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Seminário em Geografia Humana/2013 Página 1
Universidade de Lisboa
Instituto de Geografia e Ordenamento do Território
O potencial turístico como contributo para o
desenvolvimento local do município de Torres
Vedras:
O caso do Carnaval de Torres Vedras
Ricardo Jorge Ferreira Gouveia
Bruno Gonçalo Pereira
Seminário em Geografia Humana
2013
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 2
Índice Abrastact ....................................................................................................................................... 4
Introdução ..................................................................................................................................... 5
I - Revisão Bibliográfica e problematização ................................................................................. 7
1. Enquadramento Geográfico ............................................................................................... 7
2. Conceitos ........................................................................................................................... 7
2.1 - Desenvolvimento Local ................................................................................................ 7
2.2 – Investimento económico .............................................................................................. 8
2.3 – Emprego ................................................................................................................. 8
3. Carnaval de Torres Vedras ................................................................................................ 8
3.1 - Carnaval de Torres Vedras, dos primórdios aos dias de hoje ....................................... 9
II – Roteiro metodológico ........................................................................................................... 13
1. Leituras e análises de teses universitárias e referências bibliográficas ........................... 13
2. Entrevistas ....................................................................................................................... 13
2.1 - Do tipo semi-diretivas. ................................................................................................ 13
2.2 - Do tipo questionário aberto ……………………………………………………….13
3. Questionários ................................................................................................................... 14
III – Apresentação e interpretação dos resultados ....................................................................... 15
1. Inquérito à população ...................................................................................................... 16
2. Inquérito empresarial....................................................................................................... 18
IV – Conclusão ............................................................................................................................ 21
Bibliografia ................................................................................................................................. 24
Anexos......................................................................................................................................... 25
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Resumo
A presente investigação tem como objetivo analisar o potencial turístico do
município de Torres Vedras como factor importante para o desenvolvimento local,
visando o Carnaval como evento de maior potencial para este desenvolvimento.
O município de Torres Vedras não é muito conhecido por apresentar uma ampla
gama de produtos e ofertas turísticas, no entanto existe uma oferta razoável que gera a
procura por parte dos turistas, seja o turismo de sol e mar, o golf, o turismo de eventos
ou o novo produto das “Rotas das Linhas de Torres”. Este conjunto de produtos foi
analisado, recorrendo a entrevistas com as entidades locais (Camara Municipal de
Torres Vedras e Posto de Turismo) e alguma leitura de referências bibliográficas de
modo a achar o produto que mais potencial teria para o desenvolvimento deste
município.
Após esta primeira etapa, optamos por um evento conhecido por todo o território
Português, que é também a imagem de marca de Torres Vedras, o Carnaval de Torres
Vedras. A partir daqui estabelecemos a questão de partida: O potencial turístico do
Carnaval contribui para o desenvolvimento local do município de Torres Vedras?
Sabíamos à partida por senso comum que era o evento mais importante do município,
no entanto a investigação iria dar a noção do que significa o Carnaval para Torres
Vedras.
Através de entrevistas, leituras e questionários a população local e a empresas de
Torres Vedras chegamos a conclusão de que este evento é de uma extrema importância
ao desenvolvimento deste município, dada a dinâmica que existe nesta época do ano,
com a presença de muitos visitantes que fazem deste Carnaval o maior Carnaval de
Portugal.
Palavras-Chave: Carnaval, Desenvolvimento Local, Potencial Turístico, Evento,
Tradição, Importância.
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Abrastact
This research aims to analyze the tourism potential of the municipality of Torres
Vedras as an important factor for local development, aiming Carnival event as the
greatest potential for this development.
The municipality of Torres Vedras is not really known for presenting a wide
range of products and offers tourist, however there is a reasonable offer that generates
the demand from tourists, for example tourism of sun and sea, golf, tourism events or
new product Rotas das Linhas de Torres. This suite of products was analyzed using
interviews with local authorities (Camara Municipal de Torres Vedras and Tourist
Office) and some reading of the bibliography in order to find the product that would
have more potential for the development of this municipality.
After this first step, we chose an event known throughout the Portuguese
territory, which is also the hallmark of Torres Vedras, o Carnaval de Torres Vedras.
After this first step, we chose an event known throughout the Portuguese territory,
which is also the hallmark of Torres Vedras, Torres Vedras Carnival. From here we set
the initial question: The tourist potential of the Carnival of Torres Vedras contributes to
local development in the municipality of Torres Vedras? We knew the common sense
that was the most important event of the city, however the research would give the
notion of what it means to Torres Vedras Carnival.
Through interviews, readings and questionnaires to local people and businesses
of Torres Vedras came to the conclusion that this event is of extreme importance to the
development of this municipality, given the dynamic that exists at this time of year,
with the presence of many visitors who make this carnival the biggest carnival Portugal.
Keywords: Carnival, Local Development, Potential Turistico, Event, Tradition and
Significance.
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Introdução
O presente relatório de investigação encontra-se enquadrado no projeto de
seminário da variante de Geografia Humana, do terceiro ano da licenciatura em
Geografia no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de
Lisboa, sendo que o mesmo aborda o potencial turístico como contributo para o
desenvolvimento local do município de Torres Vedras, analisando para tal os produtos
turísticos deste município, sendo que após essa analise apostamos no maior evento desta
cidade e num dos eventos com mais história e tradição a nível Nacional, o Carnaval de
Torres Vedras como produto que mais pode contribuir para o desenvolvimento local.
A hipótese “se houver investimento no turismo de eventos, nomeadamente no
Carnaval, então este está a contribuir para o desenvolvimento local do Município de
Torres Vedras” foi levantada após uma prospeção conforme indicamos no parágrafo
anterior, isto é, e sem demérito por todos os produtos turísticos que este município pode
oferecer aos seus visitantes, o turismo de eventos, neste caso o evento Carnaval de
Torres Vedras é aquele que mais dividendos positivos pode oferecer a este município.
Trata-se de um evento que possui história, singularidade, trás a atenção da comunicação
social que a posteriori o difundi nos diversos meios (quer escritos quer audiovisuais) e
que há largos anos move massas, que além de esptedores são também atores deste
cenário de festa. Esta dinâmica, e conforme será verificado mais a frente, é certo que
apenas se verifica numa dada altura do ano (altura em que se festeja o Carnaval), no
entanto é uma dinâmica fortíssima fruto do fluxo de nichos de população que aqui se
desloca para celebrar este evento, que pode e deve ser considerado primordial no intuito
do desenvolvimento local do município de Torres Vedras.
A proximidade deste concelho com o nosso local de residência, além do
conhecimento daquilo que o mesmo nos poderia oferecer, assim como a familiaridade
do Bruno Pereira com o mesmo foram importantes para o desenvolvimento deste
relatório, no entanto, e levando em linha de conta a conjuntura económica em que nos
encontramos torna-se cada vez mais importante afinar estratégias para reter dividendos
em abono do desenvolvimento local através do turismo, e assim sendo esta foi a nossa
maior motivação, tentando assim chegar a conclusões positivas de como o evento
Carnaval se pode destacar dos demais com a dinâmica que lhe é inerente.
