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Medalha de Mérito Cultural, grau Ouro, do Municipio de Porto de Mós António Bastos em silêncio no tribunal Entrevista com Baptista de Matos PUB Pág. 7 Parque Verde está a nascer em Porto de Mós Pág.2 e 3 Casa de alterne consumida pelas chamas em Alcaria Pág.7 Cruz da Légua perde pólo escolar para as Pedreiras Pág.9 Voto de louvor divide deputados municipais Pág.10 Nesta edição CONCERTINAS ÁGUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO 160 tocadores voltaram a invadir a pequena aldeia da Barrenta para mais uma edição do Encontro Nacional de Tocadores de Concertina. Pág. 23 Porto de Mós decidiu ficar fora da parceria entre a empresa Águas de Portugal e vários municípios da Região Centro. Pág. 8

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Medalha de Mérito Cultural, grau Ouro, do Municipio de Porto de Mós

António Bastos em silêncio no tribunal Entrevista com

Baptista de Matos

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Pág. 7

◘ Parque Verde está a nascer em Porto de Mós

Pág.2 e 3

◘ Casa de alterne consumida pelas chamas em Alcaria

Pág.7

◘ Cruz da Légua perde pólo escolar para as Pedreiras

Pág.9

◘ Voto de louvor divide deputados municipais

Pág.10

◘ Nesta edição

◘ CONCERTINAS

◘ ÁGUA

◘ NA PRÓXIMA EDIÇÃO

160 tocadoresvoltaram a invadir a pequena aldeia da Barrenta para mais uma edição do Encontro Nacional de Tocadores de Concertina.

Pág. 23

Porto de Mós decidiu fi car fora da parceria entre a empresa Águas de Portugal e vários municípios da Região Centro.

Pág. 8

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Especial Mira de Aire

|| TEXTEIS p.13 || GRUTAS p.14 e 15 || ENTREVISTA ARTUR JOSÉ p.16 e 17 || ECONOMIA p.20 e 21 || INQUÉRITO p.22 ||

ESPECIAL

Mira de Aire

“Numa altura em que Mira de Aire está triste, a eleição é uma lufada de ar fresco”

Artur José - Presidente da Junta de Freguesia de Mira de Aire

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Especial Mira de Aire

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Especial Mira de AireMIRA DE AIRE

Têxtil foi ponto alto em 300 anos de freguesia

Mira de Aire existe como freguesia há cerca de 300 anos, sendo o seu povoa-mento mais antigo, recu-ando até à ocupação árabe.

Se no século XVIII o prin-cipal produto da região era o azeite, além dos cereais e vinho, já nessa altura Mira de Aire era conhecida pela produção de panos. Textos dos padres António Car-valho da Costa e José Vaz Monteiro dão conta que, em 1712, já se faziam “mui-tos panos”, havendo refe-rência a 180 teares na re-gião.

No entanto, a afirmação de Mira de Aire como ter-ra de indústria têxtil surge já no século XX. Em 1906 existiam na localidade seis fábricas de tecidos de lã e é com o fortalecimento da indústria que a população cresce. Em 1909 existiam

1238 moradores, que au-mentaram para 1722, em 1930, e que no final de dé-cada de 50 já ultrapassa-vam os três milhares. Na década de 70 a população que trabalhava na indústria correspondia a 39 por cen-to da população total da freguesia, que neste perío-do era superior a quatro mil habitantes.

O ano de 1933 é dupla-mente marcante em Mira de Aire. Por um lado é pu-blicado o decreto-lei n.º 22.432 que cria a vila de Mi-ra de Aire. Além disso, esse ano fica, ainda, na história pela chegada da electrici-dade à jovem vila.

A par do dinamismo in-dustrial, a vila desenvolveu também uma forte compo-nente comercial, tendo si-do uma referência na re-gião.

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Especial Mira de AireELEIÇÃO TRAZ NOVAS RESPONSABILIDADES

Grutas maravilha, e agora?As Grutas de Mira de Ai-

re são uma das 7 Maravi-lhas Naturais de Portugal. Uma eleição que traz “mais responsabilidades para muita gente” afirma Carlos Alberto, administrador das Grutas. “Tem de haver uma conjugação de esforços pa-ra fazer algumas correc-ções”, refere o responsá-vel, dando como exemplo a necessidade de melho-rar a sinalética e os aces-sos. “Todos os dias recebe-mos reclamações. O aces-so das Grutas à EN 243, em direcção a Minde, tem uma inclinação muito elevada e muitos autocarros batem em baixo”, exemplifica Car-los Alberto, acrescentando que existem clientes que têm dificuldade em chegar às Grutas de Mira de Aire a partir de Fátima, por falta de sinalização.

A participação no con-curso traduziu-se num au-mento de visitas. Em Agos-to houve um acréscimo de visitas na ordem dos 40 por

A vitória nas 7 Maravilhas Naturais de Portugal é motivo de orgulho para a administração das Grutas

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Especial Mira de Aire

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cento e até ao dia 12 de Se-tembro foi atingido o nú-mero total de visitas, com-parado com Setembro do ano passado.

Carlos Alberto quer aproveitar este aumento de visitas, assumindo que se torna, agora, ainda mais importante acelerar alguns dos projectos em curso. Neste momento, a gran-de aposta passa por con-cluir a reconstrução de um moinho de vento. A ideia é permitir que os turistas possam ver um moinho em funcionamento. No futuro a ideia é recriar todo o ciclo do pão, desde a sementei-ra até à moagem do grão, para depois avançar com a criação de um ateliê on-de as crianças possam fa-zer pão.

A conclusão do moinho está para breve, com Car-los Alberto a assumir que a ideia era fazer uma festa “dois em um”: inauguração do moinho e celebração da vitória nas 7 Maravilhas Na-

turais de Portugal.A construção de “bun-

galows” ecológicos, que façam aproveitamento de águas para rega e que usem energia a partir da luz solar, é outra das gran-des apostas da administra-ção das Grutas. Existe uma candidatura a fundos co-munitários, mas Carlos Al-berto admite avançar com a obra com recursos pró-prios, devido à burocracia e morosidade do proces-so. “Não podemos esperar pelos fundos comunitários, porque perdem-se oportu-nidades à espera de apoio fi nanceiro que pode não vir”, relata Carlos Alberto. “Nunca vivemos de subsí-dios e não é agora que ire-mos esperar por eles”, afi r-ma o administrador, que está empenhado em criar rapidamente a possibilida-de de alojamento junto às Grutas.

Os 11 quilómetros de Gruta tornam-na a maior de Portugal, mas as inves-tigações da Sociedade Por-tuguesa de Espeleologia podem trazer novidades em breve. Este Verão as expedições estiveram cen-tradas na descoberta de novas passagens entre ga-lerias, que poderão aumen-tar para 13,4 quilómetros a extensão da Gruta.

Na área da investigação, a galeria gémea, semelhan-te à visitada pelos turistas, é outro foco de atenção. “É necessário descobrir ou-tra entrada, que existe por-que há correntes de ar na galeria. Se conseguirmos, existem condições extra-ordinárias em termos de temperatura e humidade para a realização de trata-mentos do foro respirató-rio”, refere Carlos Alber-to, adiantando que, a nível mundial, existem espaços semelhantes noutras Gru-tas.

Gruta pode crescer dois quilómetros

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Especial Mira de Aire

“Daqui a três anos há pessoas que querMira de Aire tem estado a festejar a eleição das gru-tas como uma das 7 Mara-vilhas Naturais de Portu-gal. O que ganha Mira de Aire com esta eleição?

Já ganhou. As pessoas en-volveram-se num projecto. Agradeço ao executivo da câmara, que fez os possíveis para candidatar quatro ma-ravilhas do concelho, e tenho de agradecer muito às pes-soas das grutas, que fizeram tudo para levar a bom termo o que se propuseram.Numa altura em que Mi-ra de Aire está um bocado triste, a eleição é uma lufa-da de ar fresco. Vamos ten-tar aproveitar esta “embala-gem” que é boa também pa-ra o concelho.

E o que pode a Junta fazer para aproveitar essa “em-balagem” de que fala?

Desde as eleições, em Outu-bro, temos tido a preocupa-ção de acudir a todos os fo-gos, ou seja, tentamos con-tribuir e lutar para que as coisas funcionem em Mira de Aire.Temos uma relação muito boa com a administração das grutas e faremos tudo para

beneficiar Mira de Aire.

Uma eleição que também traz responsabilidade. O que pode e deve fazer a Junta para que quem chega não veja que as grutas são uma coisa e a vila outra?

A Junta (e substituímos mui-tas vezes a câmara, por ter-mos pessoas capazes) tem de arranjar melhores aces-sos, tapar buracos… Não te-mos hipótese de divulgar uma Mira de Aire turística, capaz de receber muitas pes-soas, tirando a zona das gru-tas porque é a porta de en-trada. Tínhamos ecopontos cheios de lixo, mas consegui-mos melhorar a imagem do parque de estacionamento. Conseguimos também que os vasos junto à estrada fos-sem limpos. Estamos a tra-balhar em sintonia com as grutas, que são uma empre-sa com fins lucrativos e têm de fazer o seu papel tam-bém. Mas temos uma liga-ção muito boa em termos de acessos e limpeza, para que as pessoas que chegam se sintam bem.Em termos de parque natu-ral, se calhar, nunca se viram o poldge e a mata tão boni-

tos como estão.

Tem apostado nessa área?Houve uma reunião em Por-to de Mós, onde perguntei quem tinha a responsabilida-de de limpar, disseram-me que era a autarquia e come-çámos a limpar. As ruas es-tão limpas e estamos a tra-balhar com as grutas para criação de passeios pedes-tres

Querem dinamizar mais o espaço da mata?

Sim. Vamos fazer agora a limpeza da nascente do rio do Olho e vamos ter quatro ou cinco passeios pedestres, em conjunto com as grutas. A nascente do rio Pena está toda limpa, quando rebentar acho que é uma imagem lin-da para todas as pessoas que vierem. As grutas são um espectá-culo, são lindas, mas Mira de Aire tem mais para oferecer. Perdemos um bocado a ri-queza do sector têxtil, mas as pessoas que sentem Mi-ra de Aire têm prazer em que nos visitem e se sintam bem e isso é possível desde que haja união.

Acredita num processo de transição de uma grande tradição têxtil para uma fa-ceta mais turística?

Não acredito.

Como acha que vai evoluir Mira de Aire?

Agora é a euforia de termos sido vencedores, com as gru-tas a continuar a lutar pa-ra cada vez estarem melhor. Mas Mira de Aire está um bocado dividida. Desde 1974 que se criaram grupos e nun-ca mais houve um conjunto de circunstâncias que unis-se a gente toda. Se os bom-beiros pedirem ajuda, os mi-renses Juntam-se, mas se um bairro pedir ajuda se ca-lhar só vão pessoas do bair-ro. Não é por aí que Mira de Aire consegue ir mais além. Aos 14 anos trabalhava nu-ma empresa que tinha 652 operários a picar cartão, fora administrativos. Neste mo-mento não temos pratica-mente nada disso.

Como vê, actualmente, es-ta questão da parte eco-nómica. Há empresas em grande dificuldade. Que re-percussões tem a nível so-cial?

Nervoso não fico, porque já estava nervoso antes. Come-cei a trabalhar com 12 anos, o primeiro ordenado era de 5 escudos por dia. Graças à evolução fui crescendo e cheguei a técnico de vendas. As pessoas podiam crescer.Neste momento os miúdos vão trabalhar aos 18, mas também não há possibilida-de de entrarem no merca-do de trabalho. As microem-presas dão trabalho à famí-lia e as grandes empresas… Não sei se neste momento há grandes empresas de Mi-ra de Aire. O futuro não é ri-sonho em relação a empre-go, temos muitos desempre-gos …

Há muito que começou a criação da zona industrial de Mira de Aire. Podia ser uma parte da solução?

Ajudar ajuda. Temos uma empresa em funcionamento, outra em instalação e mais duas para se instalar, segun-do o presidente da Câmara. São empresas onde a maqui-naria substitui um bocado a mão-de-obra. Ajuda, mas não resolve o problema na generalidade.

Está quase pronta a Ca-sa da Cultura, a resposta a uma promessa antiga a Mi-ra de Aire. Não pondo em causa a promessa e a juste-za da obra, não pode cau-sar mau estar investir 1,7 milhões numa Casa da Cul-tura, numa vila com todas as dificuldades de que fala?Alguns mirenses dizem que sim, mas eu digo que não. Lembro-me de um senhor chamado José Ferreira [an-terior presidente da autar-quia]. Nessa altura a crise já existia e gastou milhares de euros no antigo cine teatro, acabou por o alagar e gastou mais uns milhares de euros. Só peca por tardia a obra. Se as pessoas têm tomado a atitude na hora, não se fala-va num milhão, mas de 500 mil, se calhar. Um milhão que também não é gasto pe-lo executivo…

Mas é dinheiro, que é gasto neste projecto e não nou-tro, de qualquer das for-mas…

Claro que é dinheiro, mas o adiar dos processos é que faz com que se gaste mais. Se voltarem ao passado vão ver que teria sido mais fácil fazer as coisas.

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Na altura havia teatro todos os anos. Depois houve uma série de anos sem se poder fazer nada e continuamos sem o espaço. Nos últimos anos, a casa de cinema ser-viu de taberna para vender copos de vinho branco, não servia para mais nada.

Acha que a tradição não es-tá perdida, depois deste período sem teatro?

Acho que vai regressar, aliás já há conversas entre os “di-nossauros do teatro”.E depois fala-se do dinheiro, mas e o saneamento?

Era a pergunta seguinte…Tinha nove anos quando co-meçaram a abrir valas, que custaram um balúrdio. To-das as pessoas andam doi-das com o pó, mas porquê o adiar das coisas? É uma per-gunta que ainda hei-de fazer.

Mira de Aire sente-se mais acarinhada agora? Estas

duas obras já são velhas de tão prometidas que foram e só agora estão a avan-çar…

Acarinhada por quem?

Pelo executivo da autar-quia, que é o promotor des-tas obras...

O papel da câmara não é fá-cil, porque são 13 freguesias. O executivo de Mira de Ai-re não tem muita razão de queixa de Porto de Mós.

Mas teve?Se calhar teve, não sei. Só cá estou há um ano. É claro que há aquelas mentiras que não ofendem ninguém, mas não temos quase nenhuma razão de queixa do executivo. Já houve convulsões na câ-mara (saiu o Rui Neves) mas mantemos uma boa relação.Não me sinto acarinhando, nem deixado de acarinhar. É aquilo que tinham prometi-do. Agora que há maneiras

de dialogar e temos tido uma boa capacidade de dialogar.

Está quase a completar um ano à frente da Junta de freguesia. O que já foi pos-sível fazer e o que quer para os próximos três anos?

Segundo as pessoas de Mira de Aire já fi zemos muito. Nós achamos que fi zemos pouco, que há muito mais para fa-zer. A nossa ideia é continuar todos dias a lutar para tentar evoluir alguma coisa: acessos para pessoas idosas, asfalta-mento de estradas, porque temos muita gente a andar a pé. Esperamos que neste mandato consigamos insta-lar o parque infantil do cam-po da Fiandeira. Há um no centro, não é ilegal, mas não tem as condições desejáveis para as crianças.Temos a ideia de fazer uma ciclovia até ao lugar de Co-vão da Carvalha, para as pes-soas andarem a pé, embele-

zar o cemitério, o Largo da Igreja está quase pronto e depois aparece sem-pre mais qualquer coisa.Temos as nossas dif iculdades, mas daqui a três anos se calhar há pes-soas que que-rem que nos vol-temos a candida-tar.

Especial Mira de AireARTUR JOSÉ | PRESIDENTE DA JUNTA DE

FREGUESIA DE MIRA DE AIRErem que nos candidatemos” O executivo lidera-

do por Artur José está a completar

um ano à frente da Junta de Freguesia de Mira de Aire. Com a informalidade que o caracteriza fala dos projectos e da realidade de uma freguesia, anima-da pela eleição das Grutas de Mira de Aire, mas a braços com o problema do desemprego.

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Especial Mira de AireASSOCIAÇÃO É UMA REFERÊNCIA ALÉM FREGUESIA

Bombeiros angariam fundos para nova ambulância

Actualmente, são cerca de 110 os voluntários que compõem os Bombeiros Vo-luntários de Mira de Aire. Há 25 anos que a freguesia é servida pela corporação, que presta auxílio também nas freguesias de Alvados, São Bento e em Casal Duro, Alqueidão da Serra.

A aquisição de uma am-bulância para transporte de doentes é o grande objecti-vo da associação, que espe-ra poder adquirir a nova via-tura durante o mês de No-vembro. Trata-se de um investimento que ronda os 40 mil euros, mas que é uma necessidade, para socorrer os doentes que necessitam

de transporte para fi siote-rapia, explica Vítor Niné, ad-junto de comando dos Bom-beiros Voluntários de Mira de Aire.

Um parque automóvel en-velhecido, com uma média de idades entre os 15 e os 20 anos é, de resto um dos pro-blemas identifi cados por Ví-tor Niné. “Precisávamos de rejuvenescer o parque”, ad-mite o responsável da cor-poração que conta com três viaturas de emergência, três viaturas de transporte de doentes e sete carros de combate a incêndios.

Apesar da entrada de 30 novos voluntários, com a abertura da secção dos

bombeiros em São Bento, Vítor Niné refere que o re-crutamento de novos ele-mentos continua a ser a grande difi culdade dos bombeiros, pois as respon-sabilidades aumentam, mas não as contrapartidas dadas pela tutela.

Freguesia com muitas associações

Desde a área do desporto, passando pela cultura, edu-cação ou acção social, são muitas as associações res-ponsáveis pela dinamização de Mira de Aire.

Na área desportiva desta-cam-se a União Recreativa

Mirense, a escola de Karaté ou o Mirense Andebol Clu-be, que disponibilizam ac-tividades de formação des-portiva.

A dança, a etnografi a, o canto coral, a música e a ocupação de tempos livres estão entre as várias pro-postas culturais que várias instituições põem à disposi-ção dos mirenses.

Na área do apoio so-cial, nomeadamente com o apoio à infância e tercei-ra idade, o Abrigo Familiar Casa de São José e a Asso-ciação de Amparo Familiar de Mira de Aire são duas das instituições que se desta-cam na vila.

~ Associações ~Associação dos Bombeiros Voluntários

de Mira de Aire

Abrigo Familiar Casa de São José

Associação de Amparo Familiar de Mira de Aire

Associação Escola de Karaté-do de Mira de Aire

Clube de Caça e Pesca de Mira de Aire

MAC – Mirense Andebol Clube

União Recreativa Mirense

Grupo Coral Gaudia Vitae

Associação Rancho Folclórico de Mira de Aire

Bandinha dos Amigos da Música

Circulo Cultural Mirense

Matajovem – Associação Juvenil em Meio Natural

Os Velhadas

Associação Cultural e Recreativa da Fraga

Quarentões – Comissão de Festas em Honra da Nossa Senhora do Amparo

Comissão de Festas da Moita do Joaninho

Comissão de Festas de Nossa Senhora da Boa Morte

Comissão de Festas de São Silvestre

Comissão de Festas do Largo da Paz

Jornal “Voz de Mira de Aire

Casa do Benfi ca de Mira de Aire

Agrupamento de Escolas de Mira de Aire e Alvados

Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de Mira de Aire e Alvados

Centro Infantil “O Pinguim”

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Especial Mira de Aire

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Especial Mira de AireMANULENA E PALMA ARTES GRÁFICAS

Empresas apontamprós e contras de Mira de Aire

A melhoria das acessibili-dades a Mira de Aire é uma reivindicação antiga, mas continua a estar no topo das preocupações dos em-presários locais. “As acessi-bilidades são absolutamen-te caóticas”, lamenta Pe-dro Palma, administrador da Palma Artes Gráficas, apontando o dedo às liga-ções a Porto de Mós ou aos acessos da A1 via Fátima ou Torres Novas. “Temos pés-simas ligações às sedes de concelho e distrito”, refor-ça Pedro Custódio, admi-nistrador da Manulena.

Para o responsável da empresa de artes gráficas, Mira de Aire não apresen-ta, “na conjuntura actual”, nenhuma vantagem para as empresas que aí estão instaladas e mostra-se pre-ocupado com outros dois “contras”, além das aces-sibilidades. Um tecido em-presarial cada vez mais re-duzido e debilitado e os frequentes cortes no for-necimento de energia eléc-trica a Mira de Aire lideram a lista de preocupações de Pedro Palma.

Pedro Custódio mostra-se esperançoso que a elei-ção das Grutas de Mira de Aire como umas das 7 Ma-ravilhas Naturais de Portu-gal faça com que “as auto-ridades políticas olhem de forma inteligente para este problema”, que são as aces-sibilidades da vila, lamen-tando que sejam necessá-rios “20 minutos com um elevado risco de acidente”,

para percorrer os dez qui-lómetros que separam Mi-ra de Aire de Fátima. O ad-ministrador da Manulena lamenta ainda que, por ser uma empresa antiga, criada antes das zonas industriais no concelho, seja obrigada ao pagamento de uma taxa de IMI mais elevada do que as praticadas nos parques industriais.

Já no plano positivo, Pe-dro Custódio aponta como vantagem às empresas lo-calizadas em Mira de Aire

a proximidade com Lisboa, onde estão localizadas cen-trais de compras e clientes, assim como a proximidade com o aeroporto, facilitan-do as deslocações interna-cionais.

Inovação e novos mercados para sobreviver

Investir em design e ino-vação de produtos e pro-cessos tem sido a aposta

da empresa Manulena, que teve origem no fabrico de velas religiosas. “Sensia” e “Manulena Candle” são du-as marcas criadas pela em-presa, que se tem afirma-do no mercado nacional e internacional. Para supe-rar as dificuldades criadas pela conjuntura económi-ca, a empresa tem aposta-do na criação de “produtos e projectos inovadores”, re-fere Pedro Custódio, sendo disso exemplo a colecção “Sensia” que elimina odo-

res de tabaco, cozinha, ani-mais de companhia e casa de banho. Neste momento está em desenvolvimento uma linha de velas 100 por cento vegetal, procuran-do preencher “necessida-des de consumidores mais atentos às questões am-bientais”, refere Pedro Cus-tódio.

