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Laudicéa Nunes Soares
O Supervisor Escolar enquanto mediador no trabalho do professor recém-ingressado
Universidade Cândido Mendes Rio de Janeiro
2004
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO VEZ DO MESTRE SUPERVISÃO ESCOLAR
O supervisor Escolar enquanto mediador no trabalho do professor recém –ingressado
Monografia apresentada como exigência parcial para a obtenção da graduação no curso de pós-graduação em Supervisão Escolar , Projeto Vez do Mestre,da Universidade Candido Mendes, sob a orientação do professor Carlos Cereja.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à Deus,
porque sem Ele nada sou.
Ao meu orientador, Carlos Cereja,
que com sua seriedade e
competência, ajudou-me na
realização deste trabalho.
Á minha professora e Supervisora
Vânia Couto, que tem demonstrado
com sua prática, que o educador
deve sempre manter uma postura
critica de todos os fatos.
A minha família, que sempre
procuraram me ajudar.
4
DEDICATÓRIA
Aos professores e Supervisores
Escolares que contribuíram para a
realização desse trabalho.
À todos os profissionais da
Educação que acreditam e lutam
para termos uma escola de
qualidade, para que esta, seja um
instrumento de libertação.
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RESUMO
Ao começar a carreira, as dificuldades encontradas para desempenha-la
foram enormes, principalmente por encontrar na prática situações muitos
diversas à teoria, ensinada nos bancos escolares.
Perguntas, sem respostas, inquietavam e angustiavam.Será que a
inexperiência vai levar à cabo o sonho de tantos anos? O curso de formação de
professores , em nenhum momento atenderam minhas necessidades? A quem
pedir ajuda?
Este trabalho objetivou responder estas perguntar, dividindo-o assim:
O primeiro capítulo trata da trajetória da Pedagogia e quais seus objetivos.
No segundo capítulo trata especificadamente sobre o Supervisor Escolar e
suas atribuições.
No terceiro capítulo é levantada a questão do professor recém-ingressado e
suas dificuldades no exercício da profissão.
No quarto e último capítulo investigou como acontece o trabalho e a
atuação do Superviso e o professor recém-ingressado.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada destina-se a traçar um conteúdo claro e conciso,
para que a leitura seja de fácil entendimento e compreensão.
Adotamos entrevistas semi-estruturada, onde foram entrevistados doze
professores, com formação em nível médio na modalidade normal e com
formação superior e seis supervisores escolares. Toda a pesquisa foi realizada
na rede pública de ensino, nos municípios de Queimados e Nova Iguaçu/RJ.
Pesquisou-se a evolução do curso de pedagogia, bem como suas
habilitações; como a supervisão foi adaptada da indústria para outros setores,
chegando à educação; qual o campo de atuação dos supervisores, visto que
esta habilitação subdividiu-se em varias ramificações e como é realizada essa
nova forma de organização do trabalho da escola.
Utilizamos também como referências, bibliografia, além da experiência da
autora.
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Solidário, somos gentes;
Solidário somos peças.
De mãos dadas, somos forças;
Desunidos, impotência.
Isolados somos ilhas;
Juntos somos corrente.
Inconscientes, somos massa;
Reflexivos, somos grupo.
Organizados somos pessoas;
Sem organização, somos objeto de
lucro.
Em equipe ganhamos, libertamo-
nos;
Individualmente, perdemos,
continuamos presos.
Participando, somos povo;
Marginalizando-nos, somos
rebanho.
Unidos somos soma;
Na massa somos número.
Dispersos, somos vozes no deserto;
Agrupados, fazemo-nos ouvir.
Amontoando palavras, perdemos
tempo;
Com ações concretas, construímos
sempre.
Peixoto Manoel
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 9
CAPITULO I
A trajetória da Pedagogia 13
CAPITULO II
A Supervisão Escolar 17
CAPÍTULO III
Professor recém-ingressado: Um barco á deriva 20
CAPÍTULO IV
O papel do supervisor junto ao professor recém-ingressado 27
CONCLUSÃO 31
ANEXOS
1-Entrevista realizada junto aos professores 34
2-Entrevista realizada junto aos Supervisores Escolares 35
BIBLIOGRAFIA 36
9
INTRODUÇÃO
A escolha desse tema deu-se por fato pessoal, devido as dificuldades por
mim encontradas logo que iniciei no magistério.Logo verifiquei que não era
privilégio meu, mas de todos os professores recém-ingressados, pois trata-se de
uma fase de transformação, porém ela seria menos penosa se houvesse uma
orientação maior, se os supervisores escolares fizessem o papel de mediadores
no trabalho desse professor.
Ao iniciarem sua carreira, os professores passam basicamente pelo mesmo
processo e os sentimentos são muito parecidos, que vão de ansiedade á uma
profunda sensação de inaptidão.
O curso de formação de professores deixa um profundo vácuo no que diz
respeito à pratica e o maior impacto acontece no primeiro ano de exercício da
profissão, momento em que se deixa de ser aluno para se tornar o professor,
pois é neste momento que ele terá que dominar angustias e medos para o
enfrentamento de situações concretas.
