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1 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
O Evento:
A proposta de realização de um SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE
FISIOTERAPIA surgiu a partir de reflexões entre três IES, localizadas nos Estados do
Sul do Brasil, onde a UNOCHAPECÓ, foi à promotora do primeiro evento em 2006, na
sequência a URI Campus de Erechim em 2007 e, por fim, a FADEP em 2008, fechando
assim, um primeiro ciclo de realizações deste evento Interinstitucional. Tem-se como
meta, periodicidade anual deste evento, girando ano a ano, alternadamente nestas
instituições. Os três cursos de graduação em fisioterapia estão atualizados quanto às
diretrizes curriculares nacionais, integrados ao princípio de inserção no SUS e
comprometidos com a formação do fisioterapeuta humanista, ético, crítico e reflexivo,
voltado para as questões da qualidade de vida e saúde.
Em 2018 a FADEP sedia a 12ª edição do evento, concluindo um 3º ciclo do
evento, que acontecerá nos dias 23, 24 e 25 de outubro de 2018. Por meio desta
atividade, buscar-se-á gerar novas perspectivas acadêmicas e profissionais ao futuro
profissional inserido à comunidade.
Nesta edição do Simpósio, o curso de Fisioterapia da FADEP busca consolidar
suas atividades de empreendedorismo e inovação, tão bem consolidadas no curso de
fisioterapia. Por tal motivo o tema do evento será “INOVAÇÃO”, assim, serão
abordados mini cursos dentro dessa perspectiva, e palestrar que versem sobre esse
tema, fortalecendo esse espírito, tão necessário nos dias de hoje, para qualquer
profissional que almeje sucesso.
Objetivos do evento:
Promover a discussão e reflexão à cerca de temas contemporâneos em
Fisioterapia;
Aprofundar as discussões pertinentes a inovação no exercício da
fisioterapia;
Socializar os projetos de Educação Empreendedora que acontecem no curso
de Fisioterapia da FADEP;
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2 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
Estreitar laços entre os cursos de Fisioterapia das Instituições de Ensino
parceiras na promoção do evento;
Fomentar a publicação de material acadêmico entre os acadêmicos;
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3 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
Realização:
Colegiado do Curso de Fisioterapia
FADEP
Apoio:
UNOCHAPECÓ
URI
Comissão Organizadora:
Dr. Leanderson Franco de Meira
Esp. Luane Paula de Souza
Esp. Vanessa Tumelero
Ma. Beatriz Zanon Harnisch
Ma. Camila da Silva Barbosa Ramos
Ma. Marcia Fernandes Carvalho
Ma. Maristela Lazzaretti Queiroz
Ma. Solange Maria Bertol Copetti
Me. Michel Henrique Baumer
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4 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
SUMÁRIO O Evento ............................................................................................................................................. 01
COMUNICAÇÕES ORAIS
FISIOTERAPIA APLICADA A PREVENÇÃO E SAÚDE PÚBLICA - TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA EQUILÍBRIO NA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS: REVISÃO SISTEMÁTICA ................................................................................................
08
FISIOTERAPIA CARDIORESPIRATÓRIA - CRITÉRIOS DE SEGURANÇA PARA MOBILIZAÇÃO PRECOCE – UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................................................................
21
- REABILITAÇÃO PULMONAR EM PACIENTE DPOC-UM ESTUDO DE CASO ................................. 32 FISIOTERAPIA GERAL - EFICÁCIA DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NAS PATOLOGIAS QUE ACOMETEM A COLUNA LOMBAR: UM ESTUDO DE CASO ....................................................................................
44
- O EFEITO DO MÉTODO PILATES APARELHOS NO GANHO DE FLEXIBILIDADE DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS ............................................................................................................
56
PÔSTER DIALOGADO FISIOTERAPIA APLICADA A PREVENÇÃO E SAÚDE PÚBLICA - PERCEPÇÃO DE ACADÊMICOS DE FISIOTERAPIA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DE CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS ....................................................................................................
69
- ALTERAÇÕES POSTURAIS EM ADOLESCENTES INSTITUCIONALIZADOS EM UM LAR DE ACOLHIMENTO DO RIO GRANDE DO SUL ........................................................................................
71
- ATUAÇÃO DE ACADÊMICOS DE FISIOTERAPIA NA PROMOÇÃO DE SAÚDE DE CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS: RELATO DE INTERVENÇÃO ....................................................................
73
- O USO MICROAGULHAMENTO PARA REJUVENSCIMENTO FACIAL ................................................. 75 - OUTUBRO ROSA E NOVEMBRO AZUL: AÇÃO DA EQUIPE DISCENTE INTERDISCIPLINAR ...... 76 - DESAFIOS DA ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA..................................................................................................................................................
77
- ANÁLISE DAS CONDIÇÕES OSTEOMUSCULARES RELACIONADAS AO USO DE SMARTPHONES...... 78 FISIOTERAPIA APLICADA AO SISTEMA LOCOMOTOR - EFEITOS DA BALNEOTERAPIA EM INDIVÍDUOS COM OSTEOARTRITE: UMA REVISÃO SISTEMATIZADA ............................................................................................................................
80
- TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA DOR LOMBAR INESPECÍFICA: RELATO DE CASO . 81 - EFEITOS DA INTERVENÇÃO FISIOTERÁPICA NO PÓS OPERATÓRIO DE FRATURA DE EPÍFISE TÍBIAL: RELATO DE CASO ...................................................................................................
82
- INCIDÊNCIA DE LESÕES EM UM TIME DE FUTEBOL AMADOR DA CIDADE DE CORONEL VIVIDA – PR. ..........................................................................................................................................
83
- EFEITOS DA KINESIOTAPING NA DOR, EDEMA E AMPLITUDE DE MOVIMENTO EM PÓS LIGAMENTOPLASTIA DE LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR .........................................................
84
- USO DA CRIOTERAPIA EM PACIENTE COM FRATURA DE TORNOZELO APRESENTANDO EDEMA E ALTERAÇÃO NA SENSIBILIDADE ....................................................................................
85
FISIOTERAPIA CARDIORESPIRATÓRIA - VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA ENQUANTO ESTRATÉGIA VENTILATÓRIA PARA EVITAR REINTUBAÇÃO EM IDOSA COM DPOC ................................................................................
87
- AVALIAÇÃO DO PERFIL CLÍNICO, FUNÇÃO PULMONAR E QUALIDADE DE VIDA EM
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5 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
PACIENTES COM IRC ....................................................................................................................... 88 - AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA EM ATLETAS AMADORES DE CICLISMO DA CIDADE DE PATO BRANCO ...............................................................................................................................
89
- COPD/CAT: AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO HOSPITAL GERAL .......................................... 90 - INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTE LACTENTE COM DERIVAÇÃO VENTRICULAR EXTERNA DEVIDO A HIDROCEFALIA: ESTUDO DE CASO ....................................
91
- OS BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA EM UM PACIENTE COM PARALISIA CEREBRAL GRAVE E PNEUMONIA ASPIRATIVA. .............................................................................................................
92
- OS EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE EM PACIENTES CRÍTICOS NA UTI UMA REVISÃO DE LITERATURA ...........................................................................................................................................
93
- FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA: UMA ANÁLISE DO HISTÓRICO SOCIAL E FATORES DE RISCO DE PACIENTES HOSPITALIZADOS .................................................................................
94
- HIDROTERAPIA NA ICC ................................................................................................................ 95 - TESTE DO CORAÇÃOZINHO: UMA FERRAMENTA SIMPLES PARA DETECTAÇÃO DE CARDIOPATIAS ...............................................................................................................................
96
FISIOTERAPIA GERAL - RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O ENCONTRO DO DIA NACIONAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA .........................................................................
99
- OS EFEITOS DO MÉTODO WATER PILATES SOBRE A ESCOLIOSE CONGÊNITA ...................... 100 A VISÃO DO ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA FRENTE A IMOBILIDADE DO IDOSO EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA ..........................................................................................
101
- CIRURGIA PARA CORREÇÃO DE DEDO EM MARTELO: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM CENTRO CIRÚRGICO .......................................................................................................................
102
- AÇÕES E CONTRIBUIÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS NA SAÚDE MENTAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO HOSPITAL ..............................................................................................................
103
- INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA RECONSTRUÇÃO DE LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR: ESTUDO DE CASO ......................................................................................................
104
- GRAU DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE IDOSOS POR MEIO DAS ABVD’S BASEADAS NO ÍNDICE DE KATZ ...........................................................................................................................
