O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA ANO...

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265 O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA ANO XXII Setembro e outubro de 2016 ESCRITORES Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SP Fone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia) (19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554 URL: www .copiascia.com.br * E-Mail: [email protected] DEZESSEIS ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO Cadeira 033 - Gabriele Loureiro Bruschi - Patrono: Salim Simão ACADEMICUS PRAECLARUS NOVEMBRO TEM SESSÃO MAGNA NA CÂMARA

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O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA

ANO XXII Setembro e outubro de 2016

ESCRITORES

Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SPFone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia)

(19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554URL: www.copiascia.com.br * E-Mail: [email protected]

DEZESSEIS ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO

Cadeira 033 - Gabriele Loureiro Bruschi - Patrono: Salim Simão

ACADEMICUSPRAECLARUS

NOVEMBRO TEM SESSÃO MAGNA NA CÂMARA

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Revista Literária mensal do Clube dos Escritores Piracicaba.Diagramação e ArteFinal, Administração,Publicidade e Correspondência: Coopia Digitação e ServiçosEditoriais, Rua Jacob Diehl, 77, Bairro Morumbi, CEP 13420-410, Piracicaba/SP.Não fornecemos números atrasados. Matérias assinadas são de exclusiva responsa-bilidade de seus autores.CNPJ: 01.061395/0001-03. Fonefax: (0xx19) 3426-8568. EditorResponsável: Carlos Moraes Júnior, Mtb20.836. E-mail: [email protected] Site:www.clubedosescritores.com Para Pagamentos: Conta 8013-6, Agência 4252-8, Bancodo Brasil. Site:

REVISTA “ESCRITORES”

--------------------2 3 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA----------------

Elda Nympha Cobra SilveiraColegiado/Piracicaba/SP

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EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL

Carlos Moraes JúniorPraeclarus/Piracicaba/SP

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NOVEMBRO TEM SESSÃO MAGNA NA CÂMARA

Meus amigos! Este ano foi o mais difícil de toda a existência do Clube dosEscritores Piracicaba, justamente no seu vigésimo sétimo ano de existência. Perdemosmuitos amigos, pilares verdadeiros da entidade, que estavam conosco há mais de vinteanos, e a par disso, voltamos a ter, pela quarta vez consecutiva, uma inadimplência de maisde 50%, o que, na prática, quer dizer que, mais uma vez, a maioria absoluta dos Acadêmicosresolveu que o Clube deveria fechar suas portas. Mesmo assim, teimamos, continuamos,indo contra a vontade da maioria.

Mas as dívidas amontoaram, porque num espaço de seis meses, conseguimosreceber apenas R$ 240,00! Não entregamos Imposto de Renda por 4 anos, não temos maiscontador, porque ninguém trabalha de graça, estamos sem apresentar balanço desde 2013e no ano que vem tem eleição e ninguém quer participar da Diretoria, bem como, temos 500poetas e cronistas no Clube, e somente 12 deles mandam trabalhos para a revista. O quefalta sou eu que copio do livro quer a pessoa enviou, faz anos, para biblioteca do Clube.

Por fim, quem estava inadimplente em janeiro, continua inadimplente emoutubro, sem prazo para fazer algum pagamento. Se continuarem inadimplentes, em janeiroessas 217 pessoas perderão a Cadeira. Desta maneira o Clube dos Escritores Piracicaba,que no século passado era uma grande entidade com 740 integrantes, inaugura um ano-novo com apenas 300 Cadeiras, que pagarão, com certeza, uma anuidade menor, porqueninguém aguenta pagar anuidade do Clube, seja qual for o valor.

Eu faço o que posso, com aquilo que recebo, mesmo já chegando aos setentaanos. Mas peço que todo mundo reflita e ajude esse sonho continuar, ajude a revistacontinuar. Ainda dá tempo. Basta que os inadimplentes, mesmo os muitos que devem doisou mais anos, paguem suas anuidades e não percam as Cadeiras.

Este ano, a Sessão Magna de Posse e Homenagens será no dia 26 denovembro, às 19h30min, na Câmara Municipal de Piracicaba. Pedimos que todos osAcadêmicos residentes em Piracicaba e cidades próximas, participem,compareçam e mostrem que o Clube dos Escritores ainda estás vivo!

COPA DO MUNDO

Quando era criança morava no Bairro Alto e descia a Rua MoraesBarros, para ir às aulas de piano num sobrado ao lado do Teatro Santo Estevão e passavamuitas vezes por uns meninos que jogavam futebol na rua, talvez até com bola feita demeias velhas. Um deles era o De Sordi, que se tornou campeão mundial em 1958, juntamentecom Mazzola, que morava na Vila Rezende.

A vida traz surpresas inimagináveis, pois os meninos nessa épocanem sabiam qual seria o futuro e que anos mais tarde se tornariam os representantes dePiracicaba na Copa do Mundo! Na figura daqueles meninos eu estava vendo futuroscampeões sem dar conta disso. É preciso talento para se dar bem em qualquer campo, masno caso do esporte, não basta somente isso. É necessário a disciplina constante e muitoamor pelo que se faz. Deus nos deu tudo para usarmos e sermos felizes, mas nos ofereceuo livre arbítrio. Nada nos foi imposto e um esportista não se destaca sem a vontade férreade alcançar sua meta. O vencedor é aquele que não se abate com fracassos, usando aquelamáxima:-”fracassados são só os fracos”.

