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Revista Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando

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Magnólia Martins da Silva1ª vice-presidente

Jônadan Hsuan Min MaPresidente

Nelson Ariza2º vice-presidente

João Domingos G. dos Santos3º vice-presidente

Olavo de Resende B. Júnior4º vice-presidente

José Antônio da S. Clemente1º diretor-administrativo

Jorge Luiz M. Sampaio2º diretor-administrativo

Luiz Carlos Rodrigues1º diretor-financeir

Odilon de R. Barbosa Filho2º diretor-financeiro

Ronan Rinaldi de S. SalgueiroRelações Inst. e comerciais

Completamos, nesta edição, nossos 100 primeiros dias da gestão Girolando 2014 – 2016. Como tradição nos ambientes democráticos, apro-

veitamos para apresentar um breve relato do que foram estes 100 dias de muito trabalho, interação e definições na nossa Associação.

Mesmo repetitivo, não podemos deixar de ressal-tar o nosso compromisso de trabalhar por uma Associação ainda melhor, ou seja, uma Girolando mais Forte, Presente e Participativa.

De posse das importantes informações da auditoria externa independente, encerrada em 28 de fevereiro, po-demos dizer que começamos nossa gestão efetivamente a partir desse momento, baseados em números e dados confiáveis, que nos proporcionaram um diagnóstico de alto nível da real situação econômica financeira da Asso-ciação Brasileira dos Criadores de Girolando.

Trabalhamos focados em três dos principais pontos de nossa plataforma e que os associados de todo o Brasil nos apresentaram em nossos contatos e visitas: maior pre-sença dos técnicos, mais apoio da Girolando ao pequeno produtor e redução de custos como associado.

Em relação aos técnicos, que são os embaixadores da Girolando no campo, além de trabalharmos na constan-te capacitação dos mesmos, buscamos motivá-los na men-te e no coração, para que, realmente, consigam implantar um “atendimento de qualidade que gere resultados po-sitivos”. Queremos, de um lado, o associado atendido da maneira mais satisfatória possível e, de outro, um digno reconhecimento do trabalho do técnico.

Implantamos a Pesquisa de Satisfação de Atendi-mento do Técnico; pedimos a todos que respondam sem-pre, para que possamos atender o associado cada vez melhor.

Visando estender a abrangência do atendimento técnico no Brasil, tornando-o mais eficaz e ao alcance dos criadores, criamos os ETAs – Escritórios Técnicos Avança-dos, que serão instalados em sete regiões do Brasil ainda neste ano, como postos avançados de atendimento dos atuais sete ETRs.

Os associados merecem a atenção permanente de nossa gestão, principalmente os pequenos produtores, tanto nos aspectos de produção de leite quanto no tama-nho do criatório. Esta será a tônica das nossas ações ao longo do ano, principalmente na Megaleite, para a qual estamos preparando grandes oportunidades de inserção dos mesmos, tanto para participar quanto para vender ou comprar animais, produtos ou serviços.

Custos do Associado: Ousamos, numa demonstra-ção de que acreditamos na raça Girolando e no associa-do, ao congelar os valores da anuidade e ainda facilitar as condições de pagamento da mesma com descontos, além de privilegiar a manutenção dos custos para os registros de animais de livro fechado. Implantamos também o PRA – Projeto de Resgate do Associado, que tem por objetivo o retorno do associado, oferecendo condições especiais junto à Girolando, no que se refere às anuidades atrasadas. Queremos todos os associados ativos e participantes na Girolando.

Enfim, estamos no começo de uma grande jorna-da que, com a graça de Deus, a ajuda e participação dos associados e o comprometimento dos técnicos e colabo-radores da Associação, além, é claro, da gestão participa-tiva da Diretoria, Conselhos e Representantes, resultará na Girolando que todos almejamos.

Saudações Girolandistas,

Diretoria Executiva, gestão 2014 - 2016

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Revista O Girolando - Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando • Editora: Larissa Vieira - [email protected] • Depto. Comercial: Mundo Rural (34) 3336-8888, Míriam Borges (34) 9972-0808 e Walkiria Souza (35) 9133-0808 - [email protected] • Design gráfico, ilustrações e arte: Jamilton Souza (34) 9187-0365, Yuri Silveira • Fotos: Jadir Bison • Revisão: Maria Rita Trindade Hoyler • Conselho editorial: Jônadan Ma, Nelson Ariza, Ronan Rinaldi de Souza Salgueiro, Olavo de Resende Barros Júnior, Leandro Paiva,Consuelo Mansur Pereira Farah, Miriam Borges e Larissa Vieira • Impressão CTP: Gráfica 3 Pinti (34) 3326-8000 - Distribuição gratuita e dirigida aos associados da Girolando, ABCGIL e órgãos de interesse ligados à cadeia produtiva de leite. • Redação: Rua Orlando Vieira do Nascimento, 74 - CEP: 38040-280 - Uberaba/MG - Telefax: (34) 3331-6000 • Assinaturas: [email protected] - Telefax (34) 3336-8888 - Walkiria Souza

EXPEDIENTE

A Girolando está em ritmo acelerado para ampliar os serviços prestados em todo o País. Várias medidas estão sendo ado-tadas para que a entidade continue crescendo, com foco na

qualidade e no desenvolvimento de uma pecuária mais eficiente. Para que todos os associados e criadores possam entender melhor as mudanças, destacamos nesta edição da revista O Girolando como será o processo de ampliação e qualificação da equipe téc-nica.

Outra novidade é o reforço na equipe de Parceiros Master, que neste ano passa a ser composta pela Nutron, CRV Lagoa, Real H, FertVitro, Rehagro, Agropecuária Leffers e Allflex. O presidente da Rehagro, Clóvis Corrêa, é nosso entrevistado do mês. Ele fala sobre a importância da capacitação dos profissionais do campo e como está o cenário hoje no setor em relação à mão de obra qualificada. A Rehagro oferece dezenas de cursos presenciais e virtuais em todo o Brasil.

E para mostrar como é a vida desses profissionais do campo, os técnicos da Girolando, Jesus Lopes e Edivaldo Ferreira Júnior des-tacam as responsabilidades que o cargo exige em relação à orienta-ção dos produtores e à confiabilidade dos dados coletados.

Na parte de nutrição, a proximidade do período de seca exi-ge preparação cuidadosa da silagem. Já na área de sanidade des-tacamos os cuidados para evitar infestação por carrapato. Outros destaques são os mercados de FIV e de sêmen, que a cada ano apresentam nova expansão.

Para encerrar, fica o convite para participar da Megaleite 2014. Será o Jubileu de Prata da Exposição Nacional de Girolando. A feira acontecerá no período de 13 a 20 de julho, no Parque Fer-nando Costa, em Uberaba (MG).

Larissa VieiraEditora

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Nº CRIADOR MUNCÍPIO

7606 Agropecuária Umuarama Ltda Uberaba – MG

7575 Altemir Luiz Folgiarini Campo Verde – MT

7611 Alex Lima Alves Santo Antônio do Monte – MG

7597 Amarildo Bernardo Netto Pereira Jacareí – SP

7617 Anibal Eugênio Vercesi Campinas – SP

7625 Antônio Michel Nasser Bambuí – MG

7607 Antônio Mauricio Marcon Fortes Taubaté – SP

7596 Arthur José Franco Pereira Barra do Bugres – MT

7615 Bernardo Cunha S. Barros / Fábio C. Rivello Rio de Janeiro – RJ

7588 BRF S.A Curitiba – PR

7614 Carlos Adolfo Junqueira de Castro Belo Horizonte – MG

7612 Carlos Oscar Niemeyer Magalhães da Silveira Juiz de Fora – MG

7622 Claudiomar Gonçalves da Silva Camacã – BA

7613 Dário Braga Alvim Guarani – MG

7578 Edson Carvalho de Souza Machado Cantagalo – RJ

7594 Eunice Gusmão Vitória da Conquista – BA

7599 Fernanda Lopes da Costa São Paulo – SP

7592 Francisco Angelo Montolar Buil Neto Osvaldo Cruz – SP

7598 Gabriela Lucia Bonato de Mello Ipameri – GO

7604 Geraldo Rosendo de C.Júnior e Outro - Condomínio Divinópolis – MG

7631 Irani Fatureto dos Santos Uberaba – MG

7593 Jean Carlos Silva Ituiutaba – MG

7605 João Duarte Alfenas – MG

7569 José de Oliveira Carvalhais Rio Vermelho – MG

7620 Leonardo Rodrigues Rios Volta Redonda – RJ

7600 Leila Luzia Longo Santo Inácio – PR

7595 Lucas Pereira de Rezende Itaúna – MG

7630 Maria Helena Freitas dos Santos Belo Horizonte – MG

7580 Maria Aparecida Oliveira Vidal Jacinto Neto Juiz de Fra – MG

7574 Miguel Eugênio Monteiro de Barros Itaperuna – RJ

7618 Núcleo de Produtores Girolando 7 Estrelas Juiz de Fora – MG

7603 Roberto Alvarenga Filho Pombeu - MG

7602 Roberto Martins de Andrade Nova Serrana – Mg

7608 Rodipa Agropecuária Ltda Campo Grande – MS

7576 Rodrigo Mores Campo Verde – MT

7610 Renato José Moreira Novaes Belo Horizonte – MG

7616 Romildo Aparecido Chaves Bambuí – MG

7601 RS Agrocomercial Ltda Tangará da Serra – MT

7591 Sandoval José Ferreira Patrocínio – MG

7579 Semex do Brasil Imp. e Exp. Ltda Blumenau – SC

7587 Tarcísio Alves de Queiroz Patrocínio - MG

7448 William Araújo Vasconcelos Natal - RN

ESTES SÃO OS NOVOS CRIADORES, E ENTIDADES DE CLASSE QUE PASSARAM A INTEGRAR O QUADRO SOCIAL DA GIROLANDO NOS MESES DE JANEIRO,

FEVEREIRO E MARÇO DE 2014.Presidente: Jônadan Hsuan Min Ma 1º Vice-Presidente: Magnólia Martins da Silva 2º Vice-Presidente: Nelson Ariza 3º Vice-Presidente: João Domingos G. dos Santos 4º Vice-Presidente: Olavo de Resende B. Júnior 1º Diretor-Administrativo: José Antônio da S. Clemente 2º Diretor-Administrativo: Jorge Luiz M. Sampaio 1º Diretor-Financeiro: Luiz Carlos Rodrigues 2º Diretor-Financeiro: Odilon de Rezende B. FilhoRelações Inst. e Comerciais:Ronan Rinaldi de S. Salgueiro

