O Jesus Histórico e Cristo Mítico

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O JESUS HISTÓRICO E CRISTO MÍTICO UMA PALESTRA. ------------------------------- POR GERALD MASSEY. _______________

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A palestra The Historical Jesus and Mythical Christ, de Gerald Massey, traduzida para o português. As referências são encontradas na obra Natural Genesis. A palestra original em inglês pode ser encontrada no Internet Archive

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O JESUS HISTÓRICO

E CRISTO MÍTICO

UMA PALESTRA.

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POR

GERALD MASSEY.

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Traduzido por: L. M. N., Brasil; 2009 [Nota do tradutor: Esta é uma tradução absolutamente amadora.Minha intenção principal ao traduzir essa obra foi transmitir informação. Minhas idéias não são necessariamente as mesmas do autor assim como muitos outros tradutores não têm necessariamente as mesmas idéias que os autores que traduziram. Como a questão é polêmica já de título, digo que conheci diferentes formas e versões de cristianismo e diferentes histórias e versões de Cristos e Jesus. Escolha a sua, ou as suas, ou nenhuma. Você é livre para isso. Para que você escolha é preciso que conheça e o intuito aqui é que comece a conhecer ao menos um pouco dessa diversidade, ou dessa unicidade Caso sinta o receio de se aventurar lembre-se que o personagem em questão curava no sábado quando muitos achavam que não devia. Lembre-se que ele se dizia Filho de Deus e quando os judeus por isso o quiseram apedrejar, ele os lembrou do que a própria escritura lhes dizia: “sois deuses”.] [Sobre o autor: Gerald Massey foi um poeta, autor, palestrante e egiptologista inglês que viveu entre 1828 e 1907. Mais informação pode ser encontrada no site www.gerald-massey.org.uk/massey/index.htm] [Sobre a obra: esta é uma palestra ou aula do autor, o conteúdo é semelhante ao da seção “Tipologia da Cristologia Equinocial” do seu livro Gênese Natural, em inglês: Natural Genesis. As referências podem ser encontradas no livro. Esta palestra original em inglês pode ser encontrada no site da Internet Archive, www.archive.org e também no site www.gerald-massey.org.uk. A obra Natural Genesis pode ser encontrada no site www.masseiana.org. Até onde se sabe não há direito de propriedade vigente sobre a obra, mas recomenda-se maiores pesquisas antes de qualquer procedimento. A obra original não possui numeração nos parágrafos.]

O Jesus Histórico e Cristo Mítico Gerald Massey (Todas as referências necessárias às autoridades originais podem ser encontradas na “Gênese Natural” do autor.) [Nota: este título foi inicialmente publicado em 1886 pela Star Publishing Company, Springfield, Mass., e compreende o todo da seção “Tipologia da Cristologia Equinocial” da Natural Genesis, Vol II de Massey. Ele incluía também o glossário, índice, e referências que ele não imprimiu mais tarde, nesse exemplar abreviado e privado que é apresentado aqui] Ao apresentar aos meus leitores alguma informação que mostra que muito da história cristã era pré-existente como mitologia egípcia, eu tenho de pedir que vocês tenham em mente que os fatos, como outras fundações, tem sido enterrados fora da vista por milhares de anos em uma linguagem hieroglífica, que nunca foi realmente lida por gregos ou romanos, e não poderia ter sido lida até a pista perdida descoberta por Champollion, quase outro dia! Neste caminho as fontes originais de nossa Mitolatria e Cristologia permaneceram tão escondidas como aquelas do Nilo, até o século em que vivemos. A questão mítica encoberta nesta linguagem foi sagradamente confiada à guarda dos mortos enterrados, que tinham preservado-a como seu Livro da Vida, que foi colocado debaixo de seus travesseiros, ou fixado nos seus tórax, nas suas esquifes e nas suas tumbas. 2. Em segundo, embora eu seja capaz de ler os hieróglifos, nada oferecido a vocês é baseado na minha tradução. Eu trabalho muito cautelosamente para isso! A transcrição e formatação literal dos textos hieroglíficos aqui utilizados foram feitas por acadêmicos de autoridade indisputada. Não há volta desse caminho. Eu lecionei sobre o assunto de Jesus muitos anos atrás. Naquele tempo eu não sabia como tínhamos sido desviados, ou que o “esquema cristão” (como isso é chamado) no Novo Testamento é uma fraude, encontrada numa fábula na Antiguidade! 3. Eu então aceitei os Evangelhos Canônicos como contendo uma história humana verdadeira, e assumi, como outros fazem, que a história provava a si mesma. Descobrindo que Jesus, ou Jehoshua Ben-Pandira, foi uma figura histórica, conhecida no Talmude, eu cometi o erro comum de supor que isso provava a existência do Jesus encontrado retratado nos Evangelhos Canônicos. Mas depois que vocês ouvirem minha história, e pesarem as evidências agora pela primeira vez coletadas e apresentadas ao público, vocês não vão se maravilhar que eu tenha mudando meu ponto de vista, ou que eu seja impelido a contar a verdade aos outros, como ela agora aparece para mim mesmo; embora eu seja apenas capaz de sumarizar aqui, na maneira mais breve possível, alguns dos fatos que eu tenha lidado exaustivamente em outras ocasiões. 4. A existência pessoal de Jesus como Jehoshua Ben-Pandira pode ser reconhecida sem sombra de dúvida. Um registro afirma que, de acordo com a tradição judaica genuína, “aquele homem (que não é nomeado) foi discípulo de Jehoshua Ben-Perachia.” Também diz, “Ele nasceu no quarto ano do reinado do rei judeu Alexandre Jannaeus, ao contrário das declarações de seus

seguidores de que ele nasceu no reinado de Herodes”. Isso seria mais do que um século mais cedo do que a data atribuída ao Jesus dos Evangelhos! Pode ser demonstrada posteriormente que Jehoshua Ben-Pandira pode ter nascido consideravelmente mais cedo mesmo que o ano de 102 A.C., embora essa questão não seja de muita conseqüência aqui. Jehoshua, filho de Perachia, foi um presidente dos Sanhedrin – o quinto, reconhecendo Ezra como o primeiro: um daqueles que por descendência recebiam e transmitiam a lei oral, como ela foi dita, diretamente do Sinai. Não poderia haver dois com esse nome. Esse Ben-Perachia começou a ensinar como um Rabbi no ano 154 A.C. Nós podemos então reconhecer que ele não nasceu além de 180-170 A.C., e que dificilmente era mais tarde que 100 A.C quando ele desceu ao Egito com seu pupilo. É relatado que ele fugiu em conseqüência de uma perseguição dos Rabbis, possivelmente conjecturada para referir a uma guerra civil na qual os Fariseus se revoltaram contra o rei Alexandre Jannaeus, e consequentemente por cerca do ano 105 A.C. Se supormos a idade de seu pupilo, Jehoshua Ben-Pandira, aos quinze anos, isso nos dará uma data aproximada, extraída sem pressão, que mostra que Jehoshua Ben-Pandira deve ter nascido por volta do ano 120 A.C. Mas vinte anos é uma questão de pouca importância aqui. 5. De acordo com a Gemara Babilônica sobra a Mishna do Tratado “Shabbath”, este Jehoshua, o filho de Pandira e Stada, foi apedrejado até a morte como um mago, na cidade de Lud, ou Lydda, e posteriormente crucificado suspenso em uma árvore, na véspera da Páscoa. Esta é a maneira de morte atribuída a Jesus no Livro dos Atos. A Gemara diz que existe uma tradição que no dia de descanço antes do Sabbath eles crucificaram Jehoshua, no dia de descanço do Passah (O dia anterior à Páscoa). O ano de sua morte, entretanto, não é dado nesse registro, mas há razões para pensar que não poderia ter sido muito mais cedo ou mais tarde que 70 A.C., porque o rei judeu Jannaeus reinou do ano 106 a 79 A.C. Ele foi sucedido no governo por sua viúva Salomé, que os gregos chamam Alexandra, e que reinou por nove anos. Agora as tradições, especialmente da primeira “Toledoth Jehoshua”, relatam que a Rainha de Jannaeus, e a mãe de Hyrcanus, que deve ser Salomé, apesar dela ser chamada por outro nome, mostrou simpatia a Jehoshua e seu ensinamento; que ela era uma testemunha de seus trabalhos maravilhosos e poderes de cura, e tentou salvá-lo das mãos de seus inimigos sacerdotais, porque ele era conhecido dela; mas durante o reinado dela, que terminou no ano 71 A.C., ele foi levado à morte. Os escritores judeus e Rabbis com quem eu tenho conversado sempre tem negado a identidade do Jehoshua Talmúdico e do Jesus dos Evangelhos. “Isto”, observa o Rabbi Jechiels, “que está relatado de Jehoshua Ben-Perachia e seu pupilo, não contém qualquer referência àquele a quem os cristãos honram como Deus!” Outro Rabbi, Salman Zevi, produziu dez razões para concluir que o Jehoshua do Talmud não era aquele que posteriormente seria chamado de Jesus de Nazaré. Jesus de Nazaré (e dos Evangelhos Canônicos) era desconhecido de Justus, do judeu de Celsus, e de Josephus, a suposta referência a ele pelo último sendo uma farsa indubitável. 6. Os “escritos blasfemos dos judeus sobre Jesus”, como Justin Martyr os chama, sempre se referiram a Jehoshua Ben-Pandira, e não ao Jesus dos Evangelhos. É de Ben-Pandira que eles falam quando dizem que eles que tem outro e mais verdadeiro registro do nascimento e vida, o maravilho trabalho e a morte de Jehoshua, ou Jesus. Este repúdio é perfeitamente honesto e sonoramente baseado. O único Jesus conhecido dos judeus foi Jehoshua Ben-Pandira, que tinha aprendido as artes da magia no Egito, e que foi levado a