Quando vejo ou jovens se dedicando com afinco no quer que seja,penso logo: “Alguém nesse grupo se destacará no futuro? Dependerá deles, mas tambémdas oportunidades, pois quem dá guarida aos novos talentos facilita sua caminhada e aíentra a ajuda da família, dos clubes esportivos, dos patrocinadores que participam dascampanhas de adoção de atletas, de bolsas de estudo e dos poderes instituídos.

Investir num atleta, no esporte sempre dará retorno, pois quando elesse destacarem como representantes do seu clube, da sua cidade e do seu país, devolverãocada centavo investido em dobro! O Rei Pelé é reconhecido internacionalmente, a tal ponto,que seu nome está intimamente ligado com o país que representa. Quem o encontra,imediatamente o identifica e o associa com o Brasil. Assim como dezenas de outros jogadoresque são estrelas do futebol mundial.

Não se pode perder talentos encasulados que estão à espera de semetamorfosearem em campeões. É preciso sim, lhes dar oportunidades! Geralmente sãojovens pobres, que não conseguem custear a participação em qualquer esporte. Isso ocorremuito nos esportes olímpicos. Temos milhares de futuros campeões, falta ajuda financeirae falta uma política de incentivo ao esporte olímpico do Brasil, como acontece em outrospaíses da Europa e mesmo nos Estados Unidos.

Enquanto em outros países os atletas são formados pelos governosdesde a infância, os nossos campeões são como flores de lótus que se destacam num meiohostil e embelezam o lugar. São jovens forjados no espírito de luta, que enfrentam todo tipode adversidade, por viverem na periferia das grandes cidades, ou em cidades do interior, eenfrentam o desafio de seguir sua carreira, na base da garra, muitas vezes sem o materialesportivo adequado. São muitos os que começam, mas são poucos os que conseguemsucesso. Quem se arrisca em enfrentar o desafio de se enveredar por esse caminho buscandofazer do esporte seu objetivo de vida sabe que é muito difícil chegar ao topo. Para provaressa assertiva, citamos como exemplo a história cheia de altos e baixos de um dos nossosmais brilhantes campeões de boxe: Acelino “Popó” Freitas.

Assim, apesar de muitos dos esportistas não nascerem de famíliasabastadas, conseguem representar o país com dignidade, porque não é ser rico ou serpobre o que importa, mas ter espírito de luta e determinação para se destacarem na mídia. Orefinamento social que talvez precisem pode ser aprendido rapidamente, mas isso tambémnão é mais importante que os bons exemplos, a dignidade e as lições de vida que exalam dos

atletas.O continente africano teve a oportunidade de ser destaque para omundo, hospedando alegremente os jogos da Copa do Mundo deste ano.Torcemos todos unidos para que a vitória seja do Brasil. Eta Brasil hexa-campeão do mundo!

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Almir Diniz de CarvalhoColegiado/Manaus/[email protected]

Ana Maria OsórioTitular Enperito/Pelotas/RS

[email protected]

Alceu Brito CorreaPraeclarus/Brasília/DF

[email protected]

Alberto SlompPraeclarus/São [email protected]

Adilson Roberto GonçalvesColegiado/Lorena/SP

[email protected]

Antonio Carlos FusattoPraeclarus/Piracicaba/SP

Amália Gerda BomheimDecana/Caxias do Sul/RS

UMA MARIA

Maria como todas as MariasMaria de nobreza, dos ReisMaria de sonhos e saboresMaria de dissabores

Maria Firmina dos Reisrevelou-se um diapara mimaqui

Maria Firmina dos Reisque eu não conheciamesmo assimlá e ali

Maria Firmina dos ReisFirme como deveria- ou poderia –ser

SAUDADE

Nas cantigas de roda que entoei,Nos tempos de infância que deixei,No chão de terra batida onde pisei,Muita alegria e lágrima derrameiNo colo da mãe o consolo busquei,Saudade do sol, da árvore, da flor que planteiO vento passou,Tudo levou e só fiquei,E Só lembrançasDe tudo encontrei.

CAVE NE CADAS

o salto o santomãos postas ao altoo manto a rezaa tristeza o prantoespanto desesperançadança esquecimentomomento criançao moço a vidafalácia a moçasentida o infinitoa espera sofridagranito, lápideescrita o sonhofindo mágicaperdida folhavirada o destinosegue o caminhoestreito, áridosem jeito o luarcálido enfeitaa noite preparandoo dia para talvezquem sabeum novo salto

DESPERTADOR

Acordei, ouvindo um cantosuave, de passarinho;pensei fosse algum encanto— era a voz do teu carinho.

À ESTELA PELO ANIVERSÁRIO

Cintilam no negrume das noites,miríade d’estrelas no Universo.Por mais sonhador que eu fosse,não ousaria, uma teria pra cantar,em prosas e versos.

Dentro em mim a todo momento,Estela traz: vida, amor e inspiração.Estrela que fugiu do Firmamento,veio iriar em meu coração!

Amor de avós é sublime, diferente é mel,maravilhoso sentir pelos netos, algo assimespecial.Estela tem nos olhos, azul céu,no sorriso lhano, enleio divinal.

Meu olhar é teu prisioneiro,aprecia sua graça e, esplendor angelical.Sempre com Miguel e gargalhando,dois anjos, dois parceiros sem igual.

Noite IluminadaSolene, a lua, em carmim,Passeia nos lagos.

É NATAL

Jesus veioao mundo dos homensno ventre berçoda mulher.Por onde andoulançou sementesde amor.Chamou os homensirmãosfilhos do mesmo Pai.Mostrou a naturezadivinade cada sertodas as coisas.É Natal.Apenas crê.

