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1 Oficina FACIN ABEP-TIC v 1.0 Julho/2017

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Oficina FACIN ABEP-TIC

v 1.0

Julho/2017

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Sumário

Introdução ............................................................................................................... 3

1 A Oficina ........................................................................................................... 4

1.1 Os Objetivos ........................................................................................................ 4

1.2 A Equipe, o Método de Trabalho e os Instrumentos .............................................. 4

1.3 As Atividades ....................................................................................................... 5

1.4 A Identificação do Cenário ................................................................................... 8

2 Desenvolvimento do Cenário Selecionado ......................................................... 8

2.1 Identificação do Órgão ......................................................................................... 8

2.2 Motivadores/Avaliação do cenário atual .............................................................. 9

2.3 Objetivo a ser alcançado .................................................................................... 10

2.4 Produto/serviço a ser gerado ............................................................................. 10

2.5 Escopo do cenário.............................................................................................. 10

2.6 Elementos do FACIN para suportar o cenário ...................................................... 11

2.7 Modelagem das arquiteturas atual e futura ........................................................ 12

2.7.1 Fase A – Visão da Arquitetura ............................................................................... 13

2.7.2 Fase B – Negócio .................................................................................................... 17

2.7.3 Fase C – Sistemas de Informação .......................................................................... 23

2.7.4 Fase D – Infraestrutura .......................................................................................... 27

3 Análise do cenário em visão global .................................................................. 27

3.1 Análise .............................................................................................................. 28

3.2 Identificação de próximos cenários .................................................................... 33

4 Outros cenários............................................................................................... 33

5 Conclusões ...................................................................................................... 40

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Introdução

Entre junho e julho de 2017 foi realizada a Oficina FACIN – ABEP-TIC, momento em que o Framework de Arquitetura Corporativa para a Interoperabilidade em Apoio à Governança foi colocado em prática pelas entidades estaduais associadas à Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação.

Desde novembro de 2015 o FACIN vem sendo desenvolvido pelo Governo Brasileiro, com envolvimento de representantes do governo em seus 3 poderes e esferas, da sociedade civil, da academia e das entidades disciplinadoras de padrões, entre elas o The Open Group, responsável mundial pela evolução do padrão TOGAF de Arquitetura Corporativa, a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC, Instituto Brasileiro de Governança Pública – IBGP, Data Management Association – DAMA Brasil, Association Business Process Management Professionals – ABPMP, International Institute of Business Analysis – IIBA, entre outros.

Tal envolvimento permitiu ao Framework de Arquitetura Corporativa para a Interoperabilidade e Apoio à Governança atender a um amplo conjunto de necessidades destas entidades, com foco na interoperabilidade e governança. Com isto o FACIN foi integrado a ePING1, em 2017, como padrão de arquitetura corporativa para o governo.

Desde sua implementação, no ano de 2005, a ePING cumpre seu papel junto ao Governo Eletrônico2 definindo “um conjunto mínimo de premissas, políticas e especificações técnicas que regulamentam a utilização da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) no governo federal, estabelecendo as condições de interação com os demais Poderes e esferas de governo e com a sociedade em geral”.

Em seu documento de referência3 a ePING define “os padrões em que deseja interoperar com as entidades fora do Poder Executivo brasileiro”, ressaltando que a adesão ocorre de forma voluntária, exceto para os órgãos do governo federal – Poder Executivo brasileiro, onde “a adoção dos padrões e políticas contidos na ePING é obrigatória”4.

Alinhado aos principais pilares da administração pública, como a Política de Governança Digital5 e o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização6, a iniciativa de desenvolvimento do FACIN faz parte de um debate ainda maior, onde especialistas em governo, políticas públicas e interoperabilidade estão direcionando sua atenção para a questão da governança que, principalmente com o advento da Lei de Acesso a Informação (LAI)7 e a Abertura de Dados (Open Data)8, requer dados íntegros, de propriedade (re)conhecida, para garantir informações de qualidade, que viabilizem não só a transparência, mas também a implementação de políticas ainda mais eficientes e serviços eletrônicos efetivos à sociedade9.

Esse cenário evidencia a importância de se contar com o alinhamento entre os serviços prestados pela administração pública, os sistemas e soluções de TI que os suportam, a infraestrutura requerida e as necessidades e demandas impostas pela sociedade (cidadãos, organizações e empresas e o próprio governo), na busca pela melhoria da qualidade dos serviços públicos.

E é aqui que a ABEP se insere, ao participar como ator principal da Oficina ABEP-FACIN. Como um connection link entre as esferas Federal e Estadual de governo, as entidades estaduais de TIC pretendem implementar a governança como forma de desenvolver soluções interoperáveis e com alto grau de

1 http://www.governoeletronico.gov.br/acoes-e-projetos/e-ping-padroes-de-interoperabilidade 2 http://www.governoeletronico.gov.br 3 http://eping.governoeletronico.gov.br/ 4 Portaria SLTI/MP nº 5, de 14 de julho de 2005. 5 http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Decreto/D8638.htm 6 http://www.planejamento.gov.br/servicos/faq/gestao-publica/gestao-publica-referenciais-de-excelencia-modelos/o-

que-e-o-programa-nacional-de-gestao-publica-e 7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm 8 http://dados.gov.br/dados-abertos/ 9 O FACIN também esta alinhado ao Decreto 9.094/2017, que dispõe sobre a simplificação do atendimento aos

usuários de serviços públicos e outras providências e que revoga o Programa Nacional de GesPública.

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reuso, custo mais justo e melhor usabilidade pelo governo, pelos cidadãos, pelas empresas e organizações.

O FACIN se insere neste contexto como elemento de um conjunto mais amplo no apoio a Governança, pois permite aos executivos de governo, gestores e equipes definir objetivos de negócios, desenvolver estratégias e planos para atingir esses objetivos, tomar decisões, implementar iniciativas e avaliar o desempenho de suas organizações.

Para promover adequadamente a melhoria na prestação dos serviços públicos para o cidadão é preciso conhecer as demandas da sociedade, os dados de negócios das Organizações e os serviços pelos quais são responsáveis, de forma a criar a visão de Governo Integrado, acompanhando as ações integradoras que estão sendo realizadas por seus gestores. A Governança pode apoiar esses desafios à medida que, em sua essência, tem como principal objetivo garantir a confiabilidade das organizações, criando um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos como de monitoramento, a fim de assegurar uma gestão alinhada e eficiente.

1 A Oficina

1.1 Os Objetivos

• Trabalhar a aplicação prática do FACIN em um cenário da ABEP-TIC;

• Apresentar benefícios tangíveis do FACIN para a ABEP-TIC;

• Desenvolver habilidades e conhecimento em Arquitetura Corporativa; e

• Propiciar a interoperabilidade entre os estados e entre estes e o governo federal.

1.2 A Equipe, o Método de Trabalho e os Instrumentos

A equipe responsável por organizar e realizar a oficina foi a seguinte:

Nome Organização

Marcus Vinícius Costa SERPRO

Alexandre Coutinho SERPRO

André Ricciopo SERPRO

Valéria Esther Nigri Musafir SERPRO

Ângela Torres SERPRO

Vanessa Nunes Associada The Open Group

Antônio Plais Associado The Open Group e IIBA

O projeto de desenvolvimento do FACIN prevê, em sua próxima etapa, a construção do método de desenvolvimento da arquitetura. Para a realização da Oficina foi utilizado como orientação o método de desenvolvimento proposto pelo Framework TOGAF (ADM), especificamente as fases A, B, C e D. O TOGAF tem sido uma das fontes de conhecimento utilizada no desenvolvimento do FACIN desde o início do seu desenvolvimento.

O modelo de conteúdo do FACIN, que foi objeto de exercício durante a realização da Oficina, não define uma notação específica e sim conceitos relevantes para o Governo e as relações entre eles. Dessa forma se fez necessária a seleção de uma linguagem de arquitetura, sendo o ArchiMate a linguagem escolhida por ser uma linguagem amplamente utilizada e mantida pelo The Open Group, que ofereceu todo o suporte necessário à sua utilização. O ArchiMate oferece suporte para modelagem dos conceitos propostos no FACIN. A Figura 1 abaixo apresenta a indicação das camadas específicas do ArchiMate que dão suporte a modelagem de cada visão definida no Modelo de Conteúdo do FACIN.

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Figura 1: FACIN e sua relação com as camadas do ArchiMate

Para a elaboração dos modelos de arquitetura foi utilizada a ferramenta de modelagem BiZZDesign Enterprise Studio pela chancela do The Open Group como uma ferramenta que implementa a linguagem ArchiMate e pela disponibilização gratuita oferecida pela organização que a comercializa para sua utilização durante a oficina. No entanto, existem diversas ferramentas que implementam a linguagem ArchiMate, sendo uma de código aberto (Archi) e os modelos desenvolvidos de acordo com a especificação da linguagem padrão ArchiMate 3.0 são portáveis entre as ferramentas certificadas no padrão10. Nenhuma destas adoções é mandatória, e o órgão que decidir implementar o FACIN é responsável pela definição da ferramenta de arquitetura corporativa adequados às suas necessidades.

1.3 As Atividades

A oficina aconteceu entre os dias 13/07/2017 e 25/07/2017 dentro dos quais as atividades descritas na Figura 2 foram realizadas. As datas especificadas referem-se à: reuniões para validação de marcos intermediário (13/06, 03/07 e 17/07), sessões de modelagem do cenário (04/07 a 06/07 e 11/07 a 13/07) e reunião de encerramento da oficina (25/07)11.

Figura 2: Cronograma da Oficina

10 Todos os modelos foram publicados nos formatos pdf e html para conhecimento geral. 11 Todas as reuniões foram gravadas e estão disponibilizadas para consulta.

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13/06 (09h às 17h) – Apresentação da Iniciativa e detalhamento do problema

A série de eventos foi realizada no auditório da sede do Serpro, na SGAN 601, módulo V, Asa Norte, em Brasília, com participação das entidades estaduais de TIC por meio das salas de videoconferência instaladas em suas regionais. Participaram 13 associadas de todas as regiões do Brasil que trouxeram, cada uma, diferentes visões, perspectivas e expectativas sobre o uso de Arquitetura Corporativa, considerando suas diferentes realidades e desafios diários no apoio de tecnologias em seus respectivos Estados.

Foi realizada uma mesa de Abertura (09h20 às 10h20) onde autoridades diretamente relacionadas a questões cruciais da interoperabilidade – como a visão de gestão e processos, a visão de dados e tecnologia e a implementação de tecnologia de serviços eletrônicos – declararam suas expectativas em relação à aplicação do FACIN em suas organizações.

Em seguida foi realizado o Painel 01 (10h20 às 11h20) intitulado: A Arquitetura Corporativa como Suporte a Governança e a Interoperabilidade. Neste Painel, Roberto Severo, Country Director do The Open Group (Brasil), apresentou os princípios e objetivos da Arquitetura Corporativa, sua evolução no Brasil e no mundo, e seu uso como meio para viabilizar a governança e a interoperabilidade nas organizações públicas e privadas. E seguida, Marcus Vinícius Costa, Coordenador de Integração e Interoperabilidade no Serpro e coordenador da iniciativa no Governo Federal, apresentou o histórico de desenvolvimento do FACIN e as metas a serem alcançadas com a Oficina, dentre as quais, implementar uma gestão otimizada nos estados e viabilizar a ação da ABEP como orquestradora, promovendo o compartilhamento e a maximização de resultados para a sociedade.