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O presente relatório é composto pelos seguintes capítulos:
- Revisão bibliográfica e problematização, onde além do enquadramento
geográfico será também explicitado os conceitos base do nosso relatório, assim como a
exposição daquilo que foi e como evolui o carnaval de Torres Vedras ao longo dos
anos;
- Roteiro metodológico, de modo a explicitar a metodologia usada na elaboração
deste relatório de investigação com a finalidade de apresentar os melhores resultados e
conclusões;
- Apresentação e interpretação dos resultados, onde serão dissecados os
resultados obtidos através dos inquéritos
a população e aos empresários locais;
- Conclusão, onde será analisado se de facto a questão de partida tem uma
resposta afirmativa, olhando os resultados obtidos, cruzando-os entre eles além de os
analisar com a bibliografia recolhida até então, com o objetivo de retirar as melhores e
mais assertivas conclusões possíveis.
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I - Revisão Bibliográfica e problematização
1. Enquadramento Geográfico
O enquadramento geográfico torna-se necessário de modo a que possamos dar a
entender qual a localização geográfica sob a qual incide a nossa investigação. Assim
sendo e situado na região da sub-região do Oeste e na região Centro do país, Torres
Vedras é um município localizado a cerca de 41 quilómetros a Noroeste de Lisboa, é o
maior Município deste mesmo distrito, com uma área de 405,89 km². A cidade em si
possui cerca de 24 600 habitantes segundo o Censos de 2011, sendo que o município em
si conta 79 465 habitantes, divididas por 20 freguesias: A-dos-Cunhados, Campelos,
Carmões, Carvoeira, Dois Portos, Freiria, Maceira, Matacães, Maxial, Monte Redondo,
Outeiro da Cabeça, Ponte do Rol, Ramalhal, Runa, Santa Maria do Castelo e São
Miguel, São Pedro da Cadeira, São Pedro e Santiago, Silveira, Turcifal e Ventosa. O
Município de Torres Vedras faz fronteira com o município da Lourinhã a Norte,
Cadaval a Nordeste, a Sul com o Sobral de Monte Agraço e Mafra, sendo que Alenquer
situa-se a Este, tendo no litoral Oeste o Oceano Atlântico.
2. Conceitos
Após analisar os conceitos de turismo, sendo que os mesmos estão
implicitamente ligado ao desenvolvimento local, este ponto da revisão bibliográfica
prende-se com a verificação dos conceitos que a este campo estão ligados. Este
fenómeno está implicitamente ligado a vetores económico-sociais que serão
seguidamente explorados.
2.1 - Desenvolvimento Local
Trata-se de um termo que tem sido cada vez mais verbalizado no que às políticas
públicas diz respeito a níveis Europeus, Nacionais e Locais. Trata-se de um termo
frequentemente partilhado pelos países ocidentais, sendo que o mesmo confere um uma
solução organizacional, de modo a combater uma ampla gama de problemáticas que
afetam os territórios (Simão, 2009). De acordo com o Quadro de Referência Estratégica
Nacional – QREN (2007, como citado por Simão, 2009), existem duas justificações
primordiais para a adopção de uma abordagem ao desenvolvimento local que de seguida
se citam:
“A primeira centra-se nos recursos. Resumindo, as estratégias de
desenvolvimento só podem ser definidas a nível local, dado que este é o nível onde
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podem ser identificados e mobilizados para um programa os recursos subaproveitados.
E as estratégias de desenvolvimento só podem ser eficazes se forem capazes de
identificar e mobilizar estes recursos. Recursos referem-se a um extenso conjunto de
elementos: recursos territoriais, recursos económicos, recursos de conhecimento e por aí
em diante. A definição de local é complexa: o objectivo de um programa consiste em
integrar recursos a nível local e em relação a um contexto exterior mais alargado. O
desenvolvimento local é, assim, o resultado de uma relação positiva entre um dado
território e o seu contexto, que pode (e tem) de ser definido, de forma mais ou menos
alargada e estratégica, ou seja, tendo em consideração de que forma os recursos podem
ser maximizados a nível local.
A segunda centra-se no capital social. Aqui, a hipótese consiste no facto de um
aumento na disponibilidade do capital social ser uma condição fundamental para atingir
uma forma de desenvolvimento capaz de agregar a dimensão económica, social e
ambiental. A dimensão local da estratégia é o único meio possível para criar esta
condição.”
2.2 – Investimento económico
Trata-se de uma ação com objetivo de obter bens que durem ao longo do tempo,
sendo que os mesmos são vulneráveis de produzir outros bens com a possibilidade de os
mesmos serem utilizados ao longo de vários ciclos de produção. Dentro dos “timings”,
o fator investimento aumenta a capacidade de produção, estimulando assim a atividade
económica, cuja mesma desempenha um papel de extrema importância no
desenvolvimento da economia, gerando a capacidade de a mesma avaliar com mais
precisão o seu crescimento. O investimento económico é fulcral para o impulso da
oferta de bens e serviços (Gomes, 2009).
2.3 – Emprego
“O emprego compreende todas as pessoas (tanto trabalhadores por conta de outrem
como trabalhadores por conta própria) que exercem uma atividade produtiva abrangida
pela definição de produção dada pelo sistema.” (INE, 1994).
3. Carnaval de Torres Vedras
Dado ser o produto turístico que visa ser dissecado como questão de partida, a
necessidade de analisar a sua evolução até aos dias de hoje torna-se necessária de modo
a compreender o que é, o que foi e o que representa o Carnaval no município de Torres
Vedras, de modo a facilitar a compreensão do quão importante é este manifesto popular
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e o que o mesmo pode representar como fator importante na dinâmica de
desenvolvimento local.
3.1 - Carnaval de Torres Vedras, dos primórdios aos dias de hoje
Documentado, a primeira referência que o Carnaval de Torres Vedras cinge-se à
data de 1574, referindo-se a um “correr o galo” como brincadeira habitual por alturas do
entrudo com vestes e adereços próprios para a ocasião, porém, e apesar de datado desta
altura, crê-se no entanto que este hábito remonta a datas mais antigas que aquela que o
documento retrata. Novas referências bibliográficas surgem passados cerca de trezentos
anos, relatando uma festa sem grande espirito, no entanto a referência a “um grupo de
mascarados” já vem presente nesta data. A animação por alturas do Carnaval nas ruas
de Torres Vedras era pouca, sendo a responsabilidade da mesma das coletividades
locais, sendo que esta ausência de folia agradava a burguesia local que não compactuava
com tais festividades. As atividades eram marcadas por bailes e revistas teatrais, que se
realizavam nos dias de Domingo, Segunda e Terça-feira. No entanto pelo ano de 1900
surgem relatos de sátira e do costume usual do hoje em dia, a matrafona sendo que
“houve digno de menção uma parodia ao automóvel (…), e a exhibição de uma dança
vinda de Runa em que figuravam em que figuravam em travestis de bailarinas uns
perfeitos mocetões”. Outros relatos que referem a animação de rua passam a ideia
daquilo que seriam mais tarde os carros alegóricos, com “uma elegante carrocinha bem
ornamentada (…) puxada por 8 ou 10 gericos, (…) acompanhados pelos respectivos
moços com vestidos apropriados ao cargo que lhes competia em dirigir os gericos. Foi
um delírio, com boas referências à ideia, e quase meia vila acompanhou o cortejo, com
uma fanfarra”.