A inexperiência gera sentimentos contraditórios e confusos, para o professor
recém-ingressado, pois tem se a noção da responsabilidade que lhe espera, e ao
mesmo tempo uma grande sensação de que não vai conseguir e que as crianças
que estão sob sua responsabilidade serão as únicas a serem prejudicadas. E é
esse sentimento, um misto de poder e de impotência, que leva o novo professor
a buscar ajuda, seja mediante pesquisa, seja mediante apoio junto à outros
profissionais .
10
Quando a escola recebe um professor inexperiente, a equipe pedagógica
deve entender que esse professor precisa de uma apoio maior, pois ele está
tentando construir sua base para o exercício profissional. Para tanto, é
necessário que se busque a melhor forma de integrá-lo afim de que possa
buscar ajuda caso necessite, porque muita das vezes, o professor pode não se
sentir à vontade para falar de suas dificuldades, e para isso, o supervisor deve
estar muito atento para faze-lo, mas sem constrangimento.
O objetivo desse trabalho foi investigar como se dá a iniciação á docência,
se os supervisores oferecem apoio necessário e como ele é realizado, se sua
formação p deixou apto a enfrentar a realidade de sala de aula.Buscou saber
ainda, quais são as maiores dificuldades encontradas no início da carreira e se
essas dificuldades são as mesmas em todos os níveis e também procurou
mostrar que a avaliação e a reflexão são práticas muito importantes para
conduzir um bom trabalho, e que são fundamentais para o crescimento e
amadurecimento profissional.
O trabalho foi dividido em três capítulos, ficando assim organizado:
O primeiro capítulo trata da trajetória do curso de pedagogia,como e
quando ela surgiu , quais os seus objetivos.
O segundo capítulo refere-se como surgiu a Supervisão,qual o seu campo
de atuação e como funciona essa forma de organização escolar.
No terceiro capítulo é levantada a questão de como o professor recém-
ingressado enfrenta as dificuldades existentes no início da carreira, se lê
encontra apoio junto aos supervisores e como se dá esse apoio, recebendo um
título bem sugestivo: professor recém-ingressado; Um barco à deriva?
11
E o quarto e último capítulo investigou como os supervisores tm trabalhado junto
aos professores recém ingressados,se existe uma preocupação na escola de
trazer para os professores um suporte para que estes consigam crescer e
amadurecer profissionalmente.
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CAPÍTULO I
Um galo sozinho não tece uma
manhã;
Ele irá precisar sempre de
outros galos
De um que apanhe esse grito
que ele o lance a outro; de outro
galo que apanhe o grito de um galo
antes e o lance ao outro; e de outros
galos que com muitos outros galos
se cruzem os fios de sol de sues
gritos de galo, para que a manhã,
desde uma teia tênue, se vá
tecendo, entre todos os galos (...)
João Cabral de melo Neto
13
A trajetória da Pedagogia
Na década de 30, o Brasil passou por um período de grande
conturbação política, que viria atingir a todos, principalmente a elite
intelectual do país, nesse cenário de sérias limitações e mudanças,
principalmente no campo educacional.Foi criado o curso de Pedagogia em
1939 e sua regulamentação previa o bacharelado, mas sua implementação
foi apenas a metade do percurso.Suas raízes passam pelo esforço de elevar
os estudos pedagógicos ao nível superior, com os Decretos nº 1750/1920 e
nº 3.356/1921 que sustentavam a criação da Faculdade de Educação, esse
curso foi implantado neste momento, mas abriu espaço para a criação de um
outro curso de aperfeiçoamento derivado da Escola Normal da Capital pelo
Decreto ºnº 4.888/1931 que instituiu o curso de aperfeiçoamento para o
preparo técnico de inspetores, delegados de ensino, diretores e professores
da Escola Normal, que mais tarde viria dar espaço para a Faculdade de
Educação da USP.
Porém alguns autores acreditam que a identificação do curso de
Pedagogia encontra-se no projeto da Escola de Professores de
AnísioTeixeira1 que tinha como objetivo licenciar professores de nível
primário, médio e superior e ao preparo de especialista da educação.
O bacharel em Pedagogia, também conhecido como técnico em
Educação, não tinha suas funções muito bem definidas.Essa
indefinição começava com sua própria formação, que não tinha um
14conteúdo específico, haja visto que esse bacharel fazia à parte, o curso
de didática da Pedagogia e que no decreto-lei nº 1.190/1938, ele era
dispensado de cursar as disciplinas oferecidas.
________________ 1 Escola de Formação de Professores criada por Anísio Teixeira para licenciar
professores em nível superior para atuar em todos os níveis de ensino, em dois anos, mas a experiência foi logo interrompida, pois contrariava
diretamente aos interesses do governo.
Essa indefinição gerou um desprestígio e ele passou a ser visto com
grande preconceito em relação aos demais.