A dinâmica da Oficina FACIN-ABEP foi apresentada durante o Painel 02 (11h20 às 12h) por Vanessa Nunes, representante associada do The Open Group. Os participantes foram apresentados aos elementos direcionadores e ao foco principal do FACIN, dando início a compreensão dos objetivos de uma Arquitetura Corporativa para o Governo e a integração entre suas visões, bem como os objetivos pretendidos, os resultados esperados com a Oficina e o problema a ser tratado.

A Consultora em desenvolvimento de recursos humanos Ângela Torres do SERPRO conduziu o Painel 03 (14h às 15h) apresentando uma análise do perfil de habilidades profissionais, conhecimentos, experiências e expectativas dos participantes, de forma a evidenciar as competências e habilidades presentes na Oficina e possíveis de serem exploradas no desenvolvimento dos trabalhos. As informações utilizadas nesta análise foram coletadas através de questionário enviado previamente ao início da Oficina.

No Painel 03 (15h às 17h) Vanessa Nunes apresentou todos os cenários enviados pelas entidades associadas e foi acordada a seleção do cenário proposto pela ATI-PE. Os participantes debateram a delimitação do problema e do cenário selecionado, objetivos pretendidos, produto/serviços a ser gerado, escopo de análise e análises desejadas.

Com isto, a ATI-PE assumiu também o papel de interlocutora entre a equipe FACIN e as Associadas ABEP, dado que o exercício de desenvolvimento de cenários envolvia todos os participantes e visto que o problema foi comum á todas.

Foi apresentado um questionário para coleta de dados e informações iniciais necessárias à modelagem, que após o final do evento foi enviado para as entidades associadas. O questionário foi dividido em duas partes: A primeira parte continha perguntas relacionadas à identificação de informações requeridas pelas Visões de Estratégia, GRC, Negócios, Sociedade e Programas e Projetos, do Modelo de Conteúdo do FACIN. A segunda parte já apresentava um ponto de vista mais técnico, contendo perguntas relacionadas ao entendimento de informações requeridas para as Visões de Aplicações, Dados, Infraestrutura e Segurança.

Reunião 03/07 (15h às 17h) – Levantamento do material necessário para modelagem e análise do cenário

A reunião foi realizada com participação do SERPRO e das entidades estaduais de TIC por meio das salas de videoconferência instaladas em suas regionais

Nesta reunião o cenário foi ratificado em termos do problema, escopo, objetivo e futuro pretendido.

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A interlocutora Ana Carolina apresentou o entendimento sobre o cenário, as expectativas, o escopo do cenário (em termos do serviço que foi selecionado), e discorreu sobre o processo de obtenção e desenvolvimento das respostas aos questionários enviados.

A equipe da ATI-PE identificou a necessidade de focar em um processo específico do cenário proposto ao invés de trabalhar uma abordagem mais ampla de forma a atender o dimensionamento da Oficina, atividade esta que já representa um exercício de uso de arquitetura corporativa (especificamente no que tange a fase A do método de desenvolvimento de arquitetura corporativa proposto pelo Framework TOGAF). Além disso, também foram coletadas impressões acerca de algumas dificuldades em responder o questionário12, devido ao seu formato.

A equipe FACIN, representada por Antônio Plais apresentou uma visão inicial de modelos desdobrados a partir da planilha de questionário como forma de exemplificar a dinâmica de condução do trabalho, que foi realizado durante as seis seções de modelagem previstas para a oficina.

04/07 05/07 06/07 11/07 12/07 13/07 (15h às 17h) – Modelagem da situação atual e discussão da situação futura

Foram realizadas seis sessões remotas de modelagem, com duas horas de duração cada. Durante essas sessões, foram discutidas a arquitetura atual e futura necessária para melhoria do processo de agendamento de serviço. Na Seção 2.7, para cada modelo apresentado foi indicado em quais reuniões ele foi levantado, discutido e modelado.

17/07 (15h às 17h) – Apresentação e discussão da modelagem

Nesta reunião, Antônio Plais apresentou os modelos elaborados durantes às sessões, a partir do uso de uma ferramenta de Arquitetura Corporativa, de forma a realizar análises e discutir o cenário atual versus o pretendido.

A ATI-PE considerou o exercício valioso e destacou a importância de que todas as associadas participem da oficina respondendo ao questionário e participando nas discussões sobre o resultado final e como formas de continuar essa iniciativa após a conclusão da oficina. As associadas comentaram sobre o andamento das respostas ao questionário.

O FACIN foi visto como bastante benéfico por apoiar no fornecimento de uma visão unificada das questões a serem discutidas do Governo e pelo Governo e por servir como meio comum para promover e interoperar discussões sobre estas questões.

A equipe FACIN por sua vez considerou o trabalho de modelagem de análise realizado com a ATI-PE com o sucesso, atingindo os objetivos esperados para a oficina.

25/07 (15h às 17h) – Finalização do cenário

Nesta seção de encerramento, Marcus Vinicius mediou a mesa de apresentação dos resultados da Oficina. Nesta mesa, Vanessa Nunes discutiu a importância de Arquitetura Corporativa e do FACIN e apresentou a forma como a Oficina foi conduzida. Ana Carolina Pereira, analista em gestão de TIC da ATI-PE, apresentou os modelos e análises realizadas para a ATI-PE e a análise geral das informações enviadas pelas entidades associadas. Ela ainda deu um depoimento da equipe ATI-PE sobre o uso do FACIN no contexto do cenário trabalhado na oficina. A mesa em seguida foi aberta para perguntas das plateias local e remota.

A seguir foi realizada a mesa de encerramento composta com a presença do vice-presidente de tecnologia da Abep, Romero Wanderley Guimarães; do coordenador geral de arquitetura, processos e dados da SETIC, Vinícius de Faria Silva; do diretor da terceira Diretoria de Fiscalização de Governança de TI, Pedro Coutinho Filho, representando a Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação do TCU; e de Iran Porto Júnior, diretor de Operações do Serpro. Com a mediação de Marcus Vinícius, todos

12 Todas as impressões serão utilizadas para melhorar o questionário para a realização da próxima oficina.

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deram seus depoimentos sobre sua visão em relação a importância da Oficina para o FACIN e para o Governo e sobre os resultados apresentados na Oficina.

Neste aspecto, em particular, houve unanimidade em relação a característica integradora do FACIN, sua capacidade de viabilizar a EGD e a interoperabilidade no governo, em suas 3 esferas e poderes, permitindo criar a tão almejada visão do "governo como um todo".

1.4 A Identificação do Cenário

Das 27 entidades associadas, 9 enviaram sugestões de cenários para serem trabalhados na oficina totalizando 11 cenários, incluindo a própria ABEP e a SEATI.

São elas: SEATI (1), PRODEMGE (1), ATI-PE (2), PRODAM (2), ABEP (1), EMGETIS (1), PRODAP (1), PRODEPA (1) e CODATA (1).

Os cenários foram coletados através de uma ficha-questionário que foi enviada previamente ao início da Oficina a todas as entidades.

Para seleção do cenário a ser tratado durante a oficina, alguns quesitos foram considerados como:

(i) Tamanho e esforço para desenvolver o cenário em relação ao tempo definido para a oficina;

(ii) Abrangência do cenário que promovesse a participação ativa de todas as entidades; (iii) Nível de governabilidade para a resolução dos problemas apontados no cenário;

Dessa forma, o cenário proposto pela ATI-PE (Agência Estadual de Tecnologia da Informação do Estado de Pernambuco) foi o cenário selecionado. Este cenário foi discutido por todas as entidades no dia 13/07/2017 e foi ajustado para ampliar a participação ativa de todos. O cenário é apresentado a seguir.

2 Desenvolvimento do Cenário Selecionado

2.1 Identificação do Órgão

A ATI-PE montou um time multidisciplinar para participar da Oficina com pessoas de Secretarias do Estado envolvidas no cenário.

Participante

Cargo Lotação

Ana Carolina Freitas Pereira

Analista em Gestão de TIC Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI)

Bruno Rodrigo Cunha de Abreu

Analista em Gestão de TIC Secretaria de Saúde - SES

Danyllo Araujo

Analista em Gestão de TIC Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI)

Eduardo Calado Pinheiro

Gerente de Arquitetura de Sistemas de Informação do Governo

Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI)

Eduardo Vinícius Salvador

Chefe Unidade Data Center Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI)

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Eronita Maria Van Leijden

Analista em Gestão de TIC Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI)

Fabio Pacheco

Arquiteto Corporativo Secretaria de Educação (SEE)

George Fragoso de Andrade

Major PM Chefe de Unidade de Sistema e Aplicativos

Secretaria de Defesa Social (SDS)

Ítalo Sivini

Chefe Unidade de Serviços Compartilhados Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI)

Ivanildo Guerra Filho

Diretor de Gestão e Governança de TI Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI)

José Henrique Lins Neto Secretaria de Educação (SEE)

Josias Barbosa Junior

Analista em Gestão de TIC Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI)

Marivete Saraiva Correia

Analista em Gestão de TIC Secretaria da Fazenda (SEFAZ)

Rodrigo de Melo Brennand Secretaria de Saúde (SES)

Walter Felipe dos Santos

Pesquisador na área de Enterprise Architecture CIn/UFPE

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Expectativas com a realização e resultados do cenário:

• Arquitetura Atual do escopo definido;

• Proposta de uma macro-arquitetura alvo (e suas transições) que seja genérica e adaptável à realidade dos Estados; e

• Análises e resultados obtidos através da realização da oficina.

2.2 Motivadores/Avaliação do cenário atual

O problema definido no cenário foi descrito da seguinte forma:

Cada serviço dos governos estaduais possui um cadastro diferente para um mesmo cidadão. Dessa forma, o cidadão precisa se identificar diversas vezes e atualizar seus dados em todos os cadastros, o que dificulta a qualidade e a atualização dos dados nos diversos sistemas do governo ao longo do tempo.

Por outro lado, o governo não consegue relacionar os diversos serviços de um mesmo cidadão e não consegue ter um relacionamento com o cidadão. O cidadão vê vários governos e o governo vê um cidadão como vários. Este cenário resulta em multiplicidade, falta de padronização no entendimento e dificuldade de uso de informações sobre os cidadãos e dos diversos papéis que eles exercem na sua interação com o governo estadual, considerando os diversos serviços de governo, seus sistemas e infraestrutura atualmente em uso.

É necessário que seja desenvolvida uma visão única do cidadão, através de uma arquitetura que promova interoperabilidade entre os serviços oferecidos pelo Governo.

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2.3 Objetivo a ser alcançado

Maior assertividade e eficiência na identificação e uso de informações do cidadão, através da implantação de uma visão única do cidadão para integração de serviços oferecidos no âmbito do governo estadual.

2.4 Produto/serviço a ser gerado

Criação de uma visão única do cidadão, onde ele possa ter acesso aos serviços disponibilizados pelo governo, durante todo o seu ciclo de vida, com identificação do cidadão de forma unívoca dentro das esferas governamentais. Assim, o foco é disponibilizar uma macro arquitetura com canal único de atendimento ao cidadão, oferecendo o serviço prestado com mais eficiência e maior acessibilidade, além de proporcionar uma gestão pública mais assertiva.

2.5 Escopo do cenário

Pelo fato do cenário abranger uma quantidade grande de serviços públicos, definiu-se um escopo de trabalho que comportasse o tempo previsto para o desenvolvimento da Oficina. Sendo assim, o escopo do cenário foi:

• Foco no cidadão e no relacionamento dos diversos cadastros de um mesmo cidadão considerando o Estado de Pernambuco.

• Foco nos benefícios que o cidadão poderá ter na redução de burocracia para o mesmo se relacionar com o governo.

