O SUICIDIO - A viagem de John
-
Upload
junior-omni -
Category
Spiritual
-
view
455 -
download
3
description
Transcript of O SUICIDIO - A viagem de John
O SUICÍDIO
(A viagem de John)
JUNIOR OMNI
“Que a paz de nosso Senhor
e Salvador Jesus Cristo
esteja com você”
Boa leitura!
“TSALMAVETH”
No hebraico: “A Sombra da Morte”
Logo depois de disparar uma arma contra a sua própria cabeça, John caiu
no chão, com os olhos abertos. E com o rosto completamente ensangüentado,
ele dava os seus últimos suspiros. John cometera o suicídio, por causa de sua
depressão aguda. Ele não se sentia feliz, e, cansado de pedir ajuda aos outros,
ele decidiu “descansar”. Mas, o que ele não sabia, nem mesmo havia passado
pela sua cabeça é que, depois de ter apertado o gatilho, ele ainda permaneceu
vivo. Vendo o seu corpo caindo no chão, lentamente, banhado em sangue e
suor.
Respirando ofegante, ele começa a assistir a um filme de sua própria vida,
e muitas imagens aparecem em sua mente. Um longo filme, com muitas
passagens de sua vida, muitas recordações de momentos que ele viveu, e
inúmeras situações que ele mesmo presenciou. John estranhou o seu próprio
corpo no chão, sem se mexer, completamente sem vida. Ele ficou muito
assustado, ao ver os seus olhos se fechando devagar, como alguém que está
sonolento. Porém, ele não dormiu, a sua mente não se apagou em momento
algum. Ele se lembrava de tudo, e isso o deixava confuso e com muito medo.
De repente, John olhava a multidão que se aproximava, para ver aquele
cadáver estendido no chão. Nesse momento, ele acena com as mãos, faz
gestos e sinais, mas ninguém percebe a sua presença ali. Enquanto as atenções
estão voltadas para aquele homem “morto”, John começa a gritar
desesperadamente, tentando avisar àquelas pessoas que ainda continua vivo,
ali perto delas. Mas, sem sucesso, ele continua sendo ignorado, pois está agora
em um corpo “fantasmagórico”, ele está invisível, não pode ser visto por
ninguém. John leva a mão á cabeça e percebe um imenso buraco, e uma forte
dor lhe incomoda.
Neste instante ele sente em seu corpo, arrepios e calafrios, mas não
consegue entender por que ainda continua vivo. Vendo o seu filme passar. Ele
observa uma ambulância chegar e recolher o seu corpo, para levar ao hospital
mais próximo dali. Mas ele segue curioso, para saber o que eles vão fazer com
aquele cadáver ensangüentado. As imagens não paravam de lhe trazer a
memória, todos os seus anos de vida. Sua arma também fora recolhida. Um
revólver que sempre esteve guardado em seu quarto, em um lugar secreto,
longe de tudo e de todos. Pois temia que os seus pais o soubessem.
Um homem pegou sua arma, guardando-a junto com outros pertences,
que seriam entregues aos familiares, que nem desconfiam que uma tragédia
dessas tenha acontecido. Olhando para o seu próprio corpo no chão, John se
lembra da última vez que esteve em um culto cristão. Foi numa igreja muito
simples, onde um pastor falava fervorosamente acerca do inferno e do lago de
fogo, registrados no livro do apocalipse. Aquele pregador humilde, mesmo sem
formação teológica, afirmava que o inferno é real. Citando passagens bíblicas,
que relatam o estado consciente dos mortos, após a sua morte física. Mas,
naquela ocasião, John não acreditava em nenhuma de suas palavras. Ele se
sentia suficientemente sábio, pois tinha muitos livros espiritualistas, escritos por
homens intelectuais.
Para John, as histórias da Bíblia nunca passaram de simples “contos de
fadas”. Ele sempre falava isso para todos os seus amigos. Em sua mente, o
homem sempre foi livre para viver como quiser, sem depender de Deus. Era
assim que ele raciocinava, entregando-se cada vez mais á literaturas esotéricas,
ocultistas e espíritas. John chega ao hospital, e entra pelos corredores, a fim de
encontrar o seu corpo, assustado e com muito medo. Depois de visitar várias
salas, consegue vê-lo, em cima de uma maca. Mas desta vez, o seu corpo já
não está mais cheio de sangue. Eles o limparam e arrancaram as suas roupas
sujas. Ali, ele observa o desespero e o grande alvoroço de pessoas a todo o
momento, entrando e saindo daquele hospital, sem parar. Aquelas cenas se
misturam com outras que lhe vem à mente. E isso lhe deixa ainda mais confuso
e assustado.
