OEE na PrticaGesto da Produo com o ndice OEE

Primeira Edio 2013 Caique Cardoso. Todos os direitos reservados.

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Sumrio1Introduo.........................................................................................................3

2Porque gerenciar a produo? e porque tem que ser em tempo real?..............3

3O que OEE?.....................................................................................................5

4Como obter os ndices para calcular o OEE?...................................................10

4.1Coleta Manual...........................................................................................10

4.2Coleta de dados direta da produo para o Sistema................................11

5Como lucrar com o OEE?.................................................................................12

6Gesto a Vista Online utilizando informaes de OEE.....................................18

7O Fator Humano...............................................................................................21

8Como implantar o monitoramento do OEE?....................................................23

9Que tal fazer um piloto com o Kite MES e sem custo......................................25

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1 INTRODUO

Neste eBook vamos apresentar os problemas mais comuns da gesto da produo, explicar o que OEE e como o monitoramento desse ndice pode

mostrar os caminhos para o aumento da produtividade e tambm como obter a

melhoria contnua da produo, produzindo sempre com mais eficincia.

Encare o OEE como o ponteiro de uma bssola. Por si s no garante que as

coisas estejam na direo certa mas que sem ela a situao fica muito pior.

Caso voc queira saber mais sobre como gerenciar a produo visite o site

da Kite www.kitemes.com.br.

2 PORQUE GERENCIAR A PRODUO? E PORQUE TEM QUE SER

EM TEMPO REAL?

O gerenciamento da produo uma das atividades mais difceis de ser

executada em uma fbrica, afinal de contas a fbrica gira em torno da linha de

produo. E praticamente o dia a dia do gestor de produo apagar incndio.

Ou estou exagerando?

O que j se sabe que: Para gerenciar fundamental ter informaes sobre

o que est acontecendo, seja gesto financeira, gesto comercial, gesto de

pessoas, etc. De forma geral necessrio ter informao com qualidade, ou

seja, com a maior preciso possvel, em suma, a informao tem que ser

verdadeira, refletir a realidade. Mas porque a gesto da produo precisa

que essa informao, alm de verdadeira, tenha que ser em tempo real?

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A expresso tempo real implica que a dimenso tempo deve ser

considerada e to importante quanto a preciso da informao. Uma

informao financeira para uma indstria tem - no estamos falando de

mercado financeiro - uma dinmica que na maioria das vezes no necessita de

uma tomada de deciso de forma muito rpida, o mesmo acontece com a

gesto de recursos humanos ou ainda com a gesto de estoque, enfim o fator

tempo no to importante. No precisa necessariamente ser agora.

J na produo, na grande maioria da vezes, necessrio tomar decises

assim que ocorrem os problemas como por exemplo: paradas de mquina,

baixa qualidade do produto, tempo muito grande para realizar uma

manuteno, problemas com setup, etc. Quase tudo na produo exige que se saiba o quanto antes e se tome a deciso ainda com a produo sendo

executada, trocar o pneu com o carro andando. claro que o gestor da

produo necessite tambm de informaes de histrico para avaliar

alteraes que esto sendo realizadas, contratao de novos operadores ou o

treinamento e a influncia desse treinamento na produtividade, mas

fundamental, principalmente com relao a qualidade e performance na linha

ter informao em tempo real.

Uma das maneiras de gerenciar usando ferramentas de "Gesto a Vista"

(falaremos mais sobre isso), so painis que mostram informaes de vrios

pontos da produo. Um tipo de software que tem essa funo so os

chamados de SCADA (supervisory control and data acquisition ou sistemas de superviso e aquisio de dados) e so bastante utilizados em indstrias de

processamento e que so altamente automatizadas, como a indstria

petroqumica por exemplo, mas no esto preparados para a manufatura.

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Porm as indstrias manufatureiras tambm necessitam de informao em

tempo real, mas no sobre vazo, temperatura, presso, etc. Mas ento qual

informao? O que um gerente de produo precisa saber para tomar atuar na

produo? O que vamos analisar para saber para onde as coisas esto indo? A

resposta o ndice de OEE. Como mostraremos, ele engloba informaes

extremamente relevantes da produo e pode, como a agulha da bssola,

indicar o melhor caminho.