A lei 4.024/1961 manteve o bacharelado, mas o parecer CFE 251/62, de
autoria de Valnir Chaves2, viria regulamentar as licenciaturas e dar um
currículo mínimo para os bacharelados, inclusive para o curso de pedagogia.
Com o parecer 292/62 que legislava sobre a formação pedagógica, as
licenciaturas também tiveram um currículo mínimo definido, mantendo para o
curso de pedagogia: o bacharelado e a licenciatura.
No Período Militar3, novas mudanças e restrições viriam interferir na
vida dos brasileiros, e novamente foram aos intelectuais quem mais
sofreram as ações repressivas do governo.
A política adotada foi a desenvolvimentista, então era preciso
formar técnicos e especialistas para suprir as exigências de mercado, e
a única via para atingir esse objetivo foi a educação.
Para isso, era preciso uma legislação específica. A lei nº 5.540/1968 e a
5.692/1071, lei das reformas universitárias e do ensino de 1º e 2º graus,
provocou mudanças no curso de Formação de Professores. O parecer CFE
252/69 e a Resolução 2/1969 fixaram conteúdos mínimos para o curso de
Pedagogia e regulamentava o art.30 da lei 5.540/68 que além de dispor
sobre a Formação de Professores em nível superior para o ensino de 2º
grau, visava também o preparo dos especialistas destinados ao trabalho de
planejamento, supervisão, administração e orientação no âmbito de escolas
e sistemas escolares, que se mantém até os dias de hoje.
15 A LDB4 nº 9394/96 reforça a necessidade dos especialistas da
educação, mas deixa a critério das faculdades oferecerem esses
cursos nos
______________________________________________________
2 Autor e relator dos Pareceres CFE 251/62, 292/62 e 252/68 3Golpe Militar sofrido pelo país em 1964 e que se manteve no poder por mais
de 20 anos
4 Único artigo que trata das habilitações na Lei de diretrizes e Bases da Educação
de 20 de dezembro de 1996.
níveis de ou pós-graduação ,como pode ser conferido em seu artigo 64:
“A formação de profissionais de educação para administração, planejamento,
inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita
em cursos de graduação ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de
ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional”
16
Capítulo II
“Você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo....Mas é
preciso ter pessoas para transformar seu sonho em
realidade”
Walt Disney
17
A Supervisão Escolar
Foi com a industrialização que nasceu a supervisão, a fim de gerar
melhoria na produção.Logo outros setores foram incorporados e adaptando
de acordo com suas necessidades.
A supervisão desde que surgiu e foi incorporada a educação, ela tem
sofrido constantes mudanças buscando atender as especificidades do
contexto em que está inserida.
No inicio, no final do século XIX e principio do século XX, sua atuação
era voltada para verificação do trabalho docente, mais tarde, passou a se
ocupar com os padrões de comportamento e a avaliação escolar para depois
chegar ao papel de líder democrático e voltar-se para o currículo, afim de
buscar melhoria da qualidade do ensino.
Embora a supervisão escolar tenha se incorporado ao sistema
educacional em 18411, no Brasil, ela surge na década de 30 com a reforma
de Francisco campos,decreto-lei 19.890 de 18/04/1931.Sendo
regulamentada apenas em 68,com o Parecer CFE 252/68, de autoria de
Valnir Chaves.
A supervisão escolar logo que foi criada, tinha a função de “controle” e
“fiscalização” e sua prática seguia o modelo taylorista com sua função
tecnocrática e funcionalista, é importante destacar que o país vivia em um
regime de ditadura militar e que as ações políticas não eram bem quistas,
sequer aceitas.
18 Com a redemocratização e a reestruturação da escola, a supervisão
escolar adotou uma postura mais democrática, valorizando o trabalho em
equipe como comenta Alarcão (2001 p. 12)
(...) começa hoje a ter-se uma outra visão do papel do supervisor.Ao super poder do
orientador e controlador contrapõe-se a uma concepção mais pedagógica da supervisão
concebida como uma co-construção com os professores do trabalho diário de todos na
escola. O supervisor passa assim a ser parte integrante do coletivo dos professores e a
supervisão realizar-se em um trabalho em grupo.
Para melhor conceituação faz-se necessário delimitar a supervisão que
se pretende trabalhar texto, trata-se da que ocorre no interior da escola,
haja vista que ela pode pertencer a diversos níveis que incubem ações de
natureza pedagógica, administrativa e de inspeção.
Poder-se-ia começar pelo nome, já que nele encontra-se a
identificação ou o sentido da palavra “Supervisão encaminha o sentido
de visão nobre, necessária à percepção ampla dos aspectos e dos
componentes das atividades supervisionadas”.(Rangel, 1997 p.75):
Para melhor compreensão é importante que se faça uma breve
analise da própria designação, definida por Rangel:
“Supervisão educacional situa, amais amplamente, no que diz respeito às
questões e serviços da educação, a ação supervisora. O educacional,
portanto, extrapola as atividades da escola para alcançar, em nível macro,
os aspectos estruturais, sistêmicos, da educação.
