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Um assunto grave que nos requer especial atenção “O Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade, a caridade da sua própria divulgação.” ( Emmanuel ) No mês de julho, os associados do Clube do Livro Espírita de Franca terão à sua disposição as obras cujas estampas aparecem abaixo. Veja também considerações analíticas sobre obras distribui- das, na pág. 6 deste Boletim. Clube do Livro Espírita de Franca Este Boletim, como devem fazê- lo todos os meios de divulgação dou- trinária, ocupará destacados espaços para o tratamento que merece o as- sunto transição planetária, posto que o homem, agente único e exclusivo a suportar o ônus da contribuição in- dispensável ao processo que tornará menos infeliz o seu próprio mundo, deve, por todos os meios possíveis, mover-se no sentido do cumprimen- to de tão elevado objetivo. Já o dissemos, mas voltamos a dizê-lo, há milênios, a sociedade hu- mana sabe que se submete a movi- mentação inexorável e reformadora, com tempo de sobra para qualquer providência no sentido de se direcio- nar no rumo das mudanças indispen- sáveis á sua harmonização com as Leis Divinas. Aqueles que se deixam incomo- dar pela necessidade de buscar solu- ções para as aflições que decorrem de causas clamorosas, sabem, per- feitamente, que somos nós mesmos os criadores de motivos para nossa própria desdita. A ninguém é dado um deles atraindo-o de maneira confortável e até aprazível, chama- do curiosidade, a descortinar-lhe a realidade universal, as leis que lhe regem o curso evolutivo, posto que a ninguém que conhece é dado re- cusar progredir; o outro, tristemente doloroso, denominado sofrimento, que, não atraindo, empurra, des- confortavelmente, cuidando apenas da regeneração, sem outorgar ao Espírito o passo adiante, o avanço desejado. Outro prometido meio de nos esclarecermos quanto às implica- ções próprias da transição do nosso mundo encontra-se no livro Transi- ção planetária, trabalho revelador e analítico do autor espiritual Manoel Philomeno de Miranda, pela psico- grafia de Divaldo Pereira Franco, ao qual segue, agora, outra obra dos mesmos autor e médium, dan- do continuidade ao assunto de que trata o primeiro, porém, de modo a intensificar a provocação, no ho- mem ainda descuidado, da neces- sária atenção para a gravidade da inevitável transformação. Vê-se que são fontes informati- vas e esclarecedoras, como que de- sejando, caridosamente, deixar bem claro que aqueles que recalcitrarem no mal, diante do novo estágio mo- ral da Terra, e por força da lei de afinidade, ou sintonia vibratória, hão de ser atraídos para mundos de maiores sofrimentos, cuja frequên- cia vibracional lhes corresponderá, justamente, ao nível de moralidade. Eis aí ao que se refere o alerta de Jesus: “Os bons herdarão a Terra”. ignorar as preocupantes previsões apocalípticas constantes do Evange- lho de João, bem assim das adver- tências contidas na obra base do Es- piritismo, na questão número 1018. O Espírito São Luiz, ao responder que o reino do bem poderá, sim, ter lugar sobre a Terra, tece o que seria um laudo pericial do condiciona- mento causal das nossas dores e afli- ções, tanto quanto representa uma antevisão do processo reformador ao qual já se submete a Humanidade terrestre. Se bem nos lembramos, Espíritos de escol, como o Dr. Bezerra de Me- nezes, em, ao menos, duas oportuni- dades, uma no ano de 2009, outra em 2010, transmitiu à Terra duas men- sagens carregadas de informações valorosas que, ao mesmo tempo em que informavam sobre as mudanças em curso e em previsão, detalhavam os meios e condições pelos quais as mudanças se dariam. E, como o Espírito está ineluta- velmente submetido a dois fatores a lhe promover o progresso moral, Transição planetária

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Um assunto grave que nos requer especial atenção

“O Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade, a caridade da sua própria divulgação.” ( Emmanuel )

No mês de julho, os associados do Clube do Livro Espírita de Franca terão à sua disposição as obras cujas estampas aparecem abaixo.

Veja também considerações analíticas sobre obras distribui-das, na pág. 6 deste Boletim.

Clube do Livro Espírita de Franca

Este Boletim, como devem fazê-lo todos os meios de divulgação dou-trinária, ocupará destacados espaços para o tratamento que merece o as-sunto transição planetária, posto que o homem, agente único e exclusivo a suportar o ônus da contribuição in-dispensável ao processo que tornará menos infeliz o seu próprio mundo, deve, por todos os meios possíveis, mover-se no sentido do cumprimen-to de tão elevado objetivo.