ESPERANÇA

A esperança é luz divina,Que no caminho da vida nos ilumina.

Quem perde a esperança fica nas trevas;Quem espera sempre alcança.

A esperança é luz da naturezaQue revigora o viver nessa certeza.

Aquele que perde a esperançaNa vida nada alcança.

Quem perde a esperançaNão perde o desejo de viver:

Mas perde o viver sem desejo: é sofrerE só espera o dia para morrer.

Ore com fé e peça a bênção:Quem espera sempre alcança!

Nunca perca a esperança.Deus está na sua presença.

Antonio Augusto Alves AlmozaraConselho/São Pedro/SP

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VOCÊ (Para Ana Tereza Paz)

Você é o meu pensarMinha vontadeMeu quererMeu porvirMeu sonharMinha razãoMeu viver.

Você éO meu tudoO meu nadaMeu sorrisoMinha tristezaMinha saudadeMeu paraísoA paz do meu sorrisoA doce felicidade

Você éA doce alegriaA paz do bom momentoDo meu viver, a harmoniaO meu doce acalento

Antonio Araújo LoiolaPraeclarus/Campo Maior/PI

Antonio MoreiraPraeclarus/Rio de Janeiro/RJ

Antonio RodriguesAssinante/Santos/SP

DEUS EA PERPLEXIDADE HUMANA

Aceito-O, incondicionalmente.Pacífica e humildemente.Perplexo por não assimilarTeus desígnios,Minha inteligência,ínfima, pequena,Pede vênia,Em face da insipiência,Com sofrida insistência,Pois nada entendo de teus planos,Ainda que salvos os enganos.Daí, genuflexo,Imploro- Te peço:Por que a vida,Embora sonho e passeioNos induz a receio.E o mundo, paraísoA olhos vistos,Nos oferece elementos de má sorte,Como a morte.Podemos aceitá-la como componenteDe boa sorte?Explica-nos, Senhor.

VITÓRIA

Hoje eu sou um ser extremamente felizTive em meus braços a mulher que sempre quisA princípio ela duvidava de mim, muito relutouPor fim, nesta tarde linda de maio, se entregou

Ela é tímida, amedrontada e recatadaTodavia, quando está comigo é apaixonada

Amamo-nos durante a tarde inteira, e por fimFi-la mulher, doou-se totalmente a mim.

ÚLTIMO ATO

Submergir para a vida é difícil,fixar-se, muito mais como embrião!Desenvolver-se em nove mesesno período orgânico da gestação!

Superar os males advindos da saúdematerna, devaneios e sentimentos!Para, enfim, ver a luz e, junto à genitora,viver os primeiros momentos!

Após rasgar-lhe o ventre, sugar-lhedo peito carinho e forte alimento!Chorar, encabelar, endentar, andar,falar, ser-lhe companhia a contento!

São os primeiros atos encenadosnos primeiros momentos de vida!A seguir, estudos, juventude, amoressão atos que advirão em seguida!

A luta pela sobrevivência, o anseioda continuidade da espécime!O romantismo da vida que nosfortifica no amor e nos engrandece!

No amadurecimento mental e humanoque chega, trazendo consigo o cansaço!É prelúdio do penúltimo atono palco da vida entre a terra e o espaço

Ao partir nos braços da morte,último ato, representado no palco da vida!Cerram-se as cortinas e jamais voltamospara os aplausos finais da plateia querida!

Areoaldo de PaulaTitular Emérito/Brasília/DF

[email protected]

Arlete Mari RaminaColegiado/Curitiba/[email protected]

O PERDÃO

Meu coração se apresenta gotejanteDolorido e sufocado por mágoaQue pressiona forte mas lentamenteCarimbando decepção recordada

Sinto em cada gota desprendenteCerto reflexo de energia transtornadaQue apesar de minúscula é preocupantePor ser o amor esta força tão elevada

Sem ele é impossível ser relevanteManter com os seres convívio deabrangênciaQue torna a vida um vazio constanteDando grande impressão de desistência

Na convicção profunda do que é CelesteIndica um portal de luz magnânimaQue faz equilibrar a razão em limitePerdoa o pérfido, mas sem convivência

CARLOS DE MORAIS LANÇA NOVO LIVRO INFANTO-JUVENIL

HAZEL É DESTAQUE DA REAL ACADEMIA

“O Caminho da Serra” é o novo livro infanto-juvenil de autoria do Acadêmico Carlosde Morais, de Ribeirão Preto/SP, Cadeira Danilo Sancinetti, da Área de Letras, daGaleria dos Academicus Praeclarus do Clube dos Escritores Piracicaba. Lançamentoda Editora Scortecci. Contato com o autor: [email protected]

No livro “Destaque Acadêmico: Hazel de São Francisco” a vida e a obra da escritorae artista plástica Hazel de São Francisco, de São Paulo/SP, Cadeira Damázio CardosoMonteiro, da Área de Letras, da Galeria dos Academicus Praeclarus do Clube dosEscritores Piracicaba. Um lançamento da Real Academia de Letras. Contato com aautora: [email protected]

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Augusto Barbosa Coura NetoPraeclarus/Florianópolis/[email protected]

Carmen Elza Straub de AbreuDecana/Itapetininga/SP

O ESVAIR DA MOCIDADE

Lanço aos céus um grito forte plangente,Agoniado estou triste e tão só,Sinto a mocidade partir silente,Sou áureo milho a soluçar na mó.