A empresa de velas em-prega actualmente 100 funcionários, tendo factu-rado em 2009 2,7 milhões de euros, prevendo que o

volume de negócios cresça até aos 3,5 milhões de eu-ros este ano.

A procura de novos mer-cados e novas áreas de ne-gócio têm sido as estra-tégias usadas pela Palma Artes Gráficas para se ir adaptando às novas neces-sidades do mercado. Pa-ra isso, Pedro Palma, ad-ministrador da empresa, refere que a preocupação é constante “com a quali-dade dos produtos execu-tados e cumprimentos de

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Especial Mira de AireAUTARQUIA INVESTE 4.2 MILHÕES EM MIRA DE AIRE EM DUAS OBRAS

Casa da Cultura para presente de Natal

Nas festas em honra da Nos-sa Senhora do Amparo, no final do ano, a autarquia espera que a Casa da Cultura já esteja em fun-cionamento. Pelo menos, essa é a convicção de João Salgueiro, pre-sidente da câmara municipal, que adianta que a obra estará conclu-ída no final deste mês. A etapa seguinte passa pela colocação de todo o equipamento interior.

Com um investimento de 1,7 milhões de euros, a construção da Casa da Cultura de Mira de Ai-re contempla a criação de uma sala de espectáculos, biblioteca, mediateca, espaço para exposi-ções e instalações para as colecti-

vidades de Mira de Aire. O palco, com 12 metros de profundidade e 13 de boca de cenário, será dos maiores do distrito.

O modelo de funcionamento ainda não está definido, com João Salgueiro a adiantar que sendo “uma obra para todas as associa-ções terá de ser gerida por elas”, mediante regulamentos e proto-colos que serão elaborados.

Primeira fase do saneamento

em 2011

Outra obra de vulto, da respon-

sabilidade da autarquia, a decor-rer neste momento é a primeira fase da instalação da rede de sa-neamento básico em Mira de Ai-re. O autarca adianta que 1,5 qui-lómetros de conduta estão feitos. As empresas, a zona industrial e a zona habitacional próxima da Rua General Trindade ficarão cober-tas com saneamento nesta pri-meira fase. João Salgueiro afirma que se conseguir concluir a pri-meira fase da obra em 2011, “se-rá muito bom”. Uma intervenção que representa um investimento de 2,5 milhões de euros. Actual-mente são três as frentes de tra-balho, além da análise das con-

dutas existentes, a partir de um sistema de vídeo, que também decorre neste momento.

João Salgueiro lembra que “a questão do saneamento é impor-tante até para a preservação das grutas”, uma vez que os resíduos poluem o extenso aquífero que existe na zona subterrânea do poldge de Mira de Aire e Minde.

Para cobrir toda a vila com sa-neamento básico serão necessá-rias mais duas fases de instala-ção.

Casa da Cultura fica concluída no mês de Setembro

prazos de entrega de forma a fi-delizar tanto quanto possível os clientes”. Uma aposta na quali-dade que se traduz também com o recente processo de certifica-ção e gestão de qualidade norma ISO9001.

Os produtos da empresa con-tinuam ligados à indústria gráfi-ca, com investimentos em novos equipamentos e formatos de im-pressão. Ao todo são 27 os cola-boradores da empresa, que apre-sentou um volume de negócios de 1,7 milhões de euros no ano passado.

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Especial Mira de Aire

MIRA DE AIRE EM DISCURSO DIRECTOA FREGUESIA COMENTADA PELOS MORADORES.

Carla Gouveia35 anos

O que eu gosto mais em Mira de Aire são as pes-soas de idade, que são um espectáculo. Também gosto dos jovens. Na vila precisávamos de mais estacionamento e mais parques para as crian-ças. Também era muito com que a indústria vol-tasse a ser como era há alguns anos.Apesar de não ser mirense, moro cá e foi óp� mo e um mo� vo de orgulho a eleição das Grutas de Mira de Aire.

António Santos 62 anos

Gosto de tudo em Mira de Aire, mas a vila pre-cisava de muita coisa. O saneamento está a ca-minho, as obras já andam na minha rua. É uma obra muito necessária. Para os meus fi lhos e netos já vem tarde, mas mais vale tarde que nunca. Gostaria que Mira de Aire es� vesse me-lhor no que diz respeito ao emprego. As fábri-cas estão todas como se vê, as melhores que � nhamos estão de rastos e a situação não está fácil.A eleição das Grutas de Mira de Aire é um mo� vo de orgulho, eu votei bastantes vezes.

Alda Marto62 anos

Nada está bom em Mira de Aire. Está tudo uma desgraça e cada vez mais para baixo. Da manei-ra como estão as fábricas a fechar e o comércio em decadência não vai melhorar. Sen� mos sau-dades dos tempos áureos de Mira de Aire. Há 20 anos havia muito mais gente e movimento. As fábricas funcionavam todas, Mira de Aire era to-talmente diferente. Ainda há bairrismo pela terra, mas dá-me a sensação que nem daqui a muitos anos isto está equilibrado. Mais tarde ou mais cedo, Mira de Aire vai acabar por ser um dormitório.

Acácio Pereira57 anos

Os meus pais não eram de cá, mas fi zeram cá vi-da. Eu nasci e cresci em Mira de Aire e como mi-rense que sou, esta terra, para mim, signifi ca tu-do de bom, porque é a minha terra.É uma terra com muita gente vinda de fora, mas eu considero que as pessoas de fora têm contri-buído para o bem de Mira de Aire e isso tem va-lor. Há mais emigrantes do que naturais da pró-pria terra e temos de respeitar isso. Eu gosto do convívio da amiza-de com todos.

CALÃO

Uma vila com língua própria

Calão de Mira de Aire. Assim é conhecida a linguagem, que não está registada em livros ou dicio-nários, mas que era usada pelos comerciantes mirenses de lã, man-tas e peles, há algumas décadas. A linguagem alterna� va foi desenvol-vida para que se pudessem discu� r negócios sem que os concorrentes percebessem. Existem semelhan-ças com o vizinho e mais mediá� -co minderico, mas por Mira de Ai-re também se bap� zaram as pala-vras com signifi cados reservados apenas para os mirenses.

O calão caiu quase no esque-cimento, mas existem já projec-tos no terreno para que o dialecto possa entrar na escola e ser perpe-tuado através dos mais novos.

Navega com pêra serrado e va-le da serra, que é como quem diz

bacalhau com batatas e azeite, são algumas das palavras do calão mi-rense, desenvolvido ao longo de anos nessa que foi conhecida co-

mo a terruja das menizas, que é como quem diz na que foi a terra das mantas.

ALMOÇO - Zé pequenoARROZ - VenezoAZEITE - Vale da SerraAZEITONAS - Granadei-rasAÇUCAR - BrasileiroBACALHAU - NavegaBATATA - Pera SerradaBIGODE - Roda PéBOCA - TosadeiraBOM - CópioBROA - RisotaBURRO - TróiaCABEÇA - CaturraCAJADO - SamoucalCALÇAS - CardosasCAMA - GiraldoCARDADOR - Tanoador; charalCARNE - PelotaCARTA - A de rio alcaide

CARTEIRA - A do João do RatoCASA - ClasseCASAR - EmanarCHAVE - A do SerralheiroCHIFRES - AzeiteirosCOLETE - O facadaCONVERSA - PiaçãoCÃO - ModeioDEFECAR - Enfi gueirarDINHEIRO - NetoDORMIR - Passar pelo regueiraEMBEBEDAR-SE - Emo-tear-seENXADA - A do pai adãoESTRADA - A Del´ReiFACA - A de GuimarãesFAVAS - LajasFEIJÕES - BatalheirosFIGOS - Lutos

FOME - AmbriaGALINHA - Souto-SicoHOMENS - CharaisHORAS - As do BandarraIGREJA - A do João PedroLÃ - A de ArraióisMANTA - MenizaMIRA DE AIRE - Cidade de Santo EstevãoMORCELAS - As do Albi-no JorgeMÃE - An� gaNARIZ - ChavecaNEGOCIANTE - CharalOLHO - MiranteORELHAS - Guarda La-masPADRE - Raso; Francis-co VazPEDRA - Santo EstevãoPORCO - Bicho sarrudo

PÃO - CinqueteQUEIJO - PortelRABO - TorquelhoRAPAZ - TirrazinhoRELÓGIO - BandarraSAPATO - BalõesTEAR - TroncoTERRA - TerrujaTREMOÇOS - AlcainsTRIGO - Folha da CostaURINAR - Rega� nharUVAS - LabrançasVINHO - Gandil; MotaVINTE ESCUDOS - Uma de São MamedeÁGUA – Regata

Fonte: vivermiradeaire.blogspot.com

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Destaque

Parque Verde: A obra que já O Parque Verde de Porto

de Mós, uma das principais apostas do execu� vo cama-rário de João Salgueiro, es-tá em construção desde No-vembro passado e começa a desvendar-se aos poucos, junto do Rio Lena, numa área de três hectares.

A obra, adjudicada por dois milhões de euros – compar� cipada com fun-dos comunitários -, prome-te mudar a “fachada” da vi-la, mas os portomosenses parecem conhecê-la mal. A conclusão dos trabalhos ain-da irá demorar até porque o seu prazo de execução é de 360 dias, exceptuando os 60 dias de suspensão que hou-ve, devido ao tempo desfa-vorável.

Com o intuito de saber os pormenores desta impor-tante obra para o concelho, O Portomosense procurou

explicações sobre o seu con-ceito, objec� vos e infra-es-truturas, mas sem sucesso.

Através do seu gabinete de apoio, o presidente da Câmara comunicou, no iní-cio da semana passada, que só fará declarações quan-do a obra es� ver numa fase mais avançada, tendo-nos negado também o acesso ao projecto de arquitectu-ra. Isto, depois de numa pri-meira abordagem feita em Março passado, terem-nos sido cedidas algumas ima-gens “3D” do espaço - que não mostram o Parque Ver-de na íntegra - e informa-ções sobre as datas de apro-vação do projecto, abertu-ra de concurso, adjudicação e início da obra e prazo de execução.

Há cerca de 15 dias, con-tactámos o autor do projec-to do Parque Verde, o arqui-

tecto Pedro Mendonça, que aceitou marcar uma entre-vista, mas, no dia em que esta devia ocorrer, o seu ga-binete informou-nos de que surgira “um imprevisto gra-ve” e que nem nessa data “nem nos próximos tempos haverá disponibilidade pa-ra o arquitecto falar sobre o assunto”.

Contratempos à parte, O Portomosense decidiu man-ter os seus objec� vos. Re-corremos ao estudo prévio da obra - que entretanto so-freu alterações -, publicado no bole� m municipal de Ju-lho de 2008, ouvimos pes-soas que es� veram ligadas à génese e primeiros pas-sos da obra, abordámos os portomosenses que hão-de usufruir do espaço e pro-curámos conhecer alguns exemplos de parques ver-des de sucesso no país.

História do Parque Verde tem largos anosFoi em 1994, no mandato

de José Ferreira, que se defi -niu no Plano de Pormenor da Várzea um “espaço verde de integração”, que inclui a zona que está a sofrer obras e ou-tra, que não é propriedade da autarquia, que segue até bem perto da empresa “Pneus 32”.

José Ferreira começava, as-sim, a escrever a história da-quela zona, evitando que se enchesse de betão. Em 2000, a autarquia iniciou a compra de terrenos.

Segundo explica o an� go autarca, a área actualmente obras, corresponde a cerca de metade do “espaço verde de integração” e a cerca de 80%

dos terrenos que foram ad-quiridos no seu mandato. Os restantes, já terão sido com-prados pelo execu� vo de João Salgueiro.

“Jardim do Sol” foi a primeira ideia

O primeiro esboço de um parque surgiu com o vereador João Neto. O espaço idealiza-do era temá� co e denomina-va-se “Jardim do Sol”.

Segundo José Ferreira, “nunca houve apresenta-ção formal desse antepro-jecto, mas recebeu o apoio global, apesar de algumas

dúvidas quanto à pista de ca-noagem, devido à insufi ci-ência de água”. “No entan-to, apresentava muito espa-ço verde e pouca construção. Já nas obras que estão a ser feitas, vejo umas construções que não sei para o que servi-rão, além de me parecer que vai ter pedra a mais, segun-do uns desenhos que cheguei a ver. Não sei se este projecto foi apresentado publicamente e, por isso, não me pronuncio, mas os projectos deviam ser apresentados”, defende o an-� go presidente da câmara.

Em traços gerais, o “Jardim do Sol” defendia amplos es-paços relvados, para acolher

ac� vidades despor� vas e cul-turais, rejeitando equipamen-tos que pudessem condenar a cria� vidade dos visitantes e tornando o espaço diver� do e pedagógico, com a u� liza-ção do tema “Sol”. O concei-to agradava a José Ferreira. “Gostava de um parque muito natural, com alguma fi losofi a do jardim inglês, isto é, pouco geométrico. Haveria liberda-de para a realização de diver-sas ac� vidades, além de exigir menor manutenção”, referiu.

Luísa Patrício

► Anfi teatroParque infan� l► Parque geriátricoEspelho de água► Dois quiosquesEsplanadas► Skate parque

Percusos pedonais► SanitáriosBancos► Parque de estacionamento► Espaços relvadosVegetação variada

Parque dos Cinco Sentidos, em Faro

A vereadora do Urbanismo, Teresa Cor-reia, refere que um Parque Verde exige a participação de uma equipa multidiscipli-nar e deve servir sempre um conjunto de soluções. “Não faz sentido delegar todo o projecto a um só arquitecto, pois pre-cisamos de profi ssionais ligados ao am-biente, à educação, à cultura, ao despor-to. Queremos defi nir objectivos a pensar nas pessoas. Neste caso, “o parque é te-mático, apelamos aos cinco sentidos, o que permite brincar mais e lançar uma sé-rie de desafi os”.

Depois de estudos prévios, uma equipa externa concebeu o projecto, consultan-do algumas associações ambientalistas para garantir a preservação do espaço. Antes de o projecto ser levado para o ter-reno “foi feita a sua apresentação pública e, logo depois, a consulta pública”.

Equipamentos e Espaços

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ganha formaComo vai ser o Parque Verde

O an� go vereador das Obras Públicas no primeiro mandato de João Salgueiro, Jor-ge Cardoso, explica que exi� ram mais duas propostas de projecto para o espaço, além desta que acabou por avançar. Uma delas, foi considerada muito dispendiosa e, outra, � nha um grande lago, que suscitou dúvidas, dada a existência do rio.

Jorge Cardoso acompanhou a elaboração do projecto do Parque Verde (1ª. Fase), que não teve apresentação ou consulta públicas - procedimentos faculta� vos -, segundo nos confi rmou.

A actual zona de equipamentos é conside-rável e destaca-se, havendo áreas verdes a envolvê-la. Quanto a ac� vidades pensadas para o espaço, o an� go vereador especifi -ca que se pretende servir essencialmente o lazer e o descanso, enquanto que, do outro lado da ponte, onde existe o campo sinté� -co, as piscinas e os campos de ténis, fi cam as ac� vidades despor� vas, como tem sido até agora. Far-se-á, portanto, uma espécie de divisão, algo que outros parques verdes que explorámos não fazem. As ac� vidades cultu-rais, essas, a ver pela existência de um anfi -teatro, deverão ter lugar.

Neste parque, só se andará a pé ou de bi-cicleta. Quem vier de automóvel, entra na

VDG1 e encontra um acesso ao parque de estacionamento.

Haverá três percursos pedonais. Um, em linha recta, do Espaço Jovem até ao arco da Ponte de São Pedro, dando acesso à zona do campo sintéc� co. Outro, do estacionamento junto da VDG1 até à ponte que vai dar jun-to das an� gas instalações da Electro-Nuno. Estes dois percursos fazem um “X” no par-que verde e é em redor do cruzamento que encontramos a maior parte dos equipamen-tos. Temos, depois, um outro percurso que faz uma espécie de “O”, envolvendo todo o parque.

Jorge Cardoso explicou-nos, ainda, que es-tá prevista uma ponte para ligar este parque ao Jardim dos Patos e outra junto do Espaço Jovem, além das já existentes perto do ca-fé “Esplanada”. Outra alteração é o alarga-mento da VDG1 para seis metros apenas no sen� do rotunda da Ribeira de Cima – Inter-marché, para se fazerem duas faixas de ro-dagem. A ideia é permi� r que, em caso de avarias ou acidentes, quer num sen� do quer noutro, o trânsito possa prosseguir.

De referir, que, deverá ocorrer uma 2ª. fa-se da obra, para alargar este parque, depois de comprados os terrenos até bem perto da “Pneus 32”.

O que sabem os portomosenses sobre as obras junto do Rio Lena?

Sei muito, muito pouco. Se é um Parque Verde, acho bem, porque não há nada aqui. De qualquer modo, penso que as pessoas precisam de ser escla-recidas.

Conceição Laranjeiro, Empresária, Porto de Mós

Venho cá todos os dias e já perguntei o que se passa ali, mas ninguém me sabe responder. António Prazeres, Reformado, Alvados

É um Parque Verde, mas não sei a estrutura. Espero que não seja uma obra como outras que têm sido feitas, sem saberem se servem bem as pessoas. Precisamos de obras, mas bem estudadas.

Rui Filipe, Empresário, Porto de Mós

Não faço a mínima ideia. Seja para o que for, que seja bom.José Ferreira, Reformado, Alvados

É um Parque Verde. A vila está a precisar de um espaço desses. Muitos jo-vens saem daqui para a Batalha ou Leiria para se divertirem.

Flávia Leal, Estudante, São Jorge

Penso que é um espaço verde. Não sei como vai ser, mas disseram-me que vai ter um skate parque.

Jessica Silva, Estudante, Alqueidão da Serra

Não sei, mas acho que falta informação sobre isso. Um Parque Verde? Ain-da bem... Porto de Mós precisa de chamar pessoas.

Carla Domingos, Empresária, Pedreiras

Parque Urbano da Rabada, em Santo Tirso

A arquitecta paisagística, Carla Morei-ra, diz que o projecto deste parque pre-tendeu “potenciar as características na-turais existentes, criando infra-estru-turas e equipamentos que atraissem pessoas de todas as idades”. O espaço assenta numa mata de carvalhos e so-breiros.

Diversos especialistas trabalharam num conceito de parque verde que fos-se dinâmico, com “actividades ligadas ao desporto, cultura e ambiente, sempre numa perspectiva pedagógica”.

Oferece percursos pedonais, áreas de desporto livre, café, zonas de merendas, um anfi teatro e um lago.

Parque dos Poetas, em Oeiras

Este parque conta a história da Poe-sia através da arte escultórica. O espaço é atravessado pela «Alameda dos Poetas», que acolhe pequenos jardins temáticos com estátuas de poetas, escolhidos por se-rem representativos da poesia de expres-são portuguesa.

“Pretendeu-se aliar a arte à natureza, num ambiente simultaneamente atractivo e pedagógico, tendo sido estudadas acti-vidades de desporto e de cultura para o lo-cal”, refere Fernando Trigo, adjunto da ve-readora do Urbanismo, Madalena Castro.

Segundo explicou, a 2ª. fase da obra co-meça agora, sendo que, na primeira, fo-ram feitas praças, alamedas e recantos que convidam à evasão, bem como um au-ditório ao ar livre, uma fonte cibernética, o bosque da poesia e um parque polides-portivo.

Ideias fortes de outros Parques Verdes

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Sejam quais forem os motivos que levam António José Teixeira a deixar a liderança da bancada socialista na As-sembleia Municipal (embora se man-tenha como deputado), a sua saída representa uma perda para o PS. An-tónio José Teixeira tem um capital de credibilidade que não convirá desper-diçar.

“A ERC é um obstáculo à liberdade de imprensa”

Luís Gonçalves da SilvaConselheiro da ERC demissionário

“Expresso”

Página do Leitor

“Não me vendo por fl utes de champanhe”

Lili CaneçasSocialite

“Correio da Manhã”

“Disse em meados de Junho que achava que não era preciso o FMI. Estou quase a mudar de opinião”

Ernâni LopesAntigo ministro das Finanças

“Jornal de Negócios”

“Chegou para a Europa a hora da verdade: ou sobrevivemos juntos ou afundamo-nos um a um”

Durão Barrosopresidente da Comissão Europeia

“Correio da Manhã”

Há 20 anos o IV Salão Nacio-nal de Caricatura era manche-te do nosso jornal, com a foto-grafi a do Secretário de Esta-do do Ambiente, Engº Macário Correia, acompanhado do Dr. Osvaldo de Sousa e do vere-ador da câmara, Dr. José Fer-reira na visita aos trabalhos ex-postos no Salão dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós.

O anúncio da realização da conferência do Dr. Saúl Antó-nio Gomes subordinada ao te-ma “Porto de Mós e a abertura dum mundo melhor” e o Plano de cinco dias para deixar de fu-mar, da Associação Internacio-nal da Temperança, que reve-lava excelentes resultados há mais de trinta anos, eram dois dos destaques também realça-dos na edição número 189.

A situação que esta foto documenta já passou pelo “Flash” há alguns anos, mas o perigo mantém-se na Avenida da Liberdade. O aler-ta regressa pela mão de um leitor que se vê

obrigado a usar a estrada para circular com um carrinho de bebé, uma vez que o passeio vai afunilando, até deixar de existir, para retomar após a esquina de uma casa que se estende

até à via. Para aumentar as dificuldades, alguns conduto-res persistem em estacionar numa parte do já escasso passeio.

COLABORE CONNOSCO!ENVIE OS SEUS TEXTOS, MEMÓRIAS OU DENÚNCIAS PARA

O E-MAIL [email protected]

Mudar de opinião é algo perfeita-mente legítimo, nalguns casos, até louvável, no entanto, depois de João Salgueiro ter feito uma defesa tão in-transigente do projecto de constru-ção do pólo escolar da Cruz da Lé-gua não lhe é, agora, fácil, explicar o abandono de uma das suas principais promessas eleitorais.