Porem, nem toda a animação era bem vista, muito menos pelas autoridades
locais. O chamado “Lançar Pulhas” era a brincadeira mais usada pela população local,
no entanto o cariz extremamente ofensivo das mesmas causava geralmente desacatos
com a polícia (Matos, 1998).
É no entanto nos anos 20 do passado século que o Carnaval de Torres Vedras
sofre o verdadeiro arranque, surgindo uma comissão para organizar os festejos de rua,
no entanto por deliberações superiores as festividades (talvez pelas marcas recentes que
a I Grande Guerra deixará em Portugal) no início desta década cingia-se quase
exclusivamente as coletividades. No entanto, e para combater esta apatia foi criada uma
“Tuna de varias mascaras” cujas mesmas “percorreram as demais colectividades,
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algumas das quais tinham a sua graça”, sendo que muito possivelmente esta atividade
esteve na origem do desfile de carnaval que se começou a organizar em 1923 (Matos,
1998).
Assim sendo, nesse mesmo ano o Carnaval ganha outro encanto, sendo que o
mesmo “já não se tratava das antigas paródias (…) Tratava-se de uma recepção ao rei
do Carnaval, chegando no comboio, após o que percorreu as da vila, integrado num
cortejo”. No ano seguinte é incluído nas festividades a “rainha” do carnaval, dando
ainda mais alegria as festividades, sendo que nesse mesmo ano foi elaborado um filme
exibido a posteriori na segunda-feira de carnaval desse ano. Ao longo dos anos esta
“presença real” continuou a fazer furor nas ruas.
Em 1926 começam a surgir os grupos de “Matrafonas”, um conceito de mascarados que
“não eram mais que indivíduos que vestiam fato de mulher”, o que por outras palavras
traduz um hábito que ainda hoje, onde os homens se fantasiam de mulheres (Matos,
1998).
O impacto da mudança do regime politico a nível interno fez-se sentir
imediatamente nos festejos de Carnaval em Torres Vedras, sendo que desde 1927 a
1930 as festividades desapareceram novamente das ruas, cingindo-se apenas as
coletividades. A data de 1930 marca o reinicio das atividades de rua do carnaval
organizadas por uma comissão como antigamente, com o regresso do “rei do Carnaval”,
inclusão de bandas filarmónicas e a passagem de carros alegóricos nas ruas de Torres
Vedras, aprimorando-se tais festejos nos anos seguintes com a inclusão de mais bandas
no cortejo, até que no ano de 1933 se dá outro grande salto qualitativo no Carnaval de
Torres Vedras. Para este salto muito contribui a propaganda na comunicação social e a
exibição de um filme alusivo ao Carnaval de Torres Vedras no cinema São Jorge, em
Lisboa. Neste ano, também o desfile passou-se a realizar à segunda-feira e a terça-feira,
“ custando cada entrada para o corso a quantia de 1$00”, o que culminou numa
assistência de cerca de vinte mil pessoas, cujo valor angariado nas entradas para o corso
reverteu para os bombeiros. O regime assumidamente fascista andou de mãos dadas
com as festividades pois constrangiam liminarmente a sátira politica. A década de 30
assume uma importância extrema para a fama do carnaval, assim como a importância
que o carnaval tem para Torres Vedras: “E o próprio pais pode vir a ter em Torres o seu
Carnaval – o Carnaval de Portugal!” (Matos, 1998).
A Segunda Guerra Mundial tem repercussões nos festejos do Carnaval em
Torres Vedras, sendo decretado por esse motivo a proibição dos mesmos, facto que
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levou uma comissão formada por representantes das coletividades locais, junto da
Camara Municipal local a solicitar a realização das festividades sem que o mesmo fosse
divulgado de modo a não chegar as autoridades de Lisboa. No ano de 1940 esta ideia
resultou, no entanto nos anos seguintes este estratagema cai por terra, sendo que o
mesmo deixa de se realizar até ao ano de 1946, no entanto o mesmo regressa sem
grande fulgor, sendo que apenas na década de 50 regressa com mais força dado que o
mesmo começa a ser novamente organizado por comissões que salvaguardassem a
qualidade deste evento, com maiores ou menores sobressaltos (Matos, 1998).
A década de 60 demonstra o regresso em pleno do carnaval e da importância do
mesmo. A população local e os “filhos” da terra foram sensibilizados e mobilizados
para a importância que este evento tinha para Torres Vedras, enfatizando que outrora
fora “o melhor do Pais” sendo que “podia voltar a sê-lo (…) pois tudo era diferente de
tudo quanto se fazia e tinha características especiais”. Esta mobilização, além da
capacidade organizativa fez com que a animação fosse maior com a presença de
cabeçudos e Zés-Pereira, fossem retomadas tradições sui-generis e incluíssem até altas
patentes do elenco governativo Nacional. Tudo ia de “vento em popa” até ao início da
guerra colonial, e ai surge uma nova travagem nos intentos daquilo que serias os
pressupostos desta festa. O carnaval torna a perder fulgor e é novamente feito um apelo
a população para que não se deixasse morrer tal festa, sendo apelado também a que
hajam organizações que tomem conta do evento, facto que surge em 1965 com a
coletividade Física de Torres e renasce o Carnaval de Torres. O apelo e a capacidade
organizativa deram uma nova força e a partir daqui “o Carnaval de Torres assumiu-se
cada vez mais como um carnaval popular e de massas, marcando a diferença em relação
a outros carnavais urbanos da época”, o que demonstra a vivacidade do mesmo
(havendo inclusive concurso para a elaboração de carros alegóricos de modo a tentar dar
uma beleza superior ao cortejo) e as diferenças a carnavais concorrentes como o de
Cascais na altura, passando a ser apoiado financeiramente pela Camara Municipal e
Comissão de turismo locais (Matos, 1998).
O período pós 25 de Abril, e até 1978, e por paradoxal que pareça não
apresentou um período sem cortejo, com relativo marasmo, sendo que só a partir da data
indicada formou-se uma comissão com os patrocínios da Camara e Turismo local para
relançar o Carnaval de Torres, que atingiu marcas como as 40.000 participantes em
1983. Só a tragédia das cheias do Outono desse mesmo ano fez parar o evento no ano
seguinte (Matos, 1998).
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António Carneiro (atual presidente da Região de Turismo do Oeste), em 1985 propõe-se
como organizador do carnaval, e coadjuvado com uma comissão organizam o Carnaval
de Torres Vedras, com olhos postos na tradição e valor estratégico do ponto de vista
económico e social. A “máquina do carnaval” funciona sustentada pelo trabalho dos
funcionários dos Serviços de Cultura e Turismo da autarquia local, e estão reunidas as
condições a partir daqui para que este evento não pare de crescer, sendo o mesmo
transmitido pela televisão nacional, contando com a presença de grandes figuras dos
media. Assume-se novamente como o “Carnaval mais Português de Portugal” (Matos,
1998).