105
- ANÁLISE DO NÍVEL DE CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO RESIDENTE EM FREDERICO WESTPHALEN/RS EM RELAÇÃO À FISIOTERAPIA .........................................................................
106
FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL - A UTILIZAÇÃO DO MÉTODO BAD RAGAZ EM UM PACIENTE COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL COM ESPASTICIDADE ....................................................................................................
109
- EFEITOS DA CRIOTERAPIA NA ESPASTICIDADE DE UM LESADO MEDULAR ALTO: UM RELATO DE CASO .............................................................................................................................
110
- FISIOTERAPIA DOMICILIAR NA PERSPECTIVA DOS FAMILIARES E CUIDADORES DE VÍTIMAS DE AVC .................................................................................................................................................
111
- FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA APLICADA EM PACIENTE COM TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO: RELATO DE CASO ...................................................................................................
112
- O USO DA FISIOTERAPIA CONVENCIONAL COMO TRATAMENTO DA SÍNDROME DE GUILLAN-BARRÉ. .................................................................................................................................
113
- ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE) AGUDO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA DISCIPLINA DE FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA ................................................................................
114
- O AMBIENTE VIRTUAL COMO INTERFACE NO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO INFANTIL. 115 - CUIDANDO DOS CUIDADORES: OFICINAS INTERATIVAS COMO UMA ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA ......................................................................................................................................
116
- CRIAÇÃO DO SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM REABILITAÇÃO FÍSICO FUNCIONAL DE LESÕES DE NERVOS PERIFÉRICOS. ..............................................................................................
118
- RELATO DE CASO: REABILITAÇÃO DE LESÃO DE NERVOS PERIFÉRICOS E LCA .................... 119
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6 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
COMUNICAÇÕES ORAIS
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7 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
FISIOTERAPIA APLICADA A PREVENÇÃO E SAÚDE PÚBLICA
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8 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA EQUILÍBRIO NA PREVENÇÃO
DE QUEDAS EM IDOSOS: REVISÃO SISTEMÁTICA
Alana Bárbara Hentz1
Alexsandra da Silveira2
Me. Michel Henrique Baumer ³
Dr. Leanderson Franco de Meira 4
RESUMO
A população idosa brasileira vem crescendo devido ao aumento da expectativa de vida.
O processo de envelhecimento associa-se com alterações funcionais, como o
acometimento dos mecanismos de equilíbrio, logo aumentam o risco de quedas. O
presente estudo busca identificar métodos de tratamento utilizados para melhora de
equilíbrio no idoso e prevenção de quedas. Trata-se de uma revisão da literatura, onde
foram selecionados 11 artigos que atenderam aos critérios de inclusão. Os resultados do
estudo demonstram que os idosos que realizam exercícios para postura, aptidão
cardiorrespiratória, flexibilidade e força apresentam melhora do equilíbrio, prevenindo o
risco de quedas.
Palavras-chave: Envelhecimento. Risco de quedas. Fisioterapia.
1 Acadêmica do 6º período da faculdade de Pato Branco. Endereço: Rua Da Praia, São Bernardino - SC.
E-mail: [email protected] 2 Acadêmica do 6º período da faculdade de Pato Branco. Endereço: Abundância, Coronel Vivida - PR. E-
mail: [email protected] ³ Fisioterapeuta. Docente da faculdade de Pato Branco. Endereço: Pato Branco - PR. E-mail: [email protected] 4
Fisioterapeuta. Docente da faculdade de Pato Branco. Endereço: Pato Branco - PR E-mail: [email protected]
mailto:[email protected]
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9 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
1 INTRODUÇÃO
A população Brasileira está envelhecendo de maneira acelerada e progressiva,
segundo Veras (2011), 700 mil novos idosos são incorporados a esse segmento da
pirâmide etária, ano após ano. Essa proporção está aumentando devido à taxa de
fecundidade que está baixa, e a quantidade de idosos cresce devido ao aumento da
expectativa de vida, isso gera maior demanda dos serviços de saúde pela própria
população de idosos. De acordo com estudo feito por Lima-Costa et al. (2017) com base
em dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, o Brasil possui a quinta maior
população idosa do mundo, com cerca de 26,5 milhões de pessoas acima de 60 anos.
Para Ávila, Guerra e Meneses (2007) o processo de envelhecimento é um
fenômeno marcado por mudanças biopsicossociais específicas, que são associadas
com o passar do tempo. Porém isso varia de maneira individual, e pode sofrer
influências genéticas, nutricionais e ambientais.
As quedas em idosos e suas consequências estão em evidência pelo aumento no
número dessa população. Sendo que essas têm sido causa frequente de perda funcional
significativa, ingresso precoce em instituições de longa permanência para idosos, além
do aumento da morbidade e da mortalidade. (GAMA; GOMEZ-CONESA, 2008)
Os fatores de risco para quedas são classificados como intrínsecos, fatores
relacionados com os mecanismos fisiológicos, patológicos e medicamentosos (como,
fragilidade das extremidades inferiores, força de preensão diminuída, distúrbios de
equilíbrio, comprometimento funcional e cognitivo, além de déficit visual e polifarmácia,
ou seja, quatro ou mais medicamentos de prescrição). Os fatores extrínsecos
correspondem aos obstáculos do ambiente, sejam objetos, pessoas ou animais que
facilitam a pessoa escorregar, tropeçar, pisar em falso e trombar. (MANIDI; MICHEL,
2001; FABRÍCIO; RODRIGUES; COSTA JUNIOR, 2004)
O equilíbrio é um processo extremamente complexo que depende da integração
da visão, dos comandos centrais, da sensação vestibular e periférica, e respostas
neuromusculares, além da força muscular e do tempo de reação do indivíduo. Algum
declínio da função relacionado à idade pode ser demonstrado em todas as partes
desses sistemas tendo como resultado o fato de que um terço da população acima de
65 anos sofrem quedas a cada ano. (PAPALÉO NETTO, 2002)
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10 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
A fisioterapia através da realização de exercícios, busca aumentar estímulos
sensoriais, permitindo assim equilíbrio postural e funcional, e assim melhorando o
quadro motor desses pacientes tão suscetíveis a queda. Portanto torna-se importante a
inserção de uma rotina de exercícios semanais na vida do idoso para oferecer uma
maior segurança na realização de suas atividades de vida diária (AVD), melhorando
equilíbrio e marcha, reduzindo o risco de quedas, além de buscar o bem-estar físico e
mental dos mesmos. (SILVA et al. 2011; CONTIJO; LEÃO, 2013; PAPALÉO NETTO,
2002)
Devido aos prejuízos físicos, emocionais e sociais associados as quedas, para
compreender e possibilitar a redução na frequência e nos danos causados por elas,
essa pesquisa tem como objetivo identificar os tratamentos fisioterapêuticos preventivos
capazes de auxiliar na diminuição dos riscos de quedas.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
Esta revisão sistemática de literatura foi realizada utilizando as seguintes base de
dados: Scielo, Lilacs, Bireme e Pub Med. Foram triados os seguintes tipos de pesquisa:
artigos científicos, monografias e dissertações. Foram separados artigos do período de
2005 a 2017. A busca se limitou para artigos escritos em português. Usando as
seguintes palavras-chave: Envelhecimento. Risco de quedas. Fisioterapia.
Artigos selecionados pela estratégia de busca inicial foram avaliados
independentemente por duas pessoas, conforme os seguintes critérios de inclusão:
população idosa com idade superior a 60 anos, intervenção definida para melhora do
equilíbrio, processo de amostragem aleatória dos indivíduos, presença de grupo
assistido e grupo controle ou com outra intervenção, sujeitos fora de um quadro
patológico especial e score superior ou igual a 5 na escala de PEDro. As divergências
entre os pesquisadores foram resolvidas por discussão e consenso.
Para identificar a qualidade metodológica dos estudos, foi utilizada a Escala
PEDro que consiste em 11 critérios que auxiliam na identificação de estudos clínicos
com boa validade interna e externa na área da reabilitação. Quanto maior a pontuação,
mais adequada é a estrutura do estudo e maior é a possibilidade de veracidade e
qualidade dos dados apresentados, a pontuação é de no máximo 10.
