O Sfumato de Leonardo Da Vinci

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Sfumato de Leonardo da Vinci

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Livro didático com teoria e prática sobre o artista e a técnica do sfumato de Leonardo Da Vinci

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Sfumatode Leonardo da Vinci

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2013 - Sfumato de Leonardo da Vinci

© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio, sua utilização digital é permitida em sala de aula.

Publicado pela Editora Bananazoo Criações Criativas Ltda.Organização do livro: Daniela Braga Mendes, Mariele Luna, Isabele Soares do Nascimento e Raphaell Silva dos Santos SilveiraProjeto gráfico e diagramação: Tiago Palma - Bananazoo Criações CriativasCoordenação artística: Daniela Braga - [email protected]

Braga, Daniela; Luna, Mariele; Nascimento, Isabele; Silveira, Raphaell, Organizadores Sfumato de Leonardo da Vinci / Daniela Braga, Mariele Luna, Isabele Nascimento, Raphaell Silveira. – Brasília; Bananazoo CC Ltda.

24 p. ; ilISBN: XXX-13-2013-20-01 1. Leonardo da Vinci. 2. História. 3. Itália. 4. Artes. 5. Sfumato. 6. Mona Lisa. 7. Invenções.

CDD: 783

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Leonardo de ser Piero da Vinci

Principais obras

Mona Lisa

Sfumato

Trattato della pittura

Praticando o Sfumato

Bibliografia

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Índice

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“Muitos pensam que a pesquisa científica é uma atividade puramente racional, na qual o objetivo lógico é o único mecanismo capaz de gerar conhecimento. Como resultado, os cientistas são vistos como insensíveis e limitados, um grupo de pessoas que corrompe a beleza da Natureza ao analisá-la matematicamente. Essa generalização, como a maioria das generalizações, me parece profundamente injusta, já que ela não incorpora a motivação mais importante do cientista, o seu fascínio pela Natureza e seus mistérios. Que outro motivo justificaria a dedicação de toda uma vida ao estudo dos fenômenos naturais, senão uma profunda veneração pela sua beleza? A ciência vai muito além da sua mera prática. Por trás das formulas complicadas, das tabelas de dados experimentais e da linguagem técnica, encontra-se uma pessoa tentando transcender as barreiras imediatas da vida diária, guiada por um incansável desejo de adquirir um nível mais profundo de conhecimento e de realização própria. Sob esse prisma, o processo criativo científico não é assim tão diferente do processo criativo nas artes, isto é, um veículo de autodescoberta que se manifesta ao tentarmos capturar a nossa essência e lugar no Universo.”

Marcelo Gleiser, emA dança do Universo, Dos Mitos de Criação ao Big-Bang. p.17

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Renascença Italiana

Heróis da alta renascença: No século XVI, a liderança artística chegou a Roma e Veneza, onde os extraordinários Leonardo, Michelangelo e Rafael criaram esculturas e pinturas com total domínio das técnicas. Suas obras fundiram as descobertas renascentistas de composição, proporções ideais e perspectiva de tal maneira, que essa fase ficou conhecida como alta renascença.

Nas artes, o ideal humanista e a preocupação com o rigor científico podem ser encontrados nas mais diferentes manifestações artísticas de Leonardo. Trabalhando ora o espaço, na arquitetura, ora as linhas e cores, na pintura ou ainda os volumes, na escultura. Os artistas do Renascimento sempre expressaram os maiores valores da época: a racionalidade, a valorização da natureza e a dignidade do ser humano.

“sem linhas ou fronteiras, à maneira da fumaça” Leonardo da Vinci

(1452-1519)

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Leonardo da Vinci nasceu em 15 de abril de 1452 no pequeno vilarejo de Vinci, nas proximidades de Florença, Itália. Foi um dos mais importantes pintores do Renascimento Cultural. Pouco se sabe sobre a vida pessoal deste homem sociável e agradável, porém, sem muitos amores. Deixou apenas um auto-retrato quando de sua idade avançada. Da Vinci torna-se lenda ainda em vida em virtude de sua genialidade quase sobre humana. Pintor, escultor, escritor, arquiteto, urbanista, cartógrafo, anatomista, fi-siólogo, físico, químico, geólogo, botânico, matemático, músico, cantor, engenheiro, precursor da aviação, da balística, da hidráulica e mestre de mecânica e minuncioso ilustrador. Seus trabalhos e projetos científicos quase sempre ficaram escondidos em livros de anotações e muitos deles escritos em códigos e com detalhados desenhos, mas foi como artista que conseguiu o reconhecimento e o prestígio das pessoas de sua época e onde sua genialidade teve maior expressão e reconhecimento até os dias de hoje.