3 O QUE OEE?

Para avaliar se algo bom ou ruim, necessrio provar, experimentar,

testar. Para uma avaliao ainda mais apurada, necessrio ter uma referncia

para comparar - saber se melhor ou pior sempre implica em comparar uma

coisa com outra.

O OEE Overall Equipment Effectivences ou Eficincia Geral (ou Global) do Equipamento ou Mquina foi originalmente concebido dentro do sistema de

gesto da manuteno desenvolvido pela Toyota e que conhecido como TPM

ou Total Productive Maintenance ou Manuteno Produtiva Total. O OEE se aplicava no incio a mquinas na linha de produo onde os prprios

operadores eram treinados para fazer algumas tarefas de manuteno que no

modelo tradicional (americano) era de responsabilidade exclusiva da equipe de

manuteno. Desde ento OEE passou a ser a forma mais difundida de medir a

eficincia na rea industrial.

O Japan Institute of Plant Maintenance (JIPM) oficializou como calcular o OEE,

a inteno do JIPM foi ter um ndice que pudesse servir para todas as indstrias

japonesas e que permitisse servir de referncia para avaliar se uma mquina

esta funcionando corretamente ou se a queda do ndice indica que talvez seja

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necessrio fazer algum tipo de manuteno para que a mquina volte a ter a

eficincia original.

Com o tempo o OEE passou a designar no s a eficincia de uma mquina,

mas tambm de um conjunto de mquinas, ou de uma linha de produo ou

mesmo de uma planta de produo inteira.

O JIPM criou ento o conceito de World Class OEE, que so plantas

produtivas e eficientes que possuem o ndice OEE igual ou acima a 85%, e

concluiu que a mdia da maioria das empresas japonesas da poca tinham um

OEE em torno de 60%.

Mas, afinal de contas, como calculado o OEE?

Para calcular o OEE necessrio medir 3 ndices de mquinas, linhas,

clulas: Disponibilidade, Desempenho e Qualidade. So valores

percentuais de cada ndice que compem o OEE.

O clculo do OEE feito simplesmente multiplicando estes 3 ndices. Parece

fcil no ? , a conta fcil, o difcil obter esses dados com confiabilidade,

porque tambm no adianta nada ter um ndice que no seja confivel e alm

do mais, muitas aes na produo so em tempo real, de que adianta saber

que no ano passado ou no ms passado a empresa no foi eficiente se o

problema j foi resolvido semana passada.

Vamos detalhar cada um destes ndices:

Disponibilidade

Corresponde ao quanto a mquina (ou as mquinas e linhas de uma planta)

esto disponveis para serem utilizadas. Por exemplo, uma mquina injetora foi

instalada recentemente na planta e a inteno que sejam injetados produtos

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durante 2 turnos de 8 horas, sendo assim a disponibilidade da mquina so de

16 horas dirias, caso a mquina fique indisponvel por qualquer razo nesse

perodo (qualquer parada no planejada) o ndice de disponibilidade no ser

mais de 100%.

2. Desempenho

Representa o quanto a mquina produz em relao a capacidade de

produo desta mesma mquina. Por exemplo, no caso da injetora, vamos

supor que o tempo padro, ou o tempo definido para produo, de 200 peas

por minuto para um determinado produto. Se a produo for inferior a esse

valor o desempenho no ser de 100%.

Mas como possvel medir o desempenho?

Existem basicamente trs formas:

Manual: A contagem da produo feita pelo operador ou as vezes com

algum exclusivo para anotar o produo de um setor, e se faz a

anotao, por exemplo de hora em hora. Esses valores so totalizados

por um funcionrio que lana as informaes, em muitos casos em uma

planilha Excel, e gera relatrios com grficos coloridos que so impressos

e apresentados em um local de informaes na produo.

Manual com coleta direta na produo: disponibilizado um ou

mais computadores, tablets, ou outro meio de comunicao com o

sistema de controle de OEE, e os operadores informam diretamente ao

sistema as ocorrncias da produo como produtos produzidos, paradas,

refugos, etc. Digitando essas informaes sem a interferncia de um

outras pessoas.