• A ATI-PE sugeriu inicialmente 6 serviços públicos, para que, a partir desses, 1 serviço fosse selecionado para desenvolvimento das visões definidas no Modelo de Conteúdo do FACIN. A Tabela 1 exibe as informações levantadas dos serviços sugeridos.

Tabela 1: Serviços inicialmente sugeridos

Serviço Descrição Organização Informações coletadas

Agendamento de serviço

Serviço genérico onde o cidadão pode agendar qualquer serviço de governo que tenha interesse.

Todos os órgãos do Governo do Estado de Pernambuco

Domínios: Estratégia, Negócio, Aplicações, Dados, Infraestrutura, Programas e Projetos, Sociedade

Boletim de Ocorrência

Serviço de registro de ocorrências policiais disparado pelo cidadão ou empresa quando vítima de crime.

Polícia Civil de Pernambuco ( Secretaria de Defesa Social )

Domínios: Estratégia, Negócio, Aplicações

Emissão de carteira de Identidade

Serviço disponibilizado para o cidadão para emissão de primeira via ou renovação de carteida de identidade civil.

Instituto de identificação Tavares Buril (Secretaria de Defesa Social )

Domínios: Estratégia, Negócio, Aplicações

Emissão de antecedentes Criminais

Serviço disponibilizado para emissão de certidão de nada consta de antecedentes criminais ou pelos órgãos de segurança quando necessitam de certidões.

Instituto de identificação Tavares Buril (Secretaria de Defesa Social)

Domínios: Estratégia, Negócio, Aplicações

Acesso ao Acesso aos dados do paciente Diretoria dos Domínios: Estratégia,

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Prontuário Eletrônico do Paciente

de forma unificada pelas unidades básicas de saúde e médicos de hospitais da rede estadual.

Hospitais e Secretaria Executiva de Atenção a Saúde (Secretaria de Saúde)

Negócio, Aplicações

Projeto Boa Visão

Serviço de encaminhamento para atendimento médico-oftalmológico de referência os portadores de patologias mais graves detectadas. Disponibilizar óculos conforme prescrição em exame oftalmológico.

Secretaria de Saúde e Secretaria de Educação

Domínios: Estratégia, Negócio, Aplicações

O serviço que fez parte do escopo de análise do cenário foi o Agendamento de Serviço que representa um serviço genérico onde o cidadão pode agendar qualquer serviço de governo que tenha interesse.

As organizações envolvidas no escopo de análise do cenário são todos os órgãos do Governo do Estado de Pernambuco que prestam serviços diretos à Sociedade, e que têm interesse em aderir à proposta de agendamento de serviços realizada pela ATI-PE.

Atualmente existe um projeto de desenvolvimento dentro da ATI-PE que visa promover uma plataforma única digital ao cidadão de forma a fomentar a integração e relacionamento entre o cidadão e o governo, assim como a integração sistêmica entre os órgãos e entidades do governo. Dessa forma, objetiva informar ao cidadão os serviços prestados pelo governo e as formas de acesso a tais serviços, possibilitando a avaliação dos serviços conforme padrão de qualidade informado por cada órgão, visando assim a melhoria desses serviços e a sua simplificação. Também é alvo do projeto implementar e difundir o uso dos serviços públicos digitais ao cidadão.

2.6 Elementos do FACIN para suportar o cenário

Durante a realização do cenário, as visões (Figura 3) de Estratégia, Negócio, Aplicações e Dados tiveram maior foco de discussão. Com um menor nível de discussão e detalhe as visões de Infraestrutura, GRC, Sociedade e Programa e Projetos foram também trabalhadas. A visão de Segurança não foi trabalhada, pois as respostas aos questionamentos sobre este tema eram incipientes e demandariam um tempo maior de trabalho que não comportava dentro das sessões de modelagem da oficina.

Figura 3: Modelo de Conteúdo do FACIN

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2.7 Modelagem das arquiteturas atual e futura

Esta seção apresenta os modelos que descrevem o entendimento sobre a motivação do cenário e objetivos a serem atingidos, as arquiteturas atuais e futura da visão de Negócios e a proposta de arquitetura futura para aplicações, dados e infraestrutura. Também é apresentado o valor da arquitetura futura proposta pelo ponto de vista da visão de Sociedade.

A Figura 4 apresenta uma visão geral dos principais modelos construídos. Alguns modelos tiveram uma versão inicial elaborada a partir das respostas aos questionários (Visão Geral e Visão Técnica) e foram discutidos e evoluídos durante as sessões de modelagem. Outros surgiram a partir de novas informações coletadas durante as sessões de modelagem, em consonância com o que é previsto para as fases A, B, C e D do método ADM do TOGAF. As caixas em azul foram geradas a partir da análise das respostas enviadas pela equipe da ATI-PE aos questionários de levantamento de informações. As caixas em cinza foram desenvolvidas durante as sessões de modelagem13. A seguir, será detalhado cada modelo gerado como resultado das discussões realizadas.

Figura 4: Visão geral dos principais modelos elaborados na oficina

A seguir cada modelo será apresentado descrevendo as análises de gap (lacunas) realizadas que levaram a definição de proposta para arquitetura futura.

13 Somente uma fração das informações constantes nos questionários enviados e das informações discutidas durante

as sessões de modelagem foram utilizadas durante a prática de uso do FACIN. Existem informações valiosas para

continuidade no tratamento deste cenário pelas associadas.

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2.7.1 Fase A – Visão da Arquitetura

Nesta fase foram definidas as etapas de condução do entendimento e modelagem da visão de Motivação e Estratégia do cenário. A partir daí foram discutidas e acordadas as motivações para a realização do cenário e porque o problema existe, quais os princípios que devem ser seguidos e os objetivos que precisam ser atendidos, e a partir daí os requisitos necessários para o atendimento dos objetivos.

Diagrama de Contexto da Oficina

A Figura 5 apresenta uma visão de projeto simplificada da Oficina informando: o estado atual (FACIN não validado) e objetivo pretendido (FACIN validado); e as fases realizadas e seus respectivos entregáveis. Embora este diagrama não represente especificamente o projeto alvo da Oficina (Agendamento de Serviços), ele apresenta um exemplo significativo de uma modelagem da Visão de Programas e Projetos do Modelo de Conteúdo do FACIN.

Figura 5: Diagrama de Contexto da Oficina

Motivação do Projeto

A Figura 6 representa um modelo correspondente a Visão de Estratégia do FACIN que apresenta as partes interessadas (Stakeholder), motivadores (Driver) e avaliações da situação atual (Assessment) que justificam os objetivos pretendidos (Goals) e mostram porque este cenário é relevante. Este assunto foi foco principal das sessões realizadas nos dias 04/07 e 05/07.

No cenário foram definidas como principais partes interessadas o Cidadão e, como exemplo de um órgão do Estado de Pernambuco que presta serviços ao cidadão, a Secretaria de Defesa Social para o entendimento das motivações para o cenário dentro do contexto do processo de Agendamento de Serviço. As questões principais discutidas estavam relacionadas às preocupações com a geração de benefícios para o cidadão e à burocracia para o entendimento dos problemas e propostas de melhoria no Agendamento de Serviço.

Dentro deste contexto, foram estabelecidos os objetivos de alto nível: Melhorar os serviços para o cidadão e Reduzir a burocracia. Um objetivo que foca especificamente no Agendamento de Serviço trata de implantar uma visão unificada do cidadão através dos serviços de Governo e influencia positivamente na melhoria dos serviços e na redução da burocracia.

Durante a avaliação da situação com relação aos benefícios para o cidadão e a burocracia relacionada com a identificação do cidadão identificou-se que o Governo não consegue relacionar os diversos serviços de um mesmo cidadão. Por consequência: o cidadão vê vários governos e o governo vê um cidadão como vários e estabeleceu-se uma falta de visão integrada do cidadão. Essas avaliações se

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relacionam diretamente com o objetivo de estabelecer uma visão unificada do cidadão através dos serviços de Governo.

Outra avaliação foi realizada no que tange a burocracia relacionada a identificação do cidadão e a padronização e controle. Com relação a identificação do cidadão identificou-se que cada serviço possui um cadastro diferente para um mesmo cidadão e, dessa forma: o cidadão tem que se identificar diversas vezes; o cidadão tem que atualizar seus dados em todos os cadastros gerando uma dificuldade para atualização dos dados; são geradas informações conflitantes ou desatualizadas nos diversos cadastros o que gera uma baixa qualidade das informações e multiplicidade; e se estabelece uma falta de padronização no entendimento do uso de informações sobre os cidadãos.

Esta avaliação causa um aumento da baixa padronização, que foi avaliada como um problema relacionado à questão de padronização e controle. Outro problema relacionado a este motivador foi a falta de controle, que também aumenta o problema da baixa padronização. Avaliou-se ainda a existência de um excesso de burocracia (uma preocupação da ATI-PE) que está diretamente relacionado com a baixa padronização e a falta de controle.

Figura 6: Modelo de Motivação do Projeto

Políticas e Objetivos

A Figura 7 abaixo representa um modelo correspondente a visão de Estratégia do FACIN que apresenta os marcos legais (Principle) que devem ser seguidos por qualquer solução que seja proposta para o cenário narrado no modelo anterior, o desdobramento do objetivo definido no que se relaciona à objetivos específicos para o cenário de agendamento de serviços selecionado nesta oficina (Goal), partes interessadas (Stakeholder) e restrições que devem ser atendidas por qualquer solução que seja proposta para o cenário (Constraint). Este assunto foi foco principal da sessão realizada no dia 05/07 e focou em detalhar a visão de Estratégia com foco na melhoria dos serviços para o cidadão.

No cenário foram definidos marcos legais que devem ser cumpridos. Qualquer solução que seja proposta para o cenário deve estar alinhada à Orientação Estratégica de Governo (2016-2019) dentro do eixo temático Gestão Participativa e Motivadora e da diretriz Modelo Integrado de Gestão. Estas diretrizes contém um programa denominado Implantação de Políticas de Atenção e Estímulo ao Cidadão e a solução deve atender a Ação 4099: Consolidação e Ampliação do Atendimento ao Cidadão até 2019. Esses princípios, quando atendidos, realizam o objetivo de melhorar os serviços para o cidadão cuja patrocinadora é a Secretaria de Administração.

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No sentido de focar especificamente no Agendamento de Serviço dentro de uma visão unificada do cidadão através dos serviços de Governo, o objetivo de melhorar os serviços para o cidadão foi desdobrado no objetivo Melhorar o agendamento de serviços para o cidadão. Considerando ainda a especificidade da oficina, o objetivo foco do trabalho reside em analisar a arquitetura atual e futura com o objetivo de criar e manter o serviço de agendamento integrado. Uma restrição que deve ser respeitada para atender a este objetivo está relacionada ao fato de que não pode haver interrupção no funcionamento atual.

Figura 7: Modelo de Políticas e Objetivos

Realização da Meta Melhorar o Agendamento

A Figura 8 abaixo representa um modelo correspondente a visão de Estratégia do FACIN que apresenta um maior detalhamento do desdobramento do objetivo definido no que se relaciona à objetivos específicos para o cenário de agendamento de serviços selecionado nesta oficina (Goal), métricas que podem ser utilizadas para a medição de indicadores (Metric14), marcos legais (Principle) e restrições (Constraint) que devem ser seguidas por qualquer solução que seja proposta para o cenário, e requisitos necessários para o atendimento dos objetivos (Requirement). Os requisitos serão os norteadores da análise e proposta de soluções em nível de negócio (processos, organização, regras, etc), aplicações, dados, infraestrutura e segurança. Este assunto foi foco principal das sessões realizadas nos dias 06/07 e 11/07 e se preocupou em detalhar a visão de Estratégia especificando o que é necessário para melhorar o agendamento de serviços para o cidadão.