Seu talento artístico se revelou logo, mostrando excepcional habilidade na geometria e na descrição da natureza em sua expressão artística. Reconhe-cendo estas capacidades, seu pai, Ser Piero da Vinci, mostrou os desenhos do filho à Andrea del Verrocchio, em Florença. Naquela época, cidade de grande prestígio e muitas glórias. O grande mestre da renascença ficou encantado com o talento de Leonardo que se tornou seu aprendiz aos 16 anos. Já em 1472, com apenas vinte anos, Leonardo associa-se ao núcleo de pintores de Florença onde se reúnem Verrocchio, Botticelli, Filippino Lippi, Ghirlandaio entre outros.

Leonardo mantinha seus escritos e tratados com uma enormidade de ilustrações em todas as áreas que lhe foram curiosas durante a vida. Seus desenhos, combinando uma precisão científica com um grande poder imaginativo, refletem a enorme vastidão dos seus interesses. Durante o auge do renascimento, Da Vinci, enquanto anatomista, preocupou-se com os sistemas internos do corpo humano, e enquanto artista interessou-se pelos detalhes externos da forma humana, estudando exaustivamente as suas proporções para retrata-las com o maximo de fidedignidade.

Leonardo di ser Piero da Vinci 1452 - 1519

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PinturasMona Lisa, Leda, Dama do Arminho, Madonna Litta, Anunciação, A Últi-ma Ceia, Ginevra de Benci, São Jerônimo, Adoração dos Magos, Madonna das Rochas, Retrato de Músico, São João Batista, Madonna do Fuso, Leda e o Cisne.

DesenhosHomem Vitruviano; Cabeças Grotescas; A Virgem, o menino, Sant’Ana e São João Batista; Retrato de Salaino; Cabeça de Mulher; Batalha de Cava-leiros; Estudos Anatômicos e Técnicos.

InvençõesMáquina voadora, máquina escavadora, isqueiro, paraquedas, besta gi-gante sobre rodas, máquina a vapor, submarino, robô tamborilador, tan-que blindado, escafandro, bicicleta, asa delta e muitas outras.

Trabalhos CientíficosHomem vitruviano, anatomia do tronco, estudo de pé e perna, anatomia do olho, estudo da gravidez, estudos de embriões, das veias do corpo, dos rostos e gestos, das plantas e dos animais entre outros.

Projetos de ArquiteturaProjeto arquitetônico de uma cidade, projeto de um porto, templo centra-lizado, ponte giratória, rede de canais, sistema de abastescimento de águas e de esgotos.

Principais Obras

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Estudo sobre mecânica

Estudo das feiçõesEstudo sobre anatomia

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Mona Lisa, a tão renomada e mais icônica obra de Leonardo da Vinci. His-toricamente, ela não era uma pessoa importante, mais provável que fosse a jovem esposa de um mercador florentino, chamado Giocondo. “Mona” era abreviatura de Madonna, que quer dizer Senhora. Senhora Lisa ou La Gioconda, em italiano, significa “a sorridente”.

A “Mona Lisa” (77x53 cm; 1503-1507). O mais famoso quadro do pintor, incorpora todas as descobertas renascentistas de perspectiva, anatomia e composição.

Sua trajetória se iniciou com o percurso feito da Itália para a França, a obra foi trazida pelo próprio Leonardo, em 1506. O imperador Napoleão Bonaparte ficou apaixonado pelo quadro desde a primeira vez que o viu e mandou colocá-lo nos seus aposentos após a morte do autor, que o pos-suiu até então. Porém, durante as guerras com a Prússia, a Mona Lisa, bem como outras peças da coleção do museu francês, foi escondida num lugar seguro.