Associação Brasileira dos Criadores de GirolandoTriênio 2014-2016

AL – Domicio José Gregorio A. Silva AL – Marcos Ramos Costa BA – Ângelo Lucciola Neto BA – Luiz Hage Rebouças (Rep) BA – Valdemir Acácio Osório (Rep) CE – Francisco Teógenes Sabino DF – Cézar Mendes DF – Geraldo de Carvalho Borges DF – Rúbio Fernal Ferreira e Souza DF – Walter Alves de Queiroz ES – Elimário Perterle Fiório GO – Itamir Antônio Fernandes Vale GO – Luiz Fernando Della Corte GO – Thiago Araujo Dias da Costa MG – Ângelo André F. Júnior MG – Breno Barbosa Costa MG – Emílio Afonso F. Fontoura MG – Fabiano Rodrigues Lopes MG – Fabrício Siqueira MG – Fernando Peres Nunes MG – Gustavo Frederico Burger Aguiar MG – Horácio Moreira Dias MG – João Machado Prata Júnior MG – Jorge Papazoglu MG – José Afonso Mota Ronzani MG – Luciano Gouveia Filgueiras MG – Luiz Fernando Reis MG – Luiz Paulo Levate MG – Márcio Luiz Mendonça Alvim MG – Maria Cristina Alves Garcia MG – Minoro Hélio Maurício Y. Júnior MG – Paulo Henrique Machado Porto

Conselho Fiscal:Thiago Bianchi Silveira Alexandre Honorato Ricardo Miziara Jreige Suplentes Conselho Fiscal:Afonso Celso de Resende Eire Ênio de Freitas Roberto Almeida Oliveira Conselho Consultivo:Everardo Leonel Hostalácio Renato Cunha Oliveira José Geraldo Vaz Almeida Roberto Antônio P. de M. Carvalho Marcelo Machado Borges Suplentes Conselho Consultivo:Aurora Trefzger Cinato Real Silvío de Castro Cunha Júnior Leonardo Xavier Gonçalves José Ricardo Fiuza Horta Guilherme Marquez de Resende

MG – Paulo Melo Salomão Gonçalves MG – Paulo Roberto Andrade Cunha MG – Plácido Borges Campos MG – Rodrigo Ribeiro Inácio MS – Adão Paes Sandim MS – Anísio Manoel da Silva MS – Nilo Alves Ferras MT – Aylon Neves (Rep) MT – João Nilson Pinto de Barros MT – Luciano Lacerda Nunes PA – José Luiz Dantas PE – Alexandre Saraiva de Moraes PE – Gustavo Alberto Concentino de Miranda PE – José Adilson da Slva PE – Waldemar de Brito Cavalcanti Filho PR – Ronald Rabbers RJ – Jean Vic Mesabarba RJ – José Gabriel Souza Machado RJ – Roberto Pimentel de Mesquita RS – Carlos Jacob Wallauer SP – Danilo Carvalho Michelin SP – Eduardo Lopes de Freitas (Rep) SP – Fructuoso Roberto de Lima Filho SP – Guilherme Ribeiro Meirelles SP – João Carlos de Andrade Barreto SP – João Eduardo Reis Benini SP – Lauro Teixeira Pena SP – Mateus Ribeiro Abdal SP – Miltom Okano SP – Paulo Yamamoto SP – Virgílio Pittom SP – Waldir Junqueira de Andrade

Conselho de Repr. Estaduais:

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Empreendedores por natureza

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Um dos setores que mais gera riqueza para o Brasil, o agronegócio pode garantir um salto ainda maior com investimentos em capacitação de mão de obra

e em sistemas de gerenciamento mais eficientes. Iniciativas não faltam para atingir essa meta. Só a Rehagro (Recursos Humanos no Agronegócio) já treinou mais de 10.000 pesso-as em cursos de longa duração em seus 10 anos de atuação. A rede está presente em 17 estados do Brasil e prepara no-vos projetos para atuar diretamente nas fazendas, com foco em gestão. A lista de cursos oferecidos pela Rehagro englo-ba capacitação, pós-graduação, ensino a distância, cursos corporativos, além de consultorias. Em entrevista à revista O Girolando, o diretor presidente da Rehagro, Clóvis Eduar-do S. Corrêa, fala sobre gestão de propriedade, os desafios da educação rural e os projetos da instituição, que em 2014 passa a integrar a equipe de Parceiros Masters da Associa-ção Brasileira dos Criadores de Girolando.

O Girolando - A pecuária leiteira exige um gerenciamen-to maior que outros tipos de propriedade? Quais seriam os pontos que exigem maior cuidado na gestão de uma propriedade leiteira?

Clóvis Corrêa - A pecuária leiteira é uma atividade comple-xa. Algumas características aumentam sua complexidade. No modelo predominante no Brasil o produtor de leite pre-cisa ser um excelente agricultor. Esse é um ponto importan-te. É como se ele tivesse que ser bom em duas atividades: produzir leite e ser agricultor. Além disso, a atividade é diária. Muitas rotinas se repetem 365 dias por ano. Isso é muito pe-sado. Acho que produzir leite demanda vocação. Acho que o gerenciamento eficiente na pecuária de leite exige uma metodologia de trabalho. Isso é o que temos feito nas pro-priedades em que trabalhamos e temos levado para nossos cursos. Essa metodologia basicamente envolve uma cultura de estabelecer metas, monitorar indicadores, tomar decisões

Larissa Vieira

capazes de corrigir as anomalias e checar se o resultado me-lhorou. Isso se aplica a qualquer negócio, mas temos visto resultados muito interessantes na atividade leiteira.

O Girolando - O produtor brasileiro é bom gestor de ne-gócios ou a fazenda ainda não é encarada como empre-sa?

Clóvis Corrêa - Acredito que temos os dois casos. Temos milhares de produtores profissionais. Pessoas que condu-zem seus negócios com alto nível de conhecimento e com resultados muito bons. Esses produtores estão fazendo um grande trabalho e fazem com que o agronegócio tenha tan-ta importância para o Brasil. Por outro lado, infelizmente ain-da temos produtores que estão marginalizados pela falta de conhecimento. Muitos desses produtores estão lutando para sobreviver em seus negócios, mas estão sendo totalmente

Clóvis Eduardo S. CorrêaDiretor Presidente da Rehagro

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penalizados por não conseguirem acesso ao conhecimento que promoveria enorme mudança.

O Girolando - A tecnologia tem contribuído para ampliar o número de pessoas capacitadas no campo?

Clóvis Corrêa - Tenho convicção de que o número de pes-soas capacitadas está crescendo. O desafio é enorme, pois ainda estamos muito longe do ideal. Temos convivido com produtores do Brasil todo em nossos cursos e, por isso afir-mo sem medo de errar, que ainda podemos ter enormes ganhos para o setor, capacitando as pessoas envolvidas na cadeia produtiva.A tecnologia na educação tem evoluído demais e com cer-teza já está ajudando na evolução do nível de conhecimento das pessoas. Acredito que teremos ganhos ainda maiores nos próximos anos. A chegada da próxima geração ao mer-cado de trabalho a meu ver vai revolucionar a nossa maneira de educar.

O Girolando - A falta de mão de obra qualificada é um problema em vários setores da economia nacional. No campo, quais as alternativas para acabar com esse en-trave?

Clóvis Corrêa - Concordo plenamente que a falta de mão de obra qualificada é um problema nacional. Acredito que parte do problema do campo tem solução semelhante ao proble-ma da cidade. Acho que começa pela seriedade dos nos-sos políticos ao usar bem os recursos gerados pela enorme carga tributária que o setor produtivo brasileiro paga, passa pela valorização dos professores do ensino básico e ensino médio e também pela valorização dos cursos profissionali-zantes. Percebo que a questão do campo tem uma variável a mais: a valorização do agronegócio junto às famílias de produtores é muito importante para que os jovens possam ter interesse em se qualificar na área.

O Girolando - Antigamente, os filhos dos produtores e trabalhadores rurais se mu-davam para a cidade para estudar e lá ficavam, pois era sinônimo de vencer na vida. Qual a situação hoje?

Clóvis Corrêa - A retenção dos filhos passa pela percepção de sucesso dos pais. Se o negócio do pai é bom e permite ao fi-lho uma vida boa e digna, esse filho vai naturalmente se inte-

ressar pelo negócio.Por isso, vencer na vida pode ser conseguir conduzir o ne-gócio rural do pai para um sucesso ainda maior. Precisamos valorizar o nosso negócio e gerar interesse em nossos filhos. Não por continuísmo somente, mas porque acreditamos que é uma ótima opção para eles.

O Girolando - A Rehagro está no mercado há 10 anos. Que balanço faz deste período de atuação da empresa?

Clóvis Corrêa - Sou muito feliz por termos conseguido tan-tas coisas. Deus tem nos ajudado muito e nos dado grandes oportunidades. Começamos com um sonho de contribuir na formação das pessoas. Conseguimos reunir uma equipe com pessoas maravilhosas, técnicos excepcionais. A grandeza da causa acabou atraindo tantas pessoas espetaculares. Gran-des técnicos, mas fundamentalmente seres humanos incrí-veis. Sou grato pela equipe que conseguimos reunir nestes 10 anos. Além disso, estamos em 17 estados do Brasil. Treina-mos mais de 10.000 pessoas em cursos de longa duração. Fi-zemos milhares de novos amigos; 98% dos nossos ex-alunos recomendam os nossos cursos. Temos uma marca cada vez mais conhecida e respeitada. Nunca vamos conseguir medir o tamanho do impacto que geramos, levando conhecimento a tanta gente. Tenho certeza de que estamos contribuindo e queremos fazer muito mais. Sonhamos com um agronegócio cada vez mais sólido e queremos ser reconhecidos por ter-mos contribuído com o avanço do nosso setor.

O Girolando - Quais os projetos para a próxima década de atuação da Rehagro?

Clóvis Corrêa - Somos empreendedores por natureza. Esta-mos sempre pensando em novos projetos. Queremos con-tinuar fortes na área do ensino, que como disse anterior-mente deve passar por uma revolução nos próximos anos. Já temos dois novos grandes projetos em andamento, o

Ideagri e o 3rLab, ambos em sociedade com outras em-presas. Além disso, temos grandes aspirações na área de atuação direta em fazen-das. Temos pensado em con-solidar grandes projetos nas nossas áreas mais fortes (lei-te, corte, café e grãos). Temos experiência na gestão desses quatro negócios e estamos pensando em maneiras de levar essa experiência para a consolidação de grandes empreendimentos.

No modelo predominante no Brasil

o produtor de leite precisaser um excelente agricultor.

Esse é um pontoimportante.

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Técnicos e jurados que atuam na criação de gado Gi-rolando em várias regiões do Brasil participaram de atualização sobre critérios de seleção e julgamento da

raça. Com o tema “Ética no exercício do julgamento”, o 4º Seminário de Revisão, Atualização e Harmonização dos Cri-térios de Julgamento da Raça Girolando ocorreu nos dias 11 e 12 de março, nas Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu) e reuniu 55 jurados.

