O ZOOLOGICO COMO INSTRUMENTO PEDAGOGICO PARA … · Quadro 1 - Pergunta 01 - Os vertebrados...
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2018
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática.
JOSIVALDO EMERICK DA VEIGA
O ZOOLOGICO COMO INSTRUMENTO PEDAGOGICO PARA TURMAS
DO ENSINO FUNDAMENTAL. (MARECHAL FLORIANO/ES)
Belo Horizonte
2018
JOSIVALDO EMERICK DA VEIGA
O ZOOLOGICO COMO INSTRUMENTO PEDAGOGICO PARA TURMAS
DO ENSINO FUNDAMENTAL. (MARECHAL FLORIANO/ES)
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de
Ciências e Matemática da Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em
Ensino de Ciências e Matemática.
Orientadora: Prof. Dr. Claudia de Vilhena Scharyer Sabino
Belo Horizonte
FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Veiga, Josivaldo Emerick da
V426z O zoológico como instrumento pedagógico para turmas do ensino
fundamental. (Marechal Floriano/ES) / Josivaldo Emerick da Veiga. Belo
Horizonte, 2018.
97 f.: il.
Orientadora: Claudia de Vilhena Scharyer Sabino
Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática
1. Ensino fundamental. 2. Educação não-formal. 3. Educação ambiental
Estudo e ensino. 4. Ensino-aprendizagem. 5. Jardins zoológicos - Estudo e ensino
- Espírito Santo (Estado). I. Sabino, Claudia de Vilhena Scharyer. II. Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Ensino
de Ciências e Matemática. III. Título.
CDU: 53.01
Ficha catalográfica elaborada por Fernanda Paim Brito - CRB 6/2999
Josivaldo Emerick da Veiga
O ZOOLOGICO COMO INSTRUMENTO PEDAGOGICO PARA
TURMAS DO ENSINO FUNDAMENTAL. (Marechal Floriano/ES)
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais,
como requisito parcial para obtenção do título de
Mestre em Ensino de Ciências e matemática.
Prof. Dra. Claudia de Vilhema Schayer Sabino - PUC Minas (Orientadora)
Prof. Dr. Fernando Costa Amaral – PUC Minas
Prof. Dr. Emerson Moreira Reis – (Universidade Estácio de Sá/RJ)
Belo Horizonte, 09 de novembro de 2018.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus primeiramente e a todos que me deram forças para que eu pudesse
estar concluindo esse momento, professores e amigos que foram essenciais nesse processo, a
Secretaria Municipal de Educação de Iúna juntamente com toda sua equipe de professores
pedagogos e diretores com os quais trabalhei ao longo dessa jornada., a PUC Minas por essa
oportunidade, a todos os professores do curso e em especial a minha orientadora que foi de
essencial nesse processo, Prof. Dra. Claudia de Vilhena Schayer Sabino.
“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do
processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura,
fora da boniteza e da alegria.”
Paulo Freire
RESUMO
Este trabalho propõe uma aula em ambiente não formal, como estratégia para incentivar esta
prática pedagógica e superar possíveis resistências de docentes e discentes que, dentro de uma
pedagogia escatológica, privilegia o conteudismo em detrimento de uma educação integral e
emancipatória. Além de disto o conteúdo contextualizado e vivenciado, tende a ser mais
significativo. A utilização apenas dos métodos convencionais faz com que quase sempre no
ensino de ciências exista a não compreensão do conteúdo, pois o mesmo se torna abstrato, e
logo esquecido após a aplicação de um teste ou de uma avaliação escrita. A atividade foi
aplicada Zoo Park da Montanha, localizado na cidade de Marechal Floriano – ES. Para
implementar esse tipo de aula foi necessário estudar o local, planejar a visita e a pós visita,
conhecer as potencialidades pedagógicas do local para que a experiência deixasse de ser
apenas um passeio, se tornando uma aula efetiva para a compreensão dos conteúdos. Neste
contexto, esta dissertação teve como objetivo principal a aplicação e avaliação do uso de
ambientes não formais como estratégia de ensino. O estudo foi amparado em teorias de
relações humanas e educação ambiental e em materiais bibliográficas voltados para o
desenvolvimento do educando e da pratica educacional. O publico alvo foi um grupo de
alunos dos anos finais do ensino fundamental. Foram aplicados questionários em dois
momentos distintos, um pré teste e um pós teste. A análise dos dados foi feita em caráter
quantitativo e qualitativo, o que permitiu conhecer as percepções dos alunos sobre a visita. A
aplicação desse modelo foi um bom aferidor dos desafios dos docentes em relação a este tipo
de pratica, e dos educandos a percepção em relação à aprendizagem em espaço não formal.
Palavras-chave: Ensino, Ensino Fundamental, Visita pedagógicas a Zoológicos, Concepção
Pedagógica.
ABSTRACT
This work proposes a non - formal classroom as a strategy to encourage this pedagogical
practice and overcome possible resistances of teachers and students who, within an
eschatological pedagogy, privilege the content to the detriment of an integral and
emancipatory education. In addition to this the content contextualized and experienced, tends
to be more significant. The use of conventional methods almost always means that science
does not understand the content, because it becomes abstract, and then forgotten after the
application of a test or a written evaluation. The activity was applied Zoo Park of the
Mountain, located in the city of Marechal Floriano - ES. In order to implement this type of
class, it was necessary to study the place, plan the visit and post visit, to know the pedagogical
potential of the place so that the experience was no longer just a walk, becoming an effective
lesson for the understanding of the contents. In this context, this dissertation had as its main
objective the application and evaluation of the use of non-formal environments as a teaching
strategy. The study was supported by theories of human relations and environmental
education and bibliographical materials aimed at the development of the student and
educational practice. The target audience was a group of students from the final years of
elementary school. Questionnaires were applied at two different times, a pre-test and a post-
test. The data were analyzed in a quantitative and qualitative way, which allowed to know the
students' perceptions about the visit. The application of this model was a good gauge of the
teachers 'challenges in this type of practice, and the students' perception of non-formal
learning.
Key words: Teaching, Elementary Education, Pedagogical visits to Zoos, Pedagogical Design.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Faixada na entrada do Zoo Park da Montanha ................................................ 46
Figura 2 – Questões do pré-teste aplicado aos educandos ................................................ 566
Figura 3 – Questões do pós-teste aplicado aos educandos ................................................ 566
Figura 4 – Pergunta discursiva: sobre a visita ao zoológico, você gostou? Porque? ...... 566
Figura 5 - Alunos assistindo a aula sobre Educação Ambiental ...................................... 577
Figura 6 - ´Alunos interagindo com aves ............................................................................ 588
Figura 7 -´Alunos observando e manuseando ossos de aves ............................................... 58
Figura 8 - ´Alunos observando e manuseando ovos de aves ............................................... 58
Figura 9 - ´Aluno interagindo com repteis ........................................................................... 59
Figura 10 -´Aluna interagindo com repteis .......................................................................... 59
Figura 11 -Aluna observando a interação entre as lontras................................................. 61
Figura 12 -´Aluno interagindo com macaco ....................................................................... 611
Figura 13 - ´Alunos observando a pantera e o casal de tigres. ......................................... 611
Figura 14 -´Aluno observando o Leão ................................................................................ 611
Figura 15 – Respostas para a questão: Marque o conceito que você atribui ao seu
aprendizado durante a visita ............................................................................................... 622
Figura 16 - ´Alunos fazendo pergunta destinada a auto avaliação .................................... 63
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Pergunta 01 - Os vertebrados constituem um subfilo de animais cordados,
compreendendo os peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Caracterizam-se pela presença de coluna vertebral segmentada e de crânio que lhes protege o cérebro. ......... 47
Quadro 2 - Pergunta 02 - Os invertebrados constituem um subfilo de animais cordados,
compreendendo os peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Caracterizam-se pela
presença de coluna vertebral segmentada e de crânio que lhes protege o cérebro. ......... 48
Quadro 3 - Pergunta 03 - Invertebrados é a designação tradicionalmente dada aos
animais multicelulares que não possuem nem desenvolvem uma coluna vertebral
derivada do notocórdio, característica definidora do subfilo Vertebrata. ........................ 48
Quadro 4 - Pergunta 04 - Vertebrados é a designação tradicionalmente dada aos animais
multicelulares que não possuem nem desenvolvem uma coluna vertebral derivada do
notocórdio, característica definidora do subfilo Vertebrata. ........................................... 499
Quadro 5 - Pergunta 05 - Aves são uma classe de seres vivos vertebrados endotérmicos
caracterizada pela presença de penas, um bico sem dentes, oviparidade de casca rígida,
elevado metabolismo, um coração com quatro câmaras e um esqueleto pneumático
resistente e leve........................................................................................................................ 49
Quadro 6 - Plano de Aula: Aula de Educação Ambiental .................................................. 50
Quadro 7 - Plano de Aula: Visitação ao viveiro das aves ................................................... 51
Quadro 8 - Plano de Aula: Visitação às acomodações dos repteis ..................................... 52
Quadro 9 - Plano de Aula: Visitação às acomodações dos Mamíferos ............................ 533
Quadro 10 - Plano de Aula: Pós Teste ................................................................................ 544
Quadro 11 - Questão qualitativa pós- teste ........................................................................ 555
Quadro 12 - Pergunta discursiva pós teste ......................................................................... 555
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................... 25
1.1 Justificativa ................................................................................... 28
1.2 Objetivos........................................................................................ 30 1.2.1 Objetivo Geral ....................................................................................................30
1.2.2 Objetivos Específicos .........................................................................................30
2 REFERENCIAIS TEÓRICOS .................................................. 31
2.1 O ensino e a construção dos saberes de ciências. ................... 31
2.2 Ciência Tecnologia Sociedade e Ambiente - CTSA ................... 34
2.3 CTSA no ensino de biologia......................................................... 35
2.4 Ensino de zoologia no ensino fundamental ............................... 37
2.5 Espaços não formais de ensino de biologia............................... 39
2.6 Possibilidade de abordagens pedagógicas em aulas no zoológico. ................................................................................................. 42
3 METODOLOGIA ...................................................................45
3.1 Caracterização do local da pesquisa .......................................... 45
3.2 O Pré campo .................................................................................. 46
3.3 O campo......................................................................................... 50
3.4 Pós campo ..................................................................................... 54
4 RESULTADO E DISCUSSÃO .................................................56
4.1 Pré e Pós testes ............................................................................ 56
4.2 Aula de Educação Ambiental ....................................................... 57
4.3 Visitação ao viveiro das aves....................................................... 57
4.4 Visitação às acomodações dos repteis....................................... 59
4.5 Visitação às acomodações dos Mamíferos ................................ 60
4.6 Auto avaliação ............................................................................... 62
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................65
6 O PRODUTO ......................................................................... 73
1. Apresentação ........................................................................... 77
2. CTSA ...................................................................................... 79
3. Zoológico de Marechal Floriano .................................................... 80
4. Planejamento ........................................................................... 81
5. Pré-teste .................................................................................82
24
6. Roteiro................................................................................... 83
7. Antes da Visita ......................................................................... 84
8. Saída ..................................................................................... 85
9. Plano de Aula: Aula de Educação Ambiental ..................................... 86
10. Plano de Aula: Visitação ao viveiro das aves ..................................... 89
11. Plano de Aula: Visitação às acomodações dos repteis ........................... 91
12. Plano de Aula: Visitação às acomodações dos Mamíferos ..................... 92
13. Pós-teste ................................................................................ 95
14. Auto avaliação ......................................................................... 96
25
1 INTRODUÇÃO
É sempre época oportuna para refletir sobre práticas e teorias que atravessaram os
tempos. Falar de "perspectivas atuais da educação" é também falar, discutir e identificar o
"espírito" presente no campo das ideias, dos valores e das práticas educacionais que as
perpassa, marcando o passado, caracterizando o presente e abrindo possibilidades para o
futuro. (GADOTTI, 2000) pois as mudanças ocorrem a todo instante no ambiente escolar.
Segundo Ladislau Dowbor (1998 p. 259), a escola deixará de ser "lecionadora" para ser
"gestora do conhecimento". Segundo o autor, "pela primeira vez a educação tem a
possibilidade de ser determinante sobre o desenvolvimento".
A educação tornou-se estratégica para o desenvolvimento, mas, para isso, não basta
"modernizá-la", como querem alguns. Será preciso transformá-la profundamente. Para os
professores que seguem o modelo tradicional de ensino, a falta de aprendizagem está
relacionada à ausência de base e interesse dos alunos, onde o problema não se encontra na
forma de ensino. O professor deve adequar sua linguagem de acordo com os conhecimentos
de seus alunos, lembrando que o conteúdo abordado apresentará distintas interpretações, as
quais estão relacionadas ao nível de conhecimento de cada aluno (SCHNETZLER, R. P.,
2010). Portanto o papel do professor é de orientador, mediador e assessor do processo, e isso
inclui manter a motivação, lançar ou fazer surgir do grupo uma questão-problema, salientar
aspectos que não tenham sido observados pelo grupo e que sejam importantes para o
encaminhamento do problema; produzir juntamente com os alunos um texto coletivo, que seja
fruto da atividade experimental estudada e em qual contexto social poderá ser aplicado
(BUENO; KOVALICZN, 2008).
Para SILVA (2011), quando são utilizadas apenas aulas tradicionais expositivas que
usam como único recurso didático o quadro e o discurso do professor, não são alternativas
únicas e nem as mais produtivas para o ensino elas acabam se tornando monótonas, fazendo
que seus conteúdos sejam de difícil compreensão. Nos dias atuais, na maioria das vezes os
conteúdos de ciências têm sido ensinados nas escolas do ensino fundamental por meio de uma
metodologia tradicional de ensino:
“[] Na verdade esse aluno não aprendeu um conceito, mas apenas sua definição”
(MORTIMER, 2000, p. 274), pela falta de estrutura, ou até mesmo entendimento e
conhecimento de alternativas para o desenvolvimento do processo educativo. “Uma das
alternativas para fazer um mundo quase imaginário se tornar mais real é a experimentação.
26
Essa ferramenta auxilia despertando o interesse pela aprendizagem, envolvendo o aluno ao
conteúdo abordado em aula. Através de aulas práticas, consegue vincular o conteúdo
transmitido com a realidade dos alunos.” (CHASSOT, A., 2007).
Em sua esmagadora maioria ainda é aplicado o método da decoreba, que normalmente
logo após a assimilação do conceito ou teoria, a mesma é esquecida.