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Automtico: A contagem da produo e do refugo, a identificao de

parada e outras informaes so coletadas automaticamente por um

coletor dados conectado a sensores ou a CLPs na mquina ou linha.

Como os dados so coletadas em tempo real, os ndices de OEE tambm

podem ser apresentados aos operadores em tempo real.

3. Qualidade

No adianta ter alta disponibilidade e alto desempenho se os produtos esto

sendo produzidos com defeitos e sendo refugados. O terceiro ndice que

compe o OEE a qualidade do produto. Uma forma utilizar o conhecimento

do operador para informar se um produto est sendo produzido com qualidade,

outra forma a anlise de amostragem por lote, nesse caso a medio no

totalmente em tempo real.

O sistema de gesto de OEE pode sinalizar ao analista de qualidade quando

o momento para que a avaliao de lote seja feita.

O ndice de OEE ento, matematicamente, formado pela multiplicao dos

3 ndices:

OEE = Disponibilidade x Desempenho x Qualidade

Vamos supor ento que uma empresa tenha os seguintes ndices:

Disponibilidade: 88% - existem algumas paradas nas mquinas com

problema, mas parece um bom ndice;

Desempenho: 85% - em funo das quebras e dos desgastes nas

mquinas, o desempenho de 85 % mas ainda assim parece bom;

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Qualidade: 97% - a qualidade do produto afetada por causa dos

problemas de mquinas com defeito, mas afinal de contas e quase 100%

de qualidade.

Parecem nmeros bons, mas qual seria o OEE dessa empresa?

O ndice de OEE nesse caso seria:

OEE = 0,88 x 0,85 x 0,97 = 0,72

Apesar de parecer que individualmente os nmeros no so to ruins, o

ndice de 72% de OEE no to bom assim. O JIPM definiu os seguintes valores

mnimos para uma empresa ser considerada World Class.

Desempenho deve ser no mnimo 95%

Disponibilidade acima de 90%

Qualidade deve ser de pelo menos 99%

Com esses nmeros individuais, o OEE obtido seria:

OEE = 0,90 x 0,95 x 0,9999 = 0,855

Isso mostra que atingir 85% de OEE implica em uma gesto muito apurada

de cada mquina, linha, clula, operadores, equipe de manuteno, enfim no

algo muito simples de se atingir sem as ferramentas adequadas.

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4 COMO OBTER OS NDICES PARA CALCULAR O OEE?

Um dos grandes problemas que dificultam atingir um OEE de 85 % so as

paradas de mquina (falaremos mais sobre paradas mais adiante).

fundamental saber quais so as principais causas de parada para atuar

diretamente no problema o quanto antes e preciso tambm saber quais os

maiores causadores de paradas e porque.

A questo principal como obter os dados corretos e no momento certo. As

coisas esto acontecendo na produo nesse exato momento, como saber a

tempo de tomar alguma deciso.

Vejamos como as empresas que j utilizam o OEE realizam essa tarefa de

obter as informaes da produo.

4.1 Coleta Manual

O cho de fbrica possui mquinas, linhas, clulas e principalmente

pessoas, muitas pessoas. Nessa estratgia uma pessoa ou algumas pessoas

so destinadas a funo de anotar tudo o que est acontecendo na produo e

em alguns casos o prprio operador, quando tem tempo para isso.

As informaes coletadas no so muito confiveis, pois pode ocorrer

interrupo, erros de interpretao, atrasos, que no permitem a exatido na

hora de coletar e processar as informaes, ou at mesmo uma falha humana

cometida pelo profissional. Estejam elas anotadas em uma planilha ou no

papel, a hora de lan-las no sistema de gesto da empresa aumenta ainda

mais os riscos de divergncias nas informaes, alm do tempo que toda essa

tarefa demanda.

As informaes, confiveis ou no, podem at estar em um sistema de

gesto de OEE, mas depois de quanto tempo elas podero ser consultadas? E

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se acontece algo no cho de fbrica que demanda uma deciso imediata, com

que dados deve-se utilizar?