A importância deste evento, que desde os tempos do Estado Novo consagrava a
Terça-feira de Carnaval como feriado municipal foi revogada em 1993 pelo governo de
Cavaco Silva, facto que levou os foliões e António Carneiro a Lisboa, numa forma de
protesto animada e mascarada, fazendo abertura dos vários telejornais e manchetes de
jornal o que enfatizaria ainda mais o evento, sendo certo que o município local não
obedeceu ao governo central e decretou mesmo feriado municipal (Matos, 1998).
A evolução do Carnaval e o potencial para arrastar massas fez com que a partir
de 1995 existisse o “corso noturno”, havendo assim uma animação constante, sendo que
a diurna é potencialmente mais virada para as famílias e população sénior e a noturna
para a população jovem, com festa e musica na rua até determinadas horas e depois com
festa nos bares e discotecas da cidade (Matos, 1998).
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II – Roteiro metodológico
Para a realização desta investigação foram utilizados vários métodos de modo a
conseguir alcançar os resultados que serão vislumbrados durante este relatório, sendo
que além desses resultados, a própria elaboração da conceptualização necessitou de
metodologia que adiante será descrita. O conhecimento de causa, isto é, o
enquadramento com o local e com as entidades locais obedeceu também a uma
estratégia metodológica. Assim sendo, de seguida será então descrita a metodologia
utilizada assim como o objetivo das mesmas.
1. Leituras e análises de teses universitárias e referências bibliográficas Em primeira instância, a necessidade de obter informação escrita acerca dos
conceitos pretendidos levou-nos a leitura de algumas teses, sempre relacionando essa
mesma leitura e análise com os conceitos que a nossa questão de partida propunha.
Outra necessidade pelo qual utilizamos este método foi a necessidade de conhecer mais
daquilo a que se cingiu a nossa questão de partida, pois se por um lado era importante
analisar conceitos como “Potencial Turístico” e “Desenvolvimento Local”, os mesmos
estão implicitamente ao evento Carnaval, sendo importante analisar a sua evolução e
importância local. Através desta metodologia tivemos também acesso a documentação
importante relativa a dados estatísticos e sumários relativos ao Carnaval de Torres de
Vedras de 2013, recorrendo a um estudo da GITUR/IPL 2013.
2. Entrevistas
2.1 - Do tipo semi-diretivas Este tipo de entrevistas foi aplicado a Sofia
Máximo do Posto de Turismo de Torres Vedras, à Vereadora Ana Umbelino da
Camara Municipal de Torres Vedras e ao Engenheiro António Miranda da Real
Confraria do Carnaval. Esta opção deveu-se à partida por conhecermos, no caso de
Sofia Máximo e da Ver.Ana Umbelino, grande parte dos produtos turísticos que o
município de Torres Vedras nos podia oferecer, e no caso do Eng.António Miranda da
importância que a Real Confraria tem no Carnaval de Torres, sendo que em ambos os
casos o teor das entrevistas colocadas foi surgindo mediante o interesse daquilo que
nós estávamos interessados em saber.
2.2 - Do tipo questionário aberto Este tipo de entrevista foi aplicado ao
Director-geral da Promotorres (empresa municipal responsável pela organização dos
eventos de Torres Vedras, e neste caso do Carnaval) Sergio Lopes, sendo que já existia
um conjunto de questão pré-definidas dada a nossa questão de partida incidir no
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Carnaval e esta ser a empresa que mais informação nos poderia facultar a nível
organizativo, sendo que foi dada a liberdade ao inquirido de dar respostas mais ou
menos longas, mediante também a necessidade da pergunta.
3. Questionários
Encontrada a questão de partida com a identificação do produto turístico que iria ser
analisado, foi importante para este projeto elaborar questionários àqueles que são
intervenientes no carnaval, sejam eles empresas (a grande maioria na área da hotelaria e
restauração) ou população, tentando chegar a resultados que ajudem a explicar se de
facto este produto contribui para o desenvolvimento local. Para tal, e no que diz respeito
as empresas, o universo estatístico cingiu-se àquelas que se localizavam dentro da
cidade de Torres Vedras, cujo tamanho da amostra cifrou-se em 33 empresas. Já no que
toca à população, o tamanho da amostra foi de 94 pessoas inquiridas sendo que o
universo era referente a população habitante no município de Torres Vedras ou
concelhos limítrofes.
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III – Apresentação e interpretação dos resultados
Tendo em conta os objectivos do nosso projecto, e sobretudo visando responder
à questão de partida, decidimos elaborar três tipos de questionários, nos quais nos
focámos em inquirir sobretudo a população de Torres Vedras e os comerciantes e
prestadores de serviços deste mesmo Município.
Num primeiro e segundo inquéritos, questionámos a população local de Torres
Vedras, procurando saber quem participa (público do Carnaval) e quem não participa no
Carnaval de Torres, quais os motivos, o grau de satisfação, a classificação que merece,
tentando assim obter nos mesmos respostas sobre o potencial turístico deste evento no
município, e num terceiro inquérito questionámos as empresas de comércio e serviços
do Município de Torres Vedras, onde tentámos sobretudo obter respostas daquelas mais
directamente relacionadas com o Carnaval, situadas na área onde decorre o corso, isto
com o objectivo de analisar os impactos do Carnaval no desenvolvimento local do
Município.
Participaram 127 pessoas nos inquéritos que efectuámos, sendo que ao inquérito
destinado ao público do Carnaval de Torres responderam 88 pessoas, ao inquérito às
pessoas que não participam no Carnaval 6 pessoas e por fim, ao inquérito às empresas
de comércio e serviços do Município de Torres Vedras, obtivemos 33 respostas.
Após análise dos dois primeiros inquéritos, iremos proceder à análise dos
resultados obtidos: a maioria da população, inquirida por nós, situa-se na faixa etária
entre os 18 e os 24 anos, seguida pela classe dos 25-34 anos, denotando que este estudo
abrangeu sobretudo a população mais jovem do Município de Torres Vedras (ver
gráfico 1). Em termos de habilitações literárias, os inquéritos mostram-nos uma maior
expressão da população com 12º ano e com Licenciatura (ver gráfico 2). A
predominância a nível de género é feminina (56) contra 38 da masculina (ver gráfico 3).
A maioria dos inquiridos reside na cidade de Torres Vedras (51), embora 17 dos
inquiridos resida fora do município (ver gráfico 4). Em termos de emprego, grande parte
dos questionados são estudantes (40), seguidos por administrativos (13) e comerciantes
/ prestadores de serviços (10) (ver gráfico 5).
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1. Inquérito à população
Quanto aos questionários feitos à população local, a primeira questão foi se
participa no Carnaval de Torres, sendo que 94% dos inquiridos respondeu
afirmativamente, contra 6% que não participam neste evento (ver gráfico 6).
Quanto aos motivos desta forte participação do público, a diversão é aquela que
reúne maior consenso entre os inquiridos (51%), seguida pelo facto deste Carnaval
apresentar características únicas, como a participação espontânea do público no corso
(16%).