“O ensino tradicional é administrado de forma que o aluno saiba inúmeras fórmulas,
decore reações e propriedades, mas sem relacioná-las com as formas naturais que
ocorrem em seu meio. Trabalhar com as substâncias, aprender a observar um
experimento cientificamente, visualizar de forma que cada aluno descreva o que
observou durante a reação, isto sim leva a um conhecimento definido”. (QUEIROZ,
2004)
Estes ensinamentos se limitam a utilização do livro didático de forma amarrada sem
articulação e interação professor aluno, educador e educando, logo os produtos apresentados
aos educandos tornam-se cabeça dos mesmos como teorias ou sistemáticas acabadas sem
nenhuma variável, ou até mesmo com quebra desse engessamento através de levar ao
educando leitura do mundo, de si mesmo e da realidade encontrada por ele no dia a dia. “[...]
Aos alunos fica a impressão de se tratar de uma ciência totalmente desvinculada da realidade,
que requer mais memória do que o estabelecimento de relações” (MORTIMER, 2000, p. 274).
Jacques Delors (1998), coordenador do "Relatório para a UNESCO da Comissão
Internacional Sobre Educação para o Século XXI", no livro Educação: um tesouro a
descobrir, aponta como principal consequência da sociedade do conhecimento a necessidade
de uma aprendizagem ao longo de toda a vida (Lifelong Learning) fundada em quatro
pilares que são ao mesmo tempo pilares do conhecimento e da formação continuada. Esses
pilares podem ser tomados também como bússola para nos orientar rumo ao futuro da
educação.
Durante o século XX a escola básica brasileira passou por profundas transformações e
logrou, ainda que apenas no limiar deste milênio, atingir praticamente toda a população em
idade de frequentar o ensino compulsório. Contudo, no que se refere à qualidade do ensino e
ao sucesso escolar da maioria, o balanço de seu desempenho é seguramente insatisfatório,
tendo persistido o caráter excludente e seletivo do sistema educacional brasileiro no decorrer
desse longo período. (BARRETO, 2001)
Segundo Salesse (2012), é importante que as aulas práticas sejam conduzidas de forma
agradável para que não se tornem uma competição entre os grupos e, sim, uma troca de ideias
e conceitos ao serem discutidos os resultados. A estratégia da utilização de uma ferramenta
não formal de ensino é muito interessante, mas alguns cuidados devem ser levados em
consideração para que a possibilidade de aplicação de outras formas de ensino não se torne
27
uma coisa mal planejada e mal interpretada pelos educandos e pelos colegas professores,
pedagogos e diretores, pois um filme pode ser encarado como uma enrolação, caso o mesmo
não tenha sido preparado de maneira relacionada com os conteúdos e a contextualização após
a exibição do mesmo, desta forma a saída de campo ou uma aula extraclasse não deve ser
feita apenas como um “passeio”, “piquenique”, “viagem” etc. De acordo com essa concepção,
a prática não é apenas lócus da aplicação de um conhecimento científico e pedagógico, mas
espaço de criação e reflexão, em que novos conhecimentos são, constantemente, gerados e
modificados (PEREIRA, 1999).
Um planejamento é crucial para atender os objetivos, seja qual for o objetivo, o antes,
durante e depois devem ser minuciosamente articuladas, para tornar a pratica exitosa,
prazerosa e comtemplada pela satisfação dos educandos e não apenas na satisfação pessoal do
professor ou instituição, e sim que o educando perceba a elaboração e efetividade, desperte a
sua plenitude e o gosto pela aprendizagem. “É sabido que ensinar ciências é mais que
promover a fixação dos termos científicos; é privilegiar situações de aprendizagem que
possibilitem ao aluno a formação de sua bagagem cognitiva.” (BIANCONI, 2005).
A função do experimento é fazer com que a teoria se torne realidade, poderíamos
pensar que, como atividade educacional isso poderia ser feito em vários níveis, dependendo
do conteúdo, da metodologia adotada ou dos objetivos que se quer com a atividade (BUENO,
2007). Permitiu definir um critério de investigação baseadas em aula de campo para o ensino
fundamental anos finais e também baseada na convivência entre os educandos, entre educador
e educando, do educando e educador em relação à natureza em seus fatores abióticos e
bióticos, fundamentando as interações no conceito CTSA – Ciência Tecnologia Sociedade e
Ambiente.
O ensino de Ciências, em sua fundamentação, requer uma relação constante entre a
teoria e a prática entre conhecimento cientifica e senso comum. Estas articulações são de
extrema importância, uma vez que a disciplina de Ciências se encontra subentendida como
uma ciência experimental, de comprovação científica, articulada a pressupostos teóricos, e
assim, a ideia da realização de experimentos é difundida como uma grande estratégia didática
para seu ensino e aprendizagem. No entanto, não deve ser encarada como uma prática pela
prática, de forma utilitária e sim uma prática transformadora, adaptada à realidade, com
objetivos bem definidos, ou seja, a efetivação das práxis. (KOVALICZN, 1999). A
necessidade de estudar os espaços não escolares de lazer e de cultura, acrescentando aos
aspectos comportamentais aqueles sobre o processo sócio cognitivo, vem sendo destacada por
pesquisadores de diferentes abordagens sociológica, psicológica ou pedagógica.
28
(NASCIMENTO. 2002)
A pesquisa foi realizada no Zoo Park da Montanha, localizado no município de
Marechal Floriano – ES, aplicando conceitos de zoologia, ecologia entre outros, para alunos
do ensino fundamental, anos finais. Esta pesquisa contribuiu para que os educandos pudessem
ter um olhar interdisciplinar, no qual um até então passeio tome um papel de fonte de
conhecimento, de forma prazerosa.
1.1 Justificativa
Nos dias atuais a atratividade das aulas é um desafio em um mundo cada vez mais
dinâmico e com mudanças notórias no perfil do estudante, cada vez mais conectado com o
mundo digital, redes sociais, eletrônicos e com as TICs e menos ligado a realidade a sua volta.
A escolha desse tema foi analisada a partir de minha experiência profissional que se iniciou
no ano de 2011, e com esse inicio fui notando que as aulas em ambientes não formais eram
mais atrativas mais ligadas à sensibilizadoras e com maior poder de contextualização entre
conteúdo abstrato e os fatos concretos relatados em sala de aula. O ensino/aprendizagem
poderá sempre se dar em vários locais, transcendendo a sala de aula ou ambientes até então
formais “Para outros, a educação deve ser entendida como espaço múltiplo, que compreende
diferentes atores, espaços e dinâmicas formativas, efetivado por meio de processos
sistemáticos e assistemáticos.” (DOURADO, 2009).
O proposito (desejo) de ensinar ciências de forma mais efetiva e significativa levou-
me a buscar tornar as aulas mais atrativas, sempre procurando sair da sala de aula para
ambientes que eram até então novos, evidenciados a primeira vez, pois cada experiência para
aqueles que nunca tiveram contato com aquele ambiente, trazia uma satisfação pessoal
singular que trazia o aluno com essa experiência a uma nova realidade e percepção do mundo.
“É sabido que ensinar ciências é mais que promover a fixação dos termos científicos; é
privilegiar situações de aprendizagem que possibilitem ao aluno a formação de sua bagagem
cognitiva.” (BIANCONI & CARUSO, 2005), esta fixação poderá ser mais evidenciada
quando usamos os ambientes não formais para o ensino e aprendizagem.
“A educação não formal capacita os indivíduos a se tornarem cidadãos do mundo,
no mundo. Sua finalidade é abrir janelas de conhecimento sobre o mundo que
circunda os indivíduos e suas relações sociais. Seus objetivos não são dados a priori,
eles se constroem no processo interativo, gerando um processo educativo.” (GOHN,
2006).
A escolha do espaço pedagógico foi relacionada à possibilidade de trabalho em
múltiplas frentes não sendo apenas assimilada apenas por uma serie ou turma, podendo ser
29
adaptado de acordo com a necessidade ou disciplina. A utilização do zoológico não apenas
por uma disciplina, mas podendo ser utilizado de maneira multidisciplinar e transdisciplinar.
Atualmente, observa-se a emergência do chamado pensamento complexo ou
paradigma da complexidade, base para a ideia de transdisciplinaridade. Esse tipo de
pensamento visa associar sem fundir, distinguindo sem separar as diversas
disciplinas e formas de ciência, assim como as diversas formas de conhecimento. O
pensamento complexo não se limita, no entanto, ao âmbito acadêmico: transborda
para os diversos setores das sociedades. E com isso questiona as formas de
pensamento unilateral, dogmático, quantitativo ou instrumental. Esse movimento
científico tem tido uma série de consequências não só tecnológicas, mas também
filosóficas. (MANFREDO, 2012).
Após muitos anos recorrendo sistematicamente a realizar parte de minhas aulas em
espaços não formais praticas pedagógicas com visitas como, aquários, feiras, exposições,
museus, locais históricos e turísticos. A escolha da estratégica didática relacionado à
utilização do zoológico como ferramenta pedagógica abre o leque para vários outros trabalhos
posteriores a esses, que não necessariamente precisa ser vinculado a um olhar apenas, e sim a
interação de vários momentos e conteúdos, vinculados a questões ambientais, tecnológicas e
sociais, derivadas de trabalhos em grupos de forma a não limitar o estudo a uma faixa
exclusiva. Segundo Borum et al (1995), além da análise da aquisição de informações durante
a interação do visitante com os objetos, a avaliação das conexões que os membros do grupo
fazem com estes saberes. Devemos levar em consideração não somente o zoológico como
ambiente de lazer como feito nesse estudo e sim focando a sua potencialidade pedagógica de
maneira mais prazerosa para educadores e educando.
Embora o lazer e o prazer sejam importante nessas situações, se acontece uma ação
sobre os objetos, a mobilização pelo visitante de suas ferramentas sócio- culturais
para entender e/ou relacionar as informações apresentadas nos objetos pode
culminar em processo de aprendizagem. (SOUZA, 2002)
Uma questão muito relevante para a escolha desse tema e local é o potencial do
educando ler o mundo de sua maneira, expressar o universo a sua volta de forma significativa
na ação sócio cultural na relação com significação dos conteúdos estudados em ciências,
saindo da formalidade.
Mesmo o efeito por outro lado desejável de combater a ignorância por meio da
divulgação de informações científicas, quando realizado de forma a desconsiderar
essas relações entre ciência e sociedade, pode retirar das massas a possibilidade de
interpretar seu próprio mundo, sem a contrapartida de instruírem-nos sobre a
maneira pela qual ele é de fato explicado pela cultura científica. (MASSOLA, 2015)
Esse trabalho justifica-se pelo poder de inserção de libertação e quebra de paradigmas
oportunizando a todos os envolvidos no processo de adesão e aceitação, mudança, pelo novo,
30
pela apropriação ou afloração de conceitos que geralmente não são subentendidos pelo
conteúdo apresentado pelos livros.
É difícil acreditar que a transposição de conhecimento entre universos tão distintos
como aquele da pesquisa e da sala de aula não esteja sujeita a modificações
significativas, como parecem crer educadores e professores de ciências. Os
conteúdos de ciências na escola não são apenas simplificações dos conteúdos das
ciências de referência. Ao ser transposto para o contexto escolar, determinados
elementos deste conhecimento desaparecem e outros são criados. Este processo de
transformação resulta num conhecimento descaracterizado e descontextualizado.
Embora seja uma transformação necessária, na maioria das vezes, resulta na
desconsideração de aspectos que seriam fundamentais para que os alunos pudessem
compreender o conhecimento científico como o resultado de um processo que tem
por objetivo a busca de respostas a problemas. (NEHRING, 2000)
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
O objetivo deste estudo foi produzir e testar um manual pedagógico para professores,
voltado para a utilização de zoológicos como ambientes não formais de ensino/aprendizagem,
para educandos do ensino fundamental, proporcionando uma melhor interação entre educador
e educando, educando e ambiente e educandos entre si.
1.2.2 Objetivos Específicos
Pesquisar sobre as possibilidades de ensino significativo em zoológicos.
Elaborar uma sequência didática a partir das possibilidades educativas pré-teste e pós
teste.
Realizar com os alunos do ensino fundamental, visita ao Zoo Park em Marechal
Floriano;
Criar um guia pedagógico em forma de cartilha para professores.
31
2 REFERENCIAIS TEÓRICOS
2.1 O ensino e a construção dos saberes de ciências.
A construção dos saberes está ligado a varias frentes, o ideal para o estudo de ciências
é a experimentação na construção da relação entre objeto e conhecimento [...] a ciência é
baseada no que podemos ver ouvir, tocar etc. Opiniões ou preferências pessoais e suposições
especulativas não têm lugar na ciência... O conhecimento científico é conhecimento confiável
porque é conhecimento provado objetivamente (Chalmers, 1993, p.11).
Para que possamos chegar ao pleno entrelace entre educando e educador é necessário
que o processo de formação continua seja levada em consideração, pois o mundo se
transforma e com ele as metodologias mudam e mudam muito rápido. Por isso, é fundamental
que, na prática da formação docente, o aprendiz de educador assuma que o indispensável
pensar certo não é presente dos deuses nem se acha nos guias de professores que iluminados
intelectuais escrevem desde o centro do poder, mas, pelo contrário, o pensar certo que supera
o ingênuo tem que ser produzido pelo próprio aprendiz em comunhão com o professor
formador (Freire, 1996:43).
Paulo Freire ainda cita de maneira notória e capital. “A formação dos professores e das
professoras devia insistir na constituição deste saber necessário e que me faz certo desta coisa
óbvia, que é a importância inegável que tem sobre nós o contorno ecológico, social e
econômico em que vivemos. E ao saber teórico desta influência teríamos que juntar o saber
teórico-prático da realidade concreta em que os professores trabalham”. (Freire, 1996:87).
Um dos principais pontos é a posição docente em relação ao aprendizado direto ou
indireto do educando, segundo Gomes (2006) e Vieira (2005):
O saber-fazer docente desperta o interesse dos educadores que tratam deste tema sob
diferentes ópticas: competência do professor; integração do conhecimento subjacente do
aluno; do professor reflexivo-crítico; da proposta de educação libertadora e prática política; e
reconhecimento da complexidade da educação e reflexão sobre a fragmentação das
disciplinas, dificultando a interdisciplinaridade. (GOMES, 2006)
Essa interdisciplinaridade muitas das vezes não é possível, pois as aulas se baseiam em
uma forma definida, um modelo que vem desde os jesuítas, sem a mudança que acompanhe o
perfil social e educacional ao longo dos anos. As aulas formais se baseiam, na maior parte
das vezes, nos conteúdos curriculares propostos em livros didáticos. Segundo os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN), editados pelo MEC em 1998, através da
32
disciplina ciências pode-se estimular uma postura crítica que permita avaliar como a
sociedade intervém na natureza. (VIEIRA, 2005)
Existe um padrão curricular, no qual a transferência é autoritária e mecânica,
implicando, principalmente, em desconfiança na capacidade dos professores e na criatividade
dos estudantes!
O centro, acima de tudo, está comandando e manipulando, à distância, as atividades
dos educadores e dos educandos. (Freire & Shor, 2008, p. 97).
