhamento de todos os procedimentos para a entrada e a saídade uma operação é chamado trading system, no qual os sinais de compra ede venda são disparados mecanicamente a partir de regras pré-estipuladas.Adicionalmente, o trader poderá programar essas regras e testar a vali-dade de sua estratégia por intermédio da simulação histórica dos preços.

Uma das histórias mais amosas sobre a aplicação de um trading sys-tem na prática aconteceu em 1984, nos Estados Unidos. Richard Dennis,um amoso operador de Chicago, iniciou uma acalorada discussão comseu sócio, Bill Eckhardt, sobre a possibilidade de transormar qualquerpessoa em um trader de sucesso. Ele acreditava que bons traders poderiamser criados a partir do zero, desde que tivessem um bom aprendizado e

muita disciplina, enquanto Eckhardt deendia que operar com sucessono mercado era um talento nato. Para descobrir quem tinha razão, elesdecidiram colocar um anúncio na revista Barron’s em busca de interes-sados em operar no mercado de renda variável sem a necessidade deconhecimento prévio sobre o assunto (a Figura 1.1 mostra uma cópia doanúncio original).

Figura 1.1 – Aúio oloado por Rihard Dei em bua de traders 

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 Dos mais de mil candidatos, Richard Dennis escolheu um grupo emtorno de vinte aprendizes e os apelidou de Turtles (tartarugas), devido auma viagem eita a Cingapura onde conheceu um criadouro de tartarugas.

...iremo riar traders do memo jeio que ele riam

araruga...

RichARD Dennis

Os escolhidos tiveram que assinar um contrato válido por cincoanos, que poderia ser cancelado a qualquer momento por Dennis. Nesse

contrato constava que os aprendizes de operadores não precisariampagar pelos eventuais prejuízos, receberiam 15% dos lucros gerados,não poderiam negociar para si próprios ou trabalhar para terceiros, edeveriam manter sigilo absoluto durante dez anos sobre o sistema deoperação que estavam prestes a aprender. Durante duas semanas, osTurtles aprenderam as regras de operação do sistema desenvolvido por

Dennis e Eckhardt, e ao longo dos quatro anos seguintes conseguiramgerar um retorno médio anual de 80%.

Qualquer pessoa com uma inteligência mediana pode

aprdr a oprar. não é pro r um a d

ogu. no ao, é muo ma á aprdr o

que deve ser feito nas operações do que efetivamente

azê‑o.

Bill eckhARDt

Das palavras de Eckhardt podemos entender que o ponto-chavedo sucesso no mercado não é simplesmente possuir uma estratégia que

ganhe mais do que as outras; é importante ter disciplina para executá-

-la. Essa disciplina passa pelo controle emocional, pois sabemos que

durante as operações muitos investidores e traders são incapazes delidar com um cenário de perda de orma racional e acabam permitin-do que a intuição dite os rumos da operação.

A construção de um sistema mecânico de operação, trading sys-

tem, tem como virtudes:

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Pcípos u estté 5

1. Reduzir o improviso e os eeitos das emoções sobre as operações.

2. Testar no passado ideias de operação antes de colocá-las emprática, evitando que o capital do trader seja utilizado como

um balão de ensaio de algo que visualmente parece “bom”.3. Avaliar se a estratégia é compatível com os objetivos traçados

e, em caso contrário, o que será preciso azer para readequá-la.

4. Possibilidade de otimizar os parâmetros do sistema para ma-ximizar a relação lucro versus perda.

5. Executar automaticamente as operações de compra e venda.

1.2 defInIndo o PerfIl de oPeração

Antes de começar a traçar a estratégia de operação, o trader precisa

se autoconhecer para evitar que, ao longo do tempo, passe por mo-mentos de angústia e euoria. Essa autoanálise traz à tona os pontosracos e as qualidades de cada um.

... Voê pra dfar o u poo rao para

mudar. Maa um dáro obr ua opraçõ d

mrado – ao a razõ qu o varam a rar oua ar d oda a poçõ. Buqu padrõ rpvo

d uo ou d raao. Qum ão aprd om o

paado á odado a rp‑o...

