OJORNAL 26/09/2010

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Maceió, domingo, 26 de setembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected] ou [email protected] Evento desperta a consciência ecológica Tráfego tranqüilo com medidas simples Ações no transito da cidade de Bogotá na Colômbia pode ajudar a desafogar o congestionamento aqui em Maceió.

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Tráfego tranqüilo com medidas simples Ações no transito da cidade de Bogotá na Colômbia pode ajudar a desafogar o congestionamento aqui em Maceió. Maceió, domingo, 26 de setembro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] ou [email protected]

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Evento desperta a consciência ecológica

Tráfego tranqüilo com medidas simplesAções no transito da cidade de Bogotá na Colômbia pode ajudar adesafogar o congestionamento aqui em Maceió.

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JORNALO LO JORNA

Domingo, 26 de setembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNA

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Diretor-ExecutivoPetronio [email protected]

Editor-GeralDeraldo [email protected]

Editor Igor [email protected]

Diretora ComercialEliane [email protected]

Colaboradora editorialJakeline Siqueira

ISO 26000: Norma foi aprovada e serápublicada no final do ano

Neste mês, aconteceu a votação final do do-cumento ISO 2600, primeira norma mundialnão-certificável sobre Diretrizes de Respon-sabilidade Social, que poderá ser aplicada porqualquer tipo de organização. Sua publicaçãoestá programada para até o final deste ano, compossível versão em português. Foram oitoanos de discussões que resultaram no textofinal da norma International Organization forStandardization (ISO) 26000, de Diretrizes deResponsabilidade Social.

Segundo representantes da ComissãoBrasileira da norma, a partir de agora, ocorreà etapa de divulgação para facilitar a imple-mentação das orientações propostas no docu-mento, que deverão ser aplicadas de acordocom as diferentes realidades regionais das or-ganizações. O conteúdo obteve a aceitação de93% dos países-membros da ISO (atualmen-te mais de 160, sendo 112 em desenvolvimen-to), que envolvem diversos stakeholders (con-sumidores, governos, ONGs, representantesdos setores industriais e de serviços, entre ou-tros). Os países que votaram contra a aprova-ção foram EUA, Cuba, Índia, Luxemburgo eTurquia. Apesar de a China ser uma das maisresistentes, durante todo o processo, no final,votou a favor.

Para chegar à redação atual, houve a par-ticipação de cerca de 450 especialistas de 99 paí-ses associados à ISO e de 210 observadores.O Brasil teve papel de destaque, ao participarda liderança das negociações, desde o início.Por ter caráter não-certificável, a estratégia desensibilização é considerada fundamentalnesta fase, a fim de que empresas, ONGs - or-ganizações não-governamentais e governos,entre outros segmentos ou partes interessadas(stakeholders) possam se aprofundar no con-teúdo, com mais de 100 páginas e sete capí-tulos. Anorma trata de temas complexos, di-vididos em sete grandes eixos (direitos hu-

manos, envolvimento comunitário e desen-volvimento, governança organizacional, meioambiente, práticas leais de operação, e de tra-balho, questão dos consumidores).

Segundo Eduardo São Thiago, co-secretáriodo Grupo de Trabalho Internacional da ISO26000 e representante da ABNT - AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas, a norma de-verá ser comercializada, a menos que se en-contre uma solução por meio de patrocínio."O conteúdo será revisto a cada três anos,prazo que hoje é praticado com as demaisnormas", esclarece.

A coordenadora do Relatório de Susten-tabilidade da Petrobras e representante daIndústria, na delegação brasileira da ISO 26000,Ana Paula Grether, explica que não há dire-trizes para avaliação ou auditoria obrigatóriada aplicação da norma ou algum tipo de selopara atestá-la. "O que existe é uma cobrançaimplícita da sociedade e a orientação para queas organizações realizem monitoramento. Elaspoderão fazer auto-declarações ou apresentaros resultados por meio dos relatórios de sus-tentabilidade", diz.

De acordo com Ana Paula, a difusãoentre o setor industrial, será realizada comrodadas de seminários de divulgação, nascinco regiões brasileiras, com a parceria dasconfederações das indústrias, entre outros.A especialista considera que a participaçãode cerca de 40 redes e organizações interna-cionais na formatação da norma, como aComissão Européia, a OIT - OrganizaçãoInternacional do Trabalho e do Pacto Global,é uma sustentação importante para a suacredibilidade. "Anorma também vai influen-ciar pontos de discussão, como o tema do de-senvolvimento comunitário e da Agenda 21,na Rio +20 (evento de balanço de 20 anos daECO-92), que acontecerá no Rio de Janeiro,em 2012", conclui.