O evento contou com palestras sobre critérios de avanços e perspectivas para a raça, julgamento e padrão ra-cial, além de uma dinâmica de grupo, cujo tema foi “Ética Profissional”. Também aconteceram aulas práticas, simulan-do julgamento de animais dos principais cruzamentos de Girolando (graus de sangue 3/4, 5/8 e 1/2). O Seminário é realizado a cada dois anos para garantir que os jurados este-jam atualizados e atuem dentro dos critérios estabelecidos pela entidade.

Por ano, são realizadas no Brasil mais de 60 exposi-ções pecuárias com julgamento de animais. Todos os profis-sionais que atuam nas feiras pertencem ao Colégio de Jura-dos da Raça Girolando (CJRG), coordenado pela Associação.

Durante a gestão 2014-2016, o DJRG será coordena-do pelo zootecnista Juscelino Alves Ferreira, tendo como co-ordenador adjunto Tiago Moraes Ferreira. A escolha foi feita no dia 14 de fevereiro, de forma democrática, por votação fechada entre os diretores presentes, respeitando as normas do novo Regimento Interno do CJRG, que foi atualizado pelo Conselho Deliberativo Técnico no final do ano passado e aprovado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento. “Tenho certeza de que este documento será um di-visor de águas para o departamento, pois foi atualizado com muito critério, buscando sempre a modernização de concei-tos e procedimentos, visando valorizar o jurado e, principal-

Atualização nas pistas e no campo

mente, as exposições oficializadas pela Girolando, além de dar mais credibilidade e visibilidade aos trabalhos desempe-nhados pelos organizadores dos eventos e jurados”, ressal-tou o superintendente Técnico da Girolando, Leandro Paiva.

Atualmente, o Colégio de Jurados conta com 40 membros efetivos, além de um grande número de auxiliares. Só podem ser jurados profissionais formados em Zootecnia, Medicina Veterinária ou Agronomia e que tenham feito o Curso Intensivo de Julgamento da Raça Girolando.

Atendimento de qualidadeApós o Seminário de Revisão, Atualização e Harmo-

nização dos Critérios de Julgamento da Raça Girolando, a entidade promoveu a Atualização Técnica Nacional 2014. Participaram 35 técnicos da Girolando que atuam no serviço de Registro Genealógico da raça no país e também no Pro-grama de Melhoramento Genético de Girolando (PMGG). O evento teve como tema “Atendimento de Qualidade Geran-do Resultados”.

Superintendente Técnico Leandro Paiva e os novos coordenadores do Colé-gio de Jurados Juscelino Ferreira e Tiago Moraes

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Os técnicos de registro entrarão em campo para uma disputa que promete levar ainda mais quali-dade de atendimento aos criadores. A Convenção Na-cional de Técnicos de Registro, ocorrida em março, teve o lançamento da Copa Girolando, competição que tem por objetivo motivar esses profissionais na geração de resultados e no cumprimento de metas e objetivos esta-belecidos. Durante a Convenção, o consultor Luis Aguiar Oliveira ministrou palestra motivacional com o tema “Atendimento de qualidade gerando resultados positi-vos”. Foram enfocados pontos importantes para garantir a melhoria dos serviços prestados ao associado, como: pró-ação, planejamento, prontidão e excelência. Os técnicos serão avaliados por um ano pelos associados em relação à frequência do atendimento; tempo entre solicitação e efetivação do atendimento; tempo de liberação dos documentos (registros e outros); nível geral de satisfação em relação ao atendimento; ín-dice de resposta à pesquisa de satisfação. Eles concorre-rão em cinco categorias: Campeão em Qualidade; Cam-peão em Produção Absoluta; Campeão em Produção Relativa; Campeão Associados; Grande Campeão Geral. A Copa Girolando teve início em 14 de março de 2014 e vai até 13 de março de 2015, quando os campeões serão premiados.

Os técnicos participaram de palestras e aulas práticas sobre o sistema on line de atendimento e sobre padrão racial (Revisão das Pelagens do Gado Girolando). A tecnologia está garantindo a redução do tempo de emissão de certificados dos animais. Enquanto o processo manual tem o prazo míni-mo de execução de 20 dias, na versão on line esse tempo cai para dois dias. A parte teórica aconteceu na Fazu e a prática no Centro de Performance Girolando, localizado no campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM). A Atualização Técnica acontece a cada dois anos.

Copa Girolando mobiliza técnicos

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Leandro de Carvalho PaivaSuperintendente Técnico da Girolando

Quantidade de CGNs efetuados em 2013 apresentou crescimento de 15,3% em relação ao ano anterior

A raça Girolando vem demonstrando nos últimos anos um grande crescimento, baseado no melhoramento genético dos animais e através de um trabalho de se-

leção muito bem conduzido pelos criadores, tanto em rela-ção à produtividade e conformação quanto em relação às in-formações de pedigree, além de várias outras características econômicas.

É notório que os animais Girolando, portadores do controle de genealogia de nascimento (CGN), são bastante procurados no mercado, sendo consequen-temente mais valorizados pelos produtores, que estão sempre à procura de animais de qualidade, com cre-dibilidade e segurança. Esta valorização dos animais com genealogia conhecida, chamados de “livro fe-chado”, além da profissionalização dos criadores, que passaram a dar mais importância às informações de genealogia, vem a cada ano contribuindo para o cres-cimento da raça, principalmente para o aumento da quantidade de CGNs efetuados.

No ano passado foram efetuados pela Giro-lando 32.865 controles de nascimento, um cresci-mento de 15,3% em relação a 2012, quando foram realizados 28.506 controles. É a primeira vez na histó-ria da raça Girolando que a quantidade de CGNs ultra-passa a casa dos 30.000 em um único ano, sendo este um importante marco para a Associação. No gráfico a seguir, pode-se observar o crescimento do número de CGNs efetuados pela Girolando nos últimos cinco anos, ultrapassando 106% de crescimento no período.

Mesmo com todo esse desempenho favorável, sabemos que ainda é muito pouco perto de todo o potencial da raça, que está presente em todas as re-giões do país, sendo considerada a responsável pela maior parte do leite produzido no Brasil. É devido a todo esse potencial de crescimento que a Girolando

Fonte: Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, 2014.

está promovendo ações para ampliar os atendimentos no campo, satisfazendo os anseios dos pequenos, mé-dios e grandes criadores.

Na tabela a seguir, pode ser observado o de-sempenho da Girolando em relação aos registros efe-tuados desde 1989, ano de criação do Programa Giro-lando.

Em 2013 a Girolando ultrapassou a marca de 1.300.000 animais certificados, sendo que destes, pou-co mais de 28% possuem genealogia conhecida, o que comprova ainda mais a necessidade de ampliar cons-tantemente a execução dos registros e controles de nascimento. Já em 2013, o percentual subiu para 51%, levando em consideração os controles e registros de nascimento e definitivo. O desafio agora é elevar este percentual para 60%, em 2014.

Fonte: Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, 2014.

Tabela – Quantidade de registros efetuados anualmente pela Girolando, desde 1989.

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Alta do preço do leite ao produtor no pagamento de março

O preço do leite ao produtor subiu no pagamento de março de 2014, referente ao leite entregue em fevereiro, pondo fim ao movimento de baixa que

perdurava desde o pagamento realizado em outubro do ano passado.

Considerando a média nacional ponderada dos de-zoito Estados pesquisados pela Scot Consultoria, o produ-tor recebeu, em média, R$0,956 por litro de leite. A alta foi de 2,2% em relação ao pagamento anterior.

Em Minas Gerais, o preço médio ficou em R$0,979 por litro de leite, alta de 2,9% frente ao pagamento realiza-do em fevereiro.

A produção em queda nas principais bacias leiteiras e a maior concorrência entre os laticínios fizeram as cota-ções subirem.

Segundo o Índice Scot Consultoria para a Captação de Leite, o volume captado caiu 3,7% em fevereiro, na com-paração com janeiro (média nacional).

Para o pagamento a ser realizado em abril, o movi-mento de alta ganha força. Segundo levantamento da Scot Consultoria, 69,0% dos laticínios pesquisados acreditam

em aumento do preço ao produtor, 27,0% em manutenção e apenas 4,0% estimam queda.

Somente no Nordeste podemos esperar recuos de preços no pagamento de abril, mas mesmo assim, a maio-ria dos laticínios fala em manutenção das cotações.

Para o pagamento a ser realizado em maio, os pre-ços deverão seguir em alta.

No mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as empresas, as altas de preços persistem e indicam maior concorrência entre os laticínios por leite.

As cotações retornaram aos patamares de meados do segundo semestre de 2013, quando foram verificados negócios em até R$1,30 por litro no mercado spot.

Em São Paulo, o litro ficou cotado, em média, em R$1,235 na segunda metade de março. A alta foi de 2,9% ou R$0,05 por litro, em média, em relação à primeira quin-zena do mês.

Em Minas Gerais e em Goiás os aumentos foram de 0,9% e 1,7%, respectivamente, na segunda quinzena de março. O leite spot ficou cotado em R$1,30 e R$R$1,24 por litro, respectivamente.

Rafael Ribeiro de Lima FilhoZootecnista - Scot Consultoria

Figura 1 - Preço do leite ao produtor (média nacional ponderada) - em R$/litro.

Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

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no gado leiteiro

No Brasil existem vários laboratórios comerciais de fertilização in vitro e inúmeros profissionais de campo envolvidos com a técnica. O Brasil é o país

que mais produz embriões in vitro no mundo e tem os melhores pesquisadores da área, gerando cada vez mais conhecimento e melhora para a técnica.

Entre os anos de 2011 e 2012, foram produzidos por volta de 450 mil embriões no Brasil; destes 84,6% de raças de corte e 15,4% de raças leiteiras. Dentre as raças leitei-ras, o Girolando é a que mais produz embriões in vitro no Brasil.

Na pecuária moderna, investimento em genética e melhoramento genético são sinôni-mos de aumento de produção e rentabilidade, tornando a atividade mais competitiva e lucrativa. Os números mostram que a fertilização in vitro é utilizada cada vez mais nos rebanhos, permitindo rápido melhoramento genético, antecipando ge-rações.

A principal vantagem do uso da técnica é utilizar o material genético das melhores vacas com os melhores reprodutores. No gado de lei-te, em especial, temos ainda outra vantagem: o uso do sêmen sexado de fêmea. Na inseminação artificial, o uso do sêmen sexado ainda não é sa-

Rodolfo Bilachi PradoDiretor Comercial – Laboratório FertVitro

tisfatório. Já com a utilização do mesmo na fertilização in vitro, obtemos um grande número de embriões sexados de fêmea e ainda utilizamos uma dose para várias doa-doras, gerando maior número de bezerras geneticamente superiores nascidas no plantel.