O vento sobeja meu rosto pálido,Choro a saudade do primeiro amor,Qual Prometeu preso, porém impávido,Desfaço-me do ergástulo da dor.

Gota de orvalho perdida na relva,Lembra-me o menino calmo e feliz,Tempos de pião a encantar petiz...

Como jaçanã volante na selva,Jurando eterno amor, fidelidade,Vejo esvair em mim a mocidade...

DEDO DE PROSA

Estava eu a pensarCom o violão a tocarUma canção eu vou fazerQuem é que vai me inspirarMinha mulher amadaMinha namoradaNa viola eu toco uma notaUma nota erradaEu mudo a minha vozEu só penso em nósEu faço a rimaA letra é minhaEu só queria conversarCom um dedo de prosaEu poderia conquistarAmor maior não haveráOlhar no seu olharDa nossa história eu voulembrarCom uma nota eu vou contarUma flor, uma rosa,O amor compartilharUm dedo de prosaEu só queria conversar

Bruno Nascimento AlleoniConselho/Rio Claro/SP

[email protected]

A ETERNIDADE

Vento sul batendo em meu rosto,Trazendo lembranças, meu sonho a sonharO vento em mim a me encabular.Dentro de mim, um canto a soarMemórias passadas, profundas, estranhasMeu triste acalanto o vento a embalar.Fantasmas etéreos, diáfanos,Brincando dentro de mimA vida passando, o tempo findandoA eternidade esperando o meu fim.

O SORRISO...

“Teu sorriso vale mais que a minha canção”Eu tinha o não e nadei no grão do prejuízo

Do céu um aviso...Escutei...Adivinha...

Na escrivaninha, meia luz,um soneto preciso...

A lua derramando energia e vitalidadeClaridade do dia amando a noite de cada rua

Doando emoção e alegria nuana semente da bondade

A caridade fluía na explosão minha e tua...

O semblante sereno no Criador...Admiração...

Animação das cinzas em fogodoce e aconchegante

Vogal e muda consoante...Movimento perfeito do Artesão

Ascensão do sujeito!Alento incondicional! Diamante!

Virtude do mais e do menos!Apetite do meu alimento!Unguento de Afrodite...

Sinais da beatitude ao ladoMagnitude do aprendizado...

Convite de adeus ao lamento...Argumento de Zeus...

O silêncio suspira apaixonado...

A harmonia que flui na memória tão claramente...Estrela da glória expressando a feliz sincronia

Sinfonia da Fênix derramandovitória como antigamente

Confidentes! Seguem a trajetória da alquimia...

Aquele instante que alteratoda semana

Emana de Hera a proteção constanteQuiçá vidas inteiras atingindo o nirvana

Obstinação! Bravos guerreirosda luz exuberante...

E a canção que causou o sincero sorrisoO aviso romântico do bolero... Mão na mão...

Dedilhando notas lentas de improvisoO amor despe a alma nos acordes de um violão...

Caris Licia Garcia do AmaralPraeclarus/Indaiatuba/[email protected]

Carmelinda Rodrigues da CunhaPraeclarus/Campinas/SP

[email protected]

CONFIDENCIAL

Longe de você tudo parece morto.A casa, a rua, a vizinhança,

a vitrola, os discos, a garrafa de caféo meu jeito, o meu modo, minha maneira

eu, enfim, não sou eu mesma.Nossa música deixou de ter sentido;

“Our love” é pra ser vivido a doise às vezes eu nem acredito

que ter sido dois é mais triste que ser só.Eu já me desfiz da minha estrela

ficar com ela seria aprisionaralgo que já não me pertence.

Seria o mesmo que obrigá-lo a voltaruma vez que escolheu ir embora.

Vem cá, cavalo branco e puro sangue!Será que você entende o que eu falo?eu sou humana e tô sofrendo tanto

porém,não sou a única a ter coração.

Você pode entender a língua humana?(invejo você e o seu silêncio)

quem me dera ter nascido animal!Vem cá, cavalo puro e negro sangue

deixa eu acariciar tua crinaque no cabelo humano chama rabo.

Vem, cavalo branco e pura raçadeixa eu contar no seu ouvido

que o amor vivido a dois é lindomas é um encanto que se quebra

quando amanhece.Deixa eu dar um só aviso:

continua carregando homens nas costasporque, se você fosse humanomontaria cavalo e carregaria a

consciência.Vem, cavalo branco e puritano

isso! olha-me assim, bem nos olhos.Se você soubesse o que são as coisas,

saberia que neste momento,por causa de alguém humano

eu estou praticando o verbo chorarno presente do indicativo...

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Vitaminas, minerais e Linha Sidney Oliveira.Quem se interessar entre em contato:

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SAUDADE DE VOCÊ

Lá vem de novo na minha cabeça a canção do Dominguinhos na vozda Maria Betânia: “Tô com saudade de tu meu desejo, tô com saudade do beijo e domel, do teu olhar carinhoso, do teu abraço gostoso, de passear no teu céu...”

E é verdade. Te vi faz poucas horas e já estou com saudade de novo.Não provei ainda o teu beijo que tenho certeza é de mel, mas o teu olhar carinhoso,o teu abraço gostoso já é para mim um verdadeiro céu.