CM

YK

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Unidade de Responsabilidade SocialEmpresarial do SESI implanta várias ações

Com o objetivo de não desperdi-çar copos descartáveis e reduzir osimpactos sociais e ambientais, dimi-nuindo custos e incentivando a cultu-ra da responsabilidade socioambien-tal, esta semana o SESI/AL, por meioda Unidade de ResponsabilidadeSocial Empresarial e do Comitê deResponsabilidade Socioambiental, rea-lizou a distribuição das 'CanecasEcossustentáveis' com os colaborado-res do Sistema Fiea.

Outra grande ação desenvolvidanesta semana, 20 a 24 de setembro, éa elaboração do Plano de identifica-ção dos aspectos e tratamento dos im-pactos sociais e ambientais do SESI,

onde cada unidade de negócio estáfazendo seu levantamento junto aoComitê de Responsabilidade Socio-ambiental do SESI/AL e de um con-sultor do SENAI/SC, cuja atividadefaz parte do critério Sociedade doModelo de Excelência da Gestão-MEGque vem sendo implantado em todoo SESI.

No dia 16 de outubro deste ano,será realizado um Encontro Técnicona RPPN em São José da Laje, ondeserá realizado o plantio de 500 mudasde plantas nativas da mata atlântica, eparticiparão além de colaboradores doSESI, 30 colaboradores da empresa PE-TROBRÁS. O objetivo é disseminar co-

nhecimentos acerca da temática daResponsabilidade Social e do desen-volvimento sustentável para os stake-holders (agentes envolvidos) da ins-tituição.

Um grande evento será realizadono dia 28 de setembro, na Casa daIndústria, às 8h, será a mesa redonda"O que as grandes Empresas esperamde seus fornecedores", cuja ação fazparte do projeto de parceria entreSESI/SEBRAE/PETROBRÁS junto a ca-deia produtiva do petróleo, pvc, gás eenergia nos municípios petrolíferos doEstado de Alagoas.

A Unidade de ResponsabilidadeSocial Empresarial do SESI também

realizará consultoria em três empre-sas fornecedoras da PETROBRÁS noproduto Gestão da ResponsabilidadeSocial Corporativa, onde serão aplica-dos os Indicadores Ethos de Respon-sabilidade Social e apresentado oRelatório de Diagnóstico com os pon-tos fortes, as oportunidades de melho-ria e ações recomendadas para implan-tar uma gestão socialmente responsá-vel.

O produto SA 8000 com foco napreparação para certificação tambémserá implantado na TV Pajuçara, queé a empresa pioneira em Alagoas aimplantar esta norma de responsabi-lidade social.

Medidas ante tráfego

Com o alto número de veícu-los nas rodovias e principais viasbrasileiras, especialistas apontamalgumas medidas para harmoni-zar a relação dos veículos nas ci-dades e campo com o meio am-biente. Por esta razão, eles apon-tam algumas medidas antitráfego,até para desafogar o grande nú-mero de congestionamentos. Bompara o meio ambiente, que rece-be menos poluentes, bom para osmotoristas que conseguem trafe-gar com menores dificuldades.

O aumento do número de cor-redores de ônibus é uma das me-didas apontadas. Com viabilida-de média de dar certo, a idéia éreservar faixas exclusivas paraônibus em praticamente todas asvias de grande tráfego da cida-de. Como primeira consequência,haveria a redução do espaço paraos motoristas e o aumento dos

congestionamentos. O que deixa-rá de ser um problema quando opúblico que anda de carro passara ver o corredor como um bene-fício. Um exemplo é o programaTransmilênio, implantado em1998 por Bogotá, na Colômbia:faixas exclusivas com pontos deultrapassagem entre os ônibus ecobrança de bilhete único nas es-tações, para não haver demora noembarque. Lá, os coletivos têmcapacidade para até 240 pessoas,passam a cada quatro minutos eandam à velocidade média de 27quilômetros por hora.

Segundo a prefeitura deBogotá, um em cada cinco moto-ristas adotou o ônibus. O custodo quilômetro de um bom corre-dor fica em torno de 90 milhõesde reais. É um quarto do valor doquilômetro do metrô e não levamuito tempo para ficar pronto.

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Com o foco sopretende conscien

Hoje, dia 26, está acontecendo o grandeevento ecológico e esportivo BRASKEMECO RUN - MACEIÓ – 2010 na orla deMaceió. O evento tem início às 8 horas damanhã, na Praça Multieventos, na praiada Pajuçara. O Circuito EcoRun – etapaMaceió, que acontece sob qualquercondição climática, é uma corrida com aparticipação de populares - que realizaramas inscrições antecipadamente - e, ogrande foco é a conscientização da pro-teção ao meio ambiente e a sustentabili-dade.