Durante o detalhamento dos objetivos e requisitos sob o ponto de vista do Agendamento de Serviço, outro objetivo específico foi desdobrado do objetivo Melhorar o agendamento de serviços para o cidadão. Desta forma, considerando o foco da oficina, chegou-se a dois objetivos específicos a serem

14 Metric é uma especialização do conceito Driver do ArchiMate.

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trabalhados: Criar e manter serviço de Agendamento Integrado (considerado durante o desenvolvimento do modelo anterior) e Aumentar o agendamento prévio de atendimentos ao Cidadão.

A equipe da ATI-PE discutiu a necessidade de identificar as métricas necessárias para medir o objetivo Aumentar o agendamento prévio de atendimentos ao Cidadão. Foram definidas duas métricas: Taxa de serviços agendados previamente em relação ao total de atendimentos e Número de órgãos utilizando o serviço de agendamento. Porém este objetivo não foi mais considerado como foco das discussões e modelagens seguintes. Registrou-se apenas a necessidade de prover benefícios para o cidadão como, por exemplo, wifi grátis em alguns pontos ou descontos para pagamento de multas.

Para a sequência da oficina, optou-se por focar no objetivo Criar e manter serviço de Agendamento Integrado. Foram então identificadas 2 restrições para este objetivo a saber: O projeto só inicia com a adesão de no mínimo três órgãos e não pode haver interrupção no funcionamento atual.

Os requisitos que precisam ser atendidos para realizar o objetivo foram então definidos. Identificou-se que o agendamento deve ser acessível através de múltiplas plataformas em respeito ao princípio que diz que os serviços de Governo devem ser acessíveis através de múltiplas plataformas. Optou-se por detalhar melhor este requisito especificando os tipos de plataformas exigidos: O agendamento deve ser acessível através da internet e o agendamento deve ser acessível através de dispositivos móveis. Além disso, é necessário definir o processo de agendamento integrado e, para isso, é necessário criar um cadastro de cidadãos para o serviço de agendamento integrado. Por fim, o último requisito definido diz respeito à necessidade de conhecimento dos serviços oferecidos pelos órgãos e, para isso, é necessário criar um mecanismo de troca de informações com os órgãos que aderirem ao agendamento que contemple todos os aspectos legais necessários à sua viabilização.

Figura 8: Modelo de Realização da Meta Melhorar o Agendamento

Ao final desta modelagem discutiu-se o fato de que como a oficina está focando especificamente no agendamento de serviço integrado, o que inicialmente irá acontecer é a geração de mais uma base de registro de cidadãos (contendo um conjunto mais amplo de informações sobre o cidadão). Discutiu-se que o foco neste serviço diz respeito à definição de uma arquitetura intermediária, que inicialmente vai criar mais redundância, mas que a partir da sua existência os diversos serviços do Estado seriam progressivamente integrados, o que mantém esta visão de estratégia alinhada a visão unificada do cidadão, objetivo definido no início desta Oficina (representada pela relação entre o mecanismo de troca de informações com os órgãos que aderirem ao agendamento e sua influência positiva no objetivo Visão unificada do cidadão através dos serviços do Governo).

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2.7.2 Fase B – Negócio

Nesta fase foram elaboradas as arquiteturas atual e futura da Visão de Negócios além de uma proposta de valor da arquitetura futura para a Sociedade.

Agendamento de Serviços Atual

A Figura 9 abaixo representa um modelo correspondente à Visão de Negócio do FACIN que apresenta uma visão parcial da situação atual do agendamento de serviços contendo os atores participantes (Business actor), o serviço de negócio (Business service) foco da oficina relacionado à função de negócio que o realiza (Business function) e a definição da interface de negócio (Business Interface) que deve ser utilizada para interagir com o serviço. Por fim, este modelo apresenta a correlação com a visão de Aplicação relacionando a função de negócio com a definição do processo de aplicativo (Application process) que especifica o comportamento formal da aplicação que dá suporte a este serviço. Este assunto foi foco das sessões realizadas nos dias 11/07 e 12/07 e procurou detalhar a situação atual da visão de Negócio especificando uma visão parcial de como o agendamento de serviços para o cidadão ocorre atualmente.

Na situação atual, o cidadão usa (ou é servido por) por um serviço de agendamento de serviços de um órgão da APE-PE – Administração Pública do Estado de Pernambuco (atualmente somente o DETRAN e a SDS oferecem) através de uma Interface de Agendamento de serviços Web. Este serviço de negócio é realizado por uma função de Agendamento de Serviço, isto é, ela define como o serviço funciona (define o seu comportamento). Esta função é realizada (implementada) por um processo de aplicativo Agendar Serviço por Internet.

Figura 9: Modelo de Agendamento de Serviços atual

Proposta de Valor

A Figura 10 e a Figura 11 abaixo representam modelos correspondentes à Visão de Sociedade do FACIN apresentando as partes interessadas (Business actor) e a proposta de valor do produto (Product) que será oferecido ao cidadão. Ela contém os serviços de negócio que são organizados por este produto (Business service) e os objetos de negócio (Business object) associados. Por fim, o modelo ainda apresenta os valores (Value) e requisitos (Requirement) que se deseja oferecer para o cidadão e para os órgãos da APE através do produto oferecido. Este assunto foi foco principal da sessão realizada no dia 11/07, que se preocupou em detalhar a proposta de valor no contexto da Visão de Sociedade especificando o produto esperado e o valor para o cidadão e os órgãos da APE-PE.

Baseado na situação atual discutiu-se que atualmente o cidadão do Estado de Pernambuco precisa conhecer o Governo e saber, para um serviço desejado, qual órgão da APE-PE ele precisa contatar. Além

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disso, boa parte dos órgãos não oferece o serviço ou o agendamento do serviço via web. O cidadão sequer tem conhecimento sobre quais são os serviços oferecidos pelo Estado.

A equipe da ATI-PE realizou então um exercício de definição da proposta de valor para o agendamento de serviço especificando o modelo apresentado na figura abaixo e definindo o que a ATI pretende e o que não pretende, no momento atual, com esta iniciativa. Neste exercício, utilizando a ferramenta livre de modelagem Archi15, a equipe da ATI-PE apresentou a relação contratual que deve ser realizada entre o cidadão e o ambiente de integração, e entre os órgãos que têm interesse em aderir a esta iniciativa na oferta dos serviços contidos neste produto, sendo o serviço escolhido para modelagem na oficina, o Agendamento de Serviços.

Figura 10: Modelo de Proposta de Valor elaborado pela ATI-PE

Durante a sessão de modelagem, este exercício foi utilizado como insumo para gerar o modelo abaixo. Desta forma, em uma situação futura, a proposta de valor para o cidadão está relacionada a ele enxergar o Governo como um só, onde existe um produto único chamado Atendimento Integrado ao Cidadão. Este produto é composto pelos serviços Carta de Serviços (que apresenta todos os serviços oferecidos pelo Estado e as instruções para obtenção dos serviços), Agendamento integrado de serviços, Atendimento ao Cidadão (trata do atendimento presencial ao cidadão), Avaliação do Atendimento (trata da avaliação do atendimento realizada pelo cidadão, para que os órgãos possam melhorar os serviços oferecidos). Para uso deste produto o cidadão deve autorizar o uso de suas informações através de um Contrato de adesão do cidadão.

Com relação aos valores projetados com a implantação do produto espera-se que para os Órgãos da APE ocorra a redução de atendimentos desnecessários. Este também é um valor que deve ser oferecido (e percebido) pelo Cidadão, além de: eliminar a necessidade de interagir com diversos Órgãos, oferecer agendamento para todos os serviços (progressivamente) e conhecer os serviços que são oferecidos pelo Estado. Também, vislumbra-se a oferta de Descontos, premiação e outras vantagens como forma de estreitar/aproximar o relacionamento do cidadão com o Governo.

15 https://www.archimatetool.com/

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Figura 11: Modelo de Proposta de Valor

Agendamento de Serviços Proposto

A Figura 12 representa um modelo correspondente a Visão de Negócio do FACIN, e apresenta uma visão parcial da proposta de situação futura para o agendamento de serviços contendo os atores participantes (Business actor), os serviços de negócio (Business service) foco da oficina relacionados à função de negócio que o define (Business function), e a definição da interface de negócio (Business Interface) que deve ser utilizada para interagir com o serviço. Além disso, foram definidos os processos de negócios (Business process) que realizam as funções dos serviços. Por fim, este modelo apresenta a correlação com a visão de Aplicação, relacionando os processos de negócio com a definição do processo de aplicativo (Application process) que especifica o comportamento formal da aplicação que dará suporte a este serviço. Este assunto foi foco principal da sessão realizada no dia 11/07 e 12/0 que se preocupou em detalhar a proposta de situação futura da visão de Negócio, especificando uma visão parcial de como o agendamento de serviços para o cidadão pode ser no futuro para atender o objetivo Criar e manter serviço de agendamento integrado.

Na proposta de situação futura é importante observar que o Agendamento de Serviços tal como existe na situação atual, continuará a existir, uma vez que a equipe da ATI-PE definiu que não se pretende impor o uso da solução proposta para órgãos e cidadãos, e não se espera em longo prazo ter 100% dos cidadãos e órgãos usando o ambiente.

Desta forma, continua existindo o serviço de Agendamento de Serviços, que atualmente é oferecido pelo DETRAN e SDS. Este serviço de negócio é especificado pela função de Agendamento de Serviço que define como o serviço funciona (define o seu comportamento), e é realizado de acordo com o processo Agendar serviço por Internet. Este serviço atual é acessado através de uma Interface de Agendamento de serviços Web.

Propõe-se desenvolver um novo serviço chamado Agendamento Integrado de Serviços que será especificado através da função Agendamento Integrado de Serviços e será realizado pelo processo Agendar Serviço Integrado. Este serviço será oferecido pelos Órgãos da APE que decidam fazer parte dos Órgãos participantes do Ambiente de Atendimento ao cidadão. Além de oferecer o serviço via interface web, o serviço integrado também deverá ser oferecido via Interface de Agendamento de Serviços Móvel.

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Figura 12: Modelo de Agendamento de Serviços Proposto

A Figura 13 abaixo apresenta a análise de gap (lacunas) entre o que existe na situação atual e o que existirá na situação futura a partir do desenvolvimento e implantação da arquitetura futura proposta. É possível observar que em amarelo são apresentados os serviços, funções, processos e interfaces (formas de acesso ao serviço) atualmente existentes, e quais partes interessadas atualmente atuam dentro desta estrutura. Os elementos em cor laranja/amarelo indicam a sua permanência na proposta de visão futura. Por fim, os elementos em cor laranja apresentam todos os elementos que devem ser considerados no planejamento e priorização de ações para desenvolvimento do ambiente de tecnológica necessário à sua implantação.

Figura 13: Modelo de Análise de gap (lacunas) entre o Agendamento de Serviços Atual e Proposto

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Os modelos seguintes representam o detalhamento da situação futura do negócio, no sentido de especificar o seu entendimento para definição da proposta do ambiente tecnológico que dará suporte.