Supervisão escolar supõe a supervisão da escola nos
serviços administrativos, de funcionamento geral, como
também os pedagógicos.Nesse sentido observam-se
19
ações semelhantes às de direção(gestoras), ficando
portanto, pouco identificada a especificidade da função
com relação ao ensino.
Orientação pedagógica designa parcialmente, uma das atividades
supervisoras.A orientação que se faz pelo estudo do supervisor, dos
docentes dos setores especializados-propicia a reflexão teórica sobre a
prática e as trocas de experiências, a observação e a análise de
problemas e soluções comuns, acompanhamento, leitura e debate de
estudos e pesquisas sobre a prática pedagógica; a orientação é
procedimento natural,conseqüente ao “olhar sobre”, com atenção a
perceber e estimular o aproveitamento dos elos articuladores das
atividades pedagógicas.
Coordenação é,também designativo que se atribui a uma das condutas
supervisoras.”Co-ordenar” é organizar em comum, é prever e prover
momentos de integração do trabalho entre as diversas disciplinas, numa
mesma série, e na mesma disciplina, em todas as séries, aplicando-se a
diferentes atividades, de curso, da seleção de livros didáticos da
identificação de problemas que se manifestam no cotidiano do
trabalho,solicitando estudo e definição de critérios que fundamentem
soluções.
Supervisão Pedagógica refere-se à abrangência da função, cujo “O olhar
sobre” o pedagógico oferece condições de coordenação e orientação.
Percebe-se que a ação supervisora e bastante abrangente, e também
específica, pois sua atuação consiste em coordenar várias atividades
promovendo a integração.Dentre as ações exercidas pela supervisão no
interior da escola podemos destacar a supervisão pedagógica como ponto
de mediação entre a especialidade e a ação já que ela se caracteriza por
reunir e articular toda a equipe.A figura do supervisor é tida como líder que
20irá trabalhar em conjunto, visando a qualidade do ensino e fornecendo aos
professores,orientação e assistências nas dificuldades que enfrentam no seu
cotidiano escolar, mantendo um relacionamento próximo num ambiente de
colaboração e respeito ,mútuo.
Se a supervisão escolar está em articular o trabalho pedagógico, e
em algum momento sua atividade irá permear o serviço administrativo,
pode-se afirmar que sua função não é só necessária, mas
imprescindível ao processo de gestão escolar.
Capítulo III
De tudo ficaram três coisas; a
certeza de que estava sempre
começando, a certeza de que
era preciso continuar e a
14certeza de que seria
interrompido antes determinar.
Fazer da interrupção um
caminho novo, fazer da queda
,um passo de dança, do medo,
uma escada, do sonho uma
ponte, da procura, um encontro.
Fernando pessoa
Professores Recém-ingressados: um barco a deriva
Os cursos de formação de professores tem mantido uma grande
dicotomia entre teoria e prática, tendo seu maior enfoque voltado para
a teoria. Percebe-se que há uma maior valorização por parte dos
conteúdos deixando a prática em segundo plano, como se ela fosse
irrelevante. Tem-se a ilusão que na faculdade a formação terá o
enfoque diferenciado, valorizando a reflexão e mantendo uma
constante atualização, porém a entrevista mostrou que tanto
professores com nível universitário, quanto os professores de nível
médio na modalidade normal queixaram-se da mesma inaptidão dos
cursos em suas formações.Dos entrevistados, 100% revelaram que o
curso pelo qual passaram não os prepararam para enfrentar a realidade
de sala de aula.
Para Esteves, o que falta a esses professore é apenas o modo de
estruturar o conhecimento adquirido, afim de torna-los cessíveis aos
alunos:
21Os futuros professores não estão mal preparados no domínio do conteúdo de ensino,
mas ninguém lhes chamou a atenção para o fato de terem um papel muito importante
a desempenhar na dinâmica da classe e na sua organização.Dominam os conteúdos a
transmitir, mas não tem uma idéia precisa do modo de estruturar e de os tornar
acessíveis aos alunos de diferentes níveis (Esteves, 1995 p. 118).
Essa citação esclarece prontamente a fala de um professor que
expões que logo, ao iniciar sua carreira o professor não tem idéia de
como agir:
No início, eu fiquei muito confuso, não sabia o que fazer com a turma.A idéia geral que
a gente tem quando sai do curso é de passar atividade.Você sabe exatamente que o
que passar para cada série, mas não tem idéia de como a criança aprende.
Outro entrevistado declarou que os cursos de formação ficam muito
aquém das necessidades que os alunos t~em para se tornarem
mestres, pois não acompanham os acontecimentos, nem as tendências
da educação ficando fora da realidade.
O mundo atual exige que o professor desempenhe tarefas que não
se limite apenas ao domínio cognitivo, ao contrário, pede-lhe que
assuma um número cada vez maior de responsabilidades, porém os
cursos de formação não tem acompanhado essa cresceste demanda.