Com muito sucesso em outros Estadosdo Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro,

Belo Horizonte, Brasília,Salvador e Porto Alegre,além de Maceió. O objeti-vo do evento é despertar a

consciência ecológica e asustentabilidade, pois o cir-

cuito verde acredita na enormeaderência do corredor com a pre-

ocupação ambiental. Com muitoverde e intervenções planejadas para

causar o mínimo de impacto e inspirarpráticas social e ambientalmente respon-sáveis, o BRASKEM ECO RUN -MACEIÓ – 2010 utiliza materiais recicla-dos e recicláveis em grande parte de suaarena e visa o máximo reaproveitamen-to dos mesmos. Toda a emissão de car-bono resultante da realização do circuito

é auditada e compensada por meio do

plantio de árvores. O evento é o pilar daparceria entre O2 e WWF, por meio doqual R$1 de toda inscrição realizada nosmais de 80 eventos anuais é repassada aONG.

A Corrida será disputada nas distân-cias de 5 km e 10 Km, nas categorias in-dividual masculino e individual femini-no,com percurso aferido pela Confe-deração Brasileira de Atletismo. A provaterá a duração máxima de duas horas e asupervisão técnica da Federação Alagoanade Atletismo, com organização daEmpresa Vetor Esportes.

Segundo Milton Pradines, gerente demarketing da Braskem Maceió, o CircuitoEcoRun tem tudo a ver com as preocu-pações relacionadas a qualidade de vidae meio ambiente. Pois, é um evento quetem como apelo a competição saudável ea participação de todos. Além de ser umaação de informação a respeito dos temasambientais. Pradines ressalta que nas are-nas onde as provas são disputadas, exis-tem painéis com informação sobre água,reciclagem, a utilização de materiais de re-ciclagem em toda a montagem, a com-pensação dos créditos de carbono apósas provas, o recolhimento do lixo – que édestinado a cooperativas de reciclagem,como a Coopreal, em Alagoas.

Pradines explica que o evento apóiaentidades como a WWS, Ong de projeçãointernacional, e a Cut verde, uma marca

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cioambiental, o eventontizar atletas e entusiastas

de produtos orgânicos produzidos den-tro das melhores práticas. “Tem tudo a vercom a nossa visão de negócios, com onosso compromisso com o desenvolvi-mento sustentável. A escolha de Maceióestá relacionada a essas questões, inclu-sive com o incentivo ao esporte. É umevento que une a preocupação com aqualidade de vida, que está presente nasnossas diretrizes coorporativas, e ondeexiste toda uma preocupação que estárelacionada com a nossa política de saúde,segurança e meio ambiente internamentecom nossos integrantes e, que é exterior-izada através desses eventos”, salienta.

Pradines afirma que Alagoas é umEstado que tem os maiores índices desedentarismo do Brasil. Por esta razão épreciso que se promova a qualidade devida. E o esporte é uma forma de se an-tecipar aos problemas que o sedentaris-mo pode causar e seus efeitos na saúdedas pessoas, que termina afetando os orça-mentos públicos, os investimentos públi-cos. “Trabalhar pela qualidade de vida éuma ação que, efetivamente ajudará paraque Maceió fique mais bonita e mais feliz.A orla de Maceió e a beleza natural é umapelo para a gente poder falar sobre edu-cação ambiental. Já que temos projetosmuito fortes e voltados para isso. A e-xemplo, do Cinturão Verde e do InstitutoÁgua Viva, duas iniciativas voltadas paraa educação ambiental, por isso não

poderíamos ficar de fora do circuito quetem a pretensão de discutir essasquestões”, observa.

Os organizadores do BRASKEM ECORUN - MACEIÓ – 2010 farão cálculos dequanto carbono será emitido durante aprova, e a Braskem vai reverter em plan-tio de árvores através da parceria com aSecretaria Municipal de Proteção ao MeioAmbiente – Sempma. “ASempma, atravésde Ricardo Ramalho, é um grande par-ceiro. E a idéia é compensar, através doplantio de coqueiros na orla, o que foigasto de carbono provocado pela prova,o transporte, o som. Por isso, os espe-cialistas irão calcular isso, para neutralizaras ações através do plantio”, informa.