Macroprocesso Proposto

A Figura 14 abaixo representa um modelo correspondente a Visão de Negócio do FACIN e apresenta uma visão simplificada da proposta de situação futura para o Agendamento Integrado de Serviços. Este modelo contém: os eventos (Business event) que acionam e finalizam os processos (Business process) encadeados que fazem parte deste macroprocesso, as informações (Business object) que são tramitadas pelos processos e como estão representadas (Representation). Por fim, este modelo apresenta a correlação com a visão de Aplicação relacionando os processos de negócio com a definição do serviço de aplicativo (Application service) que dá suporte à execução dos processos e o respectivo sistema (Application component) que o realiza. Este assunto foi foco da sessão realizada no dia 12/07, que procurou detalhar a proposta de situação futura da visão de Negócio especificando uma visão parcial de como o agendamento de serviços para o cidadão pode ser no futuro para atender o objetivo Criar e manter serviço de agendamento integrado.

Nesta proposta, quando o ambiente integrado de agendamento de serviços é acessado, o processo Autenticar Usuário é acionado para efetuar a sua identificação. Em seguida, o agendamento é solicitado e o cidadão agenda o serviço através do processo Agendar Serviço Integrado que recebe informações sobre o cidadão e emite o agendamento de serviço através de um eMail de confirmação.

A seta em negrito representa a discussão (a ser continuada pela ATI-PE após esta oficina) sobre a conveniência e adequação de não se efetuar a autenticação do usuário antes da realização do agendamento do serviço. O objetivo seria que nada para o cidadão fosse obrigatório, mas poderiam ser oferecidas vantagens caso eles fossem cadastrados (como funciona atualmente em websites de e-commerce).

Figura 14: Modelo do Macroprocesso Proposto

Detalhamento do Processo Proposto

A Figura 15 abaixo representa um modelo correspondente a Visão de Negócio do FACIN, e apresenta uma visão simplificada da proposta de situação futura para o processo Agendar Serviço Integrado. Este modelo contém: os eventos (Business event) que acionam e finalizam o processo (Business process), os processos em maior granularidade do processo Agendar Serviço Integrado, as informações (Business object) que são tramitadas pelos processos e como estão representadas (Representation). Este assunto foi foco da sessão realizada no dia 12/07, que procurou detalhar a proposta de situação futura da visão de Negócio especificando uma visão parcial do processo Agendar Serviço Integrado com vistas à atender o objetivo Criar e manter serviço de agendamento integrado.

Nesta proposta, quando um agendamento é solicitado o processo Agendar Serviço Integrado é acionado. Uma pessoa seleciona o serviço desejado de acordo com a lista de Serviços oferecidos. Ela seleciona o local de atendimento e seleciona o horário de atendimento. Em seguida esta pessoa

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informa os dados do requerente do serviço e o ambiente computacional realiza a emissão de confirmação de agendamento através de um eMail de Confirmação. Ao final, o agendamento é realizado.

Para posterior discussão, pois estava fora do escopo desta oficina, a equipe da ATI-PE citou que o cidadão pode agendar um serviço não somente para si, mas também para seus dependentes e em horários contínuos. Um requisito para o ambiente de agendamento seria a identificação de horários contíguos para este fim.

Figura 15: Modelo de Detalhamento do Processo Proposto

Foi debatida a importância de debater e acordar a camada de Negócio para somente então se avançar para as camadas técnicas de modelagem. Somente com o entendimento fechado sobre a proposta em nível de negócio é que se pode realizar a proposta de solução mais adequada para o ambiente de negócio futuro.

Além disso, caso se deseje detalhar o processo em um fluxo de atividades, é possível modelar o processo em BPMN e associar estes modelos detalhados a cada processo definido em nível de arquitetura corporativa.

Os modelos apresentados a seguir tratam de visões geradas a partir das informações obtidas através dos questionários e das novas informações surgidas durante as sessões de modelagem.

Processos com Participação do Cidadão

A Figura 16 apresenta uma visão que responde ao questionamento sobre quais são os processos, entre todos os citados, em que o cidadão tem participação. Este modelo contém o ator de negócio (Business actor) e os processos (Business process).

Figura 16: Modelo de Processos com Participação do Cidadão

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Realização do Serviço de Atendimento

A Figura 17 responde ao questionamento sobre quais os processos que realizavam o serviço de Agendamento de Serviços. Este modelo contém o serviço (Business service) e os processos (Business Process) que o realizam.

Figura 17: Modelo de Realização do Serviço de Atendimento

Valor do Serviço de Agendamento

A Figura 18 responde ao questionamento sobre quais valores os processos identificados e propostos agregam para o serviço de agendamento de serviços. Este modelo contém o serviço (Business service), os processos (Business Process) que os realizam e os valores (Value) associados.

Figura 18: Modelo do valor do Serviço de Agendamento

É importante observar que por meio das informações discutidas e trabalhadas através de uma modelagem de arquitetura corporativa, é possível responder a diversas perguntas com base no entendimento dos conceitos e das relações entre eles, armazenados no repositório da arquitetura (um componente do Modelo de Referência do FACIN).

2.7.3 Fase C – Sistemas de Informação

Nesta fase foram definidas as arquiteturas atual e futura para a Visão de Aplicações e Dados. Ressalta-se que nem todos os modelos previstos para esta fase foram criados, algumas questões referentes a situação atual foram discutidas, porém somente a situação futura foi modelada.

Entidades de Dados Físicas

A Figura 19 representa um modelo correspondente à Visão de Dados do FACIN e apresenta uma visão simplificada da situação atual da infraestrutura física de dados tendo sido gerada a partir das respostas enviadas ao questionário técnico. Os artefatos (Artifact) apresentados correspondem a entidades constantes nos modelos de dados físicos atualmente existentes. Os três artefatos englobando objetos artefatos menores são os bancos de dados existentes. E os artefatos menores correspondem às tabelas dos respectivos bancos de dados. Este assunto foi foco da sessão realizada no dia 13/07.

Este é um modelo associado à camada de tecnologia do ArchiMate e não à camada de sistemas de aplicações, porém foi discutido nesta fase, por se tratar das informações extraídas inicialmente do

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questionário. Além disso, ao contrário do ArchiMate, o FACIN propõe o estabelecimento de uma Visão específica para a representação dos dados, em todos os níveis.

Durante o debate sobre este modelo foi identificada a necessidade de caracterizar o limite entre uma modelagem de dados/informações em nível de arquitetura corporativa e a modelagem de dados em nível técnico. A modelagem de arquitetura corporativa sugere que dados/informações sejam modelados em nível conceitual. Recomenda-se não tratar no nível do FACIN Informações como atributos de tabelas, cardinalidades, chaves estrangeiras, etc. As técnicas de modelagem de dados, como por exemplo, entidade-relacionamento, existem para prover o detalhamento técnico necessário à implementação dos modelos técnicos para implantação em bancos de dados, não sendo este o foco da arquitetura corporativa. Para tanto, o FACIN prevê o uso de padrões específicos, definidos pela Arquitetura ePING de Interoperabilidade.

Figura 19: Modelo de Entidades de Dados Físicas

Entidades de Dados Lógicas e Físicas

A Figura 20 representa um modelo correspondente a Visão de Dados do FACIN, e apresenta uma visão parcial e simplificada da situação atual da infraestrutura física de dados e como as tabelas dos bancos de dados realizam entidades lógicas da camada de sistemas de informação. Este modelo contém os artefatos (Artifact) físicos e os objetos de dados (Data object) lógicos correspondentes. Este assunto foi foco da sessão realizada no dia 13/07.

Foi realizado um trabalho de inferência a partir dos dados físicos enviados via questionário. Por questões de simplificação, o mapeamento foi realizado de 1 para 1. Este trabalho foi realizado para cobrir a lacuna nas informações disponíveis nas planilhas de levantamento, que não apresentavam as informações nos níveis lógico e conceitual.

Figura 20: Modelo de Entidades de Dados Lógicas e Físicas

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Entidades de Informações

A Figura 21 representa um modelo correspondente a Visão de Dados do FACIN, e apresenta uma visão da relação dos dados em nível conceitual (em amarelo), lógico (em azul) e físico (em verde), onde em cada nível eles possuem propriedades diferentes, pertinentes a cada nível de abstração. Este modelo contém os artefatos (Artifact) físicos, os objetos de dados (Data object) lógicos e os objetos de negócio (Business object) correspondentes. Este assunto foi foco da sessão realizada no dia 13/07.

O modelo apresenta ainda, em cada nível, a relação entre os conceitos onde uma agenda tem diversos agendamentos e um serviço tem diversos agendamentos, porém um agendamento só pode existir em uma única agenda.

A discussão sobre estes conceitos foi utilizada para identificar os objetos propostos para o Detalhamento do Processo Proposto. Este tipo de visualização também é útil para analistas de sistemas, analistas de dados, e analistas de infraestrutura, possam entender e analisar como os sistemas e a infraestrutura de tecnologia pode suportar o negócio.

Figura 21: Modelo de Entidades de Informações

Alinhamento

A Figura 22 representa um modelo correspondente à relação de interoperabilidade entre as Visões de Negócio, Visão de Aplicação, Visão de Dados e Visão de Infraestrutura do FACIN e apresenta uma visão parcial e simplificada da situação proposta para o desdobramento da camada de sistemas e infraestrutura do processo Agendar Serviço Integrado. Este modelo contém os processos de negócio (Business Process), os serviços de aplicativo (Application Service) que dão suporte a execução dos processos, as funções de aplicativo (Application function) que definem o seu comportamento, os sistemas (Application component) que realizam os serviços e funções ou são acionados por eles, dados (Data object) e artefatos (Artifact) manipulados, serviços de infraestrutura tecnológica (Technology service) que dão suporte aos sistemas e nós (Node) que representam recurso que encapsulam softwares de sistemas (System software) e dispositivos de hardware (Device). Este assunto foi foco da sessão realizada no dia 13/07.

Para realizar tecnicamente o processo Agendar Serviço Integrado, isto é, para dar o suporte tecnológico a este processo é necessário que ele seja executado pelo Serviço de agendamento, que é oferecido pelo Sistema de Agendamento. O Sistema de Agendamento oferece ainda o Serviço de remarcação, o Serviço de cancelamento e o Serviço de informação. Este sistema é servido pelo (usa o) serviço de Integração de Plataformas de Agendamento de Serviços. O Serviço (de tecnologia) de acesso a dados relacionais serve o Sistema de Agendamento através do Sistema gerenciador de banco de dados PostgreSQL que é parte do Servidor de Autenticação, composto ainda pelo sistema operacional Linux e por um Servidor HP.

Para suporte tecnológico ao processo Autenticar Usuário existe o serviço Autenticação de Usuário. Este serviço tem seu comportamento definido pela função Autenticação de usuário que é realizada pelos

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sistemas OpenLDAP e KeyCloak, ambos manipulando dados de Usuários autorizados. Esse objeto de dados é realizado fisicamente pela tabela user_auth. Tanto esta tabela como o banco de dados BD Sistema de Agendamento são armazenados e gerenciados pelo PostgreSQL.

Figura 22: Modelo de Alinhamento Negócio-Aplicativo-Infraestrutura

Funções do Sistema de Agendamento

A Figura 23 representa um modelo correspondente à relação de interoperabilidade entre as Visões de Negócio e de Aplicação do FACIN e apresenta uma visão parcial e simplificada da situação proposta para o suporte de funções sistêmicas aos processos relacionados ao agendamento de serviços integrado. Este modelo contém os processos de negócio (Business Process), as funções de aplicativo (Application function) que definem o comportamento sistêmico e o sistema (Application component) que os realiza. Este assunto foi foco da sessão realizada no dia 13/07.