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11 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a avaliação fisioterapêutica o profissional vai determinar o tratamento
necessário que vai contribuir para a manutenção ou melhora da condição física e
funcional do idoso, através das técnicas de cinesioterapia, eletrofototermoterapia,
reeducação da marcha, dispositivos auxiliares para marcha, calçados apropriados e
orientações de prevenção em geral, inclusive relacionadas a segurança do ambiente
domiciliar. (PAPALÉO NETTO, 2002)
As características dos artigos selecionados quanto à qualidade metodológica,
amostra, intervenção, métodos e resultados são apresentados na Tabela 1. Houve uma
grande variabilidade em relação ao tipo de intervenção utilizada, ao todo podem ser
divididas em seis eixos: treino cardiorrespiratório, treino de força e alongamento
muscular, exercícios de neuroplasticidade, treino associado a realidade virtual, treino
associado a dançaterapia e hidroterapia. Quase metade dos estudos receberam nota
sete na escala de PEDro demonstrando boa qualidade, mas apenas 11 estudos
atenderam aos critérios de inclusão.
Tabela 1 - Relação dos estudos selecionados
Estudo
Escore PEDro
Amostra Intervenção Método Resultados
Barboza et al.
(2014)
Estudo
7
Escore PEDro
22 idosos Com mais de 60 anos. 11 do grupo controle (GC) e 11 Grupo de
intervenção (GI).
Amostra
Programa de intervenção fisioterápica associado à
dançaterapia. Na 1ª ao 5ª atendimento
atividades em decúbito dorsal.
Do 6ª ao 10ª paciente sentado e em gato. Por
fim, em pé.
Intervenção
GC não recebeu
intervenção. GI no
período de 2 meses
2 vezes na semana durante
60 minutos realizou as atividades propostas.
Método
Ocorreu melhora do equilíbrio,
flexibilidade e agilidade nos
indivíduos submetidos à intervenção.
Resultados
Ribeiro; Pereira.
6 30 idosas, idade entre 60 e 69 anos. Foram
No grupo experimental as
Os exercícios
Os exercícios de Cawthorne e
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12 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
(2005) subdivididas 15 no grupo controle e 15 no
grupo experimental.
idosas foram submetidas aos
exercícios de estimulação vestibular de Cawthorne e
Cooksey.
foram realizados
durante nove semanas, três vezes
por semana, sessenta minutos.
Cooksey promoveram melhora do equilíbrio no
grupo experimental
comparado ao grupo controle,
podem ser aplicados como
medida preventiva e de tratamento nas alterações do equilíbrio no
envelhecimento.
Cunha et al. (2009)
7
53 idosos, idade entre 60 a 75 anos. Média
de 66,19 anos. Foram divididos em grupo
solo (G1), grupo água (G2) e grupo controle
(G3)
O programa de exercícios dos G1
E G2 foram subdividios em: alongamento,
fortalecimento e relaxamento muscular. O
grupo controle realizou
exercícios sem supervisão.
O grupo G1 e o G2
realizaram as atividades em duplas
com duração de 45
minutos, 3 vezes por
semana, no período 8 semanas.
Houve aumento do equilíbrio
nos idosos que não praticavam atividade física em ambos os
grupos.
Silva et al. (2011)
Estudo
6
Escore
18 idosas entre 60 a 82 anos, idade média de 69,83. Divididas 8
no grupo controle (GC) e 10 no grupo
experimental (GE).
Amostra
O programa de exercícios do grupo GE foi
subdividido em atividades de
equilíbrio, alongamento e
força.
Intervenção
O GE
realizou as atividades no período de
10 semanas, sendo 3
vezes por semana,
durando 1 hora.
Método
Houve melhora do equilíbrio e da marcha no
grupo GE, também não
relataram medo de cair e não referiram dor.
Resultados
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13 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
PEDro
Roma et al.
(2013)
6
96 foram incluídos no estudo. Divididos no
grupo resistido (GR) e no grupo aeróbico
(GA).
Exercícios resistidos
realizados e atividade
aeróbica com frequência
cardíaca entre 60 a 70% da frequência
cardíaca máxima.
Grupo resistido realizou
atividades no período de
12 meses, 2 vezes por
semana com duração de 1 hora. Grupo
aeróbico realizou
atividade no período de
12 meses, 2 vezes por
semana com duração de 30 minutos.
Houve melhora da aptidão física
e como resganho de
funcionalidade em ambos os
grupos, a atividade resistida
demonstrou aumento de
flexibilidade e o grupo aeróbico
apresentou aumento na
velocidade da marcha e
melhora do equilíbrio estático.
Tomicki et al.
(2016)
7
30 participante com mais de 60 anos,
idade média de 76,2. Grupo controle (G1)
ficou com 15 participantes e grupo intervenção (G2) com
15.
Aquecimento, parte principal
(exercícios funcionais,
aeróbicos, força, resistência
flexibilidade, equilíbrio estático
e dinâmico, agilidade e
coordenação) e alongamento.
G1 não recebeu
intervenção. G2 realizou
as atividades propostas no período de
12 semanas. Frequência de 3 vezes na semana.
E duração de 45 minutos.
Apresentou melhora no equilíbrio
corporal e na redução do
risco de quedas o grupo G2
comparado ao G1.
Alfieri et al. (2010)
7
46 idosos, com idade entre 60 e 80 anos,
divididos 23 no grupo resistido (GR) e 23 no grupo de exercícios
multissensoriais(GMS).
O GR realizou em cada sessão: exercícios de
aquecimento e flexibilidade, de
fortalecimento, de equilíbrio e de relaxamento.
Para o GMS os exercícios
começaram sem carga e evoluíram
Os grupos tiveram
frequência de dois
atendimentos semanais, durante 1 hora de
atividades, no período
de 12 semanas.
Os idosos do GMS
mostraram melhora do
controle postural e da mobilidade
funcional, mas não houve melhora do equilíbrio na
escala de Berg
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14 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
Estudo
Escore PEDro
Amostra
para com carga e carga máxima.
Intervenção
Método
e teste de apoio unipodal.
Resultados
Panassol; Oltramari; Schuster.
(2017)
6
16 idosos, com idade média de 69 anos, divididos em dois
grupos, 8 no grupo submetido à
intervenção com a realidade virtual, os outro 8 no grupo de
cinesioterapia.
O grupo de realidade virtual
realizou exercícios para
equilíbrio, utilizando a
plataforma Wii Fit e o console
Nintendo Wii®, o outro recebeu intervenção
fisioterapêutica convencional,
através da cinesioterapia, exercícios em sedestação e
ortostase.
Os mesmos foram
submetidos por um
período de dois meses, duas vezes por semana, com duração
de 45 minutos o
atendimento.
Houve melhora estatística em
ambos os grupos em
todos os testes aplicados como
mobilidade, equilíbrio, controle postural,
capacidade aeróbica e marcha.
Franciulli et al.
(2015)
7
14 indivíduos acima de 60 anos, sendo 8 do grupo tratado com
hidroterapia (G1) e 6 do grupo tratado com cinesioterapia (G2).
G1 realizou exercícios ativos
de ADM, de alongamento, respiração e marcha. G2
realizou exercícios ativos
de ADM de alongamento, fortalecimento,
marcha e respiração.
Ambos os
grupo realizaram as
atividades por 2 meses, sendo duas
vezes na semana
durante 40 minutos.
A hidroterapia e a cinesioterapia foram efetivas para a melhora do equilíbrio e agilidade dos participantes.
Teixeira. (2016)
6
30 idosos divididos em dois grupos: G1, composto de 15 praticantes de
exercício físico e G2 15 idosos sedentários.
G1 realizou alongamento, fortalecimento
muscular/ condicionamento cardiorrespiratório
e treino de
Os
exercícios eram
realizados de três a quatro
vezes na semana, com
duração
O G1 apresentou
menor risco de queda, menores
sintomas depressivos e
melhor percepção da qualidade de
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15 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
Estudo
Escore PEDro
Amostra
equilíbrio.
Intervenção
média de 45- 60 minutos
Método
vida, comparados
aos idosos que não praticam exercícios.
Resultados
Ferreira et al.
(2012) 6
16 idosos, com idade entre 60 e 84 anos, divididos em grupo
controle (GC) 8 sujeitos e grupo
experimental 8 sujeitos (GE).
GC realizava o protocolo de reabilitação
cardiopulmonar e metabólico e o
GE sendo acrescido ao protocolo de
rotina, o programa de
treinamento de equilíbrio e
coordenação motora.
Os usuários completaram
doze semanas de atividades,
realizando-o três vezes
por semana.
Mostrou-se favorável na melhora do equilíbrio estático e
dinâmico e na coordenação.