... O rader bem‑uedido é realia. sabe que uacapacidades são limitadas. Vê o que está acontecendo no

mrado ab ragr ao ao... O radr profoa

ão dá ao uo d amar uõ.

AlexAnDeR elDeR

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Partindo das sugestões do dr. Alexander Elder, otrader precisará

responder a perguntas como:

yy yQue tipo de ativo aceita operar?

yy yQual é o tempo gráfco que não lhe causa grande desconorto?

yy yTem condições de acompanhar a evolução dos preços no tempo

gráco escolhido?

yy yComo digere as operações perdedoras?

yy yQual a relação retorno versus risco aceitável?

yy yTrabalha com que tipo de gestão de risco?

yy yQuais erramentas, grácas ou undamentalistas, serão utili-

zadas na tomada de decisões?

Para ajudar nessas respostas, vamos tratar de cada assunto levan-

tado separadamente.

1.2.1 Perfl do Trder

Podemos construir sistemas com objetivos de curto, médio ou longo

prazos, sendo que a decisão da escala gráca deve estar correlaciona-

da com o perl do trader (a escala gráca também é conhecida como

time frame ou tempo gráco). A Figura 1.2 apresenta os tipos de

pers encontrados no mercado, suas respectivas escalas e a duração

média das operações:

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Pcípos u estté 7

Figura 1.2 – Perfl de Operação versus tempo Gráfo

yy yUm trader de longo prazo, conhecido também como Position

Trader, não tem interesse em abrir e echar posições com gran-

de requência, e considera que a maior parte das futuaçõesdiárias do preço não passa de “ruído” dentro de um horizontede tempo mais amplo. O objetivo desse perl é obter retornosrobustos em ações com sólidos undamentos. Normalmente,as estratégias são montadas a partir de grácos semanais comindicadores técnicos de rastreamento de tendência. Essas ope-rações não têm limite de tempo e podem ser mantidas pormeses ou até mesmo anos, desde que o movimento dos preçosesteja a seu avor.

yy yO trader com perl de médio prazo também opera papéis combons undamentos e com indicadores técnicos de rastreamentode tendência, mas, nesse caso, o horizonte de tempo é de algunsmeses. Seu objetivo é capturar as tendências que são ormadasnesse período; em geral utiliza a escala diária, mas, dependendoda característica gráca do ativo, o trader poderá optar pelográco semanal .

yy yO trader de curto prazo, conhecido também como Swing Tra-der, trabalha com tempos grácos baseados no diário ou in-

traday (grácos com escala de 30, 60, 120 minutos, etc.). Oobjetivo é tirar proveito dos movimentos de alta e de baixa que

durem de alguns dias até algumas semanas. Fundamentos não

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são necessários nos ativos que serão negociados, eles precisam

apenas possuir boa liquidez. Outro ponto a ser destacado é que

esse tipo de perl aceita operar a avor e contra a tendência do

preço, podendo estruturar tanto operações de compra quantode venda (mais adiante veremos que para isso será necessário

o aluguel das ações). O Swing Trader tem à disposição prati-

camente toda a gama de erramentas técnicas criadas até hoje.

yy yO trader de curtíssimo prazo, também conhecido como

Daytrader, realiza operações que começam e terminam den-

tro do mesmo pregão e pode até mesmo trabalhar com vendas

a descoberto e eetuar várias operações no mesmo dia. Essas

características acabam exigindo a escolha de um tempo gráfco

reduzido (intraday de 1 minuto, 5 minutos, 15 minutos, etc.)

que consiga capturar os movimentos rápidos dos preços. Esse

perl aceita operar a avor e contra a tendência e, da mesmaorma que o Swing Trader, possui um arsenal de erramentas

grácas para atingir seus objetivos. Vale destacar que, além de

possuir alta liquidez, os ativos negociados precisam também

apresentar alta volatilidade. Em geral, em termos percentuais,

os ganhos e as perdas são pequenos, mas esse trader pode

azer operações com alto grau de alavancagem. No Brasil, ataxação de imposto de renda para essa modalidade é superior

às demais.