Esteves(1995 p. 100) afirma que:
Apesar de se exigir que os professores cumpram todas essas novas tarefas, é
interessante observar que não houve mudanças significativas na formação dos
professores.Os professores do ensino primário continuam a ser formados de acordo
com velhos modelos normativos, aos quais se juntaram, em muitos casos, as
descobertas da psicologia da aprendizagem dos últimos vinte anos. Os professores do
ensino secundário formam-se em universidades que pretendem fazer investigadores
especializados por sombras pensam em formar professores.Mão é de se estranhar que
22sofram autênticos “choques com a realidade” ao passarem sem preparação adequada,
da investigação sobre a química inorgânica, ou da
sua tese de licenciatura contra um tema altamente especializado, para a prática de
ensinar a quarenta crianças de um bairro degradado os conhecimentos mais
elementares da química ou da filosofia.
Demo(2000 p.73) complemente dizendo que:
É urgente refazer o profissional com formação superior que hoje deixa a universidade
literalmente ultrapassado, porque não soube, nem sabe aprender.Absorveu pacotes
fechados de conhecimento envelhecido, deixando despreparado para um mundo
mercado de incertezas do mercado, velocidade exponencial das mudanças
tecnológicas, necessidade de educação permanente e de possível reciclagem radical
da profissão escolhida premência de intercâmbio e de interdisciplinaridade.
É comum um professor recém formado que começa a trabalhar em
uma turma sofrer um choque com a realidade que ele encontra, pois na
sua formação não tem espaço para confrontar as diferentes realidades
existentes nas escolar, então idealiza-se um modelo de escola onde os
alunos não enfrentam os mesmos problemas que os alunos de classe
popular.
Uma professora informou que quando ela assumiu sua primeira
turma ela levou um choque pois era muito diferente de tudo que ela
esperava:
O curso me fez idealizar uma única realidade de escola, que era bem estruturada, com
alunos de uma classe ecoNômica mais favorecida e quando eu comecei a trabalhar,foi
numa escola pública, percebi uma realidade completamente diferente da que eu estava
acostumada, foi um choque para mim.
23 Verifica-se que a separação que se faz entre a teoria e a prática não
permite que se tenha um respaldo para que possa ingressar na
docência, como afirmou um dos entrevistados:
Não houve nenhum preparo, eu me senti realmente perdida, apesar
de toda a teoria colocada pelos professores, a pratica é totalmente
diferente.
A grande maioria dos professores ao entrar na escola já
encontraram turmas formadas, valorizando uma prática que já está
enraizada na escola, onde os professores “antigos” mantém certos
privilégios, como o horário e as turmas que eles desejam trabalhar e
quase sempre as turmas que ficam para os novos professores, são as
turmas mais indisciplinadas e geralmente as turmas iniciais, o que
acaba prejudicando ainda mais a adaptação do professor iniciante.
Em sua fala, um professor demonstrou que essa atitude deveria ser
repensada:
Quando eu cheguei na escola a turma já estava formada e á aquele velho critério,
professor novo pega sempre as piores turmas e normalmente as turmas iniciais, que
deveriam ficar com os professores mais antigos.
Essa prática, não dificulta apenas o processo de adaptação do
professor iniciante, mas afeta sobretudo o aluno, que deveria ser o ator
principal, no processo educativo.
A transformação de aluno para professor, envolve uma grande
mistura de sentimentos que passam pelo medo, insegurança,
frustração, desamparo e uma grande sensação de responsabilidade e,
se esses sentimentos não forje, bem administrados podem acarretar
em sério problemas ao professor.
Silva(1997 p. 57-58) comente que:
24
O clima de insegurança aliado ao sistema de valores e de crenças muitas vezes
motivada por representações de experiências passadas pode originar situações
preocupantes e dilemáticas que vão interferir na imagem do professor, provocando
novos medos, mais frustrações, mais insegurança, formando um círculo que não se
desfaz enquanto não se conseguir uma gestão adequada dos dilemas, através de
transformações no pensamento do professor que propiciem o desenvolvimento do
auto-conhecimento, aumento da auto-estima e
do auto-conceito e a abertura à mudança,conduzindo o desenvolvimento pessoal e
profissional.
A grande maioria dos professores entrevistados sinalizaram que
além da insegurança de estarem diante de uma turma pela primeira vez,
sentem-se muito sozinhos, já que esse fato á agravado pela falta de
apoio, pois se houvesse um assessoramento, que os ajudasses a
encontrar o melhor caminho a seguir, essa tarefa são seria tão árdua.
Uma professora lembra, com certa magoa, que ela teve que buscar
sozinha o melhor caminho a seguir, porque não houve por parte da
supervisão , a preocupação de trazer algum tipo de ajuda para ela:
Francamente eu não tive apoio por parte do supervisor pedagógico.Eu tive que
pesquisar, buscar ajuda com outros professores mais experientes,porque quem
deveria me ajudar , não me deu o menor apoio, ao contrário.