morte por eles como um feiticeiro. Este foi também o único Jesus conhecido de Celsus, o escritor de “O Verdadeiro Logos”, um trabalho do qual os cristãos manipularam para se livrar inteiramente, como tantas outras evidências anti-cristãs. 7. Celsus observa que ele não era um Verbo puro, um verdadeiro Logos, mas um homem que aprendeu as artes da feitiçaria no Egito. Então, nos Clementinos, é na figura de Ben-Pandira de que se diz que Jesus ressurgiria como um mago. Mas aqui está o fato conclusivo: os judeus não sabiam nada de Jesus, o Cristo dos Evangelhos, como uma figura histórica; e quando os cristãos do quarto século traçam sua linhagem, pela mão de Epiphanius, eles são forçados a derivar seus Jesus de Pandira! Epiphanius dá a genealogia do Jesus Canônico sabiamente assim: Jacob, chamado Pandira, Maria = José – Cleopas, Jesus. 8. Isto prova que no quarto século a linhagem de Jesus foi traçada até Pandira, o pai do Jehoshua que foi pupilo de Ben-Perachia, que se tornou um dos magos no Egito, e foi crucificado como mago na véspera da Páscoa pelos judeus, na época da Rainha Alexandra, que deixou de reinar no ano 70 A.C – o Jesus, então, que viveu e morreu mais de um século mais cedo. 9. Assim, os judeus não identificam Jehoshua Ben-Pandira com o Jesus dos Evangelhos, de quem eles, seus supostos contemporâneos, nada sabem, mas protestam contra o enunciado de uma impossibilidade; embora os cristãos identifiquem seu Jesus como descendente de Pandira. Era ele ou ninguém, já que ele não era o filho de José nem da Virgem Maria, nem foi crucificado em Jerusálem. Não foram os judeus, então, mas os cristãos, que fundiram duas supostas figuras históricas em uma! Há uma história reconhecida ou conhecida em outro lado, que prega que o Jesus dos Evangelhos é o Jehoshua do Talmude, ou não é ninguém, como uma pessoa. Isto desloca toda a base histórica de uma vez; antecipa a história humana em mais de um século, e de uma vez destrói a figura histórica dos Evangelhos, junto com qualquer outro Jesus pessoal além de Ben-Pandira. Em resumo, a história judaica da questão irá corroborar a mítica. Como Epiphanius não conhecia nenhum Jesus histórico além do descendente de Pandira, é possível que este é o Jesus cuja tradição é reportada por Irenaeus. 10. Irenaeus nasceu no começo do segundo século, entre 120 e 140 D.C. Ele foi bispo de Lyons, França, e um conhecido pessoal de Policarpo; e ele repete a tradição testemunhada pelos anciões, que ele alega estar diretamente derivada de João, o “discípulo do Senhor”, que Jesus não foi crucificada aos 33 anos de idade, mas ele passou por todas as idades, e viveu até ser um homem idoso. Agora, em concordância com as datas dadas, Jehoshua Ben-Pandira poderia estar entre 50 e 60 anos de idade quando foi levado à morte, e sua tradição por si só fornece uma pista para a declaração Niilista de Irenaeus. 11. Quando a verdadeira tradição de Ben-Pandira é recuperada, ela mostra que ele foi o único Jesus histórico que foi dependurado em uma árvore pelos judeus, não crucificado à moda romana, e autentica a alegação agora feita a favor da alegoria astronômica ao prometido Jesus, o Cristo Croniano, o Messias mítico dos Evagenlhos Canônicos, e o Jesus de Paulo, que não era o Cristo carnal. Eu mantenho que o Jesus do “outro Evangelho”, de acordo com os apóstolos Cephas e Tiago, que foi posteriormente repudiado por Paulo, não foi outro senão Ben-Pandira, o Nazareno, de quem Tiago foi um seguidor, de

acordo com um comentário sobre ele no Livro Abodazura. De qualquer maneira, há dois Jesus, ou Jesus e o Cristo, um dos quais é repudiado por Paulo. 12 Mas Jehoshua, o filho de Pandira, não pode ser convertido no Jesus Cristo, o filho de uma mãe virgem, como uma figura histórica. Nem podem as datas fornecidas serem reconciliadas com a história contemporânea. O Herodes histórico, que procurou matar o jovem menino Jesus, é tido como falecido quatro anos antes da data da era cristã, atribuída ao nascimento de Jesus. 13. Isso para o Jesus histórico. E agora sobre o Cristo mítico. Aqui podemos trilhar em chão mais firme. 14. O Messias mítico sempre foi nascido de uma Mãe Virgem – um fator desconhecido nos fenômenos naturais, e que não pode ser histórico, um fator que somente pode ser explicado pelos meios dos Mitos, e daquelas condições da sociologia primitiva que é espelhada na mitologia e preservada na teologia. A mãe virgem tinha sido representada no Egito pela Rainha donzela, Mut-em-ua, a futura mãe de Amenhept III, cerca de 16 séculos A.C., e personificava a eterna virgem que produziu a criança eterna. 15. Quatro cenas consecutivas reproduzidas no meu livro são encontradas retratadas nas paredes internas do Santo dos Santos no templo de Luxor, que foi construído por Amenhept III, um faraó da 17ª. dinastia. A primeira cena à esquerda mostra o deus Taht, o Mercúrio Lunar, O Anunciador dos Deuses, no ato de saudar a Rainha Virgem, e anunciar a ela que ela daria a luz a um filho. Na próxima cena o deus Kneph sendo o espírito pelo nome em egípcio. Os efeitos naturais estão aparentes na forma rechonchuda da virgem. 16. Na próxima a mãe está sentada no banco da parteira, e a criança recém-nascida é erguida nas mãos de um dos enfermeiros(as). A quarta cena é aquela da adoração. Aqui a criança está no trono, recebendo homenagem dos deuses e presentes dos homens. Atrás da deidade Kneph, à direita, três espíritos – os Três Magos, ou os Reis da Lenda, estão ajoelhados e oferecendo presentes com sua mão direita, e vida com a esquerda. A criança então anunciada, encarnada, nascida, e adorada, era a representação faraônica do Sol Aten no Egito, o deus Adon da Síria, e o Adonai hebreu; o Cristo-criança do culto a Aten; a concepção miraculosa da eterna virgem mãe, personificada por Mut-em-ua, como mãe do “único”, e representante da mãe divina do jovem Deus-Sol. 17. Estas cenas, que eram míticas no Egito, foram copiadas ou reproduzidas como históricas nos Evangelhos canônicos, onde elas se mantêm como quatro pedras de canto da Estrutura Histórica, e provam que as fundações são míticas. 18. Jesus não foi apenas nascido de uma maternidade mítica; sua descendência no lado materno é traçada com a origem do Cristo mítico. A virgem era também chamada a prostituta, porque ela representava o estágio pré-monogâmico do intercurso; e Jesus descende de quatro formas da prostituta – Thamar, Rahab, Ruth e Bathsheba – cada uma delas um tipo de “estrangeira em Israel,” e não uma mulher hebraica. Tal história, entretanto, não mostra que intercurso ilícito era o modo natural da descendência divina; nem implica em extravagância humana. Apenas prova o Mythos.

19. Na sociologia humana o filho de uma mãe antecedeu o pai, como filho de uma mulher que era uma mãe, mas não uma esposa. Esta figura é também reclamada por Jesus, que declarou ser anterior a Abraão, que era o Grande Patriarca dos Judeus; tanto se considerado mítico ou histórico. Jesus declara enfaticamente que ele existia antes de Abraão. Isto é apenas possível ao Cristo mítico, que precedeu o pai como filho da mãe virgem; e nós encontraremos isso em toda parte. Tudo que é não-natural e impossível como história humana, é possível, natural e explicável como Mythos. 20. Pode ser explicado pelo Mythos, porque ele originou daquilo que registra. Isso finalmente nos leva ao fato que: quão mais oculto o significado da história do Evangelho, tão mais satisfatório é explicado pelo Mythos; e tão mais mística a doutrina cristã, tão mais facilmente ela pode ser provada como mítica. 21. O nascimento de Cristo é astronômico. A data do nascimento é determinada pela lua cheia da Páscoa. Isto pode ocorrer somente a cada 19 anos, como nós ilustramos pela Epacta ou Número Dourado do Livro do Orador. Entenda-me! Jesus, o Cristo, pode apenas ter um aniversário, ou ressurreição, a cada 19 anos, de acordo com o ciclo metónico, porque seus pais são o sol e a lua; e eles aperecem na mais antiga conhecida representação do Homem na Cruz! Isso prova a natureza astronômica e não humana do nascimento em si só, que é idêntico aquele da lua cheia da Páscoa no Egito. 22. Casini, o Astrônomo francês, demonstrou o fato que a data designada para o nascimento do Cristo é uma época astronômica na qual a conjunção média da lua com o sol acontecia em 24 de Março, à uma hora e meia da manhã, no meridiano de Jerusalém, durante o equinócio. O dia seguinte, (25) era o dia da Encarnação, de acordo com Augustine, mas a data do Nascimento, de acordo com Clement Alexander. Dois dias de nascimento são atribuídos a Jesus pelos padres cristãos, um no Solstício de Inverno, o outro no Equinócio de Primavera. Este, que não podem ser ambos históricos, são baseados nos dois nascimentos do duplo Hórus no Egito. Plutarco nos conta que Ísis recebeu Hórus, a criança no momento do Solstício de Inverno, e que o festival do segundo ou adulto Hórus seguia o Equinócio de Primavera. Assim, o solstício e o Equinócio de Primavera eram ambos designados como data do nascimento de Jesus pelos cristólatras; e de novo, o que é impossível como história humana é o fato natural em relação aos dois Hórus, a forma dual do deus solar no Egito. 23. E aqui, de passagem, nós podemos apontar a natureza astronômica da crucificação. O Evangelho segundo João traz uma tradição diferente dos Sinópticos e invalida a história humana de ambos. Os Sinópticos dizem que Jesus foi crucificada no dia 15 do mês Nisan. João afirma que foi no dia 14 do mês. Essa rachadura séria atravessa toda a fundação! Como história humana isso não pode ser explicado. Mas há uma explicação possível, que, se aceita, prova o Mythos. A crucificação (ou o cruzamento) foi, e ainda é, determinado pela lua cheia da Páscoa. Isto, na contagem lunar, seria no dia 14 em um mês de 28 dias; no mês solar de 30 dias isso seria contado para ocorrer no 15 dia do mês. Ambos, unidos, e a rachadura se fecha ao provar a Crucificação tendo sido astronômica, assim como era no Egito, onde as duas datas podem ser identificadas.