Em 22 de Agosto de 1911, cerca de 400 anos após ser pintada por Leonar-do da Vinci, a Mona Lisa foi roubada, mas recuperada na Itália em 12 de dezembro de 1913, em Florença, nas mãos de um antigo empregado do museu onde a obra estava exposta, Vincenzo Peruggia. Ele alegou ser um patriota italiano que desejava fazer retornar para seu país um dos nume-rosos tesouros de sua pátria.

O quadro se tornou um patrimônio da humanidade, hoje é avaliado em mais de 100 milhões de dólares e pertence ao governo francês. Atualmente está no museu do Louvre protegido por um vidro aprova de balas.

Uma série de outros atentados ocorreram contra a obra. Em 1956 um ho-mem jogou ácido sobre ela, danificando a parte inferior da obra; o proces-so de restauração foi demorado. No mesmo ano, um boliviano jogou uma

Mona Lisa

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pedra contra a obra, estragando parte da sobrancelha esquerda de Mona Lisa. Em 2 de agosto de 2009, uma mulher russa jogou uma xícara vazia de café contra o quadro. A pintura não foi danificada, pois a xícara quebrou na proteção de vidro à prova de balas que existe antes do painel. Segundo as autoridades, a mulher só fez isso porque estava indignada após não conseguir a cidadania francesa. A russa foi presa imediatamente.

Importância histórica para a Arte

O retrato de Mona Lisa definiu os padrões para a Alta Renascença em vários aspectos decisivos. O uso da perspectiva, com todas as linhas con-vergindo para um único ponto de fuga atrás de sua cabeça, a composição triangular e as aplicações de proporcionalidade estabeleceram a impor-tância da geometria na pintura. Era diferente dos rígidos perfis dos retra-tos que haviam sido a regra geral, pois mostrava a imagem numa postura natural e relaxada em oposição ao tradicional perfil dos retratos da épo-ca. Para chegar a esse conhecimento exato da anatomia, tão evidente nas mãos da Mona Lisa por exemplo, Leonardo chegou a morar num hospital, onde estudou esqueletos e dissecou mais de trinta cadáveres e fazendo registros ilustrados minunciosos.

Além disso, a perspectiva aérea ou atmosférica é um recurso para simular a distância dos objetos. Uma forma de recriar o efeito do ar, do espaço e da umidade na pintura. Os objetos que estão mais distantes vão se empa-lidecendo, ou se tornando mais esbranquiçados. Partindo deste conceito, Leonardo da Vinci envolve toda a obra em um ar de mistério, onde esfu-mina os objetos que estão mais distantes até os valores mais escuros no primeiro plano.

A obra foi produzida sobre madeira de álamo com pintura a oleo, é nesta obra que o artista melhor concebeu a técnica do sfumato com tinta, levou quatro anos para ser feita e Leonardo jamais chegou a concluí-la como desejava.

A Mona Lisa foi objeto de inúmeros estudos na tentativa de desvendar

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as técnicas ali empregadas pelo artista. Consta de alguns desses estudos que Leonardo empregou diversas camadas para reproduzir a técnica do sfumato com a tinta à oleo, inovação na pintura que até então apresentava traços das pinceladas e linhas duras entre luz e sombra.

A pintura foi restaurada numerosas vezes. Exames de raio X mostraram que há três versões escondidas sob a atual. O revestimento em madeira mostra sinais de deterioração numa taxa mais elevada do que se pensou previamente, causando preocupação dos curadores do museu sobre o fu-turo da pintura.

Leonardo revolucionou a pintura da época similarmente ao impacto que a fotografia trouxe aos retratos. Conceitualmente, o sfumato tornou possí-vel que o artista pintasse uma cena verossímel, crível, onde não se vê tra-ços da fatura humana, causando um paralelo com a criação divina como se a obra fosse entregue pelas próprias mãos do senhor.

Em 1952 havia mais 60 versões do quadro. Desde a Mona Lisa de cava-nhaque, de Marcel Duchamps, em 1911, até a série em silkscreen de Andy Warhol e a imagem de Jasper Johns. Em 1983 a obra torna-se não só o mais admirado como o mais reproduzido dos quadros.

Marcel Duchamps

Andy Warhol

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A palavra vem do italiano e significa “à maneira da fumaça, misturado”. Esta técnica consiste em não pintar linhas de contornos nas formas, mas pelo contrário, criar um efeito de claro e escuro, “chiaroscuro”, que possi-bilite uma passagem sutil de uma cor para a outra onde não se veja linhas e traços.