A fala dessa professora vai de encontro à uma colocação de Silva
(1997 p. 60)
Ora, no nosso atual sistema de ensino, o professor principiante encontra-se totalmente
entregue a si próprio, sem uma estrutura de apoio que lhe de segurança.pelo contrário,
sente-se medido,julgado, quando não olhado com suspeição ou indiferença, o que não
poderá deixar de se refletir na maneira como experiência o seu contato com o real.
25
As escolas deveriam manter um espaço para um momento de
reflexão da prática pedagógica, pois sabe-se necessária para o
redirecionamento do trabalho escolar.Porém, a maior parte dos
entrevistados declararam que não havia na escola um momento para se
fazer uma reflexão e trocar experiências, até mesmo os conselhos de
classe que poderiam estar voltados para essa prática, buscavam
apenas a avaliação quantitativa a qualitativa ficava relegada à segundo
plano
Uma entrevistada deixa claro em sua fala que os professores
aguardam que essa atitude mude:
Os conselhos de classe eram para falar de coisas que na maioria das vezes não tinham
nada haver com que as pessoas estavam precisando houver, não tinham uma
dinâmica, um texto reflexivo.Era só para falar de notas, perguntavam quantas notas
eram vermelhas haviam e o que podia ser feito para ajudar, mas sem me dar suporte
nenhum.
Embora essa professora tenha se formado a mais de dez anos,
sabe-se que essa prática não mudou, ao contrário, ela está enraizada
na prática das escolas.
Capítulo IV
26
Cuidar das coisas é entrar em
sintonia com, auscultar-lhes o
ritmo e afinar-se com ele.
Leonardo Boff,Saber Cuidar,p.
26
O papel do supervisor junto ao professore recém-ingressado
14
É imprescindível que se mantenha na escola um espaço para avaliar o
trabalho pedagógico, pois somente assim poderá se detectar os erros e
acertos afim de que o trabalho na escola possa ter um bom rendimento.”A
importância dessa reflexão está na oportunidade de os professores
avaliarem sua prática, trocarem experiências com os colegas e
aprofundarem conhecimento relativos ao processo de ensino”. (Bruno e
Cristov 2000 p.55)
Um bom momento para troca de experiências, seria o conselho de
classe, mas esse, não pode ser considerado o único espaço para que os
professores possam fazer uma auto-avaliação e buscarem reflexões sobre
a prática docente e, a oportunidade para o supervisor escolar intervir junto
ao docente, indicando leituras e oferecendo dados sobre a realidade da
escola e do sistema de ensino.Para isso, é preciso fazer mais encontros
pedagógicos e, acima de tudo, torna-los produtivos.
Uma supervisora declarou que muitos problemas que acontecem nas
unidades escolares derivam da falta de diálogo:
É fundamental que se determine dias para que haja um encontro pedagógico com todos da
unidade. O ideal seria uma reunião ao final de cada mês, como isso acarretaria dificuldades
no calendário, bastaria uma reunião bem feita e produtiva a cada bimestre que já diminuiria
bastante os problemas que acontecem em nossas unidades.
A equipe de uma escola encontrou no horário que foi estipulado para o
planejamento semanal, que na maioria das escolas não é cumprido, o
tempo ideal para suas reuniões pedagógicas sem que isso atrapalhe o
horário destinado a aula, como pode ser constatado na fala de uma outra
entrevistada:
Na unidade escolar em que trabalho, paramos uma vez por mês, em um sábado, já pré
estabelecido no calendário escolar, para termos uma reunião pedagógica onde fazemos a
avaliação do trabalho desenvolvido.O primeiro segmento do ensino fundamental, além de
15
participar dessa reunião mensal, tem reuniões quinzenais para o planejamento e auto-
avaliação, e os demais segmentos fazem outras reuniões sempre que há necessidade.
A escola deve manter uma abertura para que o professor possa sentir-
se à vontade para buscar ajuda quando encontrar-se em alguma
dificuldade, afinal a função de supervisor escolar é marcada pelo serviço
voltado ao professor, fazem um trabalho de mediação, para que o professor
consiga desenvolver melhor suas tarefas.
Para Placo (20002 p.95) o trabalho do coordenador só pode ser bem
desenvolvido se for feito em parceria com o professor:
Assim como o professor é responsável, na sala de aula, pela mediação
aluno/conhecimento, a parceria entre coodenador-pedagógico-educacional
e professor concretiza as mediações necessárias para o aperfeiçoamento
do trabalho pedagógico na escola.Essa parceria se traduz em um processo
formativo contínuo, em que a reflexão e os questionamentos do professor
quanto à sua prática pedagógica encontram e se confrontam com os
questionamentos e fundamentos teóricos evocados pelo coordenador
pedagógico-educacional, num movimento em que ambos se formam e se
transformam.
Embora uma das funções da supervisão seja prestar assessoramento
aos professores e a equipe escolar, faz-se importante ressaltar que este
trabalho não é feito somente pelo supervisor.