Fonte:SILVEIRA; HENTZ. (2018)
Com esse estudo foi possível constatar que o tratamento de equilíbrio no idoso é
frequente objetivo para a prevenção de quedas. Manidi e Michel (2001) comentam que o
programa preventivo deve atuar sobre os componentes sensório-motores que
determinam o equilíbrio, pois é a associação falha destas estruturas que levam a
quedas. Os mecanismos são a propriocepção, responsável pela sensibilidade superficial
e profunda que atribui a capacidade de noção corporal no espaço, a visão encarregada
de mostrar o ambiente ao redor, o vestíbulo informante da posição da cabeça no espaço
determinando a capacidade de manter a postura diante de situações adversas, a força
que permite executar movimentos, o tônus de base que contribui para a postura por ser
um estado de pré-contração e o controle motor responsável por regular e produzir
movimentos adequados.
Nos grupos de idosos que não foi realizado algum tipo de intervenção os
resultados foram negativos. Foi possível observar que os grupos de intervenção
obtiveram resultados melhores e ainda aqueles que realizaram algum tipo de exercício
especifico como por exemplo associação com a realidade virtual e exercícios
multissensoriais demostraram uma eficácia ainda maior, ou seja, aprimoraram a
capacidade funcional reduzindo o risco de quedas. Vale salientar que isso se deve a
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16 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
utilização de recursos fisioterapêuticos, por tanto o acompanhamento de um profissional
de fisioterapia torna-se imprescindível nesse processo.
Foi perceptível que além da melhora do equilíbrio estático e dinâmico nos grupos
de intervenção, houve melhora em aspectos como: flexibilidade, agilidade,
aprendizagem motora, marcha, aptidão física, controle postural e mobilidade. Outro
aspecto importante observado foi que os idosos que até então não praticavam exercícios
físicos, após serem submetidos as intervenções obtiveram resultados significativos.
Portanto, o exercício físico promove aumento da funcionalidade, visto que
proporciona conscientização corporal ao idoso, permite identificar as habilidades e
limitações e melhora esses aspectos, através do aumento das aptidões física e motora,
como agilidade, flexibilidade, força, equilíbrio, reação e capacidade aeróbica. (OKUMA,
2002)
As evidências são difíceis de serem calculadas devido a amostragem reduzida
dos estudos, outra dificuldade encontrada foi a desistência dos sujeitos durante as
intervenções, além disso a falta de critérios, como alocação cega dos sujeitos, assim
como o mascaramento dos avaliadores e terapeutas na pesquisa.
4 CONCLUSÃO
O processo de envelhecimento envolve diversas alterações que impactam na
diminuição ou perda do equilíbrio. A realização de exercícios que visem a sua melhora
em idosos torna-se indispensável para que os mesmos tenham redução no risco de
quedas, levando em consideração que o equilíbrio é um dos fatores principais que
determinam a capacidade funcional do idoso. Portanto é extremamente necessário que
o fisioterapeuta atue de maneira preventiva nesse aspecto de modo que possa utilizar os
vários recursos disponibilizados dentro da fisioterapia, para que além de reduzir esse
risco possa contribuir na qualidade de vida do idoso, trazendo mais segurança e
estabilidade na realização das AVDs.
REFERÊNCIAS
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17 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
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20 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
FISIOTERAPIA CARDIORESPIRATÓRIA
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21 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
CRITÉRIOS DE SEGURANÇA PARA MOBILIZAÇÃO PRECOCE – UMA REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
Elaine da Rosa1, Beatriz Zanon Harnisch Radaelli2, Fernanda Fátima Frá3
RESUMO
Objetivo: analisar os critérios de segurança utilizados para o início da mobilização precoce em paciente internados nas UTIs. Metodologia: Pesquisa bibliográfica em bases de dados: Medline, Lilacs, PubMed, e Scielo por artigos de 2010 a 2018, que apresentassem as palavras chaves: mobilização precoce, UTI, imobilidade, segurança. Resultados: foram incluídos 10 estudos que englobaram 2.533 indivíduos internados em UTI. Conclusão: foi verificado que os critérios de segurança devem ser observados antes de iniciar a mobilização de pacientes críticos, e que a estabilidade hemodinâmica é o critério de segurança mais utilizado para determinar a mobilização dos pacientes. Palavras-chaves: Mobilização precoce. UTI. Segurança. 1. Fisioterapeuta pela FADEP – Faculdade de Pato Branco, Pato Branco/PR – Brasil, Pós Graduanda do curso de
Fisioterapia em Terapia Intensiva pela Faculdade Inspirar, Polo Chapecó/ SC – [email protected] 2. Docente do curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco - FADEP, Mestre em Tecnologia em
Saúde- PUC - [email protected] 3. Fisioterapeuta pela FADEP – Faculdade de Pato Branco, Pato Branco/PR – Brasil, -
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22 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
1- INTRODUÇÃO
Os avanços observados na terapia intensiva nas últimas décadas resultaram num
aumento significativo da sobrevida dos pacientes, porém alguns pacientes desenvolvem
a necessidade de ventilação mecânica prolongada. Essa condição advém da perda do
condicionamento respiratório decorrente do longo tempo de internação em Unidades de
Terapia Intensiva (UTI), uso de medicações e, principalmente da imobilidade. (Dantas,
2012)
Segundo Carvalho e Barrozo (2014), a imobilidade pode influenciar
negativamente no desfecho das doenças, podendo levar a outras alterações como por
exemplo eventos tromboembólicos, atelectasias, úlceras de pressão e contraturas. Já
segundo Dantas (2012), a imobilidade e a inatividade predispõe ao aumento do tempo
de permanência na ventilação mecânica (VM).
Neste sentido se faz importante abordar a necessidade da implantação dos
protocolos de mobilização precoce. Eles estão relacionados à prevenção e redução de
polineuropatia e miopatia do paciente crítico, muito comum em pacientes com longa
internação em UTI. Assim sendo, proporciona melhoria da qualidade de vida dos
pacientes, redução de mortalidade e de dias de internamento em UTI e hospitalização.
(Rocha, 2017)
A mobilização e o posicionamento preventivo de contraturas na Unidade de
Terapia Intensiva podem ser considerados meios de reabilitar precocemente o paciente
crítico, procurando manter a força e a mobilidade articular, melhorando a função
pulmonar, facilitando assim o desmame da VM, e, por consequência, reduzindo o tempo
de permanência na UTI. (Perme, 2006; Gosselink, 2008)
Para a eficácia dos programas de mobilização precoce é importantíssimo analisar
a relação entre os possíveis benefícios e os eventos adversos. Para tanto, faz-se
necessária a avaliação minuciosa da condição clínica dos pacientes, de acordo com os
critérios de segurança para a realização da mobilização. (Conceição, 2016)
Segundo Stiller (2007), os fatores de segurança que devem ser abordados com
maior relevância são os relacionados a fatores intrínsecos ao paciente, como
antecedentes médicos do paciente, reservas cardiovascular e respiratória e também à
fatores extrínsecos, como acesso vascular no paciente, ambiente e equipe.
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23 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
Levando em consideração a importância da mobilização, as vantagens de iniciá-la
precocemente e os possíveis riscos de eventos adversos advindos desta técnica, este
estudo tem como objetivo analisar os critérios de segurança utilizados para o início da
mobilização precoce em paciente internados nas UTIs.
2- MATERIAIS E MÉTODOS
O presente artigo resultou de uma revisão da literatura, em que foi realizada uma
pesquisa bibliográfica, através do uso das bases de dados: Medline (Medical Literature
Analysis and Retrieval System Online), Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe
em Ciências da Saúde), PubMed, e Scielo (Scientific Eletronic Library Online). A busca
eletrônica foi por artigos de 2010 a 2018.
Foram pesquisadas as seguintes palavras chaves: mobilização precoce, UTI,
imobilidade, segurança.
Após o levantamento bibliográfico foi realizada uma leitura criteriosa, incluindo no
trabalho artigos que faziam referência as palavras chaves citadas anteriormente que
tivessem critérios de segurança descritos na sua metodologia. Foram excluídos
trabalhos de revisão de literatura. Artigos sobre mobilização precoce em paciente fora da
UTI também foram excluídos.
Os dados foram relacionados em tabela observando tempo para início da
mobilização, tipo e quantidade de mobilização, critérios para início da mobilização e a
ocorrência ou não de eventos adversos.
3- RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao total, 988 artigos foram identificados na pesquisa. Considerando a ocorrência
de artigos repetidos e publicados em mais de um idioma na mesma base de dados
foram selecionados 300 para realizar a triagem. Foram excluídos com base nos títulos
202 artigos e, na sequência, foram excluídos 43 resumos. Foram avaliados para
elegibilidade 55 artigos para leitura na íntegra e, por fim, incluídos 10 estudos nesta
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24 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
revisão sistemática os quais seguiam os critérios de inclusão e exclusão descritos na
metodologia.
O tamanho da amostra entre os estudos variou de 5 a 2.176 sujeitos e, no total,
englobaram 2.533 indivíduos, de ambos os sexos, internados em UTI clínica, cirúrgica
ou geral.
Tabela 1: Artigos selecionados.
Autor Quant.
da
amostra
Critérios de
Segurança
Início da
mobilização
Tipo de
Mobilização
Eventos
adversos
Coutinho, (2015)
25 Instabilidade hemodinâmica defina a partir de: noradrenalina >0,5mc/kg/min para uma pressão arterial média >60mmHg. Complicações como: pneumotórax, trombose venosa profunda e embolia pulmonar; catéter de Shilley na veia femoral; necessidade de reintubação; desmame prolongado (falha em três testes de ventilação espontânea); índice de massa corpórea (IMC) >35kg/ m²
Entre 24 e 48 horas do início da ventilação mecânica
Uso do cicloergômetro passivo (20ciclos/min por 20 minutos) antes de uma sessão de fisioterapia.
Não cita
Machado,(2016)
35 Instabilidade hemodinâmica (pressão arterial média 125mmHg), SpO2 130bpm ou
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25 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
da asa do nariz e aumento da FR>25ipm, alteração da SpO2 para 120bpm) ou bradicardia (FC25 ipm), alteração da SpO2 para
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26 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
contração ventricular prematura. taquicardia (>130 batimentos/min) ou bradicardia (180 mmHg ou hipotensão (pressão arterial sistólica
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27 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
em repouso com menos de 50% da FC máxima prevista para a idade, pressão arterial sistólica (PAS) entre 90 e 170 mmHg. Os pacientes foram excluídos se tivessem oximetria de pulso menor que 90%, relação PaO2/FiO2 menor que 18 ou necessidade de PEEP acima de 10 cmH2O; uma temperatura corporal superior a 38°C, uma hemoglobina (Hb) inferior a 7g/dL
do circuito do ventilador (1) e elevação da FC acima de 80% (1)
Pacientes internados em unidades de terapia intensiva e criticamente enfermos
tendem a permanecer em repouso no leito, o que acarreta em várias complicações
cardiorrespiratórias e musculoesqueléticas. Contudo, a mobilização precoce pode
reduzir os efeitos negativos do repouso prolongado no leito. (Brower, 2009; Butin, 2009)
Sabendo da importância da mobilização, devemos também considerar que esta
deve ser realizada de forma segura e eficaz. Neste sentido, Stiller e Phillips (2003)
abordaram fatores de segurança que devem ser observados para a mobilização de
pacientes com doença aguda. Segundo elas, deve-se revisar o histórico de problemas
cardiovasculares e respiratórios, os medicamentos utilizados e levar em consideração o
nível funcional que os pacientes apresentavam antes da internação. Também é
necessário analisar a reserva cardiovascular, observando a frequência cardíaca (FC) de
repouso que deve ser menor que 50% da FC máxima predita para a idade, a variação na
pressão arterial que deve ser menor que 20% e o eletrocardiograma. Em relação à
reserva respiratória, de acordo com elas, a relação PaO2/FiO2 maior que 300, SpO2
maior que 90% e um padrão respiratório confortável são as condições favoráveis.
Nesta pesquisa pudemos observar que todos os trabalhos relacionados utilizaram
como critério de segurança a estabilidade cardiovascular ou hemodinâmica, porém com
algumas variações. Collings (2015) vem de acordo com Stiller e Phillips (2003) e
determina entre seus critérios de segurança a estabilidade hemodinâmica como FC em
repouso com menos de 50% da FC máxima prevista para a idade. Já em relação a
pressão arterial sistólica (PAS) ele determina que deve estar entre 90 e 170 mmHg.
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28 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
Coutinho (2015) definiu a citada instabilidade como noradrenalina >0,5mc/kg/min para
alcançar uma pressão arterial média >60mmHg. Ainda Machado (2017) não cita o uso
de drogas vasoativas e define a instabilidade hemodinâmica como pressão arterial
média 125mmHg. Outros autores ainda utilizaram critérios como pressão
arterial média 110mmHg; frequência cardíaca 130
batimentos/min para definir a instabilidade hemodinâmica. (Dong, 2014)
Em relação a estabilidade respiratória, foram citados cuidados em relação a
SpO2, a FR e ao desconforto respiratório. A SpO2 foi citada muitas vezes como
devendo estar acima de 90% e outras vezes como acima de 88%, e somente um artigo
definiu como limite para interrupção da atividade SpO2 abaixo de 80%. A FR foi utilizada
como critério de segurança somente em 3 referências, uma que define que deve ser
menor que 25rpm e outras duas que interromperam as atividades quando estiveram
acima de 40 ou abaixo de 5rpm e ainda o desconforto respiratório é citado como sinal
importante a ser observado. (Dantas, 2012; Lee, 2015; Dong, 2014)
No estudo de Burtin (2009), a SpO2 >90% também foi definida como critério de
segurança. Os indivíduos foram divididos em dois grupos, sendo que no grupo controle o
movimento passivo foi aplicado em indivíduos sedados, e os pacientes acordados foram
convidados a participar ativamente e deambulação foi iniciada quando considerada
apropriada pela equipe médica. Os pacientes do grupo de tratamento receberam
adicionalmente uma sessão de cicloergometria. O exercício seria interrompido se
pacientes apresentassem uma resposta fisiológica anormal: FC 70% do máximo
previsto, 20% de redução da FC, PAS 180 mmHg, 20% de diminuição da PAS ou
pressão arterial diastólica, SpO2 90%, sinais clínicos e sintomas de sofrimento
cardiorrespiratório. Durante as mobilizações os pacientes não apresentaram nenhuma
alteração na FC, PAS, pressão arterial diastólica ou frequência respiratória, enquanto a
SpO2 diminuiu durante a cicloergometria em poucos casos. Durante um total de 425
sessões de ciclismo, nenhum evento adverso grave foi identificado, porém o exercício
precisou ser encerrado no início de 16 sessões individuais devido à SpO2 90%.
Rocha (2017) ainda ressalta que outros critérios de seguranças aparecem como
barreiras comumente observadas na prática clínica. A crença comum, principalmente
entre os médicos, de que pode ocorrer aumento do risco do descolamento de tubos,
linhas, cateteres e sondas, limita o papel do fisioterapeuta e compromete a
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29 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
implementação mobilização. Ele encontrou um número de estudos, que mostraram que
não há risco para o segurança do paciente em um programa de mobilização precoce
realizado por profissionais qualificados. No presente estudo, somente dois artigos
relacionaram a presença de cateteres ou a perda deles como critério de segurança, e no
total, 4 estudos apresentaram eventos adversos. (Coutinho, 2016; Lee, 2015;
Pohlman,2010; Dong, 2014; Collings, 2015)
Os eventos adversos apresentados nos trabalhos analisados foram dessaturação,
elevação da FC, hipotensão postural, taquipneia, desconforto respiratório, agitação,
perda de dispositivo, sendo que os mais frequentemente encontrados foram
relacionados a estabilidade respiratória (dessaturação, taquipneia e desconforto
respiratório), que aparecem em 3 artigos. Porém todos os eventos adversos que
ocorreram representaram uma parte muito pequena da amostra em todos os estudos.
(Lee, 2015; Pohlman,2010; Dong, 2014; Collings, 2015)
4- CONCLUSÃO
A partir desta revisão, foi verificado que os critérios de segurança devem ser
observados antes de iniciar a mobilização de pacientes críticos, tais como parâmetros
respiratórios e circulatórios, pois isso proporciona a menor incidência de eventos
adversos as atividades. Que a estabilidade hemodinâmica é o critério de segurança mais
utilizado para determinar a mobilização dos pacientes.
Analisando os artigos foi constatado que é possível mobilizar o paciente de forma
segura e sem intercorrências graves. Porém, existe ainda a necessidade de se realizar
mais estudos acerca do tema abordado.