A escolha do conteúdo programático é de natureza politica e não solidaria, pois:
"[...] tem que ver com: que conteúdos ensinar, a quem, a favor de quê, de quem,
contra quê, contra quem, como ensinar. Tem que ver com quem decide sobre que
conteúdos ensinar" (Freire, 2005, p. 45).
O estudo em ambiente não formal e formal: "É práxis, que implica na ação e na
reflexão dos homens sobre o mundo para transformá-lo" (Freire, 2001, p. 67). Pois a
transformação do mundo é continua, é um ato cíclico e não linear.
Para melhor assimilação é importante conceituar, educação não formal, formal e
informal:
A educação não formal designa um processo com várias dimensões tais como: a
aprendizagem política dos direitos dos indivíduos enquanto cidadãos; a capacitação
dos indivíduos para o trabalho, por meio da aprendizagem de habilidades e/ou
desenvolvimento de potencialidades; a aprendizagem e exercício de práticas que
capacitam os indivíduos a se organizarem com objetivos comunitários, voltadas para
a solução de problemas coletivos cotidianos; a aprendizagem de conteúdos que
possibilitem aos indivíduos fazerem uma leitura do mundo do ponto de vista de
compreensão do que se passa ao seu redor; a educação desenvolvida na mídia e pela
mídia, em especial a eletrônica etc. (GOHN, 2006):
A educação formal é aquela desenvolvida nas escolas, com conteúdos previamente
demarcados; a informal como aquela que os indivíduos aprendem durante seu
processo de socialização - na família, bairro, clube, amigos etc., carregada de valores
e culturas próprias, de pertencimento e sentimentos herdados: e a educação não
formal é aquela que se aprende "no mundo da vida", via os processos de
compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletivos
cotidianas. (GOHN, 2006)
Segundo (GOHN, 2006) “Na educação informal, os agentes educadores são os pais, a
família em geral, os amigos, os vizinhos, colegas de escola, a igreja paroquial, os meios de
comunicação de massa etc.”.
A saída ao campo e a exploração do zoológico como ambiente pedagógico não formal
é uma ferramenta que facilite a aprendizagem, não somente de conteúdos, mas também da
relação entre os homens e entre esses e o ambiente, construindo uma relação de sujeito.
33
Concordando com Freire:
É preciso que a educação esteja - em seu conteúdo, em seus programas e em seus
métodos - adaptada ao fim que se persegue: permitir ao homem chegar a ser sujeito,
construir-se como pessoa, transformar o mundo, estabelecer com os outros homens
relações de reciprocidade, fazer a cultura e a história. (FREIRE, 1980, p. 39)
Paulo Freire (2001, p. 80), inclui a ideia: "[...] se não amo o mundo, se não amo a vida,
se não amo os homens, não me é possível o diálogo", O ambiente não formal e o formal de
ensino baseado no dialogo e no mundo das descobertas é o instrumento propicio a formação
do homem em todos os aspectos, sociais, culturais e acadêmicos.
Todas essas abordagens se complementam na tentativa de responder aos desafios
que se expressam no universo do ensino-aprendizagem, no qual a prática pedagógica
constitui uma das categorias fundamentais da atividade humana, rica em valores e
significados, pois a questão metodológica se torna, muitas vezes, tão essencial
quanto o conhecimento (LEAL, 2004).
Tardif (2002, p. 128) propõe uma metodologia que priorize a "tecnologia da interação
humana, colocando em evidência, ao mesmo tempo, a questão das dimensões epistemológicas
e éticas, apoiada necessariamente em uma visão de mundo, de homem e sociedade.” A pratica
pedagógica satisfatória é aquela que apresenta em sua dinâmica, a reflexão, voltada para a
integração, com identidade própria e não algo engessado, onde a fragmentação de saberes e
conteúdos seja preponderante, mas que busque a autonomia do sujeito para que os valores
sociais, culturais e pessoais sejam de forma efetiva evidenciada na ocupação do mundo pelos
sujeitos sendo protagonistas de sua existência.
Em outra perspectiva Morin (2003) prioriza a complexidade da educação, discorrendo
principalmente sobre os pressupostos e saberes que ele denomina como os sete saberes
necessários à educação do futuro: as cegueiras do conhecimento; o erro e a ilusão; os
princípios do conhecimento pertinente; ensinar a condição humana; ensinar a identidade
terrena; enfrentar as incertezas; e ensinar a compreensão e a ética do gênero humano. Enfatiza
a problemática da fragmentação das disciplinas e dos currículos, dificultando a
interdisciplinaridade na educação.
34
2.2 Ciência Tecnologia Sociedade e Ambiente - CTSA
A abordagem de Ensino Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA) está
vinculada à educação científica e ambiental do cidadão. Hoje a escola tem como princípio
básico formar cidadãos para atuar na sociedade, permitindo que os alunos associem a sua
compreensão pessoal do mundo científico com o mundo construído pelo homem na forma de
tecnologia em seu dia-a-dia. É nesse contexto que surge a necessidade e importância de se
trabalhar com metodologias diferenciadas de ensino na escola. (BORGES, 2010)
A utilização das metodologias e conteúdos nas quais a aplicação do enfoque e
abordagem CTSA, é um desafio, não somente de professores, mas também nas quais a
fragmentação dos conteúdos impedem uma melhor relação e comunicação entre as
disciplinas.
É neste quadro que emerge e se tem expandido o designado movimento CTS (Ciência - Tecnologia -
Sociedade). Esse movimento apresenta um caráter interdisciplinar, manifestando a preocupação central
com os aspectos sociais relativos às aplicações da ciência e tecnologia, o que se vincula diretamente à
formação da cidadania. Ao integrar inter-relações CTS no ensino das ciências, os recursos e estratégias
utilizados assumem-se como relevantes para dar sentido a temas e problemas e para, simultaneamente,
ajudar os alunos a verem sentido neles. É uma via que se afigura promissora para motivar os alunos a
aprender ciências e, simultaneamente, lhes proporcionar oportunidade para construírem uma visão mais
autêntica das ciências e da sua relação com a tecnologia. (BORGES, 2010) Ainda mais, a proximidade
dos problemas ambientais da vida do aluno é característica que favorece o trabalho no que diz respeito à
formação do educando enquanto cidadão que interage com o mundo e é capaz de transformar seu entorno
(GOUVEIA, 2009).
Outro fator que pode ser significativo para a utilização de enfoque CTSA é a
utilização da tecnologia como recurso, não como muleta ou parte dominante do processo, e
sim ferramenta com a qual o educando ao fazer, aprende por si, pela relação com o outro e o
ambiente, podendo alcançar uma visão mais ampla e aplicável dos conceitos. “Nas condições
de verdadeira aprendizagem, os educandos vão se transformando em reais sujeitos da
construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador igualmente sujeito do
processo”. (FREIRE, 1996, p. 26).
Encontramo-nos em um mundo que apresenta uma influencia significativa da ciência e
das tecnologias, a qual é tão grande que podemos falar em uma autonomização da razão
científica em todas as esferas do comportamento humano, que resultou em uma verdadeira fé
no homem, na ciência, na razão, enfim, uma fé no progresso (BERNARD e
CROMMELINCK, 1992).
Devemos abordar a origem coletiva das relações humanas, e as relações com o
ambiente, pois o educando enquanto ser atuante no meio que vive, percebe o que o ambiente
lhe impõe, e aquilo que o mesmo impõe a ele, dentre estes fatores a relação humana e o
35
compromisso sócio-ambiental é o mais importante sempre, quando falamos em relação da
coletividade. “Somos os únicos seres que, social e historicamente, nos tornamos capazes de
aprender. Aprender para nós é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz
sem aberturas aos riscos e à aventura do espírito” (FREIRE, 1996, p. 68).
Segundo: SANTOS, 2000:
Destaca-se, portanto, entre os objetivos, o desenvolvimento de valores. Esses valores estão vinculados aos
interesses coletivos, como os de solidariedade, de fraternidade, de consciência do compromisso social, de
reciprocidade, de respeito ao próximo e de generosidade. Tais valores são, assim, relacionados às
necessidades humanas, o que significa um questionamento à ordem capitalista, na qual os valores
econômicos se impõem aos demais. (SANTOS, 2000)
O envolvimento do educando com o processo do inicio ao fim, é de suma importância,
pois esse é um processo inacabado, no qual o educando por si verá que a construção dos
saberes do seu ponto de vista é crucial para a coletividade, assim como para o próximo e para
si, ocorrendo uma troca, uma relação. [...] “ensinar não é transferir conhecimento, é
fundamental pensar certo, é uma postura exigente, difícil, às vezes penosa, que temos de
assumir diante dos outros e com os outros”... (FREIRE, 2013, p.48).
Pinheiro (2007), afirma que há necessidade do enfoque CTSA “ser introduzido já no
ensino fundamental, a fim de formar um cidadão que tenha sua atenção despertada para os
aspectos que envolvem o contexto científico-tecnológico e social”.
2.3 CTSA no ensino de biologia
Uma formação cidadã dos educandos se torna cada vez maus um elemento
importância significativa, principalmente na área da educacional. Durante o processo de
ensino e aprendizagem é considerada a formação do educando em vários aspectos, cidadãos
críticos capazes de ler o mundo, juntando o conhecimento cientifico ou escolar aliando o
mesmo com o seu dia a dia seu cotidiano, sua realidade. Nos dias atuais a nossa sociedade
credita à escola um papel que seja capaz de desempenhar um estimulo do educando no
pensamento critico aplicado à vida, em que o estudante se transforme em um cidadão
inteligente, capaz de se reinventar aperfeiçoando-se durante sua trajetória, não ficando
estagnado ou parado socialmente, que leia o mundo e possa ser capaz de se posicionar nele.
(SIQUEIRA-BATISTA, 2010)
Este olhar menos singular e mais amplificado de educação e da formação do cidadão
em nosso país tem gerado desafios e mudanças, mesmo que ainda de maneira tímida, entre os
processos metodológicos educacional e do ensino básico. Nos dias atuais existe uma
36
tendência de transposição do modelo tradicional de ensino, que é característico nas aulas
meramente expositivas onde os alunos são recebedores de conteúdo, onde os mesmos não são
estimulados, metodologia esta que está sendo mudada de maneira gradual estimulando os
alunos ao entendimento dos conteúdos e leitura do mundo. (RIBEIRO, 2015)
O foco em Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA) transmite o pensar em
educação e ensino que não seja prioridade de uma disciplina isolada, de maneira a ter abertura
às atualidades e temas relacionados à realidade, propondo um projeto pratico que compartilha
do pensamento de que o ensino não deve priorizar somente os conteúdos de cada disciplina
separadamente, de forma a aceitar os acontecimentos da atualidade como ponto de partida
para uma discursão ou start para o embasamento de um conteúdo. (FERNANDES, 2015)
A proposta atual do ensino de Biologia ainda não é capaz de fornecer métodos capaz
de levar o educando a compreensão dos conteúdos de pesquisas cientificas, estes
conhecimentos são geralmente descontextualizados distante da vida e da realidade do
educando, ou quando é percebido o mesmo vem em nota de curiosidade ou de rodapé dos
materiais didáticos. (RIBEIRO, 2015)
Muitos assuntos na área de biologia deveria ser uma oportunidade para reflexões e
interações criticas sobre a realidade que estamos inseridos e qual futuro podemos através de
nossas ações almejar, assuntos de interesse de todos que são um norte para o ato reflexivo
com conteúdos extensos como: ecologia, doenças genéticas, clonagem, testes de DNA,
câncer, transgenia, bioética, saúde podendo ser contextualizados com filmes, novelas e
reportagens semanais da internet ou telejornais. (NARDI, 2009)
Porem, para essa interação é necessário que os professores tenham uma formação
cientifica continua, além da preocupação com a didática e o aprimoramento, seguindo e
sugerindo alterações nos planos educacionais e na organização curricular. No ensino
fundamental é norteado para uma orientação e inserção em Ciência, Tecnologia, Sociedade e
Ambiente (CTSA), fica definido sobre o olhar do Decreto-Lei n.º 6/2001 de 18 de Janeiro, a
Organização do Currículo do Ensino Básico ou Currículo Básico Comum (CBC), onde os
fatores organizacionais de aprendizagem e do processo de avaliação é garantida uma
educação de base para todos. (CASSIANI, 2009)
Nesta perspectiva a real funcionalidade da escola em si é a promoção e fomento do
desenvolvimento de temas transversais, para uma maior integração dos educandos tão
necessárias ao ambiente escolar e social, com um víeis CTSA de maneira atrativa para que o
objetivo definido seja alcançado, passando necessariamente pela elaboração de situações que
sejam permissivas aos educandos desenvolver através de suas experiências pessoais
37
relacionando ao conteúdo sendo cidadãos socialmente responsáveis, e capazes de estar aptos
às mudanças tecnológicas através de suas decisões e inserções nos processos sociais.
(FERNANDES, 2015)
O enfoque e abordagem CTSA aplicado em biologia ou outras disciplinas é uma
maneira hoje se torna cada vez mais importante para o processo de ensino, as mais variadas
ferramentas que podem ser usadas para a aplicações dos conceitos de Ciências Tecnologia
Sociedade e Ambiente, vários locais podem ser utilizados para esse processo, que pode
ocorrer em vários momentos do ano letivo, de formas interdisciplinar, atrativas e bem
direcionadas, o zoológico é uma ferramenta importante nesse processo, que sendo bem
utilizado se torna de valor inestimável, para docentes e discentes. (RIBEIRO, 2015)
Mudar a perspectiva em Ciências Tecnologia Sociedade e Ambiente demanda tempo e
uma reestruturação no processo partindo pelo corpo técnico, diretores, coordenadores,
pedagogos, passando pelos professores chegando até os educandos, de maneira agradável,
viável. .(NUNES, 2012)
2.4 Ensino de zoologia no ensino fundamental
O ensino da zoologia é o estudo científico da vida animal e é integrada ao ensino de
Ciências no ensino fundamental. A temática de zoologia é abordado geralmente no 7° ano do
ensino fundamental e volta a ser estudado no 2° ano do ensino médio em alguns estados, e no
estado do espirito santo volta a ser estudado no 3º Ano do Ensino Médio, uma vez que esse
tema é muito importante por vários fatores, pois leva a compreensão das intervenções do
homem na natureza e a importância dos animais para o homem e para o ambiente natural.