Sei que para ti talvez não faça muito sentido, afinal, o teu coração temsinais de morador antigo; sombra de inquilino que saiu temporariamente mas que aqualquer momento pode voltar. No entanto, como venho vagando há muito tempo àprocura de um teto (e de um afeto também), ao sentir o aspecto meio que vazio doteu colo, não titubeei em bater na porta pedindo para entrar.

Eu quisera poder entrar pra ficar, pra fazer do teu seio minha eternamoradia, porém, hoje já mais refeito da emoção brutal que tu me causastes, possoaté me conformar em morar nos fundos, só pra poder ficar pertinho de ti, só prapoder te consolar nos momentos em que esse amor itinerante se tornar retirante; sópra poder absorver essa luz que vem dos teus olhos; só pra sentir o calor que emanado teu corpo e, enfim, só pra não deixar faltar carinho pra essa alma linda que tutens. E, naqueles momentos em que a solidão estiver por perto, quero ser o teuamparo, quero afagar teus cabelos, enxugar a lágrima dos teus olhos, acalentar teu

peito de encontro ao meu; quero te pegar no colo e cantar canções deninar para ti. O que eu não quero e continuar sentindo essa saudadedanada que eu sinto com a tua ausência. Não dá pra segurar.

Antonio Benedito GalloConselho/Ribeirão Preto/SP

[email protected] Campos da SilvaConselho/Caldas Novas/[email protected]

CRISTIANISMO SEM RÓTULO

Ser cristão é primordialmente seguir as pegadas luminosas do Cristo e nãosermos identificados por qualquer tipo de rótulo, mesmo porque o que vai nos salvar,nos conduzir a um estado de bem-aventurança não está impresso ou ligado ao rótuloque usamos, pois são as ações e atos dignos e relevantes que nos salvarão, ou seja: ograu de espiritualidade conquistado é o que nos propiciará a mudança de comportamentoe a reforma íntima. Isto ocorre quando o individuo, sabedor do seu papel na vida e diantedo Universo assume as responsabilidades inerentes a sua existência e passa a cultivaras virtudes nobres, advindas do seu interior, do seu Cristo interno, de Sua Divina Presença.

Ela passará a comandar todos os atos de sua vida, pois ela é nosso “Eu”real e não a personalidade ligada aos erros e desacer-tos humanos. Passamos a viver emnossa individualidade que transcende a personalidade e é o nosso verdadeiro “Eu”.

Para ser cristão, não há necessidade de estar atrelado a nenhuma reli-giãoou dogma humano, basta a ligação da alma de cada um com os ensina-mentos do DivinoMestre, e segui-Lo com o coração puro, cheio de esperança e alegria no porvir luminoso.Muitos indivíduos, erroneamente acreditam que se não estiverem ligados a nenhumareligião, não terão a salvação eterna. O que não condiz com a realidade da vida.

O mestre pediu que fôssemos puros de coração, que se tivéssemos uma fédo tamanho de uma grão de mostarda já seria suficiente. Que perdoássemos nossossemelhantes, que amássemos o nosso Pai Celestial e ao próximo como a nós mesmos.

Seguindo as bem-aventuranças do Sermão da Montanha, e que de-veriaser a Carta Magna da Humanidade, todos conseguiriam a salvação. Pois todos, semexceção de raça ou credo, são filhos do Altíssimo, o Criador do Universo,que nunca abandonará um único filho seu, inclusive os tidos comopagãos, pois viemos da mesma origem divina.

Cuidar da saúde é a coisa mais importante,porque a longevidade depende de uma

vida saudável. Pense nisso quando fizer reposiçãode vitaminas e sais minerais

Aconteceu no dia 29 de agosto último na 24a Bienal Internacional do Livro de São Paulo,no Parque Anhembi, o Lançamento da : “Coletânea Literária Internacional Bilíngue SemFronteiras pelo Mundo..”, da qual é integrante nossa Acadêmica Hazel de São Francisco,de São Paulo/SP, Cadeira Damázio Cardoso Monteiro, da Área de Letras, da Galeria dosAcademicus Praeclarus do Clube dos Escritores Piracicaba. Hazel recebeu ainda em setembro,da Academia Latino-Americana de Arte, o Diploma de Mérito Cultural pelaparticipação na Exposição Nacional de Artes Plásticas e na Mostra “Artesnas Olimpíadas Rio 2016”. Já tinha recebido em maio passado, da Academiade Artes de Cabo Frio O Título de “Personalidade 2015”, pela excelência nagestão de sua carreira, o que contribuiu para o desenvolvimento da cultura.

MAIS CONQUISTAS DA CARREIRA DE HAZEL DE SÃO FRANCISCO

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QUE IMPORTA

Não importa a tua indiferença,

teus carinhos negados

nem o céu que se tinge de chumbo,nem o cinzento amargurado de meus olhos,nem a vida que se distancia

no orvalho que treme,

nem o teu amor que não chega.

Flores murchandoem sensações desesperadas.Que importa...

Mar de esperanças diluído nas praias.Abismos de sorrisos em forma de espumas.Tristeza que umedece os olhos.

Que importa o desespero da distânciaesta ausência que seca a gargantae fenece toda alegria brotada na flor.O silêncio deste quartoinundado de fantasmas.Que importa. . .

A FLOR MUNDANA

Pegou-me a flor pelo braço,implorando meu carinho,mas mal sabe ela que faço,só de amor, o meu caminho.

Carlos de MoraisPraeclarus/Ribeirão Preto/SP

[email protected]

Carlos Eduardo PompeuDecano/Limeira/SP

[email protected]

OUTONO - UMA VISÃO PLÁSTICA

A folha na aresta do penhascoparcamente equilibradabalouça-se sem rumono descompasso da brisa

Numa lufada mais fortedo destino tracejadosegue adiante o seu caminho...