Ricardo Charters d’Azevedo é autor de um livro que traz novos elementos sobre a vida e morte do Barão de Por-to de Mós. Uma obra da iniciativa do Cepae que ajuda a melhorar o conhe-cimento da nossa história.

“Mais vale uma justa crise polí� ca do que um mau orçamento de Estado”

Miguel Cadilhe

ex-ministro das Finanças

“Diário Económico”

No próximo dia 5 de Outubro vai celebrar-se em Porto de Mós o centenário da Implanta-ção da República. A Banda Recreativa Portomosense fará parte dessas comemorações, Lembrei-me de publicar esta fotografia, que deve ser da Banda dos Republicanos, pois havia outra que era dos Monárquicos que mais tarde se fundiram e nasceu a actual.

António Fortunato

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A polémica em torno da proposta apre-sentada pelo PSD para atribuição de um voto louvor à administração das Grutas de Mira de Aire pela eleição da sua gruta co-mo uma das 7 Maravilhas Naturais de Por-tugal é bastante revelador da realidade po-lí� ca local.

Enquanto nos outros concelhos se discu-tem as melhores formas de rentabilizar a conquista deste galardão, ou se afi nam já as primeiras estratégias, por cá, entrete-mo-nos a discu� r quem fez o quê e quem fez mais para que a dis� nção viesse para o concelho.

É por essas e por outras que vamos fi -cando para trás, presos a pequenas vai-dades, orgulhos feridos, e discussões sem sen� do. Numa altura em que os portomo-senses deviam unir-se para ajudar a pro-mover o concelho e atrair turistas benefi -

ciando de toda a projecção pública e me-diá� ca resultante da eleição das Grutas de Mira de Aire, os polí� cos (que deviam ser os primeiros a apontar o caminho), mos-tram grandes difi culdades em discu� r, de forma serena, um simples voto de louvor. Se nem nos momentos bons nos entende-mos, então, imagine-se nos maus...

Não é necessário ser-se um polí� co mui-to experiente para saber que neste � po de votos cada palavrinha conta e que basta uma vírgula fora do sí� o para não se con-seguir o desejado consenso. Por isso, de-vem-se tomar especiais cuidados na ela-boração do texto e até, eventualmente, acordar com os adversários polí� cos o te-or do mesmo antes da sua discussão pú-blica. Ora, parece-me que não foi isso que aconteceu apesar dos promotores conhe-cerem a realidade polí� ca local e a sensi-

bilidade dos seus diversos agentes. “Ligei-reza”, pressa, ou acto refl ec� do? Não sei, mas que não foi feliz, lá isso não foi.

Menos feliz, ainda, foi a recusa de dis-

cussão da proposta na reunião de câmara. Não sei o argumento apresentado, naquela altura, pelo presidente da autarquia, mas se foi o mesmo com que jus� fi cou essa de-cisão na Assembleia Municipal, parece-me demasiado frágil. A alegada “tenta� va des-carada de ocultar o trabalho do município” quanto muito levaria a uma enérgica to-mada de posição da maioria socialista e ao “chumbo” da proposta do PSD, nunca à re-cusa de discussão. Digo eu...

Depois de ter assis� do a uma das úl� mas reuniões de câmara e ter fi cado muito mal impressionado com a forma como oposi-ção e poder se tratam ali dentro, não te-nho dúvidas de que este episódio é, antes de mais, consequência de uma luta polí� ca que à verdadeira Polí� ca não faz jus.

Isidro Bento

A vitória da desunião

Fundador: João MatiasForam directores: João Matias, Faustino Ângelo, João Neto e Jorge PereiraDirector: Isidro Bento (C. P. nº 9612)

Redacção: e-mail: [email protected]

Patrícia Santos (C.P. nº 8092), Luísa Patrício, Iolanda NunesColaboradores e correspondentes:Ana Narciso, António Alves, Armin-do Vieira, Baptista de Matos, Carlos Pinção, Cátia Costa, Eduardo Biscaia, Fernando Amado, Filipa Querido, Irene Cordeiro, João Neto, José Conteiro, Júlio Vieira, Marco Silva, Maria Alice, Paulo Andrade, Paulo Jerónimo da Silva, Paulo Sousa, Sara Rosa, Sofia Godinho, Vitor Barros

Grafismo: Norberto AfonsoPaginação: Ricardo MatiasDep. Comercial: [email protected]ção e Secretariado:Rua Mestre de Aviz nº1 R/c D • 2480-339 Porto de MósTel. 244 491165 - Fax 244 491037Contribuinte nº 502 248 904Nº de registo: 108885

ISSN: 1646-7442Tiragem: 3.500 ex.Composição: CINCUPImpressão: CIC Centro de ImpressãoCoraze - Oliveira de Azeméis - Tel. 256 600580

Propriedade e edição:CINCUP - Cooperativa de Informação e Cultura de Porto de Mós, C.R.L.

Direcção da CINCUP:Eduardo Manuel Ferreira Amaral, Pedro Nuno Coelho Vazão, Joaquim Jorge Rino da Graça Santos, Belmiro Silva Ferreira, José Carlos Dias Vinagre, Marco Paulo Abreu Pereira

Preços de Assinatura: (Portugal 15€ | Europa 30€ | Resto do Mundo 35€)

Nº de Depósito Legal: 291167/09

A poucos dias de se comemorar os 100 anos da República e numa época em que parecem aumentar os simpatizantes da Monarquia, falámos com quatro personalidades de Porto de Mós ou com forte ligação ao concelho, para saber qual seria, na sua opinião, o melhor sistem político para Portugal: Monarquia ou República?

Página do Leitor

Luís Carloto Marques

- Ex-deputado à

Assembleia da

República -

(Bouceiros)

O melhor sistema é o que permite a par-� cipação de todos na promoção e defe-sa de causas públicas. A República possi-bilita a livre par� cipação dos cidadãos.

Saúl António Gomes

- Professor

universitário -

(Leiria)

Portugal viveu mais de oito séculos em monarquia e foi grande; Portugal come-mora, hoje, um século de República, e mantém a sua grandeza de nação imor-tal. O importante é a vivência da demo-cracia, na assunção, por todos, dos seus deveres de cidadania e de lealdade para com a sua pátria.

José Travaços Santos

- Etnólogo -

(Batalha)

Eu penso que seria a Monarquia. Te-mos como exemplo, os países do Norte da Europa, que são os mais avançados do mundo. Tenho impressão que seria o sistema mais indicado para Portugal. Evidentemente, que uma monarquia de-mocrá� ca, porque nos dias de hoje não se admite outro � po de sistema se não a Democracia.

Filomena Martins

- Professora de

história

aposentada -

(Juncal)

Penso que será a República. Na minha opinião ninguém nasce des� nado a go-vernar. As pessoas podem escolher quem as governa. Apesar dos “contras” a República é de longe a mais signifi ca-� va.

Se nem nos momentos bons

nos entende-mos, então,

imagine-se nos maus...

Estimado LeitorPretende fazer alguma reclamaçãoou sugestão, não hesite:

A requalificação das ruas 5 de Outubro e Mestre de Avis

De um projecto de requalificação não se espera outra coisa que não seja a melhoria do espaço em que se pretende intervir.

Em Porto de Mós, a requalifica-ção das ruas 5 de Outubro e Mestre de Avis, empreendida pela Câma-ra Municipal, parece desmentir, em absoluto, aquela ideia.

Escassos meses após a conclusão das obras, o mínimo que se poderá dizer é que a situação é caótica: os passeios desapareceram, a confu-são instalou-se e quem tiver a velei-dade de se deslocar a pé, é forçado a fazê-lo no espaço em que circulam e estacionam carros, com o descon-forto e o risco que se adivinham.

Como entender o que ali se fez? Por que razão não foram definidos e salvaguardados espaços de exclu-siva utilização pedonal? Custará as-sim tanto facilitar a vida às pesso-as?

E de que está à espera a Câmara Municipal para emendar as asneiras que, por desatenção ou incúria não soube evitar? Como explicar a defi-ciente drenagem das águas pluviais ou a falta de qualidade visível em largos troços de calçada? Não de-veria a edilidade ser mais rigorosa e exigente com as obras que adjudi-ca e paga com o dinheiro dos con-tribuintes?

Afinal de contas, pode-se discutir se a calçada portuguesa é ou não o melhor pavimento. Ou o mais ade-quado a determinados espaços.

Nesta, como em tantas outras matérias, as opiniões dividem-se. Mas todos estarão de acordo num ponto: só a boa calçada portugue-sa poderá representar uma efectiva mais-valia para o concelho.

Paulo Rui Marques Amado

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T e l . 2 4 4 7 6 8 0 3 0 • B ATA L H AM A I L : m a r f i l p e @ c l i x . p t

parceiros

Negócios

EMPRESA DE MIRA DE AIRE

Tapetes Vitória suspende produçãoA laboração da fábrica Ta-

petes Vitória, em Mira de Ai-re, está suspensa. A empre-sa encerrou para férias e já não retomou a fabricação de tapeçarias e carpetes.

Fá� ma Carvalho, do Sindi-cato dos Trabalhadores Têx-teis, Lani� cios e Vestuário do Centro, confi rma a sus-pensão da produção que, segundo ela, se deve a “uma situação de difi culdades económicas”, provocada pe-la “falta de encomendas”. A sindicalista sublinha, contu-do, que a administração es-tá a procurar uma solução e que “os trabalhadores es-� veram sempre informados do processo”.

Contactada pelo nosso jornal, a administração da empresa não quis prestar

esclarecimentos sobre a si-tuação da empresa, que em-prega, actualmente, cerca de 40 trabalhadores, segun-do Fá� ma Carvalho.

Empresa histórica

A empresa Tapetes Vitó-ria, com 86 anos, é uma das referências de Mira de Aire. Fundada em 1924 por José Dias Bap� sta, já vai na quar-ta geração. O fundador es-teve entre os industriais de-cisivos para a instalação de electricidade na vila e para o aproveitamento de água do Olho de Mira de Aire. Nos anos 30 do século passado chegou a empregar 300 tra-balhadores, tendo também � do dormitório com cerca

de 60 camas, refeitório e um infantário.

Além de ser referên-cia na produção de carpe-

tes e tapeçarias, a fábri-ca foi também palco de fi l-magens televisivas da série “Até Amanhã, Camaradas”,

de Joaquim Leitão, na déca-da de 90.

Patrícia C. Santos

Empresa fundada em 1924 é uma das referências de Mira de Aire

NERLEI contesta

aumento das tarifas de gás para as PMEA NERLEI – Associação

Empresarial da Região de Leiria juntou a sua voz ao coro de protestos relati-vo à decisão da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) de fa-zer “crescer os preços do gás natural para as peque-nas e médias empresas, entre 10 e os 25 por cen-to” e para as grandes em-presas entre quatro a cin-co por cento.

A associação empresa-rial considera esta deci-são “inoportuna e reve-ladora da insensibilidade da Entidade Regulado-ra e dos agentes do Esta-do com responsabilida-des nesta matéria, incluin-do o Governo” e coloca-se “ao lado da indústria con-sumidora de gás, espe-cialmente das PME que são a grande maioria das empresas, e contra to-das as entidades públi-cas, incluindo o Ministério da Economia e a Entida-de Reguladora, chamando a atenção do próprio pri-meiro-ministro para a gra-vidade da decisão”.

Nesse âmbito, solicitou com carácter de urgência um encontro com a ERSE, com o secretário de Esta-do da Energia e da Inova-ção e com a Direcção do IAPMEI, estimulando to-das as associações empre-sariais do País, incluindo a AIP (Associação Industrial Portuguesa) e a AEP (As-sociação Empresarial de Portugal), a associarem-se a este protesto, de for-ma a que a ERSE reveja a decisão que tomou”. Foi, ainda, solicitada uma au-diência ao Governador Ci-vil, enquanto representan-te do Governo no distrito, para lhe dar conta desta preocupação.

I.B.

JOVENS DA BATALHA E LEIRIA APOSTAM EM PORTO DE MÓS

Algodão Doce ocupa tempo livre das criançasA paixão pelas crianças e

a vontade de cuidar delas, no seu próprio espaço, é um sonho tornado realidade por três amigas, com a abertura da Escolinha Algodão Doce.

Andreia Pinheiro, Susana Gonçalves e Fernanda Sil-va, são da Maceira, Bata-lha e Azóia, respec� vamen-te, e explicam que aposta-ram na vila de Porto de Mós “por ser um local onde exis-tem muitas crianças e pou-cos espaços onde possam estar acompanhadas por al-guém”.

De acordo com as promo-toras, este ATL, que arran-cou com o novo ano lec� vo, surgiu em boa hora já que com o encerramento do da Santa Casa da Misericórdia de Porto de Mós a oferta fi -cou mais reduzida.

O novo espaço é alegre e acolhedor e funciona desde o passado dia 10 de Setem-bro nas an� gas instalações da escola de ballet que es-tava instalada, precisamen-

te ao lado do Lar da San-ta Casa da Misericórdia. As portas abrem às 7 horas pa-ra que os pais possam deixar os fi lhos, caso estes entrem mais tarde na escola. O en-

cerramento é, apenas, às 20 horas. Durante este horá-rio, as três técnicas vão levar e buscar as crianças à esco-la e ainda fornecem almoço na can� na da Escolinha Al-

godão Doce. O espaço encontra-se de-

vidamente adaptado para receber 25 crianças, desde o pré-escolar ao 1º ciclo, ofe-recendo serviços que vão

desde o “baby-si� ng”, ac-� vidades de tempos livre - ATL; ac� vidades de apoio à criança e à família e até fes-tas de aniversário e outros eventos infan� s.

Actualmente, está a fun-cionar apenas com sete crianças, mas há mais em lis-ta de espera, para entrar no início do mês de Outubro.

A animação é outra aposta

“Também fazemos fes-tas de aniversário, bap� za-dos e outros eventos, aqui no nosso espaço ou no do-micílio, com insufl áveis, pin-turas faciais, lanche com bo-lo incluído e decoração com balões”, diz Susana Gonçal-ves. Para solicitar este servi-ço, Andreia Pinheiro salien-ta que “os pais têm fazer o pedido com uma semana de antecedência para ser tudo preparado até ao dia”.

Iolanda Nunes

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-7- ActualidadeCOMEÇOU JULGAMENTO DO EMPRESÁRIO ANTÓNIO BASTOS

Ministério Público suspeita de depoimentos da GNRDez testemunhas ouvidas,

dois processos criminais pe-la eventual prá�ca de crime de falsidade de depoimento e um requerimento da defe-sa a afirmar que o presiden-te do colec�vo de juiz esta-ria a “gerir os trabalhos com parcialidade” são alguns dos momentos que ressaltam das primeiras duas sessões do julgamento do empresá-rio António Bastos, 57 anos, que decorreram nos dias 27 e 28, no Tribunal Judicial de Porto de Mós.

O proprietário da empre-sa “Armazéns Madiver” está acusado de homicídio qua-lificado, ofensa à integrida-de �sica qualificada e de-tenção de arma proibida. Na madrugada de 16 de Outu-bro de 2009, e na sequência de uma tenta�va de assal-to à empresa, António Bas-tos disparou um �ro que vi-�mou o alegado assaltan-te, José da Silva, de 41 anos, num momento em que este já estava algemado. O dispa-ro feriu ainda Filipe Almei-da, militar da GNR que dete-ve o assaltante, sendo que a arma usada pelo arguido se encontrava em situação ir-regular.

Segundo a acusação, Jo-sé da Silva entrou nas insta-lações da empresa do argui-do, na madrugada de 16 de Outubro de 2009, para “fa-zer seus todos os objectos de valor que encontrasse, nomeadamente gasóleo”.

Logo no início do julga-mento, o procurador do Mi-nistério Público (MP) do Tri-bunal de Porto de Mós, Vítor Paiva, disse não haver dúvi-das de que o arguido dispa-rou “à queima-roupa, sem

misericórdia e sem qualquer remorso”.

Arma do crime vai ao tribunal exemplificar

A primeira sessão do tri-bunal de júri, composto por oito jurados e um colec�vo de juízes, presidido por Ví-tor Soares, ficou marcada pelo depoimento do inspec-tor da PJ que par�cipou nas perícias ao local do crime. A testemunha afirmou que, através das perícias médi-co-legais e balís�cas, foi de-monstrado que o disparo “foi feito a curta distância” e numa trajectória “de bai-xo para cima”. O inspector responsável pela inves�ga-ção acrescentou, ainda, que na altura do disparo António Bastos estaria a uma distân-cia “até a 50 cen�metros da ví�ma”, atendendo aos resí-duos de pólvora e aos ves�-gios de sangue encontrados na roupa do empresário. A sessão chegou mesmo a ser interrompida para que fosse trazida do posto da GNR de Porto de Mós, a arma do cri-me, uma caçadeira de cali-bre 12. Na sala do tribunal o inspector da PJ exemplificou a posição em que estaria a arma na altura do disparo e a trajectória do chumbo.

Depoimentos da GNR controversos

O segundo dia de julga-mento ficou marcado pelas inquirições aos quatro mi-litares da GNR de Porto de Mós e Batalha que es�ve-ram no local.

Filipe Almeida, o guarda a�ngido pelo disparo (na al-

tura colocado no posto da GNR da Batalha) foi ouvi-do durante toda a manhã de terça-feira. O militar afir-mou que o arguido o terá acompanhado para iden�-ficar o local por onde pode-ria ter sido feito o assalto ao armazém e quando reparou que o arguido �nha uma ar-ma pediu para pôr a caçadei-ra em segurança e não fazer uso da arma, ao que Antó-nio Bastos terá respondido: “não se preocupem”. O mili-tar foi quem avistou José da Silva e que o deteve, alge-mando-o com as mãos atrás das costas. Quando regres-sava, António Bastos apro-ximou-se de ambos. “Íamos a andar e sou surpreendido por um disparo”, relatou o militar, que afirmou que as

únicas palavras que dirigiu ao arguido foram: “Acertas-te-me”, ao que António Bas-tos terá respondido: “Eh pá, isso não há-de ser nada”.

Após o disparo, José da Silva ainda percorreu al-guns metros pelo próprio pé, apoiado no militar e no arguido, tendo depois caído no chão. O GNR afirmou que durante esse período não se apercebeu do ferimento de José da Silva.

O depoimento suscitou dúvidas ao tribunal, com o Ministério Público a reque-rer que, face “à discrepân-cia entre o depoimento ho-je prestado e o prestado na altura” fosse lido o primei-ro depoimento. A defesa do arguido opôs-se a essa leitu-ra, o que mo�vou um novo

requerimento do Ministério Público, pedindo a instaura-ção de um processo crimi-nal pela eventual prá�ca de crime de falsidade de depoi-mento.

A tarde foi dominada pelo depoimento dos outros três militares da GNR (um deles através de vídeo-conferên-cia), que admi�ram ter ouvi-do Filipe Almeida ques�onar o arguido porque teria dis-parado. “Ele (Filipe Almei-da) perguntou porque �nha feito aquilo e o arguido dis-se que �nha sido sem inten-ção”, afirmou o guarda Pe-dro Pereira.

Já o militar da GNR, João Dias afirmou que, antes de chegar junto da ví�ma, do colega e do arguido falou com Filipe Almeida por tele-fone, que lhe terá dito que o “arguido �nha dado um �ro que �nha acertado num in-divíduo e que ainda lhe �-nha acertado”.

O depoimento de João Dias mo�vou a apresenta-ção de um novo requeri-mento, por parte do Minis-tério Público, para a instau-ração de processo-crime por falso depoimento, devi-do a “divergências profun-das nas declarações presta-das pela testemunha hoje” e em Dezembro de 2009.

Defesa questiona isen-ção do presidente…

Rodrigo San�ago, advo-gado de defesa, prescindiu de inquirir o militar da GNR, João Dias, apresentando um requerimento ques�onan-do a actuação do presiden-te do colec�vo de juízes, Ví-tor Soares. “Não está a gerir

os trabalhos com imparciali-dade”, referiu o defensor de António Bastos. O juiz deter-minou a con�nuação do jul-gamento, afirmando que “a única preocupação do pre-sidente do tribunal é a des-coberta da verdade mate-rial”, acrescentando que o advogado pretendeu “in�-midar o tribunal, pois apesar de o sugerir, não requer inci-dente de recusa”, ou seja, o afastamento do juiz.

…e defende disparo acidental

Uma das testemunhas ou-vidas no primeiro dia de jul-gamento foi Jorge Gonçal-ves, an�go inspector da PJ, inicialmente, apresentando pela defesa como consultor técnico, o que suscitou dú-vidas devido às suas habili-tações académicas e profis-sionais. A testemunha de-fendeu que se tratou de um “disparo a�pico”. “Se fosse intencional, o arguido pro-curava a zona da cabeça ou do coração para lhe �rar a vida. É evidente que esta-mos perante um �ro aciden-tal, porque quem quer ma-tar alguém faz o disparo de cima para baixo, o que não foi o caso”, afirmou a teste-munha.

Até ao momento, António Bastos remeteu-se ao silên-cio. No segundo dia de julga-mento a sessão foi interrom-pida devido a uma indisposi-ção do arguido. O tribunal marcou uma nova sessão do julgamento para segun-da-feira (4 de Outubro), às 9h45.

Patrícia C. Santos

RESPONSÁVEL PELA EXPLORAÇÃO DO ESPAÇO CONSTITUIDO ARGUIDO

Casa de alterne consumida em chamasCerca das 00h40m, do

dia 20 de Setembro, os po-pulares de Alcaria acorda-ram com um estrondo. Tra-tava-se de um incêndio na an�ga dancetaria “Grafono-la”, que nos úl�mos anos foi transformada em casa de al-terne. O incêndio, segundo confirmam populares, origi-nou a explosão, que alguns ouviram.

O estabelecimento esteve fechado durante o dia, mas teria estado a funcionar no domingo. As chamas defla-graram, num salão que da-va acesso à zona de quartos

e no bar. O incêndio obrigou à mo-

bilização de 10 viaturas e 28 homens dos bombeiros de Porto de Mós e Mira de Ai-re e ainda do Grupo Especial dos GIPS da GNR.