(VASCONCELOS, 2013)
No entanto a maneira da abordagem aplicadas a educação básica deste ramo do ensino
das Ciências Biológicas tem se mantido parada ou estagnada tanto na parte teórica e em suas
aplicações e utilização das metodologias, é aplicado a estratégia de memorização o famoso
decoreba de trechos de conteúdos para serem usados apenas em um momento tidos como
avaliativos de testes ou provas. A notória falta de contextualizar o assunto ou a temática em
si, somando a dada prioridade em abordar os aspectos morfofisiológicos e a falta de ligação
entre os conteúdos com os processos evolutivos. Tais fatores podem contribuir de maneira
para que os estudantes não tenha uma compreensão desses assuntos, ou que os mesmos sejam
compreendidos de maneira superficial ou que sejam tratados como irrelevantes, sem a
observação dos contextos e dos paradigmas que cada assunto e sua real relevância para o ser
38
humano e o meio ao qual ambos estão inseridos. (KRASILCHIK, 2000)
O estudo da zoologia é um conteúdo que ocupa significativamente uma parte no
ensino de Ciências na educação básica, este fato que pode ser averiguado ao se manusear os
livros didáticos que são utilizados pelos educandos e educadores das escolas brasileiras.
(SEIFFERT, 2013)
Sabendo da importância em lidar com essa temática, não são observados alguns
pontos, como são compostos e organizados os conteúdos dos livros, ou a mediação entre
material didático e educando, além das interações entre e o processo evolutivo dos animais de
maneira geral e não separada, comparando os grupos, o que distancia o educando a melhor
compreensão dos conteúdos tornando o processo menos atrativo para educador e educando.
(OLIVEIRA, 2005)
A zoologia ensinada nas series finais do ensino fundamental abre uma discursão dobre
varias óticas dessa temática, entre elas está à questão do problema que ainda uma quantidade
significativa de escolas e professores não tem acesso aos livros didáticos, outra situação ainda
ligada ao uso do livro didático está àquelas escolas que têm acesso, porém a grande maioria
dos professores não tem acesso ao processo de escolha dos livros, aqueles que chegam à
escola nem sempre atendem a demanda ou realidade da instituição ou localidade em questão,
assim como citado por (SEIFFERT, 2013).
No ensino de Ciências Naturais, onde está situado o Ensino de Zoologia, observamos
que, a mesma, sofre com uma série de problemas, tais como: a) o uso exclusivo do livro
didático, b) a falta de recursos didáticos alternativos, c) a exposição oral como único recurso
por parte do professor para ministrar os conteúdos de Zoologia em sala de aula; d) tempo
reduzido de planejamento e execução de suas atividades acadêmicas em sala de aula,
laboratórios e espaços não formais; e) a formação inicial do professor deficiente em relação à
realidade de ensino. (SANTOS, 2009)
O poder de êxito no ensino está vinculado diretamente a sua formação, pois nem todos
os professores são de formação integra nas ciências biológicas, em sua grande maioria
apresentam uma complementação pedagógica para lecionar, saindo de seus campos de
atuações, como químicos, biólogos bacharéis etc. ainda nessa temática da formação dos
professores foram feitas algumas mudanças no período de 1950 a 2000 nas leis educacionais.
Houve desde então três alterações na Lei de Diretrizes e Bases da Educação brasileira, pois o
Ensino de Zoologia no ensino básico foi norteado sob varias compreensões e metas a serem
alcançadas. (SILVA, 2014)
A temática que vem tomando forma e força ao longo dos anos é a palavra reforma
39
sendo aprovada em 1996, uma nova Lei de da Educação, nº 9.394/96, conhecida por LDB, Lei
de Diretrizes e Bases a qual estabelece, no parágrafo 2o do seu artigo 1o, que a educação
escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social. O artigo 26 estabelece que
"os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser
complementada pelos demais conteúdos curriculares especificados nesta Lei e em cada
sistema de ensino". Ainda hoje essa associação entre mundo do trabalho e educação escolar
não está muito clara no ensino de ciências, sendo aquilo que hora seja fundamental em um
primeiro momento se torna no segundo algo a ser ignorado, o ensino de ciências na área de
zoologia esbarra nestas questões, técnicas atribuídas cada vez mais cedo às disciplinas, algo
que antes era encontrado apenas no ensino médio, esta perspectiva muda cada vez mais com a
atribuição dos fenômenos derivados do bum tecnológico no meio acadêmico. (KRASILCHIK,
2000)
Outro desafio para o ensino de zoologia no ensino fundamental está no planejamento
das aulas, pois a falta de estrutura, acompanhamento pedagógico, dificulta esse processo, pois
através dele é possível relacionar o conhecimento cientifico utilizando a segmentação
pedagógica para o estudo de um objeto, integrando a pratica educativa e ao fenômeno
educativo. Uma vez que esse planejamento unitário seja estendido e mediado por um
pedagogo é possível chegar a uma temática interdisciplinar que envolverá a zoologia em seus
contextos sócias, morais e éticos dentro do campo de atuação pedagógica. (SEIFFERT, 2013)
Uma visão bem interessante é a utilização da argumentação nas aulas de ciências, pois
fazem que os educandos tenham que ativar o raciocínio e sua leitura do mundo assim fazendo
que o ambiente e a leitura do mesmo saia do campo da abstração e tenha uma visão concreta
do estudo das ciências e sua compreensão como um todo saindo da fragmentação do
conteúdo, uma ótima estratégia é o uso dos ambientes não formais de ensino, museus, trilhas,
parques ecológicos, aquários, zoológicos etc. (FRANCO, 2018).
2.5 Espaços não formais de ensino de biologia
O processo de ensino-aprendizagem é concebido e adquirido ao longo do tempo e da
vida de cada pessoa cada uma há seu tempo e sua maneira, este processo de ensino-
aprendizagem pode ser dividir-se em três momentos: educação formal: aquela que se
desenvolve no ambiente escolar, dentro da sala de aula; A educação informal é aquela que os
pais transmitem para seus filhos, ou no convívio social com colegas e amigos, em ambientes
como churrascarias, na calçada, no clube, no cinema, no teatro, nas mais variadas leituras
40
impressas e de redes sociais, são os momentos que acontecem de maneira natural espontânea
sem um pré-estabelecimento por ambas as partes; e a educação não-formal, aquela que
acontece quando há a intenção de dos sujeitos envolvidos no processo em elaborar algum
objetivo fora do ambiente formal de ensino escolar. (GOHN, 2006)
A educação não-formal é pode ser caracterizada pela aquela que é capaz de promover
a aprendizagem e o ensino de temáticas conteudistas do processo formal em locais tidos como
não formais aqueles que não são o ambiente escolar, como, museus, exposições, centros de
ciências, feiras de ciências, zoológicos, trilhas, parques municipais, áreas de preservação
ambiental, ou outros ambientes que detenham em questão um objetivo traçado e bem
definido. (GUIMARÃES, 2006)
Os museus como os centros de ciências estimulam e atiçam a curiosidade dos
educandos. Geralmente estes espaços podem oferecer uma grande oportunidade de
complementar ou suprir as debilidades encontradas em alguns ambiente escolar como à falta
de estruturas que são consideradas primordiais para o estimulo da aprendizagem, como sala
de vídeo, laboratórios de informática, etc. (QUEIROZ, 2011).
As áreas de preservação ambiental dentro ou fora das cidades podem ser um atrativo
para o estudo complexo e contextualizado, durante o percurso, pode- se discutir sobre o meio
ambiente a ocupação humana, ou sendo ainda mais detalhista estudar as espécies de plantas e
animais e suas relações de maneira pratica fugindo da abstrata relação dos livros tornando a
aula interativa atrativa uma característica dos ambientes não formais de ensino-aprendizagem.
(QUEIROZ, 2011)
O Jardim Zoológico é um ambiente que pode ser utilizado e priorizado a observação e
valorização de animais nacionais, entre outros temas como a caça, aspectos morfológicos,
relação evolutiva das espécies, além de trabalhar quando possível os sentidos do tato e do
olfato, algo inimaginável na relação educacional formal do ensino. Outra vantagem
significativa pela visualização dos animais, enquanto são comentadas suas características
físicas e comportamentais, facilitará à assimilação do aprendizado das temáticas da zoologia,
tornando este ambiente um grande aliado e ferramenta para o trabalho e desenvolvimento do
ensino em ambientes não formais. (QUEIROZ, 2011)
41
Os museus são ferramentas de auxilio para a compreensão de conteúdos de ciências e
a ação interdisciplinar entre os conteúdos, ambiente esse que é favorável para o entendimento
do carácter compreensão de não formalidade, os museus também permitirá uma maior
liberdade na seleção escolha e segmentação dos temas a serem abordados e as metodologias a
serem aplicadas, sendo um fator preponderante para a contextualização dos conteúdos.
(OVIGLI, 2011)
Planetário é uma importante ferramenta que pode ser explorada como ambiente não
formal de ensino, pois nesta modalidade a aprendizagem pode ocorrer da melhor maneira pelo
meio da interação entre o conhecimento que o alunos trás como bagagem e o conhecimento
adquirido em sua nova experiência adquirida. Desta maneira, o conteúdo que o educando trás
e já sabe será como um link que ligará ao entendimento a absorção e entendimento de novos
conteúdos. (ROMANZINI, 2009)
O uso dos locais não atrelados às instituições podem servir ser uma alternativa,
considerando que ao estar em atividade nestes espaços, o discente não contará com as
estruturas físicas que estão contidas nos ambientes formais educativos, dependendo do
ambiente escolhido a falta destes: computadores, segurança, tomadas elétricas para o
recarregamento dos aparelhos eletrônicos, wifi, sinal telefônico, banheiros, locais para as
refeições, bebedouros ou agua encanada, bancos e maquininhas de cartão. (QUEIROZ, 2011)
Todo e qualquer espaço pode ser utilizado para uma prática educativa de grande
significação para professores e estudantes. Antes da prática é necessário construir um
planejamento criterioso para atender os objetivos de professores em relação à aprendizagem
dos estudantes. Nesse planejamento, é necessário uma atenção, especial com a segurança dos
educando em todos os momentos, no ambiente escolhido e no translado entra partida e
chegada, para que se evite sustos ou até mesmo surpresas desagradáveis, além de saber
levantar atentamente quais recursos do local pode ser utilizado para sua aula, o que se
encaixa, valorizando a pratica e a singularidade de cada experiência dos educandos.
(QUEIROZ, 2011)
Podemos destacar que o papel criativo do educador para desenhar em sua mente e em
seu plano o potencial dos espaço e a visão para a contribuição na formação cientifica dos
educandos. Geralmente estes locais de ensino não formais, possuem potencial enorme para
descoberta, analise e investigação. Sabendo que os recursos de um local não são explorados
42
em sua totalidade por vários fatores atrelados a falta de tempo, a falta de um auxilio técnico
ou até mesmo da não escolha do planejamento como citado anteriormente. Entretanto,
levando em foco a prática em ambiente não formal de maneira eficaz, o docente deve se ater à
melhor escolha tanto do local e qual a real finalidade desta escolha em relação ao conteúdo a
ser abordado. (OLIVEIRA, 2012)
O conhecimento chega às instituições de ensino de varias maneiras com qualidades
variadas, tornando notória outro posicionamento dos docentes. O autor afirma que, o
transmissor de conteúdo já está defasado em relação as demandas atuais. Precisamos mudar
de informadores para formadores e os espaços não formais aliados às escolas tornam-se um
marco de construção científica e de produção de conhecimento. Verificamos que a educação
que acontece nos espaços não formais, compartilha muitos saberes com a escola, muitos dos
quais são construídos, a partir das teorias elaboradas pelas ciências da educação, Sendo
necessário, a fina relação do ambiente formal e não formal para que se alcance a educação
científica. (OLIVEIRA, 2012)
2.6 Possibilidade de abordagens pedagógicas em aulas no zoológico.
Os espaços não formais de ensino-aprendizagem, entre eles os Zoológicos, têm uma
área com uma potencialidade a ser explorada visando à incorporação e assimilação dos
conteúdos referentes à fauna e flora silvestre, além disso, alguns zoológicos estão localizados
dentro de parques ecológicos e áreas de conservação, assim dando sua contribuição para
ajudar a formar boas atitudes e hábitos em relação à conservação e preservação ambiental. A
experiência de uma visita ao zoológico pode ser muito vantajosa em vários aspectos, pois
nesse momento os educandos têm a oportunidade de uma nova experiência, conhecendo a
biodiversidade e espécies que os mesmos tenham visto somente pela TV, revistas ou internet.
(BERLINCK, 2013)
Nessa temática os estudos devem ser orientados de acordo com a idade e serie dos
educandos, pois assim é possível ter uma aula mais aplicada e focada, ou até mesmo alunos de
varias series e turmas porem que cada uma tenha um tema, e ainda se possível ter uma
temática em comum. Ou sendo separados pela biodiversidade, sendo realizado um sistema de
classificação dos seres vivos em reinos, filos, classes, ordem, família, gênero e espécie, pois
geralmente os nomes científicos estão expostos em placas próxima às áreas ou nas
acomodações dos animais. (MARANDINO, 2012)
43
Sendo uma turma de educando maiores, o discente poderá executar a temática de
sistema dos reinos monera, protista, de plantas, animais e fungos, trabalhando também a
cadeia alimentar, levando em consideração o entendimento dos alunos, sendo essa etapa
adequada pelo professor ao nível da turma ou educando. (MARANDINO, 2012)
Com turmas de crianças pequenas, como as de educação infantil, o professor durante a
visita poderá selecionar um conteúdo menor, como: cor dos animais, nomes, sua alimentação,
perguntas ao final qual animal atraiu maus a atenção de cada um deles. Nessa faixa etária é
importante que os educandos observem os animais para ter a noção de tamanho dos mesmos,
relacionando as figuras expostas no material didático, relacionando também o perigo que cada
um pode trazer a uma pessoa despreparada além de mostrar que mesmo presos os animais são
cuidados por pessoas capazes que lutam dia a dia pelo bem estar dos animais.
(NASCIMENTO, 2002)
Hoje em dia, além de abertos para a visita do público estudantil e geral, os zoológicos
atuam ativamente na manutenção de espécies que correm risco de extinção, objetivando
reproduzi-los em cativeiro, possibilitando o aumento do numero das espécies e de
determinadas espécies o que auxilia no estudo e conhecimento sobre cada uma delas. Depois
dessas etapas é feita de maneira ordenada a reintrodução das espécies em seu ambiente
natural, desde que possível. (GARCIA, 2015)
Varias temáticas podem ainda ser abordadas no zoológico, mostrando o sofrimento da
fauna em geral, em todo o mundo, as mais variadas agressões e desprezo. O problema da
redução de cada ano dos ambientes naturais, a comercialização e o trafico de animais
silvestres, a caça e pesca predatória, o aumento considerável da emissão de gases poluentes e
a poluição de maneira geral vem aumentando o sofrimento e aumento do numero de espécies
extintas. São aspectos que também podem ser utilizados durante a visita ao zoológico.