4.2 Coleta de dados direta da produo para o Sistema

Um sistema de coleta de dados na produo elimina a necessidade de

planilhas paralelas e profissionais descontentes com a misso de anotar o que

acontece na fbrica. Ele estende o benefcio do ERP da corporao para o cho

de fbrica. Os coletores, estando em pontos mais relevantes da produo, alm

da funo de coletar informaes, permitem apresentar indicadores de

desempenho e a visualizao da informao em tempo real. Isso faz toda a

diferena.

Em pouco tempo essa informao estratgica estar disponvel para o

gerente de produo e os demais gestores da companhia. As informaes esto

asseguradas pela TI e integradas com os demais sistemas da empresa, gerando

inteligncia de negcio e eficincia para a organizao. Acredite, isso

possvel.

Essa coleta pode ser automtica, utilizando equipamento especfico para

isso, ou ainda utilizando computadores de baixo custo instalados na produo

mas tendo sempre em mente que o operador no um especialista em TI e

portanto a interface tem que ser a mais simples e eficaz possvel.

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5 COMO LUCRAR COM O OEE?

Em uma busca constante por eficincia, as indstrias precisam considerar

diversos fatores que impactam na produtividade de todo o ciclo de produo, e

um dos fatores que mais impactam na capacidade total da indstria so as

mquinas e se elas param quando deviam estar em operao o negcio

complica.

Embora as mquinas sejam cada vez mais modernas, e muitas indstrias

atuem com tecnologia extremamente avanada, como robs e mquinas com

tecnologia de ponta, e ainda com automao industrial, preciso gerir todo

esse parque para saber se elas esto sendo totalmente aproveitadas e mais, se

esto de fato trabalhando para trazer lucro para a empresa.

Ento, o prximo passo para uma indstria que realizou investimentos em

capacidade - contratao e capacitao de pessoas e aquisio de mquinas -

a gesto da execuo de toda essa operao. Inclusive, para verificar o

retorno do investimento realizado nas mquinas e em pessoal, essencial

medir a produtividade e a rentabilidade que cada um traz para indstria, e isso

s possvel com um sistema de gesto que controle o OEE e esteja integrado

ao ERP. Ou seja, as informaes da execuo da produo precisam ser

medidas e sincronizadas com a informao do sistema de gesto da empresa,

que possui tanto o controle do investimento realizado, quanto do retorno final

em vendas que as atividades da indstria trazem.

A seguir veremos cinco ganhos em lucratividade e eficincia gerenciando a

produo:

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Reduo do Tempo de Mquina Parada

O grande problema para a produtividade so as paradas no planejadas.

Como essa parada ser sempre imprevista ela sempre trar prejuzo, e como o

gs da cozinha que s acaba quando se est cozinhando. O tempo de parada

reduzido traz ganhos enormes para a produo, alm de reduzir custos com

manuteno. A inteno que a Cadeia de Ajuda seja o mais eficiente

possvel para manter a produo com alta produtividade, alto OEE, todo o

tempo que foi planejado para isso. A forma identificar a parada e informar a

cadeia de ajuda no momento em que o sintoma da parada foi apontada pelo

operador. Isso aliado a uma equipe de manuteno treinada permite manter

todo o processo funcionando, sem grandes solavancos.

Aumento na qualidade final dos produtos

A indstria que gere bem suas mquinas tende a reduzir custos com refugos

de produtos finais, e tambm de materiais que so desperdiados ao longo do

processo produtivo. A qualidade final do produto tambm pode ser

incrementada caso a operao das mquinas estejam em dia, o que reflete em

vendas e crescimento para a organizao. A gesto do OEE capaz de indicar

quando uma mquina apresenta falhas e o motivo e ainda qual a frequncia

dessas falhas. A informao pode ser vista em tempo real, o que reduz o tempo

em que uma mquina produza com baixa qualidade.

Aumento na produtividade total da indstria

Uma mquina que opera abaixo de sua capacidade ou com falha, alm de

gerar produtos mal acabados, reflete na queda da produtividade total do ciclo

que depende dela. Essa queda na produtividade pode refletir em atrasos de

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pedidos e no cumprimentos de prazos, que acarretam perda de vendas e at

de clientes. Ao gerenciarmos a eficincia de cada recurso da produo, a

indstria ganha em todo o processo de produo.