Grandes fazendas produtoras de leite já não insemi-nam seus rebanhos, pois utilizam somente a fertilização in vitro como ferramenta para o melhoramento genético. As-sim, a fertilização in vitro se torna cada vez mais comercial dentro dos rebanhos brasileiros.

Fertilização in vitro

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Produção de silagem de qualidade

Leonardo de Oliveira FernandesPesquisador da Epamig/Professor da Fazu

José Ricardo da SilvaZootecnista - Uberaba.

A pecuária brasileira, seja ela de corte ou leiteira, vem cres-cendo consideravelmente a cada ano. O melhoramento genético do rebanho mais as tecnologias de manejo e

nutrição adequadas são fatores que contribuem para o sucesso da atividade, resultando em alta produção. No entanto, o pe-ríodo seco provoca quedas na produção de matéria seca (MS) de forragens e afeta a qualidade da pastagem consumida pe-los animais; a bovinocultura sofre com os efeitos dessa estação, ocorrendo perdas de peso e baixo desempenho animal e repro-dutivo.

Sem forragens em quantidade e qualidade adequada para suprir as exigências nutricionais dos animais em criação, o fator nutrição passa a ser o principal entrave na produção. Dessa maneira, a suplementação volumosa passa a ser imprescindível nesse período, a fim de manter a produtividade em níveis cres-centes e elevados dentro da propriedade.

A utilização de alimentos volumosos alternativos como a silagem, tem sido uma boa opção como fonte de alimento, minimiza o efeito da estacionalidade das forragens (período de secas) e promove o desempenho dos animais. Por essas razões, pesquisas nesse setor vêm sendo realizadas e o processo de ensilagem deve ser estudado com o objetivo de torná-la mais eficiente para oferecer aos animais um produto de melhor qua-lidade e baixo custo.

Algumas características nutricionais devem ser observa-das em uma cultura que passará pelo processo de ensilagem; dentre elas destacam-se o elevado teor e alta produção de ma-téria seca, altas concentrações de proteína bruta (PB) e energia. Essas características favorecem o processo fermentativo no silo e

proporcionam alta digestibilidade do material ensilado.No Brasil existem inúmeras culturas forrageiras destina-

das à produção de silagem: dentre elas o milho e o sorgo têm lugar de destaque devido às suas características quantitativas e qualitativas. Ambas possuem grande potencial produtivo e ex-celente composição bromatológica, o que proporciona fermen-tação adequada no silo e silagem de grande valor nutritivo.

Elevadas produções de MS por área e o alto valor nutriti-vo da silagem, associadas à boa aceitação por parte dos animais, fizeram com que a o milho e o sorgo fossem os mais utilizados no processo de ensilagem e, assim, possibilitaram a intensifica-ção da bovinocultura brasileira e sua criação em sistemas con-finados. Para a obtenção de sucesso na produção de silagem oriunda dessas duas culturas é importante a escolha correta dos híbridos a serem cultivados. Características agronômicas como alta proporção de grãos na matéria seca, produtividade de grãos e de matéria seca, resistência de colmo e tolerância a doenças e pragas podem influenciar no valor nutritivo e no rendimento do material ensilado.

A alta produção de MS e a adequada composição quí-mica da forragem garantem menor custo de alimentação, pois proporcionam a redução do custo do volumoso e a menor utili-zação de concentrado (FERNANDES et al., 2008).

MILHO PARA PRODUÇÃO DE SILAGEMA utilização da silagem é crescente a cada ano, no nosso

país, visto ser a forma mais apropriada para conservação dos alimentos produzidos na estação favorável ao desenvolvimento das espécies forrageiras empregadas na alimentação dos bovi-

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nos.Nesse contexto, as características mais desejáveis em

uma cultura para ensilagem são: elevadas produções de maté-ria seca, altas concentrações de proteína bruta e energia (alta digestibilidade) e elevado teor de matéria seca (baixa concentra-ção de fibra) na colheita, para favorecer a fermentação (PAZIANI et al., 2009).

O milho, em função de seu potencial produtivo, compo-sição química e valor nutritivo, constitui-se em um dos mais im-portantes cereais cultivados e consumidos no mundo, fornecen-do produtos amplamente utilizados para alimentação humana, animal e matérias-primas para indústria (FANCELLI e DOURADO NETO, 2000).

Rosa et al. (2004) consideram a planta de milho ideal para ensilagem, já que contém quantidade relativamente alta de ma-téria seca, pequena capacidade tampão e níveis adequados de carboidratos solúveis para fermentação.

A silagem de milho fornece níveis elevados de energia digestível por hectare quando comparados com qualquer ou-tra forrageira. Entretanto, o valor nutritivo da silagem de milho pode variar conforme o híbrido, a densidade de cultivo, as con-dições de crescimento, a maturidade e a umidade no momento da colheita, o tamanho de partícula e as condições de ensilagem e desensilagem (VELHO, 2007).

Segundo Velho et al. (2007), a planta de milho inteira, ver-de ou na forma de silagem, permite maior consumo em razão do seu teor relativamente baixo de FDN (menos de 50%), pois quanto menor o teor de FDN maior a taxa de fermentação, ou seja, ocorre esvaziamento mais rápido do rúmen.

O elevado valor energético, o baixo teor de fibra, a alta produção de matéria seca por unidade de área, a co-lheita mecânica facilitada e os bons padrões de fermenta-ção da silagem, sem a necessidade de utilização de aditivos ou pré- secagem, são características que fazem do milho uma das forragens mais utilizadas em silagens para rumi-nantes (PEREIRA et al., 2006).

Na nutrição animal, a planta de milho apresenta dois componentes distintos: a fração vegetativa, composta ba-sicamente de carboidratos estruturais, e a fração granífera, representada principalmente pelo amido do endosperma (ZOPOLLATTO et al., 2009).

Outro ponto que deve ser levado em consideração para a escolha do milho como cultura para produção de silagem, seria seu custo de produção versus produtividade por área e a relação de tudo isso com a fertilidade do solo.

De acordo com Miranda et al. (2003), ao optar pelo plantio de milho para silagem, o produtor precisa objetivar alta produtividade e qualidade, para reduzir perdas e mini-mizar custos de produção.

Para a escolha do milho como a planta produtora de silagem é importante levar em consideração as limitações metodológicas da análise química do solo e os fatores eda-foclimáticos da região. A fertilidade do solo é considerada um dos principais fatores responsáveis pela baixa produtivi-dade (CRUZ et al., 2001).

Silagens de milho têm sido indicadas para locais de solos mais férteis, clima mais estável e com alta tecnologia (SILVA, 2001), o que eleva os custos de produção.

De acordo com Coelho et al. (2006), quando o milho é colhido para silagem, além dos grãos, a parte vegetativa

também é removida, havendo, consequentemente, alta extração e exportação de nutrientes do solo. Dessa maneira, a correção do solo após a colheita tem caráter fundamental e sua realização tem por objetivo repor os nutrientes extraídos. Essa reposição é o requisito mínimo para a obtenção de máxima lucratividade no ano subsequente.

A presença de distorções no processo de produção de silagem caracteriza as divergências conceituais dos sistemas de produção. Fica, portanto, estabelecida a necessidade da fixação de parâmetros e metas a serem obtidas quando da opção de silagem de milho como recurso forrageiro.

SORGO PARA PRODUÇÃO DE SILAGEMA baixa precipitação chuvosa e sua distribuição irregu-

lar estão entre as principais causas que afetam a produtividade das forrageiras nas atividades agropecuárias no Brasil. Assim, tornam-se necessários estudos que permitam a exploração de plantas cujas exigências possam ser atendidas com baixa dispo-nibilidade hídrica (PEDREIRA et al., 2003).

Em sua maioria, o sorgo requer temperaturas acima de 21oC para seu crescimento e desenvolvimento, permitindo que assim a cultura esteja apta a se desenvolver e expandir em regi-ões de cultivo com distribuição irregular de chuvas e em suces-são a culturas de verão (RODRIGUES FILHO et al., 2006).

O sorgo tem se destacado como espécie resistente a fa-tores ambientais adversos, elevadas produções de massa seca por área, bom padrão de fermentação e elevado valor nutritivo das silagens produzidas (PEDREIRA et al., 2003) .

Em sistemas de sucessão de culturas, o sorgo pode ser

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plantado após as colheitas das culturas de verão, o que normal-mente ocorre em fevereiro e início de março. Essa alternativa tem sido cada vez mais utilizada, principalmente devido às ca-racterísticas do sorgo quanto à tolerância à escassez de chuvas, o que deve favorecer melhor uso do solo, garantindo melhores resultados econômicos à atividade.

Dessa maneira, o sorgo tem se apresentado como boa opção em substituição ao milho, para produção de silagem, principalmente devido à maior resistência a veranicos, elevadas produções por área e menor exigência quanto à fertilidade do solo (DIAS et al., 2001).

Segundo Silva (2001), a produção de silagens oriundas do milho tem sido indicada para locais de solos mais férteis, cli-ma mais estável e com alta tecnologia, enquanto o sorgo tem sido preconizado para locais marginais de solos mais pobres, áreas de baixa precipitação chuvosa ou próxima a centros urba-nos. Para Evangelista e Lima (2000), a silagem de sorgo tem seu lugar de destaque em função do grande rendimento de massa ensilada e com relação ao valor nutritivo e a digestibilidade se apresenta em níveis pouco menores, quando comparados à si-lagem de milho.

O Brasil possuía como única opção para produção de silagem, variedades de porte alto e com alta produtividade de massa verde. Preocupava-se apenas com a redução do custo da tonelada de matéria verde de silagem produzida, sem considerar a qualidade do material ensilado. Entretanto, com o decorrer do tempo, os produtores passaram a exigir um material com maior proporção de grãos, ou seja, maior produção de nutrientes por unidade de área (NUSSIO e MANZANO, 1999).

Como a espiga é de fundamental importância na quali-dade nutricional da silagem de milho, a panícula é o componen-te mais importante para produção de silagem de alta energia oriunda do sorgo.

Através de melhoramento genético, existem hoje para a planta do sorgo três classificações: sorgo forrageiro (maior produção de massa vede), sorgo granífero (maior produção de grãos) e sorgo duplo propósito (equilibrada produção en-tre grãos e massa verde). E de acordo com Evangelista e Lima (2000), as cultivares disponíveis para silagem se caracterizam por possuírem colmos suculentos, com presença de açúcar, porte alto e boa produção de grãos, características estas que descre-vem as cultivares de duplo propósito, sendo que elas propor-

cionam bons rendimentos de silagem com bom valor nutritivo. Resultados reportados por Neumann et al. (2002), mostram que os híbridos com aptidão forrageira destacaram-se pelo maior potencial produtivo de massa verde e massa seca ensilável por unidade de área, enquanto os híbridos de duplo propósito con-feriram maior valor nutritivo à silagem devido à maior porcenta-gem do componente panícula na estrutura da planta.