(AZEVEDO, 2018)
Os zoológicos vêm tomando cada vez mais é na mensuração do bem - estar através do
êxito no processo reprodutivo. Esse sendo um assunto muito importante e pertinente a ser
abordado em uma visita, a adaptação, reprodução e reintegração das espécies em ambiente
natural. (RICCI, 2018)
Juntamente com essa temática pode-se explorar a parceria dos criatórios
conservacionistas e comerciais, que têm uma grande importância nesse processo e muitas
pessoas ainda desconhecem. Nesses criatórios os animais são reproduzidos e criados com a
melhor técnica possível, com o objetivo de reintrodução das espécies na natureza em cativeiro
44
e criados, com alto grau de especialização técnica, objetivando o comércio entre instituições
ou particulares, e até projetos de reintrodução na natureza. (MARANDINO, 2012)
Outro papel desempenhado pelos zoológicos nos dias atuais é a conscientização
ecológica, não apenas se limitando a um local expositivo, em vários momentos mostrando aos
visitantes e educandos que é necessário respeitar as espécies de animais e vegetais para que as
mesmas não sejam dizimadas ou até mesmo extintas, outra temática desenvolvida em alguns
zoológicos que pode ser um bom gancho pedagógico é o problema da poluição que interfere
diretamente na fauna e flora. (COSTA, 2012)
Para o uso pedagógico do zoológico deve-se ser observado que alguns zoológicos
apresentam ambientações tradicionais, onde não há espécies diferentes no mesmo recinto ou
ambiente, outros zoológicos, apresentam acomodações com varias espécies de aves e outros
animais juntos, o que dá um víeis para que o professor utilize estes espaços para mostrar que
as espécies em questão podem ou não viver juntos. (MARANDINO, 2012)
O discente poderá levar para sala de aula o que foi aprendido no zoológico,
continuando a temática por ele proposto, podendo ser adequado por todas as disciplinas,
relacionando os temas transversais, ou gerando uma temática interdisciplinar relacionando
todos no processo educativo, sendo assim o que foi visto e aprendido não se perca e seja
fixado e aprendido para que os estudantes tragam a sua rotina esses conceitos. (SCRENCI-
RIBEIRO, 2013)
Os alunos menores podem colorir desenhar os animais mais atrativos para os mesmo, e
ainda articular um bate papo para saber o opinião deles, nesse momento cada um poderá
expor sua experiência, seus medos, o que gostaram, qual animal gostaram mais, se possível
essa roda pode ser feita no próprio zoológico para que os educandos reflitam sobre as
temáticas abordadas na visita. (NASCIMENTO, 2002)
45
3 METODOLOGIA
A pesquisa foi desenvolvida com enfoque teórico e prático, e dividida em três etapas:
pré campo, campo e pós campo,
As saídas ao campo precisam, pois de um planejamento que compreenda o pré-
campo, o campo e o pós-campo. Cada uma dessas fases contém objetivos distintos e
tentarão colaborar para a busca de uma educação mais democrática e prazerosa
(SILVA, SILVA e VAREJÃO, 2010).
A pesquisa caracteriza-se como qualitativa. Entende-se que essa abordagem pressupõe o
contato direto do pesquisador com a situação investigada, envolvendo a obtenção de dados
descritivos e procurando compreender a perspectiva dos participantes, conforme Lüdke e
André (1986):
A preocupação com o processo é muito maior do que com o produto. O interesse do
pesquisador ao estudar um determinado problema é verificar como ele se manifesta
nas atividades, nos procedimentos e nas interações cotidianas. (Lüdke; André, 1986,
p. 12).
3.1 Caracterização do local da pesquisa
O local escolhido foi o Zoo Park da Montanha localizado na cidade de Marechal
Floriano. Esse é o primeiro e até então o único zoológico do Estado do Espirito Santo á 59 km
da capital do Estado, Vitória e está a 138 km da cidade de Irupi – ES. Estão nesse Zoológico
mais de 700 animais, com 160 espécies, nativas ou de outras nacionalidades: primatas,
felinos, inúmeras espécies de aves, animais em risco de extinção.
Todos estes animais estão abrigados em ambientes projetados que proporcionam aos
mesmos e aos visitantes um ambiente agradável, seguro, limpo e acolhedor. O Zoo Park da
Montanha tem como objetivo não apenas as visitas, mas também a proteção das espécies e do
meio ambiente, mostrando que é possível uma interação e um projeto harmonioso entre
homem e natureza.
É possível fazer a visitação completa no Zoo Park da Montanha em aproximadamente
duas horas, pois os abrigos dos animais estão próximos uns dos outros, podendo ser traçados
vários roteiros, sem comprometer a aprendizagem e sim valorizando a mesma.
46
Ao visitar o Zoo, a primeira cena que o visitante vê é uma fachada muito bonita, onde
são passadas, pelos monitores do local, várias orientações, sobre o trajeto da visita, reforçando
como os visitantes devem se comportar, principalmente no setor de aves, pois terão uma
experiência única nesse setor. (Figura 1)
Figura 1 – Faixada entrada do Zoológico Zoo Park da Montanha
Fonte: Fotografia do Autor
No Zoo, Os animais menos dóceis e/ou ferozes ficam atrás de um vidro, como os
leões, tigres etc. os demais como os primatas e antas, ficam atrás de uma grade, dando a
tranquilidade para que o professor e os educandos fiquem à vontade para desenvolver sua
prática pedagógica. Foram encontradas varias aves soltas durante todo o trajeto, voando,
coloridas e muito dóceis.
No Zoo Park da Montanha, os visitantes ainda têm um momento de aula de educação
ambiental, focando na problemática da caça predatória e explicando porque os animais estão
ali e que nas maiorias das vezes, quase todas, são recuperados de cativeiros, ou de
contrabando e, que passaram por traumas e foram maltratados. Nessa aula os biólogos do Zoo
Park da Montanha, fazem um papel conscientizador, mostrando que não se deve prender
animais silvestres em casa, ou maltratá-los.
3.2 O Pré campo
O pré campo foi elaborado por meio em dois momentos, o momento do professor e o
do educando. O do professor foi à ida ao local para o levantamento das potencialidades
pedagógicas. A seguir, foi traçado um roteiro para atividade pedagógica, considerando os
aspectos, do antes durante e depois da visita, além planejados o translado e a alimentação.
47
Ainda nessa etapa foi aplicado o pré teste com questões relacionadas ao assunto que os
educandos veriam durante a visita.
A preparação para aula de campo foi desenvolvida por meio da conscientização, para
que essa tivesse um aproveitamento o mais significativo possível. Tal preparação incluiu o
envio de uma autorização para os pais assinarem, para que os mesmos tivessem ciência de
onde e quando seus filhos iriam, e o que fariam no local, e com quem estariam por todo o
trajeto.
Após essa etapa foi feita uma reunião com os alunos, na qual foram explicados o que
os mesmos deveriam fazer, e como teriam que se comportar no local, os cuidados com os
animais e com eles próprios. Foi necessária essa preparação, uma vez que, no Zoo, os
educandos teriam contato direto com os animais. Tal experiência não é possível na maioria
dos zoológicos e parques do nosso país, como por exemplo, o Zoológico de Belo Horizonte e
Rio de Janeiro, nos quais, o visitante não tem um contato com os animais, por diversos
fatores. O Zoo Park é estrategicamente estruturado para essa pratica, não sendo apenas um
local de visitação, mas, se caracterizando em um local de experiências pedagógicas, pesquisas
e aulas práticas.
Ao fim da reunião foi aplicado o pré-teste, contendo cinco questões Verdadeiro ou
Falso, sem que o educando tivesse previamente contato com o conteúdo. O mesmo
questionário foi aplicado no pós-campo. O questionário e a contextualização das perguntas
estão apresentados nos Quadros 1 a 12.
Quadro 1 - Pergunta 01 - Os vertebrados constituem um subfilo de animais cordados, compreendendo os
peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Caracterizam-se pela presença de coluna vertebral segmentada
e de crânio que lhes protege o cérebro.
Abordagem no livro texto PROJETO ARARIBÁ: Ciências. São Paulo: Ed. Moderna, 2016.
Os animais são organismos eucariontes, pluricelulares e
heterótrofos, de acordo com a presença ou ausência de crânio
e de coluna vertebral, entre outras características. Pág.158
Os vertebrados estão presentes em diversos ambientes
aquáticos, terrestres e aéreos. Apresentam grande variedades
de formas e estruturas. Pág. 186
Possuem esqueleto interno e formado por ossos e cartilagens.
O crânio protege o encéfalo; a coluna vertebral que é
característica exclusiva dos vertebrados protege a medula
espinhal. Pág. 189
Importância do tema A relevância do tema está na demonstração de varias características, dos animais atribuídos aos que apresentam
vertebras, crânio e coluna vertebral, como: desenvolvimento
embrionário, sistema digestório, reprodução, melhor ocupação
aos mais variados ambientes em relação aos animais
invertebrados.
48
Como e quando o tema foi abordado
na visita ao zoológico
O tema foi abordado no primeiro momento antes da visita as
acomodações dos animais, destinando um período para
observação das peças de ossos expostas de varias partes tais
como arcada dentada, crânio, ossos dos membros anteriores e
posteriores além das pegadas dos mesmos, representadas em
superfícies sólidas como gesso e concreto.
Fonte: A Pesquisa
Quadro 2 - Pergunta 02 - Os invertebrados constituem um subfilo de animais cordados, compreendendo
os peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Caracterizam-se pela presença de coluna vertebral
segmentada e de crânio que lhes protege o cérebro.
Abordagem no livro texto PROJETO ARARIBÁ: Ciências. São Paulo: Ed. Moderna, 2016.
Os invertebrados apresentam cerca de 95% de todos os
animais. Eles não apresentam crânio nem coluna vertebral.
Pág. 158
Os principais filos dos invertebrados são: Porífera, cnidária,
Platyhelminthes, Nematoda, Mollusca, Annelida, Arthopoda e
Echinodermata. Pág. 158
Importância do tema Relacionar vertebrado e invertebrado para a fixação,
aprendizagem e contextualização com os fatores de varias
espécies.
Como e quando o tema foi abordado na visita ao zoológico
Essa temática foi abordada em vários momentos durante a visitação as acomodações dos animais, através de perguntas
aos educandos, se o animal em questão era ou não
invertebrado e questionando o porquê da afirmação do
educando escolhido.
Foram feitas as seguintes perguntas:
Essa arara é invertebrada ou vertebrada? Por quê?
Quais as vantagens de ser pertencente a esse grupo?
Quais as desvantagens de pertencer a esse grupo?
Fonte: A Pesquisa
Quadro 3 - Pergunta 03 - Invertebrados é a designação tradicionalmente dada aos animais multicelulares
que não possuem nem desenvolvem uma coluna vertebral derivada do notocórdio, característica
definidora do subfilo Vertebrata.
Abordagem no livro texto PROJETO ARARIBÁ: Ciências. São Paulo: Ed. Moderna, 2016.
Os invertebrados apresentam cerca de 95% de todos os
animais. Eles não apresentam crânio nem coluna vertebral.
Pág. 158
Importância do tema Demostrar a variabilidade dos grupos inclusos nos invertebrados, vantagens e desvantagens adaptativas para os
invertebrados, relação direta e indireta com os vertebrados.
Como e quando o tema foi abordado na visita ao zoológico
O conteúdo foi abordado em dois momentos, no primeiro onde foram apresentadas ou relembrados os conceitos de
vertebrados e invertebrados, momento que os educandos
tiveram a oportunidade de ver e tocar as peças dos animais
vertebrados, no segundo momento foi abordado em forma de
observação quando uma ave estava se alimentando de uma
borboleta, os educando foram convidados a refletir sobre a
importância dos vertebrados e invertebrados dentro do
ecossistema.
Fonte: A Pesquisa
49
Quadro 4 - Pergunta 04 - Vertebrados é a designação tradicionalmente dada aos animais multicelulares
que não possuem nem desenvolvem uma coluna vertebral derivada do notocórdio, característica
definidora do subfilo Vertebrata.
Abordagem no livro texto PROJETO ARARIBÁ: Ciências. São Paulo: Ed. Moderna, 2016.
Os invertebrados apresentam cerca de 95% de todos os
animais. Eles não apresentam crânio nem coluna vertebral.
Pág. 158
Importância do tema O tema é relevante, pois traz o educando a contextualizar comparando através da observação os animais vertebrados e
invertebrados, tornando assim mais acessível o entendimento
e mais prazeroso, quebrando os paradigmas onde os é
mostrada a importância de cada grupo para o meio, além de
mostrar as vantagens e desvantagens evolutivas de cada grupo
e suas particularidades.
Como e quando o tema foi abordado na visita ao zoológico
Foi tratado nos mesmos momentos justificados na pergunta 03, para analisar a atenção dos educandos em relação aos
referidos temas.
Fonte: A Pesquisa
Quadro 5 - Pergunta 05 - Aves são uma classe de seres vivos vertebrados endotérmicos caracterizada pela
presença de penas, um bico sem dentes, oviparidade de casca rígida, elevado metabolismo, um coração
com quatro câmaras e um esqueleto pneumático resistente e leve.
Abordagem no livro texto PROJETO ARARIBÁ: Ciências. São Paulo: Ed. Moderna, 2016.
São características das aves:
São animais endotérmicos. Pág. 200.
O corpo é recoberto de penas Pág. 200
O coração apresenta quatro cavidades, com dois átrios e dois
ventrículos. Pág. 201
São animais ovíparos com fecundação interna. Os ovos postos
apresentam uma casca que ajuda a proteger o embrião. Pág.
201
Possuem bico e não tem dente. Pág. 201
Presença de ossos pneumáticos, que são ossos ocos,
preenchidos de ar. O esqueleto das aves é muito mais leve em
relação ao de outros vertebrados. Pág. 202
Importância do tema Saber as características desse grupo é primordial pela proximidade em relação com os mamíferos, analisar as
adaptações de voo, de bico, penas, garras em relação ao
ambiente e alimentação.
Como e quando o tema foi abordado na visita ao zoológico
Foi abordado em três momentos: Primeiro momento – Durante a apresentação das peças ósseas
dos animais e observação de um ovo de avestruz, nesse
momento os educandos foram convidados a analisar a relação
entre o tamanho de um ovo de galinha e o ovo da avestruz.
Segundo momento – Durante a visita aos viveiros, foram
convidados a observarem alguns animais se alimentando, foi
comparado a adaptação dos bicos em relação ao tipo de
alimento, das aves menores até as aves maiores.
Terceiro momento – Foi analisada a garra dos animais e seu
estilo de alimentação, foi fixado à questão dos predadores que
se alimentam de animais menores.
Fonte: A Pesquisa
50
3.3 O campo
Nessa etapa, os educandos foram levados ao tão esperado dia, da visita ao zoológico,
no qual os mesmos tiveram uma experiência única, em vários aspectos: o ambiente, as
relações humanas e entre os humanos e ambiente.
Durante a pratica foi seguido o roteiro: Aula de Educação Ambiental, visitação aos
viveiros das aves, visitação às acomodações dos repteis e visita aos locais destinados a
mamíferos.