Esta técnica requer muita habilidade; é mais facilmente utilizada com car-vão, pastel seco, sanguínea ou lápis grafite. Nesta técnica usual, os mate-riais secos devem ser esfregados no desenho, para que as hachuras e as linhas sumam e fique apenas o resultado limpo do degradê. Utiliza-se a ponta dos dedos ou outro instrumento apropriado. Foi Leonardo da Vinci que primeiramente desenvolveu o sfumato em quadros à oleo expressan-do na arte mais uma faceta de sua genialidade.

Leonardo da Vinci contribuiu para a arte do sfumato quando percebeu que o verniz de madeira reagia com a tinta a óleo. Após uma primeira mão de tinta, ainda com o quadro apresentando marcas de pincéis, Leonardo passava uma mão de verniz de madeira sobre a pintura fazendo com que o verniz borrasse a tinta a óleo gerando um gradiente perfeito e mascarando a sensação de pincelada.

Hoje, a técnica do sfumato é utilizada na pintura com esfregaços com o pincel com pouca quantidade de tinta. São utilizados pinceis macios, que logo se degradam pela maneira um pouco agressiva com as cerdas.

Um dos instrumentos mais clássicos do sfumato em desenhos é a sanguí-nea, uma espécie de giz vermelho que tem um tom avermelhado escuro, semelhante à terracota e existe em uma só dureza. Foi muito usada por Leonardo da Vinci, Rafael e Rubens.

Sfumato

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Etapas da técnica de Leonardo da Vinci

1. Sobre uma madeira de álamo aplica-se uma mistura de branco de car-bonato de cálcio, branco de zinco e cola de coelho (ossos moídos). Ao que se conhece como creta ou imprimatura.

2. Realiza-se um primeiro esboço com pincel.

3. Aplicação de uma velatura (fina camada de cor) à óleo sobre todo o quadro.

4. Acrescentam-se as sombras e tons intermediários. No caso do olho es-querdo da Mona Lisa, esta operação se realizou com terra de Siena (tom de marrom) bastante diluída.

5. Com a ponta do pincel se reforçam suavemente as sombras e os tons intermédios, sem marcar muito.

6. Aplica-se sobre toda a tela uma fina camada translúcida de cor adaptada a cada zona.

7. Repassar as zonas antes pintadas com a ponta do pincel, pintando entre os pequenos espaços entre os traços para homogeniezar.

8. Toque final: aplicar graduados de tom até conseguir o efeito de degrada-do suave entre as zonas de sombra e luz.

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No Trattato della pittura, Leonardo da Vinci defendeu essa forma de arte como indispensável à realização da exploração científica da natureza e aconselhou os pintores a não se limitarem à expressão estática do ser hu-mano. Assim como utilizava todos seus dons artísticos nos seus estudos científicos, aplicava na pintura todos os seus conhecimentos ali adquiri-dos: suas figuras humanas derivavam diretamente dos estudos de anato-mia, enquanto as paisagens revelavam o conhecimento de botânica e ge-ologia.

Muitas de suas obras se perderam, foram destruídas ou ficaram inacaba-das. São conhecidas apenas cerca de 12 telas de Leonardo de autenticidade indiscutível. Ao longo de sua obra, é visível a importância cada vez maior que o artista concede aos contrastes entre luz e sombra e, principalmente, ao movimento. Com o sfumato, que dilui as figuras humanas na atmosfe-ra, Leonardo realizou síntese admirável entre modelo e paisagem.

A “Última ceia”, um dos quadros mais famosos do mundo, foi muito da-nificada e sofreu diversas restaurações, motivo pelo qual pouco resta do original. Nele, é inigualável, no entanto, a solidão de Cristo, em contraste com a agitação dos apóstolos, dividos em grupos de três. Judas, o traidor, é a única figura em isolamento entre eles. Os vários estudos e desenhos de Leonardo revelam a preocupação do autor com os menores detalhes da cena.