Mas, de acordo com Pradines, o maiorimpacto do evento é a educação ambien-tal, é a idéia através do esporte de con-scientizar as pessoas. “O esporte tem essacaracterística de abrir portas e sensibi-lizar as pessoas. A expectativa é que agente ultrapasse 1200 inscritos que teveo ano passado. É um número muito au-dacioso. Apesar de Maceió ser a capitalbrasileira do sedentarismo, a gente pre-cisa vencer essas barreiras. Aprova é linda,a arena e o circuito são muito interes-santes e a integração das pessoas é muitoforte. Teremos uma festa muito bonitaneste domingo e o objetivo é que esteevento fique definitivamente no ca-lendário da cidade”, comemora.

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Inmetro e Ibama fecham acordopara uso do ARLA 32Aditivo para motores a diesel reduz emissão de gases poluentes terá certificação compulsória

O Instituto Nacional de Metrologia,Normalização e Qualidade Industrial(Inmetro) e o Instituto Brasileiro deMeio Ambiente (Ibama) assinaramhoje, 13 de setembro, o Termo deCooperação Técnica para a regula-mentação da produção, comercializa-ção e uso do ARLA 32, aditivo paramotores a diesel que reduz as emis-sões de gases poluentes. A parceria foiassinada pelos presidentes das enti-dades, Abelardo Bayma Azevedo, doIbama, e João Jornada, do Inmetro.

O ARLA 32 será introduzido nomercado brasileiro com base naInstrução Normativa nº 23/2009 doIbama. Trata-se de uma solução aqu-osa de ureia técnica, não tóxica, pro-duzida em laboratório, que reduz asemissões de óxido de nitrogênio (NOx)dos veículos equipados com motores

a diesel. Esta redução ocorre por meiode uma reação química entre a ureiae o gás do motor decorrente do fun-cionamento.

"É muito importante para o Inmetroestar engajado em um projeto degrande importância, sobretudo queatenda à preocupação da sociedadecom a questão do meio ambiente.Vamos definir os padrões e atuar naregulamentação dos detalhes técnicos,além de acompanharmos a fiscalizaçãoem todo o país. O produto que não es-tiver em conformidade não poderá sercomercializado", comentou Jornada.

O ARLA 32 está classificado na cat-egoria dos fluidos transportáveis debaixo risco, pois não é explosivo nemnocivo ao meio ambiente. A partir de1º de janeiro de 2012, todos os veícu-los novos classificados como comerci-

ais leves, pesados, semipesados eônibus terão de usar o Arla 32. O pro-duto estará disponível em postos deabastecimento, concessionárias e atémesmo em supermercados.

A certificação será obrigatória e,portanto, o produto deverá apresentarselo do Inmetro e do Ibama. "Sem estasolução o veículo não vai andar ou vaiandar em condições bem precárias. Aproporção é de que a cada cinco tan-ques de diesel será preciso usar umde ureia. É uma solução barata, quenão vai impactar no preço do diesel.Nossa expectativa é uma significativaredução de NOx. A indústria já sabedas mudanças há um ano e preparaas adaptações para atender às exigên-cias", explicou Paulo Macedo, coorde-nador de resíduos e emissões doIbama.

A Diretoria de Metrologia Científicae Industrial do Inmetro trabalha nadefinição do material de referência doArla 32, assim como a Diretoria daQualidade se encarrega do planeja-mento desde o processo de certificaçãoaté a fiscalização do produto. O acor-do entre o Inmetro e o Ibama viabi-lizará a implementação das atividadesde regulamentação, registro e fiscal-ização do ARLA 32, além da utilizaçãoda infraestrutura do Inmetro paraanálises técnicas a serem realizadaspara a liberação da produção e da com-ercialização do agente. Devido à altainovação tecnológica, a produção doARLA 32 vai causar impacto em di-versos setores da economia, incluin-do as indústrias automobilística,química e de derivados de petróleo ecombustíveis.

Da fritura da batata ao combustível O projeto nacional de transformar óleo de fri-

tura em combustível na rede Mc Donald's, podeser adotado pela matriz, nos Estados Unidos.Atualmente, cerca de 3 milhões de litros de óleode cozinha são utilizados na fritura de batatas e em-panados nos 580 restaurantes da rede McDonald'sno Brasil. O resíduo, que antes virava sabão, trans-forma-se em biodiesel, para abastecer os cami-nhões de entrega da rede. O projeto, em caráter ex-perimental em 20 lojas, já produz entre 2 000 e 3000 litros de biodiesel por mês. No próximo ano,deverá ser adotado em todas as lojas do grupo.

Segundo José Augusto Rodrigues dos Santos,

executivo da Martin-Brower - empresa que é res-ponsável pela idéia pioneira - existe um poten-cial de produzir até 2 milhões de litros de bio-diesel por ano quando o programa for estendi-do para toda a rede. Cinco caminhões de entre-ga fazem seu trabalho normal e também recolhemo óleo de cozinha do projeto. Eles também sãoabastecidos com o biodiesel. Quatro deles rodamcom B20 (20% de biodiesel adicionado ao dieselcomum) e um com B100 (100% de biodiesel)."Caso a iniciativa realmente funcione, vamos ex-portá-la para a matriz, nos Estados Unidos", afir-ma o executivo.