Alerta #1: O time frame correto é aquele que mais

se adapta ao perl do trader.

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Pcípos u estté 9

1.2.2 Perfl gráfco do ativo

Segundo a análise técnica, ao longo do tempo, os preços se desen-volvem em três movimentos distintos: tendência de alta, tendência

de baixa e acumulação. Porém, entre os ativos disponíveis na bolsaé possível encontrar alguns com pers mais acumulativos e outrosmais tendenciosos. A escolha da técnica empregada deve estar ligadaàs características grácas do papel que será operado, senão o trader não terá os resultados esperados.

A Figura 1.3 apresenta o gráco diário de Cemig PN entre abril

de 2009 a abril de 2010. A partir dele é possível notar que, apesar deo papel ter experimentado uma orte alta no nal de 2009, na maiorparte do ano os preços trabalharam dentro de acumulações.

Figura 1.3 – Cemig PN

Ou seja, não seria recomendável aplicar sistemas de tendência no

gráco diário desse papel. Todavia, um mesmo ativo com perl deacumulação em uma determinada escala pode ser tendencioso em um

tempo gráco menor. A dierença é que a visão será mais curta, e porcausa disso o trader terá de avaliar se é compatível com o seu perl.

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No nal da Figura 1.3, entre janeiro e abril de 2010, o diário deCemig PN passou por uma acumulação, mas se reduzirmos a escalagráca para 60 minutos, como mostrado na Figura 1.4, poderemos

notar que o papel experimentou duas tendências de alta e duas debaixa, que tiveram uma oscilação de 8%, em média.

Figura 1.4 – Gráfo de 60 miuo de Cemig PN

1.tedêia de ala de 22 de jaeiro a 1º de evereiro.

2.tedêia de baixa de 1º de evereiro a 7 de evereiro.

3.tedêia de ala de 7 de evereiro a 15 de evereiro.

4.tedêia de baixa de 15 de evereiro a 25 de evereiro.

Isso signica que traders com perl de swing trading puderamaproveitar essas tendências de curto prazo.

Resumindo, o gráco diário de Cemig PN tem características deacumulação, enquanto o intraday de 60 minutos é tendencioso.

Outro exemplo sobre a importância da identicação das carac-terísticas grácas do papel é ilustrado pelo gráco diário de Vale

PNA (Figura 1.5). No período de evereiro de 2009 a abril de 2010,VALE5 ormou acumulações curtas, tanto em tempo quanto emamplitude, e tendências de alta e de baixa bem mais prolongadasque as observadas no diário de Cemig PN.

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Figura 1.5 – Vale PNA

No nal de 2009 o papel passou por uma ase de acumulação, euma redução da escala gráca entre novembro de 2009 e janeiro de

2010 provavelmente mostrará uma série de tendências curtas de altae de baixa.

Alerta #2: É vital identicar qual é o perl grácode cada ativo para avaliar se ele é ou não adequado

ao perl de operação.

Esse raciocínio também vale para o gráco semanal, no qual acu-mulações nesse tempo gráfco poderão ser tendências menores de alta

e de baixa na escala diária.

1.2.3 Perfl de Voltilidde

Após identicar as características grácas do ativo, o próximo passoé avaliar qual é o perl histórico de sua volatilidade. Entende-se por

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volatilidade a dispersão das variações percentuais dos preços em re-

lação à média de retornos. Vamos entender isso um pouco melhor:

Suponha que uma ação esteja sendo cotada a R$ 20,00 e a sua

volatilidade histórica seja de 50% ao ano. Isso signica que estatis-ticamente espera-se que ao longo de um ano o preço do papel esteja

situado entre R$ 10,00 e R$ 30,00. É importante entender que a vo-

latilidade não indica o sentido dos preços, mas apenas a sua possível

aixa de oscilação, isto é, o quanto pode subir ou cair.