24. Plutarco também nos conta como o culto mitráico tinha sido particularmente estabelecido em Roma aproximadamente no ano 70 A.C. E Mitra era contado como tendo nascido em uma caverna. Onde quer que Mitra fosse adorado a caverna era consagrada como seu local de nascimento. A caverna pode ser identificada, e o nascimento do Messias na caverna, não importa sob qual nome ele nasceu, pode ser definitivamente datado. A “Caverna de Mitra” era o local de nascimento do Sol no Solstício de Inverno, quando isso ocorria no dia 25 de dezembro sob o signo de Capricórnio, com o equinócio de primavera sob o signo de Áries. Agora o nome acádio do décimo mês, aquele de Capricórnio, que corresponde aproximadamente ao nosso dezembro, o décimo mês era chamado Abba Uddu, que é, a “Caverna da Luz;” a caverna do renascimento do Sol na profundeza mais baixa no solstício, retratada como a Caverna da Luz. Esta caverna foi mantida como o local de nascimento do Cristo. Vocês encontrarão em todos os Evangelhos da Infância, e Justin Martyr diz, “Cristo nasceu no estábulo, e depois tomou refúgio na caverna”. Ele da mesma forma garantia o fato que o Cristo era nascido no mesmo dia que o Sol renascia no Stabulo Augiae, ou, no Estábulo de Augias. A limpeza desse estábulo foi o sexto trabalho de Héracles, o primeiro feito sob o signo de Leão; e Justin estava certo; o Estábulo e a Caverna estão ambos retradas no mesmo signo celestial. Mas lembre-se disto! A Caverna foi o local de nascimento do Messias Solar do ano 2410 A.C até o ano de 255 A.C; depois disso a data do solstício passou de Capricórnio para o signo de Sagitário; e nenhum Messias, seja chamado Mitra, Adon, Tammyz, Hórus ou Cristo, poderia ter nascido na caverna de Abba Uddu ou no Estábulo de Augias no dia 25 de dezembro depois do ano 255 A.C., dessa forma, Justin não tinha a tradição mitráica do aniversário antigo para provar o nascimento do Cristo Histórico 255 anos mais tarde! 25. Em seus mistérios, os sarracenos celebravam o Nascimento do bebê na Caverna ou Santuário Subterrâneo, do qual o sacerdote anunciava, e chorava: - “A Virgem pariu: A Luz está para começar a nascer novamente!” na noite-mãe do ano. E os sarracenos não eram apoiadores da Cristandade Histórica. 26. A local de nascimento do Messias egípcio no equinócio de primavera era figurado em Apt, ou Apta, o canto; mas Apta é também o nome do Berço e da Manjedoura; assim a Criança nascida em Apta, era dito daquela nascida em uma manjedoura; e esta Apta como Berço ou Manjedoura é o sinal hieroglífico do nascimento solar. Desde então os egípcios exibiam o Bebê no Berço ou Manjedoura nas ruas de Alexandria. O local de nascimento era indicado pelo coluro do equinócio, quando ele passava de signo a signo. Também era apontado pela Estrela do Leste. Quando o local de nascimento estava no signo de Touro, Orion era a estrela que nascia no leste para contar onde o jovem Deus-Sol renasceria. Desde então é chamada a “Estrela de Hórus”. Essa era então a estrela dos “Três Reis” que saudavam o Bebê; e “Três Reis” ainda é o nome das três estrelas no Cinturão de Órion. Aqui nós aprendemos que a lenda dos “Três Reis” é de pelo menos 6.000 anos. 27. No curso da Precessão, há cerca de 255 A.C., o local de nascimento vernal passou para o signo de Peixes, e o Messias que tinha sido representado por 2155 anos pelo Carneiro ou Cordeiro, e previamente por outros 2155 anos pelos Touro Apis, era agora representado pelo Peixe, ou o “Homem-Peixe”, chamado Ichthys em grego. O Homem-Peixe – o An do Egito, e o Oan da Caldéia – provavelmante datam do ciclo anterior de precessões, ou 26.000

anos antes; e há cerca de 255 A.C. o Messias, como o Homem-Peixe, estava para vir uma vez mais como o Manifestante das águas celestiais. O Messias vindouro é chamado Dag, o Peixe, no Talmude; e os Judeus de uma vez conectaram sua vinda com alguma conjunção, ou ocorrência, no signo de Peixes! Isso mostra que os judeus não estavam apenas de posse da alegoria astronômica, mas também da tradição pela qual ela poderia ser interpretada. Era o Messias Mítico ou Croniano sozinho que era, ou poderia ser, o assunto da profecia que deveria ser cumprida – profecia que foi cumprida como no livro das Revelações – quando o equinócio entrou, a cruz foi reerguida, e a fundação do novo céu jazia no signo de Áries, 2410 A.C.; e, de novo, quando o equinócio entrou no signo de Peixes, 255 A.C. Profecia que será de novo cumprida quando o equinócio entrar no signo de Aquário aproximadamente no fim deste século, pela qual os samaritanos ainda estão esperando pela vinda do seu Messias, que ainda não chegou para eles. Os cristão sozinhos comeram a ostra; os judeus e os samaritanos apenas ficaram como um quantia igual de conchas vazias! Os judeus não instruídos, os idiotai, uma vez pensaram que a profecia que era astronômica, e exclusivamente relacionada aos ciclos do tempo, deveria ser cumprida na história humana. Mas eles descobriram seu erro, e passaram ele não explicado para os ainda mais ignorantes cristãos. A mesma tradição Daquele que Vem é existente entre os mileniaristas e adventistas, assim também como entre os muçulmanos. É a tradição do El-Mahdi, o profeta que virá nos últimos dias do mundo para conquistar todo o mundo, e que era ultimamente originário do Sudão com o velho anúncio o “Dia do Senhor é agora”, que mostra que a alegoria astronômica deixou algumas relíquias da verdadeira tradição entre os Árabes, que eram na época versados em conhecimento astronômico.

28. O Messias, como o Homem-Peixe, é previsto pelos Esdras ascendendo do mar como o “mesmo de quem Deus altíssimo manteve uma grande estação, pelo qual seu próprio ser deve entregar a criatura.” O antigo Homem-Peixe apenas saia do mar para conversar com os homens e ensiná-los durante o dia. “Quando o sol se punha”, diz Berosus, “era o costume desse Ser submergir novamente no mar, e permanecer toda a noite na profundeza.” Então o homem previsto pelos Esdras é apenas visível durante o dia. 29. Como é dito, “Nenhum homem sobre a terra pode ver meu filho, ou aqueles que estão com ele, a não ser durante o dia”. Isto é parodiado ou cumprido no registro de Ichtys, o Peixe, o Cristo que instrui homens de dia, mas se retira para o lago da Galiléia, onde ele demonstra sua natureza solar andando pelas águas a noite, ou ao nascer do dia. 30. Nos é contado que seus discípulos estando a bordo de um barco, “quando era noite, na quarta vigília da noite, Jesus foi até eles andando pelo mar”. Agora, a quarta vigília começou às três horas, e terminou às seis horas. Assim, essa era aproximadamente a hora apropriada para um Deus solar aparecer andando sobre as águas, ou saindo delas como Oannes. Oannes é relatado como não tendo comido nada enquanto ele estava com os homens: “Durante o dia ele costumava conversar com os homens, mas não comia naquela sessão.” Assim Jesus, quando os discípulos pediam a ele, dizendo: “Mestre, coma,”

dizia a eles então, “Eu tenho para comer um alimento que não conheceis. Meu alimento é fazer a vontade Daquele que me enviou.” 31. Isto está em perfeita semelhança com o personagem de Oannes, que não comia, mas cujo tempo era inteiramente dedicado a ensinar aos homens. E mais, o mítico Homem-peixe é feito para identificar a si mesmo. Quando os fariseus pediram um “sinal do céu”, Jesus disse, “Nenhum sinal será dado a não ser o sinal de Jonas. Assim como Jonas se tornou um sinal para os ninivitas, assim deve também o filho do homem ser para esta geração.” 32. O sinal de Jonas é aquele de Oan, ou Homem-peixe de Nínive, tanto se o pegarmos diretamente dos monumentos, ou da história hebraica de Jonah, ou do Zodíaco. 33. A voz da sabedoria secreta aqui diz verdadeiramente que aqueles que estão procurando por sinais, não poderam ter outro que aquele do Homem-Peixe que retorna, Ichthys, Oannes, ou Jonah; e certamente, não há outro sinal ou data – do que aquelas de Ichthys, o Peixe que renasceu da deusa-peixe, Atergatis, no signo de Peixes, 255 A.C. Depois de quem os cristãos eram chamados pequenos peixes, ou Pisciculi. 34. Esta data de 255 A.C era o verdadeiro dia do nascimento, ou posteriormente do renascimento do Cristo celestial, e não havia razão válida para mudar o tempo do mundo. 35. Os Evangelhos contêm um confundido e confuso registro da crença cristã inicial: as coisas que eram realmente mais acreditadas (Lucas) eram a respeito de certas questões míticas, que eram ignorantemente mal compreendidas por humanos e históricos. O Jesus dos nossos Evangelhos é de pouca realidade humana, a despeito de todas as tentativas de naturalizar o Cristo Mítico, e fazer a história parecer racional. 36. A religião cristã não foi fundada sobre um homem, mas sobre uma divindade; isto é, um personagem mítico. Muito longe de ser derivado do homem modelo, o típico Cristo era feito de características de vários deuses, depois de uma moda algo como aqueles “modelos pictóricos” retratados pelo Sr. Galton, nos quais traços de diversas pessoas são fotografados e fundidos num retrato de uma dúzia de diferentes pessoas, combinadas em uma que não era ninguém. E tão rápido como o Cristo composto cai aos pedaços, cada característica é reclamada, cada caráter é reunido pelo seu proprietário original, como que pela força da gravidade. 37. Não é que eu negue a divindade de Jesus o Cristo; Eu a asseguro! Ele nunca foi, e nunca poderia ter sido, outra coisa que uma divindade; isto é, um personagem não humano, e inteiramente mítico, que tinha sido a divindade pagã de vários mitos pagãos, que tinha sido pagão durante milhares de anos antes de nossa Era. 38. Nada é mais certo, de acordo com evidência honesta, que o esquema cristão da redenção é fundado sobre uma fábula má interpretada; que a profecia é de cumprimento tão somente astronômico, e Aquele que Vem como o Cristo que veio no fim de uma era, ou do mundo, era nada mais que uma figura metafórica, um tipo de tempo, desde o início, que nunca poderia tomar forma em personalidade histórica, nada além que o Tempo em Pessoa poderia

sair da casa do relógio quando a hora bate; que nenhum Jesus poderia se tornar um Nazareno por nascer em, ou por ser levado a, Nazaré; e que a história de nossos Evangelhos é do início ao fim a história identificável do Deus-Sol, e do Cristo Gnóstico que nunca poderia ter sido carne. Quando nós não conhecíamos um era possível acreditar no outro, mas uma vez que nós realmente conhecemos, então a falsa crença não é mais possível. 39. O Messias mítico era Hórus no mito osiriano; Har-Khuti no de Sut-Typhonian; Khunsu no de Amen-Ra; Iu no culto de Atum-Ra; e o Cristo dos Evangelhos é um amálgama de todos esses personagens.