O Sistema de Agendamento realiza as funções: Acesso ao barramento de serviços, Cancelamento de Agendamento, Reagendamento de Agendamento, Indisponibilização de horário e Confirmação de Agendamento. Tais funções, excetuando-se a função Acesso ao barramento de serviços, definem a forma como o Sistema de Agendamento dá suporte aos respectivos processos associadas a cada função.

Figura 23: Modelo de Funções do Sistema de Agendamento

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2.7.4 Fase D – Infraestrutura

Nesta fase foi definida a arquitetura futura para a Visão de Infraestrutura.

LDAP - Protocolo de Aplicação Aberto

A Figura 24 representa um modelo correspondente a Visão de Infraestrutura do FACIN e apresenta o exercício de uma possível situação futura gerada a partir do entendimento da situação atual, através das respostas dos questionários e das sessões de análise.

Este modelo contém o serviço de infraestrutura tecnológica (Technology service) cujo comportamento é definido por uma função de tecnologia (Technology function). Esta função é realizada por um nó (Node) que encapsula softwares de sistemas (System software) e dispositivos (Device). Um nó possui um caminho (Path) de comunicação utilizando redes de comunicação (Communication network). Caminhos podem ainda ser associados a nós.

O serviço de tecnologia Autenticação de Usuário tem seu comportamento definido pela função de tecnologia Autenticação LDAP (Lightweight Directory Access Protocol). Este serviço de autenticação está implementado no Servidor de Autenticação que reúne o Sistema gerenciador de banco de dados PostgreSQL, sistema operacional Linux, o sistema de autenticação OpenLDAP e um Servidor HP. O Servidor de Autenticação pode utilizar uma rede física Ethernet ou uma rede Wifi para realizar comunicação interna via LAN. E existe um Firewall para proteger o caminho externo WAN de conexão com a Internet.

Figura 24: Modelo LDAP

3 Análise do cenário em visão global

As associadas participantes da oficina foram convidadas a contribuir com uma discussão mais ampla sobre o cenário selecionado para a oficina, com o objetivo de entender a visão de cada uma sobre o problema e possíveis soluções considerando seus diferentes contextos.

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A proposta do FACIN é de servir como um elemento para promover a interoperabilidade entre as associadas a partir de uma visão de “Governos Estaduais como um todo” (Figura 25). Conforme representado na figura abaixo, quando cada associada implementa a sua iniciativa de arquitetura corporativa baseada no FACIN, elas começam a interoperar dentro dos Estados e entre si, criando uma visão unificada de sua atuação e promovendo a sinergia entre elas. A ABEP-TIC, através de sua atuação com vistas ao fortalecimento da cooperação entre suas associadas, tem a oportunidade de apoiar mais fortemente ações de troca de experiências, referências e reutilização. O que se busca é oferecer melhores serviços aos governos estaduais, empresas e cidadãos.

Figura 25: Visão de Governos Estaduais como um todo

Além de a oficina ter como objetivo a aplicação do FACIN em um cenário real, verificou-se que as discussões e documentações geradas durante a sua realização já forneceram material inicial para promover ações de interoperabilidade entre os Estados, inicialmente através da discussão em torno de um problema específico. A oficina permitiu aprofundar as discussões no tema e dar destaque às diferentes perspectivas sobre o problema, as diferentes abordagens em torno de possíveis soluções e diferentes ideias que estão sendo consideradas.

Espera-se que a ABEP-TIC e suas associadas dêem continuidade a este trabalho de unificação da visão do cidadão em um esforço conjunto e interoperável. Dessa forma a ABEP-TIC terá mais eficiência no apoio e orquestração de soluções em nível global a partir da orquestração local das associadas.

3.1 Análise

Participaram da aplicação do questionário FACIN nove associadas. São elas: ATI (Pernambuco), CELEPAR (Paraná), MTI (Mato Grosso), EMGETIS (Sergipe), PRODAM (Amazonas), PRODEB (Bahia), PRODEPA (Pará), PRODEST (Espírito Santo) e PRODERJ (Rio de Janeiro). Todas responderam as questões gerais, com exceção da PRODERJ. As únicas que responderam as questões técnicas foram: ATI, PRODERJ e PRODEST.

Para obtenção dos resultados abaixo, foram consideradas sete associadas respondentes. Duas delas (a EMGETIS e a PRODERJ) foram desconsideradas por não possuírem informações suficientes para possibilidade de análise. A PRODERJ não respondeu as questões da planilha “Visão Geral” e a EMGETIS, apesar de ter respondido a planilha “Visão Geral”, não forneceu informações em relação aos itens abordados neste relatório.

Consolidação das respostas das associadas

Como forma de facilitar o entendimento e ser possível uma leitura mais direta das respostas encaminhadas pelas associadas, foram analisadas todas as respostas e, a partir destas, identificados:

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• Os problemas/riscos da situação atual em relação ao cenário da oficina em cada associada (Tabela 2);

• Os objetivos/benefícios esperados pelas associadas com a implantação do cenário da oficina (Tabela 3); e

• Os princípios que regem a administração pública em relação ao cenário da oficina (Tabela 4) relatados em cada resposta.

Algumas respostas, embora escritas de forma distinta, tinham o mesmo significado, e então foi possível realizar um “agrupamento”, consolidando-as em apenas uma descrição. Dessa forma, as informações foram sintetizadas nas três tabelas abaixo.

Tabela 2 - Problemas/Riscos da situação atual em cada associada

Problemas / Risco

ATI

CEL

EPA

R

MTI

PR

OD

AM

PR

OD

EB

PR

OD

EPA

PR

OD

EST

Dificuldade em identificar o cidadão x x x x x x x

Falta de integração dos dados x x x x x x x

Duplicidade/Redundância de informações do cidadão

x x x x x x x

Informações inconsistentes x x x x x x x

Falta de integridade dos dados x x x x x x x

Retrabalho e repetição de atividades por parte do cidadão na utilização do serviço público

x x x x x x x

Perda de confiança por parte do cidadão no governo

x

Tabela 3 - Objetivos e Benefícios esperados pelas associadas com a implantação do cenário da oficina

Objetivos e Benefícios esperados

ATI

CEL

EPA

R

MTI

PR

OD

AM

PR

OD

EB

PR

OD

EPA

PR

OD

EST

Melhoria da comunicação entre os órgãos x

Oferta de serviços com menor custo x x x

Identificação única do cidadão x x x x

Maior assertividade na identificação do cidadão

x x x x

Maior eficiência na identificação do cidadão x x x x

Maior qualidade no serviço prestado ao cidadão

x x

Possibilidade de atendimento personalizado ao cidadão

x

Aprimoramento do relacionamento entre o cidadão e o governo

x x x

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Tabela 4 - Princípios que regem a administração pública em relação ao cenário proposto da oficina

Princípios

ATI

CEL

EPA

R

MTI

PR

OD

AM

PR

OD

EB

PR

OD

EPA

PR

OD

EST

Política de TIC do Estado x x

Política de e-Gov do Estado x x

Planejamento estratégico da associada x x

Planejamento estratégico de Governo x

Lei de Acesso a Informação 12.527/2011 x x x x x

Decreto Estadual de Acesso a Informação x x

ISO/IEC 29115 x

Lei de Responsabilidade das Estatais 13.303/2016

x

NBR ISO 27001/2013-Sistema de Gestão da Segurança da Informação

x

IN GSI Nº2 x

E-PING x

SEIG Lei 12.985/2006 x

Decreto 9.094/2017 x

Lei 13.460/2017 x

Iniciativas das associadas

Ainda com base nas respostas das associadas, foram analisadas as respectivas iniciativas em andamento. A partir desta análise foram encontradas algumas características em comum nas iniciativas citadas. São elas:

• O login único, destinando-se a autenticar o cidadão e autorizar seu acesso aos serviços digitais disponibilizados, possibilitando ao governo trabalhar com uma única referência do cidadão, evitando duplicidades e dispondo de um serviço de atualização e sincronização das informações entre os órgãos;

• O Catálogo de Serviços, que funciona como um centralizador das informações sobre os serviços de interesse do cidadão e possibilita o acesso à execução destes, por exemplo, serviços on-line;

• A Integração entre órgãos, promovendo a interação entre alguns órgãos do governo, compartilhando dados do cidadão, visando reduzir redundâncias e inconsistências.

Descrição das Iniciativas das Associadas em relação ao Cenário da Oficina

As iniciativas citadas pelas associadas são descritas na Tabela 5.

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Tabela 5 – Iniciativas citadas pelas associadas

Associada - Iniciativa Descrição da Iniciativa

ATI – Plataforma Única Digital para o Cidadão

O projeto visa dar ao cidadão uma visão quanto aos serviços prestados pelo governo e as formas de acesso a tais serviços, possibilitando a avaliação dos serviços conforme padrão de qualidade que cada órgão informar, visando assim sua melhoria simplificação. É composto basicamente pela carta de serviços, agendamento de serviços, atendimento e avaliação do atendimento

CELEPAR – Projeto Governo Digital

O projeto prevê a integração da base do cidadão com dados do Instituto de Identificação. O projeto está em andamento. Algumas aplicações já foram convertidas para acesso a base cidadão e a integração da base do cidadão com os dados do Detran já foi realizada.

MTI – Integração das Bases de Segurança

A iniciativa visa a unificação das bases da Segurança Pública e demais órgãos do Estado.

PRODAM – Amazonas na Palma da Mão

O projeto visa reunir serviços na área de educação, saúde, arrecadação tributária, trânsito e segurança pública.

PRODEB – Cidadão 360º O projeto considera:

• Acesso às bases do governo Estadual, Federal e Municipal;

• Autenticação através de um conjunto de credenciais;

• Considera todos os serviços ofertados pelo governo ao cidadão;

• Interface inclusive por dispositivos móveis.

PRODEST – Projeto Acesso Cidadão

É uma solução de login único, usada em nível estadual, para autenticar e autorizar os serviços digitais disponibilizados. Já existe integração da maioria dos sistemas com a solução que pode ser acessada através do link https://acessocidadao.es.gov.br.

Classificação das associadas por Nível de “Maturidade” em relação ao cenário da Oficina

Como forma de estabelecer um comparativo entre as associadas, e considerando as informações obtidas através das respostas ao questionário, foi definida uma classificação contendo 4 níveis de “maturidade” em relação ao cenário da oficina. Na Tabela 6 pode ser observado o que identifica cada nível da classificação.

Tabela 6 – Níveis de Classificação em relação ao Cenário da Oficina

Nível Descrição

3 Situação atual contempla o cenário proposto

2 Existe alguma iniciativa já concretizada

1 Existe iniciativa em andamento com foco no cenário da Oficina

0 Situação atual não contempla o cenário da Oficina e Não existem iniciativas para o cenário em questão

Com base em uma análise realizada nas iniciativas descritas por cada associada, foi possível estabelecer o nível de cada uma delas, como mostra a Figura 26.

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Figura 26: Gráfico que exibe a Classificação de cada Associada

Modelagem de Visão de Arquitetura

Foi possível confirmar a possibilidade de criação de visões de arquitetura com base nas informações fornecidas pelas associadas. Apesar de não ser o foco da Oficina - tratar a modelagem de todas as associadas - foi criada uma única visão de arquitetura de uma associada com a proposta de demonstrar o quão é aplicável a metodologia no alcance dos resultados. Desta forma, foi criada a Visão de Arquitetura das Políticas e Objetivos do Cenário Proposto com base nas informações fornecidas pela PRODEST. Esta visão, apresentada na Figura 27 foi validada pela PRODEST como adequada à realidade do estado.