Segundo o comandante dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós Elisio Pe-reira, “o alerta foi dado às 00h50 e deslocámos-nos de imediato para o local com duas viaturas de combate a incêndio e uma ambulância, porque o alerta referia que exis�riam vi�mas no seu in-terior”. “De facto, havia san-

gue no local, mas nós não encontrámos vi�mas nenhu-mas”, afirmou.

“Quando chegámos, o in-cêndio estava a desenvolver-se com grande intensidade no primeiro e segundo pisos e o restante edificio estava parcialmente destruído em alguns locais, devido à ele-vada temperatura. Houve, ainda, o rebentamento de janelas, tubagens de esgotos e ven�lação”, acrescentou.

As circunstâncias em que ocorreu o incêndio estão a ser inves�gadas pelo Depar-tamento de Inves�gação Cri-

minal de Leiria da Polícia Ju-diciária.

Entretanto, e ao que apu-rámos, nesse mesmo dia, a Polícia Judiciária cons�tuiu arguido o actual responsável pela exploração daquele es-paço de diversão nocturna. O homem terá ficado ferido na sequência do incêndio e ter-se-á dirigido ao Hospital Santo André, em Leiria, pe-los seus próprios meios, on-de horas mais tarde seria encontrado e iden�ficado pela GNR.

Iolanda Nunes

Arma do crime foi usada em tribunal para recrear disparo

Page 20: O Portomosense 673

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DECISÃO POR UNANIMIDADE DO EXECUTIVO

Porto de Mós não adere à Águas de Portugal

A empresa Águas de Por-tugal (AdP) ainda não rece-beu uma resposta do muni-cípio de Porto de Mós, re-la�vamente à possibilidade de este aderir a uma parce-ria com aquela empresa pú-blica, mas ao nosso jornal o presidente da câmara, João Salgueiro, já confirmou que o execu�vo vai dizer “não”.

De acordo com o proto-colo proposto, a AdP passa-ria a explorar o sistema mu-nicipal de abastecimento público de água e de sane-amento de águas residuais urbanas, vulgarmente de-signados por ‘rede em bai-xa’, por um período de 50 anos. Tal proposta foi feita

a 14 municípios da região li-toral centro. De acordo com Elsa Luz, directora de comu-nicação e imagem corpora-�vas da AdP, destes municí-pios, “apenas Porto de Mós não confirmou, ainda, a ma-nutenção do seu interesse”.

João Salgueiro adiantou ao nosso jornal que a câ-mara municipal decidiu por unanimidade rejeitar esta parceria, pois “o inves�men-to que ia ser feito em Por-to de Mós era reduzissímo” e não compensaria, além de considerar muito tempo os 50 anos que são definidos para a duração do vínculo.

“A AdP previa inves�r 3,5 milhões nos próximos dois

anos, mas a câmara muni-cipal já está a inves�r três milhões de euros no sanea-mento. Só em Mira de Aire são quase dois milhões de euros. Fazendo as contas e considerando outros aspec-tos, não me parece valer a pena”, referiu.

O autarca disse ainda que, “depois do saneamento fei-to em Mira de Aire, ficamos com cerca de 56% de po-pulação abastecida e o que propõe a AdP é um aumen-to de 56% para 65%, o que é pouco”.

Por outro lado, o presi-dente da câmara salien-tou que a recusa em ade-rir a esta parceria não tem a

ver com o previsível agrava-mento do preço da água já que quer o município aderis-se ou não, teria de haver um aumento do preço a cobrar. “Agora mais do que nunca temos de tentar rentabili-zar os meios e não podemos con�nuar numa situação em que há um prejuízo de 80 por cento, já que os muní-cipes suportam, apenas, 20 por cento do custo real do serviço”, explicou o autarca na assembleia municipal de 24 de Setembro.

Apesar da actual posição, João Salgueiro nem sempre foi contra a parceria. No fi-nal do seu úl�mo mandato, o autarca defendeu em reu-nião de câmara a assinatu-ra de um primeiro protoco-lo com a Águas de Portugal, Águas do Mondego e Simlis, enquanto que o an�go vere-ador das Obras Públicas, Jor-ge Cardoso votou contra es-sa adesão, juntando-se aos vereadores da oposição, uma situação que, na altura, gerou alguma controvérsia.

Passado um ano, João Sal-gueiro diz “não” à parceria explicando que, entretanto, foi feita uma segunda pro-posta em que as condições para os municípios piora-ram.

Luísa Patrício/Patrícia Santos

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A Assembleia Municipal de Porto de Mós aprovou, por unâ-nimidade a proposta da câmara municipal de manter os valo-res do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em 0,7 por cen-to para os prédios urbanos não avaliados e 0,2 por cento para os prédios urbanos novos ou já avaliados.

O execu�vo camarário jus�fica estas percentagens ten-do em conta “que se regista uma quebra rela�va na ac�vida-de económica do concelho, devido aos efeitos da crise finan-ceira com origem no exterior” e “os impactos nega�vos dessa ac�vidade que afectam a economia das famílias mais caren-ciadas”.

Porto de Mós, segundo a autarquia, tem em vigor as taxas de IMI mais baixas dos município a nível distrital e, até, nacional.

Menos consensual foi a fixação da taxa da Derrama a cobrar em 2011. A câmara propôs que se man�vesse em 1,4 por cento do lucro tributável sujeito e não isento de IRC, o que veio a ser aceite com um voto contra, 13 abstenções e 17 votos a favor.

Por parte da autarquia, o vice-presidente, Albino Januário explicou que este imposto incide, apenas, nos lucros das em-presas, sendo um valor residual.

Prevê-se que a câmara possa arrecadar entre 250 a 270 mil euros, valor que será aplicado na melhoria das infra-estrutu-ras básicas como acessibilidades, redes de esgotos e água e no domínio dos parques industriais.

Albino Januário disse que a lei permite dividir as empresas sujeitas a este imposto, em dois escalões diferentes, de acor-do com a sua dimensão, no entanto, a autarquia optou por manter o escalão único. António Pires, do PSD, mostrou a dis-cordância em relação a esta decisão argumentando que em-bora o imposto só incida sobre empresas que �veram lucros, “o lucro de umas é bem diferente do de outras sendo a divi-são por escalões uma forma de dar alento às mais pequenas e mostrar-lhes que alguém reconhece essa diferença”.

Por sua vez, António Carvalho, do PS, considerou “perfeita-mente aceitável” o valor fixado para a taxa de Derrama.

Nesta sessão, foi também aprovada, por unânimidade, uma proposta reme�da pela câmara acerca do aumento do pre-ço do gás e suas consequências para o sector da cerâmica. De todas as bancadas veio o apoio ao documento e o reconheci-mento que a cerâmica pode estar em risco no concelho se se man�verem os actuais preços do gás.

Assembleia aprova IMI e Derrama e solidariza-se com sector da cerâmica

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Page 21: O Portomosense 673

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PROMESSA ELEITORAL FICA POR CUMPRIR

Cruz da Légua já não vai ter pólo escolarO pólo escolar da Cruz da Légua,

uma das principais promessas elei-torais de João Salgueiro, afi nal já não avança apesar de haver terreno adquirido e projecto elaborado.

O presidente da câmara jus� fi cou a decisão, na assembleia Municipal (AM), por não haver garan� as que a obra viesse a ter apoio fi nanceiro do Ministério da Educação.

De acordo com João Salguei-ro, “houve uma mudança de polí� -ca em relação à construção de cen-tros escolares e apesar do projecto ter sido acompanhado por respon-sáveis da Direcção Regional de Edu-cação do Centro (DREC)” agora é a própria DREC que informa que se “concluiu não ser a � pologia pro-posta adequada à população esco-lar a servir, dado que o número de alunos da EB 1 da Cruz da Légua e Tremoceira e Jardim de Infância de Pedreiras apenas jus� fi ca três salas do 1º ciclo e uma sala para educa-ção pré-escolar”[e não a constru-ção de um pólo escolar].

No mesmo o� cio, a DREC diz que “seria de equacionar uma proposta de reordenamento da rede escolar mais abrangente que contemplas-se a junção de todas os jardins de infância e escolas da freguesia con-centrando toda a área educa� va num centro escolar” e é isso que a câmara vai fazer.

João Salgueiro assumiu “todas as responsabilidades” reconhecendo que não irá cumprir o que prome-

teu e pelo qual sempre lutou, mas mostrou-se convicto que a altera-ção trará bene� cios para todos. O autarca diz que a obra poderia ser feita mas além de não haver fi nan-ciamento “o recreio fi cava reduzi-do e os alunos da freguesia con� nu-avam espalhados por nove espaços dis� ntos”, alguns deles a precisar de obras urgentes como é o caso da EB 1 de Pedreiras”.

“A ideia é concentrar num pólo dotado de todas as condições e in-fra-estruturas de apoio, próximo da Tremoceira (junto ao complexo des-por� vo do Grupo Despor� vo das Pedreiras) e equidistante da sede de freguesia e da Cruz da Légua e Moi-talina. Vai representar um aumen-to de encargos porque teremos de melhorar as acessibilidades e asse-gurar o transporte dos miúdos mas

é para o melhor da freguesia”, ex-plicou. “Tivemos uma reunião com os pais e alguns que se mostraram desagradados agora já percebem o que está em causa e vêem-na como uma coisa posi� va”, reforçou.

Menos certezas tem o presiden-te da junta das Pedreiras, Rogério Vieira. O autarca disse que as reac-ções dos pais contrariam as pala-vras do presidente da câmara ha-vendo “grandes dúvidas do mérito da solução encontrada”. Ele próprio confessou-se “baralhado e confuso” e lamentou que nem a junta nem a assembleia de freguesia � vessem si-do formalmente informadas jus� fi -cando-se “a realização de uma as-sembleia de freguesia extraordiná-ria”. Rogério Vieira defendeu que “a população da Cruz da Légua mere-cia um esclarecimento mais amplo e

preciso” que não se confi nasse à ac-tual comunidade escolar “até por-que a promessa tem cinco anos e implicou a compra de terrenos por 30 mil euros”.

Rogério Vieira disse ainda que “quem esperou cinco anos, espe-ra um pouco mais, mas é preferível que o que for feito seja bem ponde-rado”. Dos 165 alunos da freguesia, 49 por cento fi cam de um lado do IC 2 (Pedreiras) e 51 por cento do ou-tro, na Tremoceira e Cruz da Légua. Com a “junção” do IC2 com o IC 9 “alguns pais temem pela segurança dos fi lhos” e há, segundo o autarca, pessoas que dizem “preferir mudar de freguesia ou colocar os fi lhos na Calvaria ou no Juncal que pô-los no pólo escolar a construir”, lamentou.

Isidro Bento

Deputada do PSD chama “mentiroso” ao presidente da CâmaraA decisão do execu� vo de não

avançar com a construção de um pólo escolar na Cruz da Légua foi duramente cri� cada pelo PSD.

Os social-democratas não es-queceram as acesas discussões en-tre a deputada municipal, Ana Nar-ciso (PSD) e o presidente da câma-ra, João Salgueiro, a propósito da polí� ca de prioridades para a edu-cação e a forma peremptória como este sempre assegurou que o pó-lo correspondia a uma necessidade efec� va da população e que avan-çaria o mais rapidamente possível, quer o PSD concordasse ou não. Muito menos esqueceram a acusa-ção de que estariam mais interes-sados em fechar escolas, por isso, logo que � veram oportunidade, fi -zeram questão de denunciar este

“volte-face”.Olga Silvestre (PSD) disse que

“temos de ser sérios na vida e na polí� ca” e que “enquanto os polí� -cos não forem sérios e não falarem com verdade à população, aumen-tará o distanciamento entre elei-tos e eleitores” pelo que Salgueiro e seu execu� vo “não podem apa-gar o passado, o dinheiro gasto na compra de terrenos que os pro-prietários quase foram forçados a vender, ou o que foi pago à em-presa projec� sta; muito menos as actas da AM desde 2005 e tudo o que foi respondido à deputada Ana Narciso, assim como também não conseguem apagar da memória da população as promessas feitas”.

“Não sei se a nova localização se-rá melhor ou pior. O que sei é que

o senhor men� u à população. Em campanha eleitoral pôs lá um pro-jecto todo boni� nho, disse que ia fazer, apregoou-o durante cinco anos e agora vem dizer que tem de ser noutro lado, o que não é ver-dade porque a DREC aconselha a equacionar a proposta de reorde-namento escolar e equacionar é di-ferente de impedir”, acrescentou.

Para Olga Silvestre “além da Car-ta Educa� va não ter sido respeita-da devia também ter sido chamado o Conselho Municipal da Educação a pronunciar-se”. “Não basta dizer: “não o fazemos na Cruz da Légua, vamos fazê-lo nas Pedreiras. Há que respeitar os instrumentos re-guladores da Educação no conce-lho”, disse.

No entender de Carlos Ven-

da (PSD), “o caminho enunciado é o mais correcto”, no entanto, es-tranha “uma mudança de opinião tão rápida” e lamenta que a câma-ra “aja sempre por reacção e não por acção” e que se “vá mudando só porque se é obrigado”. “Em vez de andarmos todos os anos a fazer acrescentos nas escolas, gastando milhares de euros, é tempo de en-veredarmos por outro caminho até porque isto é incomportável para o orçamento municipal”, sublinhou.

João Salgueiro mostrou-se pou-co preocupado com as crí� cas afi r-mando que não é a primeira vez que muda de opinião e que não lhe custa nada mudar quando pensa que é para melhor.

I.B.

ANTÓNIO JOSÉ TEIXEIRA

DEMITIU-SE

PS perde líder de bancada na

Assembleia Municipal

António José Teixeira já não é o líder da banca-da do Partido Socialista

(PS) na Assembleia Municipal de Porto de Mós.

Na sessão que teve lugar no dia 24 de Setembro, o presi-dente da AM leu uma carta do deputado municipal em que aquele anuncia a demissão do cargo por motivos pessoais e profi ssionais, garantindo, con-tudo, que vai continuar como deputado socialista.

Como António José Teixei-ra esteve ausente dessa sessão não foram dadas mais explica-ções. Contactado pelo nosso jornal, o deputado frisou que apresentou a demissão por-que, neste momento, a sua vi-da pessoal e profi ssional não lhe permite exercer o cargo com a disponibilidade que gos-taria e que considera ser im-portante ter neste caso.

António José Teixeira ne-gou que por detrás dessa deci-são estivesse qualquer confl ito ou divergência política no inte-rior da bancada do PS ou rela-tivamente à maioria socialista no executivo camarário, con-tudo, ao que O Portomosense apurou junto de fontes do par-tido, o até agora líder de ban-cada estaria insatisfeito com algumas difi culdades de articu-lação entre a estrutura local do PS, os deputados municipais socialistas e o executivo cama-rário e isso também terá pesa-do na altura de decidir.

Isidro Bento

Actualidade

Foto: Boletim Municipal de Porto de Mós

Page 22: O Portomosense 673

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POR NÃO TER REFERÊNCIA EXPLICITA À CÂMARA

Voto de louvor divide deputados municipaisPrimeiro acontece a dis-

córdia e a confusão. Depois, os discursos inflamados, dão lugar às aprovações, mui-tas vezes, por unanimidade. Estranho? Talvez, mas esse é um cenário cada vez mais frequente na Assembleia Municipal de Porto de Mós (AM) e foi isso que aconte-ceu na úl�ma sessão.

No período de Antes da Ordem do Dia, o PSD apre-sentou um voto de louvor “à administração das Grutas de Mira de Aire”, pela eleição [das grutas] como uma das 7 Maravilhas Naturais de Por-tugal.

Na proposta, referia-se a forma serena “e de mo-do quase impercep�vel co-mo em colaboração com vá-rias en�dades públicas e pri-vadas pôs à vista de todos os portugueses as grutas mais belas de Portugal” mas pa-ra a bancada do PS e para o presidente da câmara falta-va uma referência explicita ao papel desempenhado pe-la edilidade e isso foi o sufi-ciente para “aquecer” os tra-balhos.

Voto “meio coxo”

Mário Pragosa, o presi-dente da Assembleia Muni-cipal (na qualidade de de-putado), considerou que “o mérito não será só da admi-nistração das Grutas e que “o modo como execu�vo

promoveu esta candidatura, se esforçou, e o patrono que escolheu é também digno de louvor”.

“Se queremos enalte-cer não podemos esquecer o modo sereno e tranquilo, mas excelentemente profis-sional como o execu�vo li-dou com este assunto”, su-blinhou.

Rui Marto, o presidente da Junta de Alqueidão da Serra, pediu que fosse incluído no texto “o grande trabalho da câmara” e dessa forma evi-tar “a atribuição de um lou-vor meio coxo”. Enquanto que Artur Vieira, presiden-te da Junta de Mira de Aire considerou que o louvor de-via ser extensivo à câmara “por todo o trabalho que te-

ve na promoção”. Já António Pires, o líder da bancada do PSD, jus�ficou a ausência de uma referência explicita por “não querer dar a entender que estava a atribuir um vo-to de louvor aos da própria casa”.

“É um desplante esquecer a câmara”

Indiferente às jus�ficações e à disponibilidade do autar-ca para incluir a câmara e a Junta de Mira de Aire no lou-vor, o presidente da edilida-de teve uma intervenção du-ra e indignada. “Lamento que o PSD tenha repe�do a tenta�va feita na úl�ma reu-nião de câmara, de ofuscar e camuflar o trabalho que fize-

mos em prol das maravilhas do concelho” afirmou.

João Salgueiro considerou “um desplante” uma pro-posta que “nem sequer con-templa o município” quando foi este que suportou “99,9 por cento as despesas” ten-do a administração das Gru-tas o mérito de ter facilitado “a visita às grutas”.

“Não tenham medo de va-lorizar o vosso município e execu�vo. Parece que têm um problema enorme em apresentar o execu�vo co-mo vencedor”, disse revolta-do. “Quando os outros têm êxitos sou o primeiro a fe-licitá-los e só ficava bem na vossa proposta terem-no feito”, acrescentou.

“Câmara não se deve imiscuir na actividade

da Assembleia”

Quem não gostou desta intervenção foram os depu-tados do PSD que se queixa-ram da ingerência do execu-�vo camarário numa maté-ria da competência da AM. “Que eu saiba a assembleia é soberana e nem esta de-ve imiscuir-se na ac�vidade da câmara nem o execu�vo tem de se imiscuir na ac�vi-dade da assembleia”, cri�-cou António Pires.

Perante a recusa do pre-sidente da AM em deixar fa-lar deputados que não esta-vam inscritos, Olga Silves-tre (PSD) envolveu-se numa acesa troca de palavras com

Mário Pragosa e chegou a evocar a “defesa da honra” mas este manteve-se inflexí-vel: “A senhora não tem ne-nhuma honra para defen-der, portanto, não fala. Por duas vezes me disponibilizei a aceitar inscrições de quem chegou atrasado e ninguém o fez”, disse visivelmente ir-ritado.

Serenados os ânimos, o voto de louvor às três en�-dades foi aprovado por una-nimidade.

No período dedicado a in-formações, Olga Silvestre disse que “a câmara mais não fez que cumprir (mui-to bem) a sua obrigação de promover o seu concelho”. “Houve outras en�dades en-volvidas mas se quer ficar com os louros, tudo bem”, afirmou.

Luis Monteiro e Virgilio Casimiro (PSD) cri�caram Mário Pragosa “por ter dei-xado o presidente da câma-ra manifestar-se sobre algo que era competência da as-sembleia” e fizeram votos para que a situação não se repita. Por sua vez, João Sal-gueiro esclareceu que se li-mitara “a responder a inter-venções feitas pelos depu-tados municipais”, enquanto que o presidente da AM re-conheceu que para a próxi-ma “será melhor discu�r es-te �po de propostas noutro momento da sessão”.

Isidro Bento

“As povoações de Alcaria, Alva-dos e Mira de Aire chegam a es-tar mais de uma semana sem tele-fones e internet devido aos cons-tantes roubos de cabos de cobre”. O lamento de Hélder Costa, mora-dor em Alcaria, foi feito na úl�ma assembleia municipal, no período dedicado ao público, e deu con-ta de um cenário desconhecido de muitos.

De acordo com o munícipe, Al-caria e Alvados são as principais ví�mas destes roubos chegando a estar 8 a 10 dias seguidos sem co-municações. “Ora numa altura em que telefone e internet são quase um bem de primeira necessidade, estas constantes interrupções no fornecimento penalizam bastante o cidadão comum e, principalmen-te, as empresas que ficam incon-tactáveis e têm de pagar um ser-viço de que não estão a usufruir”, disse.

“Em Agosto ficámos seis dias in-

contactáveis e em Setembro já va-mos com 12 dias”, explicou lamen-tando que apesar dos roubos co-meçarem quase sempre na zona de Alcaria, a prioridade dos pique-tes responsáveis pela colocação de novos cabos, vá sempre para Mira de Aire, o que faz com que os alca-rienses sejam os primeiros a sofrer com os cortes e os úl�mos a ver o problema resolvido.

Hélder Costa aproveitou a opor-tunidade para chamar a aten-ção da câmara para os cortes de energia eléctrica que con�nuam a afectar aquela freguesia. “Depois da reunião que houve em Mira de Aire com responsáveis pela EDP já �vemos muito menos cortes, mas mesmo assim nos úl�mos meses registamos também alguns dias sem luz eléctrica”, referiu.

O presidente da câmara reco-nheceu que, de facto, o roubo de cabos de cobre tem aumentado bastante na região ficando muitas

vezes povoações inteiras sem luz, telefones, e internet, dias a fio até que as empresas consigam instalar novas linhas.

João Salgueiro explicou que, actualmente, este �po de crime cons�tui uma das principais preo-cupações da GNR que está no ter-reno a tentar encontrar os seus autores mas que tem missão di�-cultada dada a especificidade do mesmo.

Em relação às interrupções no fornecimento de energia eléctrica, o autarca explicou que a EDP não está a conseguir fazer a ligação desta zona a Fá�ma (que iria con-tribuir para uma melhoria signifi-ca�va no fornecimento) por não ter autorização de um proprietário para que os cabos atravessem a sua propriedade, sendo, por isso, obrigada a manter a ligação atra-vés de Minde.