O Cristo é o Bom Pastor! Assim também era Hórus.

Cristo é o Cordeiro de Deus! Assim também era Hórus.

Cristo é o Pão da Vida! Assim também era Hórus.

Cristo é a Verdade e a Vida! Assim também era Hórus.

Cristo é o Portador do Leque! Assim também era Hórus.

Cristo é o Senhor! Assim também era Hórus.

40. Cristo é o Caminho e a Porta da Vida! 41. Hórus era o caminho pelo qual eles viajavam para fora do Sepulcro. Ele é o deus cujo nome está escrito com o sinal hieroglífico da Estrada ou Caminho. 42. Jesus é ele que devia vir; e Iu, a raiz do nome em egípcio, significar “vir.” Iu-em-hept, como Su, o Filho de Atum, ou de Ptah, era o “O Sempre Vindouro”, que era sempre retratada como o jovem marchante, no ato e atitude de vir. Hórus incluía ambos os sexos. A Criança (ou a alma) não é de nenhum sexo, e potencialmente, de ambos. Assim a deidade hermafrodita; e Jesus, no Livro das Revelações, é o Jovem Homem que tem seios femininos. 43. Iu-em-hept significa ele que vem em paz. Este é o caráter no qual Jesus é anunciado pelos anjos! E quando Jesus vem até seus discípulos depois da ressurreição é como aquele que traz a paz. “Aprendam de mim e vocês encontrarão repouso,” disse o Cristo. Khunsu-Nefer-hept é o Bom Repouso, Paz em Pessoa! O Jesus egípcio, Iu-em-hept, era o segundo Atum; O Jesus de Paulo é o segundo Adão. Em uma interpretação do Evangelho de João, ao invés de “o único gerado Filho de Deus,” uma leitura alternativa fornece o “único gerado deus”, que tinha sido declarada como uma interpretação impossível. Mas o “único gerado deus” era um tipo especial na mitologia egípcia, e a frase re-identifica a divindade cujo emblema é o besouro. Hor-Apollo disse, “para denotar o único gerado ou um pai, os egípcios delineavam um escaravelho! Por isso eles simbolizavam um único gerado, porque a criatura é auto-produzida, não sendo concebida por uma fêmea.” Agora o jovem manifestante do Deus-Besouro era este Iu-em-hept, o Jesus egípcio. A típica fraseologia de João é comum para as Inscrições, que contam dele que era o Início da Vinda do primeiro, e que fez todas as coisas, mas que ele mesmo não era feito. Eu cito palavra por palavra. E não apenas era o Deus-Besouro continuado no “único-gerado Deus”; o tipo-besouro foi também

trazido como um símbolo do Cristo. Ambrósio e Augustino, entre os padres cristãos, identificaram Jesus com, e como, o “bom Escaravelho,” que mais tarde identifica o Jesus do Evangelho de João com o Jesus do Egito, que era o Sempre Vindouro, e Aquele que traz a Paz, de quem eu tenho em todo lugar demonstrado ser o Jesus sobre quem o Livro de Eclesiástico é inscrito, e atribuído nos Apócrifos. 44. De acordo com esta continuação dos símbolos Kamitas, foi também mantido por alguns sectários que Jesus era um oleiro, e não um carpinteiro; e o fato é que este único-gerado Deus-Besouro, que é retratado sentado na roda do oleiro formando o Ovo, ou modelando o vaso-símbolo da criação, era o Oleiro personificado, assim como o único-gerado deus no Egito. 45. O caráter e os ensinamentos do Cristo canônico são compostos de contradições que não podem ser harmonizadas com aquelas de um ser humano, embora elas sejam sempre verdade para o Mythos. 46. Ele é o Príncipe da Paz, e ainda ele declara que ele não veio trazer a paz: “Eu não vim trazer a paz, mas a espada,” e não apenas Iu-em-hept é Aquele que traz a Paz pelo nome em um caractere; ele é também a Espada personificada em outro. Neste ele diz, “Eu sou a imagem viva de Atum, procedendo dele como uma espada.” Ambos os caracteres pertencem ao Messias mítico no Ritual, que também se chama o “Grande Perturbador,” e o “Grande Tranquilizador” – o “Deus Contenção,” e o “Deus Paz.” O Cristo dos evangelhos canônicos tem muitos protótipos, e algumas vezes a cópia é derivada ou o traço é pego de um original, e algumas vezes de outro. O Cristo do Evangelho de Lucas tem um caráter inteiramente distinto daquele do Evangelho de João. Aqui ele é o Grande Exorcista, e expulsador de demônios. O Evangelho de João não contém nenhum caso de possessão ou obsessão: nenhum certo homem que “tinha demônios há muito tempo”; nenhuma criança possuída por um demônio; nenhum homem cego e mudo possuído por um demônio. 47. Outros milagres são realizados pelo Cristo de João, mas não estes; porque o de João é um tipo diferente do Cristo. E o original do Grande Curandeiro no Evangelho de Lucas pode ser encontrado no deus Khunsu, que era o Curandeiro Divino, o supremo entre os curandeiros e salvadores, especialmente como exorcista de demônios, e expulsador de espíritos possuidores. Ele é chamado nos textos de “O Grande Deus, o expulsador da possessão.” 48. Na tábua da “Princesa Possuída”, este deus em sua efígie é enviado pelo chefe de Bakhten, para que ele possa vir e expulsar um espírito possuidor da filha do rei, que tinha um movimento maligno nas suas pernas. O demônio reconheceu a divindade assim como o demônio reconheceu Jesus, o exorcista de espíritos malignos. Também o deus Khunsu é o Senhor sobre o porco – um tipo de Sut. Ele é retratado no disco da lua cheia de Páscoa, no ato de oferecer o porco como um sacrifício. Além disso, nas cenas do julgamento, quando os espíritos malignos são condenados e enviados de volta ao abismo, o modo deles retornarem ao lago da matéria primordial é entrando nos corpos de suínos. Diz Hórus aos deuses, falando de um condenado: “Quando eu enviei ele para o seu lugar que ele foi, e ele foi transformando em um porco negro.” Então quando o Exorcista no Evangelho de Lucas expulsa Legião, os demônios pedem permissão do Senhor do porco para serem permitidos a

entrar nos suínos, e ele os deixa partir. Isto, e muito mais que deve ser considerado, tende a diferenciar o Cristo de Lucas, e de identificá-lo com o Khunsu, ao invés de Iu-em-hept, o Jesus egípcio, que é reproduzido no Evangelho segundo João. Deste modo pode ser provado que a história do Cristo nos Evangelhos é um longo e completo catálogo de semelhança com o Messias mítico, o deus solar ou luni-solar. 49. A “Litânia de Ra,” por exemplo, é endereçada ao Deus-Sol em uma variedade de caracteres, muitos dos quais são designados ao Cristo dos Evangelhos. Ra é o Poder Supremo, o Besouro que descansa no Céu, que é nascido como seu próprio filho. Isto, como já foi dito, é o Deus no Evangelho de João, que diz: - “Eu e o Pai somos um,” e aquele que é o pai nascido como seu próprio filho; que diz, que ao conhecer e ver o filho, “de agora em diante você o conhecem e o viram”; isto é, o Pai. 50. Ra é designado como a “Alma que fala”. Cristo é a Palavra. Ra é o destruidor do veneno. Jesus diz: - “Em meu nome eles devem pegar as serpentes, e se eles beberem qualquer coisa mortal isso não os machucará.” Em um caráter Ra é o excluído. Assim também Jesus não tinha onde deitar sua cabeça. 51. Ra é o “tímido que derrama lágrimas na forma do Aflito.” Ele é chamado Remi, o que chora. Esse deus que chora passa através de “Rem-Rem,” o lugar do pranto, e lá conquista em interesse dos seus seguidores. No Ritual o Deus diz: - “Eu desolei o lugar de Rem-Rem.” Este personagem é sustentado por Jesus na lamentação sobre Jerusalém que seria desolada. As palavras de João, “Jesus chorou” são como uma estátua esculpida do “Aflito,” como Remi, o que chora. Ra é também o deus que “faz a múmia seguir adiante.” Jesus faz a múmia seguir adiante na forma de Lázaro; e nas catacumbas romanas o Lázaro ressurgido não é apenas representado como uma múmia, mas uma múmia egípcia que tinha sido eviscerada e enfaixada para a habitação eterna. Ra diz para a múmia: “Vem adiante!” e Jesus chora: “Lázaro, vem adiante!” Ra manifesta como “aquele que queima, ele que envia a destruição,” ou “envia seu fogo no lugar de destruição.” “Ele envia fogo aos rebeldes,” sua forma é aquela do “Deus da fornalha.” Cristo também vem na pessoa deste “que queima”; o que envia a destruição pelo fogo. Ele é proclamado por Mateus para ser o que batiza pelo fogo. Ele diz, “Eu vim para trazer fogo a terra.” 52. Ele é retratado como “Deus da fornalha,” que deve “queimar o joio com fogo inapagável.” Ele irá lançar os rebeldes numa “fornalha de fogo,” e enviar os condenados no fogo eterno. Tudo isso que era natural quando aplicado ao Deus-Solar, é suposto que se torne sobrenatural quando mal aplicado a um suposto ser humano a quem isso nunca poderia se aplicar. O fogo solar foi a fonte primária africana do teológico fogo do inferno e do inferno. 53. A “Litânia” de Ra reúne os muitos personagens que compõe o Deus total (chamado Teb-temt), e os Evangelhos reúnem os resquícios míticos; assim o resultado é em cada caso idêntico, ou inteiramente similar. Do início ao fim os Evangelhos Canônicos contém o drama dos mistérios do deus luni-solar, narrados como uma história humana. A cena no Monte da Transfiguração é obviamente derivada da ascensão de Osíris no Monte da Transfiguração na Lua. O sexto dia era celebrado como aquele da mudança e transformação do deus solar na orbe lunar, que ele re-entrava naquele dia como o regenerador de sua luz. Com isso nós devemos comparar a declaração feita por Mateus,