Benedito Carceles TavaresTitular/Mogi das Cruzes/SP

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VERÃO DE AMOR

É verãoO sol brilha gostoso

Fervoroso.Seus raios queimam o meu rosto

E me faz moreno,Moreno igual ao rosto

Da morena,Que de mim não tem pena.

Que me abandonouDepois daquele verão,

Daquele verãoDo mais caloroso amor.Aquele verão de amorDa minha lembrança

Não sai.Está vivo

Está presente,Está vibrando dentro da minha saudade.

Que saudadeSinto daquele verão de amor !

Carmen Maria F. PilottoAssinante/Piracicaba/[email protected]

A FELICIDADE A felicidade está na belezaDo céu enluarado e estreladoDo canto do sabiáDa flor coloridaDo sorriso de uma criançaDo sonho de amor e seu perfumeDo encanto de dar amorE ajudar o outroDe ler uma poesiaE da singeleza de criar um poemaDe estar com vocêE do seu jeito denso e alegre de ser.

Cecy Barbosa CamposPraeclarus/Juiz de Fora/MG

[email protected]

Cecília Rodrigues de SouzaConselho/Manaus/[email protected]

Carmen Lúcia HusseinColegiado/São Paulo/SP

[email protected]

NOVOS RUMOS

Às vezes penso que

foi igualzinhoA milhares de encontro reencontros,

Com músicas, palavras, olharesE até mesmo com o

Silencio que traduzia o

encantoE a emoção que nós sentíamos

E era possível de outro modo expressar.

Bastou, no entanto, o toque mágico do destinoPara alterar a harmonia dos acontecimentos

estará escrito nas estrelas?E novos rumos

S cada um seguir

Em busca da felicidade, de alternativas,De outras paixões e novos sonhos

A serem realizados no amanhã.

Valeu, sabe?Você nem pode imaginar quanto!

Restaram lembranças que jamais esquecerei,Sem nada a lamentar, o que estará escrito

Nas estrelas. A resposta o tempo dará.

CENA URBANA

Os carros excitadoscorriam sôfregospelas ruas que se abriam,escancaradas.O ônibus soltavabaforadas de orgasmoroçando nas calçadas.Transeuntes ansiososcaminhavam apressadoscomo para um encontro de amor.E o homem jazia inerte, no chão.Impotente, inútil, inconsciente.

VIAJANTE

Viajante que vai indoA colher flores e floresÉ nosso alguém clandestinoSufocado por amores.

Goza melhor os seus diasProva fruto já colhidoEu por cá me quedo tristeA chorar num só gemido.

Vive, ama, alegra a terra,Acende no olhar a luzQue minha alma sobe serraLevando pesada cruz.

Viajante que vai indoA colher flores e floresVai indo e por mim vivendo

Célia Lamounier de AraújoPraeclarus/Itapecerica/[email protected]

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14 15---------------- -----------------CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA

José Vicente CamposPraeclarus/Jaguariúna/SP

[email protected]

TRADIÇÕESNa minha infância as tradições eram respeitadas nas escolas, que

nos ensinavam a origem das brincadeiras infantis, como nos acostumava a cultuar osfestejos populares e a gostar do que fazia parte da nossa cultura. Hoje, afastada desdemuito tempo dos muros de uma escola, mas atenta a qualquer notícia afim, fico com ocoração apertado, porque as tradições perderam muito o seu espaço entre as crianças eos adolescentes! A garotada não quer saber mais de cultura nacional, pois foi educada deforma globalizada, o que ajudou a geração da Internet se afastar ainda mais dos fatos ecoisas brasileiras. As Festas Juninas são as poucas festas que resistem a tudo e ainda são nopaís inteiro genuinamente populares, fazendo explodir de forma contagiante, direta e feliz, a fée a alegria do povo, atingindo pessoas de diferentes idades e classes sociais as quais lutampara preservar costumes e tradições do passado no presente, utilizando para isso os trajestípicos, dança, música, comidas e bebidas. Em muitos lugares a comemoração se resume ao diade São João e se tornaram motivo para shows de duplas caipiras e perderam quase toda ainspiração religiosa, mesclada de folclore e de crendice, que as tornavam ímpares.

Tradicionais há vinte anos, as Festas Juninas de rua do Nordeste, porexemplo, se tornaram em coisa para rico, para turista. Quem sempre saiu vitoriosa foi a Igreja.Apesar de toda a modernização, durante as Festas Juninas o povo superlota as missas,novenas, trezenas, acompanha a procissão, bênçãos e distribuição de pães.

Nos dias de hoje, em centenas de cidades ainda se realizam FestasJuninas de rua, com levantamento de mastro, passagem sobre as brasas e a dança da quadrilha.Até as simpatias continuam as mesmas do tempo dos nossos avós!

Felizmente, a tradição continua incólume também nas escolas, nascreches, asilos, em muitos clubes recreativos das periferias das cidades, nos centroscomunitários, igrejas, associações de classe, sítios e fazendas. Não raro também acontecenas ruas, quando um grupo de vizinhos resolve isolar o quarteirão para afestividade. No final as tradições ainda mantêm a pureza e a beleza desdeseu início, desafiando modismos e inovações.