Quadro 6 - Plano de Aula: Aula de Educação Ambiental
I. Plano de Aula: Aula de Educação Ambiental II. Data: 13/10/2017
II. Dados de Identificação: Escola: EEEFM Bernardo Horta Professor (a):
Disciplina: Ciências
Série: 7ºAno
Turma: 01 e 02
Período: Matutino
III. Tema:
- Animais em extinção, a relação do homem com a natureza ontem e hoje. - Conceito fundamental:
Atualmente a humanidade vem se preocupando sempre mais com a necessidade da preservação do meio
ambiente. Tal urgência de preservação decorre da deterioração da natureza e do seu uso sem medidas e
imprudente. Nesse sentido, este trabalho analisa como ocorreu a relação do homem com o meio ambiente até
o despertar para a necessidade de preservar. (LOPES SPAREMBERGUER, 2011). Essa preocupação nos
torna mais reflexivos aos nossos atos e a busca do entendimento da vida humana em relação à natureza,
animais plantas. Segundo (TRAJANO, 2010): A literatura é muito rica em documentos sobre estratégias e
diretrizes de conservação, recomendações e propostas de áreas a serem protegidas, não sendo nosso objetivo
aqui reunir e analisar todo esse material - no fundo, a mensagem principal é: faz-se preciso fazer algo, e
urgentemente.
IV. Objetivos:
Objetivo geral:
Entender o processo que levam os animais a extinção
Objetivos específicos:
Identificar animais em risco de extinção.
Discutir a importância da biodiversidade da fauna para o meio ambiente.
Compreender as causas que levam a extinção de um animal.
Discutir estratégias para a preservação de espécies em risco de extinção.
V. Conteúdo:
Identificação das espécies em extinção.
Relação entre fauna e ambiente.
Processo de urbanização e crescimento das áreas de pastagens e agrícolas.
Como o zoológico age para a preservação das espécies.
VI. Desenvolvimento do tema:
Esta temática será desenvolvida logo no primeiro momento, os alunos serão convidados a um bate papo sobre as espécies e seus processos de extinção ao longo do tempo.
VII. Recursos didáticos:
Ossos de animais.
Figuras ilustrativas.
Corredor ecológico com animais empalhados.
51
VIII. Avaliação:
- Atividades Perguntas feitas aos estudantes ao passar por cada tópico. - Critérios adotados para correção das atividades.
Bate papo e perguntas a cada um dos educandos, sua opinião em relação essa temática.
XIX. Bibliografia:
LOPES SPAREMBERGUER, Raquel Fabiana. A RELAÇÃO HOMEM, MEIO AMBIENTE,
DESENVOLVIMENTO E O PAPEL DO DIREITO AMBIENTAL. Veredas do Direito: Direito Ambiental e
Desenvolvimento Sustentável, Belo Horizonte, v. 2, n. 4, Fev. 2011. ISSN 21798699. Disponível em:
<http://www.domhelder.edu.br/revista/index.php/veredas/article/view/103>. Acesso em: 27 Jul. 2018.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Projeto Teláreis: Ciências. Vida n a Terra-7⁰ano. São Paulo: Ática, 2015,
2º edição.
TRAJANO, Eleonora. Políticas de conservação e critérios ambientais: princípios, conceitos e
protocolos. Estud. avenida, São Paulo, v. 24, n. 68, p. 135-146, 2010. Disponível
em:<http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40142010000100012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 04 Aug. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-
40142010000100012.
Fonte: A Pesquisa
Quadro 7 - Plano de Aula: Visitação ao viveiro das aves
I. Plano de Aula: Visitação ao viveiro das aves II. Data: 13/10/2017
II. Dados de Identificação:
Escola: EEEFM Bernardo Horta Professor (a): Josivaldo Emerick da Veiga
Disciplina: Ciências
Série: 7ºAno
Turma: 01 e 02
Período: Matutino
III. Tema:
- Diversidade das aves. - Conceito fundamental:
Segundo (Gewandsznajder 2015, pág. 205) As aves estão distribuídas em 39 ordens. Ciconiforme (garça),
passeriforme (conhecidos como pássaros ou passarinhos, como bem-te-vi, graúna, canário), falconiforme
(gavião, águia) e apodiforme (beija – flor). Outros exemplos de ordens são: reiforme (ema), estrigiforme
(coruja), anseriforme (pato, ganso, cisne), estrutioniforme (avestruz), psitaciforme (arara, papagaio),
columbiforme (pombo) e galiforme (pavão, peru, galinha).
IV. Objetivos: Objetivo geral: Identificar as particularidades das aves, diferenças e semelhanças. Objetivos específicos:
Identificar as diferenças de bicos e patas das aves.
Descrever as similaridades entre as aves.
Indicar a ave que mais lhe chamou atenção
Propor medidas para a preservação das espécies.
V. Conteúdo:
Diferenciar bicos e patas das aves.
Similaridades entre aves.
Medidas de prevenção das espécies.
Cores, tamanhos e formas das aves.
VI. Desenvolvimento do tema:
A abordagem será desenvolvida ao longo do trajeto, de acordo com o aparecimento de cada ave.
VII. Recursos didáticos:
Zoológico.
VIII. Avaliação:
- atividades
52
Perguntas feitas aos estudantes ao passar por cada ambiente destinado às aves, sendo escolhidos de forma
aleatória, sendo apenas uma pergunta para cada estudante, adotando a avaliação formativa.
- critérios adotados para correção das atividades.
Feitas no local pelo biólogo do zoológico, logo após as perguntas serem expostas e respondidas.
XIX. Bibliografia:
PROJETO ARARIBÁ: Ciências. São Paulo: Ed. Moderna, 2016.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Projeto Teláris: Ciências. Vida n a Terra-7⁰ano. São Paulo: Ática, 2015,
2º edição.
Fonte: A Pesquisa
Quadro 8 - Plano de Aula: Visitação às acomodações dos repteis
I. Plano de Aula: Visitação às acomodações dos repteis II. Data: 13/10/2017
II. Dados de Identificação:
Escola: EEEFM Bernardo Horta Professor (a): Josivaldo Emerick da Veiga
Disciplina: Ciências
Série: 7ºAno
Turma: 01 e 02
Período: Matutino
III. Tema:
- A importância dos repteis para a colonização no ambiente terrestre. - conceito fundamental:
Segundo (Gewandsznajder 2015, pág. 187) Além da pele impermeável, dos pulmões bem desenvolvidos e da
excreção utilizando pouca água, outras duas características dos répteis favorecem a conquista do ambiente
terrestre: a fecundação interna e o desenvolvimento de um ovo com casca.
IV. Objetivos:
Objetivo geral: Identificar a importância dos repteis para a espécie humana no dia a dia. Objetivos específicos:
Identificar a importância dos repteis para a espécie humana.
Descrever as similaridades entre os repteis.
Indicar o que mais lhe chamou atenção em cada réptil.
Propor medidas para a preservação das espécies.
V. Conteúdo:
Mostrar a importância dos repteis para os seres humanos na economia.
Caracterizar os repteis, mostrando o seu ganho do ambiente terrestre.
Similaridades entre repteis.
Cuidados ao ter contato com os repteis.
A importância de prevenção dos repteis.
VI. Desenvolvimento do tema: descrição da abordagem teórica e prática do tema A abordagem será desenvolvida ao longo do trajeto, de acordo com a passagem em cada local destinado aos
mesmos.
VII. Recursos didáticos:
Zoológico.
VIII. Avaliação:
- atividades Perguntas feitas aos estudantes ao passar por cada ambiente destinado às aves, sendo escolhidos de forma aleatória, sendo apenas uma pergunta para cada estudante, adotando a avaliação formativa.
- critérios adotados para correção das atividades.
Feitas no local pelo biólogo do zoológico, logo após as perguntas serem expostas e respondidas.
XIX. Bibliografia:
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Projeto Teláris: Ciências. Vida n a Terra-7⁰ano. São Paulo: Ática, 2015,
2º edição.
Fonte: A Pesquisa
. Plano de Aula: Visitação às acomodações dos Mamíferos I. Data: 13/10/2017
II. Dados de Identificação:
Escola: EEEFM Bernardo Horta Professor (a): Josivaldo Emerick da Veiga
Disciplina: Ciências
Série: 7ºAno
Turma: 01 e 02
Período: Matutino
III. Tema:
- Particularidades dos mamíferos: características e diferenças entre eles. - Conceito fundamental:
Segundo (Gewandsznajder 2015, pág. 206) O nome da classe mamíferos indica uma das características
exclusivas do grupo: glândulas mamárias, que produzem leite para alimentar os filhotes. Na pele, protegida
por queratina, encontra-se uma exclusividade dos mamíferos: os pelos, que formam uma barreira protetora
contra a perda de calor.
IV. Objetivos:
Objetivo geral: Identificar as particularidades dos mamíferos, diferenças e semelhanças. Objetivos específicos:
Identificar as diferenças entre os mamíferos.
Descrever as similaridades entre os mamíferos.
Indicar o mamífero que mais lhe chamou atenção.
Propor medidas para a preservação das espécies.
V. Conteúdo:
Diferenciar os mamíferos das aves e repteis.
Similaridades entre mamíferos.
Medidas de prevenção das espécies.
Mostrar a importância dos mamíferos para os seres humanos.
VI. Desenvolvimento do tema: A abordagem será desenvolvida ao longo do trajeto, de acordo com a passagem por cada ambiente destinado aos mamíferos.
VII. Recursos didáticos: Zoológico.
VIII. Avaliação:
- atividades
Perguntas feitas aos estudantes ao passar por cada ambiente destinado dos mamíferos, sendo escolhidos de forma aleatória, sendo apenas uma pergunta para cada estudante, adotando a avaliação formativa.
- critérios adotados para correção das atividades.
Feitas no local pelo biólogo do zoológico, logo após as perguntas serem expostas e respondidas.
XIX. Bibliografia:
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Projeto Teláris: Ciências. Vida n a Terra-7⁰ano. São Paulo: Ática, 2015,
2º edição.
53
Quadro 9 - Plano de Aula: Visitação às acomodações dos Mamíferos
I
I
Fonte: A Pesquisa
I. Plano de Aula: Pós Teste . Data: 13/10/2017
II. Dados de Identificação:
Escola: EEEFM Bernardo Horta
Professor (a): Josivaldo Emerick da Veiga
Disciplina: Ciências
Série: 7ºAno
Turma: 01 e 02
Período: Matutino
III. Tema:
- Questionário pré teste. - Conceito fundamental:
Segundo (Gewandsznajder 2015, pág. 310) O professor poderá fazer a avaliação regularmente, ao longo dos
tópicos desenvolvidos, com o objetivo de orientar-se em relação ao que vai fazer em seguida, como é
lembrado nos PCN de Ciências naturais:
Os instrumentos de avaliação comportam, por outro lado, a observação sistemática durante as aulas sobre as
perguntas feitas pelos estudantes, as respostas dadas, os registros os debates, de entrevistas, de pesquisas, de
filmes, de experimentos, os de observação, etc. Por outro lado, as atividades especificas de avaliação, como
comunicações de pesquisa, participação em debates, relatórios de leitura, de experimentos e provas
dissertativas ou de múltipla escolha. (BRASIL, 1998, p. 31).
IV. Objetivos:
Objetivo geral: Fazer um paralelo entre pré teste e pós teste, aferindo qualitativamente a experiência do
educando.
Objetivos específicos:
Identificar as alterações do pré teste e pós teste.
Descrever os aspectos mais relevantes do passeio.
Indicar quais animais mais gostaram.
Propor medidas para a preservação das espécies.
V. Conteúdo:
Repteis aves e mamíferos.
Parecer do educando relativo à visita.
VI. Desenvolvimento do tema:
Ao final da visita os alunos terão a oportunidade de expor suas impressões em relação às aulas desenvolvidas de maneira geral.
VII. Recursos didáticos: Folha de questionário.
VIII. Avaliação:
- atividades Cinco questões de Verdadeiro ou Falso, uma questão de múltipla escolha e uma discursiva. - critérios adotados para correção das atividades.
Feitas após a visita, com base no pré teste.
XIX. Bibliografia:
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Projeto Teláris: Ciências. Vida na Terra-7⁰ano. São Paulo: Ática, 2015,
2º edição. BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares Nacionais:
Terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental/Ciências Naturais. Secretaria de Educação Fundamental:
Brasília: MEC/SEF, 1998. P.31.
54
3.4 Pós campo
O pós campo consistiu do questionário pós teste, que foi o mesmo do pré teste,
acrescentado de uma pergunta objetiva, na qual os alunos deveriam avaliar sua aprendizagem
durante a visita, Foi inclusa também, uma questão discursiva:
Quadro 10 - Plano de Aula: Pós Teste
II
IV
Fonte: A Pesquisa
55
Quadro 11 - Questão qualitativa pós- teste
Marque o conceito que você imagina ter sido seu aprendizado durante a visita:
( ) - Aprendi muito pouco os conceitos.
( ) - Aprendi pouco os conceitos.
( ) - Aprendi razoavelmente bem os conceitos.
( ) – Aprendi bem os conceitos.
( ) – Aprendi muito bem os conceitos.
Base teórica:
A entrevista, nas suas diferentes aplicações, é uma técnica de interação social, de interpretação
informativa, quebrando assim isolamentos grupais, individuais, sociais; pode também servir á
pluralização de vozes e à distribuição democrática da informação. Em todos estes ou em outros usos das
Ciências Humanas, constitui sempre um meio cujo fim é o inter-relacionamento humano (MEDINA,
1986, p. 08).
A comunicação, segundo o status epistemológico que lhe atribuímos, influenciará, de forma importante,
a própria definição dos instrumentos de pesquisa, [...] e, ao mesmo tempo, se converterá em um espaço
legítimo e permanente de produção de informação na pesquisa, pois os desdobramentos do processo de
comunicação com os sujeitos participantes da pesquisa representam o caminho essencial de seguimento
dos diferentes casos singulares em seu aporte diferenciado ao conhecimento (REY, 2005, p. 15).
Bibliografia:
MEDINA, C. A arte de tecer o presente: narrativa e cotidiano. São Paulo: Summus, 2003.
REY, F. G. Pesquisa Qualitativa e Subjetividade: Os processos de construção da informação. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
Fonte: A Pesquisa
Quadro 12 - Pergunta discursiva pós teste
“Você gostou da visita ao zoologico? Porque?”.
Base teórica:
Pinheiro (2004, p. 185) explica que "no relato, está em foco, portanto, o que a pessoa trás, os argumentos
utilizados e a explicação dada para torná-los plausíveis, ou seja, o que ocorre numa dada situação, dentro
de uma sequência de atividades".