Balano entre produtividade e custo das mquinas

A gesto do OEE mostra quanto tempo de fato cada mquina opera, quanto

tempo ela leva para ser preparado (setup), quanto tempo perdido com parada, quanto tempo a manuteno precisou para que tudo voltasse ao

normal, o que a manuteno fez para voltar a normalidade, enfim, todas as

variveis que impactam na produtividade. Deste modo, possvel chegar a um

clculo real do custo de cada processo da produo, custo de operao

hora/mquina e ainda identificar e utilizar capacidades que no esto sendo

exploradas para otimizar a operao.

Informao certa na hora certa

Com o monitoramento do OEE, a gesto da indstria pode tomar decises

com mais segurana, como a hora certa de aumentar a capacidade de um

centro, adquirir novas mquinas, fazer melhorias/manutenes nas existentes

e at tirar de operao uma mquina j no to eficiente. Alm disso possvel

avaliar o trabalho dos operadores, o Fator Humano, a gesto mais complexa

de uma produo (trataremos disso em um tpico mais adiante) O

conhecimento do OEE de cada mquina ou setor permite avaliar se de fato o

que foi planejado est sendo devidamente executado e verificar a tempo se

alguma medida precisa ser tomada para manter a produo dentro do

cronograma.

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Ao longo do tempo, as informaes armazenadas em banco de dados

tornam-se cada vez mais estratgicas e servem para avaliar a evoluo do

passado e embasar planejamentos futuros de toda a corporao.

Quanto custa uma Parada?

Ns sabemos que disponibilidade um dos trs ndices que compem o

OEE e sua importncia to grande que, se no existe disponibilidade, no

existe nem desempenho e nem qualidade, afinal, um recurso indisponvel no

capaz de produzir, to pouco com qualidade.

Alm de a indisponibilidade reduzir drasticamente o OEE de um recurso

especfico, pode impactar no OEE global da indstria, uma vez que esse

recurso, normalmente, fazer parte de uma linha de produo. Existe um

impacto muito maior no custo de uma parada, pois uma coisa uma breve

parada em um recurso (baixo desempenho), outra coisa uma

indisponibilidade de um recurso na produo encadeado a vrios outros

eventos dependentes.

As pessoas na produo precisam parar em algum momento, seja para

ginstica laboral, refeio ou troca de turno, ou para fazer a manuteno, no

caso das mquinas. Quando a parada prevista, perfeito, pois a capacidade de

produo foi calculada considerando o tempo das paradas, mas e quando

uma parada emergencial, no planejada? E mais, e quando essa parada ocorre

quando a indstria est operando no limite da capacidade para atender um

pedido com o prazo apertado?

realmente difcil estimar um custo exato das paradas, at porque cada

indstria tem um produto diferente, com custos diferentes, mas podemos citar

os principais impactos:

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O custo da queda na produo, que resulta em menos produtos

expedidos;

O custo do acumulo do inventrio quando a parada ocorre em um

recurso que tem recursos dependentes;

O custo da ociosidade dos operadores e da desmotivao da equipe;

O custo de perder um cliente quando um pedido no for entregue no

prazo;

Enfim, os impactos so muitos, e voc pode tentar traz-los para a realidade

da sua indstria para ter uma estimativa do seu caso. Agora, apenas saber

quanto custa no resolve o problema. preciso agir na causa do problema, e

para isso preciso ter o controle das paradas e as informaes necessrias

para minimiz-las.

Gerenciando as paradas

A gesto da produo precisa ter uma atitude pr-ativa em relao as

paradas e para isso ser necessrio descobrir quais so as principais causas ou

sintomas e quais os impactos na produo. E atacar essas causas diretamente.

Normalmente um pequeno nmero de causas so as responsveis pelas

maiores quedas de produtividade.

Ter um sistema de controle da produo que fornea as informaes de

paradas e com base nos histricos da indstria possibilita que sejam adotadas

medidas necessrias para reduo o nmero das paradas.

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Agindo durante a Parada

Independentemente de a parada ocorrer de forma preventiva ou

emergencial, ou ser causada por mquinas ou por pessoas, necessrio existir

um plano de aes a ser executado.