Como mostra a Figura 1.6, um ativo com alta volatilidade tende aapresentar maiores dispersões de preços em relação a sua média e, em

geral, ganha a preerência dos traders mais arrojados. Por outro lado,

ativos com um histórico de volatilidade mais baixa acabam sendo

os mais utilizados por traders com perl conservador ou moderado.

Figura 1.6 – curva da diribuição ormal

Vale destacar que um ativo mais volátil não signica que será

necessariamente o mais lucrativo de todos. A inormação que a alta

volatilidade nos dá é de que, possivelmente, oportunidades de curto

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prazo tenderão a aparecer com maior requência. Por outro lado,esse ativo será mais arriscado devido às suas grandes futuações.

A m de exemplicar as dierenças de volatilidade entre dois pa-

péis, vamos analisar os grácos diários de Itaúsa PN e MMX ON. Aescolha de MMX ON como critério de comparação oi eita porque

esse papel é negociado em uma aixa de preço similar à Itaúsa PN,

além de ambos terem boa liquidez. A Figura 1.7 apresenta o gráco

diário de Itaúsa PN e sua volatilidade histórica diária. Podemos ob-

servar que no período de abril a julho de 2010 a volatilidade saiu de

1,30% para 2,60%.

Figura 1.7 – Volailidade diária de Itaúsa PN 

Grosso modo, o papel que apresentava uma oscilação média

diária de mais ou menos 1,30% passou a apresentar uma variação

média diária de mais ou menos 2,60%. A elevação dessa volatilidade

ocorreu, basicamente, pelas bruscas reversões das tendências de alta e

de baixa que aconteceram em abril e junho de 2010, respectivamente.

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14  Trading SySTem

 Já no diário de MMX ON (Figura 1.8), podemos vericar que deabril a maio de 2010 a volatilidade do papel passou de 2% para 4,6%

(o dobro da volatilidade apresentada por Itaúsa PN), e só a partir de

junho a volatilidade diária começou a cair, até retornar para a aixade 2,6% no início de agosto. Essa queda da volatilidade aconteceugraças à entrada dos preços em uma acumulação, mesmo assim, aamplitude desse movimento oi de 20%, e isso não permitiu umaredução maior da volatilidade.

Figura 1.8 – Volailidade diária de MMX ON

Estes dois grácos mostram que ambos os papéis passaram portendências tanto de alta quanto de baixa em 2010, mas o que osdierenciou oi a velocidade nos distintos movimentos. Enquan-to, de abril a maio de 2010, Itaúsa PN saiu de R$ 12,50 para R$10,50 (queda de 16%), MMX ON passou de uma cotação de

R$ 14,00 para R$ 8,40 (baixa de 40%). Em contrapartida, de maioa junho, ITSA4 acumulou uma alta de 13% em relação ao seu undo,enquanto MMXM3 subiu 44%. Ou seja, o que a maioria das pessoasvê como instabilidade, um swing trader ou um daytrader enxergacomo oportunidade.

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Pcípos u estté 15

Para diluir a volatilidade em um determinado tempo gráco

basta reduzi-lo para uma escala gráca menor, desde que o ativo

tenha liquidez. Exemplo: se o trader avaliar que a volatilidade no

gráco diário extrapola os níveis previamente estipulados para oseu perl, ele poderá preerir mudar a escala do papel para 120 ou

para 60 minutos.

Alerta #3: A volatilidade do ativo é diretamente

proporcional ao apetite de risco do trader.

É importante ressaltar que a alta volatilidade de um papel não

deve ser consequência de sua baixa liquidez. Para ilustrar essa situa-

ção, vejamos o gráfco diário de Fibam PN (Figura 1.9). A volatilidade

de 4% ao dia entre julho e setembro de 2010 oi ocasionada pelas ra-

ras vezes que o papel teve negócios (durante todo o mês de setembro,

aconteceram negociações nesse ativo somente em 3 pregões), o que,

na prática, não permitiria a aplicação de uma estratégia consistente.