Entre as respostas negativas, destaca-se o facto das pessoas simplesmente não
apreciarem o festejo do Carnaval em si, como acontece em 83% dos casos, e 100% não
tenciona ir a este evento em próximas ocasiões.
A questão seguinte, visou um dos focos principais do trabalho, o potencial
turístico do Carnaval de Torres, à qual a maioria (60%) respondeu que o mesmo está a
ser bem aproveitado pelo Município, sendo que 30% manifestou a opinião inversa
apresentando como principais justificações, a falta de divulgação nacional (31%) e a
falta de opções de alojamento e restauração (23%), factores a ter em conta pela
organização do evento (ver gráfico 7).
A quarta pergunta visava saber qual o impacto que o Carnaval de Torres tem
para o Município, sendo que a maioria da população inquirida gosta deste impacto (ver
gráfico 8), sobretudo porque potencia o comércio e o turismo (33%), favorece a própria
imagem do Município (27%), por ser o maior evento da região (17%), por dinamizar a
cidade (13%) e por fim, por proporcionar uma maior receita ao comércio e autarquia
locais (10%).
Uma quinta pergunta incidiu na oferta cultural do Município de Torres Vedras,
aquando da realização do Carnaval, e na qual 62% da população inquirida diz ser uma
oferta suficiente, sendo que dos 21% que discordam, referindo a insuficiência de
actividades de cariz cultural em Torres Vedras nesse período festivo (ver gráfico 9).
Num âmbito mais relacionado com o grau de satisfação do público do Carnaval
foi elaborada uma quarta questão, em que pretendíamos aferir do ambiente nas ruas de
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Torres Vedras durante o Carnaval de Torres, em termos de segurança, animação na rua,
ambiente nos bares, etc. Quanto aos resultados obtidos, 28% dos inquiridos classifica o
ambiente nas ruas como Bom, seguindo-se o Excelente e o Seguro com 13% cada,
ficando assim demonstrado que o Carnaval promove um bom ambiente na cidade,
atraindo por via disso cada vez mais foliões a Torres Vedras (ver gráfico 10).
Outra questão latente no Município é o facto de ter sido retirada a tolerância de
ponto na terça-feira de Carnaval a nível nacional, facto contrariado pelos Municípios
que vivem mais intensamente o Carnaval, como é o caso de Torres Vedras, por isso
decidimos fazer a pergunta à população se concorda com esta atitude da Câmara
Municipal, e concluímos que a esmagadora maioria das pessoas está de acordo com esta
tomada de posição (82%), e justificam-se com base na tradição que o Carnaval tem no
Município (29%), pela população local ter direito a estes dias de diversão (26%) e por
este ser o maior evento do Município (13%) (ver gráfico 11).
Na questão seguinte, levámos o público do Carnaval de Torres a assumir o papel
de organizador do evento, pedindo-lhes que analisassem o que deveria mudar no
Carnaval de Torres, sendo que a maior parte dos torreenses referiu que nada deveria ser
alterado (47%), sendo que 14% das pessoas pensa que os preços de entrada no recinto
deveriam ser revistos, 8% defendem que a animação nas ruas deveria ser até mais tarde,
7% reforçava a segurança do evento, 6% queria melhorias a nível da higiene das ruas,
4% acha que deveria haver uma maior oferta de transportes públicos nocturnos,
enquanto 2% pensa que o recinto já está muito pequeno para tanta gente, pretendendo
assim um alargamento do mesmo. Conclui-se que esta análise que a maioria do público
do Carnaval está satisfeito, embora haja alguns pormenores, como destacaram alguns
torreenses, que devem ser alterados em próximas edições deste evento (ver gráfico 12).
A nona questão visava classificar o Carnaval de Torres na sua generalidade, e as
respostas foram muito positivas, tendo 72% dos torreenses mesmo classificado o
Carnaval com a nota máxima – Excelente, sendo que 11% ainda classificaram como
Bom, e somente 1% como Péssimo (ver gráfico 13).
A décima pergunta assentava em saber se os torreenses recomendam o Carnaval
de Torres aos seus amigos e conhecidos, dado que a publicidade passa-a-palavra é um
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 18
dos principais meios de divulgação deste evento. 81% da população local recomenda
vivamente, enquanto somente 1% não o faz (ver gráfico 14).
Em jeito de conclusão de questionário, perguntamos aos torreenses se o
Carnaval promove uma boa imagem do Município de Torres Vedras no resto do país,
sendo que a grande maioria (90%) refere que sim, muito devido a este evento ter
características singulares (38%) e por promover Torres Vedras como uma cidade
divertida (24%) (ver gráfico 15).
A última questão visou encontrar uma palavra que definisse o Carnaval de
Torres, e a resposta mais obtida foi Diversão (26%), seguida de Alegria (17%) e Único
(9%), sendo que todos os termos recepcionados por nós foram de carácter positivo para
este evento (gráfico 16).
2. Inquérito empresarial
Este inquérito foi elaborado com o objectivo de percebermos se o Carnaval
realmente contribui de alguma forma para o desenvolvimento local do Município de
Torres Vedras, para tal fizemos um pequeno questionário aos comerciantes e
prestadores de serviços do Município, que analisaremos de seguida.
Uma primeira questão prendia-se com a identificação do ramo de negócio dos
inquiridos, no qual se destaca o Alojamento e restauração (HORECA) com 45%,
seguido dos Artigos de Lazer e Cultura (18%) e o Comércio alimentar com 12%. Uma
ressalva para o facto de nem todas estas empresas que inquirimos estarem directamente
relacionadas com o Carnaval de Torres, tentámos assim obter com isto uma maior
abrangência da área empresarial do Município (ver gráfico 17).
Quanto à primeira questão propriamente dita, pretendíamos saber se houve um
aumento do número de turistas nos seus estabelecimentos em relação aos anos
anteriores, sendo que 58% dos inquiridos refere que não houve aumento, ao passo que
42% sentiram um aumento do fluxo de turistas, contudo estes são resultados
inconclusivos para o nosso estudo (ver gráfico 18).
Na segunda questão, tentámos saber se o Carnaval de Torres gera emprego no
Município, e apesar da maioria das respostas ser negativa (64%), em cada 10 empresas
existem 3,6 a criar emprego nesta época festiva, sendo este um dos factores mais
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 19
relevantes para comprovar que o Carnaval de Torres contribui para o desenvolvimento
local do Município de Torres Vedras (ver gráfico 19). Diga-se que parte das empresas
que responderam negativamente a esta questão, não estão directamente relacionadas
com este evento, daí não necessitarem de reforçar os seus “quadros” nesta altura.
A terceira questão está novamente relacionada com o potencial turístico,
nomeadamente se o Carnaval tem esse mesmo potencial para atrair mais pessoas nos
próximo anos, e a resposta foi esmagadora, 88% diz que sim, contra somente 12%
responderam não. Os principais motivos apresentados para que tal venha a acontecer
são a publicidade passa-a-palavra (18%), o facto de este ser um evento para a
população, único e diferenciador de todos os outros (18%), a divulgação na
Comunicação Social (14%) e o facto de este preservar a tradição (11%) são outros
factores decisivos para atrair mais pessoas futuramente. A crise é o principal factor de
afastamento de turistas do Carnaval de Torres, segundo 50% daqueles que responderam
negativamente a esta questão (ver gráfico 20).