Por exemplo, ter peas sobressalentes pode minimizar uma parada que

levaria horas, ou paralisaria um recurso por dias, para aguardar a entrega do

fornecedor. Se a pea est no estoque, pode ser rapidamente substituda. Para

isso necessrio saber as causas de maior impacto, s assim para definir o

que deve estar disponvel rapidamente, impossvel ter toda as necessidades

de materiais ou peas disponveis e s a anlise das causas de paradas vo

mostrar isso.

Outro fator decisivo est relacionado manuteno. extremamente

importante que exista os procedimentos adequados para manuteno de cada

mquina da produo e mais: que a equipe de manuteno tenha formas de

ser avisada no momento em que ocorre a parada e que seu desempenho possa

tambm ser avaliado a partir desse momento.

Um sistema de gesto de OEE tem a capacidade de identificar uma falha ou

parada no exato momento que ela ocorre e emitir um alerta visual para a

manuteno. Assim que a parada ocorre, o sistema ir cronometrar o tempo de

manuteno e qual ao foi realizada, e essa informao ser til tanto para

mensurar a capacidade da equipe, quanto para que esse tempo seja

considerado nos futuros procedimentos de manuteno.

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Agindo aps a parada

Uma coisa fato: dificilmente as paradas deixaro de existir na indstria.

Ter uma ferramenta que fornea informaes das paradas essencial para a

indstria que busca tratar suas paradas como um fator estratgico e previsto

na sua operao e no ficar somente apagando incndios.

As paradas e manutenes formam um ciclo onde necessrio minimizar o

nmero de paradas no previstas, reduzir o impacto de cada uma e reduzir o

tempo que leva para a mquina voltar a operar. muito importante ter uma

ferramenta que permita a indstria compor uma base de conhecimento que

fornea essas informaes, que fornea informaes em tempo real, quando

for o caso, para que aes sejam tomadas imediatamente, e que permitam que

a indstria tornem aes e eventualmente mudanas de rumo.

6 GESTO A V ISTA ONLINE UTILIZANDO INFORMAES DE

OEE

Uma forma muito adotada na

gesto da produo apresentar

informaes sobre produtividade,

qualidade, manuteno executada

e uma srie de outros ndices em

quadros posicionados ao longo da

linha.

Porm essas informaes so

coletadas de forma manual e

atualizadas, no melhor dos casos, algumas vezes ao dia. No incio da

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implantao da gesto a vista alguns operadores, nem todos, analisam os

resultados e se empenham em melhorar. Com o passar do tempo esses

quadros so mantidos para que sejam atendidas as necessidades de

conformidade principalmente com a ISO 9000 mas o efeito prtico muito

pequeno, na maioria das vezes nulo.

Um outro fato que essas informaes ao longo do tempo passam a ser

mascaradas, por exemplo, se a meta produzir N produtos por hora, registra-

se N e no final do turno feito o ajuste para o valor real, ou seja, como se a

produo fosse perfeita at o final do turno e somente na ltima hora houvesse

uma produtividade muito baixa.

J viu isso acontecer alguma vez? Mas porque isso acontece?

Existem praticamente duas questes que levam os operadores a ignorar

esses quadros:

Os dados so coletados manualmente e so normalmente imprecisos

e/ou mascarados

A apresentao dos dados no em tempo real, mostram uma fotografia

do passado e no tem muita utilidade, so mais usados depois como

histrico pela gerncia, no traz nenhuma informao real para os

operadores

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Uma opo que ataca esses dois problemas e que pode ser muito eficiente

a "Gesto a Vista Online", que tem a mesma inteno inicial da Gesto a Vista

tradicional mas onde os dados so coletados em tempo real e o processamento

e apresentao tambm so em tempo real. Os dados de OEE, e outras

informaes que orientem os operadores, so apresentadas em displays

(monitores ou TVs ligadas a netbooks por exemplo) ao longo da produo nos

mesmos moldes que os painis em aeroportos. Os operadores acompanham o

desempenho diretamente nesses painis.

Alm disso o display pode informar, por exemplo, se algum problema ocorreu em algum ponto da produo, como uma parada de mquina que

requer manuteno, isso facilita que o lder ou o supervisor de produo possa

atuar junto aos operadores e a cadeia de ajuda.