John sai daquele hospital, e lá fora, na rua, encontra muitas pessoas
chorando, tristes e também muito abatidas. Alguns se abraçando, enxugando
as lágrimas do seu companheiro, uns de mãos dadas, outros distantes. E ali,
ele decide ficar e passar um tempo, observando aquele entra e sai de tanta
gente. Passado algum tempo, John volta à sala onde estava o seu corpo, e já
não o encontra lá. Pois foi levado para o necrotério, logo depois do diagnóstico
de morte cerebral. Pois ele ficou caído no chão por muito tempo, e não havia
ninguém que pudesse ajudá-lo a tempo, para prestar os primeiros socorros.
Chegando ao necrotério, John vê uma radiografia, mostrando uma bala
alojada num crânio. Ele estranha o seu corpo todo costurado, pois os seus
órgãos foram retirados e encaminhados para a doação. Eles poderão ajudar
alguém que está à beira da morte, mas deseja viver.
Enquanto John se lamenta, as lembranças lhe atormentam violentamente.
E muito perturbado, ele decide deixar aquela sala, e vai para a rua. Desta vez
ele encontra pessoas conhecidas, dirigindo-se para aquele hospital. Então ele
corre em direção a elas, tentando avisar que está arrependido por ter tirado a
sua própria vida. Ele grita o mais alto que pode, mas, as pessoas continuam
caminhando, sem notar a sua presença. Ele então decide sentar-se no chão,
próximo a uma árvore. E, entre lágrimas, levando a mão ao seu rosto, sentindo
ainda uma dor insuportável em sua cabeça, pedia socorro sem parar. Depois de
horas lá fora, sem rumo, desesperado e perdido, ele decide entrar naquela sala
novamente, e se aproximar do seu corpo. Pois ele acreditava nas palavras dos
“médiuns espíritas” que ensinavam a “reencarnação”, só não sabia como isso
aconteceria.
Mas, ali, diante daquela situação, percebeu que tudo isso era uma grande
mentira. Ele não podia mais voltar para o seu corpo. Ele tentava deitar-se por
cima de seu corpo, mas, ele atravessava a maca, de um lado para o outro, como
um fantasma. E, desgostoso, só conseguia sentir angústia e ódio. Era
impossível para John, sentir o “toque”, e foi exatamente naquele instante que ele
percebeu que os seus livros “espíritas”, "esotéricos" e "ocultistas", não lhe
falavam a verdade acerca da vida após a morte. Ele tentava entender como era
possível estar em pé diante do seu cadáver, porém, como um fantasma, invisível
para todas as pessoas. E assim, tentava entrar em outras salas, para ver se
encontrava alguém na sua situação.
Ele sai à procura de outras pessoas mortas, porém, só encontra
cadáveres nas macas, mas ninguém está vivo ao seu lado. Ele não encontrou
nenhuma pessoa vagando fora do corpo. E o sentimento de solidão é muito
forte, gerando um medo desesperador a cada instante. John quer saber o que
vai acontecer com ele, já que o seu corpo está lá, todo costurado, nu e gelado,
em cima da maca. Ele busca uma resposta, entrando e saindo daquele hospital,
visitando todas as salas. A tristeza lhe aprisiona mais e mais. E as lembranças
dos seus dias em vida não cessam. Elas lhe atormentam de instante em
instante. Enquanto isso, mais pessoas conhecidas de John vão chegando
naquele hospital: parentes, familiares, amigos... Todos foram avisados da
tragédia que lhes trouxe espanto e assombro.
John subiu as escadas para ver se conseguia encontrar alguém que
desse uma explicação para tudo aquilo que estava acontecendo. Mas depois
de muitas horas, ele se convenceu de que realmente era tarde demais. Nesses
instantes de desespero, ele decide ir até a sua casa, para ver se encontra os
seus pais. E, deixando o hospital entre lágrimas, sai correndo, rumo ao bairro
onde morava. Ao chegar lá ele encontra o seu velho cão, o qual nem notou a
sua presença, e deitado, continuava dormindo. Ele vê portas e janelas fechadas,
mas, nem desconfia que os seus pais já foram avisados.