Na quarta pergunta tentámos saber se o Carnaval de Torres tem atraído outros
mercados de turistas, além do nacional. A maioria das respostas foi negativa (61%),
apesar de haver 39% dos inquiridos que respondem positivamente a esta questão, o que
revela que o Carnaval de Torres, tem tido divulgação extra-muros, tendo os estudantes
de Erasmus, que cada vez mais apreciam e visitam este evento, um papel fundamental
neste processo de difusão do Carnaval de Torres Vedras (ver gráfico 21).
Na questão seguinte, em complemento da anterior, procurámos saber qual o
perfil do turista internacional que visita o Carnaval de Torres, sendo que é claramente
um turista proveniente do continente europeu, sobretudo do nosso país vizinho, a
Espanha (41%), seguida pela Inglaterra (19%), este país pode ser justificado por razões
históricas, fruto da “aliança” que tiveram com o nosso país contra a França (Guerra
Peninsular, 1807-1814). Ainda se destacam como principais emissores de turistas ao
Carnaval, os franceses e os italianos, com 11% cada (ver gráfico 22).
Numa quinta pergunta, tentámos apurar quem é que lucra mais com o Carnaval
de Torres, sendo que as empresas torreenses têm ideia de quem lucra mais com a
realização do mesmo é a Câmara Municipal de Torres Vedras e o próprio comércio
local, ambos com 22%, seguidos pela restauração (20%), pela população local e pelo
organizador Promotorres (12%) (ver gráfico 23).
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 20
A sexta questão visava saber o que os comerciantes e prestadores de serviço
locais achavam do impacto do Carnaval na cidade de Torres Vedras e no seu município,
sendo que as respostas não podiam ter sido mais positivas, dado que 91% gosta do
impacto deste evento (ver gráfico 24). Principalmente pelo bom ambiente que traz para
Torres Vedras e pelo aumento do volume de negócios (19%), por dinamizar a cidade
(14%), por ser uma época diferente do ano e promover a cidade a nível nacional (11%)
e ainda por trazer diversão à mesma (8%).
A sétima pergunta que efectuámos pretendia saber a opinião empresarial do
ambiente das ruas de Torres Vedras durante o Carnaval, nomeadamente a nível de
segurança, animação na rua, ambiente nos bares, e as respostas foram positivas, pois
55% acha que é Bom, 30% pensa mesmo que é Excelente, 15% que é Razoável. Não
existiram opiniões negativas (ver gráfico 25).
A questão número 8 foi elaborada com o objectivo de saber se o Município de
Torres Vedras está preparado para receber um evento desta natureza, com projecção
mediática nacional. A esmagadora maioria dos inquiridos respondeu afirmativamente
(88%), contra 12% de respostas negativas. A boa capacidade de organização do
Carnaval de Torres (23%), a experiência adquirida neste evento (14%) e o facto de o
município ter condições para tal, são factores levados em linha de conta para as
respostas positivas (ver gráfico 26). Quanto às respostas negativas, destacamos a falta
de espaços maiores, resposta dada por 57% das empresas que responderam
negativamente.
Na penúltima questão, tencionámos entender o que os comerciantes do
Município alterariam no Carnaval de Torres, sendo que 33% está plenamente satisfeita
com o evento e não mudaria nada. Embora 12% vê na falta de segurança uma
necessidade premente a ser resolvida, 10% pensa que deveria haver uma alteração no
pagamento das entradas e 7% está preocupada com as questões de higiene,
nomeadamente aumentar o número de casas de banho no recinto (ver gráfico 27).
A décima e última questão visava obter uma classificação global do Carnaval de
Torres e os resultados obtidos foram extremamente positivos, dado que 58% dos
inquiridos refere que o Carnaval é excelente, 36% classifica o Carnaval como Bom e
6% como razoável. Novamente não existem respostas negativas, o que mostra o elevado
grau de satisfação das empresas torreenses em relação a este evento (ver gráfico 28).
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 21
IV – Conclusão
Um dos fatores de desenvolvimento local de um determinado município poderá
ser o turismo. No entanto, sabíamos de antemão antes de começar esta investigação que
Torres Vedras seria um município cuja expressão do turismo não assumia um grande
peso e cingia-se a uma reduzida escolha de produtos, no entanto sabíamos também que
os que existiam poderiam ter um contributo interessante para o desenvolvimento local.
Após descortinarmos através das leituras mas sobretudo através das entrevistas
junto de entidades como a Vereadora Ana Umbelino e Sofia Máximo do Posto de
Turismo que os produtos turísticos com mais peso seriam o Carnaval de Torres Vedras e
um produto que esta neste momento em grande processo de divulgação como as “Rotas
das Linhas de Torres”, decidimos, por razões de interesse pessoal e metodológico
avançar para o Carnaval, e estabelecer como questão de partida o Carnaval de Torres
Vedras com potencial turístico para o desenvolvimento local do município. Refira-se
neste ponto e no que ao cariz metodológico diz respeito, o conhecimento de causa que
os locais têm do Carnaval é extremamente superior aquele que têm acerca das “Rotas
das Linhas de Torres” produto continuamente promovido pelas entidades contatadas e
acima referidas.
Assim sendo, e antes de inquirirmos a população e empresas locais,
entrevistamos António Miranda da Real Confraria do Carnaval (pelo conhecimento de
causa e pelo fato de ter sido durante diversos anos “O Rei” do Carnaval) e Sérgio Lopes
da Promotorres (empresa organizadora do Carnaval) de modo a obtermos uma primeira
percepção daquilo que é o Carnaval em Torres, visto não como participantes que fomos
em anos anteriores mas sim, do ponto de vista organizativo e evolutivo. Se por um lado
as referências bibliográficas acerca da história e da importância do Carnaval ao longo
dos tempos foram confirmadas por ambos, foi interessante constatar juntos de ambos,
Torreenses de naturalidade, aquilo que seria à posteriori constatados pelos inquéritos
que elaboramos juntos da população e que demonstraram um claro reconhecimento do
Carnaval de Torres Vedras como parte da raiz dos Torreenses, dai a sua genuinidade e o
cariz sui generis que leva a que o mesmo seja um importante evento visitado neste
ultimo ano por exemplo por 350 mil pessoas, mesmo com intempéries durante a sua
realização (GITUR/IPL, 2013). Esta importância e reconhecimento por parte de quem
visita foi também constatada através das referências bibliográficas a que nos socorremos
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 22
junto da biblioteca local, que nos demonstraram como ao longo dos tempos o Carnaval
evolui e arrastou massas para assistir a este evento.