Outra utilizao muito eficaz destes display instal-los na manuteno.

Displays dedicados a essa finalidade podem mostrar que mquinas esto

paradas e porque, e quem da equipe est atendendo ao chamado.

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Todos esses recursos permitem que os operadores e os especialistas da

cadeia de ajuda mantenham o foco na produtividade aumentando

consideravelmente o faturamento e diminuindo o desperdcio.

7 O FATOR HUMANO

Existem algumas metologias de gesto da produo que so bastante

difundidas e empregadas em muitas empresas mas existe um fator que muitas

vezes no to considerado na implantao de uma nova metodologia para a

gesto da produo e que na realidade pode ser o mais importante, o Fator

Humano. A maioria das metologias para gesto da produo vieram

inicialmente dos Estados Unidos e posteriormente do Japo, porm as

caractersticas de ambos os povos so bem diferentes das dos brasileiros, e

esse entendimento pode ser determinante para o sucesso no gerenciamento

de pessoas que trabalham a produo industrial e tambm na hora de

implantar novas metodologias.

Ns brasileiros no gostamos muito de regras; se j fazemos alguma coisa

de uma determinada forma esse o melhor jeito de fazer e estamos

conversados. Assim como a jabuticaba, s no Brasil tem leis que "pegam" e leis

que "no pegam".

Ento, como fazer com que os operadores brasileiros sigam de fato alguma

metodologia no dia a dia, e no somente quanto tem auditoria da ISO? Digo

isso, pois quando tem auditoria da ISO, a fbrica uma beleza - talvez fosse o

caso de fazer auditoria da ISO todo dia. Isso parece brincadeira, mas pode ser

uma pista para qual caminho devemos seguir.

Talvez, ns brasileiros, no sejamos to diferentes dos outros, talvez o que

exista em outros pases uma forma clara e constante de monitoramento.

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Talvez, a todo ser humano, independente da nacionalidade, que for submetido

a uma regra mas no for monitorado, provavelmente no ir cumpri-la, no por

muito tempo.

Vamos analisar do ponto de vista do trabalhador da produo. A produo

tambm tem regras demais. Alm de fazer o que importante na produo, o

operador ainda tem que preencher uma srie de planilhas e para que? Pedem

que mudem a forma de produzir para uma "forma melhor", mas por que? O

profissional tem pouco tempo, e mesmo assim solicitado que faa vrias de

atividades "extras", qual a finalidade? Disseram para ele que isso importante

para melhorar a produo mas normalmente no melhora e ele no recebe

nenhum retorno sobre as informaes que est passando e, quando acontece,

recebe uns relatrios mostrando de forma superficial o que aconteceu no

passado, alguns grficos que so incompreensveis. Com o tempo esses

trabalhos extras so feitos de qualquer forma ou nem so feitos, "no so

avaliados mesmo" o que o operador acredita e tudo fica como era. Quem

leva a culpa a nova metodologia. O que voc acha est errado nessa histria

toda?

Temos alguns pontos para nos basear e para tirar algumas concluses:

Monitoramento Eletrnico. impossvel algum fiscalizar o que

acontece na produo o tempo todo e se no tem fiscalizao no tem

cumprimento do que foi determinado, ou pelo menos muito difcil saber

quem est e quem no est cumprindo. Isso precisa ser feito

eletronicamente para ser feito o tempo todo.

Monitoramento Automtico. Com o monitoramento eletrnico e

automtico o operador no precisar preencher nada. Sabemos

preencher formulrios toma tempo, gera informao errada e acaba

caindo no descredito.

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Realimentao. Se operador no est conseguindo cumprir o que foi

planejado tem que ser informado, o quanto antes, em tempo real se for

possvel e, se for o caso, tem que ser treinado. O desempenho ps-

treinamento precisa ser monitorado e se ao final do investimento que foi

definido no houver resultado deve ser desligado, a no h o que fazer.

Porm desligando o operador mas sabendo-se quais so os bons, quais

realmente esto se esforando e quais esto "empurrando com a

barriga".