Segundo o trabalho de Zago (1991), as empresas de melhoramento, naquele ano de pesquisa, já estavam desenvol-vendo híbridos que apresentassem bom equilíbrio entre colmo, folhas e panícula, para aliar uma boa produtividade de matéria seca a um bom valor nutritivo. Assim, o produtor pode optar pela utilização de híbridos que se equilibram em elevada pro-porção de grãos por massa verde ensilada.

Outra característica presente na planta do sorgo e que leva o produtor a escolhê-la como produtora de silagem é a sua capacidade de rebrota, que eleva consideravelmente a produti-vidade por área. Alguns fatores são determinantes para a ocor-rência do perfilhamento; dentre eles se destacam: o manejo da cultura, população de plantas empregadas, temperatura e umi-dade no solo no momento do corte.

De acordo com Pinho et al. (2007), a cultura do sorgo, além de possuir capacidade produtiva e valor nutritivo elevado, ainda permite o aproveitamento da rebrota com produção de aproximadamente 60% em relação ao primeiro corte. Essa ca-racterística diminui consideravelmente o custo de produção da silagem, o que leva muitos produtores a adotarem a cultura do sorgo como primeira opção para produção de silagem.

ESCOLHA DOS HÍBRIDOSA falta de orientação por parte dos técnicos ou profissio-

nais de extensão leva os produtores a cometerem erros quanto à escolha de forrageiras e híbridos para a confecção de silagens. Em conseqüência, é comum encontrar silagens de baixo valor nutritivo, resultante da interação de vários fatores, dentre os quais se destaca a baixa participação de grãos na massa ensi-lada.

A utilização de híbridos mais produtivos e adaptados às condições regionais consiste em uma tecnologia essencial para melhorar a produtividade da cultura, principalmente por não im-plicar em aumento do capital investido. Portanto, para obtenção da silagem é primordial escolher corretamente o híbrido, seja ele milho ou sorgo, pois o mais apropriado às condições de de-terminada região mais o manejo adequado da cultura manifes-tarão seu potencial produtivo e, consequentemente, a obtenção de produtividade mais elevada. Tal fato proporciona um produto nutricional economicamente equilibrado.

Além da genética e do ambiente, a produção é influen-ciada pela qualidade da semente, época de semeadura, popula-ção de plantas, preparo, correção e adubação do solo, controle de plantas daninhas, pragas e doenças. E dentre esses fatores a identificação de plantas mais adaptadas às condições em que serão cultivadas contribuirá para a obtenção de maiores rendi-mentos da cultura.

Nussio (1993) destaca que a escolha de híbridos de mi-lho para a produção de silagens deve estar fundamentada em critérios bem definidos, como: tolerância às situações adversas de solo e clima, alto rendimento de matéria seca em grãos, to-lerância a doenças e pragas, eficiência de resposta aos fertili-zantes. Em busca dessas características o produtor deve recorrer

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a empresas especializadas na produção de sementes, que por sua vez, de forma idônea, devem orientar e/ou divulgar em seus catálogos informações de suma importância para o produtor. Esses catálogos devem esclarecer: para qual região determina-do híbrido é mais indicado; a população ideal de plantas; ciclo; porte; resistência a doenças e pragas; formação de espigas e panículas; altura e resistência ao acamamento.

Os híbridos e variedades cultivadas de milho disponíveis no mercado são classificados quanto à duração do seu ciclo e

distribuídos em três categorias principais: super precoces, pre-coces e tardios. A escolha fica a cargo do produtor ou técnico responsável, mediante a estratégia de cultivo que visa à época da semeadura, cobertura, cultivo e, principalmente, época de colheita.

Segundo Fancelli e Dourado Neto (2000), o emprego de híbridos de diferentes ciclos ou a semeadura de um mesmo hí-brido em diferentes épocas, permite o planejamento no uso de equipamentos e no processo de enchimento do silo.

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Medicamento estimula a imunidade contra parasitas

sem deixar resíduos

Números registrados pela Embrapa Gado de leite revelam que 100 carrapatos em um bovino leiteiro pode levar a perda de aproximadamente 1 litro de

leite por dia. Este dado mostra o quanto é importante ava-liar o manejo na propriedade quando se trata da infesta-ção deste parasita. O carrapato também pode trazer, além do prejuízo com a redução do leite, problemas como a Tristeza Parasitária Bovina, uma doença muito comum que se não controlada pode levar a morte dos animais.

Para muitos produtores a estação chuvosa do ano, também denominado período das águas é sinônimo de desafios na propriedade. “A umidade e calor intenso apre-sentam ambiente favorável à sobrevivência do carrapa-to”, informa Denise Zamboni Telles, médica veterinária e promotora técnica da Real H Nutrição e Saúde Animal. Ela alerta que caso não sejam adotadas medidas de controle, estes parasitas podem infestar os animais durante todo o ano.

“Cada fêmea deste parasita nos bovinos suga de 0,5 a 1,0 mililitros de sangue, causando uma perda média de 1,0 gramas de peso por carrapato, e de 9,0 mililitros de leite por dia. O carrapato dos bovinos passa uma fase da vida no animal e outra na pastagem. Fora do hospedeiro, o tempo de vida varia de acordo com a época do ano e a região geográfica, determinando o momento de se iniciar o tratamento. No corpo do bovino, machos e fêmeas co-pulam; a fêmea fertilizada se enche de sangue (apelida-se, mamona ou jabuticaba) e se desprende para encontrar um abrigo no solo, e iniciar sua postura de aproximadamente 3000 ovos. Esse processo dura, em média 22 dias, seja qual for a época do ano. Terminada a postura, a fêmea morre e, após um variável período de incubação dos ovos, eclodem as larvas que vão para a ponta da pastagem aguardar a passagem de um hospedeiro adequado. As larvas fixam-se no hospedeiro, se alimentam e mudam de estágio até chegarem ao ponto de ‘mamona’, fechando o ciclo”.

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Uma realidade inconveniente O processo de degradação das pastagens brasileiras

Adilson de Paula Almeida Aguiar Zootecnista, professor da Fazu e consultor

associado da Consupec

Quando os colonizadores portugueses chegaram ao Brasil, por volta do ano de 1500, aqui encontraram uma vegetação natural composta e caracterizada por

89% de formação florestal e apenas 11% de formação cam-pestre, que poderia ser denominada “pastagens nativas”. Cin-co séculos depois 20,26% do território brasileiro estão ocupa-dos por pastagens, constituindo-se na quarta maior área de pastagens do mundo.

Essa conversão se deu a partir do início do século 19, em um intenso processo de “africanização” das pastagens, o qual pode ser dividido e classificado em três fases. A primei-ra ocorreu entre os anos de 1812 e 1920, e ficou conhecida como “fase de introdução acidental”, quando quatro gramí-neas (os capins Angola, Colonião, Gordura e Jaraguá) foram introduzidas como “cama” em porão de navios negreiros; e como alimento, na forma de fenos, para alimentar animais trazidos do continente africano. A segunda, conhecida como “fase das importações de cultivares de forrageiras”, se esten-deu entre 1920 e 1979, período em que aproximadamente 21 introduções de gramíneas africanas foram importadas da África e Austrália, dos EUA e de Porto Rico, e aproximada-mente 10 introduções de leguminosas nativas da África, Ásia e América Latina, muitas coletadas no Brasil, e selecionadas, principalmente na Austrália. Desde 1980 iniciou-se a fase atu-al ou “fase de lançamentos” de cultivares de gramíneas afri-canas e de leguminosas nativas do Brasil. Estes têm sido sele-

cionados e lançados por instituições públicas brasileiras, tais como: a Embrapa; o Instituto Agronômico de Campinas (IAC); o Instituto de Zootecnia (IZ), da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo e, a partir da década de 90, também por empresas privadas. Nesta atual fase já foram lançados apro-ximadamente 30 cultivares de gramíneas e cinco de legumi-nosas.

Com este processo de “africanização” das pastagens e o seu povoamento pelo processo de “indianização” do re-banho (importações de raças zebuínas da Índia), o Brasil se tornou o segundo maior produtor e o maior exportador de carne bovina do mundo (desde 2003), cuja produção é basea-da totalmente em pastagens, nas fases de cria e recria, e 95% na fase de engorda (na última década, apenas 5% dos animais terminados foram engordados em confinamento), enquanto na produção de leite o país se destaca como sendo entre o quinto e o sexto maior produtor mundial.

No caso da produção de leite não conheço um levanta-mento de qual proporção do leite produzido no país é prove-niente de sistemas cuja alimentação do rebanho baseia-se em pastagens, mas arriscaria dizer que é mais de 90%, por quê? Segundo o relatório final do TOP 100 2014 do site Milk Point, referente a 2013, a produção média diária dos 100 maiores produtores de leite do país que participaram da pesquisa, foi de 13.955 litros, ou seja, a produção anual daqueles produ-tores foi de 509 milhões de toneladas, o que representou em

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torno de 1,54% do volume total de leite produzido pelo Bra-sil em 2013. Daqueles produtores 60% usaram sistemas de confinamento, enquanto 40% usaram sistemas de semicon-finamento e de pastagens exclusivas. Então, 60% de 1,54% significam que aproximadamente 1% do leite produzido no país em 2013 foi produzido em sistema de confinamento total, sem a contribuição da pastagem, se eu considerar que aqueles 60 produtores de leite que confinaram seus rebanhos representam quase a totalidade dos produtores brasileiros que adotam tal sistema. Sendo assim, 99% do volume de leite produzido no Brasil são provenientes de sistemas que explo-ram as pastagens pelo menos no período chuvoso para as vacas em lactação e o ano inteiro para as fases de cria e recria e para vacas secas.

Apesar dessa posição de destaque, é sabido que as pastagens brasileiras têm sido exploradas de forma extensiva/extrativista, sem condições, em médio-longo prazos, de aten-der as dimensões técnica-econômica/social e ambiental do conceito de sustentabilidade. Dos 190 milhões de hectares de pastagens (Embrapa, 2011), estima-se que aproximadamente 80% encontram-se em processo de degradação, demandan-do altos investimentos anuais em sua recuperação/renovação além dos impactos econômicos (menores produtividades, re-ceita e lucro; baixa rentabilidade da atividade), sociais (empo-brecimento de regiões de pecuária tradicional, desemprego e empregos com baixos salários etc.) e ambientais (compac-tação e erosão do solo, assoreamento e contaminação de

cursos d’água, emissão de gases de efeito estufa). Além des-ses impactos, a atividade pecuária ainda tem sofrido pesadas críticas e acusações por parte da sociedade e de ONGs do país e do exterior pelo seu modelo de exploração extensivo/extrativista.