Isidro Bento

Os alunos de dois estabele-cimentos de ensino do Agrupa-mento de Escolas de Porto de Mós começaram o ano lec�vo com queixas de falta de qualida-de das refeições escolares.

Nos refeitórios das Escolas EB2 Dr. Manuel de Oliveira Per-pétua e Secundária de Porto de Mós, houve estudantes a recla-mar da qualidade e quan�dade da comida servida, mas a situa-ção é desvalorizada pelo Direc-tor do agrupamento, Rui Neves, que nos garante que “a situação está a melhorar”. “Temos de ver que que isto não é invulgar nu-ma altura em que todos passa-mos por uma fase de adaptação. Alguns funcionários da empre-sa Gertal que confecciona a co-mida, demonstram também, al-guma inexperiência em lidar com as quan�dades de comida neces-sárias, mas tudo se vai resolver”, explica.

Rui Neves admite que, de fac-to, surgiram alguns “desajustes na quan�dade e qualidade da co-mida”. No entanto, o próprio di-rector e vários professores têm comido nas can�nas e verifica-do que a situação está a norma-lizar-se.

O responsável não deixa de destacar outro problema, que diz respeito aos alunos que têm di-reito às refeições, gratuitamente, e que não aparecem no refeitó-rio. “Há um número considerável de alunos com os quais contamos para almoçar, mas que preferem almoçar fora da escola. É uma si-tuação que temos de analisar, porque não se pode ir almoçar só quando nos apetece”, afirma.

O nosso jornal contactou, ain-da, a empresa Gertal para tentar esclarecer esta questão, mas sem sucesso.

Luísa Patrício

Comida faltou nos refeitórios no início das aulas

SITUAÇÃO ESTÁ A MELHORAR, DIZ O DIRECTOR RUI NEVES

Roubos de cobre deixam povoações sem telefones DENÚNCIA FOI FEITA NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Actualidade

Page 23: O Portomosense 673

-23- Cultura

Relógio da RepúblicaAutor: Fernando Correia de OliveiraEditora: Âncora EditoraEdição: Setembro 2010

Acabadinho de sair, aí está o “Relógio da Repúbli-ca”, a mais recente obra do jornalista e inves� gador da área do Tempo, Fernando Correia de Oliveira.

A poucos dias de se assinalar o centenário da Re-pública, Fernando de Oliveira procura iden� fi car e contextualizar as mudanças estruturais e de quo� -diano trazidas pelo novo regime, há cem anos.

O tempo é rei e senhor nesta obra e nela surgem os relojoeiros da época e referências ao papel do Observatório Astronómico de Lisboa ou à implanta-ção do Relógio da Hora Legal, no Cais do Sodré.

Comer, Orar, Amar

Aos 30 anos, Liz Gilbert tem tudo o que poderia desejar: uma relação estável, independência mone-tária e uma carreira de sucesso. Mas, um dia, sem que nada o previsse, tudo se desmorona numa ar-rasadora crise conjugal que culmina num divórcio que a arrasta para uma profunda depressão. Decidi-da a não se deixar levar pela tristeza, Liz resolve fa-zer uma pausa de um ano e ingressar numa grande viagem. Serão 12 meses, cheios de novas tonalida-des, culturas e pessoas, que vão transformar a sua vida para sempre. Um fi lme, baseado em factos verí-dicos, realizado por Ryan Murphy. Com Julia Roberts e Javier Bardem.

Monnspell

“Sombra”

São umas das bandas portuguesas com maior re-conhecimento além fronteiras. Mais, até, do que no nosso país. Talvez por isso os Moonspell tenham apostado num novo formato, que lhes permite ac-tuar em salas de espectáculo onde os acordes fortes que os fez famosos nunca foram convidados a en-trar. Postas de lado as distorções e com um novo re-gisto vocal de Fernando Ribeiro, a banda inicia uma digressão nacional, com o nome “Sombra”, onde re-cordam alguns dos melhores temas, dos quase 20 anos de carreira, em formato acús� co.

O primeiro espectáculo tem data marcada, dia 30 de Outubro no cinema São Jorge, em Lisboa. Mais perto, em Leiria, no cine-teatro José Lúcio da Silva dia 2 de Dezembro e no Centro Cultural e de Con-gressos das Caldas da Raínha, no dia 4 de Dezembro.

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9º. ENCONTRO NACIONAL DE TOCADORES DE CONCERTINAS

Ruas da Barrenta enchem-se para ouvir concertinas

A animação voltou às ru-as da aldeia que já é famo-sa por receber dezenas de

concer� nas no úl� mo sába-do do mês Setembro.

No passado dia 25 de Se-

tembro, a tarde foi bem mo-vimentada na Barrenta, fre-guesia de Alvados, onde

compareceram 160 tocado-res dos mais diversos pontos do país, para a realização do 9º. Encontro Nacional de To-cadores de Concer� nas.

Nesta edição de 2010, o Centro Cultural da Barren-ta trouxe à pequena aldeia, grupos de Viana do Caste-lo, Póvoa do Varzim, Guima-rães, Guarda, Castelo Bran-co, Coimbra, Lisboa e tam-bém da região do Alentejo.

Na tarde daquele sábado, muitos foram os que apro-veitaram para tocar concer-� na junto dos populares, en-quanto não subiam ao pal-co.

Hermano Carreira, o prin-cipal dinamizador do Encon-tro Nacional de Tocadores de Concer� nas da Barrenta, mostrou-se sa� sfeito com o número de pessoas que marcou presença no even-to e adianta que, para o ano, de modo a celebrar o 10ª. aniversário, o Centro Cultu-ral da Barrenta quer trazer grupos internacionais à Bar-renta.

Luísa Patrício

HERMANO CARREIRA LAMENTA:

“Câmara não teve verba para ‘Sons Tradicionais’”Com o sucesso do Encon-

tro Nacional de Tocado-res de Concer� na já con-solidado, há quatro anos, Hermano Carreira lançou-se em mais um desafi o: um Serão de Sons Tradicionais a realizar na vila de Porto de Mós quase como que a servir de aperi� vo para no dia seguinte ter lugar na Barrenta o encontro de to-cadores de concer� na.

A aposta em grupos de qualidade e do mais genu-íno possível cedo deu fru-tos e todos os anos o even-to enchia o Cine-teatro.

Este ano, e para surpre-sa de muitos, não houve o

Serão.Hermano Carreira expli-

cou-nos que a câmara mu-nicipal “não teve verba pa-ra concre� zar o evento”. “Foi uma decisão que re-cebi com alguma insa� s-fação, mas tenho de acei-tá-la. O ‘Sons Tradicionais’ funciona como um even-to de divulgação que pre-tende atrair pessoas à se-de do concelho ca� vando-as depois a passarem pela Barrenta. É uma manei-ra de chegarmos a outras pessoas. Trazemos gente à vila de Porto de Mós e di-vulgamos os encontros da Barrenta que já são uma

referência nacional”, expli-ca o promotor.

Já a autarquia rejeita que difi culdades económicas tenham inviabilizado a re-alização do evento. “Não, não se tratou de constran-gimentos a esse nível. Co-mo no dia em que, suposta-

mente, se realizaria o ‘Sons Tradicionais’ já estava mar-cada a Assembleia Munici-pal, optámos por não fazer o evento”, explica Albino Januário, vice-presidente da câmara e vereador com o pelouro da Cultura.

160 tocadores ofereceram tarde de música

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Page 24: O Portomosense 673

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2 Outubro

Há música na cidadeCentro Histórico de Leiria | Das 15 às 24 horas A música vai andar à solta em Leiria, repartida por 17 palcos, por onde passam mais de 700 músicos. Música clássica de câmara, para bébes, electrónica, hip-hop, jazz ou bandas garagem são algumas das sonoridades que passam por Leiria.

4 Outubro

República VS MonarquiaCine-teatro de Porto de Mós | 18h30Uma conferência onde um defensor da monarquia (Sanches Osório) vai esgrimir argumentos com um defen-sor da república (António Costa Pinto). Antes disso há ainda uma introdução histórica, pelo historiador Américo Henriques.

5 Outubro

Concerto Evocativo da implantação da República Praça da República | Porto de Mós | 10h30A Banda Recreativa Porto-mosense é uma das 200 que, a nível nacional, tocam o hino nacional à mesma hora, evocando o acontecimento que ocorreu há 100 anos. Em Porto de Mós, o espectáculo é enriquecido com a partici-pação do Coral Vila Forte.

9 Outubro

Jorge PalmaTeatro José Lúcio da Silva | Leiria | 21h30Um cantor que não precisa de apresentações. Jorge Palma está em Leiria, para um concerto acústico. O bilhete tem o preço único de 15 euros.

11 Outubro

Breve história da República PortuguesaAuditório Municipal da Batalha | 21h30Uma peça de teatro, pela companhia Teatro Azul, que aborda a data da implan-tação da República em Portugal.

Exposições

CastelArteCastelo de Porto de Mós | Até 10 de OutubroÉ inaugurada amanhã a última exposição da inicia-tiva CastelArte. Hannelore Schuh é o autor da mostra “Refúgio”.

Cultura

Um barão quase cego que resistiu seis meses a um assassinato

Muitos dos que diariamente per-correm as calçadas da Rua do Ba-rão, em Porto de Mós, desconhe-cem a vida e os feitos de Venâncio Pinto do Rego Cêa Trigeiros, nascido a 28 de Julho de 1801.

Desde 2004 que a vida do que veio a ser Barão de Porto de Mós está em livro, da autoria de António Borges da Cunha.

Um processo de assassinato, com mais de mil páginas, foi o ponto de par� da para uma nova publica-ção, da autoria de Ricardo Charters d Azevedo, apresentado no Cine-te-atro de Porto de Mós no dia 18 de Setembro.

A apresentação do livro foi feita por Guilherme d´Oliveira Mar� ns, que também falou na qualidade de presidente do Tribunal de Contas, uma vez que Venâncio Pinto do Re-go Trigueiro foi um dos fundadores da ins� tuição, em 1849, onde en-controu um quarto avô de Guilher-me d´Oliveira Mar� ns. O presidente do Tribunal de Contas teve o mérito de cruzar a vida do Barão de Porto de Mós com os acontecimentos po-lí� cos que marcaram o século XIX, nomeadamente todo o período do Liberalismo.

“A Morte do Barão de Porto de Mós” centra-se essencialmente nos acontecimentos que rodearam o seu assassinato. O livro pertence

à colecção “Estremadura – Espaços e Memórias”, que vai na segunda série. No total são 15 os livros que compõem a colecção, uma inicia� va do Cepae – Centro do Património da Estremadura, com a direcção cien� -fi ca a cargo do professor Saul Antó-nio Gomes. A edição deste livro con-tou ainda com o apoio do município de Porto de Mós.

Quem foi o Barão?

Venâncio Pinto do Rego Trigueiro nasceu em Porto de Mós, no seio de uma família infl uente, e estuda Leis, em Coimbra, entre 1820 e 1825. É em Coimbra que conhece os irmãos

Costa Cabral, que irão ter papel cen-tral no Liberalismo.

Quando regressa a Porto de Mós é nomeado representante nas cor-tes gerais do reino e vai ser ainda vereador na câmara municipal.

Em 1828 é nomeado juiz de fo-ra de Monsaraz, onde casa com uma mulher mais velha 31 anos, au-mentando bastante a fortuna. O ca-sal não teve fi lhos, o que começou a despoletar interesse e disputa na herança.

Em 1849 é criado o Tribunal de Contas, com o Barão de Porto de Mós a ser nomeado conselheiro vi-talício, tendo ainda presidido aque-le órgão durante alguns anos.

Aos 66 anos é assassinado na la-deira da Infesta, na Nazaré. Um as-sassinato que demorou seis meses a ser concre� zado, apesar do Barão estar quase cego à data dos aconte-cimentos. O mentor do crime foi o cunhado Felisberto do Pinto Rego, devido à grande herança do Barão. No livro agora publicado podem ler-se os percalços que o grupo que se juntou para assassinar teve pe-la frente, desde as janelas embacia-das, na Quinta da Cor� ça, em Leiria, que impediram de ver o alvo, aos vários assaltos falhados.

Patrícia C. Santos

Guilherme d´Oliveira Martins (ao centro) apresentou livro

Coral e Orquestra da Cantábria encantam Alqueidão e JuncalO Coral “Voces Cántabras”, de Ca-

bezón de la Sal, e a Orquestra Ju-venil “Julio Jaurena”, de Santander, ambos da região espanhola da Can-tábria, brindaram a população de Al-queidão da Serra e do Juncal com dois excelentes concertos, nos pas-sados dias 17 e 18 de Setembro.

Os dois grupos, dirigidos por Mi-riam Jaurena, es� veram no conce-lho de Porto de Mós a convite do Coral Calçada Romana e do Grupo Coral de São Miguel e Orquestra Ju-venil do Juncal.

Chegaram a terras lusas no dia 15, alojaram-se em Fá� ma e aproveita-ram para conhecer várias das ma-ravilhas da nossa região e do nosso concelho.

No dia 17, pela manhã, animaram a eucaris� a das 11h00, na Igreja da San� ssima Trindade, transmi� da em directo pela Rádio e pela TV Canção Nova. À tarde, a comi� va foi recebi-da no Castelo de Porto de Mós pelo

Sr. Vereador da Cultura. Depois dos discursos da “praxe” e de os grupos terem retribuído com a interpreta-ção de uma peça tradicional da Can-tábria, houve tempo para uma visita ao monumento.

À noite, a par� r das 21h00, Co-ral “Voces Cántabras” e Orquestra Juvenil “Julio Jaurena” ofereceram,

no salão da Casa do Povo de Alquei-dão da Serra, um excelente concer-to, com um programa que apresen-tou uma mescla de temas tradicio-nais espanhóis com temas clássicos conhecidos do grande público inter-pretados na perfeição. No dia se-guinte, num salão dos Bombeiros Voluntários do Juncal completamen-

te cheio, os grupos repe� ram este programa, com o brilhan� smo da noite anterior. Este concerto inte-grou-se nas comemorações dos 450 anos da criação da freguesia do Jun-cal e, no seu fi nal, o Presidente da Junta de Freguesia, João Manuel Co-elho, sublinhou, emocionado, a ex-celência do momento cultural vivi-do e agradeceu aos “amigos” da As-sociação Coral Calçada Romana, do Alqueidão, por terem “oferecido” ao Juncal a possibilidade de desfrutar de um concerto de tal qualidade.

O Coral “Voces Cántabras” é, sem dúvida, um dos melhores corais es-panhóis que passaram pelo con-celho de Porto de Mós nos úl� mos anos. Espera-se agora pela segunda parte do intercâmbio, que levará o Coral Calçada Romana e os dois gru-pos do Juncal (Grupo Coral de São Miguel e Orquestra Juvenil) à Cantá-bria, para retribuir a visita ao “Voces Cántabras”.

Doces e Licores regressam à Casa do Povo

Nos próximos dias 9 e 10 de Outubro, a Casa do Povo de Porto de Mós acolhe mais um evento que promete fazer as delícias dos mais gulosos.

Organizada pelo Coral Vi-la Forte, a 6ª. Mostra de Doces e Licores vai ter o habitual café

da avó com fi lhoses como “ape-ri� vo”, já que os doces e lico-res serão o “prato” principal.

Nesse fi m-de-semana, mar-carão presença no evento o gastrónomo e jornalista da RTP, Amílcar Malhó, e uma esco-la de hotelaria. Haverá, ainda, serviço de bar e música.

IV Fim de Semana da Juventude

O IV Fim-de-Semana da Juventu-de realiza-se desta sexta-feira, dia 1, a domingo, 3 de Outubro, junto às piscinas municipais. Uma organiza-ção da Associação Jovem de Porto de Mós – Jornada Dinâmica.

Nas ac� vidades, contam-se con-certos com a Banda Recrea� va Por-

tomosense e as bandas de “covers” Dostene Fami, Bloco Central, Ei-senkraut e Original Fakers. Teatro, torneios despor� vos, jogos tradicio-nais e vários workshops preenchem o fi m-de-semana, que conta ainda com a III edição do “À conversa com... En-contro de Gerações”, que terá re-transmissão na rádio Dom Fuas Fm, no próximo domingo, às 12h00.

Porto de Mós

LIVRO “A MORTE DO BARÃO

DE PORTO DE MÓS”

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-25- Actividade Municipal

CONSERVE A SUA TERRA LIMPA

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OBRAS PARTICULARES

Rectificação da deliberação cama-rária de 2010/08/26, referente ao pe-dido de isenção de pagamento das taxas, respeitantes à construção de uma indústria de serralharia civil, sita em Moitalina, freguesia de Pedreiras, pertencente a Ferberto – Serralharia Civil, Lda., a que corresponde o pro-cesso de obras n.º 533/2008.

Deliberado rectificar a deliberação de Câmara de vinte e seis de Agos-to de dois mil e dez e isentar as taxas devidas com excepção da taxa de infra-estruturas urbanísticas e a taxa de compensação.

DIVERSOS

PROJECTO ROTÁRIO/UNIVERSIDADE SÉNIOR – foi presente uma Proposta dos Vereadores do Partido Social De-mocrata, Senhores Júlio Vieira e Lu-ís Almeida, propondo que o Municí-pio de Porto de Mós seja parceiro no Projecto Rotário/Universidade Sénior, nos termos constantes do Projecto já apresentado pelo Clube Rotário de Porto de Mós ao Sr. Presidente, assu-mindo assim, as suas responsabilida-des numa área de enorme importân-cia.

A Câmara Municipal considera a ini-ciativa muito importante para o con-celho, contudo é um assunto que deve ser clarificado de modo a se saber as responsabilidades da

Câmara Municipal como parceira.Mais foi deliberado, que a Câmara

Municipal se encontra disponível para apoiar nos termos em que o faz com outras entidades, pelo que vota por maioria contra a proposta.

Tendo o Vereador Senhor Luís Almei-da votado a favor da parceria do Mu-nicípio de Porto de Mós no Projecto Rotário da Universidade Sénior.

Não tomou parte da deliberação o Vereador Senhor Júlio Vieira que se ausentou da sala.

PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DE POR-TO DE MÓS E O AGRUPAMENTO DE ES-COLAS DE MIRA DE AIRE E ALVADOS NO ÂMBITO DO TRANSPORTE DE ALUNOS DA ESCOLA BÁSICA N.º 1 DE ALVADOS ENTRE O LOCAL DE RESIDÊNCIA DOS ALUNOS E A CITADA ESCOLA – Delibe-rado aprovar e autorizar o Senhor Pre-sidente da Câmara a outorgar o Pro-tocolo.

PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DE POR-TO DE MÓS, O CENTRO CULTURAL E RE-CREATIVO DO ALQUEIDÃO DA SERRA E O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE POR-TO DE MÓS NO ÂMBITO DO TRANSPOR-TE DE ALUNOS DA ESCOLA BÁSICA N.º 1 DO ALQUEIDÃO ATÉ AO LOCAL DE RESI-DÊNCIA – Deliberado aprovar e autori-zar o Senhor Presidente da Câmara a outorgar o Protocolo.

PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DE POR-TO DE MÓS E O CENTRO DE APOIO SO-CIAL SERRA DÁIRE E CANDEEIROS, NO ÂMBITO DO FORNECIMENTO DE REFEI-ÇÕES AOS JARDINS DE INFÂNCIA E ES-COLA DO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSI-CO DE ARRIMAL, MENDIGA, SÃO BENTO

E SERRO VENTOSO – Deliberado apro-var e autorizar o Senhor Presidente da Câmara a outorgar o Protocolo.

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO – Pre-sente um requerimento de Vera Mó-nica Henriques Pedroso Santos, a so-licitar emissão do horário de funcio-namento, das nove às duas horas, para o seu estabelecimento de café, sito na Rua Principal, n.º 20, em Ca-sais de Matos, freguesia de Calvaria de Cima.

Deliberado deferir.

REGULAMENTO GERAL DE RUÍDO (DE-CRETO-LEI N.º 9/2007) – ELABORAÇÃO DE MAPA DE ZONAS MISTAS E SENSÍ-VEIS (MZMS) E ELABORAÇÃO DE PLA-NO MUNICIPAL DE REDUÇÃO DE RUÍDO (PMRR) – Presente um ofício da Asso-ciação de Municípios da Região de Leiria, a dar conhecimento da pro-posta da ESTG Leiria para a elabora-ção dos MZMZS e dos PMRR, pelo que solicita que este Município informe do eventual interesse na proposta apre-sentada.

Deliberado aderir à proposta.

AQUISIÇÃO DE TERRENO DESTINA-DO À ZONA INDUSTRIAL DE PORTO DE MÓS – 3.ª FASE – Presente uma carta de Fernando Silva Brogueira, a infor-mar que o valor de 7,50€/m² ofereci-do pelo prédio, com a área de 2.760 m², inscrito na matriz predial rústica da freguesia de S. Pedro sob o artigo n.º 16, secção 005, não representa o real valor da propriedade, solicitando um valor de 12,50 €/m², o que perfaz um montante global de 34.500,00€.

Deliberado propor a aquisição do prédio inscrito na matriz predial rústica da freguesia de S. Pedro sob o artigo n.º 16, secção 005, ao valor de dez euros e dezassete cêntimos o metro quadrado, como proposta final, com a abstenção dos Senhores Vereado-res do Partido Social Democrata.

ABERTURA DO PERÍODO DE DISCUS-SÃO PÚBLICA DA ALTERAÇÃO (INSTALA-ÇÃO DE INFRA-ESTRUTURAS DE PRODU-ÇÃO E TRANSPORTE DE ENERGIA A PAR-TIR DE FONTES RENOVÁVEIS NA CLASSE DE USOS DO SOLO “ESPAÇO FLORESTAL DE PROTECÇÃO”) – Foi presente uma informação da Dr.ª Helena Oliveira, in-formando da necessidade de se deli-berar sobre a abertura do período de Discussão Pública, que deverá ter iní-cio no 5º dia útil contado a partir da publicação do respectivo Aviso no Di-ário da República e ter a duração de 30 dias úteis.

Deliberado concordar com a infor-mação e proceder em conformida-de.