que “depois de seis dias Jesus foi sozinho a uma alta montanha, e ele foi transfigurado, e sua face brilhava como o sol (é claro!), e sua veste se tornou branca como a luz.” 54. No Egito o ano começava logo apo o Solstício de Verão, quando o sol descia de sua altura do meio do verão, perdia sua força, e diminuía em seu tamanho. Isto representava Osíris, que tinha nascido da Mãe Virgem como a criança Hórus, o diminuído infantil sol do Outono; o sofredor, ferido, sangrando Messias, como ele era representado. Ele descia ao inferno, ou Hades, onde ele era transformado no viril Hórus, e se erguia novamente como o sol da ressurreição na Páscoa. Nestes dois caracteres de Hórus nos dois horizontes, Osíris fornecia o tipo dual do Cristo canônico, que mostra muito satisfatoriamente COMO o mítico prescreve as amarras além das quais o histórico, não vai, não se atreve a ir. O primeiro era a criança Hórus, que sempre permaneceu uma criança. No Egito o menino ou menina usava a trança de Hórus da infância até os 12 anos de idade. Assim a infância terminava aproximadamente no décimo segundo ano. Mas embora a idade adulta estivesse então iniciada pelo jovem, e a transformação do menino no adulto tivesse começado, a completa maturidade não era adquirida até os 30 anos de idade. O homem de 30 anos de idade era o típico adulto. A idade da fase adulta era 30 anos, assim como era em Roma sobre a Lex Pappia. O homme fait é o homem cujos anos são tríades de dez, e que era Khemt. Assim como o homem, assim é com o deus: e o segundo Hórus, o mesmo deus no seu segundo caráter, é o Khemt ou Khem-Horus, o típico adulto de 30 anos. O deus até os doze anos era Hórus, o filho de Ísis, a criança da mãe, o fraco. O Hórus viril (o sol na sua força vernal), o adulto de 30 anos, era representativo da Paternidade, e este Hórus é o filho ungido de Osíris. Estes dois caracteres de Hórus a criança, e Hórus o adulto de 30 anos, são reproduzidos nas únicas duas fases da vida de Jesus nos Evangelhos. João não fornece datas históricas da época em que o Verbo foi encarnado e se tornou carne; nem para a infância de Jesus; nem para a transformação no Messias. Mas Lucas nos conta que a criança de doze anos era o jovem maravilhoso, e que ele crescia em conhecimento e estatura. Esta é a duração dos anos atribuídos a Hórus a criança; e esta fase da vida do Cristo-criança é seguida do batismo e unção, o descendente e pubescente espírito com a consagração do Messias no Jordão, quando Jesus “começou com a idade de cerca de 30 anos.” 55. A primeira unção era a consagração da puberdade; e aqui na idade completa do típico adulto, o Cristo, que havia sido previamente uma criança, o filho da Mãe Virgem, é subitamente transformado no Messias, como o ungido do Senhor. E assim como o segundo Hórus era regenerado, e esta hora gerado do pai, assim na cena da transformação do batismo no Jordão, o pai autentica a mudança na completa fase adulta, com a voz do céu dizendo: - “Este é o meu filho amado, em quem Eu me comprazo;” o espírito da pubescência, ou o Ruach, sendo representado pela pomba que desce, chamada o espírito de Deus. Dessa forma desde a época quando o Cristo-menino tinha cerca de doze anos de idade, até aquela do típico homme fait do Egisto, que era a idade atribuída a Horus quando ele se tornou deus adulto, não há história. Isto está exatamente de acordo com a alegoria Kamita do duplo-Hórus. E o Mythos sozinho irá dar conta da cisma que é larga e profunda o suficiente para engolfar uma suposta história de 18 anos. Infância não pode ser carregada além do décimo segundo ano, e o Hórus-criança sempre permaneceu criança; assim como o Cristo-criança permaneceu na Itália, e nos contos populares alemães. O registro mítico encontrado na natureza não vai além, e aí a história

consequentemente para dentro dos limites prescritos, para recomeçar com o ungido e regenerado Cristo da idade do Khem-Hórus, o adulto de 30 anos. 56. E esses dois caracteres de Hórus necessitavam uma dupla forma de mãe, que divide nas duas irmãs divinas, Ísis e Nephtys. Jesus também foi bi-mater, ou com dupla mãe; e as duas irmãs reaparecem nos Evangelhos como as duas Marias, ambas as quais são a mãe de Jesus. Isto de novo, que é impossível como história humana, é perfeitamente de acordo com o Mythos que explica isso. 57. Assim como Hórus-criança, Osiris desceu à terra; ele entrou na matéria, e se tornou mortal. Ele é nascido como o Logos, ou “como o Verbo.” Seu pai é Seb, a terra, cuja consorte é Nu, o céu, dos quais um dos nomes é MERI, a Dama do Céu; e esses dois são os protótipos de José e Maria. Dele é dito que cruzará a terra um substituto e sofrerá indiretamente como o Salvador, Redentor e Justificador dos homens. Nesses dois personagens havia um conflito constante entre Osíris e Typhon, o Poder Maligno, ou Hórus e Sut, o Satã egípcio. No equinócio de Outono, o demônio da escuridão começava a dominar; este era o Judas egípcio, que traiu Osíris para a sua morte na última ceia. No dia da Grande Batalha no Equinócio Vernal, Osíris conquistava como o deus ascendente, o Senhor da luz crescente. Ambas essas lutas são retratadas nos Evangelhos. Em uma Jesus é traído para sua morte por Judas; em outra ele se ergue superior a Satã. O último conflito é seguido imediatamente após o batismo. Dessa maneira: - Quando o sol estava a meio caminho de volta, do signo de Leão, ele cruzou o Rio do Homem da água, o egípcio Iarutana, hebreu Jordão, grego Eridanus. Nesta água o batismo ocorria, e a transformação do Hórus-criança no adulto viril, o conquistador do poder maligno, acontecia. Hórus se torna com cabeça de falcão, justamente onde a pomba ascendia e parava sobre Jesus. Ambos os pássaros representavam a alma viril que constituía o ungido na puberdade. Com esse poder adicionado Hórus vencia Sut, e Jesus sobrepujava Satã. Ambos os batismos e as lutas são referidas no Ritual. “Eu sou lavado com a mesma água que o Bom Abridor (Un-Nefer) lava quando ele disputa com Satã, a justificação deve ser feita para Un-Nefer, o Verbo feito Verdade,” ou o Verbo que é Lei. 58. A cena entre o Cristo e a Mulher na Fonte pode da mesma forma ser encontrada no Ritual. Aqui a mulher é a dama com longos cabelos, que é Nu, a consorte de Seb – e os cinco maridos podem ser relacionados com seus cinco deuses-estrelas nascidos de Seb. Osíris bebe da fonte “para matar sua sede.” Ele também diz: “Eu estou criando a água. Eu faço caminho no vale, no Poço do Grande. Faz-estrada (ou fazedor de estradas) expressa o que Eu sou.” “Eu sou o Caminho pelo qual eles atravessam o sepulcro de Osíris.” 59. Assim o Messias se revela como a fonte de água viva, “que jorra na Vida eterna.” Mais tarde ele diz, “Eu sou o caminho, a verdade, a vida.” “Eu estou criando a água, discriminando o assento,” diz Hórus. Jesus diz, “A hora é chegada quando vocês nem nessa montanha nem em Jerusalém adorarão o Pai.” Jesus clama que esta fonte da vida foi dada a ele pelo Pai. No Ritual se diz, “Ele é seu, O Osíris! Uma fonte, ou fluxo, sai de sua boca para ele!” Também, a fonte paternal é reconhecida em outro texto. “Eu sou o Pai, inundando quando há sede, guardando a água. Olhe me quanto a isso.” Mais ainda, em outro capítulo a fonte de água viva se torna o Poço da Paz. O locutor diz, “A fonte veio até mim. Eu me lavo no Poço da Paz.”