Já o dissemos, mas voltamos a dizê-lo, há milênios, a sociedade hu-mana sabe que se submete a movi-mentação inexorável e reformadora, com tempo de sobra para qualquer providência no sentido de se direcio-nar no rumo das mudanças indispen-sáveis á sua harmonização com as Leis Divinas.

Aqueles que se deixam incomo-dar pela necessidade de buscar solu-ções para as aflições que decorrem de causas clamorosas, sabem, per-feitamente, que somos nós mesmos os criadores de motivos para nossa própria desdita. A ninguém é dado

um deles atraindo-o de maneira confortável e até aprazível, chama-do curiosidade, a descortinar-lhe a realidade universal, as leis que lhe regem o curso evolutivo, posto que a ninguém que conhece é dado re-cusar progredir; o outro, tristemente doloroso, denominado sofrimento, que, não atraindo, empurra, des-confortavelmente, cuidando apenas da regeneração, sem outorgar ao Espírito o passo adiante, o avanço desejado.

Outro prometido meio de nos esclarecermos quanto às implica-ções próprias da transição do nosso mundo encontra-se no livro Transi-ção planetária, trabalho revelador e analítico do autor espiritual Manoel Philomeno de Miranda, pela psico-grafia de Divaldo Pereira Franco,

ao qual segue, agora, outra obra dos mesmos autor e médium, dan-do continuidade ao assunto de que trata o primeiro, porém, de modo a intensificar a provocação, no ho-mem ainda descuidado, da neces-sária atenção para a gravidade da inevitável transformação.

Vê-se que são fontes informati-vas e esclarecedoras, como que de-sejando, caridosamente, deixar bem claro que aqueles que recalcitrarem no mal, diante do novo estágio mo-ral da Terra, e por força da lei de afinidade, ou sintonia vibratória, hão de ser atraídos para mundos de maiores sofrimentos, cuja frequên-cia vibracional lhes corresponderá, justamente, ao nível de moralidade.

Eis aí ao que se refere o alerta de Jesus: “Os bons herdarão a Terra”.

ignorar as preocupantes previsões apocalípticas constantes do Evange-lho de João, bem assim das adver-tências contidas na obra base do Es-piritismo, na questão número 1018. O Espírito São Luiz, ao responder que o reino do bem poderá, sim, ter lugar sobre a Terra, tece o que seria um laudo pericial do condiciona-mento causal das nossas dores e afli-ções, tanto quanto representa uma antevisão do processo reformador ao qual já se submete a Humanidade terrestre.

Se bem nos lembramos, Espíritos de escol, como o Dr. Bezerra de Me-nezes, em, ao menos, duas oportuni-dades, uma no ano de 2009, outra em 2010, transmitiu à Terra duas men-sagens carregadas de informações valorosas que, ao mesmo tempo em que informavam sobre as mudanças em curso e em previsão, detalhavam os meios e condições pelos quais as mudanças se dariam.

E, como o Espírito está ineluta-velmente submetido a dois fatores a lhe promover o progresso moral,

Transição planetária

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Não é raro verem-se constru-ções que, enquanto em andamento obrigam a desconfortáveis desvios do trânsito nas vias públicas e até o impedimento temporário de acesso a locais importantes. São igualmen-te comuns aqueles conhecidos casos particulares nos quais pessoas ou famílias se abstêm temporariamen-te do conforto e da segurança, para promover edificações ou reformas in-dispensáveis. São obras que, à custa de sérios transtornos, beneficiam as pessoas ou as sociedades que as re-alizam e as merecem, mas, sobretu-do, projetam seus benefícios para os futuros reencarnantes, merecedores de usufruírem de tais espaços e suas benfeitorias. No âmbito da Infinitude, significa uma sucessão constante de conquistadores de lugares antes ocu-pados por quem lhes estão à diantei-ra, que, por sua vez, guindaram-se a posições mais confortáveis.

Considere-se a comparação com uma comunidade que, atingida por algum tipo de abalo moral ou físico – uma epidemia dizimadora, ou uma devastadora catástrofe, por exemplo –, se promove moralmente, por for-ça do abalo sofrido, reencarnando em regiões mais avançadas. No lugar em que ela se encontrava encarnam ou-tros Espíritos que, por sua vez, vie-ram de níveis de moralidade ainda mais inferiores.