Aceita-se com naturalidade, no meio pecuário, que é normal a pastagem degradar-se e que a cada cinco a 10 anos é preciso recuperá-la ou renová-la. Entretanto, todas as 59 gramíneas e as 19 leguminosas introduzidas no Brasil são de ciclo de vida perene. Segundo o dicionário Aurélio (2004), “perene” é aquilo “que não acaba; perpétuo, imperecível,..., eterno”. Deduz-se que no código genético daquelas plantas não existe codificação que determine sua morte.

Um observador mais atento poderá constatar através de fatos a perenidade das pastagens brasileiras. Por exemplo, no bioma caatinga, mesmo sob condições severas de déficit hídrico e chuvas irregulares, é possível encontrar pastagens de capim-buffel (Cenchrus ciliaris) formadas há mais de 30 anos; ou no bioma amazônico sob condições limitantes de excesso de chuvas e solos mal drenados e de baixa fertilidade natural, pastagens de Quiquio-da-amazônia (Brachiaria humidicola), implantadas há mais de 40 anos; ou no bioma cerrado, sob solos de fertilidade natural muito baixa, pastagens de Bra-quiária decumbens (Brachiaria decumbens) implantadas há 50 anos, mesmo atacadas anualmente pelas cigarrinhas-da-pastagem; e até mesmo pastagens de capim-colonião, forma-das há um século no bioma Mata Atlântica (por exemplo, na

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região pastoril de Itapetinga, na Bahia). Em tempo – na Europa existem pastagens sendo exploradas há mais de seis séculos, um tempo maior que a própria descoberta do Brasil.

Por outro lado, a maioria das pastagens brasileiras avança para uma condição de solo degradado, caracterizan-do-se pelo desaparecimento da planta forrageira, pelo domí-nio do terreno pelas plantas indesejáveis, pelo adensamento e compactação do solo, com consequente erosão e pela ocu-pação da área por pragas de solo (cupinzeiros, formigueiros, percevejos...). Sabendo que as pastagens são formadas por plantas perenes conclui-se que quando a planta forrageira morre é porque alguma causa provocada por erro de manejo ocorreu.

As causas da degradação das pastagens são diversas, mas todas bem conhecidas e investigadas pela pesquisa. Ini-cia-se com o plantio de espécies forrageiras não adaptadas às condições edafoclimáticas (solo e clima) da região; continua com o plantio incorreto da pastagem, com o manejo incor-reto da pastagem durante o seu estabelecimento e durante a sua condução; com a queima freqüente - apesar da contínua condenação do uso do fogo, este ainda é largamente usado; a falta de diversificação que provoca o desenvolvimento rápido de pragas das pastagens, como, por exemplo, as cigarrinhas-das-pastagens, os cupins de montículo e subterrâneo, as for-migas, percevejos e nematóides; a infestação por plantas in-vasoras; a incompatibilidade de espécies consorciadas, o que tem ocorrido na consorciação entre gramíneas e leguminosas e o cultivo da pastagem em solos com baixa fertilidade na-tural ou em solos antes férteis, e já esgotados. É importante ressaltar que para cada uma daquelas causas a pesquisa na-cional já investigou e validou, nos últimos 30 anos, métodos preventivos e culturais, muitos dos quais já foram validados em fazendas comerciais.

As pastagens brasileiras perdem seu potencial de produ-ção de forragem entre o ano do plantio (primeiro ano de uso da pastagem) e o segundo ano de exploração, uma média de 30% (20% a 40%), deste para o terceiro cai mais 10% e por volta do quin-to ano a produção de forragem, e, consequentemente, a capacidade de suporte da pastagem é apenas metade daquela do primeiro ano de exploração. Em alguns am-bientes mais restritivos a produ-ção de forragem cai até 75% en-tre o primeiro e o quinto ano de exploração da pastagem.

É em parte por esta reali-dade que a pecuária nacional tem sido caracterizada como uma mo-dalidade de exploração econômi-ca da terra cujos indicadores de produtividade e lucratividade são

baixos e insatisfatórios, principalmente quando comparados a outras modalidades de exploração econômica da terra (grãos, cana-de-açúcar, café, citrus, hortaliças, reflorestamento, pro-dução de látex...).

Tradicionalmente a pecuária de corte tem sido uma ati-vidade pioneira, ocupando regiões de fronteira, priorizando a utilização intensa do fator terra em detrimento da intensifi-cação no uso de capital. Essa estratégia evolutiva da pecuária consolidou-se em resposta a estímulos macroeconômicos e às políticas públicas vigentes no país entre as décadas de 70 e 80. O cenário da época permitiu que o boi e a terra fossem encarados como reserva de capital ao invés de uma ativida-de cuja remuneração econômica pela produção estimulasse investimentos para o aumento da produtividade e eficiência do sistema. Entretanto, atualmente a conjuntura se mostra bastante alterada, por causa das pressões para o uso mais in-tensivo da terra. A pecuária brasileira enfrenta o desafio de aumentar a produção de carne e leite para atender à crescen-te demanda nacional e internacional, frente aos prognósticos de redução da área de pastagens, decorrente da combinação entre a evolução da demanda por grãos e matéria-prima para a produção de energia e a adoção de restrições mais severas à expansão da área agrícola pela abertura de novas áreas.

Por fim, é de se questionar: Como prevenir o processo de degradação das pastagens? Como interromper este pro-cesso, uma vez iniciado? Como recuperar a pastagem degra-dada? Estas iniciativas são economicamente viáveis? Por que a maioria dos pecuaristas é insensível a esta realidade incon-veniente? Quais são as dificuldades e os desafios enfrentados pelo pecuarista para solucionar este desafio?

Estas e outras questões importantes passarão a ser ob-jetos de artigos nas próximas edições da Revista O Girolando.

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Vida de técnicoConheça as histórias de profissionais que escolheram trabalhar no campo e hoje têm a missão de ajudar os criadores de Girolando a promoverem o avanço da raça

Larissa Vieira

Atuar no campo tem sido a escolha de muitos pro-fissionais brasileiros, principalmente entre aqueles que cresceram na fazenda. É o caso do gestor em

Agronegócio, Edivaldo Ferreira Júnior, que nasceu em uma família de produtores de leite em Sacramento (MG). Des-de cedo, tinha a tarefa de ajudar o pai a cuidar do rebanho de Girolando. Para dar continuidade aos estudos, Edivaldo mudou-se para a cidade vizinha de Uberaba. “Nunca pensei em atuar em outro setor. A pecuária leiteira oferece aos pro-fissionais de Ciências Agrárias um amplo campo de atuação”, afirmou Edivaldo, que come-çou a trabalhar na Associação em 2005 como conferente de processos de controle de ge-nealogia dos animais. Hoje, está na função de técnico do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG).

O trabalho engloba a distribuição de sêmen aos rebanhos colaboradores do PMGG em todo o país, acom-panhamento das filhas dos

touros do Teste de Progênie, a supervisão do Controle Lei-teiro e avaliação linear das fêmeas. “Como acompanhamos de perto o dia a dia dos criadores, acabamos, indiretamente, desempenhando também o trabalho de extensionistas por-que muitos não têm outro tipo de auxílio técnico. Isso ocorre principalmente com os pequenos produtores rurais. Auxilia-mos em relação aos acasalamentos, pastagens, entre outros assuntos”, explicou o técnico do PMGG.

Além de orientar sobre a melhor forma de executar certas rotinas da fazenda, cabe aos técnicos a responsabi-

lidade de ofertar ferramentas confiáveis de seleção e asse-gurar que o trabalho esteja sendo feito com a metodo-logia correta. “É uma forma de garantir a confiabilidade dos dados, que são utilizados nas avaliações genéticas dos animais inscritos no PMGG”, destacou.

Confiabilidade tam-bém é a preocupação do técnico de registro da Giro-lando, Jesus Lopes, quando

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Técnico Edivaldo Ferreira Júnior

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está atuando no campo. “O Girolando é uma raça que exige um amplo conhe-cido do técnico de registro em relação aos graus de sangue em decorrência da variedade de cruzamentos”, explicou Je-sus. Já são 26 anos na profissão e mui-tas realizações. Formado em zootecnia, começou a atuar no mercado pecuário como consultor em fazendas de corte e leite. Depois de três anos estava atuan-do como técnico da Girolando. Era uma realidade bem diferente da de hoje. A raça ainda era nova, o que exigiu um poder de convencimento maior do técnico para garantir novos associados para a entidade. O potencial de produ-ção dos animais ajudou a ampliar a pe-netração da raça no mercado.

Um dos primeiros desafios de Jesus Lopes foi coman-dar o Escritório Técnico Regional de Belo Horizonte, que havia acabado de ser inaugurado. No primeiro mês, foram efetua-dos 100 registros. Depois de nove anos atuando na região, o ETR já tinha mais de 100 criadores ativos e 30 fazendas inscri-tas no Controle Leiteiro.

No final da década de 90, decidiu retornar para Ubera-

Técnico Jesus Lopes

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y ba, sua cidade natal, e assumiu o PMGG, lançando o primeiro grupo do Teste de Progênie. “Como era uma prova nova e os criadores não compreendiam muito bem o funcionamento, tivemos dificul-dade de encontrar touros para participar. Conseguimos seis touros de criatórios que depositaram confiança no trabalho. A situação mudou a partir do terceiro grupo, quando saíram os primeiros re-sultados do Sumário de Touros”, lem-brou Jesus, que ficou na Coordenadoria do PMGG até o quinto grupo e depois optou por voltar a atuar como técni-co de registro. Dos 57 touros provados pelo Teste de Progênie, 32 saíram de criatórios atendidos por Jesus. “Sempre informo ao criador sobre a importância

de participar do PMGG e ajudo a selecionar os touros para o Teste. O técnico tem a responsabilidade de incentivar o as-sociado a fazer a seleção do rebanho. Existe uma demanda grande por genética, com o intuito de formar o Puro Sintético. Quem apostar nisso agora colherá bons frutos no futuro, pois o mercado para esses animais será grande”, frisou. Além de técnico, Jesus também é jurado da raça.

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Leandro de Carvalho PaivaSuperintendente Técnico da Girolando

Que a raça Girolando vendeu, pelo segundo ano consecutivo, mais de

500.000 doses de sêmen?