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30 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
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32 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
REABILITAÇÃO PULMONAR EM PACIENTE DPOC-UM ESTUDO DE CASO
SIGNOR, NATALIA.M.1
RADAELLI, BEATRIZ.Z.H.2
¹ Acadêmica do Curso de Fisioterapia da faculdade de Pato Branco-FADEP
² Professor do Curso de Fisioterapia da faculdade de Pato Branco-FADEP
Endereço para correspondência: Rua Vicente Palotti; Bairro Frizon, 157; Cvv-PR
E-mail: [email protected]
RESUMO A DPOC classifica-se por obstrução irreversível das vias aéreas e diminuição da função pulmonar. Objetivo da pesquisa: Analisar os benefícios de um programa de reabilitação pulmonar em paciente com DPOC. Método: Compõe-se de uma pesquisa baseada em um estudo de caso, com abordagem qualitativa, efetuando atendimentos a domicílio. Resultados: Foi observado melhora significativa na qualidade de vida e dispnéia, não havendo resultados relevantes quanto às provas de função pulmonar. Conclusões: Conclui-se que a reabilitação pulmonar proporciona mais qualidade de vida e bem estar, porém não modificando significativamente a função pulmonar do paciente com DPOC. Palavras-chave: Exercícios físicos. DPOC. Reabilitação pulmonar.
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33 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
1- INTRODUÇÃO
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é considerada uma doença do
sistema respiratório, sendo possível prevenir e tratar a mesma, determinada por
obstrução crônica ao fluxo aéreo de forma irreversível. A DPOC caracteriza-se
principalmente pelo acometimento pulmonar e também por repercussões sistêmicas,
sendo classificada uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo e
dependências das atividades de vida diária (AVD’s) (RABE, Klaus F. et al., 2007; CELLI,
B.R. et al., 2004).
Nesse sentido, pacientes DPOC, apresentam diminuição na capacidade de
exercer alguma atividade física, principalmente em decorrência da presença de dispnéia
durante a realização de esforços físicos. Entretanto, apresentam maior
descondicionamento em consequência do sedentarismo, inflamação sistêmica e
alteração da musculatura nas extremidades. A elevada inatividade ocasiona maior
prevalência dos sintomas (MADOR, M. J. et al., 2001).
A reabilitação pulmonar (RP) apresenta-se de fundamental importância para o
tratamento de pacientes DPOC, aumentando sua independência, possibilitando a prática
de atividades físicas e consequentemente melhorando a qualidade de vida e a execução
das atividades de vida diária. Sendo assim, a reabilitação pulmonar constitui-se de forma
multidisciplinar, porém o treinamento físico resulta em inúmeros benéficos clínicos-
funcionais para o paciente DPOC (GOLDSTEIN, RS. et al., 1994).
Compreendem-se diversos objetivos advindos da realização da reabilitação
pulmonar, destacando principalmente a melhora da qualidade de vida, maior
independência do paciente para executar suas atividades físicas, sociais e seus lazeres,
diminuição dos sintomas e da perda funcional. Entretanto, esses objetivos podem ser
almejados através de exercícios físicos e propõem-se atender cada paciente
individualmente, atendendo a necessidade específica de cada indivíduo (RIES, Andrew
L. 1990).
O objetivo deste estudo foi analisar os benefícios de um programa de
reabilitação pulmonar em paciente com DPOC.
2- MATERIAIS E MÉTODOS
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34 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
Do ponto de vista da sua natureza, refere-se uma pesquisa aplicada, possuindo
como forma de abordagem do problema, do tipo qualitativa. Segundo Brevidelli e
Sertório (2010) a pesquisa qualitativa abrange estudos, avaliação e aplicação de
técnicas direcionadas ao sujeito abordado na pesquisa. Entretanto, aborda princípios
próprios, esclarecendo problemas de pesquisa que não são possíveis de forma
quantitativa.
Além disso, a amostra classifica-se em não probabilística, apresentando uma
pesquisa com objetivo exploratório e de acordo com os procedimentos técnicos possui
uma pesquisa de estudo de caso. No procedimento de coleta de dados a observação
verificou-se na forma sistemática, apresentando uma entrevista padronizada ou
estruturada e questionários abertos.
O estudo foi realizado efetuando atendimentos a domicílio, três vezes por
semana, totalizando 32 sessões, com duração de 50 minutos. Entretanto, visou-se
realizar atividades físicas em um paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica
(DPOC) severa, abordando exercícios de alongamentos, fortalecimentos, caminhadas e
subir e descer lances de escadas, colocando em prática o objetivo da pesquisa.
A coleta de dados foi efetuada através de anamnese, questionário de qualidade
de vida (Questionário do Hospital Saint George na Doença Respiratória (SGRQ), Teste
de Avaliação do DPOC (CAT), Medida de Independência Funcional (MIF), Escala de
Dispnéia do Medical Research Council (MRC) e as provas de função pulmonar
(espirometria, peak flow-pico de fluxo expiratório e manovacumetria), não apresentando
riscos para o paciente.
A análise de dados foi realizada no primeiro e último atendimento, como forma
comparativa e avaliativa, através do espirômetro (VEF1 e CVF) que avalia a função
pulmonar, do peak flow que verifica o grau de obstrução dos brônquios e da força dos
músculos inspiratórios e expiratórios através do manovacuômetro (PIMAX e PEMAX). A
qualidade de vida foi avaliada através do questionário (SGRQ) e da avaliação de
independência funcional por meio da escala de MIF.
O presente estudo respeita todos os aspectos éticos e científicos apresentados
na resolução 466, de 12 de dezembro de 2012, sendo que a coleta de dados será
realizada somente após a aprovação do Projeto de Pesquisa pelo Comitê de Ética em
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35 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
Pesquisa, da autorização das Instituições privadas de saúde e assinatura dos Termos de
Consentimento Livre e Esclarecido em duas vias, sendo que uma via permanecerá com
o participante e a outra com os pesquisadores, assim como as assinaturas nos termos
de Compromisso para uso de dados em arquivos e Confidencialidade.
3- RESULTADOS E DISCUSSÃO
O presente estudo foi realizado com uma paciente, sexo feminino, com
diagnóstico médico de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) severa, 73 anos de
idade, pesando 33 kg e com 1,47 cm de altura.
A qualidade de vida foi avaliada através do questionário do Hospital Saint
George na Doença Respiratória (SGRQ), apresentando significativa melhora na
reavaliação da paciente. No estudo de Paulin et al. verificaram melhora nos resultados
do questionário St. George’s Respiratory Questionnaire (SGRQ), aos pacientes
submetidos ao programa de reabilitação pulmonar. A GOLD salienta que o aumento da
qualidade de vida dos pacientes com DPOC caracteriza-se um dos principais objetivos
dos PRP.
No entanto, também no estudo de Beckerman e colaboradores, verificou-se
melhora na qualidade de vida, sendo avaliada com o auxílio do St. George’s Respiratory
Questionnaire para avaliar este item.
Entretanto, também foi realizado o teste de Avaliação do DPOC (CAT),
alcançando na avaliação uma pontuação de 24 pontos e na reavaliação uma pontuação
de 18 pontos, indicando na avaliação segundo a classificação do (CAT) impacto alto e
posteriormente a realização de um programa de reabilitação pulmonar impacto médio.
Spruit et al. em seu estudo a pontuação do CAT, foi representada por 61% de variação
nos pacientes inseridos em um programa de reabilitação pulmonar.
Na avaliação da independência funcional, através da escala (MIF), obteve-se na
primeira avaliação a pontuação de 122 pontos e depois na reavaliação de 124 pontos,
observando-se aumento de dois pontos na medida de independência funcional. Segundo
Pasqua et al. analisaram pacientes com DPOC através da MIF, no hospital após a
exacerbação aguda e posteriormente a programa de reabilitação pulmonar. Verificaram
melhora relevante na MIF total, em diferenciados elementos, como autocuidado e a
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36 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
locomoção. Entretanto, os benefícios posteriormente à reabilitação pulmonar,
caracteriza-se por redução da dispnéia, aumento da capacidade para o exercício e
melhor qualidade de vida.
Na Escala de Dispnéia do Medical Research Council (MRC), na avalição
paciente apresentou dispnéia grau 4, em contra partida na reavaliação apresentou grau
2, verificando diminuição sensivelmente de dois graus segundo (MRC). Costa e
colaboradores demonstraram em um dos estudos executados, 57% dos pacientes
tiveram melhora na sensação de dispnéia através da escala Medical Research Council
(MRC), após submetidos a um programa de reabilitação pulmonar.