O intertítulo “Povos Degenera-dos” do Capítulo VIII (“Lei do Pro-gresso”), da obra basilar do Espiritis-mo, questões 786 e seguintes, trata do tema degeneração dos povos, levan-

do em conta os casos aparentes ve-rificáveis à época, e que, ainda hoje, conquanto mais raros, ocorrem em meios pouco adiantados. A história nos mostra uma multidão de povos que, depois dos abalos que os agi-taram, caíram na barbárie; onde está, nesse caso, o progresso? A esta pergunta, os Espíritos codifi-cadores responde-ram: “Quando tua casa ameaça ruir, tu a derruba para reconstruir de maneira mais sólida e mais cômoda, mas até que ela esteja reconstruída, há perturbação e confu-são em tua residência. Compreende ainda isto: eras pobre e habitavas um casebre, porém, tornando-te rico o trocaste para habitar um palácio. En-

tão, um pobre diabo, como tu o eras, vem tomar teu lugar no casebre e está muito contente, porque, antes disso, não tinha abrigo. Pois bem!, apren-de, pois, que os Espíritos que estão

encarnados, nesse povo degenerado, não são aqueles que o compuse-ram ao tempo do seu esplendor. Os de então, que avançaram, foram para habitações mais perfeitas e progrediram, en-quanto que outros

menos avançados tomaram seu lugar, que, a seu turno, trocarão.” O que, em outras palavras, estariam dizendo: todos os povos estão em processo de evolução. Uns adiantam e mudam-se de regiões, assumindo posições entre populações mais avançadas, enquan-

to outros, inferiores, tomam-lhes o lugar, mas, também estes, um dia evoluirão, guindando-se a posições mais elevadas, cedendo a Espíritos que se lhe acham à retaguarda o lugar que antes ocupavam, e assim infini-tamente.

Infere-se de tais asserções que, não retrogradando os Espíritos, o que parecia tratar-se de povos que, após serem agitados por grandes abalos, morais ou físicos, teriam recaído na barbárie, são, na verdade, Espíritos inferiores que vieram a reencarnar no mesmo espaço antes ocupados por aqueles.

Adiantamos, por interessante, que àquela indagação de Kardec, sobre-veio outra que nos afasta qualquer dú-vida quanto a uma realidade que nos é imperceptível à observação, qual a da sucessão, através das reencarnações, de sociedades que experienciam num mesmo país, num mesmo Estado, ou numa mesma região. É o que veremos na próxima oportunidade.

As regiões do planeta menos com-prometidas com o passado delituoso e cujo grau de moralidade é mais eleva-do, nesse trânsito de mão única, por certo, hão de representar postos dos quais Espíritos virtuosos coordenarão a desejada transição planetária das sombras para a luz.

E, quem sabe uma dessas regiões não seja o Brasil, distinguido por um Espírito de escol com a designação “O coração do mundo, a pátria do Evangelho”

Povos degenerados

João Batista Vaz

Todos os povos estão em processo de evolução. Uns

adiantam e mudam-se de regiões, assumindo

posições entre populações mais avançadas, enquanto

outros, inferiores, tomam-lhes o lugar

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O convite para as bodas

dos. O rei, percorrendo o salão, notou que um deles não estava com a veste nupcial. Disse-lhe: “Amigo, como entraste aqui, não tendo vestido nup-cial?” Então disse o rei aos seus minis-tros: Atai-o de pés e mãos e lançai-o nas trevas exteriores: aí haverá choro e ran-ger de dentes. Por-que são muitos os chamados e poucos os escolhidos.” (Mateus, XXII: 1-4).

Por tratar-se de parábola, deve-se buscar seu verdadeiro sentido. Não há como aceitar o Deus que conhe-cemos, irado e tocando fogo na cida-de de seus convidados. Busquemos, pois, entender a alegoria. O Reino dos Céus, nesse caso, é comparado a uma festa de núpcias, onde tudo é alegria e felicidade. Os primeiros convidados para esse Reino foram os judeus. O primeiro povo a tomar conhecimento das Leis Divinas, através de Moisés. O servos enviados, foram os profe-tas. Muitos deles foram perseguidos e mortos. Os convidados que recu-saram os primeiros convites, não fo-ram outros senão aqueles que, até em nossos dias, se deixam envolver pelos

interesses mundanos, indiferentes aos valores espirituais.