Desde o início do teste de progênie dos touros Gi-rolando, em 1997, nunca houve uma procura tão grande de sêmen desta raça como está acontecen-

do agora. Só para se ter uma ideia, naquele ano a venda de sêmen de touros Girolando foi de 13.949 doses. Em 2003 o volume de doses comercializadas ultrapassou a marca de 60.000, quando foram vendidas 64.810 doses de sê-men. Em 2007, pela primeira vez esta marca ultrapassou a casa das 150.000 doses. De acordo com o último relatório

Fonte: Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), 2014.

divulgado pela Associação Brasileira de Inseminação Arti-ficial (Asbia), em 2013 foram vendidas 544.906 doses, um crescimento de 33,05% em relação a 2011. Estes números comprovam que ano após ano o touro Girolando está cada vez mais consolidado no mercado nacional de insemina-ção artificial, contribuindo de forma intensa para o melho-ramento genético do rebanho leiteiro brasileiro. O gráfico a seguir demonstra o desempenho na comercialização de sêmen de touros Girolando nos últimos cinco anos.

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Expoleite das Montanhas estreia com Girolando

O primeiro Torneio Leiteiro Oficial de Girolando na Expoleite das Montanhas aconteceu de 25 a 28 de março na cidade mineira de Muriaé. O evento,

especializado na raça Girolando, foi realizado pelo Grupo Confiança e SV Assessoria. De acordo com o técnico da Gi-rolando Lucas Facury, o torneio contou com belos animais participantes, sendo que quase todos também desfilaram pela pista de julgamento.

Mais de 240 exemplares participara da Expoleite das Montanhas, ocorrida entre os dias 24 e 30 de março no Par-que de Exposições de Muriaé.

Confira o resultado das competições:

Proprietário: Leonardo Xavier GonçalvesGrande campeão: Baby BandoliProprietário: Luiz Carlos Bandoli Gomes

Girolando 5/8Melhor Fêmea Jovem: Briosa Buckeye Serra do LuarProprietário: Gabriela Diettrich SilveiraMelhor Vaca Jovem: Berlinda Windstar Sao Cristóvão TcProprietário: Cristóvão José RabeloGrande Campeã: Hebe LagloriaProprietário: Cristóvão José RabeloMelhor Macho jovem: Dracon FR RecreioProprietário: Mila de Carvalho Laurindo e CamposGrande campeão: Urano FR RecreioProprietário: Mila de Carvalho Laurindo e Campos

Girolando 1/2Melhor Fêmea Jovem: Liatriz FIV Eduard LagloriaProprietário: Misael Artur Ferreira VarellaMelhor Vaca Jovem e Grande Campeã: Incomum Jayz Volta FriaProprietária: Filipe Alves Gomes

Torneio leiteiroMelhores Vacas Primeiro lugar: Berlinda Windstar São Cristovão (5/8)Expositor: Sergio Reis Peixoto e VerônicaProdução total: 115,070 kg/leite Segundo lugar: Iviura FIV Eduard Laglória (1/2)Expositor: Paulo Roberto D’anelo Produção total: 97,850 kg/leiteTerceiro lugar: Menina da Gameleira JC (5/8)Expositor: Henrique Shueler de AquinoProdução total: 95,750 kg/leite Melhores NovilhasPrimeiro lugar: Ferina FIV do Basa (1/2)Expositor: Jean Vic Mesabarba e Aguiar A. M. VicenteProdução total: 125,530 kg/leiteSegundo lugar: Joia Rara Sansão Volta Fria (1/4)Expositor: Jean Vic Mesabarba e Aguiar A. M. VicenteProdução total: 112,290 kg/leite Terceiro lugar: Fogosa FIV do Basa (1/2)Expositor: Jean Vic Mesabarba e Aguiar A. M. VicenteProdução total: 105,850 kg/leite

JulgamentoMelhor criador/expositor: Mila de Carvalho Laurindo e Campos

Girolando 3/4Melhor Fêmea Jovem: Malandra FIV Atwood Volta FriaProprietário: Paulo LevateMelhor Vaca Jovem e Grande Campeã: Mocinha Applause Gap Paraíso

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Informações Importantes!

Indicação dos Jurados Efetivos em Exposições Oficiais Como informado na edição anterior, o Conselho Deliberativo Técnico (CDT), Gestão 2011-2013, promoveu em sua última reunião, realizada no dia 07 de dezembro de 2013, algumas alterações no Regimento do Colégio de Jurados da Raça Girolando (CJRG). Dentre as mudanças promovidas está a modificação na metodologia de indicação dos jurados efetivos para realizar o julgamento de animais em exposições oficiais. Antes, a escolha do jurado era feita pela comissão organizadora do evento, através de um convite simples, feito diretamente ao jurado. Na nova metodologia a ser implantada a Coordenação do CJRG disponibilizará para a comissão organizadora uma lista tríplice de jurados, de acordo com a modalidade do evento (exposição ranqueada, homologada ou mostra), da qual a comissão organizadora irá escolher o jurado que ficará responsável por realizar o julgamento. Em caso de julgamento realizado por comissão tríplice de jurados, a Coordenação do CJRG disponibilizará uma lista de 05 (cinco) jurados, indicando no mínimo 01 (um) jurado, sendo os demais escolhidos pela comissão organizadora. Com esta medida a expectativa é de que passe a existir uma rotatividade maior de jurados nas diversas exposições oficiais, dando mais credibilidade aos trabalhos de julgamento, evitando interferências na escolha dos jurados. Esta medida terá início a partir da Megaleite 2014 e será válida para todas as exposições e mostras oficializadas pela Girolando.

Mudança na Classe de Jurado Efetivo do Colégio de Jurados

Com a atualização do Regimento Interno do CJRG outra modificação foi promovida, a fim de melhor organizar as classes de jurados efetivos. A partir da publicação do documento, os jurados efetivos passam a ser divididos em duas classes: A e B. Os jurados pertencentes à Classe A estão habilitados a realizar o julgamento de animais Girolando em mostras oficiais, exposições homologadas ou ranqueadas. Já os jurados pertencentes à Classe B estão habilitados a realizar o julgamento em exposições homologadas e mostras oficiais. Esta adequação tem como principal objetivo garantir a continuidade na formação de novos jurados, para que posteriormente estejam habilitados a realizar o julgamento em exposições ranqueadas. A Coordenação do CJRG dará prioridade na indicação de jurados pertencentes à Classe B em exposições homologadas e mostras oficiais.

Banco de Ofertas e Feiras Oficiais de Animais Visando promover cada vez mais a raça Girolando, difundindo e oferecendo genética de qualidade aos produtores de leite, principalmente os de pequeno porte, a Girolando irá promover feiras oficiais de animais em conjunto com algumas entidades regionais, bem como está participando efetivamente das feiras do Pró-Genética, em parceria com o Governo de Minas Gerais, ABCZ e Emater-MG. Assim, informamos aos associados interessados em participar destes eventos que o departamento técnico da Girolando está captando animais e formando um banco de ofertas, visando atender a demanda de animais nesses eventos. Os interessados poderão entrar em contato com o departamento técnico para obter mais informações. Um regulamento será desenvolvido em breve, contemplando todas as regras do banco de ofertas e das feiras oficiais.

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SergipeNo dia 21 de fevereiro foi realizada uma palestra em Aracaju, Es-tado de Sergipe, com o tema “Panorama da Raça Girolando no Brasil”, durante a 4ª Feira Agropecuária do Estado de Sergipe, organizada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe (Faese). A apresentação do tema ficou a cargo do su-perintendente Técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Leandro Paiva.

Mais Sergipe O médico veterinário Ranilson Rego, técnico da Girolando em Sergipe, foi o responsável por mobilizar os criadores e organizar o evento. Ele abordou a importância da raça para a produção leiteira local. Cerca de 30 pessoas, entre criadores, técnicos, estu-dantes e produtores de leite, participaram da palestra. O principal objetivo foi estimular e motivar os produtores de leite na criação de gado Girolando, bem como divulgar a raça e os serviços pres-tados pela Associação. Além da palestra, foi organizada também uma Mostra de Animais Girolando e julgamento.

Pró-GenéticaA 1ª feira de touros do Pró-Genética de 2014 foi realizada no dia 13 de março, no Parque de Exposições Olegário Coelho Pra-do, em Perdizes (MG). Foram comercializados reprodutores da raça Girolando do criatório do produtor Roberto Antônio Pinto de Melo Carvalho, além de animais zebuínos. Já a Feira de Touros do Pró-Genética realizada em Uberlândia (MG), entre os dias 25 e 28 de março, teve a presença, em sua abertura, do presiden-te da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Jônadan Ma, acompanhado do coordenador Operacional do Programa de Melhoramento Genético de Girolando, Marcello Cembranelli. Criado para melhorar a qualidade genética dos pequenos e mé-dios rebanhos bovinos de Minas Gerais, o programa Pró-Gené-tica permite a venda de touros Puro Sintético (PS), 3/4 (animais cuja genética é composta de 3/4 de sangue Holandês e 1/4 de sangue Gir) e 5/8 (animais cuja genética é composta de 5/8 de

sangue Holandês e 3/8 de sangue Gir ou PS), além de touros zebuínos.

MegaleiteRepresentantes de raças leiteiras estiveram reunidos no dia 31 de março, na sede da Girolando, em Uberaba (MG), para definir as ações para a Megaleite 2014. A feira será realizada de 13 a 20 de julho, no Parque Fernando Costa. O presidente da Giro-lando, Jônadan Ma, apresentou aos participantes as novidades previstas para esta edição, dentre elas a participação mais efetiva de pequenos produtores rurais. A reunião contou com a presen-ça dos representantes da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro, Ana Cristina Navarro e Fausto Cerqueira Gomes; da Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil, Patrícia Souza Ro-drigues; da Associação Brasileira dos Criadores de Sindi, Ronal-do Andrade Bichuette; da Associação Brasileira de Criadores de Gado Pardo-Suíço, Fernando Kaiser, e da Associação Brasileira de Criadores de Simental, José Henrique Aleixo.

Parceiros Master Girolando 2014 A Girolando terá em 2014 novos Parceiros Master. Além da Nu-tron, CRV Lagoa e Real H, passarão a integrar a equipe as empre-sas FertVitro, Agropecuária Leffers, AllFlex e Rehagro. Represen-tantes das sete empresas participaram em 1º de abril, na sede da Girolando, em Uberaba (MG), do primeiro encontro dos Parceiros Master em 2014. O presidente da Girolando, Jônadan Ma, apre-sentou o planejamento estratégico do projeto, incluindo ações de marketing e eventos promovidos pela Girolando, como por exemplo, a Megaleite 2014. Uma das medidas aprovadas na reu-nião foi a implantação do projeto “Clube Master Girolando”, em que os associados serão beneficiados com promoções e descon-tos especiais em produtos e serviços oferecidos pelos Parceiros Master. O encontro contou ainda com a presença do diretor da Girolando, José Clemente; do superintendente Técnico, Leandro Paiva; da assessora de Marketing, Consuelo Mansur, e dos re-presentantes das empresas Tatiane Tetzner (CRV Lagoa); Marcelo Real e Ricardo Melotti (Real H); Halim Atique Netto e Rodolfo Bilachi Prado (FertVitro), e Agenor Neto (Rehagro).