Figura 27: Visão de Políticas e Objetivos do Cenário da Oficina – PRODEST

Classificação das Associadas por Nível de "Maturidade"

0

1

2

3

ATI

CELE

PAR

EM

GETIS

MTI

PRO

DAM

PRO

DEB

PRO

DEPA

PRO

DEST

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3.2 Identificação de próximos cenários

A oficina, pela sua proposta em termos de tamanho e tempo, focou em um único processo relacionado ao cenário de discussão sobre a visão única do cidadão. Porém a ATI-PE citou outros quatro processos relacionados ao tema que poderiam ser priorizados e analisados, promovendo a evolução das discussões sobre uma o estabelecimento de uma visão única do cidadão.

Uma questão apontada pela equipe da ATI-PE, e que não foi tratada no contexto desta oficina, mas deve ser considerada na continuação da condução desta iniciativa, diz respeito à necessidade de analisar, em maior profundidade, os aspectos de privacidade e autorização sobre dados do cidadão. O cidadão precisa autorizar o uso de seus dados por outros órgãos do Estado quando se registra em um órgão específico e é necessário definir regras claras e transparentes para estabelecer a interoperabilidade de dados pessoais dos cidadãos entre órgãos do Governo garantindo a sua segurança. De acordo com a LAI, todo registro de informação pessoal deve incluir uma declaração de compartilhamento de informações entre órgãos do Governo.

Além disso, a proposta técnica realizada pela ATI-PE estabelece uma situação futura onde a situação atual ainda faz parte do contexto. Esta pode ser considerada uma arquitetura intermediária possível que vai ao encontro de uma arquitetura futura que foque exclusivamente em oferecer unicamente serviços através de uma visão unificada. Neste sentido, é possível projetar e analisar a oportunidade de uso das plataformas de governo digital que a SETIC/MP tem capitaneado destacando-se para o caso do cenário em questão:

i. Portal de Serviços: Trata-se de uma plataforma para catalogação dos serviços públicos prestados ao cidadão, servindo como Carta de Serviços dos órgãos, conforme previsto no Decreto 9094/17. Faz parte da Plataforma de Cidadania Digital, instituída pelo Decreto 8936/16;

ii. Brasil Cidadão: Trata-se de plataforma central de autenticação digital do cidadão, com 5 níveis de autenticação: Auto Cadastro; Convalidação em bases de dados Governamentais; Dados Cadastrais Certificado; Biometria e Cadastro Assinado Digitalmente. Também faz parte da Plataforma de Cidadania Digital.

iii. PREDIC - Plataforma de Reconhecimento Digital do Cidadão: Visa integrar os cadastros básicos dos Cidadãos gerados e mantidos pelos órgãos da administração pública, com o objetivo de construir e manter um “cadastro de ouro” de cada Cidadão, permitindo a identificação inequívoca.

Portanto uma discussão neste sentido, utilizando o FACIN como mecanismo de modelagem, discussão e análise, também pode ser considerado em um próximo cenário.

As associadas comentaram ainda sobre a iniciativa de construir um catálogo de melhores práticas para reutilização de padrões de governo em todos os níveis, desde o estratégico até a infraestrutura, promovendo a disseminação e reuso de boas práticas de modelagem arquitetural dentro do governo.

4 Outros cenários

Além do cenário trabalhado na oficina, foram sugeridos 10 outros cenários pelas associadas. Os cenários propostos foram classificados de acordo com três situações:

1. Cenários que tratam de problemas para os quais o FACIN representa um meio de solução; 2. Cenários que tratam problemas para os quais o FACIN não representa um meio de solução

direta, mas pode ser utilizado para fornecer informações valiosas para apoiar na definição da estratégia de solução; e

3. Cenários que tratam de evolução da situação atual existente para os quais o FACIN representa um meio para projetar situações futuras de crescimento para o órgão.

As Tabelas 7 a 15 apresentam os cenários sugeridos e uma breve análise sobre como o FACIN pode oferecer suporte a sua condução.

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Tabela 7 – Cenário sugerido pela SEATI

Organização SEATI (São Luís)

Situação 1

Cenário/Problema Falta de equipamentos de TI adequados para execução ideal dos serviços da organização.

Objetivo Melhoria na estrutura física das dependências da Secretaria, melhoria na estrutura de equipamentos de TI, meritocracia, envolvimento da alta gestão nos projetos de TI.

Dificuldades/Desafios Orçamento limitado.

Como o FACIN pode apoiar neste cenário?

O FACIN pode apoiar na modelagem e entendimento da relação entre as aplicações (e serviços eletrônicos), sistemas de suporte/operacionais e a infraestrutura e permitir a análise de gap entre a situação atual do nível de atendimento da infraestrutura e as necessidades reais. Na fase de aquisição de equipamentos é possível a modelagem e análise em relação ao nível de atendimento do licitante frente as suas necessidades e qual o gap (lacuna) para atendimento completo da demanda. É possível, através da relação das aplicações com os serviços de negócio que as mesmas dão suporte, avaliar o impacto nos serviços ofertados e o respectivo impacto nos objetivos estratégicos definidos, servindo como uma ferramenta para tomada de decisão pela alta gestão.

Tabela 8 – Cenário sugerido pela PRODEMGE

Organização PRODEMGE (Minas Gerais)

Situação 1

Cenário/Problema Os diversos órgãos do Estado de Minas Gerais trabalham com informações georreferenciadas, entretanto, cada um utiliza ferramentas e informações diferentes e muitas vezes de difícil compatibilização e integração. A PRODEMGE vem buscando aprimorar o uso de dados e padronizar os serviços georreferenciados a partir da implantação de uma infraestrutura centralizada de dados geoespaciais, disponível em http://geo.mg.gov.br. No entanto, observa-se uma dificuldade na obtenção dos dados, especialmente em compartilhar e disponibilizar as informações de forma padronizada e que atenda às necessidades de cada órgão do Estado. O Projeto Implantar Solução Corporativa de Georreferenciamento está alinhado à nossa Estratégia de Longo Prazo e ao PDTIC do Estado de Minas Gerais em relação aos seguintes direcionamentos:

• Aspecto estruturante: Sistemas e dados;

• Objetivo: Prover o Estado de Minas Gerais de soluções sistêmicas integradas e padronizadas de TI.

• Diretriz: Manter uma base de dados integrada das informações geográficas, provendo as informações atualizadas para todos os órgãos e entidades do Estado.

O projeto contempla o desenvolvimento e implantação de uma IDE Corporativa, voltada para os sistemas do Estado de Minas Gerais para permitir que os dados geoespaciais estejam disponíveis, facilitando sua descoberta por novos usuários e integrados a outras IDEs. Identifica-se o alinhamento com as seguintes Visões do FACIN: Estratégia, Aplicações, Dados, Infraestrutura, Segurança e Sociedade do FACIN.

Objetivo A PRODEMGE pretende ser referência no uso de geoprocessamento como

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integração e governança de dados espaciais estaduais. Como melhorias, podem ser citadas, uma melhor organização e estrutura para fluxo de informações. Melhor comunicação. Melhor uso e compreensão de padrões. Com a resolução do problema a empresa deve alcançar um cenário para continuidade, disponibilidade e interoperabilidade de serviços georreferenciados a nível estadual e com interfaces para os níveis municipal e federal. Identifica-se o alinhamento com as seguintes Visões do FACIN: Estratégia.

Dificuldades/Desafios São dificuldades eminentes neste processo:

• Dificuldades de comunicação com os diversos órgãos do estado;

• Diferentes tecnologias, formatos e padrões disponíveis atualmente na área de geoprocessamento;

• Dificuldade de gestão da informação;

• Diferentes perfis de usuários, com diversidade de interesses e necessidades;

• Necessidade de apoio executivo. Atualmente, existem diversas iniciativas no sentido de proporcionar um melhor relacionamento e viabilizar a comunicação entre os órgãos do estado. Além da disponibilidade de ferramentas de integração de dados em grandes bases de dados. Identifica-se o alinhamento com as seguintes Visões do FACIN: Estratégia e Governança, Riscos e Conformidade.

Como o FACIN pode apoiar neste cenário?

Inicialmente o FACIN pode apoiar esta iniciativa através do desenvolvimento das visões de aplicações, dados e infraestrutura. Os dados georreferenciados (em nível conceitual) podem ser modelados e relacionados entre si. Com o apoio da visão de infraestrutura será possível identificar e analisar a infraestrutura atualmente utilizada para sua manutenção (como por exemplo local de armazenamento). A visão de aplicações podem apoiar no entendimento dos serviços e aplicações atualmente existentes de acesso aos dados e o que é necessário para otimizar e padronizar o acesso aos mesmos e sua gestão de forma integrada. As visões de negócio e de estratégia podem ser definidas em um segundo momento para relacionar o uso dos dados por todos os serviços de negócio e processos atualmente existentes e identificar os problemas existentes na oferta desses serviços e o impacto que esses gaps (lacunas) causam nos objetivos estratégicos definidos. Dessa forma será possível definir as capacidades necessárias para atendimento aos objetivos e definir uma situação futura diretamente relacionada às capacidades necessárias para atendimento aos objetivos gerais e de cada organização. A visão de segurança apoia na identificação e análise da situação atual da segurança de acesso e uso dos dados e informações e quais os problemas existentes dentro deste tema.

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Tabela 9 – Cenário sugerido pela PRODAM

Organização PRODAM (Amazonas)

Situação 1

Cenário/Problema Os estudos de viabilidade que levam a aprovação de um novo projeto, muitas vezes, não contemplam todos os aspectos desejáveis como: alinhamento estratégico, viabilidade econômico-financeira, comercial, tecnológica, capacidade operacional, análise de riscos, dentre outros. Mesmo quando o estudo de viabilidade é realizado ele não é gerido quanto a sua efetividade, nem durante a fase de execução do projeto (de forma a permitir ajustes), nem no seu encerramento.

Objetivo • Projetos aprovados para execução com estudo de viabilidade consistente;

• Avaliação do retorno financeiro dos projetos executados;

• Repriorização de projetos com base nos estudos de viabilidade.

Dificuldades/Desafios • Falta de Governança corporativa e de TI;

• Falta de integração e comunicação entre equipes;

• Processos internos pouco ágeis;

• Falta de padronização tecnológica;

• Falta de foco/estratégia para priorizar os serviços/projetos a serem executados;

• Falta de Investimento em treinamento;

• Processos burocráticos e/ou inexistentes;

• Falta de alinhamento com mercado;

• Falta de conhecimento do nosso custo;

• Múltiplas ferramentas para controle de serviços;

• Resistência a mudanças. Para atacar estes e outros problemas a Prodam atualizou o seu planejamento estratégico até 2020, no qual pontuou objetivos estratégicos para tratar alguns deles, que são apresentados a seguir:

• Realizar análise de viabilidade financeira das contratações;

• Efetuar pagamentos somente de despesas cobertas pelos clientes;

• Implementar governança corporativa;

• Selecionar negócios com alto percentual de rentabilidade para a Prodam;

• Implementar gerenciamento do portfólio de Serviços;

• Consolidar a área de BI e Big Data;

• Implantar processo de gestão da inovação.

Como o FACIN pode apoiar neste cenário?