Referncia. O operador precisa saber, em tempo real, se est dentro do

que foi estabelecido. J falamos disso Gesto a Vista Online com dados

de OEE e todas as informaes que sejam importantes para orientar o

pessoal de produo.

Melhoria Contnua. Tudo precisa ser reavaliado constantemente,

implantar novas melhorias, mudanas, novas metodologias, tudo isso

leva tempo, nem tudo vai funcionar da mesma forma para todo mundo. A

metodologia um mapa e como j dissemos o OEE uma bssola,

ferramentas essenciais para seguir o melhor caminho.

8 COMO IMPLANTAR O MONITORAMENTO DO OEE?

O monitoramento do OEE permite que a produo se foque naquilo que

pode fazer de melhor que produzir. Produzir com menor custo e mais

qualidade. Vamos analisar 5 aes prticas que permitem definir como iniciar o

monitoramento do OEE e obter retorno do investimento o mais rpido possvel.

E o mais importante, fazer com que esse retorno possa ser reinvestido para

gerar mais melhoria, ou seja, a famosa melhoria contnua.

Quando voc pensar em monitorar OEE pense vou investir para aumentar a

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OEE na Prtica 24/28

produtividade, ou seja, vou produzir mais, melhor e com a mesma planta, essa

a inteno. Resumindo gerar mais lucro.

1. O mais importante : Nunca faa tudo de uma vez. Vai ficar caro e

mais difcil de se pagar. Comece aos poucos, algumas mquinas, algumas

linhas. E faa o retorno do investimento pagar as prximas etapas da

implantao.

2. Segunda coisa muito importante: No deixe de iniciar o

monitoramento. No fazer nada tambm no resolve. Sem

informao ser impossvel melhorar, no fazer nada a pior opo de

todas.

3. Priorize as reas que tenham maior possibilidade de retorno financeiro

com o aumento do ndice de OEE e que no seja muito complexo de

realizar alteraes que possam aumentar esse ndice, sempre avaliando

com muito cuidado para no focar o investimento em reas onde as

mudanas so muito complexas. Por exemplo, uma mquina muito cara

pode parecer ser melhor de monitorar mas as mudanas podem ser mais

difceis do que em uma bancada de montagem manual, onde o retorno

pode ser mais rpido.

4. Avalie com o pessoal de produo quais so os "tempo padro de cada

produto" mais prximos do real para cada equipamento/linha de

produo. As vezes especialistas definem valores que no correspondem

com a realidade da sua produo e isso pode causar distores no ndice

de OEE. Lembre-se, a inteno aumentar a produtividade, no atingir

o OEE mais alto.

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5. Sempre que possvel utilize alguma ferramenta de reduo do tempo de

setup (como a Troca Rpida de Ferramentas ou TRF). Muito das perdas na produo ocorrem durante o setup das mquinas, isso pode ser tambm falha de Planejamento). Simultaneamente desafie o pessoal de

manuteno a reduzir ao mximo o tempo de manuteno corretiva, as

mquinas devem estar disponveis o maior tempo possvel.

Dessa forma a nossa bssola, o ndice de OEE, poder orientar nos prximos

passos e ajudar na melhoria contnua da produo.

9 QUE TAL FAZER UM PILOTO COM O K ITE MES

A Kite oferece a possibilidade de fazer um piloto com o Kite MES de um a

trs meses.

Toda a instalao, treinamentos e gesto do piloto podem ser realizadas

remotamente.

Fazemos tambm todo o acompanhamento durante o perodo do piloto.

No final geramos um diagnstico apresentando as principais informaes

que foram coletadas da produo.

Para candidatar sua empresa a um piloto do Kite MES clique aqui ou acesse o link http://www.kitemes.com.br/piloto-kite-mes/

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Primeira Edio 2013 Caique Cardoso. Todos os direitos reservados.

1 Introduo2 Porque gerenciar a produo? e porque tem que ser em tempo real?3 O que OEE?4 Como obter os ndices para calcular o OEE?4.1 Coleta Manual4.2 Coleta de dados direta da produo para o Sistema

5 Como lucrar com o OEE?6 Gesto a Vista Online utilizando informaes de OEE7 O Fator Humano8 Como implantar o monitoramento do OEE?9 Que tal fazer um piloto com o Kite MES