Figura 1.9 – Volailidade diária de Fibam PN

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16  Trading SySTem

1.3 aluguel de ações

Internacionalmente, operações de compra são conhecidas como long ,

e operações de venda são chamadas de short . No Brasil, é permitidoabrir vendas a descoberto (vender algo que não se possui) somente em

operações de daytrade. Para passar de um dia para outro com umaposição vendida é obrigatório realizar o chamado “aluguel de ações”.

Aluguel de ações é uma operação na qual os investidores, cha-mados doadores, disponibilizam títulos (ações das empresas) paraempréstimo, e os traders, conhecidos como tomadores, cam com a

sua custódia por um determinado período, mediante aporte de umamargem de garantia.

Pelo aluguel das ações o doador recebe uma taxa de juros livre-mente estipulada, com base anual e capitalização composta por diasúteis ( pro rata), a ser paga no primeiro dia útil após o encerramentodo contrato. Mesmo com suas ações alugadas, o doador mantém to-

dos os direitos de proventos (dividendos, juros sobre capital próprio,bonicações e subscrições) reerentes a essas ações, tendo a garantiada CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia) de queos papéis serão devolvidos

O tomador do aluguel cará com o ativo disponível em sua car-teira durante o período de vigência do contrato, e terá a obrigação de

devolvê-lo até o dia de seu encerramento. Isso implica que a recomprado ativo deve ser eita até três dias antes do prazo da liquidação docontrato de aluguel (D-3) para as devidas compensações.

Após alugar as ações, o tomador poderá vendê-las no mercado àvista para aproveitar um movimento de baixa. A queda no preço doativo proporciona uma recompra com lucro, enquanto a alta do papelocasiona prejuízo.

A garantia requerida para esse tipo de operação é igual ao valoratualizado das ações, acrescido de um percentual denido pelo Ban-co de Títulos CBLC (acesse o site http://www.cblc.com.br e busquepor cálculo de margem). Esse percentual é xado considerando-se aliquidez e a volatilidade dos títulos objeto do empréstimo. Os títulos

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Pcípos u estté 17

somente são liberados após o tomador ter depositado as garantiasnecessárias na CBLC e o Banco de Títulos CBLC-BTC ter autorizadoa operação.

São aceitos pela CBLC como depósito de garantia os seguintesativos:

yy Moeda corrente nacional.

yy yTítulos públicos

yy Ouro ativo nanceiro.

yy

yTítulos privados (CDBs).yy yCotas de ETFs e ações de empresas listadas na BM&FBOVESPA

e custodiadas na CBLC.

yy yCartas de ança bancária.

A CBLC avalia diariamente as garantias pelo seu valor de merca-do em moeda corrente nacional, aplicando a este valor um percentual

de deságio, de acordo com o respectivo risco (de mercado, de crédito,de liquidez e outros), e considerando os eventuais custos relevantes de

realização. Além disso, o valor da margem exigida é acompanhadodiariamente e recomposto, se necessário.

Como dito anteriormente, o aluguel não é necessário nas ope-rações de daytrade. Isso acontece porque o trader recompra a ação

dentro do mesmo pregão e não há transerência de custódia, masapenas a liquidação por dierença do preços pago e recebido.

1.4 gerencIamento de rIsco

Tanto estratégias de alta quanto de baixa eventualmente levam àperda de dinheiro. Justamente por isso, além da saída das operaçõesacionadas por algum tipo de erramenta da análise técnica (indicado-res, padrões grácos, etc.), o trader poderá estipular limites de perdae de ganho para suas operações.

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18  Trading SySTem

Esses níveis de saída são conhecidos como stops, e extremamente im-portantes para evitar que ocorra perda substancial do capital, devoluçãode boa parte dos ganhos já obtidos na operação ou que uma operaçãoganhadora se transorme em perdedora.

...no merado há traders veerao e traders 

orajoo, ma ão oheço traders veerao

orajoo...

BOB DinDA

Vamos entender os três tipos de stops mais comuns no mercado:O chamado money management , ou stop de perda, ou stop loss, éo nível de perda que ao ser atingido liquidará a operação de compra oude venda. Esse procedimento evita que uma operação de perda tenha umorte impacto sobre o capital aplicado. O stop estipulado pode ser dadoem valor absoluto (R$) ou em percentual (%).