Sendo que a esmagadora maioria dos inquiridos participou no Carnaval, estamos
a falar de um evento que atrai um nicho de população jovem (conforme vislumbramos
nos resultados obtidos) mas que no entanto não se coíbe de fazer gastos e contribuir de
forma direta para a economia local durante aqueles dias. Se não vejamos: Segundo o
estudo da GITUR/IPL 2013, o valor gasto por cada pessoa durante o evento no local foi
de 82€, sendo que no entanto as empresas do município não denotaram um aumento no
volume de negócio durante esta altura relativamente ao ano anterior. Estes valores
apontam para um impacto de 9 Milhões de Euros quando as estimativas da Camara
Municipal de Torres Vedras apontavam para os 3,5 Milhões de Euros (GITUR/IPL
2013), o que traduz um dividendo muito animador, sendo-o ainda mais se soubermos
que este ano foi o ano em que houve menos investimento no carnaval fruto da conjunto
económica que o pais vive.
Este impacto é reconhecido por parte da população local que na sua maioria
reconhece o comercio, hotelaria e imagem como os grandes beneficiados do impacto
que o carnaval causa nesta cidade. Esta imagem da cidade que sai beneficiada é
reconhecida também quando questionamos os empresários locais de “Torres Vedras está
preparada para receber um evento de uma maior amplitude”, quando folgadamente os
mesmos assumem que sim. Os mesmos quando questionados a “Classificar o carnaval”
respondem na sua grande maioria com “Excelente” ou “Bom”. Estes dados revelam
acima de tudo a importância que o carnaval parece ter para estes empresários, que
apesar de algo sazonal é um evento importante tendo em conta a conjuntura financeira
menos abonatória.
Não só os empresários, mas também a população reconhece esmagadoramente a
importância do carnaval assim como responde com elogios quando a questão pede para
classificar o “ambiente vivido nas ruas durante o carnaval”. Os mesmos assumem que
recomendariam o carnaval a amigos e familiares.
Apesar de os dados por nós recolhidos indicarem que a maioria das empresas
não gera empregos nesta altura só por causa do carnaval, torna-se importante saber que
em 10, 3.6 empresas aumentam o numero de empregados para suprir as necessidades
causadas por tal fluxo de visitantes na altura.
Quando questionados os empresários acerca do “aumento de turistas estrangeiros
nos seus estabelecimentos”, os mesmos não denotam esse acontecimento, facto que esta
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 23
implicitamente ligado a uma ausência de propaganda para “fora de portas” . Os que os
visitam são sobretudo estudantes de Erasmus, e esses podem ser o primeiro meio de
propaganda no exterior face a ausência da mesma conforma acima indicado.
Face a importância que o Carnaval de Torres Vedras tem, assim como o mesmo
exige aos empresários locais que por vezes estão abertos de dia e de noite, é unanime a
defesa da tolerância de ponto em relação ao feriado que foi retirado pelo atual elenco
governativo. Este mesmo facto é defendido também pela população inquirida dada a
tradição imensa que o feriado tem no município.
A mesma importância do carnaval revela que há uma suficiente oferta cultural
acerca do que é o Carnaval de Torres Vedras, mas no que no entanto deveria ser mais
incisiva.
É assim constatado que o Carnaval é efectivamente um evento de extrema
importância para o desenvolvimento local do município de Torres Vedras, apesar da sua
sazonalidade.
Como limitações a esta investigação, tivemos uma opinião tendenciosa dos
organismos CMTV/Posto de Turismo de Torres Vedras, tentando de alguma forma fugir
ao produto “Carnaval” ao invés da promoção das “Rotas das Linhas de Torres” e o
incumprimento por parte de elementos da CMTV, ao não enviar os dados prometidos e
solicitados nas entrevistas.
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 24
Bibliografia
- Ferreira M (2012) - Torres Vedras como Destino de Turismo Cultural e de City
Break: Estratégias para as Linhas de Torres, Dissertação de Mestrado, Escola Superior
de Turismo e Tecnologia do Mar – IPL, Peniche;
- Serra P (2009) - Turismo Activo no concelho de Torres Vedras - Contributo
para o Plano Estratégico, Dissertação de Mestrado, Escola Superior de Hotelaria e
Turismo do Estoril, Cascais;
- Simão J (2009) - Turismo como Motor de Desenvolvimento Local: o caso do
Vale do Tua, Dissertação de Mestrado, Faculdade de Ciências e Tecnologia – UNL,
Lisboa;
- Delgado A (2012) – O Carnaval como elemento identitário e atrativo turístico:
Análise do projecto folia de rua em João Pessoa (PB), Cultur - Revista de Cultura e
Turismo, Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia:
- Gomes C (2009) – Os antecedentes do capitalismo: Lisboa, Edições Ecopy;
- Matos V (2003) – Carnaval de Torres, uma história com identidade: Torres
Vedras, Sector de Cultura e Turismo Câmara Municipal de Torres Vedras;
- GITUR - Grupo de Investigação em Turismo do Instituto Politécnico de Leiria
(2013) Estudo da Avaliação do Impacto económico do Carnaval de Torres Vedras.
Peniche;
- CISION (2013) Análise de performance da comunicação do Carnaval de
Torres Vedras 2013. Lisboa;
- INE (2006) Sistema de metainformação integrada. Lisboa.
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 25
Anexos
Gráfico1.
Gráfico 2.
Gráfico 3
55 27
2 6 3
1
Idades dos inquiridos
18-24
25-34
35-44
45-54
55-64
65 +
1 2
7
41
39
4
Habilitações literárias dos inquiridos
2º ANO
4º ANO
9º ANO
12º ANO
LICENC.
MESTR.
56
38
Sexo dos inquiridos
F
M
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 26
Gráfico 4.
Gráfico 5.
51
11
8
2 1
1 1
1 1
17
Residência dos inquiridos TORRES VEDRAS
A-DOS-CUNHADOS
SANTA CRUZ
SOBREIRO CURVO
SÃO PEDRO DA CADEIRA
GIBRALTAR
PONTE DE ROL
MATACÃES
SARGE
LOCALIDADES LIMITROFES.
40
2
13
4
10
4
1 5
7 3 3
Emprego dos inquiridos
ESTUDANTE
INDUSTRIA
ADMIN.PRIVADO
PROFESSOR
COMER/SERV
DESEMP.
REFORMADO
ADMIN.PUBLICA
SAUDE/SERV SAUDE
AERONAUTICA
MILITAR
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 27
Gráfico 6.
Gráfico 7.
Gráfico 8.
94%
6% 0%
20%
40%
60%
80%
100%
SIM NÃO
Participa no Carnaval ?
60%
30%
11%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
SIM NÃO S/RESP.
O potencial turistico do Carnaval é bem aproveitado ?
86%
1%
13%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
SIM NÃO S/RESP
Gosta do impacto que o Carnaval tem no Município de Torres Vedras ?
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 28
Gráfico 9.
Gráfico 10.
Gráfico 11.
62%
21% 17%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
SIM NÃO S/RESP
Pensa que a oferta cultural feita no Município durante o Carnaval é suficiente ?
22%
13%
8%
28%
13%
4% 3% 3% 4%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
Não resp. Excelente Razoavel Bom Seguro Inseguro Alegre Tranquilo Outros
Como define o ambiente nas ruas durante o Carnaval ?
82%
1%
17%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
Concorda Discorda S/Resp.