Percebe-se que é necessário, ao se trabalhar as práticas discursivas, criar uma relação despojada de
qualquer aproximação diagnóstica e buscar uma relação dialógica que permita uma maior aproximação
entre os seres humanos. (ZANATA, 2012)
Bibliografia:
PINHEIRO, O. De G. Entrevista: uma prática discursiva. In. SPINK, M. J. (Org.). Práticas discursivas
de sentidos no cotidiano: aproximações teóricas e metodológicas. São Paulo: Cortez, 2004.
ZANATTA, Jacir Alfonso; COSTA, Márcio Luís. Algumas reflexões sobre a pesquisa qualitativa nas
ciências sociais. Estud. pesquisa. Psicol, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 344-
359, ago. 2012. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-
42812012000200002&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 28 ago. 2018
Fonte: A Pesquisa
56
4 RESULTADO E DISCUSSÃO
4.1 Pré e Pós testes
Os resultados tendo em vista os aspectos abordados serão aqui expostos em: Pré Teste,
Pós-teste e Visita ao Zoológico.
Foram aplicados aos educandos questionários pré e pós teste contendo cinco questões
de V ou F. Esses questionários foram respondidos por vinte e cinco alunos (Figuras 1 e 2).
Figura 2 – Questões do pré-teste aplicado aos
educandos
Figura 3 – Questões do pós-teste aplicado aos
educandos
Fonte: A Pesquisa
O gráfico comparativo mostra que entre o pré-teste e o pós-teste houve um aumento
dos acertos e consequentemente o percentual de erros diminuiu nas questões 1 e 2.
Ainda na etapa de pós teste foi aplicado uma pergunta aberta na qual os educandos
eram convidados a descrever sua impressão a respeito da visita realizada: Sobre a visita ao
zoologico, você gostou? Porque?
Figura 4 – Pergunta Discursiva: Sobre a visita ao zoológico, você gostou? Por quê?
25
20
15
10
5
0
Fonte: A Pesquisa
57
Os alunos se demosntraram bem satisfeitos em relação a essa proposta, que rompeu a
inercia que às vezes acontece em uma sala de aula, quebrando a rotina, sendo o educando um
agente, um ator, um desenvolvedor do processo. É importante que os alunos entrem em
contato com o objeto de seus estudos. As observações diretas e os trabalhos de campo são
atividades básicas no ensino de ciências.(ACHUTTI et al., 2003).
Segundo MERGULHÃO & VASAKI (1998), no mundo, milhares de pessoas
escolhem os zoológicos como opção de lazer, significando momentos de relaxamento e
diversão. Sob o ponto de vista social, o público que freqüenta os zoológicos é bastante
heterogêneo e pertencentes às diversas classes sociais, níveis culturais e de consciência
ecológica; mas um fato é marcante, a maioria dessas pessoas vive em áreas urbanas e têm
pouco contato com a natureza. Neste trabalho além da alegria de visitar o zoológico os alunos
tiveram oportunidades de obter conhecimento.
4.2 Aula de Educação Ambiental
Os alunos participaram da aula de educação ambiental (Figura 5). Para Evangelista e
Soares (2011) faz-se necessária uma junção entre as atividades lúdicas e a EA, como meio de
proporcionar uma atividade mais efetiva e que se distancie das formas tradicionais utilizadas
em seu tratamento e uso. A EA deve ser libertadora e causar mudanças significativas na vida
das pessoas. E o lúdico facilita isso. Essa junção é possível.
Figura 5 - Alunos assistindo a aula sobre Educação Ambiental
Fonte: Fotografia da pesquisa
4.3 Visitação ao viveiro das aves
Crianças e jovens muitas vezes sentem medo de aves, principalmente nos dias atuais,
quando é tão difundido o risco da infecção por agentes patológicos. (TOME et al, 2005) Este
temor é correto e útil, visto que muitas das doenças presentes em aves podem ser transmitidas
ao homem. (SANTOS et al, 2008)
58
Os alunos no início tiveram dificuldades para interagir com as aves, o que é a proposta
do Zoológico. Foi entretanto explicado que ali os animais são saudáveis e que, no caso não
existia o risco de infeccção. Os alunos descontrairam e puderam se aproximar ocorrendo
aprendizagem e alegria (Figura 6)
Figura 6 - ´Alunos interagindo com aves
Fonte: Fotografia da pesquisa
Para promover um ensino/aprendizado coerente em Biologia, em especial na área da
sistemática e taxonomia, é necessário entender a dinâmica da vida orientada pelo processo
evolutivo. É fundamental identificar às transformações dos organismos ao longo do tempo e
situar as linhagens com representantes atuais. É indispensável ser capaz de reconhecer nas
diferenças e semelhanças a identidade e unidade do sistema vivo. (LOPES et al., 2008) Com o
objetivo de estudar evolução, os alunos foram encaminhados ao Museu das Aves para
observar ossos e ovos. Foram explicados detalhes e esclarecidas dúvidas, o que aumentou o
interesse dos alunos. (Figuras 7 e 8)
Figura 7 -´Alunos observando e manuseando
ossos de aves
Figura 8 - ´Alunos observando e manuseando
ovos de aves
Fonte: Fotografia da pesquisa
59
4.4 Visitação às acomodações dos repteis
Presentes nos contos de fadas, na mitologia, na religião, no folclore, nas artes e na
ciência, os répteis ocuparam desde tempos remotos, diferentes papéis na cultura humana.
Símbolo de transcendência por ser tradicionalmente vista como criatura subterrânea,
“mediadora” entre o mundo consciente e inconsciente, a serpente, por exemplo, abreviou o
reinado de Cleópatra e corporificou o pecado no paraíso terrestre. Marca da astúcia, traição e
da maldade em muitas culturas, os répteis não conseguiram, através dos tempos, reunir um
significativo número de defensores e, quem sabe, admiradores. A relação do homem com
estes animais sempre foi marcada pelo medo e pelo desconhecimento, fato que,
possivelmente, tem contribuído para a formação das concepções que acabam se
transformando em obstáculos. Admirá-los e respeitá-los, exige a tarefa de conhecê-los
melhor, para muitos, uma tarefa fora de questão. (Schroeder, 2013)
No início os alunos se mostraram fascinados e temerosos com os répteis. As cobras
provocaram mais temor. Algumas perguntas formuladas demonstraram este medo:
Essa cobra é fria?
Ela morde?
Posso pegar cobreiro?.
Após explicações e conversas o medo foi controlado e os estudantes interagiram com
as cobras sob a supervisão do professor e do assistente do Zoológico.
Figura 9 - ´Aluno interagindo com repteis Figura 10 -´Aluna interagindo com repteis
Fonte: Fotografia da pesquisa
60
4.5 Visitação às acomodações dos Mamíferos
Uma das maiores atrações do Zoológico para os alunos foi a área dos mamíferos.
Porque somos mamíferos, nós, seres humanos, temos a tendência de considerá-los
como um tipo dominante de vertebrado. Essa perspectiva não se opõe ao fato - por
exemplo, que os mamíferos são apenas um pouco mais que a metade das aves
viventes, e os peixes de nadadeira raiada incluem muito mais espécies viventes que
todos os tetrápodes juntos - mas a ideia está difundida (POUGH; JANIS; HEISER,
2008, p. 486).
No mundo estima-se que existam em torno de 5.500 espécies de mamíferos,
distribuídas nas regiões polares, trópicos, mares, ares, sendo que a grande maioria ocupa
ambientes terrestres. O Brasil ocupa uma posição de destaque nesse processo, exibindo 11,8%
do total de espécies de mamíferos estimadas para todo o planeta (ZANZINI 2008).
É importante estudar mamíferos porque no Brasil, 69 espécies de mamíferos estão
oficialmente ameaçadas,o que representa 10,6%, das 652 espécies nativas de mamíferos que
ocorrem no país, segundo compilação disponível (Reis et al., 2006).
Silva e Santos (2012) divulgaram como o ensino de mamíferos é tratado de uma
maneira superficial, sem oferecer riqueza nos conteúdos, os quais são trabalhados de forma
bastante resumida nos livros didáticos investigados.
Esse fato ficou confirmado pois durante a visita ficou evidente que alguns tinham
duvidas. Algumas perguntas formuladas estão apresentadas a seguir.:
Onça pintada e pantera podem ficar juntos?
Porque o leão não fica junto da onça e da pantera?
Porque o leão parece cansado?
Os macacos não podem ficar juntos?
A anta tem um rabinho na cara?
61
Durante a visita os alunos se encantaram e interagiram com os mamíferos quando
possível. (Figuras 11 a 14)
Figura 11 -Aluna observando a interação entre
as lontras
Figura 12 -´Aluno interagindo com macaco
Figura 13 - ´Alunos observando a pantera e o
casal de tigres.
Figura 14 -´Aluno observando o Leão
Fonte: Fotografia da pesquisa
62
4.6 Auto avaliação
A auto avaliação representa uma estratégia de ensino importante que prepara o aluno
para repensar os resultados de suas próprias ações profissionais; refletir sobre o que aprendeu;
avaliar como tal aprendizado o preparou para realizar as tarefas esperadas; perceber suas
necessidades individuais de aprendizagem; elaborar um plano coerente para lidar com suas
dificuldades; comparar os novos resultados com os anteriores e revisar e atualizar seu plano
de aprendizado (Henderson et al, 2002; Murray et al., 2000).
Essa habilidade de identificar valores e atitudes pessoais, reconhecendo os próprios
pontos fortes e fracos, pode ser desenvolvida, aperfeiçoada e modificada pela educação, sendo
considerada essencial para a manutenção e melhoria da proficiência profissional reflexiva,
para o bom relacionamento com pacientes e colegas, e para o desenvolvimento da identidade
profissional (Fitzgerald et al., 2003).
O resultado da auto avaliação está apresentado na Figura 15 e a execução nas 16 e 17.
Figura 15 – Respostas para a questão: Marque o conceito que você imagina ter sido seu aprendizado
durante a visita
Fonte: Fotografia da pesquisa
63
Figura 16 - ´Alunos fazendo pergunta destinada a auto avaliação
Fonte: Fotografia da pesquisa
Durante toda a visita os conteúdos foram passados para os educando de maneira
expositiva, em relação ao objeto a ser avaliado, em pespectiva de assimilação de acordo com a
percepção pessoal e compartilhada, dentro da sua leitura de mundo, de ambiente e sociedade.
Os educandos mostraram muito intesse do primeiro ao ultimo momento, mostraram
um interesse nos animais soltos e na interação com eles, podiam tirar fotos a todos os
momentos e ficaram surpresos da arara ter subido em seus ombros, pois nunca tinham visto
essa cena.
A cada ambiente de maneira bem entusiasmada os educandos juntamente com os
biologos monitores da visita e o professor, paravam e conversavam sobre varios temas, tais
como: preservação ambiental, manejo de especies, caça predatoria. Os alunos falaram que
antes da visita, o zoologico para eles era apenas uma prisão ou um circo, onde os animais
estavam para servir de entreterimento, mas ao longo do passeio eles repetiam o que
aprenderam, sobre preservação das especies e do meio ambiente. Faziam as mais variadas
colocações.
Como resultado dos testes propostos ao final do processo, os educandos mostraram
uma grande satisfação em ter participado dessa atividade, pois os mesmos quebraram sua
rotina, aprenderam novos conceitos.
Sengundo a análise do pós teste não houve uma melhora acentuada de acertos em
relação ao pré teste, pois a introdução de uma nova metodologia não demostra em uma
pontualidade e sim na elaboração de um processo. O resultado social foi fantastico, pois a
interação educando com educandos e professores se mostrou significativa, deixando aquele
gostinho de “quero mais, quando será a proxima?”
65
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Procuramos nesse trabalho demostrar possibilidades para o uso do zoológico como
instrumento pedagógico para favorecer o aprendizado de zoologia e ecologia de maneira
dinâmica interativa para turmas do ensino fundamental. Proporcionando a aplicabilidade dos
conceitos freirianos, da pedagogia da autonomia, onde o educando é o agente transformador e
não apenas um ser passivo que recebe os saberes pré estabelecidos. Cabe aqui ressaltar que os
dados obtidos e contextualizados nessa pesquisa reforçam que os educandos estão mais
propensos a uma forma mais dinâmica de ensino, aquilo que foge do processo tradicional do
ensino, pois as assimilações dos conteúdos do livro didático e de outros que não estão
inseridos no mesmo, se tornaram mais evidenciados.
Os resultados demostram ainda, que os educandos e educadores percebem este
Zoológico como um instrumento importante para assimilação do conhecimento sobre os
animais e notoriamente evidenciar que este zoológico em questão cuida de animais oriundos
de cativeiro, exercendo um papel de recuperação dos mesmos. Mostrando que o zoológico
hoje tem um papel muito mais importante que antes, hoje não vem sendo um fator expositivo
e sim um papel de resgate das espécies que sofrem mal tratos em circos, ou pela caça
predatória, mantidos presos em locais sem as mínimas condições para a sobrevivência digna
destes animais silvestres.
A visitação nos ambientes destinados a cada grupo de animal trouxe um enorme
interesse aos educandos, que nunca viram alguns animais ali expostos, apenas na tv ou pela
internet, foi perceptível o olhar de satisfação deles em ver animais tão diferentes daqueles
vistos no cotidiano.
No ambiente das aves houve uma grande interação dos educandos ali os mesmos
puderam tocar algumas aves, como araras e outros pássaros, dóceis. No viveiro dos repteis os
educandos não tiveram um contato tão direto, porem vendo o jacaré acharam muito
interessante, tirando fotos e falando sobre as particularidades dos mesmos.
Já nos ambientes destinados aos mamíferos os educandos puderam ver animais como,
, macaco, anta, vendo a grande diversidade dos mamíferos distribuídos em nossa fauna e da
fauna africana.
O zoológico como ambiente de uso pedagógico tem a possibilidade de cativar e
contextualizar agradavelmente apesar de complexo, pois varias outras formas de trabalho
66
podem ser aprimoradas e executadas a todos os níveis educacionais, não se prendendo apenas
na disciplina de ciências, podendo se moldar através do que se quer extrair durante a
visitação. Entender hoje que o zoológico é um instrumento de preservação das espécies e não
mais um ambiente pura e simplesmente de observação dos mesmos ali expostos. A pratica e a
utilização pedagógica deste ambiente poderá formar o individuo, tanto em uma visão
cientifica como também uma visão social, de interação do ser com o ambiente e com ele
mesmo, valorizando o CTSA e trazendo o mesmo para a realidade de cada turma, de acordo
com cada demanda ou particularidade.