Ele entrou atravessando a porta, e logo deu de cara com o seu violão, em
cima do sofá. Caminha até o quarto e olha as suas últimas fotografias, as quais
ele tirou pensando mesmo em despedida. Mas, ele tenta segurar alguma coisa,
e se decepciona, ao saber que não pode mais tocar em nada material. No rack,
ele viu a foto de sua namorada, com a qual havia brigado dias antes. Viu
também os seus CDs de rock n’ roll, cujas letras lhe davam uma “falsa alegria”,
quando ele tentava escapar da depressão que lhe castigava.
Em cima da cama ficaram algumas peças de roupa, quadros, mais
fotografias, e alguns escritos, pois se sentia um poeta nos seus momentos de
tristeza e solidão. Depois de olhar toda a sua casa, saiu dali e voltou para aquele
hospital, desconfiando que os seus pais estivessem lá. E, nas ruas, por onde ele
passava, olhava para tudo que estava deixando para trás. E, estranhamente
vinham as lembranças do seu tempo de criança. Ele olhava as casas, os
comércios, os vizinhos, e tudo isso lhe trazia uma enorme saudade. Pois algo
lhe dizia que, para aquele lugar, ele não voltaria nunca mais.
Ele descobrira que a mesma tristeza o acompanhava, e viu que tirar a sua
vida não adiantou nada, pelo contrário, estava sofrendo ainda mais, nada
mudou. John entra novamente no hospital, e vai até o necrotério para ver
se o seu corpo ainda está lá. Mas, desta vez encontra a maca vazia. O seu
corpo não estava mais lá. John percorre aquele hospital em busca de alguma
pista para encontrar o seu corpo. E quando se aproxima de uma sala, reservada
para cerimônias fúnebres, ele então, decide entrar.
E lá dentro, ele encontra muitas pessoas chorando em volta de um caixão.
Nervoso e curioso, ele avança, para ver quem está lá dentro. Quando consegue
passar entre muitas pessoas, percebe que é o seu corpo que está lá dentro.
Vestido com uma camisa branca de mangas compridas e em volta muitas flores
coloridas. Em cima do caixão há uma faixa, e nela está escrito:
“JOHN DESPEDE-SE DE SEUS FAMILIARES E AMIGOS".
Ele observa alguns rostos conhecidos, de pessoas que há muitos anos
não via. Amigos distantes, antigos colegas de trabalho, do tempo de escola, até
mesmo algumas de suas ex- namoradas. Nesse momento, John desesperado e
aflito, tenta mais uma vez se esforçar para chamar a atenção daquelas pessoas.
Mas, só pode contemplar os seus semblantes tristes e amargurados, nada mais.
O luto faz desfigurar os seus rostos. E aquele clima mórbido, vai deixando John
ainda mais solitário. Pois já não sente mais o carinho das pessoas, mesmo as
vendo chorar e tocarem o seu corpo gelado, dentro daquele caixão.
Finalmente John vê os seus entes queridos, crianças, jovens, velhos,
todos juntos ali. Se despedindo apenas de um cadáver, enquanto ele faz
questão de provar que continua vivo. De repente, ele leva um choque, ao
perceber que ali havia uma mulher com um véu preto em sua cabeça, que
chorava dolorosamente, ao lado de um senhor de óculos escuro. Eram os seus
pais, que ali estavam, compartilhando com todos, a triste dor da despedida.
Nesse instante, John começou a soluçar e gritou:
_ “Mãe, me ajuda! Olha pra mim. Eu estou aqui dentro
também. Estou perto da senhora. Olha pra mim mamãe
querida, eu não estou morto, mas estou com muito medo!”
Mas, aquela senhora não conseguia ouvir a sua voz, tampouco podia ver
a sua imagem lá dentro, acenando com as mãos para todos. No mesmo instante
que John gritava, ele sentia que o seu corpo ficava ainda mais gelado. Mas ele
não compreendia toda aquela baixa temperatura, e calafrios, que lhe causavam
pavor. Ele passou a escutar muitas vozes confusas, vindas de outro lugar. Sons,
ruídos, barulhos estranhos, grunhidos, como se fossem de animais famintos.