Uma Supervisora citou que às vezes os professores ficam confusos
na hora de procurar auxilio, pois não conseguem perceber as delimitações
de cada função:
Muitos professores ficam confusos na hora de buscar apoio, pois
acham que o Supervisor só lida com os problemas de aprendizagem, o
Orientador Escolar com problemas de disciplina e, sente-se pouco à
vontade para levar os problemas à direção, mas sempre procuramos
mostrar que somos uma equipe e que o trabalho pedagógico só funciona
quando acontece a ação integrada de todos.
16
Luck (2001 p. 64 ) conclui que a integração entre o corpo técnico-
administrativo constitui-se uma tarefa vital para melhoria no processo
educativo:
O exercício de direção, supervisão escolar e orientação educacional se constituem em
papéis meios, que garantem a melhoria do processo educativo.Sua assistência e apoio ao
professar, no sentido de que esteja cada vez melhor preparado ao desempenho de suas
funções, é necessário, no entanto que não só atuem integralmente, somando esforços,
assumindo um ponto de vista comum, mas também que adquiram habilidades para tal.
O professor recém-ingressado precisa enco9ntrar apoio para aprender
a gerenciar seus dilemas, para tal, é importante que se encontre na escola
um ambiente favorável e uma orientação voltada para esse fim.
Franco(2001 p.35) escreve que:
Faz-se necessário que no seio da própria escola, o professor encontre o apoio e a
orientação que ele precisa nesse período de sua carreira.É no contexto escolar que o
professor iniciante irá procurar superar suas dificuldades, elaborando, em conjunto de
outros profissionais da escola, um projeto de formação em serviço que o ajude a transpor
suas dificuldades rompendo com o individualismo e o isolamento,aspectos presentes na
conduta de muitos professores nesta fase.
Todos os entrevistados afirmaram nunca terem trabalhado com
professores iniciantes e também foram unamides ao afirmar que se
houvesse essa situação,eles procurariam ajudar esse professor a ter uma
completa integração entre o grupo, oferecendo-lhe textos, livros e
colocando-o em contato com outros professores.
Uma das entrevistadas falou que é importante que a escola ofereça ao
professor todas as informações necessárias para que ele possa conhecer a
escola que ele irá trabalhar, bem como o seu funcionamento:
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Logo que a escola recebe um professor eu e a diretora nos reunimos com ele para
passarmos o regimento, o critério de avaliação e outros assuntos e nos colocamos a
disposição, para ajuda-lo no que for necessário.
Essa postura é muito importante para que o professor sinta que ele não
está sozinho que o supervisor está ali para lhe orientar.
Conclusão
As dificuldades encontradas pelos professores recém-
ingressados,embora seja importante para seu crescimento e
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amadurecimento profissional, sem dúvida ela seria bem menos sentida se
esses professores recebessem um apoio e uma orientação específica.
Através da entrevista realizada com os professores ficou evidente que:
O curso de formação de professores, tanto de nível médio, na
modalidade normal, quanto de formação superior, não tem preparado os
alunos de forma que eles possam atuar em uma sala de aula. Mantendo-se
muito aquém das necessidades doas alunos, valorizam a teoria , e
esquecem a teoria e a prática devem estar juntas.
Existe uma distinção entre professores antigos e os novatos, os
primeiros recebem alguns tipos de privilégios, como por exemplo, a
escolha da turma, e os horários, não restando aos outros professores
muita opção quanto a turma que eles gostariam de trabalhar, vistos que
quase sempre são turmas indisciplinadas e as turmas iniciais, esse fator
pode ser considerado como mais uma barreira que esses professores tem
que enfrentar.
Os professor recém-ingressados ao assumirem sua primeira turma
sofrem um choque com a realidade, e sentem-se angustiados, pois eles
precisam romper com essa fase de transformação, dominando seus
medos, inseguranças e aprendendo a lidar com as frustrações.para isso, é
necessário que haja uma mediação por parte do supervisor, ajudando-o a
superar essa fase e a construir sua identidade, porém percebemos que isso
não acontece, na maioria das vezes o professor fica a mercê da própria
sorte, podendo ou ao superar essa fase.
As escolas onde os professores iniciam sua prática docente, não são
para eles um lugar onde possam estar buscando uma atualização ou um
espaço para estarem buscando uma reflexão sobre sua prática, sendo que
essa atitude é imprescindível não só para os professores iniciantes, mas
para toda a comunidade escolar.
Diante destes fator pode-se concluir que:
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Embora os cursos de formação de professores seja sempre alvo de
estudos e questionamento, pouca coisa se mudou em temos de prática,
visto que eles continuam não dando um referencial consistente para seus
formandos.
É importante que esses cursos preparem seus alunos efetivamente para
enfrentar os desafios que a atividade docente lhes colocará.
O professor recém-ingressado está em uma fase de transição e que
precisa e um apoio maior por parte do supervisor escolar, afim de
desenvolver sua auto-estima, seu auto-conhecimento e do autoconceito,
através de um processo de reflexão tecido em conjunto
professor/supervisor.