67
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7 Sumário
1. Apresentação 77 2. CTSA 79 3. Zoológico de Marechal Floriano 80 4. Planejamento 81 5. Pré-teste 82 6. Roteiro 83 7. Saída 85 8. Plano de Aula: Aula de Educação Ambiental 86 9. Plano de Aula: Visitação ao viveiro das aves 89 10. Plano de Aula: Visitação às acomodações dos repteis 91 11. Plano de Aula: Visitação às acomodações dos Mamíferos 92 12.Pós-teste 95 13.Auto avaliação 96
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1. Apresentação
Este manual tem por objetivo central, dar um víeis aos educadores sobre a pratica educativa em ambientes não formais, sendo o zoológico o elemento explorado nessa concepção, pois a pratica desse manual pode ser adaptado a vários seguimentos educacionais, a várias faixas etárias, a vários ambientes dentro de um mesmo local. Uma visão do zoológico como ferramenta pedagógica é muito valida, pois contempla não somente a disciplina de ciência, este ambiente pode ser explorado pedagogicamente por todas as disciplinas, de maneira isolada ou em conjunto, pois o trabalhar o extra muro tem suas implicações e consequências, para o melhor aproveitamento desse modelo. As vezes a visita a zoológico é apenas analisado como uma recreação, não que o mesmo não possa ser feito, mas enquanto professores devemos sempre levar ao educando a perspectiva máxima de aprendizagem, de maneira prazerosa quebrando os muros mentais escolares e de sala de aula. Devemos encarar a aprendizagem como desafio, dentre estes desafios o trabalho em grupo e não fragmentação dos conteúdos, sempre buscando a completude entre eles. Portanto as aulas estão direcionadas de acordo com a escala evolutiva dos grupos de animais: Repteis, Aves e Mamíferos, seguindo o olhar da disciplina de ciências como eixo central, porém todas
78 as atividades desse manual podem ser adaptadas de acordo com o olhar do professor e suas necessidades, sendo a realidade da turma um fator preponderante para o êxito no contexto da pratica pedagógica. As atividades foram baseadas no Currículo Básico Comum das escolas do Estado do Espirito Santo, e podem ser adaptadas também a todas as regiões e suas particularidades. Esse modelo não é uma verdade absoluta, mas tem o intuito de levarmos o leitor a reflexão sobre sua pratica extramuros, em ambientes não formais.
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2. CTSA A abordagem de Ensino Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA) está vinculada à educação científica e ambiental do cidadão. Hoje a escola tem como princípio básico formar cidadãos para atuar na sociedade, permitindo que os alunos associem a sua compreensão pessoal do mundo científico com o mundo construído pelo homem na forma de tecnologia e o seu dia-a-dia. É nesse contexto que surge a necessidade e importância de se trabalhar com metodologias diferenciadas de ensino na escola.
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3. Zoológico de Marechal Floriano É o primeiro zoológico do estado do Espirito Santo e está apenas a 59 Km de Vitória, capital do Estado. São mais de 700 animais sendo 160 espécies dentre eles: felinos, primatas, várias espécies de aves, animais exóticos, em risco de extinção, nativos e de outras nacionalidades. Todos muito bem tratados e alojados numa área cheia de árvores e riachos, em um ambiente agradável e tranquilo. A missão do Zoo Park da Montanha é proteger as espécies e conscientizar os visitantes em preservar o meio ambiente pois é fundamental para garantir a harmonia entre o homem e a natureza. A vivência do contato diretamente com as aves e alguns animais mais dóceis, é uma experiência única para professores e alunos.
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4. Planejamento
Antes de iniciar essa proposta pedagógica é importante seguir alguns passos!
Planejamento é a palavra fundamental para o desenvolvimento de seu trabalho, traçar uma meta, analisar seus objetivos e qual a viabilidade de realização de sua ação, se a mesma será em conjunto, ou de maneira isolada. Visite o local, veja as potencialidades do mesmo, o que você possa utilizar, faça uma lista das opções de atividades que podem ser desenvolvidas, veja as restrições do local (vestimentas, valor de entrada, quantos alunos por grupo, quantos professores é necessário.) veja o horário de funcionamento, abertura e fechamento. Veja a possibilidade de locais para recreação, almoço ou lanche, se não for possível observe o entorno e veja os locais, valores, agende antes, pois a alimentação é muito importante para que sua visita seja aproveitada ao máximo.
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5. Pré-teste Faça um questionário simples e objetivo, para saber a que nível está de assimilação da turma em razão do conteúdo, mesmo que o assunto não tenha sido abordado em sala de aula, assim você saberá o que deve abordar para que seja mais satisfatório sua visita, sem que haja repetição de conteúdos aos quais eles já tenham ciência, ou use- os apenas para reforçar se essa for sua proposta.
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6. Roteiro Crie um roteiro ainda no local, veja o que e como você pode utilizar os ambientes, veja o que mais se adequa a sua proposta pedagógica, analise e descreva os pontos principais para seu público alvo.
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7. Antes da Visita Crie um modelo de liberação para os pais ou responsáveis, após a entrega do mesmo veja se estão assinados com todos os dados e se os mesmos estão cientes sobre horário de partida e chegada. Faça uma reunião com os professores que irão lhe auxiliar e explique seus alunos, as regras de visitação, maneira de vestir, o que devem levar e qual a proposta de visita, se for um trabalho em grupo descreva o que eles deverão fazer durante o trajeto traçado.
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8. Saída Faça a chamada, recolha os documentos e os papeis de liberação, veja se todos estão de acordo com o proposto, vestimentas, respeite os horários sempre, pois imprevistos podem ocorrer.
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9. Plano de Aula: Aula de Educação Ambiental III. Data: 13/10/2017
II. Dados de Identificação: Escola: Professor (a): Disciplina: Ciências Série: 7ºAno
III. Tema: - Animais em extinção, a relação do homem com a natureza ontem e hoje - Conceito fundamental: Atualmente a humanidade vem se preocupando sempre mais com a necessidade da preservação do meio ambiente. Tal urgência de preservação decorre da deterioração da natureza e do seu uso sem medidas e imprudente. Nesse sentido, este trabalho analisa como ocorreu a relação do homem com o meio ambiente até o despertar para a necessidade de preservar. (LOPES SPAREMBERGUER, 2011). Essa preocupação nos torna mais reflexivos aos nossos atos e a busca do entendimento da vida humana em relação a natureza, animais plantas. Segundo (TRAJANO, 2010): A literatura é muito rica em documentos sobre estratégias e diretrizes de conservação, recomendações e propostas de áreas a serem protegidas, não sendo nosso objetivo aqui reunir e analisar todo esse material - no fundo, a mensagem principal é: faz-se preciso fazer algo, e urgentemente.
IV. Objetivos: Objetivo geral:
Entender o processo que levam os animais a extinção Objetivos específicos:
Identificar animais em risco de extinção.
Discutir a importância da biodiversidade da fauna para o meio ambiente.
87 Compreender as causas que levam a extinção de um animal.
Discutir estratégias para a preservação de espécies em risco de extinção.
V. Conteúdo:
Identificação das espécies em extinção.
Relação entre fauna e ambiente.
Processo de urbanização e crescimento das áreas de pastagens e agrícolas.
Como o zoológico age para a preservação das espécies.
VI. Desenvolvimento do tema: Esta temática será desenvolvida logo no primeiro momento, os alunos serão convidados a um bate papo sobre as espécies e seus processos de extinção ao longo do tempo.
VII. Recursos didáticos:
Ossos de animais.
Figuras ilustrativas.
Corredor ecológico com animais empalhados.
VIII. Avaliação: - Atividades Perguntas feitas aos estudantes ao passar por cada tópico. - Critérios adotados para correção das atividades. Bate papo e perguntas a cada um dos educandos, sua opinião em relação essa temática.
XIX. Bibliografia: LOPES SPAREMBERGUER, Raquel Fabiana. A RELAÇÃO HOMEM, MEIO AMBIENTE, DESENVOLVIMENTO E O PAPEL DO DIREITO AMBIENTAL. Veredas do Direito: Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, Belo Horizonte, v. 2, n. 4, Fev. 2011. ISSN 21798699. Disponível em: <http://www.domhelder.edu.br/revista/index.php/veredas/article/view/103>. Acesso em: 27 Jul. 2018.GEWANDSZNAJDER, Fernando. Projeto Teláris: Ciências . Vida n a
88
Terra-7⁰ ano. São Paulo:Ática,2015, 2º edição. TRAJANO, Eleonora. Políticas de conservação e critérios ambientais: princípios, conceitos e protocolos. Estud. av., São Paulo , v. 24, n. 68, p. 135-146, 2010 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 40142010000100012&lng=en&nrm=iso>. access on 04 Aug. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142010000100012.
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10. Plano de Aula: Visitação ao viveiro das aves III. Data:
II. Dados de Identificação: Escola: Professor (a): Disciplina: Ciências Série: 7ºAno
III. Tema: - Diversidade das aves. - Conceito fundamental: Segundo (Gewandsznajder 2015, pág. 205) As aves estão distribuídas em 39 ordens. Ciconiforme (garça), passeriforme (conhecidos como pássaros ou passarinhos, como bem-te-vi, graúna, canário), falconiforme (gavião, águia) e apodiforme (beija – flor). Outros exemplos de ordens são: reiforme (ema), estrigiforme (coruja), anseriforme (pato, ganso, cisne), estrutioniforme (avestruz), psitaciforme (arara, papagaio), columbiforme (pombo) e galiforme (pavão, peru, galinha).
IV. Objetivos: Objetivo geral: Identificar as particularidades das aves, diferenças e semelhanças. Objetivos específicos:
Identificar as diferenças de bicos e patas das aves.
Descrever as similaridades entre as aves.
Indicar a ave que mais lhe chamou atenção
Propor medidas para a preservação das espécies.
V. Conteúdo:
Diferenciar bicos e patas das aves.
Similaridades entre aves.
90 Medidas de prevenção das espécies.
Cores, tamanhos e formas das aves.
VI. Desenvolvimento do tema: A abordagem será desenvolvida ao longo do trajeto, de acordo com o aparecimento de cada ave.
VII. Recursos didáticos: Zoológico.
VIII. Avaliação: - atividades Perguntas feitas aos estudantes ao passar por cada ambiente destinado as aves, sendo escolhidos de forma aleatória, sendo apenas uma pergunta para cada estudante, adotando a avaliação formativa. - critérios adotados para correção das atividades. Feitas no local pelo biólogo do zoológico, logo após as perguntas serem expostas e respondidas.
XIX. Bibliografia: PROJETO ARARIBÁ: Ciências. São Paulo: Ed. Moderna, 2016. GEWANDSZNAJDER, Fernando. Projeto Teláris: Ciências . Vida n a Terra-7⁰ ano. São
Paulo:Ática,2015, 2º edição.
91
11. Plano de Aula: Visitação às acomodações dos repteis
III. Data:
II. Dados de Identificação: Escola: Professor (a): Disciplina: Ciências Série: 7ºAno
III. Tema: - A importância dos repteis para a colonização no ambiente terrestre. - conceito fundamental: Segundo (Gewandsznajder 2015, pág. 187) Além da pele impermeável, dos pulmões bem desenvolvidos e da excreção utilizando pouca água, outras duas características dos répteis favorecem a conquista do ambiente terrestre: a fecundação interna e o desenvolvimento de um ovo com casca.
IV. Objetivos: Objetivo geral: Identificar a importância dos repteis para a espécie humana no dia a dia. Objetivos específicos:
Identificar a importância dos repteis para a espécie humana.
Descrever as similaridades entre os repteis.
Indicar o que mais lhe chamou atenção em cada réptil.
Propor medidas para a preservação das espécies.
V. Conteúdo:
Mostrar a importância dos repteis para os seres humanos na economia.
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Caracterizar os repteis, mostrando o seu ganho do ambiente terrestre.
Similaridades entre repteis.
Cuidados ao ter contato com os repteis.
A importância de prevenção dos repteis.
VI. Desenvolvimento do tema: descrição da abordagem teórica e prática do tema A abordagem será desenvolvida ao longo do trajeto, de acordo com a passagem em cada local destinado aos mesmos.
VII. Recursos didáticos: Zoológico. VIII. Avaliação: - atividades Perguntas feitas aos estudantes ao passar por cada ambiente destinado as aves, sendo escolhidos de forma aleatória, sendo apenas uma pergunta para cada estudante, adotando a avaliação formativa. - critérios adotados para correção das atividades. Feitas no local pelo biólogo do zoológico, logo após as perguntas serem expostas e respondidas.
XIX. Bibliografia: GEWANDSZNAJDER, Fernando. Projeto Teláris: Ciências . Vida n a Terra-7⁰ ano. São
Paulo:Ática,2015, 2º edição.
12. Plano de Aula: Visitação às acomodações dos Mamíferos
V. Data:
II. Dados de Identificação: Escola: Professor (a): Disciplina: Ciências
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Série: 7ºAno
III. Tema: - Particularidades dos mamíferos: características e diferenças entre eles. - Conceito fundamental: Segundo (Gewandsznajder 2015, pág. 206) O nome da classe mamíferos indica uma das características exclusivas do grupo: glândulas mamárias, que produzem leite para alimentar os filhotes. Na pele, protegida por queratina, encontra-se uma exclusividade dos mamíferos: os pelos, que formam uma barreira protetora contra a perda de calor.
IV. Objetivos: Objetivo geral: Identificar as particularidades dos mamíferos, diferenças e semelhanças. Objetivos específicos:
Identificar as diferenças entre os mamíferos.
Descrever as similaridades entre os mamíferos.
Indicar o mamífero que mais lhe chamou atenção.
Propor medidas para a preservação das espécies.
V. Conteúdo:
Diferenciar os mamíferos das aves e repteis.
Similaridades entre mamíferos.
Medidas de prevenção das espécies.
Mostrar a importância dos mamíferos para os seres humanos.
VI. Desenvolvimento do tema: A abordagem será desenvolvida ao longo do trajeto, de acordo com a passagem por cada ambiente destinado aos mamíferos.
VII. Recursos didáticos: Zoológico.
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VIII. Avaliação: - atividades Perguntas feitas aos estudantes ao passar por cada ambiente destinado dos mamíferos, sendo escolhidos de forma aleatória, sendo apenas uma pergunta para cada estudante, adotando a avaliação formativa. - critérios adotados para correção das atividades. Feitas no local pelo biólogo do zoológico, logo após as perguntas serem expostas e respondidas. XIX. Bibliografia: GEWANDSZNAJDER, Fernando. Projeto Teláris: Ciências . Vida n a Terra-7⁰ ano. São Paulo:Ática,2015, 2º edição.
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13. Pós-teste Aplique nessa etapa as mesmas questões propostas no pré-teste, e acrescente duas questões, uma dissertativa para que o educando expresse sua visão de todos os aspectos do passeio, e acrescente uma questão, de satisfação em múltipla escolha.
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14. Auto avaliação Após todas as etapas, faça uma análise da sua proposta, veja os pontos positivos e negativos, o que deve ser mantido e o que deve ser melhorado, adaptado e melhor explorado, veja a satisfação de seus educandos e a sua satisfação, pois o profissional satisfeito mesmo com algumas limitações do processo, tem a tendência de melhor gerir suas propostas.