No estudo de Araújo et al. nota-se melhora relevante do estado de
independência funcional do paciente, diminuição da dispnéia e da chance de
mortalidade em pacientes DPOC e após 24 sessões de reabilitação pulmonar.
ESPIROMETRIA
Avaliação 09/05/18
Valor considerado Valor previsto % do previsto
VEF1 0,54 litros 1,65 litros 32,66%
CVF 1,57 litros 2,20 litros 71,33%
Reavaliação 18/07/18
Valor considerado Valor previsto % do previsto
VEF1 0,42 litros 1,65 litros 25,40%
CVF 0,62 litros 2,20 litros 28,17%
Na realização da espirometria paciente apresentou na avaliação para VEF1 o
valor considerado de 0,54 litros, valor previsto 1,65 litros e a % do previsto 32,66%, no
entanto, na reavaliação para VEF1 apresentou o valor considerado de 0,42 litros, valor
previsto 1,65 litros e % do previsto 25,40%, indicando redução nos valores avaliados
após programa de reabilitação pulmonar, classificando-se em distúrbio obstrutivo, % do
previsto abaixo de 80%. Para CVF na avaliação paciente apresentou para valor
considerado 1,57 litros, valor previsto 2,20 litros e a % do previsto 71,33%, em contra
partida na reavaliação para CVF apresentou o valor considerado de 0,62 litros, valor
previsto 2,20 litros e a % do previsto 28,17%, indicando diminuição nos valores,
resultando em distúrbio restritivo, % do previsto abaixo de 80%.
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37 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
De acordo com o estudo de Troosters et al. os exercícios físicos não são
capazes de modificar a função pulmonar, visto que a diminuição da dispnéia e o
aumento da possibilidade de realizar exercícios são pontos positivos com a execução de
um programa de reabilitação pulmonar. Segundo o estudo de Seixas et al. não foi
observado um impacto direto na função pulmonar com a reabilitação. Isso se deve, por
não ter realizado exercícios respiratórios específicos ou treinamento muscular
respiratório, levando a ausência de modificação nos resultados espirométricos (VEF1 e
CVF).
Como mencionado no estudo de Squassoni et al. os pacientes sujeitos a
reabilitação pulmonar, submetidos ao teste de função pulmonar, não demostraram
melhoras no VEF1 após RP, não verificando ganho de função pulmonar.
Ressalta-se também no estudo de Paulin et al. que os programas de reabilitação
tradicionais, tem apresentado que o condicionamento físico aeróbio não altera a função
pulmonar, sendo descrito na literatura que a reabilitação pulmonar não promove
alteração na função pulmonar.
Wehrmeister et al. em seu estudo, verificou que os valores de VEF1 pré-
reabilitação foram melhores comparado aos valores pós-reabilitação, compreendendo
em consequência da progressão natural da doença, que favorece o declínio desse valor
referente a função pulmonar.
MANOVACUÔMETRO
Avaliação 09/05/18
Valor considerado Valor previsto % do previsto
Pimáx -40 cmH2O -74,73 cmH2O -53,53%
Pemáx 50 cmH2O 70,44 cmH2O 70,98%
Reavaliação 18/07/18
Valor considerado Valor previsto % do previsto
Pimáx -40 cmH2O -74,73 cmH2O -53,53%
Pemáx 70 cmH2O 70,44 cmH2O 99,38%
No teste para avaliar a força dos músculos inspiratórios e expiratórios, através
do manovacuômetro, na avaliação para Pimáx verificou-se para valor considerado -40
cmH2O, valor previsto -74,73 cmH2O e % do previsto -53,53%, contudo na reavaliação
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38 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
apresentou para Pimáx valor considerado de -40 cmH2O, valor previsto -74,73 cmH2O e
% do previsto -53,53%, sendo que os valores mantiveram-se iguais tanto na avaliação
quanto na reavaliação, verificando % do previsto abaixo de 80% e consequentemente
fraqueza muscular inspiratória. Ainda assim, na avaliação para Pemáx observou-se para
valor considerado 50 cmH2O, valor previsto 70,44 cmH2O e % do previsto 70,98%,
porém na reavaliação verificou-se para Pemáx valor considerado de 70 cmH2O, valor
previsto 70,44 cmH2O e % do previsto 99,38%, analisando aumento da Pemáx após
programa de reabilitação pulmonar, indicando na avaliação fraqueza muscular
expiratória e posteriormente na reavaliação a % do previsto foi superior a 80%, não
indicando fraqueza da musculatura expiratória.
De acordo com o estudo de Araújo et al. observou-se redução da PiMáx, no
momento da avaliação pré-tratamento, como verificado no estudo de Kunikoshita e col.
analisando redução da força muscular respiratória significativamente (PiMáx e PeMáx),
observando-se que pacientes com obstrução crônica, apresentando características
moderadas e graves, demonstram força muscular respiratória reduzida. No entanto,
após o tratamento a força muscular melhorou, proporcionando redução da dispnéia,
como abordado no estudo de Kunikoshita e col. e Ribeiro e col. Segundo o estudo de
Aquino et al. ressalta-se que pacientes com DPOC apresentam fraqueza muscular
generalizada em consequência de distúrbios eletrolíticos, hipoxemia, hipercapnia,
descompensação cardíaca e perda de peso relacionada à perda muscular. Portanto,
neste estudo, observa-se a ausência de alteração no valor da PiMáx, pois como citado
no estudo de Schols et al. e Ottenheijm et al. a hiperinsuflação pulmonar, presente nos
pacientes com DPOC, gera uma desvantagem mecânica para a musculatura
respiratória, proporcionando à retificação e encurtamento do diafragma e
consequentemente modificações celulares e moleculares responsáveis por alterações
no comprimento de suas fibras, favorecendo diminuição na sua força.
PEAK FLOW-PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO
Avaliação 09/05/18
Valor realizado Valor previsto normal
80 l/min 287 l/min
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39 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
Reavaliação 18/07/18
Valor realizado Valor previsto normal
100 l/min 287 l/min
No teste do Peak Flow-pico de fluxo expiratório, observa-se na avaliação valor
realizado de 80 l/min e na reavaliação valor realizado de 100 l/min, indicando como valor
previsto normal de 287 l/min, apresentando aumento após programa de reabilitação
pulmonar de 20 l/min, classificando-se tanto na avaliação quanto na reavaliação severo
grau de obstrução brônquica.
No estudo de Dourado et al. e Coelho et al. aborda-se sobre os problemas que
levam a piora da qualidade de vida dos pacientes com DPOC, citando-se a limitação do
fluxo aéreo, intensidade da dispnéia e o comprometimento da musculatura esquelética.
No entanto, costuma-se avaliar a qualidade de vida e a capacidade de exercício para
verificar a melhora alcançada através de programas de reabilitação pulmonar, uma vez
que o grau de obstrução do fluxo aéreo não sofre alteração através de programas de
reabilitação. Porém neste estudo realizado, observa-se uma melhora no grau de
obstrução brônquica, no entanto, sem alterações significativas.
4- CONCLUSÃO
Com a realização deste estudo, conclui-se que a reabilitação pulmonar
apresenta benefícios significativos quanto à qualidade de vida, independência funcional
e dispnéia para pacientes com DPOC. No entanto, com a realização de um programa de
reabilitação pulmonar, observaram-se alterações positivas, porém não apresentando
aumento elevado quanto à força muscular expiratória e para grau de obstrução
brônquica, e em contra partida não demonstrando valores relevantes e superiores para
força muscular inspiratória e função pulmonar. Entretanto, vale ressaltar, que o objetivo
principal com esses pacientes é proporcionar mais qualidade de vida e bem estar.
