O principezinho

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O PRINCIPEZINHO

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O PRINCIPEZINHO

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“Uma vez, tinha eu seis anos fiz um desenho…”

Desenho - …..pessoas crescidas não compreendiam

Decidi mudar de profissão

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“Foi assim que vivi sempre sozinho, sem ninguém com quem falar, mas falar a sério, até há seis anos que tive uma avaria no motor em pleno deserto do Sara. Estava com um problema no motor. E como não levava nem mecânico nem passageiros, preparei-me para tentar consertar sozinho o avião. O caso parecia bastante complicado, e ,sobretudo era uma questão de vida ou de morte :a água quase não me chegava para quatro dias.”

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“Até que, há seis anos, tive uma avaria no deserto do Saara…”

Então, com a pressa de começar a desmontar o motor e quase a perder a paciência, rabisquei qualquer coisa:E atrevi-me a dizer:-Isto é uma caixa. Dentro dela está a tua ovelha.Inesperadamente, o rosto do meu pequeno juiz iluminou-se.-Era precisamente esta que eu queria! Achas que ela vai precisar de muita erva?- Porquê?- Porque o meu sítio é muito pequenino..- Mas chega, com certeza. Dei-te um ovelha muito pequenina.Baixou a cabeça para o desenho:- Tão pequenina como isso também não…Olha ! Adormeceu…E foi assim que travei conhecimento com o principezinho”

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“Ah, principizezinho! Assim fui conhecendo, aos poucos, a tua melancolica vidinha !Durante muito tempo, a tua única distracção foi a beleza dos crepúsculos. Fiquei a sabê-lo na manhã do quarto dia quando me disseste:-Gosto muito dos pores do sol. Vamos ver um pôr-do-sol…-Mas primeiro temos de esperar…-Esperar por quê?-Esperar que o sol se ponha.Começaste por ficar espantado, mas, depois, riste de ti próprio. E disseste-me:Ainda julgo que estou no meu sitio…Bastava poder chegar a França num minuto para se assistir ao pôr-do–sol. Mas infelizmente, a França ficava longe demais. No teu planeta pequenino só precisavas de empurrar a cadeira. E vias os crepúsculos que quisesses…-Um dia vi o sol por se quarenta e três vezes!-Sabes… quando se está muito, muito triste, é bom ver o pôr–do-sol...-E no dia das quarente e três vezes estavas assim tão triste?Mas o principezinho não me respondeu.”

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Principezinho falou da sua viagem à região dos asteróides….

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1º planeta –O primeiro planeta era habitado por um

Rei“O rei, vestido de púrpura e arminho, estava instalado num trono muito simples, mas majestoso.

…ao rei importava sobretudo que a sua autoridade fosse respeitada. Não tolerava desobediências. Era um monarca absoluto. Mas também era muito bom, e por isso só dava ordens sensatas.(…)

“Se eu ordenasse a um general que se transformasse em gaivota e ele não me obedecesse, o general não tinha a culpa. Eu é que tinha””

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2º Planeta - O Vaidoso

“O segundo planeta era habitado por um vaidoso.

- Olá, bom dia! – Disse o principezinho. – Mas que rico chapéu!

- É para agradecer – respondeu o vaidoso. – É para agradecer, quando sou aclamado. Infelizmente, nunca passa por aqui ninguém.

- Ah, não? – Perguntou o principezinho, sem entender nada.

- Bate com as mãos, uma na outra – aconselhou então o vaidoso.”

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3º Planeta - Bêbado

“O planeta seguinte era habitado por um bêbado.

-Estás a fazer o quê? – perguntou ao bêbado. Foi dar com ele muito calado, diante de uma colecção de garrafas vazias e de uma colecção de garrafas cheias.

-Estou a beber - respondeu o bêbado, com ar lúgubre.”

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.

“-E estás a beber porquê? - perguntou o principezinho.

-Para me esquecer – respondeu o bêbado.

-Para te esqueceres de quê? – perguntou o principezinho, que começava a ter pena dele.

-Para me esquecer que tenho vergonha – confessou o bêbado, baixando a cabeça.

-Vergonha de quê? – tentou saber o principezinho, cheio de vontade de o ajudar.

Vergonha de beber! – Concluiu o bêbado fechando-se definitivamente no seu silêncio.”

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4º Planeta – Homem de negócios“O quarto planeta o do homem de negócios. Estava tão

atarefado que nem levantou a cabeça quando o principezinho chegou….

-Milhões de quê?O homem de negócios perdeu definitivamente a esperança

de recuperar a paz:-Milhões daquelas coisitas que às vezes se vêem no céu.-Moscas?-Não, nada disso, coisitas brilhantes!-Abelhas?”

 

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“Não, nada disso. Coisitas douradas que dão volta á cabeça dos párias e dos vagabundos. Mas eu, eu sou um homem sério. Não tenho tempo para fantasias! -Ah!Estrelas! -Isso mesmo! Estrelas! -E o que fazes tu com quinhentos milhões de estrelas? -Quinhentos e um milhões, seiscentos e vinte e dois mil, setecentos e trinta e uma. Eu, eu sou um homem sério e gosto de falar com rigor!”

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5º - Planeta – Acendedor de Candeeiros

“Quando chegou ao planeta, cumprimentou respeitosamente o acendedor:

-Olá, bom dia! -Bom dia! -Olá, bom dia! Porque apagaste mesmo agora

o teu candeeiro? -São as ordens que tenho – respondeu o

acendedor. -Ordens? Que ordens são essas? -Mas as ordens mudaram? -Não, não mudaram – disse o acendedor. – E

esse é precisamente o meu drama! Calcula tu que o planeta cada ano gira mais depressa e as ordens nunca mudam!