Pouco antes de morrer, no castelo de Cloux, perto de Amboise, na França, em 2 de maio de 1519, nomeou seu discípulo predileto, Francisco Melzi, herdeiro de todos os valiosos estudos, desenhos e anotações que deixava. Melzi preservou cuidadosamente a herança, mas com sua morte, cerca de cinqüenta anos após a do mestre, os manuscritos se dispersaram. Conser-varam-se cerca de 600 desenhos, que representam talvez a terça parte da vasta produção de Leonardo da Vinci.

Trattato della pittura

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Praticando o Sfumato

Com lápis

A escolha do lápis é de vital importância. Dê preferência àqueles da linha “B”, pois neles têm mais o pó do graffiti do que o pó de cerâmica. Essa linha de lápis tem como principal característica a maciez. Existem numerações, eles vão do B ao 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 7B, 8B e 9B.

Faça um traçado do que vai desenhar, localize o foco de luz e onde não atingir a luz, a sombra é bem intensa e segue clareando à medida que se aproxima do foco de luz. Isso pode ser feito com as pontas dos dedos, mas com cuidado para não engordurar ou manchar o desenho. Ou com o esfuminho (um rolo de papel fortemente comprimido na forma de um lápis com pontas dos dois lados). A finalidade do esfuminho é fazer com que o grafite desprendido pelo lápis sobre o papel preencha as camadas mais baixas do mesmo, como se fossem os poros do papel, dando mais uniformidade aos tons, bem como suavizando as passagens de um tom para outro subjacente e, consequente-mente, dando o acabamento final no trabalho.

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Com carvão ou pastel seco

O carvão usa-se no desenho de linhas, no trabalho com valores tonais de claro e escuro ou na mistura de ambas.

Trabalha-se com muita facilidade sobre grandes superfícies, pois é macio e marca com facilidade. Usa-se muito em esboços na pintura a óleo, acrílico ou na pintura de cenários, murais, etc., pois desprende-se com facilidade. Se o desejarmos, deixamos apenas suaves traços ou manchas que servem de guias no trabalho.

Algumas ferramentas de ajuda para desenhar com carvão, são a borracha pão, os esfuminhos em forma de lápis ou o pano de camurça ou até as pró-prias mãos.

O trabalho com carvão é muito frágil. No final dos trabalhos o desenho deve ser fixado, coberto com um spray próprio fabricado para tal fim e que con-siste em, uma solução vaporizada de álcool e goma laca ou goma-arábica. Para desenhos não profissionais ou escolares pode-se usar um spray fixador para cabelos, funciona.

Usando pastel seco, não como esboço mas como produto final, temos uma infinidade de cores e de marcas, que podem variar na dureza do material.

Para praticar, vamos utilizar pastel seco, carvão ou grafite.

Aplique a técnica do sfumato para criar volume nos sólidos a seguir. Obser-ve a fonte de luz principal para saber onde fica a àrea sombreada e fazer a transição da parte clara para a escura.

Nos desenhos seguintes, utilize sua criatividade para completar a composi-ção do quadro, se desejar, desenhe cenários, fundos ou utilize diversos ma-teriais no trabalho. Que tal pensar na geometria e técnicas empregadas por Leonardo?

Bom Trabalho!

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Esfera

Luz

Luz

Cilindro

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Asa Delta

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Bicicleta

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Helicóptero

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Escafandro - equipamento respiratório de mergulho

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Mona Lisa

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BibliografiaABRIL CULTURAL S.A.. Mestres da Pintura: Leonardo da Vinci. São Paulo: Editora Abril 1977. 1ª edição.

ABRIL CULTURAL S.A.. Gênios da Pintura. Góticos e Renascentistas II. São Paulo: Editora Abril. 1984

CASTELLANI, Renato. A vida de Leonardo da Vinci: A famosa série italia-na sobre o maior gênio da humanidade. Espanha, Itália: Versátil. 1971

GLEISER, Marcelo. A dança do universo: dos mitos de Criação ao Big-Bang. São Paulo: Companhia das Letras. 1997

PROENÇA, Graça. História da arte. São Paulo: editora ática 1998. 11ª edição.

STRICKLAND, Carol. Arte comentada: da pré história ao pós-moderno/ tradução Angela Lobo de andrade. The annotated Mona Lisa. Rio de Janei-ro: Ediouro 2002.

Wikipedia

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