Os judeus, por ser o único povo da antiguidade a cultuar o monoteís-mo publicamente, credenciaram-se a ser os primeiros a conhecer as Leis de Deus, através do Decálogo e, depois, com Jesus. Embora crendo num Deus único e negligen-

ciando a idolatria, mesmo assim, se apegaram à prática mais fácil do culto exterior.

Dominados pelos romanos, viram seu povo dividido em facções, ori-ginando inúmeras seitas, ensejando campo fértil para a incredulidade. É

nesse ambiente conflituoso que surge Jesus, convidando-os para “o banque-te da fé.” Embora a grandeza de seus ensinamentos, a beleza e encantamen-to de suas lições, as curas e os cha-mados milagres que realizou, mesmo assim, sabemos qual foi a resposta a seu convite. A maior responsabilida-de por essa recusa, segundo Kardec, “coube principalmente aos Fariseus e aos Saduceus, que puseram a nação a perder, os primeiros pelo seu orgulho e fanatismo, e os segundos pela sua incredulidade.” (ESE: XVIII, item 2).

Diante desse quadro, a convoca-ção estendeu-se a todas as nações, a pagãos e idólatras. Aceitando e fazen-do jus ao convite, participariam do banquete celestial. A túnica nupcial, o traje exigido para as Bodas, signi-fica vestir-se de pureza, preencher o Espírito de virtudes. Nesse pequeno, mas importante detalhe, a aquisição e uso desse traje, que nenhum Dior, Versace, ou mesmo a genial Made-moiselle Coco Chanel, seriam capa-zes de reproduzir, está a simbologia do duro combate que ainda temos que empreender conosco mesmos, para um dia gozarmos o direito inalienável de participar desse banquete celestial.

O Pai, misericordioso e bom, con-tinua a nos enviar seus mensageiros celestiais, conclamando-nos às Bodas de Seu Filho Amado. Sendo assim, antes de preocuparmos-nos com pres-ságios e maus agouros, prevendo o fi-nal do mundo, cuidemos de entender o convite divino, mesmo que sejam poucos os escolhidos.

O capítulo XVIII, d’O Evangelho Segundo o Espiritismo, aborda tema de notória atualidade, com a parábola “muitos os chamados e poucos os es-colhidos”. Atual, pois que se refere a assunto predominante no movimento espírita de nossos dias, qual seja, o momento de transição por que passa o nosso planeta.

Há, todavia, que se ter cautela ao abordá-lo, porquanto, podemos co-meter o mesmo exagero que ainda co-metem outras crenças, como as ame-aças a seus seguidores de condenação ou de não serem salvos, se não cum-prirem com os fundamentos de suas religiões. Que não prevaleça, entre nós, espíritas, a ideia de que temos de ser bons para não sermos exilados a um mundo inferior ao que habitamos. Que a nossa transformação moral se dê movida pelo conhecimento que haveremos de ter das verdades que advêm da Doutrina Cristã, convenci-dos de que esse é o caminho, e não pelo medo de sermos punidos com o expurgo. Não se corrige ou se educa pela estratégia do medo.

Em verdade, o mundo, em per-manente transição, vem evoluindo sempre e o objetivo da busca inces-sante do Espírito pela perfeição é a de alcançar o Reino dos Céus. Essa a grande motivação para a nossa luta diária. E o Reino dos Céus, na Pará-bola da Festa de Núpcias, se asseme-lha ao expediente adotado pelo rei que promoveu as bodas de seu filho, mandando seus servos a chamar os primeiros convidados, que não quise-ram comparecer. Enviou-os de novo, ordenando-lhes que avisassem que o banquete já estava preparado, que viessem às bodas. Mais uma vez, des-prezaram o convite, preferindo suas casas de campo e seus negócios. Ou-tros, ainda, cometeram o absurdo de ultrajarem e matarem os portadores dos convites. O rei, então, irado, aca-bou com os homicidas e pôs fogo na sua cidade. Considerou que os con-vidados não foram dignos, e pediu aos servos que saíssem às ruas e con-clamassem a todos às bodas, maus e bons. E a sala encheu-se de convida-

Euripedes B. Carvalho

Em verdade, o mundo, em permanente transição, vem evoluindo sempre e o objetivo da busca in-

cessante do Espírito pela perfeição é a de alcançar o

Reino dos Céus

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podia perder e me perdi totalmente quando, num ato de desespero, me suicidei. Lembro-me, como se fosse

hoje, ago-ra, de que eu mergu-lhei numa p i s c i n a de lama e lá fiquei, no fundo, anos. Mui-tos anos no fundo da lama, recriando meu últi-mo ato na Terra.