Prestação de ContasPor deliberação da maioria dos associados presentes na Assem-bleia Geral Ordinária, uma nova assembleia foi marcada para 14 de maio de 2014 apenas para apresentação do balanço e discus-são do parecer do Conselho Fiscal. A decisão foi tomada devido à impossibilidade de apresentação das contas e do balanço de 2013. Os valores estão sendo auditados pela empresa de audi-toria independente BDO, contratada em comum acordo entre a gestão passada e a atual. A BDO fará auditorias trimestrais em 2014. Uma nova assembleia será realizada em 14 de maio para apresentar o balanço financeiro do exercício 2013, que estava sob a responsabilidade do ex-presidente José Donato Dias Filho.

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TOP 100 MilkPoint O MilkPoint realiza desde 2001 o levantamento Top 100, que reúne os 100 maiores produtores de leite do Brasil. O Top 100 MilkPoint 2014 tem como base as maiores fazendas leiteiras do ano de 2013. Os 100 maiores produtores em 2013 apresentaram produção média de 13.848 litros por dia, 9,7% a mais do que os 100 maiores de 2012, a maior taxa de crescimento observada pelo Levantamento Top 100 desde 2004. Outro aspecto interessante é a consolidação do estado de Minas Gerais como principal estado de origem dos grandes pro-dutores (46 propriedades), apesar do forte crescimento da produção no sul do país nos últimos anos. O Top 100 MilkPoint 2014 destaca também o surgimento/consoli-dação de grandes projetos isolados no nordeste brasileiro, principal-mente no Ceará.

Bateria de tourosA CRV Lagoa reforça a bateria de Girolando com 9 contratações de touros jovens aprovados na 1ª Pré-seleção ao Teste de Progênie, que foi realizada no Centro de Performance Girolando. Todos esses 9 lan-çamentos terão seus resultados divulgados em 2020. A central de genética que está alinhada 100% com o PMGG – EMBRAPA/Girolan-do disponibiliza ao mercado Touros que estão em teste de progênie, ou Provados pelo Programa de melhoramento genético da Raça. Dentre os lançamentos, está o líder absoluto da 1ª Prova de pré-seleção, o Touro Farrok FIV Córrego Branco que obteve 90,5 pontos em IFCT (índice final de classificação de touros), filho da Mexerica (16.575 Kg de leite), a melhor vaca ¾ em avaliação genética, 2.457 Kg de PTA Leite e 84% de conf. dentre as TOP 1.000 vacas avaliadas. Farrok foi destaque em Foram contratados 3 touros ¾: Farrok FIV Córrego Branco, Alado Blitz FIV JM Monte Alverne, e Líder L. King TE RPM Sto. Antônio; 5 touros 5/8 Girolando: RBC Farol Paramount FIV, Mosaico Shottle FIV RPM da Sto. Antônio, Natan Mandel Dom Nato, Febo FR Recreio, e Evoque Morty GIL São Marcos; e 1 touro PS: Capiu FIV Florin da Tropical.

IsençãoA Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou, em caráter terminativo, o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 57/2013, que isenta tratores e colheitadeiras, além de outras máqui-nas agrícolas, do registro e licenciamento anuais nos departamentos estaduais de trânsito, acabando com a exigência do emplacamento.

Levantamento feito pela área técnica da CNA mostra que, depen-dendo do estado, o produtor rural teria despesas adicionais com o emplacamento de suas máquinas e veículos entre R$ 360,00 e R$ 560,00. Os mais prejudicados com a medida eram os pequenos e médios agricultores.

Prioridades do setorAmpliação do programa de assistência técnica, melhoria da qua-lidade, isenção de tributação, defesa comercial e reformulação do sistema sanitário. Estas são algumas das prioridades que serão de-fendidas, em 2014, pela Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A pauta para o setor foi definida em março, na primeira reunião do ano do cole-giado, na sede da entidade, em Brasília. Uma das ações mais impor-tantes para o setor leiteiro, apoiada pela comissão, será a expan-são do programa de assistência técnica, desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Por meio desta iniciativa, criada no ano passado a partir de um projeto piloto em Tocantins, técnicos e instrutores elaboram um plano de trabalho com os produ-tores para aprimorar as técnicas de produção e a gestão econômica da atividade.

76ª ExpograndePecuaristas presentes na 76ª Expogrande - Exposição Agropecuária de Campo Grande que acontece entre os dias 24 de abril e 4 de maio, na capital de Mato Grosso do Sul terão a oportunidade de vi-sitar o estande da Real H. Há mais de 20 anos a Empresa participa do evento realizando excelentes negócios e levando ao campo soluções em Nutrição e Saúde, sem deixar resíduos no leite ou na carne. No estande os visitantes irão conhecer a Nutrição Funcional da Real H que é capaz de induzir melhorias na atividade ruminal, absorção in-testinal, favorecer o anabolismo, melhorando a conversão alimentar, a fertilidade, e o ganho de peso ao reduzir a resposta dos animais ao ambiente estressante. Disponível também estará a Linha Saúde desenvolvida para prevenir e tratar desafios como, mastite, pododer-matite, infertilidade, sodomia, parasitas, intoxicações decorrentes de ingestão de plantas, entre outros.

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Nome Cargo e/ou Setor Email Telefone

Leandro Paiva Zootecnista - Superintendente Técnico do SRGRG [email protected] (34) 3331-6000Marcello Cembranelli Médico Veterinário - Sup. Técnico Substituto do SRGRG [email protected] Coordenador Operacinal do PMGG [email protected] (34) 3331-6000Euclides Prata Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 9972-3965Fernando Boaventura Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 9248-0302Jesus Lopes Júnior Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 9134-8666José Renes Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 9972-7882Juscelino Ferreira Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 9978-2237Limírio Bizinotto Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 9972-2820Edivaldo Júnior Técnico Agrícola - Técnico do PMGG [email protected] (34) 3331-6000Maurício Bueno Zootecnista - Técnico do PMGG [email protected] (34) 3331-6000Gustavo Gonçalves Zootecnista - Técnico do PMGG [email protected] (34) 3331-6000Sérgio Esteves Eng. Agrônomo - Departamento de Exposições e Ranking [email protected] (34) 3331-6000Edlaine Boaventura Coordenadora Operacional da STA [email protected] (34) 3331-6000

Anderson Linares Fujisawa Terra Nova do Norte - MT [email protected] (66) 3534-2171 / 9622-6622Gilmar Sartori Júnior Arapongas - PR [email protected] (43) 3275-1811 / 9972-7576Guilherme Henrique Pereira Ji-Paraná - RO [email protected] (69) 9981-6745 / 8444-1137Loni Soares de Oliveira Filho Jataí - GO [email protected] (64) 3631-5667 / 8402-3918 / 9964-3465Luiz Ricardo de Castro Brasília - DF [email protected] (61) 9676-7207 / 9919-8608 / 3486-1120Luiz Henrique Vargas Cuiabá - MT [email protected] (65) 8111-7982 / 8138-0041Luiz Cezar Diniz Solano Novo Mundo - MT [email protected] (66) 3539-6103 / 9209-7898Marcelo Schettini Paracatu - MG [email protected] (38)3671-5750 /9962-1517Nicolau Humberto Muzzi Dabul Palmas - TO [email protected] (63) 3215-4178 / 9971-9872 / 8444-8084Pedro da Silveira Campos Gurupi - TO [email protected] (63) 3312-4591 / 8127-0080Ranilson Rego Cavalcanti Aracaju - SE [email protected] (79) 3247-3326 / 9971-1335Rogério Souza Tomé-Açu - PA [email protected] (91) 3734-1558 / 9138-1660Rubens Assis de Freitas Itarumã - GO [email protected] (64) 3659-1276 / 9244-2320

Setor E-mailAssessoria Executiva da Diretoria [email protected] Secretaria Executiva da Diretoria [email protected] [email protected] Executiva do Departamento Técnico [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] do Colégio de Jurados [email protected] Leiteiro [email protected] / Teste de Progênie [email protected]ência Administrativa e Financeira [email protected] [email protected] [email protected] a pagar [email protected]ça [email protected] [email protected] Humanos [email protected] [email protected]ência de Tecnologia da Informação [email protected] Girolando [email protected]

ETR-BH (Belo Horizonte) Avenida Amazonas, 6020 – Parque da Gameleira – Belo Horizonte/MG – CEP 30510-000 - Responsável: Olavo de Resende Barros JúniorAndré Junqueira Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (37) 9964-8872Nilo do Valle Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (31) 9954-7789Gislaine Ribeiro Secretária [email protected] (31) 3334-5480

ETR-RJ/ES (Itaperuna) Avenida Presidente Dutra, 1099 – Cidade Nova – Itaperuna/RJ – CEP 28300-000 - Responsável: Odilon de Rezende Barbosa FilhoÉrico Ribeiro Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (28) 9939-1501Lucas Facury Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (22) 9862-8480Ariane Fernandes Secretária [email protected] (22) 3822-3255

ETR-SP (Jacareí) Av. Nove de Julho, 745 – Jardim Pereira do Amparo – CEP 12327-682 - Responsável: Nelson ArizaSamuel Bastos Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (12) 8120-0879Márcia Keli Secretária [email protected] (12) 3959-7292

ETR-GO/DF (Goiânia) Rua 250, s/n – Sala 5 – Setor Nova Vila – Goiânia/GO – CEP 74653-200 - Responsável: João Domingos Gomes dos SantosBruno Viana Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (62) 8212-2984Wanessa Silva Secretária [email protected] (62) 3203-5813

ETR-MS (Campo Grande) Rua Américo Carlos da Costa, 320 – Jardim América – Campo Grande/MS – CEP 79080-170 - Responsável: Ronan Rinaldi de Souza SalgueiroDagmar Rezende Médico Veterinário [email protected] (67) 9679-3440Paola Rodrigues Secretária [email protected] (67) 3342-9287

ETR-NE (Recife) Rua Costa Maia, 300 – Sala 114 – Cordeiro – Recife/PE – CEP 507011-360 - Responsável: Alexandre SaraivaPétros Medeiros Méd. Veterinário - Técnico do SRGRG [email protected] (81) 9938-0070Janaina Santos Secretária [email protected] (81) 3032-3981

ETR-BA (Feira de Santana) - Rua Hansen Bahia, 51/A – Caseb – Feira de Santana/BA – CEP 44.058-153 - Responsável: Jorge SampaioGabriel Khoury Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 3331-6000Soraia Cardoso Secretária [email protected] (75) 3223-1444

Telefone: (34) 3331-6000 Site: www.girolando.com.br E-mail: [email protected]

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