Concorda com a tolerância de ponto aos munícipes na Terça-feira de Carnaval ?
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 29
Gráfico 12.
Gráfico 13.
47%
4%
14% 8% 6% 7%
2%
12%
0%5%
10%15%20%25%30%35%40%45%50%
O que pensa que deveria mudar no Carnaval de Torres Vedras ?
72%
11%
0% 0% 1%
16%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Excelente Bom Razoável Mau Péssimo Sem Opinião
Como classificaria o Carnaval de Torres?
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 30
Gráfico 14
Gráfico 15
Gráfico 16
81%
1%
18%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Sim Não Sem Opinião
Recomenda este evento aos amigos e conhecidos?
80%
1%
19%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
Sim Não S/Resp
O Carnaval promove uma boa imagem do Município de Torres Vedras no resto do país ?
26%
17%
9% 6% 7% 7%
3%
11%
16%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
Numa palavra, o que representa o Carnaval de Torres?
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 31
Gráfico 17
Gráfico 18
Gráfico 19
3%
45%
3%
3%
18%
6%
9%
12%
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50%
Correios e Transportes
Alojamento, restauração (HORECA)
Serviços financeiros
Serviços pessoais
Artigos de Lazer e Cultura
Higiene, Saúde e Beleza
Artigos pessoais
Comércio alimentar
Ramo de Negócio
42%
58%
0%
20%
40%
60%
80%
Sim Não
Em relação a anos anteriores, houve aumento no número de turistas durante o
Carnaval , no seu estabelecimento?
36%
64%
0%
20%
40%
60%
80%
Sim Não
Este evento possibilita a criação de postos de trabalho no seu estabelecimento,
mesmo que de forma temporária?
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 32
Gráfico 20
Gráfico 21
Gráfico 22
88%
12%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Sim Não
O Carnaval de Torres tem potencial turístico para atrair mais pessoas nos próximos
anos?
39%
61%
0%
20%
40%
60%
80%
Sim Não
Denota um aumento de turistas internacionais nos últimos anos no Carnaval,
no seu estabelecimento?
11%
4%
19%
7%
11%
41%
4%
4%
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%
Itália
Irlanda
Inglaterra
Holanda
França
Espanha
Bélgica
Alemanha
Se SIM, quais as nacionalidades que se destacam?
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 33
Gráfico 23
Gráfico 24
Gráfico 25
22%
22%
20%
12%
12%
13%
Quem pensa que mais ganha com o Carnaval?
Câmara Municipal de TorresVedras
Comércio local
Restauração
População local
Promotorres
91%
9%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Sim Não
•P6: Gosta do impacto que o Carnaval tem na cidade / município?
30%
55%
15%
0% 0% 0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Excelente Bom Razoável Mau Péssimo
Como avalia o ambiente das ruas durante o Carnaval?
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 34
Gráfico 26
Gráfico 27
Gráfico 28
88%
12%
0%
50%
100%
Sim Não
Acha que o município de Torres Vedras está preparado para receber um evento desta
magnitude, de escala nacional?
5%
5%
7%
10%
12%
33%
0% 10% 20% 30% 40%
Maior controlo no álcool
Ter mais dias
Mais casas de banho
Pagamento de entradas
Mais segurança
Nada
O que pensa que deveria mudar no Carnaval de Torres?
58%
36%
6% 0% 0%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Excelente Bom Razoável Mau Péssimo
Como classificaria o Carnaval de Torres?
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 35
Idade: ____
Sexo: ____
Local de Residência: ____________________
Nível de habilitações: ____________________
Profissão: _____________________________
1- Participa, normalmente, no Carnaval de Torres?
____________
2- Por que motivo participa no Carnaval de Torres?
________________________________________________________________
3- Pensa que o potencial turístico do Carnaval de Torres está a ser bem explorado?
Sim___
Não___ Porquê____________________________________________________
4- Gosta do impacto que o Carnaval tem na cidade/município?
Sim___ Porquê ___________________________________________________
Não___ Porquê____________________________________________________
5- Pensa que a oferta cultural, feita no Município, durante o Carnaval é
suficiente?
Sim___
Não___ Porquê___________________________________________________
6- Como avalia o ambiente das ruas durante o Carnaval? (Ex: segurança, animação
na rua, ambiente nos bares)?
________________________________________________________________
7- O que acha da atitude da C.M. Torres em relação a dar tolerância de ponto aos
munícipes, na terça-feira de Carnaval?
Concordo____
Porquê___________________________________________________
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 36
Discordo____
Porquê___________________________________________________
8- O que pensa que deveria mudar no Carnaval de Torres?
________________________________________________________________
9- Como classificaria o Carnaval de Torres?
___ Excelente ____Bom ____ Razoável ____Mau ____Péssimo
10- Recomenda este evento aos amigos/conhecidos?
Sim___ Não___
11- Pensa que o Carnaval promove uma boa imagem do Município de Torres
Vedras, no resto do país?
Sim___
Porquê ________________________________________________________
Não___
Porquê________________________________________________________
12 – Numa palavra, o que representa o Carnaval de Torres para si?
__________________
Inquérito à população local do Município de Torres Vedras que não participa
Carnaval de Torres
Idade: ____
Sexo: ____
Local de Residência: ____________________
Nível de habilitações: ____________________
Profissão: _____________________________
1.1- Por que motivo não participa no Carnaval de Torres?
_____________________________________________________________________
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 37
1.2- Está a pensar em ir em próximas ocasiões a este evento?
Sim___
Não___
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 38
Inquérito às empresas de comércio e serviços do Município de Torres Vedras
Ramo de Negócio: _____________________________
1- Em relação a anos anteriores, houve aumento no número de turistas durante o
Carnaval de Torres, no seu estabelecimento?
Sim___
Não___
2- Este evento possibilita a criação de postos de trabalho no seu estabelecimento,
mesmo que de forma temporária?
Sim___
Não___
3- O Carnaval de Torres tem potencial turístico para atrair mais pessoas nos
próximos anos?
Sim___
Não___ Porquê____________________________________________________
4- Denota um aumento de turistas internacionais nos últimos anos durante o
Carnaval, no seu estabelecimento?
Sim___
Não___
Se SIM, quais as nacionalidades que se destacam?________________________
5- Quem pensa que mais ganha com o Carnaval?
________________________________________________________________
6- Gosta do impacto que o Carnaval tem na cidade/município?
Sim___ Porquê ___________________________________________________
Não___ Porquê____________________________________________________
Seminário em Geografia Humana/2013 Página 39
7- Como avalia o ambiente das ruas durante o Carnaval? (Ex: segurança, animação
na rua, ambiente nos bares)?
___ Excelente ____Bom ____ Razoável ____Mau ____Péssimo
8- Acha que o município de Torres Vedras está preparado para receber um evento
desta magnitude, de escala nacional?
Sim___ Porquê ___________________________________________________
Não___ Porquê____________________________________________________
9- O que pensa que deveria mudar no Carnaval de Torres?
________________________________________________________________
10- Como classificaria o Carnaval de Torres?
___ Excelente ____Bom ____ Razoável ____Mau ____Péssimo