Depois de algumas horas, ele vê o seu caixão sendo lacrado, para ser
levado ao cemitério. Nesse momento, John já não consegue mais olhar com
nitidez, o rosto das pessoas naquele lugar. Figuras estranhas começaram a
dançar diante dos seus olhos. Os gritos estranhos, e as vozes incessantes, não
paravam de lhe atormentar. O caixão segue para o cemitério, e John
acompanha a caravana até o seu destino. Ele se lembra que já esteve ali por
várias vezes, há muito tempo, junto com alguns amigos. Ele gostava de passear
entre aqueles anjos de pedra, entre as sepulturas. Logo ao entrar no cemitério,
com aquelas pessoas, as lembranças de sua infância voltaram à sua mente.
Mas aquelas estranhas vozes começaram a lhe chamar, dizendo o seu nome.
Ali, John escutou um hino fúnebre, que falava do Senhor Jesus. Então
começou a chorar, arrependido por ter cometido o suicídio, aos 33 anos de
idade. Desperdiçando toda uma vida pela frente, passando para o outro lado,
para viver num mundo cheio de tristeza e dor. Ele assistiu os coveiros
enterrando o seu corpo, logo após viu aquela multidão indo embora. E ali, John
percebeu que a sua alma nunca morrerá. Exatamente como aquele pastor
humilde e sem muito estudo, havia falado naquela noite. Explicando que o
Senhor Jesus Cristo, ao relatar sobre o rico e o mendigo Lázaro, conta que
aqueles dois homens morreram fisicamente, mas, as suas almas permaneceram
vivas, porém em lugares distintos.
O mendigo que sempre fora desprezado e humilhado, foi levado pelos
anjos, para viver em um lugar de descanso. Mas, o rico, que sempre confiou em
si mesmo, foi para um lugar de tormentos eternos e indescritíveis, um lugar onde
ninguém, em sã consciência, desejaria estar. (Lucas 16:19-31).
John chega à conclusão que somente a carne apodrece, e é comida pelos
vermes. Percebe também que jamais poderá voltar a este mundo, jamais. Pois
com suas próprias mãos, ele destruiu a sua preciosa vida, a qual Deus lhe deu
com muito amor e carinho. Protegendo-o desde o ventre de sua querida mãe. A
qual foi divinamente guardada, durante os dias de sua gestação.
____________________________________________________________
* Milhares de pessoas buscam no suicídio, a solução para os seus problemas.
Mas a verdade é que, após o suicídio, a pessoa descobre que ainda está vivo.
Pois Jesus Cristo afirmou várias vezes nas Escrituras Sagradas que:
A ALMA NUNCA MORRE!
“... Aos homens está ordenado morrer uma só vez, vindo depois disso o juízo...”
Hebreus 9:27
Sendo assim, o suicida, após dar cabo de sua própria vida, entra no submundo
da escuridão, angústia, tormentos e dores eternas. E de lá, nunca mais poderá
sair. Por esta razão, o sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário, custou o
seu sangue. Para que, por meio dEle, tenhamos o direito de herdarmos a vida
eterna. Ele é o Único e Verdadeiro Deus, que se fez carne, tornando-se um ser
humano como nós, em imagem e semelhança. (João 1:1-14)
Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que
chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus?
A favor dos vivos
consultar-se-á aos mortos?
Isaías 8:19
_____________________________________
“... Mas o Espírito (Santo) expressamente diz que nos
últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a DOUTRINAS DE DEMÔNIOS...”
1 Timóteo 4:1
“... Venham a mim, todos os que estais
cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei...”.
Mateus 11:28
_______________________________________________________________
“... Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim,
que sou manso e humilde de coração;
e encontrareis descanso para as vossas almas....”.
Mateus 11:28-30
_______________________________________________________________
O autor
JUNIOR OMNI
__________________________________________________
Nasceu em 1979, no alto da Moóca, na grande São Paulo. Viveu parte da sua
infância em São Vicente, litoral paulista. Em 1986, os seus pais mudaram para
a cidade de Suzano, no interior de São Paulo, onde residem atualmente.
Sempre foi apaixonado pelas artes plásticas, música e literatura.
Em 2001 recebeu o chamado de Jesus Cristo, para ser um pregador do
evangelho. Em 2006 fez teologia pelo Seminário Nacional ITEJ– Brasília– DF.
Como um simples poeta cristão, usando o pseudônimo: “JUNIOR OMNI” -
os seus poemas e poesias – bem como o seu polêmico testemunho:
- “ROCK N' ROLL – A MÚSICA DO INFERNO” – encontram-se espalhados
pela internet.
À JESUS TODA HONRA E TODA GLÓRIA!
_________________________________________________________________________