A escola precisa ser um lugar de constante atualização e formação
continuada, pois é neste contexto que o professor terá sua oportunidade
de superar suas dificuldades.
Houve um momento em que a contribuição oferecida por parte dos
supervisores escolares, por meio de entrevista, mostrou-se um pouco
contraditória em relação a algumas colocações dos professores, o que
despertou uma indagação que certamente não poderá se respondida. Ou a
prática dessas Orientadoras Pedagógicas mudou muito desde a passagem
desses profissionais quando estavam construindo sua afirmação docente,
ou essas escolas são realmente muito especiais com profissionais
conscientes do seu papel enquanto formadoras e mediadoras no trabalho
docente, ou ainda o mais provável, não é assim que as coisas funcionam.
Os supervisores afirmaram que é essencial que a escola dedique um
tempo para reuniões pedagógicas, onde os professores possam estar
refletindo sobre seu trabalho, encontrarem suas falhas e redirecionar o
trabalho pedagógico.
A equipe busca estar sempre integrando os professores dando-lhes
apoio sempre que este necessita.mantendo na escola uma abertura para
que todos possam se chegar sem constrangimento, visto que em algumas
20
escolas os professores só podem contar mesmo com a direção, já que não
dispõe de um supervisor Escolar em seus quadros de funcionários.
Uma questão que particularmente chamou minha atenção foi quando as
supervisoras escolares declararam que nunca haviam trabalhado com
professores iniciantes, é interessante lembrar que ninguém pergunta ao
professor se ele é ou não recém-formado, se ele precisa ou não de ajuda.
Pude constatar na entrevista aos professores que os supervisores
cobravam deles atitudes, mas sem dar-lhes o menor subsídio. Não é ao
acaso que os professores olham o trabalho do supervisor com
desconfiança, afinal para os primeiros, os segundos são apenas uns
burocratas que estão ali apenas para controlar o trabalho do
professor.Apesar de o supervisor de hoje ser totalmente o oposto ao que
tínhamos no passado,existe ainda muitas coisas a serem mudadas.
A falta de apoio por parte dos supervisores, nem sempre é decorrente
de descaso, muitos deles também não tem noção de como deve ser sua
atuação, já que não se faz exigências que esse profissional tenha em sua
formação,essa habilitação específica, como acontece com os Orientadores
Educacionais.
Este trabalho trouxe um grande contribuição para minha formação, pois
mostrou-me o quanto um profissional comprometido faz a diferença,
independente de sua área de atuação.percebo que esse não é o fim, mas o
inicio de um processo de formação que acredito que deve ser contínua e
engajada.
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ANEXOS
1-Entrevista realizada junto aos professores
1) O curso de formação pelo qual você passou o preparou de fato para
enfrentar a realidade de sala de aula? Por quê?
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2) A primeira turma que você trabalhou como professor foi escolhida
por você, junto com o supervisor ou já estava formada?
3) Qual foi o seu sentimento quando você assumiu uma turma pela
primeira vez?
4) Ao chegar na escola, o Supervisor Escolar lhe deu as informações
necessárias para se integrasse ao grupo , ficando assim à vontade
para buscar ajuda caso precisasse?
5) Existiu na escola algum momento em que os Supervisor procurou
apóias os professores, investigando se estes estavam precisando de
ajuda, ou simplesmente para levar ao corpo docente momentos de
reflexão?
2-Entrevista realizada junto aos Supervisores Escolares
1) para você é necessário algum momento para avaliar o trabalho
pedagógico desenvolvido na escola? Quando?
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2) Os professores se sentem à vontade para buscar ajuda, quando não
estão conseguindo lidar com alguma situação? A quem?
3) Quando o professor é inexperiente, a equipe busca integrá-lo junto
aos demais? Como?
24
BIBLIOGRAFIA
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supervisão escolar.
RANGEL,Mary. Nove olhares sobre a
supervisão.Campinas,SP:Papirus,1987
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espaço de atuação do Coordenador pedagógico-
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Onde vão a Orientação e a Supervisão Educacional?
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______________(1996). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.Lei
9.394/96. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
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Índice
Introdução 09
Capitulo I 12
A trajetória da pedagogia 13
Capítulo II 17
A Supervisão Escolar 17
CapítuloIII 20
Professor recém-ingressado: um barco à deriva 20
CapítuloIV 26
O papel do Supervisor junto ao professor recém-ingressado 27
Conclusão 31
Anexos 34
Entrevista realizada com os professores 35
Entrevista realizada junto aos Supervisores Escolares 36
Bibliografia 37
Índice 39
27
Avaliação
Universidade Candido Mendes
Projeto A Vez do Mestre
Pós-graduação “Lato Sensu”
Supervisão Escolar
O Supervisor Escolar enquanto mediador no trabalho do
professor recém-ingressado
Laudicéa Nunes Soares
Professor avaliador: Carlos Cereja
Data de entrega: 27 de março de 2004