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Para formar cidadãos con-scientes, a escola deve atualizar con-ceitos e modificar práticas em re-lação às questões ambientais. Pois,a situação ambiental em diferentesregiões do planeta, revela o impactodas ações humanas sobre o equi-líbrio da Terra. Esta temática já estápresente nas escolas e nas salas deaula brasileiras. Porém, não bastaapenas falar sobre elas, é precisoque a equipe escolar tenha infor-mações atualizadas, alie o discursoà prática e dê oportunidades coti-dianas para que os alunos, os fun-cionários e a comunidade incor-porem novas atitudes voltadas àpreservação da natureza.

Muitos especialistas são unân-imes em afirmar que a abordagemde tais conteúdos deve ser feita sem-pre de maneira contextualizada. "Oprofessor não tem de trabalhar emsala algo discutido em termosmundiais, mas aquilo que possafazer diferença na vida dos estu-

dantes e da comunidade", afirmaSueli Furlan, docente da Faculdadede Filosofia, Letras e CiênciasHumanas da Universidade de SãoPaulo (USP) e selecionadora da áreade Geografia do Prêmio VictorCivita - Educador Nota 10.

De acordo com a docente, issonão quer dizer que nunca serãofeitas abordagens mais abrangentessobre a questão ambiental. "O de-safio é pensar globalmente e agirlocalmente", explica. Ela ressaltaque participar de um projeto de re-florestamento do entorno da esco-la pode tornar a discussão sobre odesmatamento da Amazônia maissignificativa para crianças e ado-lescentes que moram no sul do país."O problema da diminuição dasáreas verdes no planeta fica, assim,mais próximo ao cotidiano dosalunos, que aprendem a importân-cia de combatê-lo e descobrem, naprática, como ajudar", observa.

Outra dica da especialista é que,

além de apostar na contextualiza-ção dos temas ambientais, é precisoestudar e manter-se atualizado - oque, vale lembrar, não é respons-abilidade apenas dos professores deCiências e Geografia.

Para José Galizia Tundisi, presi-dente do Instituto Internacional deEcologia de São Carlos, no interiorde São Paulo, pesquisas sobre aágua mostram que é precisodiminuir o consumo no curto prazopara barrar a ameaça de escassez eque mesmo o Brasil, dono degrandes reservas, precisa redobrarseus cuidados. "Há muito des-perdício. A distribuição não combi-na com as necessidades da popu-lação e a poluição é um problema",diz.

Em relação ao aquecimento glo-bal, os pesquisadores alertam que oimpacto das ações humanas sobre oclima ultrapassou os limitesaceitáveis e, por isso, é mais do quehora de mudar nosso estilo de vida.

O geógrafo e professor da faculdadede Filosofia, Letras e CiênciasHumanas da USP, Emerson Galvanialerta que, atualmente, somos 6,6bilhões de habitantes consumindo oque existe sobre a superfície ter-restre a um ritmo superior ao da ca-pacidade de reposição do planeta.Estima-se que consumimos 25%além do que o meio ambiente con-segue repor.

A abordagem desses e outros as-suntos em projetos implantados naescola requer alguns cuidados,como por exemplo, tratar os recur-sos naturais principalmente pelaótica do consumo consciente, e ex-plicar que os fenômenos da na-tureza só provocam tragédias emáreas ocupadas pelo homem, em vezde mostrá-los como vilões.

É preciso que o professor ex-plique as questões ambientais demaneira interligada e não falarsobre elas isoladamente. Com isso,ele pode apresentar também, a pro-

moção da redução do consumo ea reutilização de produtos, e nãosomente o processo de reciclagem(que nem sempre é vantajoso).Outra questão, é que ele devefazer discussões com base no co-nhecimento científico e integraros alunos nas decisões da escola,sem impor ações sem contextonem significado para eles.

A implantação de um projetopolítico pedagógico que privilegieo cuidado com o meio ambientepode parecer uma atitude peque-na diante das conseqüências quea humanidade já causou à vida naTerra, contudo provoca umgrande impacto na aprendizagemdos alunos e muda a maneiracomo eles se relacionam com a na-tureza. Todas essas pequenasações tornam-se grandes e, quan-do o objetivo é recuperar o equi-líbrio do planeta, tudo vale a pena.

Planeta em equilíbrio começapela conscientização nas escolas

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