O u v i a o choro dos meus

pais, mas nunca mais ouvi o aplau-so dos meus “fãs”, de quem jamais recebi uma única prece. Eles me esqueceram, mas eu custei a me es-quecer deles. Nunca me lembrei de-les com ódio ou revolta porque eu colhi o que um dia havia plantado.

Lembrei-me de Deus nas letras de uma prece antiga que minha avó na Terra fazia para mim, quando eu ainda era um bebê. Então, só assim,

eu vi uma luz passar pela piscina de lama e dois espíritos de luz me res-gataram. Eu fui nadando com mui-ta dificuldade, porque eu só havia aprendido a nadar e os espíritos me puxaram, voando para cima.

E foi assim que eu consegui vir com eles para este hospital socorrista, onde ainda me encontro, escrevendo de longe para todos.

Não posso ainda chegar perto da “carteira”, mas ela me escuta pela in-tuição através da minha avó que está entre nós. Um dia, diz vovó, eu pode-rei ir pessoalmente dizer a todos que medalhas por aqui não valem nada. A única coisa que vale por aqui é o bem praticado entre aqueles que precisam, mas eu chegarei lá.

Quando vocês virem alguém na Terra recebendo uma medalha, orem por ele (ou ela) para que possa mere-cer a medalha da caridade aqui tam-bém. Que possa vencer-se a si mesmo e vencer no amor para ter uma glória completa, e não meia e passageira glória, como aconteceu comigo.

Mensagem recebida pela médium Odila Mendonça, em 08.11.2011Grupo Espírita Olavo rodrigues

Quando o meu tempo de brilho esvaiu-se, porque meu físico já estava cansado, eu não suportei a possibilidade da derrota. (...) Parti para as

drogas...

Almas tristes da Terra, almas cansadasNo casulo da sombra merencória,Que sonhais a Beleza, o Amor e a GlóriaDas sublimes esferas estreladas...

Almas que padeceis acorrentadasAos tormentos da carne transitória,Falenas presas à sinistra escóriaDas aflições de todas as estradas!...

Aves de luz no lodo miserando,Desatai vossas lágrimas cantando, Sob as rudes algemas da ansiedade!

Louvai a angústia que vos dilacera,Que a santa liberdade vos esperaNas azuis amplidões da Imensidade...

Hino de Fé

O canto da poesia

Cruz e Souza

Tanto medo há na Terra quanto or-gulho no meu coração. Sim, eu fui um grande atleta da natação. Desde peque-no eu demonstrei a aptidão de nadador nato. Meus pais, quando perceberam isso, podiam me incentivar e puseram tudo o que tinham de bom para me apoiar.

Eu tinha tudo para ser um grande atleta. Mas o que meus pais percebe-ram é que eu não tinha tudo para ser um grande homem. Logicamente, eu sina-lizei para eles desde criança as minhas más tendências no sentido espiritual, mas, assim como eu, eles não enxerga-ram esse meu lado e pareciam apenas me empurrar para a água das piscinas olímpicas.

Nós três passamos por cima da edu-cação religiosa porque eu não tinha tempo para isso e eu também não queria nada além da glória dos vencedores.

Mergulho na lama!

E foi assim que virei um herói nacional e um perdedor de mim mesmo. Com a fama, meu lado obs-ceno to-mou conta de mim e passei a aproveitar o dinheiro e o suces-so ape-nas para s a t i s f a -zer meus p raze res m u n d a -nos.

Quan-do o meu t e m p o de brilho esvaiu-se, porque meu físico já estava cansado, eu não suportei a possibilidade da derrota. Eu não queria passar meu primeiro lugar a ninguém, o que é muito natural acontecer. Parti para as drogas para continuar ganhando e ganhando além das minhas forças.

Um dia, porém, numa competi-ção, eu fui sorteado para o antidoping e não passei. Fui expulso, sem direi-to a nunca mais competir. Eu não

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Clube do Livro Espírita de Franca

Falsas alegações

O caso do Espírito perturbado que sentiu aproximação de Jesus, rece-bendo-lhe a presença com furiosas indagações, apresenta muitos aspec-tos dignos de estudo.