FINANÇAS MUNICIPAIS

TESOURARIA – A Câmara tomou co-nhecimento do movimento dos fun-dos, por intermédio do Resumo Diário da Tesouraria.

COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA A ATRIBUIR À ASSOCIAÇÃO RECREATIVA CULTURAL E DESPORTIVA DE MENDIGA – Foi presente uma informação do Ve-reador do Desporto, Senhor Fernando Monteiro, informando que por estar cabimentado um apoio para obras

de remodelação e melhoramento das instalações da Associação Re-creativa Cultural e Desportiva de Men-diga no valor de 15 000.00€, propõe a atribuição de um apoio financeiro para a realização das mesmas.

Deliberado atribuir o apoio finan-ceiro no montante de quinze mil eu-ros mediante a assinatura de protoco-lo conjunto.

Mais foi deliberado aprovar o pro-tocolo e autorizar o Senhor Presidente da Câmara a outorgar o mesmo.

COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA A ATRIBUIR À ASSOCIAÇÃO RECREATIVA CULTURAL E DESPORTIVA DE MENDIGA – foi presente uma informação do Ve-reador do Desporto, Senhor Fernando Monteiro, informando que por estar cabimentado um apoio para a rea-lização da prova de atletismo “Gran-de prémio 2010”que se irá realizar em Novembro próximo, propõe a atribui-ção de um apoio financeiro para a realização da mesma, num máximo de 3 000.00€.

Deliberado atribuir o apoio financei-ro no montante de três mil euros, me-diante a apresentação dos docu-mentos justificativos da despesa.

RECTIFICAÇÃO DE DELIBERAÇÃO TO-MADA EM REUNIÃO ORDINÁRIA REALI-ZADA EM 20 DE MAIO DE 2010, REFE-RENTE À ATRIBUIÇÃO DE SUBSÍDIOS AOS CLUBES – foi presente uma informação do Vereador do Desporto, Senhor Fer-nando Monteiro, informando que de-verá ser rectificada a deliberação do executivo tomada em 20.05-2010, vi-sando corrigir o valor de 5.650.00€ atribuído ao Grupo Recreativo Ser-ro Ventoso para o valor de 3.650.00€, pois é este valor que se mostra devido em termos regulamentares

Deliberado concordar com a infor-mação e proceder em conformida-de.

DEVIDO À URGÊNCIA, FOI DELIBERADO DISCUTIR OS

SEGUINTES ASSUNTOS:

PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DE POR-TO DE MÓS, A EMPRESA DE INSERÇÃO – CENTRO DE FORMAÇÃO DESPORTIVA – ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA PORTOMO-SENSE, O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PORTO DE MÓS E O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MIRA DE AIRE E ALVA-DOS, NO ÂMBITO ESPECÍFICO DAS AC-TIVIDADES DE ENRRIQUECIMENTO CUR-RICULAR NO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO DO PROGRAMA DE GENERALI-ZAÇÃO – Deliberado aprovar e auto-rizar o Senhor Presidente da Câmara a outorgar o mesmo, com a absten-ção dos Senhores Vereadores do Par-tido Social Democrata, que apresen-taram uma declaração de voto, no seguinte teor:

“Declaração de VotoAs AECS foram introduzidas no início

do último mandato no 1.º Ciclo, em boa hora o governo introduziu o In-glês, a Música, a Educação Física e as Artes Plásticas, entre outras activi-dades de enriquecimento curricular no 1.º Ciclo. Por um lado, era neces-sário adaptar os tempos de perma-nência das crianças nas escolas às necessidades das famílias. Por outro

lado, era preciso introduzir nestas ida-des novas aprendizagens pedagogi-camente ricas, fundamentais para o desenvolvimento das crianças e con-sequentemente para o sucesso esco-lar.

Assim sendo, não restam dúvidas quanto à importância desta matéria no futuro e no desenvolvimento das nossas crianças.

No entanto, no último mandato foi notório que as AECS nunca funciona-ram bem e os problemas foram mui-tos e diversificados. Falta de condi-ções do Parque Escolar, que não esta-va e continua a não estar preparado para dar resposta a esta nova realida-de. Falta de articulação com os Agru-pamentos Escolares, principalmente, no que diz respeito aos horários e pe-ríodos das aulas. Contratação de em-presas através de concursos públicos sem nenhum currículo ou conheci-mento para ministrar e organizar acti-vidades com esta importância.

Apesar desta realidade, apesar de ser o futuro das nossas crianças que está em causa, o Sr. Presidente em campanha eleitoral assumiu publica-mente que iria manter o concurso pú-blico em relação às AECS. Eram mais de 200.000,00€ que estavam em causa e não podia ser de outra for-ma. Usando estes argumentos para contrariar a proposta dos candidatos do PSD, que pela importância deste assunto, defenderam e continuam a defender que as AECS deveriam ser organizadas pela Câmara em articu-lação com os Agrupamentos.

Assim, ninguém percebe mais es-ta cambalhota nas convicções e na palavra dada aos Munícipes, por par-te do Sr. Presidente e restantes Verea-dores do PS. Ainda se percebe menos as verdadeiras razões para mais esta promessa não cumprida.

Terá sido a preocupação com a melhoria destas actividades que este-ve na origem desta alteração?

Tendo o concelho dezenas de Asso-ciações, Desportivas, Culturais e So-ciais, quantas foram contactadas?

Recebendo o Município por criança e por ano lectivo 250,00€ do Ministé-rio da Educação, como foi encontra-do o valor a pagar à ADP de 180,00€ por criança?

Será que estamos na presença de mais um expediente para o Município ainda ganhar com as AECS, criando falsas expectativas em relação à ADP, que corre o risco de não poder cum-prir com as suas obrigações legais e assim, mais uma vez, as nossas crian-ças serem vítimas dum mau serviço?

Será o reconhecimento pelo envol-vimento de vários Dirigentes da ADP nas listas do PS nas últimas eleições?

Enfim, seja lá o que for, certamente não foi nenhuma preocupação com as nossas crianças que esteve na ori-gem de mais esta falta ao prometido.

Apesar deste não ser o modelo que defendemos e não nos revermos nes-ta forma de fazer politica, não vota-mos contra, apenas por respeito pe-la entidade envolvida e porque não confundimos as pessoas com as Ins-tituições. Assim, o nosso voto é a abs-tenção.

Porto de Mós, 26 de Agosto de 2010.

Os Vereadores do PSD

Júlio VieiraLuís Almeida”

RECRUTAMENTO DE TRÊS TRABALHA-DORES NECESSÁRIOS À OCUPAÇÃO DE POSTO DE TRABALHO PREVISTO E NÃO OCUPADO NO MAPA DE PESSOAL APROVADO PARA O ANO 2010, A EXER-CER FUNÇÕES A TERMO PARCIAL NAS ESCOLAS DO CONCELHO – Foi presen-te uma informação da Vereadora da Educação Dr.ª Anabela Martins, infor-mando que para efeitos de justifica-ção do número total de candidatas seleccionadas para exerceram fun-ções de tarefeiras nos jardins de In-fâncias e escolas do 1.º ciclo do con-celho, vem dar conhecimento que o número de seleccionadas foi de vin-te e seis e não de vinte e três confor-me informação prestada na abertura do concurso.

Deliberado autorizar a contratação de mais três postos de Trabalho a ter-mo parcial para as escolas do con-celho.

RECLAMAÇÃO DO PAGAMENTO DE FRANQUIA – ACIDENTE DE VIAÇÃO – Foi presente uma informação da Técnica Superior Jurista, Dr.ª Cláudia Fino, in-formando que a Câmara Municipal deverá assumir o pagamento do va-lor de € 250, 00 (duzentos e cinquen-ta euros) correspondente ao valor da franquia estabelecida no contrato en-tre a Câmara Municipal e a Segura-dora, conforme reclamado pela Se-nhora Maria do Céu Calvário Ramos Sereno

Deliberado concordar com a infor-mação e pagar o montante de du-zentos e cinquenta euros.

Não tomou parte da deliberação o Vereador Senhor Júlio Vieira que se ausentou da sala.

COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA A ATRIBUIR AO GRUPO CORAL VILA FORTE – Presente uma carta da Associação Coral Vila Forte, a solicitar uma com-participação financeira, destinada a fazer face às despesas com o even-to, que irá decorrer nos próximos dias 9 e 10 de Outubro, 6.ª Mostra de Do-ces e Licores.

Deliberado atribuir o apoio financei-ro no montante de setecentos e cin-quenta euros, mediante apresenta-ção de justificativos de despesa.

AUMENTO DO PREÇO DO GÁS – Foi presente uma proposta do Presiden-te da Câmara, Senhor João Salgueiro, propondo que a Câmara Municipal delibere no sentido de alertar as vá-rias entidades para o perigo e reper-cussões que os recentes aumentos do custo do gás (Despacho 07/2010 de 15 de Junho), já expressos nas fac-turas de Julho de 2010 vai ter na eco-nomia da Região e, consequente-mente, do País.

Deliberado concordar por unanimi-dade com a proposta que deverá ser remetida aos Grupos Parlamentares, ao Senhor Primeiro Ministro, ao Senhor Ministro da Economia e à Direcção-Geral de Economia.

Mais foi deliberado, submeter à As-sembleia Municipal de Porto de Mós para deliberação.

Resumo da Acta de Reunião de Câmara nº 17 / 2010

Reunião de 9 de Setembro de 2010

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O Presidente e Vereadores do P.S. aceitaram, aparentemente serenos, a deslocalização do Centro Escolar da Cruz da Légua para as Pedreiras. Desconheço, até hoje, as razões desta postura. Toda-via, sei que em reunião de Câmara, a oi-to de Outubro, de 2009 foi aprovado “ o projecto de Remodelação e Ampliação da Escola EB1 da Cruz da Légua e cons-trução de um Jardim de Infância (Proc-º N.º 238/2009) e que a 3 de Janeiro de 2010 não �nha havido qualquer deliberação sobre a “abertura do res-pec�vo concurso” conforme informação nº 001377de 01-03-10. Sei, também que entre declarações inabaláveis à popula-ção da Cruz da Légua e à comunicação social, se transformou uma remodelação e ampliação de uma sala em pólo e mais tarde num centro escolar.

Sempre presumi que estávamos pe-rante uma descarada promessa eleito-ral sem qualquer respeito pela palavra dada. No rescaldo de mais este episódio caro ao erário público, a Cruz da Légua fi-ca sem ampliação, sem pólo e sem cen-tro escolar. Seguramente a Cruz da Légua merece mais, mais respeito e mais rigor. Por outro lado, a bancada socialista pre-

cisa de ser mais exigente; não pode, ce-gamente, aprovar emprés�mo atrás de emprés�mo em sede de Assembleia Mu-nicipal confiando na palavra do Presiden-te.

Só no pacote de obras inscritas no pla-no plurianual aprovaram um milhão e seiscentos mil euros. É da responsabi-lidade de todos acautelar onde e como é gasto este dinheiro, mas é da exclusi-

va competência do Par�do Socialis-ta e do Execu�vo que apoia decidir o que quer fazer no parque escolar do

Concelho. Afinal é a favor da concentração ou da

remodelação e ampliação de salas? É a favor ou contra a construção do Centro Escolar no Juncal? Já foi uma prioridade em Julho de 2008, mas por artes que a razão desconhece, não consta de qual-quer projecto, nem das opções do plano para 2010. De facto António José Teixei-ra tem razões para estar poli�camente amargurado; como jus�ficar tantas tra-palhadas? Obviamente demi�u-se!

Deslocalização

Ana Narciso(professora)

Opinião

Quem vai para o mar avia-se em terra. Eu não o fiz eu e bem o deveria ter fei-to. Uma fragata não é um paquete e por isso está mais sujeita às más disposições do malagueiro (agitação marí�ma em lin-guagem de marujo). Com a dificuldade de nos levantarmos da cama e ir ao refei-tório, tornam-se par�cularmente impor-tantes provisões como bolachas, bana-nas, maçãs e tudo que possa ser ingerido sem sair da cama. Eu não levei nada disso e sofreria as consequências não fora a providen-cial ajuda do velho sargento Cordeiro. Ele abeirou-se da mi-nha cama, onde jazia o meu corpo exaus-to, e, paternalmente, foi-me dando fruta e biscoitos. Eu só saía da cama para inter-vir em locais onde a minha especialidade de electrónica era exigida.

Em Novembro naquela zona é vul-gar o Atlân�co andar agitado e exube-rar nas suas manifestações. A fragata le-vava a sua guarnição de cerca de 180 ho-mens devidamente alojados, mas levava também mais cerca de 80 fuzileiros. Eram carne para canhão que o regime enviava a bordo, dispersos pelo chão em camas improvisadas. Quando alguém se deslo-cava ao longo do navio, �nha que o fazer

com o máximo cuidado de modo a não pisar ninguém, nem os restos de comida saídos do estômago de algum infeliz.

Estava dicidido. Prome� a mim mes-mo que quando aportássemos em S. Vi-cente, Cabo Verde, iria por terra dentro à procura de man�mentos fáceis de ingerir de modo a suavizar o resto da viagem até Luanda.

Enganei-me. Ali constatei hábitos de higiene estranhos, atuns já semi-des-feitos com as tripas dispersas e odo-res fortes africanos alheios ao meu na-

riz de europeu, que me fizeram regressar a bordo com as mãos vazias tal como de lá �nham par�do.

Em compensação a viagem até Luanda seria mais tranquila, já que na zona Equa-torial o mar é mais calmo e até dava para ver um ou outro tubarão com a sua bar-batana dorsal acima da super�cie espe-lhada do oceano. Era também frequente ver saltar peixes voadores que, apavora-dos pela aproximação do navio, saltavam da água e voavam com um voo de perdiz. Percorriam dezenas de metros até as bar-batanas secarem e mergulhavam.

Rumo a Angola

José Conteiro(empresário)

Seguramente a Cruz da Légua merece mais, mais

respeito e mais rigor

Quem vai para o mar avia-se em terra

Quando a 5 de Outubro de 1910 Jo-sé Relvas proclamou a República, estava longe de imaginar que o centenário vin-douro seria deveras conturbado.

No inicio tudo foi confuso, houve ho-micídios, renúncias de cargo, auto-pro-clamações. A inexperiência da “menina” República levou a que o povo se sen�sse descontente com a radical mudança.

Seguiu-se Carmona, Craveiro Lopes e Américo Tomás a par com Salazar que co-mandou o Estado Novo durante qua-tro décadas. Este que trouxe consigo a tenacidade im-piedosa da PIDE e o lápis azul da censura. Instalou-se o medo, a desconfiança, a opressão.

A temível guerra no Ultramar alimen-tou a insa�sfação silenciosa. O povo apercebeu-se da inadequada salvaguarda das colónias. Os jovens, inconformados em desacordo com o regime, desertaram à guerra refugiando-se no estrangeiro.

Marcelo Caetano, mais liberal na aber-tura polí�ca, trouxe alguma esperança, ainda assim, os presos polí�cos permane-ciam nas prisões não aceitando a eterna submissão imposta pela ditadura.

Em 74, uma manhã de Abril apesar de

cinzenta logo se adornou de cravos ver-melhos. O povo, ainda que renitente, saiu à rua, e eufórico anunciou a liberdade. Afinal, o que era isso de liberdade? Eram dias de democracia em que tudo era per-mi�do?

Esses agitados dias trouxeram irreflec-�das decisões. Muito se decidiu de cabe-ça quente, como tal, o processo de des-colonização foi precoce, deu-se a irrever-sível devolução das restantes colónias, e

daí, a queda do im-pério.

O país estreme-ceu em 82 com a iminência da ban-carrota. As coisas

concertaram-se, e em 86 aderimos à CEE na esperança redobrada de conseguir-mos ser iguais aos mais desenvolvidos, no entanto, a crença cedo se desvaneceu, e se úl�mos éramos, úl�mos con�nuámos. Não nos adaptámos à velocidade euro-peia e a corrupção não tardou a actuar. Tentámos o Euro e a inadaptação fez-nos recontar e repescar os úl�mos vinténs da algibeira.

Em cem anos crescemos tão pouco, e pouco é quase nada. Permanecemos as-sim nesta eterna solidão.

Este é o fado de nascer português!

Cem anos de solidãoEduardo Biscaia(programador CNC)

Em cem anos crescemos tão pouco, e pouco

é quase nada

Tendo em conta o actual ciclo de come-morações do centenário da República em Portugal, decidi escrever uma série de ar�-gos sobre os factos que levaram à abolição da Monarquia e à implantação da República em Portugal no dia 5 de Outubro de 1910. Hoje decidi apresentar aos nossos leitores dois factos que contribuíram decisivamen-te para a degradação da imagem da Monar-quia e dos seus representantes dinás�cos em Portugal durante o século XIX.

O primeiro facto tem que ver com a ima-gem que a família real construiu ao longo do século XIX. Essa era uma imagem de incapacidade para levantar a moral do povo português. A popularidade da ca-sa real foi-se degra-dando, muito à cus-ta de vários traumas impostos sobre o país, como por exemplo as três invasões france-sas, a perda do Brasil e o episódio do Ul�-mato Britânico em 1890. No fim do sécu-lo XIX, o rei D. Carlos era olhado por alguns sectores da sociedade portuguesa como um símbolo de an�-patrio�smo. O próprio Re-gicídio foi tratado com indiferença por par-te de muitos sectores da sociedade portu-guesa na altura.

Não deixa de ser curioso que numa épo-ca em que, por toda a Europa, a vida da Cor-te renascia, a monarquia portuguesa reco-lhia-se e chegava ao seu ponto mais baixo de empa�a com o povo português. A Cor-te, depois da morte da maior parte dos fi-

lhos de D. Maria II, era pequena e não �nha dinheiro. Os reis portugueses eram os que recebiam menos dinheiro na Europa, o que mo�vou que a família real chegasse ao fim do século XIX bastante endividada e a viver dos emprés�mos do Tesouro Público.

O segundo facto a apresentar consiste na republicanização do Estado português, ten-dência registada desde a revolução liberal em 1820. A Monarquia Cons�tucional por-tuguesa era governada por homens de ide-ais liberais, que achavam a forma republica-na do Estado uma consequência lógica do

progresso moder-no. Em 1910, qua-se ninguém esta-va na polí�ca ac�-va para defender os interesses da famí-lia real. A Monarquia era, por isso, apenas

a ordem estabelecida. No meio das lutas e querelas polí�co-par�dárias entre o Par�do Progressista e o Par�do Regenerador, a fi-gura ins�tucional do Rei �nha sido conver�-da num árbitro entre os par�dos, que se ha-bituaram a atacar ou a ameaçar o trono pa-ra obterem o governo. Depois do Regicídio e da falta de preparação do rei D. Manuel II para reinar, em 1910, a esmagadora maioria queria, portanto, uma República no sen�do da adopção de um Estado com os valores democrá�cos, que conseguisse restaurar o passado glorioso português. No entanto, depois da implantação da República, esse desejo não passou de um sonho, como de-monstrarei no próximo ar�go.

A implantação da República (parte 1)

Marco Silva(investigador universitário)

Em 1910, a esmagadora maioria queria, portanto, uma República no sentido da adopção de um Estado com os valores

democráticos

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O PORTOMOSENSE 30/09/2010 - 8744/673

MUNICIPIO DE PORTO DE MÓS

AVISOJOÃO SALGUEIRO, PRESIDENTE DA CÂMARA MU-NICIPAL DO CONCELHO SUPRA:

TORNA PÚBLICO, em cumprimento e para os efeitos previstos no n.º 3 e 4 do artigo 77º do De-creto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, que a Câmara Municipal de Porto de Mós, em reunião ordinária realizada em 9 de Se-tembro de 2010, deliberou a abertura do período de discussão pública referente à alteração do arti-go 26º do Regulamento do PDM.

O período de discussão pública, que foi publica-do através do Aviso 18800/2010 de 22 de Setem-bro no Diário da República n.º 185, 2.ª Série, tem início no dia 29 de Setembro de 2010 e a duração de 30 dias.

Durante este período, os interessados poderão consultar a Proposta de Alteração ao PDM na Divi-são de Planeamento, no Edifício dos Paços do Con-celho, Praça da República, Porto de Mós, no horá-rio normal de expediente.

Todas as reclamações, observações, sugestões ou pedidos de esclarecimento à alteração ao PDM deverão ser apresentadas por escrito, devidamen-te fundamentadas e endereçadas ao Presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós.

E para constar, se publica o presente aviso e ou-tros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.

Porto de Mós, 22 de Setembro de 2010.

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL,João Salgueiro

O PORTOMOSENSE 30/09/2010 - 8742/673CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL

FONTOURA CARNEIRO - PORTO DE MÓSCertifico para fins de publicação, que por escri-

tura de justificação celebrada neste Cartório No-tarial, no dia dez de Setembro de dois mil e dez, exarada a folhas setenta e seis do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Doze - A;

ANTÓNIO DA SILVA MATOS e cônjuge MA-RIA CLEMENTINA MATIAS MATOS, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais ele da freguesia de S. Pedro e ela da freguesia de S. João, ambas do concelho de Porto de Mós, resi-dentes na Rua Camilo Pessanha, Queijas, Oeiras, Nifs: 110312 627 e 110 312 619, declararam:

Que são donos e legítimos possuidores, com ex-clusão de outrem, do prédio rústico sito em Dinez, freguesia de Pedreiras, concelho de Porto de Mós, composto de mata mista e cultura arvense, com a área de cinco mil e quarenta metros quadrados, a confrontar de norte com José Pedro Carreira Mar-to e Jerónimo Sousa Vazão, sul com Cidália Maria Coelho da Silva, José Carlos Coelho da Silva, Luís Esperança Vieira e Herdeiros de José Cordeiro dos Santos, nascente com Jerónimo Sousa Vazão e do poente com José Pedro Carreira Marto e Luís Es-perança Vieira, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz sob o artigo 318 secção 006, com o valor patrimo-nial de IMT de € 233,78;

Que adquiriram o referido prédio por doação ver-bal de Felicidade de Jesus e marido António Mor-gado, residentes em Dinez, Pedreiras, Porto de Mós, compra essa que teve lugar no ano de mil no-vecentos e sessenta e seis, já no seu estado de casados;

Não obstante não terem título formal de aqui-sição do referido prédio, foram eles que sempre o possuíram, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defende-ram a sua posse, pagaram os respectivos impos-tos, gozaram todas as utilidades por eles propor-cionadas, amanharam-nos, colheram os seus fru-tos, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, posse essa de boa fé, por ignora-rem lesar direito alheio, pacífica, porque sem vio-lência, contínua e pública, por ser exercida sem in-terrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usuca-pião, que os justificantes invocam, como causa de aquisição do referido prédio, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudi-ciais normais.Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, dez de Setembro de dois mil e dez.