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40 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
REFERÊNCIAS AQUINO, E. et al. Correlação entre a composição corporal e força, resistência da musculatura respiratória e capacidade de exercício em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.17, n.1, p.58-62, jan/mar. 2010. ARAÚJO, Cintia. et al. Reabilitação pulmonar em longo prazo na doença pulmonar obstrutiva crônica. ABCS Health Sci. 2014; 39(1):56-60. ARAÚJO, Juliana. et al. Dois protocolos distintos de reabilitação pulmonar em pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica. Relato de casos e revisão de literatura. Rev Bras Clin Med. São Paulo, 2012 jan-fev;10(1):87-90. BECKERMAN M, Magadle R, Weiner M, Weiner P. Os efeitos de 1 ano de treinamento muscular inspiratório específico em pacientes com DPOC. Peito. 2005; 128 (5): 3177-82. BREVIDELLI, M.M. SERTORIO, S.C.M. TCC- Trabalho de conclusão de curso: guia pratico para docentes e alunos da área de saúde, 4 ed, São Paulo: Iátria, 2010. CELLI, Bartolome R. et al. Padrões para o diagnóstico e tratamento de pacientes com DPOC: um resumo do documento de posição da ATS / ERS. European Respiratory Journal , v. 23, n. 6, p. 932-946, 2004. COELHO CES, Marques AMB, Cavalheiro LV. Efeito do treinamento sobre a endurance e qualidade de vida em pacientes portadores de DPOC. Reabilitar. 2004; 25(6): 4-8. COSTA CC da, Canterle DB, Júnior PRC, Lermen C, Colombo C, Souza RM. As repercussões de uma reabilitação pulmonar do nível de atividade física em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. 2012; 4 (51). DOURADO VZ, Antunes OCL, Carvalho RL, Godoy I. Influência de características gerais na qualidade de vida de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. J Bras Pneumol. 2004; 30(3): 207-214. GOLDSTEIN, RS et al. Ensaio controlado randomizado de reabilitação respiratória. The Lancet , v. 344, n. 8934, p. 1394-1397, 1994.
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43 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
FISIOTERAPIA GERAL
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44 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
EFICÁCIA DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NAS PATOLOGIAS QUE
ACOMETEM A COLUNA LOMBAR: UM ESTUDO DE CASO
DALLA LIBERA, Jaqueline¹; FRIZON, Camila¹; GUEDES, Ian Sandri¹; HEINZEN,
Cleiton¹; PERIPOLLI, Clarice Maria2; RUBIN, Nadyne2 .
1.Discentes da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-URI,
Departamento de Ciências da Saúde, Frederico Westphalen RS, Brasil
2.Docentes da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-URI,
Departamento de Ciências da Saúde, Frederico Westphalen RS, Brasil
Endereço para correspondência:
Rua Assis Brasil, 709 - Itapajé
Frederico Westphalen - RS, 98400-000
E-mail: [email protected]
RESUMO
Introdução: Alterações na coluna vertebral podem ocorrer devido ao envelhecimento, sedentarismo e esforço excessivos das estruturas. A lombalgia- condição dolorosa da coluna lombar e incapacitante, podendo ser sintoma de hérnia de disco e escoliose lombar. Objetivo: Analisar os resultados acerca de um programa de intervenção fisioterapêutica (estudo de caso) na hérnia de disco e na escoliose lombar. Métodos: Paciente gênero feminino, 55 anos, com queixa de dor lombar. Tratamento desenvolvido após avaliação, contendo exercícios de alongamento, fortalecimento, estabilização segmentar. Resultados: Melhora no quadro álgico, realinhamento de estruturas observado através da análise postural, promovendo maior suporte e estabilidade na coluna lombar. Palavras- chave: Deslocamento do Disco Intervertebral. Dor Lombar. Escoliose.
Fisioterapia. Coluna Vertebral.
1- Introdução
As alterações na coluna vertebral são comuns, podendo ocorrer devido ao
envelhecimento, sedentarismo e esforço excessivo, ou causadas pelo trabalho,
ocasionando maior desgaste e estresse das estruturas vertebrais. (FERREIRA;
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45 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
MARTINS; CAVALCANTI, 2016). Os músculos são as estruturas que possuem a função
de proteger e estabilizara coluna vertebral, em muitos casos, os mesmos encontram-se
comprometidos pela fraqueza, o que pode ocasionar instabilidade vertebral,
desequilíbrio muscular e algias. (OLIVEIRA; BRAZ, 2012).
A coluna lombar exerce função importante para acomodação de cargas devido
ao peso corporal, da ação muscular e das forças usadas externamente, devendo ser
forte e rígida para manter as relações anatômicas intervertebrais e proteger os
elementos neurais, em contraposição, deve ser flexível o suficiente para permitir a
mobilidade articular. A lombalgia é uma condição dolorosa da coluna vertebral lombar,
onde é classificada como uma causa frequente de incapacidade funcional, sendo uma
das disfunções musculoesqueléticas mais comuns da atualidade. (FERREIRA;
MARTINS; CAVALCANTI, 2016).
Segundo Vialle e colaboradores, a hérnia de disco lombar é o diagnóstico
comumente encontrado dentre as alterações degenerativas da coluna lombar (acomete
2 a 3 por cento da população), e seu quadro clínico tem como característica a lombalgia
inicial, seguida de lombociatalgia e, posteriormente, dor ciática irradiada para os
membros inferiores. (VIALLE; VIALLE; HENAO; GIRALDO, 2010).
A escoliose é mais uma das patologias que podem acometer a coluna lombar,
sendo normalmente assintomática e despercebida pelos indivíduos. A maioria não causa
dor e nem interfere na realização de atividades cotidianas. Contudo, na idade adulta as
curvas de maior tamanho se associam a um aumento de queixas dolorosas. (TURRA,
2015).
A Fisioterapia contribui para a promoção e prevenção da saúde, e na
reabilitação depatologias e distúrbios musculoesqueléticos. Quanto à reabilitação de um
indivíduo, o tratamento fisioterapêutico é essencial. Dispondo de diversos recursos que
intervêm de forma direta sobre a dor, incapacidade e qualidade de vida. (ALVES; LIMA;
GUIMARÃES, 2015).
O presente estudo de caso tem como objetivo analisar os resultados acerca de
um programa de intervenção fisioterapêutica, na hérnia de disco e na escoliose lombar
de um indivíduo .
2- Materiais e Métodos
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46 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
Este estudo é sobre paciente, gênero feminino, 55 anos, branca, dona de casa,
cuidadora de idoso, residente numa cidade do Médio Alto Uruguai, apresentando
diagnóstico médico de Escoliose Lombar idiopática e Hérnia Discal póstero foraminal em
L5-S1, referindo dor lombar crônica e incapacitante. Foi oferecido o trabalho da
fisioterapia à comunidade de Frederico Westphalen, RS, para que os alunos do sétimo
semestre do curso de Fisioterapia da URI-FW realizassem as práticas da Disciplina de
Fisioterapia nas Disfunções Musculoesqueléticas, recebendo atendimento 2 vezes por
semana, durante um período de 3 meses, totalizando 17 sessões de sessenta minutos,
entre os meses de Abril a Junho do ano de 2018,contando com uma sessão inicial de
avaliação e uma final de reavaliação e orientações domiciliares.
Inicialmente foi realizado um questionário específico para atendimentos da
disciplina de fisioterapia nas Disfunções Musculoesqueléticas na Clínica Escola de
Fisioterapia, contendo dados pessoais, profissão, diagnóstico médico, queixa principal,
história da doença, medicamentos, exame físico, teste de função muscular, goniometria,
testes específicos e avaliação postural. Como instrumentos avaliativos e testes
específicos, foram usados o Índice Oswestry 2.0 de Incapacidade, questionário de
Roland-Morris de Incapacidade, Escala Visual Analógica de Dor (EVA), Teste de
Lasègue, Goniometria e Teste de Função muscular.
Índice de Incapacidade Oswestry (OswestryDisability Index – ODI) é utilizado
para avaliação funcional da coluna lombar, incorporando medidas de dor e atividade
física. (VIGATTO; ALEXANDRE; CORREA FILHO, 2007). A escala visual analógica de
dor (EVA), é um instrumento importante para verificar a evolução do paciente durante o
tratamento e mesmo a cada atendimento, de maneira mais fidedigna que avalia
intensidade da dor quantitativamente no momento. (JENSEN; KAROLY; BRAVER,
1986).
Roland - Morris avalia incapacidade funcional dos doentes com lombalgia nas
suas atividades, também chamado de Roland Morris Disability Questionnaire (RMDQ) ou
Questionário de Roland-Morris de Incapacidade, foi utilizado para comparar e avaliar o
tratamento e a evolução do indivíduo. (MONTEIRO et al., 2010).
O Teste de Lasègue promove um alongamento neural provocativo sobre os
ramos nervosos que compõem o nervo ciático (L5, S1 e S2), já que, a Hérnia Discal
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47 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
Lombar pode causar tensão no nervo ciático, gerando dor irradiada. (FERNANDEZ et
al., 2012).
Os testes de função muscular baseia-se na escala de seis níveis (var