A circunstância de suplicar ao Di-vino Mestre que não o atormentasse requer muita atenção por parte dos

Aprendendo com Emmanuel

discípulos sinceros.Quem poderá supor o Cristo ca-

paz de infligir tormentos a quem quer que seja? E, no caso, trata-se de uma entidade ignorante e perversa que, nos íntimos desvarios, muito já pa-decia por si mesma. A vizinhança do Mestre, contudo, trazia-lhe claridade suficiente para contemplar o martírio da própria consciência, atolada num pântano de crimes e defecções tene-brosas. A luz castigava-lhe as trevas interiores e revelava-lhe a nudez do-lorosa e digna de comiseração.

O quadro é muito significativo para quantos fogem das verdades re-ligiosas da vida, categorizando-lhe o conteúdo à conta de amargo elixir de angústia e sofrimento. Esses espíritos indiferentes e gozadores costumam afirmar que os serviços da fé alagam o caminho de lágrimas, enevoando o coração.

Tais afirmativas, no entanto, de-nunciam-nos. Em maior ou menor escala, são companheiros do irmão infeliz que acusava Jesus por ministro de tormentos.

Livro: Pão Nosso, Emmanuel, psicogra-fia de Chico Xavier.

“Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me ator-

mentes.” – Lucas, 8:28.

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MINHA IMAGEM – Romance de autoria do espírito Schellida, através da psicografia de Eliana Machado Coelho. Conta a trajetória de Vanessa, jo-vem criada em área rural; que se muda para a capital para estudar e reencontra irmãos do passado. Estes relacionamentos se desdobram em situações que tra-tam de diversas questões relativas à vida do espírito imortal.

O PROCESSO – Romance espírita de autoria do renomado autor espiritual J. W. Rochester, pela via mediúnica da médium Arandi Gomes Teixeira. O Per-sonagem Juan Gadelha não encontra justificativa para os insucessos e acusações que lhe rasgam a alma; ape-sar de tudo não se queixa. Seu passado na França do Século 18 tem a resposta para a situação atual, quan-do, egocêntrico e arrogante, chegou a Paris.

DIVERSIDADE DOS CARISMAS – O reno-mado pesquisador e escritor espírita Herminio C. Miran-da trata de questões teóricas e práticas da mediunidade, adotando um modelo em que aspectos teóricos ficam em-butidos em narrativas e depoimentos pessoais. Indicado para trabalhadores e dirigentes de reuniões doutrinárias e mediúnicas. Excelente obra. Altamente recomendada.

O LIVRO DA PRECE – De autoria do exce-lente pesquisador das questões doutrinárias L. Palhano Jr., este estudo comprova a eficácia da prece e seu meca-nismo de ação. Apresenta sugestões de como tornar mais eficazes as nossas petições, propiciando uma maior com-preensão do poderoso alcance da oração. Obra de grande valia para dirigentes espíritas e todos os estudiosos.

ESPIRITISMO DE A a Z – Obra de autoria do saudoso e estimado Dr. Cleomar Borges de Oliveira, or-ganizada por seu filho, Ivo Indiano de Oliveira. Resga-ta crônicas escritas em mais de trinta anos, abordando, com sensibilidade e visão doutrinária, variados temas relevantes nos inter-relacionamentos sociais. Indicado para os interessados em temas atuais analisados sob a ótica espírita.

DIVALDO FRANCO RESPONDE - VOL. 2 – Nesta obra organizada por Cláudia Saegusa, o médium e orador baiano Divaldo P. Franco, responde a diversas questões de maneira clara e didática, sempre sob a ótica espírita. Os temas são de relevância para a sociedade moderna e para a família. Indicado para estudo tanto na casa espírita, quanto para reuniões de evangelho no lar.

O MENINO AMBICIOSO, O SERVO INSA-TISFEITO E OUTRAS HISTÓRIAS – Livro desti-nado ao publico infantil, escrito pela renomada médium Célia Xavier Camargo. Educar narrando histórias que nos remetem a Jesus é a proposta apresentada, com linguagem apropriada à compreensão infantil. Evangelizadores e pais terão excelente material para levar aos pequenos os con-ceitos evangélicos.

GIGANTE DEITADO – Livro infantil de autoria de Alex S. Guimarães, onde se narra a emocionante traje-tória de Jerônimo Mendonça, conhecido como O Gigante Deitado, que enfrentou as provações da vida material com verdadeiro espírito cristão e compreensão dos postulados espíritas. Apesar das intensas dores, transformou sua vida em caminho de luz. Com didática apurada, é excelente instrumento para evangelizadores e pais.