Aracy Duarte FerrariColegiado/Piracicaba/[email protected]

A IMPORTÂNCIA DO AUTOCONHECIMENTO

O autoconhecimento é de extrema importância nas relaçõesinterpessoais do convívio cotidiano, seja na vida pessoal com a família, os amigos ou navida profissional com chefes e colegas de trabalho

As oportunidades de desenvolvimento profissional oferecidas pelasempresas têm muita relevância no processo motivacional e, consequentemente, nodesempenho do funcionário na empresa, entretanto, o primeiro passo em busca de melhoriae da evolução profissional deve ser dado pelo próprio funcionário. Nessa busca, certamenteo autoconhecimento é uma das portas que abrirão os caminhos para a construção de umaimagem positiva e uma carreira de sucesso.

Quando olhamos para dentro de nós, temos grande chance deevoluir, lapidar comportamentos e mudar de atitudes na vida. Lidar com pessoas é umaarte que aprendemos quando sabemos lidar primeiro conosco mesmo.Rubem Alves, de um modo muito feliz nos compara ao mirrado milho de pipoca rumoà grande oportunidade de transformação oferecida pelo fogo que queima, consome etransmuta. Acompanhe: “A transformação do milho duro em pipoca macia, é símbolo dagrande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser o quedevem ser. O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontecedepois do estouro. O milho de pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios paracomer. Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que nãopassa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecemquando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vidainteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa, egoístas, insensíveis ador do próximo, prepotentes, anti éticas, não tem um gesto de solidariedade. Só elas nãopercebem. Acham que seu jeito, é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. Ofogo é quando a vida lança numa situação que nunca imaginamos.

Pode ser o fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente,perder o emprego, ficar pobre. Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade,depressão, sofrimento cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso do remédio. Apagaro fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformaçãoImagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez maisquente, pensa que a sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada emsi mesma, ela não pode imaginar destino diferente Não pode imaginar a transformaçãoque está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo que ela é capaz.

Ai, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformaçãoacontece: bum! E ela aparece completamente diferente, de uma forma linda que ela mesmanunca havia sonhado. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São aquelaspessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que nãopode existir coisa mais maravilhosa do que o seu jeito de ser. A sua prepotência, presunçãoe egoísmo, são a dura casca que não estoura.

O destino delas é triste. Ficarão duras a vida inteira. Não vão setransformar na flor branca e macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminando oestouro alegre de pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que nãoservem para nada. Seu destino é o lixo...nunca vão desabrochar em flor!” Evocê, o que é? Uma pipoca ou um piruá?

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Cenira Almeida NogueiraColegiado/Mauá/SP

PAI

Quando vejo você,Vejo integridade, verdade. Vejo meu ombro amigo,Somando fidelidade.

Em todo momento,Modelo de otimismoFarto de sentimento.Jamais no pessimismo.

Apto em dar conselho.Puro como criança,Nem valente nem tem medo.Exemplo de liderança.

Também vejo de lado.Tais e tais filhos,Que encantam seus heróis,Em asilos esquecidos.

Mas vejo o melhor,Em você o meu. gigante.Do mundo melhor pessoaAnjo da guarda, todo instante.

Por isso, é minha ternura.Minha total poesiaDos pés a cabeça lisura.Igual outro não teria.

Pra mim é coisa bonitaMinha total emoção.Virou esta homenagemDo seu filho, a você, paizão...

BORBOLETAS

Belas, suspensas no tempo,folhas de outono no vento,cintilantes nos contornosde suas asas douradasem graciosos movimentos.Fico olhando seus ritmosguiada por suas levezase me dou asas também:esqueço minhas fraquezas,fraquezas que todos têm.

A ANESTESIA

Uma grande descobertaQue tem sublime valiaE merece ser lembradaCom carinho todo dia,Pela sua utilidade,É chamada anestesia.

Antes do conhecimentoDa anestesia eu creioQue executar cirurgiaTinha o médico receio.A descoberta citadaFoi riqueza que nos veio.

Simples extração dentária,Que era feita no passado,Antes da anestesia,Era um ato complicado.O dentista desse tempoNão era tão preparado.

Os produtos anestésicosDos quais dispomos agora,São uma bênção divina,Pelo nosso mundo afora.É muito triste ninguémTê-los conhecido outrora.

Anestesia é um prêmio,De alto valor eu confesso,Que Deus doou à ciência,No seu constante progresso,Trazendo pra cirurgiaTão precioso sucesso.

Imagino o sofrimentoDo povo de antigamente,Quando intervenção cirúrgicaPrecisava o paciente,Sem os meios anestésicosDe que era tão carente.

Cícero Pedro de AssisConselho/São Paulo/SP

[email protected]

Ceres Marylise Rebouças SouzaPraeclarus/Itabuna/[email protected]

A LÓGICA DA RAZÃO

Procuro dessa vida, impertinente, a lógicae dentro da razão, seguidamente, a morte.Atenho-me à matéria, é só biológica,esvaio-me em azares, procurando a sorte.

Embebo-me de conceitos, sem preconceitoe amo a natureza até com singeleza.Visto-me de palhaço, com alegria ao peitoe acho-me vazio, cheio de tristeza.

Quem sabe abrindo a boca, externasse lógicas?Porque fico calado, dentro da razão?Talvez até palavras sejam patológicas!Por isso fecho a boca e o meu coração.

Não penso pelo mundo a quem tanto amo,nem vivo da novela que ele mesmo cria,por isso, nesse ato, descerei o pano,deixando-o vagante, em sua própria orgia.