-E depois? – perguntou o principezinho. -Depois, agora dá uma volta num minuto e eu

não durmo um segundo de descanso. Acendo-o e apago-o uma vez por minuto!

-Que engraçado! Então aqui os dias duram um minuto?”

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6º Planeta – Geógrafo

“Era habitado por um senhor de idade que escrevia uns livros muito grossos.

-Olha! Cá temos um explorador!- excalmou ele quando avistou o principezinho….

-De onde vens tu? –perguntou o senhor de idade.

-Que livro é esse, tão grande?-…- o senhor está aqui a fazer o quê?

-Sou um geógrafo – respondeu o senhor.

-E o que é um geógrafo?”

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“-É um cientista que sabe onde ficam os mares, os rios, as cidades, as montanhas e os desertos.

-Que interessante -…- isto, sim é uma profissão!...

-É bem bonito , o seu palneta.Tem algum mar?-Não faço ideia – respondeu o geógrafo.… - e montanhas?-Não faço ideia – respondeu o geógrafo.-…, mas não sou explorador. Tenho uma falta

terrível de exploradores. Porque não é o geógrafo que há-de ir à procura de cidades, de rios, de montanhas, de mares, de oceanos e de desertos…. é importante de mais para andar a vadiar.”

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“Ah, principezinho! Assim fui conhecendo, aos poucos, a tua melancólica vidinha !Durante muito tempo, a tua única distracção foi a beleza dos crepúsculos. Fiquei a sabê-lo na manhã do quarto dia quando me disseste:

-Gosto muito dos pores do sol. Vamos ver um pôr-do-sol…

-Mas primeiro temos de esperar…-Esperar por quê?-Esperar que o sol se ponha.Começaste por ficar espantado, mas, depois, riste de ti

próprio. E disseste-me: Ainda julgo que estou no meu sitio…Bastava poder chegar a França num minuto para se

assistir ao pôr-do-sol. Mas infelizmente, a França ficava longe demais. No teu planeta pequenino só precisavas de empurrar a cadeira. E vias os crepúsculos que quisesses…

-Um dia vi o sol por se quarenta e três vezes!-Sabes… quando se está muito, muito triste, é bom ver

o pôr-do-sol...-E no dia das quarenta e três vezes estavas assim tão

triste?Mas o principezinho não me respondeu.”

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7º Planeta - Terra

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“A Terra não é um planeta qualquer. Tem cento e oito reis (contando, claro está, com os reis pretos), sete mil geográficos, novecentos mil homens de negócios, sete milhões e meio de bêbedos, trezentos e onze milhões de vaidosos, ou seja, aproximadamente, dois mil milhões de pessoas crescidas.”

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“Para ficarem com uma ideia das dimensões da Terra, dir-vos-ei que, antes da invenção da electricidade, devia haver um autêntico exército de quatrocentos e sessenta e dois mil e quinhentos e onze acendedores de candeeiros no conjunto dos seis continentes.”

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“Depois de ter caminhado durante muito tempo e de só ter encontrado areia, rochas e neve, o principezinho acabou por descobrir uma estrada. E as estradas vão dar aos homens.

- Olá, bom dia! – Disse ele.Era um jardim cheio de rosas.- Olá, bom dia! – Disseram as rosas.O principezinho olhou para as rosas e viu que

todas se pareciam com a flor dele.- Quem são vocês? – Perguntou-lhes,

estupefacto.- Somos rosas. – Disseram as rosas.- Ah! – Exclamou o principezinho.E sentiu-se muito infeliz. A flor dele tinha-lhe

contado que era a única da sua espécie do universo. E afinal ali tinha cinco mil, todas iguais, só num jardim.”

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“E depois ainda pensou: “Julgava-me muito importante por ter uma flor única no mundo e, afinal, tenho uma rosa vulgar. Com ela e com os meus três vulcões que mal me chegam ao joelho – um dos quais, se calhar, extinto para todo o sempre – sou, de facto, um rico príncipe…” e desatou a chorar, deitado na relva.”

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“Isso quer dizer o quê?- As pessoas têm estrelas que não são

as mesmas. Para os viajantes, as estrelas são guias. Para outros, não passam de luzinhas. Ainda para outros, os cientistas, são problemas.

Para o meu homem de negócios, eram ouro. Mas todas essas estrelas estão caladas. Tu, tu vais ter estrelas como mais ninguém…

-Isso quer dizer o quê?”

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“-Isso quer dizer o quê?-À noite, vais-te pôr a olhar para o céu e,

porque eu moro numa delas, porque eu me estou a rir numa delas, então, para ti, vai ser como se todas as estrelas rissem! Vais ser a única pessoa do mundo que tem estrelas a rir!

Voltou a rir.”

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“-E quando estiveres consolada (afinal acabamos sempre por nos consolar), vais ficar contente de me teres conhecido. Vais ser sempre meu amigo. Vai-te apetecer rir comigo. E, às vezes, sem mais nem menos, vais abrir a janela, só por ser bom… E os teus amigos vão ficar espantados por te verem a olhar para o céu a rir. Mas tu dizes-lhes: «Pois é! As estrelas dão-me sempre vontade de rir!» E eles vão ficar a pensar que não estas bom da cabeça. Bela partida a minha…

E voltou a rir.”

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Clube de Leitura 5ºC e 7º C

• Ana Catarina Portas

• Catarina• Catia (7º C)• Diana• Diogo• Guilherme Firmino

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BIBLIOGRAFIA

O PRINCIPEZINHO Antoine de Saint -Exupéry