Estes são os livros deste mês de junho

Opções para o próximo mês de junho

Caso prefira, no lugar das opções aqui indicadas, ou cumulativamente, o associado po-derá optar por dois exemplares das obras básicas do Espiritismo, editadas pelo IDE.

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mas bem cuidadas;- como chegar na classe: fisiono-

mia calma e confiante;- saudação: alegre, sem afetação

ou exagero;

- voz: firme, calma, segura e na-tural.

A disciplina da classe, na maioria das vezes, depende dessas estratégias usadas pelo evangelizador. É através de pequeninas técnicas que o evange-

Chakras

Os chakras são centros de energia que existem no interior do corpo flu-ídico do espírito – o períspirito. Sua denominação, em sânscrito, significa círculo. São vórtices de energias su-

a) verificar, através do Objetivo Específico de sua aula, qual a mensa-gem pedida pelo tema;

b) dosar a mensagem de acordo com a faixa etária da classe;

c) revisar o Conteúdo de sua aula, quando já estiver pronto, através de nova pesquisa e estudo;

d) eliminar qualquer dúvida;e) preparar seu Plano de Aula

com antecedência, pois, assim, ha-verá tempo para reformulação, se ne-cessária.

Técnica

Dima Lourenço Marquez

Fernando A. P. Falleiros

Continua

Evangelização infantojuvenil

lizador consegue a simpatia, a ami-zade e o carinho do evangelizando, fazendo-o sentir vontade de ser assí-duo, prestativo e atencioso.

Não existe uma técnica padrão, que funcione como “varinha mágica” para que o evangelizador possa a ela recorrer quando necessário.

As técnicas de Apresentação do Assunto, de Desenvolvimento e Ati-vidade de Fixação precisam ser dinâ-micas, relacionarem-se com o tema da aula e estar de acordo com a faixa etária da classe.

Saber escolher a técnica certa exi-ge alguns requisitos do evangeliza-dor, tais como:

Você é criativo? Não? Não se prA técnica é indispensável na vida do ho-mem. Negócios, dificuldades, traba-lhos diários, pesquisas etc., são resol-vidos através de técnicas específicas.

Também os evangelizadores, para fazer com que os evangelizandos se sintam atraídos pela sua aula, parti-

cipando espontaneamente, precisam usar técnicas específicas.

Técnica é aquela estratégia, aque-le jeitinho especial usado pelo evan-gelizador desde o primeiro contato com sua classe. Alguns lembretes são importantes neste sentido, que muitas vezes passam despercebidos pelos evangelizadores. Vejamos:

- no vestuário: roupas simples,

queio das energias do corpo fluídico que não são absorvidas corretamente. Isto resulta em uma hipoatividade dos chakras, repercutindo nos órgãos e glândulas, gerando um estado de inércia e redução energética. A con-gestão ocorre quando há um acúmu-lo de energias nos chakras, fazendo com que elas não sejam utilizadas de maneira adequada. Acontece então uma hiperatividade dos chakras que irá produzir um congestionamento no corpo fluídico, em um processo se-melhante às inflamações que ocorrem no corpo físico.

Com relação ao funcionamento psíquico e emocional dos chakras, podem acontecer inibição e conges-tão, quando há um desequilíbrio das energias, gerando, respectivamente, a hipoatividade, pelo bloqueio e inibi-ção das energias, e a hiperatividade, pelo excesso delas.

Os chakras têm a função de captar energias

provenientes de Deus, isto é, recursos das fontes

universais, disponíveis para todas as criaturas

É através de pequeninas técnicas que o

evangelizador consegue a simpatia, a amizade e o carinho do evangelizando, fazendo-o sentir vontade de ser assíduo, prestativo

e atencioso

tis, que têm movimento circular de expansão e contração, em sentido vertical e horizontal.

Os chakras têm a função de cap-tar energias provenientes de Deus, isto é, recursos das fontes universais, disponíveis para todas as criaturas,

de modo a vitalizar o corpo fluídico e, posteriormente, serem transmitidas às células do corpo físico, gerando-lhes energias revitalizantes.

Os chakras realizam o controle do fluxo de energia vital para os diferen-

tes órgãos do corpo. Quando estão funcionando de forma adequada, for-talecem e equilibram um determina-do sistema fisiológico.