O FACIN pode apoiar na modelagem e análise de:

• Elementos que caracterizem e justifiquem a necessidade de um determinado projeto através da modelagem dos objetivos estratégicos e sua relação com processos, serviços, aplicações, dados, infraestrutura e elementos de segurança que, ao serem analisados, mostram os gaps (lacunas) ou oportunidades de evolução da organização;

• Elementos que vão posicionar um determinado projeto em relação a realidade da organização em termos dos processos e serviços existentes, aplicações (e respectivas funções e serviços eletrônicos) existentes e projetos existentes (planejados e já em andamento). Dessa forma é possível realizar uma análise do impacto de um novo projeto na organização e identificar possibilidades de reutilização e/ou otimização de recursos (que pode ajudar na diminuição de custos para a organização de forma geral).

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Tabela 10 – Cenário sugerido pela ABEP

Organização ABEP

Situação 1

Cenário/Problema Ajustes e implantação do Sistema Integrado ABEP. os atores envolvidos são os dirigentes das áreas de tecnologia e administrativa/financeira.

Objetivo Integração das informações das Associadas, evitando retrabalho em algumas atividades, comparar preços de fornecedores para o mesmo objeto, auxiliar na elaboração de termos de Referência, fazer aquisições rápidas utilizando-se das Atas de Registro de Preço, fazer consultas sobre tecnologias e fazer aquisições entre as Associadas através do Portfólio.

Dificuldades/Desafios A captura das informações.

Como o FACIN pode apoiar neste cenário?

O FACIN pode apoiar oferecendo o suporte conceitual e metodológico para levantamento e modelagem (documentação) das informações deste o nível estratégico até o nível de infraestrutura. Sugere-se, dada a descrição do cenário, iniciar pela modelagem da visão de aplicações, infraestrutura e programas e projetos, como forma de coletar e analisar a relação entre aplicações, elementos de infraestrutura, e sua relação com projetos de aquisição, desenvolvimento ou utilização de artefatos tecnológicos.

Tabela 11 – Cenário sugerido pela EMGETIS

Organização EMGETIS (Sergipe)

Situação 2

Cenário/Problema Desatualização do Datacenter, por deficiência financeira.

Objetivo A Diretoria Executiva está se empenhando em todos os níveis de Governo para conseguir verbas que viabilizem a atualização do Datacenter.

Dificuldades/Desafios A atual realidade financeira do Governo.

Como o FACIN pode apoiar neste cenário?

O FACIN pode apoiar na modelagem e análise da atual configuração do DataCenter (através das visões de aplicações, dados, infraestrutura e segurança) e sua relação com os processos e serviços de negócio para os quais o mesmo oferece suporte. Dessa forma é possível realizar uma análise de priorização de ações de maior impacto dada a contingência financeira.

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Tabela 12 – Cenário sugerido pela PRODAM

Organização PRODAM (Amazonas)

Situação 2

Cenário/Problema Aparentemente a PRODAM não tem força política para ser ela a detentora das decisões estratégicas em relação a TI no estado do Amazonas. O que acontece é que o ambiente político na verdade acaba por definir as políticas ou a ausência delas no nosso planejamento. Com isso temos uma PRODAM sem relevância, e ficamos sem a definição de priorização. Projetos como GSUS, que tinha uma importância estratégica para a secretaria de saúde, são abandonados simplesmente porque o secretário foi trocado ou algo assim. O ideal seria ter um planejamento estratégico para políticas de TI com definição de indicadores a serem alcançados durante um planejamento de 4, 8 e 12 anos. Dessa forma mudanças no ambiente não mudariam as ações já planejadas.

Objetivo A PRODAM deve ditar as políticas e o planejamento de curto, médio e longo prazo de TI. Isso deve ser transparente e independente, para que não tenhamos ou que sejam minimizados os impactos das mudanças no ambiente político. Isso é fundamental para que o estado tenha um crescimento continuo dessas políticas.

Dificuldades/Desafios A própria estrutura da empresa e as continuas mudanças de gestores, traz um ambiente de instabilidade organizacional. Cada novo gestor ignora as definições anteriores em função do ego e das influencias politicas momentâneas. O nosso planejamento deve permanecer acima de mudanças de governo.

Como o FACIN pode apoiar neste cenário?

O FACIN pode apoiar no entendimento da situação atual do suporte tecnológico (visão de aplicações, dados, infraestrutura e segurança) existente para os processos e serviços (internos e para o cidadão) sob responsabilidade dos diversos órgãos do Estado. Através da modelagem será possível: identificar oportunidades de melhoria que causem maior impacto positivo no Estado, e que sirvam como forma da PROD oferecer análises e sugestões de priorização baseada em análises sólidas; Identificar problemas não só em nível Estadual, mas também por segmento (Educação, saúde, segurança, etc) de forma a posicionar a importância da PROD no apoio a tomada de decisão quanto ao aspecto tecnológico intrinsecamente relacionado aos impactos que podem causar na estratégia e negócio do Estado.

Tabela 13 – Cenário sugerido pela PRODAP

Organização PRODAP (Macapá)

Situação 2

Cenário/Problema Tramitação processual por vezes interrompida ou atrasada por ausência de Colaboradores envolvidos no processo.

Objetivo Menor tempo de tramitação dos processos

Dificuldades/Desafios Assiduidade dos colaboradores.

Como o FACIN pode apoiar neste cenário?

O FACIN não apoia no nível de negócio operacional. Porém o FACIN pode apoiar no entendimento dos processos/serviços existentes e todos os papéis (e responsabilidades) associados. Dessa forma uma análise do atendimento em termos de recursos pode ser realizada.

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Tabela 14 – Cenário sugerido pela PRODEPA

Organização PRODEPA (Pará)

Situação 1

Cenário/Problema Problema: Dificuldade na apuração e acompanhamento dos indicadores e metas tático/operacional. Atores: Gerentes de Diretoria de desenvolvimento de sistemas. Sistema: O sistema disponível na empresa não é utilizado adequadamente. O que dificulta a coleta dos dados

Objetivo Conhecer o framework FACIN e verificar como ele pode ajudar a organização resolver os problemas identificados.

Dificuldades/Desafios Falta de registro e apuração das horas trabalhadas; Falta de registro na ferramenta de acompanhamento do projeto; Múltiplas ferramentas de trabalho sem integração;

Como o FACIN pode apoiar neste cenário?

O FACIN pode apoiar no entendimento dos objetivos estratégicos, indicadores e metas, e da relação entre eles, associada à modelagem dos dados necessários ao seu cálculo, a infraestrutura atual de armazenamento e gestão e aplicações/serviços existentes para seu acesso. Através dessa modelagem será possível identificar os gaps (lacunas) existentes para o acesso, e também a necessidade de otimização do suporte tecnológico para apuração e acompanhamento da estratégia.

Tabela 15 – Cenário sugerido pela CODATA

Organização CODATA (Paraíba)

Situação 3

Cenário/Problema A CODATA é uma empresa de economia mista, tendo seu portfólio de serviços voltado para atender as demandas geradas pelos órgãos do Governo do Estado da Paraíba. A Rede Paraibana de Alto Desempenho - REPAD, é uma infraestrutura própria de redes de fibra ótica do Governo do Estado, gerida e operada pela CODATA. A REPAD, por adotar uma concepção aberta, além de beneficiar as principais instituições de pesquisa e educação superior, viabilizará a interligação de outras instituições com interesses não acadêmicos. A integração das instituições participantes beneficiadas assegura a sua auto sustentação e promove o avanço contínuo no uso de aplicações avançadas e na troca de grande volume de dados. O problema posto é como melhorar a Estratégia de venda do produto REPAD para auferir receitas que viabilizem o projeto do Estado.

Objetivo Tornar a REPAD uma fonte de receita para a CODATA, garantindo que o projeto seja auto-sustentável, alcançando a satisfação dos clientes através de uma prestação de serviços de alta qualidade.

Dificuldades/Desafios A falta de recursos, seja de pessoal, ferramentas ou dos fornecedores, para manter a rede já instalada pode comprometer seu funcionamento e a pretensa expansão.

Como o FACIN pode apoiar neste cenário?

O FACIN pode apoiar na modelagem da infraestrutura tecnológica e sua relação com os todos os serviços que atende. Através dessa modelagem é possível fazer projeções de situações futuras e prever necessidades de crescimento da infraestrutura de dados e aplicações/serviços com antecedência, e identificar necessidades de suporte de segurança, como forma de oferecer confiabilidade aos clientes potenciais e atuais.

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Tabela 16 – Cenário sugerido pela ATI-PE

Organização ATI-PE (Pernambuco)

Situação 2

Cenário/Problema Atraso nas contratações de TI – SEE.

Objetivo Realizar a aquisição das contratações planejadas.

Dificuldades/Desafios • Falta de entendimento no preenchimento da documentação (Ex: DOD, ETPC, TR) necessária para realização de uma aquisição de TI;

• Falta de comprometimento do setor solicitante no preenchimento da documentação;

• Falta de conhecimento técnico para especificar a aquisição pretendida;

• Gargalo em outros setores associados ao processo (Ex: SAD);

• Falta de Recurso Financeiro.

Como o FACIN pode apoiar neste cenário?

O FACIN não apoia no nível de negócio operacional. Através do FACIN é possível definir os macroprocessos relacionados e os responsáveis. A modelagem do fluxo operacional dos processos de aquisição é realizada pela área equivalente ao Escritório de Processos.

5 Conclusões

A Oficina FACIN-ABEP teve como objetivo principal trabalhar a aplicação prática do FACIN em um cenário da ABEP-TIC de forma a apresentar os benefícios do uso da Arquitetura Corporativa no apoio ao entendimento e análise de desafios e na interoperabilidade semântica dentro da ATI-PE através do uso de uma linguagem única para modelagem e documentação da situação atual desde o nível Estratégico até o nível de infraestrutura, servindo como mecanismo para projetar uma possível solução futura. Através da proposta de uma abordagem de Arquitetura Corporativa comum a todo o Governo, o FACIN, foi realizado também um exercício inicial no sentido de promover a interoperabilidade entre as associadas da ABEP-TIC.

Todos os aspectos abrangidos pelas nove visões do FACIN foram discutidos com destaque para as visões de Estratégia, Negócios, Dados e Aplicações. A oficina forneceu subsídios importantes para validar conceitos e relacionamento propostos em cada visão e relacionamentos entre Visões. Também foi possível identificar oportunidades de evolução do Framework de Conteúdo do FACIN. As impressões sobre o projeto e desenvolvimento das sessões de análise e modelagem também foram registradas e servirão como insumo parar a etapa de construção do método de desenvolvimento da arquitetura do FACIN.

Registrou-se a relevância em nível nacional em relação ao cenário desenvolvido em conjunto com a ATI-PE. A proposta de uma visão comum, do cidadão e para o cidadão, foi discutida na reunião de 13/06 e reconhecida como uma questão de relevância nacional e um objetivo a ser alcançado em todos os Estados. Este objetivo está em consonância com o que demanda o recente Decreto Nº 9.094, de 17 de julho de 2017, que, dentre outra questões, dispõe sobre a simplificação do atendimento prestado aos usuários dos serviços públicos e institui a Carta de Serviços ao Usuário. As discussões e propostas na direção de um agendamento de serviços integrado representa um passo no sentido de atuar de forma integrada e sistêmica e eliminar formalidades e exigências cujo custo econômico ou social seja superior ao risco envolvido.

No que o tange o FACIN, a proposta é atuar como um mecanismo no apoio a aplicação de soluções tecnológicas que visem a simplificar processos e procedimentos de atendimento aos usuários dos serviços públicos e a propiciar melhores condições para o compartilhamento das informações. A premissa da interoperabilidade, sobre a qual o FACIN se alicerça, propõe a sua utilização como ferramenta de articulação com os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os outros Poderes para a integração, racionalização, disponibilização e simplificação de serviços públicos.