Na ilustração à esquerda da Figura 1.10 temos uma operação de com-pra que, após ser iniciada, acabou sendo liquidada com prejuízo a partirdo momento em que o preço atingiu um patamar previamente estipulado.

Figura 1.10 – Stop de Perda

Raciocínio semelhante aplica-se para o stop de perda na estratégiade baixa. A ilustração à direita da Figura 1.10 mostra que, neste caso, aliquidação com prejuízo ocorrerá se, após a entrada na venda, o preço doativo subir e atingir o patamar de preço predeterminado.

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Pcípos u estté 19

É importante que o trader tenha cuidado na denição do nível deperda, pois se esse patamar or muito reduzido qualquer oscilação depreço poderá levar à execução de uma saída, mesmo que tal oscilaçãonão tenha alterado a trajetória do movimento (alsos stops).

Alerta #4: Um trader que não corta suas perdas nãoterá vida muito longa no mercado nanceiro.

Outro tipo de saída pode ser executado quando a operação atingeum objetivo de ganho predeterminado, evitando que a ganância tome

conta da operação. O chamado proft target, ou stop de ganho, ou stop de objetivo, é estipulado em valor absoluto (R$) ou em percentual (%).

Na ilustração à esquerda da Figura 1.11 podemos ver que, após umaentrada na ponta compradora, o preço iniciou uma alta que atingiu umpatamar previamente estipulado, e a operação oi liquidada com lucro.

Figura 1.11 – Stop de Objeivo

A ilustração à direita da Figura 1.11 exemplica uma estratégia devenda. Neste caso, a liquidação com ganho ocorrerá se, após a entradana ponta vendedora, o preço do ativo cair e atingir o patamar predeter-minado.

A escolha do nível de stop de objetivo dependerá do tipo de estratégia

utilizada:yy yEstratégias de médio e de longo prazos possuem grandes stops de

objetivo para evitar saídas prematuras.yy yEstratégias de curtíssimo prazo trabalham com pequenos stops de

objetivo, baseados na amplitude média de oscilação do ativo queestiver sendo operado.

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20  Trading SySTem

O risk trailing stop, ou stop móvel , é um tipo de saída que é disparadoquando o ativo devolve uma parcela do máximo lucro contábil atingidoaté o momento. O nível de stop é dado em valor absoluto (R$) ou empercentual (%). A Figura 1.12 ilustra como essa saída é acionada para

uma operação de compra.Após a entrada na compra, o preço iniciou uma alta e o stop de saídaoi sendo levantado a cada novo topo ormado. A operação é liquidadano momento em que uma realização consiga atingir o stop móvel atual.

Figura 1.12 –Stop Móvel da compra

No caso de uma estratégia de baixa (Figura 1.13), após a entradana venda, a cada novo undo ormado o stop móvel de saída vai sendorebaixado. A estratégia só é liquidada quando o preço subir e atingiro stop móvel mais recente.

Figura 1.13 –Stop Móvel da Veda

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A Figura 1.14 ilustra um exemplo prático de colocação de stops.

Figura 1.14 – Stops de Perda e de Objeivo

No início de junho de 2010, uma compra oi executada em Ele-tropaulo PNB (ELPL6) a R$ 27,50, com um stop de perda em R$25,95 e um stop de objetivo em R$ 31,35. Após o disparo da compra,o papel rapidamente atingiu R$ 30,35 (pico), iniciou uma realizaçãoaté R$ 28,54 e, em seguida, voltou a ganhar orça. Finalmente, em22 de junho, o preço atingiu o stop de objetivo.

Se além dos dois métodos de saída o trader tivesse escolhidotrabalhar também com um stop móvel, digamos de 3%, a operaçãoteria sido liquidada no momento em que ELPL6 retornou para R$29,44, isso porque o trader não aceitava devolver mais que 3% dopico atingido até aquele momento.

Quando construímos um trading system, esses três tipos de stop podem ser programados dentro das regras de saída.

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