O fluxo das energias divinas flui para dentro do corpo por meio do chakra coronário, situado na parte alta da cabeça e são catalisadas pelo chakra cardíaco. Além de toda essa função fisiológica, os chakras têm uma função espiritual específica, es-tando associados às questões psíqui-cas e emocionais, importantes para o desenvolvimento da consciência humana. Logo, existem implicações na questão mediúnica, nas relações espirituais, nas questões obsessivas e numa série de outros pontos.

As energias dos chakras são pas-síveis de desequilíbrio de dois tipos: inibição e congestão, que pode afetar o funcionamento normal dos atri-butos de cada um deles. A inibição é resultado de um processo de blo-

Page 8: “O Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de ... - jun.13.pdf · O convite para as bodas dos. O rei, percorrendo o salão, notou que um deles não estava com a veste nupcial.

Fluidos

já citada (Cap. 2), veremos que “se o fluido universal não fosse positi-vamente matéria, razão não haveria para que também o espírito não o

ENERGIA DOS CHAKRAS – Obra em que Alírio de Cerqueira Filho analisa as energias dos chakras, e como são fundamentais para nosso equilíbrio, considerando o homem como ser integral. Na livraria do Idefran, R$ 37,00.

NA CASA DE MEU PAI... – Pela psicografia de Carlos A. Baccelli, o espírito Inácio Ferreira revela interessantes aspectos do mundo espiritual à luz dos novos conhecimentos científicos. Na livraria do Idefran, R$ 30,00.

Fluido é o termo que designa tudo quanto seja líquido ou gasoso. Do ponto de vista espiritual-filosófico, tomamo-lo pela substância da qual se teriam derivado todas as outras, sóli-das e fluídicas, nas diversas densida-des. Toda matéria, porquanto, teria se derivado do fluido primordial (aquele

que está mais próximo da Fonte Cria-dora, porquanto em extrema pureza), por processo de modificação, daí con-cluir-se que o fluido consubstancia-se em matéria primária, da qual resulta-ria todas as outras, e que, conforme alguns autores, pode ser classificado, segundo as suas fases, em pastosa, líquida, gasosa e radiante. Daí o con-ceito de que toda energia é matéria e toda matéria é energia, porque o flui-do, sendo a origem de tudo, será ele, por certo, energia.

Por definição, o fluido o é pelo fato de ser um corpo cuja coesão molecu-lar não se conforma senão pela impo-sição de espaços compartimentados. É o que ocorre, por exemplo, com a água, com o óleo, com os gases, com o magnetismo... São “escorredios”,

fosse”, isto, certamente, apreciado o Espírito na dimensão que lhe é pró-pria. E, mais adiante: “...Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a ma-téria estaria em perpétuo estado de di-visão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.”

O Livro dos Médiuns (Parte 2, ca-pítulo 6) oferece o seguinte subsídio para o nosso entendimento sobre cer-ta função fluídica: “...(Fluido) é o ve-ículo da transição de seus pensamen-tos (dos Espíritos), como, para vós, o ar o é do som. É uma espécie de telégrafo universal, que liga todos os mundos e permite que os Espíritos se correspondam de um mundo a outro.”

elásticos ou aeriformes, além dos fluidos considerados imponderáveis, cujas estruturas ainda não podem ser determinadas pelos atuais instrumen-tos de detecção.

Sobre o fluido cósmico, diz A Gê-nese, de Allan Kardec (Cap. 6): “(É) a substância etérea, mais ou menos ra-refeita, que se difunde pelos espaços interplanetários; esse fluido cósmico que enche o mundo, mais ou menos rarefeito, nas regiões imensas, opu-lentas de aglomerações de estrelas; mais ou menos condensado onde o céu astral ainda não brilha; mais ou menos modificado por diversas com-binações, de acordo com as localida-des da Extensão, nada mais é do que a substância primitiva onde residem as forças universais, donde a Natureza há tirado todas as coisas.”

Com efeito, o fluido universal, enquanto primordial, antes que modi-ficado por combinações as mais va-riadas, para assumir feições e consis-tência, é de sublimada pureza.

Consultando ainda, A Gênese,

Com efeito, o fluido universal, enquanto

primordial, antes que modificado por

combinações as mais variadas, para assumir

feições e consistência, é de sublimada pureza

Reunião da USE-FrancaDia 30/06/2013 - 15 horas

Local: Centro Espírita Eurípedes BarsanufoRua Alexandre Vilela de Andrade, 2619, Cristais Paulista