A Colaboradora com delegação de poderes,Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes

O PORTOMOSENSE 30/09/2010 - 8745/673

DF DE LEIRIASERVIÇO DE FINANÇAS

DE PORTO DE MÓS

A N Ú N C I O

IDENTIFICAÇÃO DO(S) BEM(NS)Venda nº 1457.2009.3 – Prédio rústico compos-to de Olival e Pastagem sob Coberto em Olival, com a área de 10.200,00 m2, inscrito na matriz rústica da freguesia de São Bento, sob o artigo n.º 64 da secção 032, com o valor patrimonial de € 229,95, descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto de Mós sob o n.º 1192 da mesma freguesia, ao qual foi fixado o valor de € 4.670,00. Localizado no distrito de LEIRIA, concelho de PORTO DE MÓS, freguesia de SÃO BEN-TO, lugar de CABECINHA. Ao preço de venda acres-cem o IMT e o Imposto do Selo que se mostrem de-vidos.Venda nº 1457.2009.4 – Prédio rústico compos-to de Olival e Pastagem sob Coberto em Olival, com a área de 5.760,00 m2, inscrito na matriz rústica da freguesia de São Bento, sob o artigo n.º 103 da sec-ção 032, com o valor patrimonial de € 220,47, descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto de Mós sob o n.º 1193 da mesma freguesia, ao qual foi fixado o valor de € 4.375,00. Localizado no distrito de LEI-RIA, concelho de PORTO DE MÓS, freguesia de SÃO BENTO, lugar de TERRAS NOVAS. Ao preço de ven-da acrescem o IMT e o Imposto do Selo que se mos-trem devidos.Venda nº 1457.2010.70 – Veículo da marca FORD Modelo: TRANSIT 100 Matricula JS-08-08 de 1986, do tipo MISTO, ligeiro de mercadorias, cor cin-zento, a gasóleo, cilindrada 2496 cc., caixa fechada, em mau estado de conservação, sem motor, sem ins-pecção desde 2003, ao qual foi atribuído o valor de € 200,00. Ao preço de venda acresce o IVA que se mostre devido.

TEOR DO ANÚNCIOCarlos Manuel Rebelo Machado, Chefe de Finanças

do Serviço de Finanças PORTO DE MOS-1457, faz sa-ber que no dia 2010-11-09, pelas 10:00 horas, neste Serviço de Finanças, sito em AV. DA LIBERDADE 13, PORTO DE MOS, se há-de proceder à abertura das propostas em carta fechada, para venda judicial, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), dos bens acima designados, penhorados ao Executado in-fra indicado, para pagamento da dívida no valor de € 15.512,44, sendo € 11.457,96 de quantia exequenda e € 4.054,48 de acréscimos legais.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 CPPT), contados da presente publicação, citan-do os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado. (240º/CPPT).

O valor base da venda nº 1457.2009.3 é de € 3.269,00, da venda nº 1457.2009.4 é de € 3.062,50 e da venda nº 1457.2010.70 é de € 140,00, calculados nos termos do artigo 250.º do CPPT.

É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) JOÃO MANUEL DA CONCEIÇÃO PEREIRA, residente em VALE FLORIDO – SÃO BENTO – PORTO DE MÓS, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer poten-cial interessado, entre as 16:00 horas do dia 2010-09-13 e as 16:00 horas do dia 2010-11-08 (249º/6 CPPT).

Todas as propostas deverão ser entregues no Servi-ço de Finanças, até às 16:00 horas do dia 2010-11-08, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço de Fi-nanças, devendo identificar o proponente (nome, mo-rada e número fiscal), bem como o nome do Executa-do e o n.º da venda.

As propostas serão abertas no dia e hora designa-dos para a venda (dia 2010-11-09 às 10:00h), na pre-sença do Chefe do Serviço de Finanças (253.º CPPT).

Não serão consideradas as propostas de valor in-ferior ao valor base de venda atribuído a cada verba (250º Nº4 CPPT).

No acto da venda deverá ser depositada a impor-tância mínima de 1/3 do valor da venda, na Secção de Cobrança deste Serviço de Finanças. Os restantes 2/3 deverão ser depositados na mesma entidade, no prazo de 15 dias (256.º CPPT).

Se o preço oferecido mais elevado for proposto por dois ou mais proponentes, abrir-se-á logo licitação en-tre eles, salvo se declararem adquirir o bem em com-propriedade. Estando presente só um dos proponen-tes do maior preço, pode esse cobrir a proposta dos outros, caso contrário proceder-se-á a sorteio para apurar a proposta que deve prevalecer (253.º CPPT).

IDENTIFICAÇÃO DO EXECUTADONome: JOÃO MANUEL DA CONCEIÇÃO PEREIRA.Morada: VALE FLORIDO – SÃO BENTO – PORTO DE MÓS.

Data: 2010-09-14

O Chefe de FinançasCarlos Manuel Rebelo Machado

O PORTOMOSENSE 30/09/2010 - 8746/673

DF DE LEIRIASERVIÇO DE FINANÇAS

DE ALCOBAÇA

EDITAL E ANÚNCIO PROCESSO DE EXECUÇÃO FISCAL

Nº1309200501027700 e Aps., 1309200701010816 e aps, 1309200701077791 e 1309200801085433 e

aps e 1309200801090844

NOTIFICAÇÃO DO EXECUTADO, VENDA JUDICIAL DE BENS POR MEIO DE PROPOSTA EM CARTA FECHADA

Rui José da Costa, Chefe do Serviço Local de Finanças do concelho de Alcobaça. Faz saber que por este Serviço de Finanças se irá pro-ceder à venda judicial do bem imóvel infra descrito e penhorado nos Processos de Execuções Fiscais supra identificados, instaurados contra os executados Jacinto Ângelo Mendrico, nif 137740280 e Maria de Lurdes Ri-beiro da Silva Mendrico, nif 124612350, residentes que foram em Casal Andrade lote 27 na localidade e fregue-sia de S. Martinho do Porto, deste concelho, para paga-mento da dívida(s) à Fazenda Nacional, provenientes de Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singula-res (IRS), Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA), Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e Coimas Fis-cais, referentes aos anos de 1998 a 2009, no montante de € 16 506,11 (dezasseis mil quinhentos e seis euros e onze cêntimos) e respectivos juros e custas do proces-so que a final se mostrem devidos.

Bem PenhoradoFracção F do artigo urbano nº 1371 da freguesia de São Pedro, concelho de Porto de Mós, desti-nada a habitação, sita na Rua Adelino Amaro da Costa nº 3 na localidade de Porto de Mós, refe-rente ao 1º andar recuado composto por 3 quar-tos, 2 casas de banho, sala, cozinha, corredor e um terraço. Tem de superfície coberta 149,15m2 e de valor patrimonial de € 26 664,64. Descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto de Mós sob o nº 132-F de Porto de Mós (São Pedro)

Subsistindo a falta de pagamento da dívida, proceder-se-á à venda judicial por meio de proposta em carta fe-chada nos termos do artigo 248º do Código de Procedi-mento e de Processo Tributário (CPPT) sendo o valor a anunciar para a mesma o acima indicado calculado de harmonia com o estabelecido no nº. 4 do artigo 250º do C.P.P.T. , não sendo consideradas propostas de valor inferior a € 33 215,00

A abertura de propostas ocorrerá no dia 27 de Ou-tubro de 2010, pelas 10:00 horas, neste Serviço de Finanças, na presença do respectivo Chefe e a ela poderão assistir o executado (ou tratando-se de pessoa colectiva quem a represente), os proponentes e, bem assim, os reclamantes citados, com observância do dis-posto no artigo 253º e respectivas alíneas, do CPPT.

As propostas deverão ser entregues neste Servi-ço de Finanças, sito na Rua Afonso de Albuquerque – 2461-503 Alcobaça, até às 10H00 do dia da venda, as quais além do valor proposto deverão indicar o nome do proponente, morada e número de identificação fis-cal, assim como a qualidade ou poderes com que in-tervém (êm). Nos envelopes com as propostas, além do nome e morada do proponente, deverão, no canto superior esquerdo, identificar o nome do executado(a), bem como o número do processo, e o n.º de venda – 1309.2010.180.

Em alternativa, poderão as propostas ser remetidas pelo correio, desde que nas condições antes indicadas, dentro de outro envelope e expedidas com a antece-dência necessária.

Adjudicado(s) o(s) bem(bens), será depositada em Operações de Tesouraria à ordem do Órgão de Execu-ção Fiscal a totalidade do preço ou parte dele, não in-ferior a 1/3, devendo a parte restante ser depositada no prazo de 15 dias, sob pena das sanções previstas no Código de Processo Civil . Acrescem ao valor da venda o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e o Imposto de Selo (IS), a liquidar às taxas legais em vigor à data da venda.

É fiel depositário, o Sr. Paulo Renato Silva Contei-ro, residente em Rua Principal nº 86 no lugar de Cumei-ra de Cima, com o n.º de telemóvel 917215292, que o mostrará a quem pretender examiná-lo. Ficam também notificados os eventuais titulares do direito de preferên-cia e remissão para, nos termos do artigo 892º do Códi-go Processo Civil, exercerem o seu direito.

Faz-se, igualmente saber, que fica NOTIFICA-DO por este Edital, o executado – Jacinto Ângelo Mendrico, nif 137740280 actualmente residente em parte incerta, de que se irá realizar a venda judicial, do bem imóvel, supra descrito, por meio de proposta em carta fechada, no dia 27 de Ou-tubro de 2010, pelas 10:00 horas, neste Servi-ço de Finanças.

Para constar se mandou publicar este anúncio e afixar editais de igual teor nos lugares determinados na Lei.E eu, Maria de Lurdes Pereira Bouzada Lopes, servindo de escrivã o escrevi. Serviço de Finanças de Alcobaça, 10 de Setembro de 2010.

O Chefe de Finanças Rui José da Costa

DiversosO PORTOMOSENSE 30/09/2010 - 8748/673

DF DE LEIRIASERVIÇO DE FINANÇAS

DE ALCOBAÇA

EDITAL E ANÚNCIO PROCESSO DE EXECUÇÃO FISCAL

Nº1309200501027700 e Aps., 1309200701010816 e aps, 1309200701077791 e 1309200801085433 e

aps e 1309200801090844

NOTIFICAÇÃO DO EXECUTADO, VENDA JUDICIAL DE BENS POR MEIO DE PROPOSTA EM CARTA FECHADA

Rui José da Costa, Chefe do Serviço Local de Finanças do concelho de Alcobaça. Faz saber que por este Serviço de Finanças se irá pro-ceder à venda judicial do bem imóvel infra descrito e penhorado nos Processos de Execuções Fiscais supra identificados, instaurados contra os executados Jacinto Ângelo Mendrico, nif 137740280 e Maria de Lurdes Ri-beiro da Silva Mendrico, nif 124612350, residentes que foram em Casal Andrade lote 27 na localidade e fregue-sia de S. Martinho do Porto, deste concelho, para paga-mento da dívida(s) à Fazenda Nacional, provenientes de Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singula-res (IRS), Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA), Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e Coimas Fis-cais, referentes aos anos de 1998 a 2009, no montante de € 16 506,11 (dezasseis mil quinhentos e seis euros e onze cêntimos) e respectivos juros e custas do proces-so que a final se mostrem devidos.

Bem PenhoradoFracção F do artigo urbano nº 1371 da freguesia de São Pedro, concelho de Porto de Mós, desti-nada a habitação, sita na Rua Adelino Amaro da Costa nº 3 na localidade de Porto de Mós, refe-rente ao 1º andar recuado composto por 3 quar-tos, 2 casas de banho, sala, cozinha, corredor e um terraço. Tem de superfície coberta 149,15m2 e de valor patrimonial de € 26 664,64. Descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto de Mós sob o nº 132-F de Porto de Mós (São Pedro)

Subsistindo a falta de pagamento da dívida, proceder-se-á à venda judicial por meio de proposta em carta fe-chada nos termos do artigo 248º do Código de Procedi-mento e de Processo Tributário (CPPT) sendo o valor a anunciar para a mesma o acima indicado calculado de harmonia com o estabelecido no nº. 4 do artigo 250º do C.P.P.T. , não sendo consideradas propostas de valor inferior a € 33 215,00

A abertura de propostas ocorrerá no dia 27 de Ou-tubro de 2010, pelas 10:00 horas, neste Serviço de Finanças, na presença do respectivo Chefe e a ela poderão assistir o executado (ou tratando-se de pessoa colectiva quem a represente), os proponentes e, bem assim, os reclamantes citados, com observância do dis-posto no artigo 253º e respectivas alíneas, do CPPT.

As propostas deverão ser entregues neste Servi-ço de Finanças, sito na Rua Afonso de Albuquerque – 2461-503 Alcobaça, até às 10H00 do dia da venda, as quais além do valor proposto deverão indicar o nome do proponente, morada e número de identificação fis-cal, assim como a qualidade ou poderes com que in-tervém (êm). Nos envelopes com as propostas, além do nome e morada do proponente, deverão, no canto superior esquerdo, identificar o nome do executado(a), bem como o número do processo, e o n.º de venda – 1309.2010.180.

Em alternativa, poderão as propostas ser remetidas pelo correio, desde que nas condições antes indicadas, dentro de outro envelope e expedidas com a antece-dência necessária.

Adjudicado(s) o(s) bem(bens), será depositada em Operações de Tesouraria à ordem do Órgão de Execu-ção Fiscal a totalidade do preço ou parte dele, não in-ferior a 1/3, devendo a parte restante ser depositada no prazo de 15 dias, sob pena das sanções previstas no Código de Processo Civil . Acrescem ao valor da venda o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e o Imposto de Selo (IS), a liquidar às taxas legais em vigor à data da venda.

É fiel depositário, o Sr. Paulo Renato Silva Contei-ro, residente em Rua Principal nº 86 no lugar de Cumei-ra de Cima, com o n.º de telemóvel 917215292, que o mostrará a quem pretender examiná-lo. Ficam também notificados os eventuais titulares do direito de preferên-cia e remissão para, nos termos do artigo 892º do Códi-go Processo Civil, exercerem o seu direito.

Faz-se, igualmente saber, que fica NOTIFICADA por este Edital, a executada – Maria de Lurdes Ribeiro da Silva Mendrico, nif 124612350 actual-mente residente em parte incerta, de que se irá realizar a venda judicial, do bem imóvel, supra descrito, por meio de proposta em carta fecha-da, no dia 27 de Outubro de 2010, pelas 10:00 horas, neste Serviço de Finanças.

Para constar se mandou publicar este anúncio e afixar editais de igual teor nos lugares determinados na Lei.E eu, Maria de Lurdes Pereira Bouzada Lopes, servindo de escrivã o escrevi. Serviço de Finanças de Alcobaça, 10 de Setembro de 2010.

O Chefe de Finanças Rui José da Costa

Page 28: O Portomosense 673

-28-Necrologia

Agência Funerária Milá, Lda.Funerais • Trasladações

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Sede: Rua 5 de Outubro, 13A - 2480-326 PORTO DE MÓSTelefone permanente 244 402090

Telemóvel 91 9941707-Telef. Escritório 244 491650

Agência Funerária de Alcaria

de Maria Teresa Fernandes de Sousa, Lda.

LAR IDOSOSA 1 KM DE ALCOBAÇA

Quartos Individuais e Duplos c/ WC priva�vo

Assistência de enfermagem, médica e religiosa

Telefone 262 582 792Telemóvel 968 929 612www.casadoeden.com

FALECIMENTO

Joaquim Duarte Morgado

Joaquim Duarte Morgado ( Joaquim Mariano) faleceu no dia 12 de Setembro. Era natural da Ribeira de Baixo, Porto de Mós. Tinha 77 anos.O Funeral realizou-se no dia 13 na capela

de Fonte do Oleiro, seguindo para o cemi-tério local.Sua esposa, Denise Rosário Morgado,

suas filhas Martinha e Fátima Morgado, genros, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pesso-almente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acom-

panharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que des-canse em paz. Por tudo e a todos, bem-haja.

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PARTICIPAÇÃO

Helena Isabel Morgado Costa

A morte não é nada.Eu somente passei para o outro lado do caminho.Eu sou eu, vocês são vocês, eu continuo viva.Dêem-me o nome que sempre me deram, falem comigo como sempre fizeram.Vocês continuam a viver no mundo das criaturas, eu estou a viver no mundo do criador.Não utilizem o tom solene e triste, conti-nuem a rir daquilo que nos fazia rir jun-tos.Rezem, sorriam, pensem em mim.Rezem por mim.A Vida significa tudo que sempre signi-ficou.O fio não foi cortado.Porque devia eu estar fora dos vossos pensamentos, agora eu estou apenas fora das vossas vistas?Eu não estou longe, estou apenas do outro lado do caminho.Vocês que aí ficaram, sigam em frente.A vida continua, linda e bela como sempre foi.

Madrinha Jesus

1º Aniversário do seu falecimento 28 de Agosto de 2010

FALECIMENTO

Maria Amélia Pires

Maria Amélia Pires faleceu no dia 11 de Setembro. Tinha 76 anos e era residente em Chão da Feira, Calvaria de Cima.O funeral realizou-se no dia 12 na igreja

de Calvaria de Cima, seguindo para o cemitério local. Seu marido Gabriel Francisco Santos,

seus filhos Amílcar e Paulo Pires Santos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agra-decer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acom-

panharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que des-canse em paz. Por tudo e a todos, bem-haja.

PARTICIPAÇÃO

Joel Felipe Pereira Moleiro

Um ano sem ti e aqui continuamos sem entender tua partida. A pergunta insiste em não calar: Porquê? Por que tão cedo? Por que este vôo implacável em direcção ao porto da eternidade? Por mais que queiramos, ainda não conseguimos encontrar uma resposta lógica. Entretanto, sabemos que a vida é um dom que nos foi dado por Deus. Tu Joel foste uma jóia preciosa que o senhor confiou aos nossos cuidados. Teu sorriso, tua alegria, tuas esperanças, teus projectos, tua ternura, tua perplexidade adolescente cativaram e envolveram todas as pessoas que tiveram o privilégio de conhecer-te e te amar. Porém tu não nos pertencias e naquele dia sem nem um aviso, quando menos esperávamos o dono da jóia resolveu vir buscá-la. Em nosso peito a dor da saudade parece pesar, corroer, machucar. Apesar de muito boas, as lembranças dos momentos felizes que com-partilhamos fazem com que nossos sonhos caiam por terra. Tudo ao nosso redor parece ter perdido a importância, a cor, o sabor. Precisamos nos consolar, então procuramos um culpado. Mas vejam o que descobrimos: A grande culpa é da vida, pois tem inicio, meio e fim. Mesmo assim somos culpados. Culpados por te amar demais e agora sentir tanto te perder. Hoje vivemos um conflito de emoções e sentimentos: Dor, saudade, deses-pero, amargura, incompreensão, incredulida-de, resignação e mais dor e mais saudade. Do alto dessa dor fiz uma reflexão: o filho que perde seu pai ou sua mãe é órfão, e os pais quando perdem um filho? Não tem definição. A dor é tão grande que evitaram criar nome para um fenômeno tão forte. Te amamos e nunca te esqueceremos. Tu estás tatuado em nossos corações. Faço dessas, as palavras de seus pais, seus avós, seus tios, seu irmão, seus primos e seus amigos. Sejas feliz na nova morada. Nós aqui, muito devagarinho, esta-mos nos acostumando a aceitar a vontade do Pai. Com muito amor da tua madrinha e restante família.

Falecimento a 27-09-2009

PARTICIPAÇÃO

Maria Santa Marques

“ É difícil suportara dor da despedidaprincipalmente quando a partidaÉ para nunca mais voltar”

Jair de Assis

Tua família que jamais te esquecerá

4º Aniversário do seu falecimento dia 5 de Outubro de 2010

PARTICIPAÇÃO

Marisa Eleonor Caseiro de Carvalho

MarisaQuando o Céu está Estrelado,Concerteza há Uma Estrela Especial,Olhando por nósQue Te Amamos...E Recordamos com saudade,Do Teu Sorriso,Do Teu Carinho,Da Tua Força e Energia,Infundindo-nos coragemPara tudo Vencer,Até que sejamos chamadosA Voar ao Teu Encontro.

De Todos que Te Trazem no CoraçãoSerá celebrada missa por sua intenção

07-10-2006 # 07-10-2010

FALECIMENTO

Maria Lucinda de Jesus

Maria Lucinda de Jesus faleceu no dia nove de Setembro de 2010. Era residente em Moitalina e tinha 88 anos.Era viúva de Carlos dos Santos.O funeral realizou-se no dia seguinte com

missa de corpo presente na igreja velório de Pedreiras e foi a sepultar no cemitério local.Sua filha Maria do Rosário Santos, seu

filho Carlos José Santos, nora, genro, netos e bisneto agradecem a todas as pessoas que tomaram parte no cortejo fúnebre da sua familiar ou que de alguma forma manifestaram o seu pesar.