60. Em hebraico, o Poço da Paz é o Poço de Salém, ou Siloam. E aqui, não apenas o poço é descrito como aquele nos qual os Osirificados são feitos puros e curados; não apenas faz o Anjo ou Deus descer nas águas – os “tempos certos” são na realidade datados. “Os deuses das águas puras estão lá na quarta hora da noite, e na oitava hora do dia, dizendo, “Saia daqui,” para ele que tinha sido curado.” 61. Um epítome de uma porção considerável do Evangelho de João pode ser encontrado em outro breve capítulo do Ritual – “Vocês deuses venham ser meus servos, Eu sou o filho do seu Senhor. Vocês são meus através de meu Pai, que deu vocês a mim. Eu tenho estado entre os servos de Hathor ou Meri. Eu tenho sido lavado por elas, Ó atendente!” Compare a lavagem dos pés de Jesus por Maria. 62. O Osíris exclama, “Eu recebi os espíritos chefes no serviço do Senhor das coisas! Eu sou o Senhor dos campos onde eles são brancos,” i.e., os ceifadores na colheita. Então o Cristo agora diz aos discípulos, “Vejam, eu digo a vocês, Ergam seu olhos e olhem os campos, que estão já brancos para a colheita.” 63. “Então dizia ele aos seus discípulos, a colheita é verdadeiramente muita, mas os trabalhadores são poucos. Orem vocês, assim, ao Senhor da colheita para que ele envie trabalhadores para sua colheita. E ele chamou então seus doze discípulos.” Agora, se nos voltarmos para o “Livro do Hades” egípcio, a colheita, o Senhor da colheita, e os ceifadores da colheita estão todos retratados, os doze estão lá também. Em uma cena eles são precedidos por um deus apoiado em um cajado, que é designado como Mestre da Alegria – um sobrenome do Hórus Messias quando ao Soli-Lunar Khunsu; os doze são “eles que trabalharam na colheita na planície de Neter-Kar.” Um portador de uma foice mostra a inscrição: “Estes são os ceifadores.” Os doze estão divididos em dois grupos de cinco e sete – Os doze totais são chamados de “Os Felizes,” os portadores da comida. Outro títulos dos doze é aquele de “Justos.” O deus diz para os ceifadores, “Peguem suas foices!” Ceifem seu grão! Honra a vocês, ceifadores.” Oferendas são feitas a eles na terra, como portadores das foices nos campos do Hades. Por outro lado, o joio ou os malignos serão lançados fora e destruídos para sempre. Estes doze são os apóstolos na sua fase egípcia. 64. Nos capítulos sobre “Dieta Celestial” no Ritual, Osíris come sob a árvore sicamora de Hathor. Ele diz, “Deixe ele vir da terra. Vocês trouxeram estes sete pães para eu viver, trazendo o pão que Hórus (o Cristo) faz. Você colocaram, vocês comeram porções. Deixe ele chamar os deuses para eles, ou os deuses vieram com eles a ele.” 65. Isto é reproduzido como milagre nos Evangelhos, realizado quando a multidão foi alimentada com sete pães. Os sete pães são encontrados aqui, junto com o chamado aos deuses, ou realização do milagre da multiplicação dos pães. 66. No próximo capítulo há uma cena sobre comer e beber. O locutor, que personifica o Senhor, diz: “Eu sou o Senhor do Pão em Annu. Meu pão no céu foi aquele de Ra; meu pão na terra foi aquele de Seb.” Os sete pães representam o pão de Ra. Em todos outros lugares o número prescrito para ser posto em uma mesa, como uma oferenda, é cinco pães. Estes também são carregados nas cabeças de cinco diferentes pessoas nas cenas do mundo

inferior. Cinco pães são o pão de Seb. Os cinco pães representam o pão de Seb. Assim cinco pães representam o pão da terra, e sete o pão do céu. Tanto cinco quanto sete são números regulação sagrados no Ritual egípcio. E no Evangelho de Mateus os milagres são trabalhados com cinco pães em um caso, e sete no outro, quando as multidões são alimentadas com a dieta celestial. Isto irá explicar o dois números diferentes em um mesmo milagre do Evangelho. Na narrativa canônica há um rapaz com cinco pães de cevada e dois peixes. No próximo capítulo do Ritual nós possivelmente encontramos o próprio rapaz, quando o realizador de milagres diz: - “Eu tenho dado sopro para o dito jovem.” 67. Os Gnósticos declaram verdadeiramente que as pessoas celestiais e as cenas celestiais tinham sido transferidas para a terra nos nossos Evangelhos; e é apenas dentro do Pleroma (o céu) ou no Zodíaco que nós podemos às vezes identificar os originais de ambos. E é lá que nós devemos procurar pelos “dois peixes.” 68. Como a última forma do Manifestante era no céu dos doze signos, que provavelmente determinaram o número de doze cestos cheios de comida restante quando a multidão tinha sido toda alimentada. “Os que comeram os pães eram cinco mil homens;” e cinco mil era o número exato dos Celestiais ou Deuses no Paraíso Assírio, antes da revolta e queda do céu. A cena do milagre dos pães e peixes é seguida por uma tentativa de pegar Jesus pela força, mas ele se liberta sozinho; e isto é sucedido pelo milagre de andar nas águas, e conquistar o vento e as ondas. Assim também é no Ritual. Cap. 57 é aquele do sopro prevalecendo sobre as águas no Hades. O locutor, tento de atravessar diz: “O Hapi! deixe o Osíris prevalecer sobre as águas, assim como Osíris prevaleceu contra a tomada pelo invisível,” O deus solar foi traído mortalmente pelo Judas egípcio, na “noite da tomada pelo invisível,” que foi a noite da última ceia. O deus é “emboscado pelos conspiradores, que vigiaram muito.” Deles é dito que o farejaram “ao comer do seu pão.” Então o Cristo é emboscado por Judas, que “sabia o local, que Jesus frequentemente ia,” e pelos judeus que tinham por muito tempo vigiado para pegá-lo. 69. O farejar de Osíris ao comer do seu pão é acentuadamente interpretado por João no comer da última ceia. O Ritual tem isso: - “Eles farejaram Osíris ao comer de seu pão, transportando o mal de Osíris.” 70. “E quando ele molhou o pão ele o deu a Judas Iscariotes, e depois do pão Satã entrou nele.” Então disse Jesus a ele em que o mal ou demônio tinha sido transportado, “O que você faz, faça rapidamente.” Osíris era o mesmo, pedindo sepultamento. Aqui é demonstrável que o não-histórico Herodes é uma forma da Serpente Apophis, chamada o inimigo do Sol. Em siríaco, Herodes é um dragão vermelho. Herodes, em hebreu, significa um terror. Heru (Eg.) é aterrorizar, e Herrut (Eg.) é a Cobra, o típico réptil. O sangue da vítima divina que é derramado pela Serpente Apophis na sexta hora, na “na noite de golpear o profano”, é literalmente derramado por Herodes, como o Herrut ou Serpente Tifoniana. 71. O locutor, no Ritual, pergunta: “Quem é você então, Senhor do Corpo Silencioso? Eu vim para ver ele que está na serpente, olho a olho, e face a face.” “Senhor do Corpo Silencioso” é um título de Osíris. “Quem é você então, Senhor do Corpo Silencioso?” é perguntado e deixando sem resposta. Esse caráter é também atribuído ao Cristo. O Alto Sacerdote disse a ele, “Você não

responde nada?” “Mas Jesus manteve sua paz.” Herodes o questionou em muitas palavras, mas ele não lhe respondeu nada. Ele age como o personagem descrito do “Senhor do Corpo Silencioso.” 72. A transação na sexta hora da noite da crucificação é expressamente inexplicável. No Evangelho nós lemos: - “Agora da sexta hora houve escuridão sobre toda a terra até a nona hora.” A sexta hora sendo meia-noite, que mostra a natureza solar do mistério, que tinha sido transferida para a sexta hora do dia no Evangelho. 73. É na sétima hora que o combate mortal acontece ente Osíris e a mortal Apophis, ou a grande serpente, Haber, 450 cúbitos de comprimento, que preenche o céu inteiro com suas dobras envolventes. O nome desta sétima hora é “aquela que fere a serpente Haber.” Neste conflito com o poder do mal assim retratado o deus-sol é designado o “Conquistador da Sepultura,” é dito que faz seu avanço através da influência de Ísis, que o ajuda a repelir a serpente ou demônio da escuridão. No Evangelho, Cristo é estabelecido no conflito supremo como o “Conquistador da Sepultura,” pois “as sepulturas se abriram, e muitos corpos de santos que dormiam levantaram;” e Maria representa Ísis, a mãe, na cruz. É dito da grande serpente, “Há aqueles na terra que não bebem das águas desta serpente, Haber,” que pode ser comparado com a recusa do Cristo de beber o vinagre misturado com fel. 74. Quando o Deus derrota a Serpente Apophis, sua velha noturna, anual, e eterna inimiga, ele exclama, “Eu vim! Eu fiz meu caminho! Eu vim como o sol, através do portão daquele que gosta de enganar e destruir, também chamado de a ‘víbora’. Eu fiz meu caminho! Eu feri a serpente, Eu passei.” 75. Mas a mais expressa representação dos mistérios era aquele do sol anual como o Hórus Ancião, ou Atum. Como Julius Firmicus diz: “Na celebração solene dos mistérios, todas as coisas tinha que ser feitas na ordem que o jovem fez ou sofreu na sua morte.” 76. Diodorus Siculus corretamente identificou a “fábula inteira do mundo inferior,” que foi dramatizada na Grécia, como tendo sido copiada “de cerimônias de funerais egípcios,” e assim trazida do Egito para Grécia e Roma. Uma parte deste mistério foi o retrato do deus-sol sofredor em uma fase feminina. Quando o sol sofredor estava ferido e doente, ele se tornava fêmea, tal sendo uma forma primitiva de expressão. Lucas descreve o Senhor no Jardim do Gethsemane como estando em uma grande agonia, “e seu suor estava, como se fosse, grandes gotas de sangue, caindo no chão.” Esta experiência os gnósticos identificaram com o sofrimento da Sophia hemorrágica deles próprios, cuja paixão é a original daquela que é celebrada durante a semana da Paixão, a “semana do choro em Abtu,” e que constitui o fundamental mistério da Rosa Cruz, e da Rosa do Silêncio. 77. Nesta agonia e suor sangrento o Cristo simplesmente cumpre o caráter de Osíris Tesh-Tesh, o sol vermelho, o deus-sol que sofre sua agonia e suor sangrento em Smen, de onde vem Gethsemen, ou Gethsemane. Tesh significa o sangramento, vermelho, ensangüentado, separado, cortado, e ferido; tesh-tesh é a forma inerte do deus cujo sofrimento, como aquele de Adonis era representado como feminino, que sozinho alcança uma origem natural para o tipo. Ele era também chamado Ans-Ra, ou o sol atado em linho.

78. Tão naturais eram os primitivos mistérios! 79. Minha atenção acabou de ser chamada para uma passagem em Lycophron, que viveu sob Ptolemy Philadelphus entre 310 e 246 A.C. Em seu Heracles é contado que:

“Aquele leão de três noites, que o cão feroz do velho Tritão com mandíbulas furiosas devorou, dentro de suas entranhas, rasgando de seu fígado, ele rolou, queimando com o calor, embora sem fogo,

sua cabeça com gotas de suor molhavam por toda parte.” 80. Isto descreve o deus sofrendo sua agonia e suor, que é chamado o “fluxo sangrento” de Osíris. Aqui as noites são três em número. Assim o Filho do Homem deveria estar três noites assim como três dias no “coração da terra.” Nos Evangelhos esta profecia não é cumprida; mas se nós incluirmos a noite do suor sangrento, nós temos as três noites necessárias, e o Mythos se torna perfeito. Nesta fase o sol sofredor era o Sol Vermelho, daí o típico Leão Vermelho. 81. Como Atum, o sol vermelho é descrito como se pondo na Terra da Vida em todas as cores do escarlate, ou Pant, a poça vermelha. Esta roupagem de cores é representada como um “belo manto” por Lucas; um manto roxo por Marcos; e um manto escarlate por Mateus. Quando ele desce no Equinócio de Outono, ele é crucificado. Sua mãe, Nu, ou Meri, o céu, vendo o filho dela, o Senhor do Terror, maior dos terríveis, se pondo na Terra da Vida, com suas mãos pendentes, ela se torna obscura, e há grande escuridão por toda a terra como na crucificação descrita por Mateus, na qual a passagem do Senhor do Terror é interpretada pelo terrível ou “alto choro” da versão sinóptica. O deus-sol faz os mortos, ou aqueles na terra, viverem quando ele passa para o mundo inferior, porque, quando ele entra na terra, as tumbas são abertas, i.e., figurativamente. Mas é reproduzido literalmente por Mateus. 82. A morte de Osíris, no Ritual, é seguida pela “Noite do Mistério das Grandes Formas,” e é explicado que a noite do mistério das Grandes Formas é quando havia sido feito o embalsamamento do corpo de Osíris, “o Ser Bom, justificado para sempre.” No capítulo da “noite da preparação” do corpo morto de Osíris, é dito que “Ísis se ergue na noite da preparação do corpo morto, para lamentar sobre seu irmão Osíris.” E de novo: “A noite da preparação” (do falecido Osíris) é mencionada, e de novo é descrita como aquela em que Ísis tinha se levantado “para chorar pelo seu irmão.” 83. Mas esta é também a noite em que ele conquista seu inimigos, e “recebe o local de nascimento dos deuses.” “Ele rompe as bandagens que eles fizeram para o seu funeral. Ele levanta sua alma, e esconde seu corpo.” Assim também o Cristo é encontrado tendo soltado as bandagens de linho do funeral, e eles viram o linho em um lugar, e o lenço em outro. Ele também escondeu seu corpo! 84. Isto é minuciosamente reproduzido, ou feito um paralelo, no Evangelho de João, onde é Maria Magdalena que levanta à noite e vai ao sepulcro, “quando ainda estava escuro,” para encontrar o Cristo ressurgido, como o conquistador da morte e da sepultura. Na versão de João depois do corpo ser embalsamado em uma centena de libras de especiarias, consistindo de mirra e aloés, nós

temos a “noite do mistério das formas”: “Enquanto ainda era escuro, Maria Magdalena indo ao sepulcro, e avistando-o, vê dois anjos de branco sentados, um à cabeça e outro aos pés, de onde o corpo tinha sido anteriormente deixado.” E no capítulo do “Como um ser vivo não é destruído no inferno, ou a hora da vida não termina no Hades,” há dois jovens deuses – “dois jovens de luz, que prevaleceram como aqueles que viram a luz,” e a vinheta mostra o falecido andando para fora. Ele levantou! 85. Mateus em apenas um anjo e esplêndida presença, cuja aparência era como um relâmpago, que concorda com Shepi, O Esplêndido, que “ilumina o sarcófago,” como um representante da divindade, Ra. O Cristo levantado, que é primeiro visto e reconhecido por Maria, diz para ela, “Não me toque, porque Eu ainda não ascendi ao meu Pai.” A mesma cena é descrita pelos gnósticos: quando Sophia corre para abraçar o Cristo, que a restringe ao explicar que ele não deveria ser tocado. 86. No último capítulo da “Preservação do Corpo no Hades,” há muita matéria mística que parece mais simples quando escrita no Evangelho de João. È dito do deus levantado ou regerminado – “Pode o Osiriano falar a vós?” O Osiriano não sabe. Ele (Osíris) o conhece. “Não deixe ele agarrá-lo.” O Osirificado sai sadio, Imortal é seu nome.” “Ele passou pelas estradas superiores” (isto é, como um espírito elevado). 87. “Ele é aquele que segura com sua mão,” e dá a prova palpável da continuidade da personalidade, como faz o Cristo, que diz, “Veja minhas mãos e meus pés, esse sou eu mesmo.” 88. O deus-sol reergue-se no horizonte, de onde ele vem, “dizendo aqueles que pertencem à sua raça, Dê-me seu braço.” Diz o falecido Osirificado, “Eu sou feito como vocês são.” “Deixe-o explicar!” Na sua reaparição o Cristo demonstra que ele é feito como eles são, “Veja minhas mãos e pés, que sou eu mesmo; toque me e veja. E quando ele disse isso ele lhes mostrou as mãos e pés. Então ele disse à Tomás, Estenda aqui vosso dedo, e veja minhas mãos, e estenda aqui vossa mão e coloque no meu lado.” Estas descrições correspondem aquela do cortado, ferido, e sangrando deus-sol, que diz aos seus companheiros, “Dê-me seu braço; Eu sou feito como vocês são.” 89. Nos Evangelhos dos Hebreus ele é feito exclamando, “Porque eu não sou um fantasma sem corpo.” Mas no original, quando o ressurgido elevado diz aos seus companheiros, “Dê-me seu braço, eu sou feito como vocês são,” ele fala como um espírito para espíritos. Embora nos Evangelhos, o Cristo teve de demonstrar que ele não é um espírito, porque a cena tinha sido transferida para a vida terrena. 90. Os gnósticos verdadeiramente declararam que todas as transações sobrenaturais relatadas no Evangelho cristão “eram contrapartes (ou representações) do que acontecia acima,” Isto é, eles afirmaram que a história é mítica; a alegoria celestial feita mundana; e eles estavam certos, como o Evangelho egípcio prova. Existem Curandeiros, e Jehoshua Ben-Pandira pode ter sido um. Mas, porque isto é possível, não devemos permitir isto de afirmar o impossível! Assim, nos Evangelhos, o mítico é, e tem de ser, continuamente reproduzido como milagre. Isto que naturalmente pertence ao personagem do deus-sol se torna sobrenatural em aparência quando trazido para a terra. O deus solar descido ao mundo inferior como restaurador do destino à liberdade,

o morto à vida. Nesta região os milagres são trabalhados, e a transformação acontece. Os espíritos malignos e poderes destrutivos são exorcizados das múmias; o paralítico e o aleijado são capacitados a levantar e ir; os mortos são levantados, uma boca foi dada ao mudo, e o cego pode ver. 91. Esta “reconstituição do falecido” é transferida para a vida terrena, onde “os cegos recebem sua visão, e os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, e os mortos levantam” na vinda do Cristo, que realizou os milagres. O drama, que os idiotai tomaram por história humana, era realizado pelo deus-sol no outro mundo. 92. Eu poderia continuar por todo dia, e toda a noite, ou dar uma dúzia de palestras, sem exaurir minhas evidências que o Evangelhos canônicos são apenas uma versão requentada literária posterior dos escritos egípcios; as representações nos Mistérios, e os ensinamentos orais dos gnósticos que passaram do Egito para Grécia e Roma – para isso a muito mais provas de onde estas vieram. Eu posso apenas oferecer um tijolo como espécime do que em outro lugar é um prédio sobre quatro quadras, e sólido contra todo vento que sopra. 93. A pregação cristã é acreditada como tendo sido escoltada pelo nascimento de uma criança, e o retrato dessa criança nas catacumbas romanas como o filho de Maria é o jovem deus-sol na imagem da múmia do rei-criança, o egípcio Karast, ou Cristo. Os fatos alegados da vida de nosso Senhor como Jesus o Cristo, foram igualmente os fatos alegados da vida de nosso Senhor como o Hórus do Egito, cujos muitos nomes significam o Senhor. 94. As lendas cristãs foram primeiramente relatadas como de Hórus o Messias, o herói solar, o maior herói que viveu na mente do homem – não na carne – o único herói para quem os milagres eram naturais, porque ele não era humano. 95. Do começo ao fim a história não é humana mas divina, e o divino é o mítico. Desde descida do Espírito Santo sobre Maria, até a ascensão do Cristo ressurgido no fim dos quarenta dias, de acordo com o drama dos Mistérios pré-cristãos, o assunto, os personagens, ocorrências, eventos, atos, e dizeres portam o molde mítico ao invés da estampa da história humana. Diretamente através, as idéias que moldaram a história eram pré-existentes, e são identificavelmente pré-cristãs; e assim nós vemos a estranha visão da Europa hoje de 100.000.000 pagãos mascarados como cristãos. 96. Se você acredita nisso ou não isto não importa, o fato fatal continua que todo traço e característica que compõe o Cristo como Divindade, e todo evento ou circunstância tomada para estabelecer a personalidade humana eram pré-existentes, e pré-aplicadas pelo Cristo egípcio e gnóstico, que nunca poderia se tornar carne. O Jesus Cristo com seios femininos, que é o Alpha e Omega da Revelação, era o IU do Egito, e o Iao dos Caldeus. Jesus como o Cordeiro de Deus, e Ichthys o Peixe, era egípcio. Jesus como O Vindouro; Jesus nascido da Mãe Virgem, que foi coberta pela sombra do Espírito Santo; Jesus nascido de duas mães, ambas com o nome Maria; Jesus nascido na manjedoura – no Natal, e de novo na Páscoa; Jesus saudado pelos três reis, ou magos; Jesus da transfiguração no Monte; Jesus cujo símbolo nas catacumbas é a Estrela de oito raios – a Estrela do Leste; Jesus como a eterna Criança; Jesus como Deus o Pai, renascido como seu próprio Filho; Jesus como a Criança de doze anos;