Page 29: O Portomosense 673

-29- Informações Úteis

1 3 4 8

2 6 3 9 5

9 2 8 6

9 4 8 3

9 3 7

8 1 7 5

7 2 3 9

2 9 6 5 1

6 3 7 4

Dificuldade 3/5

Crianças

TouroAmor: O seu poder de atracção vai abalar muitos corações. Encare a vida de uma forma op� mista e verá que tudo corre melhor!Saúde: Prováveis dores de dentes.Dinheiro: Não gaste aquilo que tem e o que não tem!Número da Sorte: 32

GémeosAmor: Não espere que o amor vá ter consigo, procure ser você a distribuir amor pelas pessoas que o rodeiam. Saúde: Não esteja à espera de se sen� r mal para ir ao médico.Dinheiro: Fase favorável, mas seja prudente.Número da Sorte: 14

CaranguejoAmor: Para gostar-mos dos outros temos que primeiro saber gostar de nós próprios. Saúde: Procure com mais regularidade o seu médico.Dinheiro: Este é um período favorável para fazer algumas renovações no seu guarda-roupa.Número da Sorte: 63

LeãoAmor: Deixe o orgulho de lado e dê o braço a torcer, pois não tem razão para ter ciúmes!Saúde: Recomenda-se repouso e relaxamento.Dinheiro: Este é um período favorável.Número da Sorte: 35

VirgemAmor: Dê um pouco mais de atenção às pessoas mais velhas da sua família, verá que ainda aprenderá muito com elas.Saúde: Não tente ser mais forte do que realmente é.Dinheiro: Tente poupar um pouco mais, avizinham-se períodos menos favoráveis.Número da Sorte: 72

BalançaAmor: Dê mais atenção à sua família.Saúde: Cuidado com os excessos alimentares.Dinheiro: Possível aumento do seu rendimento mensal, que poderá estar relacionado com uma promoção no seu local de trabalho.Número da Sorte: 15

EscorpiãoAmor: Procure ser justo com as pessoas que mais ama.Saúde: Poderá andar um pouco indisposto, consulte o seu médico.Dinheiro: Andará mais res-ponsável nos seus gastos.Número da Sorte: 60

SagitárioAmor: Há tendência para uma melhoria afec� va neste período.Saúde: Não surgirão surpresas nesta área.Dinheiro: Trabalhe com mais afi nco para a� ngir os seus fi ns.Número da Sorte: 67

CapricórnioAmor: Seja prudente na forma como fala com a sua cara-metade.Saúde: Esteja atento para evitar quedas.Dinheiro: Pense bem, tenha cuidado para não se endividar.Número da Sorte: 52

AquárioAmor: Deixe que o seu coração fale mais alto do que a razão, e não se arrependerá.Saúde: Faça exercício � sico ao ar livre.Dinheiro: A estabilidade reina nas suas economias.Número da Sorte: 19

PeixesAmor: O Cupido poderá invadir o seu coração, esteja à espreita.Saúde: Nada o preocupará.Dinheiro: Tenha cautela, não gaste de mais.Número da Sorte: 56

CarneiroAmor: Lute pelos objec� vos que pretende a� ngir. Dê mais importância ao presente, esqueça as situações nega� vas do seu passado.Saúde: Período calmo, sem preocupações.Dinheiro: Seja prudente nos seus gastos.Número da Sorte: 40

Na guerra:

- Comandante Joaquim! Estou a avistar uma tropa que se encaminha para o forte!

- Ora, pois! São amigos ou inimigos, sentinela Manuel?

- Olha, eu acho que são amigos, porque vem todos juntos!

Anedota do André

Espaço CulináriaBifinhos à Caçador

Ingredientes:

4 bifi nhos de vitela

meia colher de sopa de margarina

2 salsichas

1 cebola pequena

1 dl de leite

1 colher (chá) rasa de farinha

maisena

1 colher (chá) de mostarda

1 colher sopa de polpa tomate

10 azeitonas

Dicas para a casa

COMO TIRAR MANCHAS DE SUOR DA ROUPA1ª Solução - Coloque a roupa de molho em água morna e vinagre.2ª Solução – Coloque a roupa numa solução de quatro colheres de sopa de sal para um litro de água antes de lavá-la.

Corte as salsichas em rodelas. Descasque e corte a cebola em rodelas. Numa chávena, misture muito bem o leite, com a maisena, a mostarda e a polpa de tomate. Bata e espalme bem os bifi nhos, tempere-os com sal e pimenta. Deite a margarina numa frigideira, leve ao lume e, quando estiver quente, aloure as rodelas de cebola e retire-as para um prato; junte os bifi nhos e frite-os de ambos os lados até alourarem e junte-lhes a cebo-las; junte também as rodelas de salsicha e as azeitonas inteiras ou em pedacinhos pequenos, deixe ferver um minuto e verifi -que o tempero do molho.

Sirva com batatas fritas às rodelas e salada.

CHUVA

FOLHAS

VENTO

NUVENS

CASTANHAS

ESTAÇÃO

EQUINÓCIO

boa sorte!

Y S A H N A T S A CZ P H E D G V I Y LY W I Q K B E H W EB Y N U V E N S M NU J V I E S T A O BV M J N D E O H Q OA B B C X G M L P XZ K O I Y V W O U TW L W O O Q D F A UV P C A V U H C F X

CAMPANHA DA TAMPA

Faça como os alunos do Jardim de Infância da Santa Casa da Miseri-córdia de Porto de Mós e guarde as suas tampas para entregar nas instalações da Cincup, em Porto de Mós, junto aos Correios.

Também os meninos do ATL da Associação Despor-

tiva Portomosense contribuiram nesta

iniciativa que promete oferecer mais cadeiras de

rodas a instituições do concelho de Porto de Mós.

COLABORE TAMBÉM!!!

O PORTOMOSENSE 30/09/2010 - 8743/673CARTÓRIO NOTARIAL DE

MANUEL FONTOURA CARNEIRO - PORTO DE MÓS

Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Car-tório Notarial, no dia catorze de Setembro de dois mil e dez, exarada a folhas noventa e três do livro de Notas para Escrituras Diver-sas Duzentos e Doze - A;

JOAQUIM DOS SANTOS ANTUNES RITO e cônjuge MARIA HELENA RIBEIRO NETO RI-TO, casados sob o regime da comunhão ge-ral de bens, naturais ele da freguesia e con-celho da Batalha e ela da freguesia de S. João, concelho de Porto de Mós, residentes na Rua Principal, 735, Ribeira de Cima, Por-to de Mós, Nifs: 120 404 761 e 120 404 770, declararam:

Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico si-to em Vinha Grande, freguesia de São João, concelho de Porto de Mós, composto de cul-tura arvense, citrinos, figueiras, macieiras e pereira, com a área de mil e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com Floria-no Bento, sul com Mário Ribeiro Neto, nas-cente com Sandra Neto Rito e Ana Maria Ne-to Rito e poente com Herdeiros de José da Silva David, inscrito na matriz sob o artigo 61 secção 012, com o valor patrimonial de IMT de € 220,01;

O imóvel não está descrito na Conservató-ria do Registo Predial de Porto de Mós.

Que adquiriram o referido prédio por com-pra verbal a Joaquim Viriato da Piedade e es-posa Clarinda Isabel Rodrigues, residente em Ribeira de Cima, Porto de Mós, compra es-sa que teve lugar no ano de mil novecentos e setenta e cinco, já no seu estado de ca-sados;

Não obstante não terem título formal de aquisição do referido prédio, foram eles que sempre o possuíram, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram toadas as utilidades por ele proporcionadas, cultivaram-no, colheram os seus frutos, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sen-do reconhecidos como seus donos por toda a gente, posse essa de boa fé, por ignora-rem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os justificantes invocam, co-mo causa de aquisição do referido prédio, por não poderem comprovar a sua aquisição pe-los meios extrajudiciais normais.Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carnei-ro, catorze de Setembro de dois mil e dez. A Colaboradora com delegação de poderes,Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes

O PORTOMOSENSE 30/09/2010 - 8747/673Associação, Serviço e

Socorro Voluntário de São Jorge

CONVOCATÓRIA

Helder Joaquim Louro Gomes Cordeiro, na qualidade de Presidente da Mesa da Assem-bleia-Geral da Associação, Serviço e Socorro Voluntário de São Jorge, vem com a presen-te informar que está marcada, e para a qual se convoca, uma Assembleia-Geral Extraor-dinária da Associação Serviço Socorro Vo-luntário de São Jorge, a realizar na sua sede social sita em São Jorge, no dia 8 de Outu-bro de 2010, pelas 21:00 horas, com a se-guinte ordem de trabalhos:

1.Apresentação das listas para eleição dos órgãos sociais.2.Eleição dos órgãos sociais.3.Tomada de posse dos novos órgãos so-ciais.

O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral

Assine já ...

O PORTOMOSENSE...o seu quinzenário emPorto de Mós

Page 30: O Portomosense 673

-30-DesportoDIVISÃO DE HONRA

Crise de resultados no concelhoAinda não há vitórias para as

equipas de Porto de Mós na Divi-são de Honra de Associação de Fu-tebol de Leiria.

O Portomosense ainda não pon-tuou no regresso aos distritais, per-dendo na primeira ronda, em casa, frente ao Figueiró dos Vinhos, e no segundo jogo por 1-0, na visita ao Pedroguense.

O Alqueidão da Serra também ainda não venceu nesta tempora-da. Na estreia sofreu uma dura der-rota na Benedita, onde foi goleado por 4-0. No úl�mo jogo, a jogar em casa, não foi além de um empate sem golos.

O treinador do Alqueidão da Ser-ra, Francisco Mota, admite que a equipa não começou “da forma

que queríamos”, jus�ficando o fra-co desempenho com “problemas na pré-época, nomeadamente le-sões”, que impediram uma melhor preparação da equipa. O técnico adianta que começou a tempora-da com seis jogadores lesionados, que chegaram a ser nove na pré-temporada, o que, devido a mexi-das no plantel, dificultou o entro-samento da equipa. “Demos uma imagem pálida do que poderemos fazer, mas estamos numa fase ini-cial e vamos con�nuar a trabalhar para recuperar”, afirma Francisco Mota. O técnico não descarta o ob-jec�vo de terminar a época nos lu-gares cimeiros da tabela e mantém “toda a confiança nos jogadores”.

O campeonato regressa no dia

10 de Outubro, com uma desloca-ção ao campo do Leiria e Marrazes. Francisco Mota afirma que a equi-pa vai “procurar trabalhar bem du-rante as duas semanas” e “recupe-rar jogadores”, acreditando que na terceira jornada pode contar com uma equipa mais forte.

I DIVISÃO – ZONA SUL

Empate na estreia de um Juncalense alargadoA equipa de Paulo Varela até se

estreou com um empate na I Divi-são – Zona Sul, com o Vieirense a marcar aos 85 minutos no campo da Pinhoca, mas o técnico considera que “a equipa esteve bem”, apesar de faltar a vitória no jogo de apre-sentação.

Maça, Pauleta e Tomé são alguns dos jogadores que chegaram mais tarde à equipa, alargando o plantel para 24 jogadores. Um crescimen-to que vem resolver um dos proble-mas apontados nas úl�mas épocas pelo técnico: o plantel curto do Jun-

calense.“Esse problema foi colmatado,

reforçámos o plantel em qualidade e quan�dade”, refere Paulo Vare-la, sublinhando o esforço de clube, a braços com “bastantes limitações financeiras”.

Após um sexto lugar numa série com 18 equipas, registado na época passada, o treinador assume como objec�vo lutar por um dos cinco pri-meiros lugares este ano, com a série reduzida para 14 equipas. “Há cinco ou seis equipas que já se deram co-mo candidatas, o Juncal não se dá

como candidato, vai jogar uma par-�da de cada vez e com o decorrer da época vamos ver onde podemos chegar”, afirma Paulo Varela.

Juncalense na pré-eliminatória da Taça do Distrito

No próximo domingo, dia 3 de Outubro, o Juncalense disputa a passagem à fase seguinte da Ta-ça do Distrito. A pré-eliminató-ria é disputada no campo do Ou-teirense. Portomosense e Alquei-dão da Serra estão isentos da primeira ronda.

Divisão de honra começa em casa

Mendiga e Ribeirense come-çam a disputar o campeonato da Divisão de Honra 2010/2011, no dia 9 de Outubro, a jogar em ca-sa. A Mendiga recebe o Planalto e o Ribeirense joga com a Caran-guejeira. No mesmo dia arranca também a I Divisão – Zona Sul. O Mirense joga em casa, frente ao Sp. Estrada, enquanto o Porto-mosense visita a Catarinense.

A primeira eliminatória da Ta-ça do Distrito de Futsal joga-se a 30 de Outubro com os seguin-tes jogos envolvendo equipas do concelho: Casal D Anja – CCR D. Fuas; Pedroguense – Mirense e Chãs – Portomosense. O Ribei-rense folga.

12º. Cross do Arco da Memória

Tal como “O Portomosense” noticiou na última edição, vai ter lugar no próximo dia 3 de Outu-bro (sábado), o “12º. Cross do Ar-co da Memória em Atletismo”. Em paralelo a esta prova, vai re-alizar-se uma caminhada. No Cross haverá prémios monetá-rios para os dez primeiros luga-res da classificação geral e pré-mios de presença e t-shirts para todos os inscritos. A caminha-da a realizar é de 10.500 metros para os caminheiros, com par-tida às 10h15. Às 10h30 partem os atletas para um percurso de 17.500 metros. A organização é do CCRD de Arrimal.

Porto de Mós volta a ser palco das decisões

A Taça de Portugal de Downhill Urbano Vodafone 2010 tem a sua última jornada no próximo dia 10 de Outubro, em Porto de Mós.

A primeira manga sai para as ruas de Porto de Mós a partir das 14 horas e duas horas mais tarde decorre a derradeira descida da Taça de Portugal da modalidade.

É a ultima prova da competição e a entrega de prémios, da pro-va e da época, decorre no Caste-lo, às 17h30.

SÃO BENTO

Caminhada relembra antigos trilhos serranosOs an�gos trilhos usados pe-

la população de São Bento para descer a serra, em direcção a Al-vados, voltaram a ser calcorrea-dos. O mo�vo foi a realização de uma caminhada, alusiva ao Dia Mundial do Coração, no dia 26 de Setembro.

Mais de 50 pessoas passaram pelos trilhos do Patelo e da Cos-ta, com vista privilegiada sobre todo o vale de Alvados. Um per-curso que apresenta também al-gumas formas cársicas dignas de nota, com as “escadas naturais” esculpidas pela água e pelo vento na encosta da serra ao longo de séculos.

A inicia�va foi dinamizada pela Associação Cultural e Recrea�va Pedras Soltas, em parceria com o município de Porto de Mós. Há vários anos que o Dia Mundial do Coração é assinalado com uma caminhada em São Bento, procu-rando sensibilizar para a impor-tância que a prá�ca de despor-to tem na prevenção de doenças cardiovasculares.

1ª JORNADAAlcobaça- Gaeirense 4-0Ansião- SL.Marinha 1-0Beneditense- Alq. Serra 4-0Guiense- GRAP Pousos 2-0Marrazes- Biblioteca 3-1Nazarenos- Alvaiázere 2-2Pataiense- Pedroguense 2-0Portomosense- F.Vinhos 0-1

2ª JORNADABiblioteca- Alcobaça 1-2G. Pousos- L.Marrazes 0-2Alq. Serra- Guiense 0-0SL.Marinha- Beneditense 1-2Fig. Vinhos- Ansião 3-2Pedroguense- Portomosense 1-0Alvaiázere- Pataiense 2-0Gaeirense- Nazarenos 0-4

CLASSIFICAÇÃO J V E D GM-GS Pts

1º Alcobaça 2 2 0 0 6 _ 1 6

2º Beneditense 2 2 0 0 6 _ 1 6

3º Leiria Marrazes 2 2 0 0 5 _ 1 6

4º Fig. dos Vinhos 2 2 0 0 4 _ 2 6

5º Nazarenos 2 1 1 0 6 _ 2 4

6º Alvaiázere 2 1 1 0 4 _ 2 4

7º Guiense 2 1 1 0 2 _ 0 4

8º Ansião 2 1 0 1 3 _ 3 3

9º Pataiense 2 1 0 1 2 _ 2 3

10º Pedroguense 2 1 0 1 1 _ 2 3

11º Alq. Da Serra 2 0 1 1 0 - 4 1

12º Portomosense 2 0 0 2 0 - 2 0

13º S.L.Marinha 2 0 0 2 1 _ 3 0

14º Biblioteca 2 0 0 2 2 _ 5 0

15º GRAP/Pousos 2 0 0 2 0 - 4 0

16º Gaeirense 2 0 0 2 0 - 8 0

1ª JORNADAP. Vieira - Nadadouro 1-2Atouguiense - Santo Amaro 3-1Outeirense - Óbidos 5-1Caranguejeira - GDC Unidos 3-1Maceirinha - Pilado e Escoura 2-2Os Vidreiros - Moitense 1-0Juncalense - Vieirense 1-1

CLASSIFICAÇÃO J V E D GM-GS Pts

1º Outeirense 1 1 0 0 5 -1 3

2º Caranguejeira 1 1 0 0 3 - 1 3

3º Atouguiense 1 1 0 0 3 - 1 3

4º Nadadouro 1 1 0 0 2 - 1 3

5º Os Vidreiros 1 1 0 0 1 - 0 3

6º Pilado e Escoura 1 0 1 0 2 - 2 1

7º Juncalense 1 0 1 0 1 - 1 1

8º Maceirinha 1 0 1 0 2 - 2 1

9º Vieirense 1 0 1 0 1 - 1 1

10º Moitense 1 0 0 1 0 - 1 0

11º Praia da Vieira 1 0 0 1 1 - 2 0

12º GDRC Unidos 1 0 0 1 1 - 3 0

13º Santo Amaro 1 0 0 1 1 - 3 0

14º Óbidos 1 0 0 1 1 - 5 0

Cerca de 50 pessoas participaram na caminhada alusiva ao Dia Mundial do Coração

FUTEBOL

FUTSAL

ATLETISMO

DOWNHILL

Page 31: O Portomosense 673

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Page 32: O Portomosense 673

Miquelina, a minha burra, nas fainas de uma vindima que dará mais líquido que grau, de uma qualidade que se medi-rá mais tarde, quando o frio fi zer das suas. Numa das mui-tas conversas da treta, longe do talento do Feio, a minha simpática burra ladrava. Não zurrava, ladrava. Dizia:

- O saneamento de Mira de Aire parece estar mesmo in-quinado… Estava por lá um engenheiro municipal, contro-lador de bom desempenho … Como criou difi culdades, no âmbito das suas competências, na guerra de empreitadas, foi substituído… Esta atitude, a ser verdade, preconizada pelo dono da obra é, no mínimo, absolutamente fantásti-ca… E guardo, para mais tarde, a boa embirração do pri-meiro engenheiro.

Ainda em Mira de Aire, Miquelina, não deixou de comen-tar novas nuances:

- Parece que os rapazitos da câmara, que nunca acredita-ram na valia da proposta cavernosa que fi zeram, à margem do apetecido Rio Lena - um ícone com cada vez menos jei-to - não gostaram da proposta elogiosa, à gaijada que pro-

moveu as grutas de Mira de Aire… por não fi gurar, na pri-meira linha, a Câmara Municipal…

Algum silêncio de permeio e, mais umas biscas:- Se já fi ca mal aceitar elogios, muito pior será pedi-los…

Dizem todos os estrategos mundiais, que fi zeram histó-ria…. Mas há mais… parece que a proposta, dupla, tinha uma plano de valorização do espaço, em termos de ofer-ta turística. Não o agendar, para decisão, é não ter tomates nem para o propor, nem para votar contra.

Mais um silêncio, a cheirar a caso:- As propostas elogiosas têm sempre de ser votadas, sem-

pre, e com paixão acrescida, como defendia o mais presti-giado presidente americano, assassinado em Dallas, pelas suas ideias renovadoras, John Fitzgerald Kennedy.

E, para concluir:- Vale que a Assembleia Municipal, sem murros na mesa

mas com Salgueirinho a deitar fogo, bem visível por debai-xo do grisalho, que lhe molda o rosto, deu a volta ao tex-to… mesmo considerando a nova falta de tomates, ago-

ra dos laranjinhas, em fazer aprovar ou não a proposta trazida de casa, pro-vavelmente, pensa-da… Numa linguagem que já enfastia de fatos feitos à medida… Costurei-ros… pena não serem de al-ta costura.

- ao abrigo do novo acordo ortográfi co –

421 | S.N.

HISTÓRIAS DA MINHA BURRA

COSTUREIROS

Última

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COM O OBJECTIVO DE CHEGAR A MAIS OUVINTES

Dom Fuas Fm agora também em 98.5 FmA par� r de hoje, a Dom

Fuas Fm, passa a emi� r, também, através da fre-quência 98.5 Fm.

Esta é mais uma apos-ta da Cincup, a coopera� va

proprietária da Dom Fuas Fm, d´O Portomosense e da ZonaTV, que quer au-mentar a qualidade do ser-viço público que presta, fa-zendo-se ouvir melhor em

várias localidades do con-celho de Porto de Mós on-de a sua emissão chegava com alguma difi culdade, co-mo Mira de Aire e São Sen-to, emi� ndo também em

grande parte dos concelhos do distrito de Santarém, co-mo Alcanena e Ourém.

O presidente da Cincup, Eduardo Amaral, realça que “numa altura em que o mer-

cado está tão compe� � vo e agressivo, só a qualidade do serviço pode marcar pe-la diferença”. Esta nova fre-quência representa um in-ves� mento de nove mil eu-ros e vem colmatar, acima de tudo, uma falha nas zo-nas serranas (freguesias de Mira de Aire e São Ben-to) do concelho de Porto de Mós, que não ouviam em perfeitas condições a Dom Fuas Fm.

A caminho dos 25 anos, assinalados no próximo ano, a Dom Fuas Fm quer che-gar mais longe, fazendo no-vos ouvintes. Eduardo Ama-ral explica, ainda, que a Cin-

cup “não vive sem pessoas”. “Nós trabalhamos para elas e queremos que se sintam próximas de nós”, refere.

O presidente da Cincup salienta que “esta coopera-� va, sem fi ns lucra� vos, dá voz às pessoas e perpetua a história do concelho”. “Não somos “subsídio-dependen-tes”. Vivemos do nosso tra-balho e da qualidade que prestamos para que nos comprem serviços, por isso, é hora de sermos reconheci-dos e tratados como outros dirigentes, de outras asso-ciações do concelho”, diz.

Luísa Patrício

Dom Fuas Fm celebra 25 anos em 2011