Jesus como o Ungido de trinta anos; Jesus no seu batismo; Jesus andando sobre as Águas, ou operando milagres; Jesus como o que expulsa demônios; Jesus como um Substituto, que sofreu tormentos vicários pelos homens pecadores; Jesus cujos seguidores são os dois irmãos, os quatro pescadores, os sete pescadores, os doze apóstolos, os setenta (ou setenta e dois em alguns textos) cujos nomes foram escritos no céu; Jesus que foi administrado por sete mulheres; Jesus em seu suor sangrento; Jesus traído por Judas; Jesus como o conquistador da tumba; Jesus a Ressurreição e a Vida; Jesus diante de Herodes; no Hades, e em sua reaparição para as mulheres, e para os sete pescadores; Jesus que foi crucificado tanto em 14 como em 15 do mês de Nisan; Jesus que também foi crucificado no Egito (como está escrito nas Revelações); Jesus como juiz dos mortos, coma ovelha na mão direita, e os bodes na esquerda, é egípcio do primeiro ao último, em cada fase, do início ao fim –

FAÇA O QUE VOCÊ PODE DE JEHOSHUA BEN-PANDIRA. 97. Em alguns dos antigos templos egípcios os cristãos iconoclastas, quando cansados de talhar e lixar as figuras simbólicas incisas nas câmaras de imagens, e desfigurar as características mais proeminentes dos monumentos, descobriram que eles não poderiam escavar os hieróglifos, e pegaram para cobri-los com gesso ou tempera; e esse gesso, que era para esconder o significado e parar a boca da pedra Palavra, serviu para preservar os antigos escritos, tão frescos em cor e forma no contorno como quando eles foram pela primeira vez cortados e coloridos. 98. Em um modo similar o templo da antiga religião foi invadido, e possessão gradualmente adquirida pela conivência do poder romano; e essa fortaleza duradoura, não construída, mas escavada na rocha sólida, foi coberta de estuque na frente, e feita branca por um tempo com seu visual de nova, e reaberta sob o signo de outro nome – aquele do Cristo carnalisado. E todo o tempo cada canto e esquina estavam escuramente vivos com a presença das provas de deuses anteriores, e as origens pré-cristãs, embora os hieróglifos permanecessem não lidos até o tempo de Champollion! Mas estuque não é para uso duradouro, ele racha e cai; desgruda e sai na sua insignificância nata; a rocha é a única fundação verdadeira; a rocha é o único registro em que nós podemos alcançar a realidade finalmente! 99. Wilkinson, o egiptólogo, disse na verdade de Osíris na terra: - Alguns podem estar dispostos a pensar que os egípcios, estando cientes da promessa do salvador real, anteciparam esse evento, de forma como se ele já houvesse acontecido, e introduziram esse mistério no seu sistema religioso!” Isto é o que os obstétaras chamam de falsa apresentação; um nascimento em que os pés vem primeiro. Nos é contado pelos escritores nas catacumbas, e a iconografia cristã, que esta figura é Osíris, como um tipo de Cristo. Este é Pã, Apolo, Aristeus, como um tipo de Cristo. Este é Harpocrates, como um tipo de Cristo. Este é Mercúrio, mas como um tipo de Cristo; De tanto escutar os fatos revertidos, pervertidos e falsificados, faz alguém sentir como num pesadelo que tem durado dezoito séculos, sabendo que a Verdade tem sido enterrada viva e feita muda todo esse tempo; e acreditar que ela tem apenas de ganhar voz e se fazer ouvida para terminar as mentiras de uma vez por todas, e descer a cortina do esquecimento sobre o drama da desilusão mais digno de pena já testemunhado no palco humano.

100. E aqui os piores inimigos da verdade tem sido, e ainda são, os racionalizadores do Mythos, tais como os Unitarianos. Eles assumiram a história humana como ponto de partida, e aceitaram a existência de um fundador pessoal do Cristianistmo como um fato fundamental e inicial. Eles fizeram seu melhor para humanizar a divindade do Mythos, ao discartar o elemento miraculoso e sobrenatural, para que a narrativa pudesse ser aceita como história. Mas eles perderam a batalha no início, ao lutar em solo errado. 101. O Cristo é uma figura leiga que nunca existiu, e uma figura leiga de origem pagã; uma figura leiga que foi uma vez um Cordeiro, e depois um Peixe; uma figura leiga que em forma humana era o retrato e imagem de uma dúzia de deuses diferentes. As imagens das catacumbas mostram que os tipos lá representados não são as figuras ideais da realidade humana! Elas são a única realidade para seis ou sete séculos depois D.C., porque elas tinham sido assim por muitos séculos antes. Não há homem na cruz nas catacumbas de Roma por setecentos anos! O simbolismo, as alegorias, as figuras, os tipos, trazidos pelos gnósticos, permaneceram lá como o que elas tinham sido para os romanos, gregos, persas, e egípcios. Ainda, o ideal imitado do paganismo deveria se tornar duplamente real como o deus que se fez carne, para salvar a humanidade da “queda” impossível! Lembre-se que a pedra de fundação primária para a história no Novo Testamento é dependente da Queda do Homem sendo um fato no Antigo; ainda que isso seja apenas uma fábula, que tenha seu próprio significado mítico e não histórico. 102. Quando nós tentamos novamente aquele primeiro passo uma vez dado no escuro, nós não encontramos apoio para nossos pés, porque não havia escada. A Queda é absolutamente não histórica, e, consequentemente, o primeiro pedaço de chão sólido para um Cristo real, o redentor, está faltando desde o início. Qualquer um que arranje, ou tenha arranjado, um Salvador histórico para uma Queda não histórica, pode ser apenas um impostor histórico. Mas o Cristo dos Evangelhos não é nem mesmo isso! Ele não é um personagem histórico em nenhum sentido. É impossível estabelecer a existência de um personagem histórico, mesmo como um impostor. Para tal uma das duas testemunhas – Mitologia Astronômica e Gnosticismo – completamente provam um álibi para sempre! Da primeira suposta catástrofe até a final, as figuras da alegoria celestial foram ignorantemente mal interpretadas por matérias de fato, e assim o cristólatra ortodoxo é deixado por último para escalar o céu com um pé apoiado no chão de uma queda que é fictícia, e o outro pé no chão de uma redenção que deve ser falaciosa. É uma fraude fundada em uma fábula! 103. Todo tempo o cristão se vira para o Leste para curvar em obediência ao Cristo, é uma confissão que o culto é solar, a admissão se torna tão mais fatal porque é inconsciente. Toda figura do Cristo, com a auréola da glória, e acompanhante Cruz do Equinócio, oferecem a prova. 104. A doutrina cristã de uma ressurreição oferece evidência, absolutamente conclusiva, da natureza astronômica e Croniana das origens! Isto deve ocorrer, como sempre ocorreu, no final do ciclo; ou no fim do mundo! Revelação cristã não sabe nada de imortalidade, exceto na forma de renovação periódica, dependente do “Vindouro;” e a ressurreição dos mortos ainda depende do dia do julgamento e do último dia, no fim do mundo! Eles não tem outro mundo. Seu único outro mundo é no final deste.

105. Agora não há tolos vivos que seriam tolos o suficiente para cruzar o Oceano Atlântico em um barco podre e inapropriado como este no qual eles esperam cruzar o escuro Rio da Morte, e, de um píer de nuvem, aportar a salvo no Céu. A teologia cristã era responsável por substituir fé no lugar de conhecimento; e a mente européia está apenas começando a recuperar da paralisia mental induzida por uma doutrina que veio a atingir sua culminação natural na Idade das Trevas. 106. A religião cristã é responsável por entronar a cruz da morte no céu, com uma deidade nela, fazendo penitência pública por uma falta privada no começo da criação. Ela ensinou os homens a acreditarem que o espírito mais vil deve ser lavado branco, no sangue sofrido do mais puro, oferecido como agrado a um deus vingador. Ela divinizou a figura de um humano indefeso sofrendo, e a face de dor comovente; como se não houvesse nada além de um grande dor no coração no núcleo de todas as coisas; ou que o vasto Infinito não fosse mais que uma tristeza velada e de olhar triste que torna visível para nascer nas misérias da vida humana. Mas “no antigo mundo pagão os homens deidificavam o belo, o feliz;” assim como eles irão novamente, sobre um pedestal mais alto, quando a fábula desta ficção da queda do homem, e falsa redenção pelo deus gerado das nuvens, tiver passado como um fantasma da noite, e os homens despertarem para aprender que eles estão aqui para fazer uma guerra incessante contra o sofrimento sórdido, dores evitáveis e remediadas erroneamente; aqui para por fim a elas, não para apoteosizar uma efígie da Tristeza para ser adorada como um tipo do Eterno. Porque o mais beneficente é o mais bonito; o mais feliz é o mais saudável; o mais divino é mais alegre. O culto cristão tem fanaticamente lutado por sua falsa teoria, e trava guerra incessante contra a Natureza e Evolução – intenção da Natureza feita de alguma forma visível – e contra alguns dos mais nobres instintos durante dezoito séculos. Mares de sangue humano foram derramados para manter a barca de Pedro flutuando. Terra tem sido roída com os túmulos dos mártires do Pensamento Livre. Céu tem sido preenchido com um horror de grande escuridão em nome de Deus. 107. Dezoito séculos é muito tempo para a vida de uma mentira, mas um breve momento na eternidade da Verdade. A Ficção certamente será revelada, e a Mentira era cair finalmente! Finalmente!! Finalmente!!

Não importa se eleva ao céu, E escurece a terra, você não pode fazer a mentira

Imortal; embora estupendamente envolta Pela arte em cada perfeito molde da mente:

Ângelo, Rafael, Milton, Handel, todos Seus pilares, não podem segurá-la da queda.

A Pirâmide da Impostura construída por Roma,

Todo o cimento, de um lar eterno, Deve sucumbir de volta aterra, e toda rajada de vento

Deve celebrar no deserto de sua areia; E quando a prisão da Imortal, Mente,

Tiver caído para libertar os presos e cegos, Não mais deve a vida ser um longo medo da morte; Humanidade deve respirar com mais amplo fôlego,

Expandir em espírito, e em estatura crescer, Para acertar seu local de nascimento da terra e céus.