Queria até poder embebedar-me nele,queria em suas peças reviver seus atos,queria até poder o meu amor ceder-lhe,mas prendo-me a razão, por entender seus fatos.

ROSA CHAGA

Nada de ti, antes da aurora,Nem sei, ao certo, se ora chegaste,Ou se na aurora, sempre moraste,Sem que tal jeito, eu o notasse...

Pela linha do horizonte,Sou nuvem remota

Desenhando estrias casfelares,Semi-placentárias,

De um embrião de vinhoEm busca da forma antiga.

Falta-me sangue,Para minha lágrima regar

A Rosa – Chaga que cresceEntre as pérgolas de meu peito,

Falta-me lágrima,Para meu sangue

Embebedar com sua força,Essa dor sem nome,

Que ora me consome...

Antepassada de mim,Revivo a lembrança

Das eras em que aindaNão havias chegado,

E descendo o cortinado de névoas,Para que a aurora se despisse para mim,

E revelasse nosso futuro de sonhos.

Por isso, ressoa o eco,Nada de ti antes da aurora,

Esplêndida,Nascendo argêntea para

O dia da descobertaDo nosso fantástico futuroOnde se houvessem dores,Não serão mais que floresDesabrochando em nosso

Coração de primavera!

Condorcet AranhaJoinville/SC/In [email protected]

Darcy Reis RossiColegiado/São Paulo/[email protected]

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Denivaldo PiaiaConselho/Campinas/[email protected]

Cosme Custódio da SilvaDecano/Salvador/[email protected]

O PESCADOR

Outra manhãOutro diaO mesmo horizonteO mesmo marO mesmo céu abertoO mesmo barco toscoDeslizando no azul adentroPerseguindo cardumes fugidios

A mesma cantilenaA mesma voz roucaAs mesmas rugasAcentuadas pelo sol e salitreDenunciando a idade

O mesmo temorA mesma incertezaO mesmo amorA mesma esperança

CASA DA VÓ

Lembro-me da velha casaNela morava minha avóChão de tijoloFogão de lenhaCheiro de feijão e de aconchegoTelhas enegrecidasMedo de fantasmasNo canto da sala o oratórioE diante dele todos diziam amém

Hoje uma nova casaNela não está minha avóPiso de vidroDesign interiorCheiro de pinus, frio de florestaTudo tão sóMedo da solidãoNo lugar do oratório a TV de plasmaE diante dela todos dizem amém

NOVAMENTE EM MIM...

Grita novamente em mim, um grande amor!Grito forte, que parece me ensurdecer,Que parece meu pensamento desvanecer,Que nem sei se vivo, ou se estou a morrer!Outra vez a vontade de abraços,Desejos de beijos, eu sinto outra vez...Sinto-me toda entregue a teus desejos,E sinto desejos a eriçar a minha tez!Um grande amor, grita novamente...Faz-me louca entre todas as gentes,A procura de você!Em mim, há vida novamente,Sinto o sangue quente, ferver!Os olhos umedecendo-se, silenciosamente,Sinto os lábios sorrirem...Sinto a respiração ofegante!Sinto-me viver um sonho novamente,Que se completa em você!

Edvaldo RosaConselho/São Paulo/SP

[email protected]

PERDAS

Perdemosoportunidadesde resoluções corretasem momentos adequados.Momentos passame nós ficamos.

Djanira PioAssinante/São Paulo/[email protected]

QUEM SOU?

Sou a força dos amantesnas juras de todos os instantese que move o mundoem seu sentido profundo...Sou ativo no sentimentoque perpassa o pensamentoe une até a vidana própria vida...Sou o que dá sustentaçãoda ação em açãoao ligar laresvencendo pesares...Sou valor e energiapra quem o bem avaliae a esperança dos doentesa lutar contentes...Estou em toda a partepro desamor destarteprocurar enfrentare o bem vivenciar...Sim, sou fortena vida e na mortemas, afinal, quem sou?Eu sou o amor...

Eliseu OroColegiado/Descanso/SC

Cláudio Dortas AraújoDecanoEstância/SE

[email protected]

Maria de Lourdes S. MachadoPraeclarus/Porto Alegre/RS

[email protected]

FUTURO ESQUECIMENTO

Em meio a círculos políticosTrabalhadores são sumariamente expurgados

Os concorridos cargos são negadosPara “quem fala pelos cotovelos”,

principalmenteA brancos e negros “sem dinheiro para doar”.

E à todo custo querem “fazer parte”deste cortejo

Onde democracia “destoa” de corrupçãoE decência não será sinônimo de

Prometedores mentirosos.Mais uma vez “os créditos das escolhas”

São cânhamos envoltos em gargantasQue “gritam profundos”...

Que não aceitam “faltem às mesas alimentos”!E todos se veem forçados por esses contextos

Por causa de tantas situaçõese inocentes envolvidos

Quantos “se misturam com porcose degustam farelos”!?

Mas somos obrigados a caminharmos“dentre promíscuos”

Que “usam e abusam” da saúdee da educação”

Como pano de fundo para engodos e dolos”Com o único objetivo de manter

“analfabetos”!Por isso todos nesse país são forçados

A manterem esse “Sistema falido”,Quando a própria mídia favorecem

“grupos estranhos”Que não se tocam por serem

acintosamente “usados”!Mas gerar “governos sérios”

jamais seráIdealizados pelos úteros dessa

geração de “dissimulados”.Enquanto não houver “quem pense

sério e com sensatez”,Os povos que “conosco convivem

e comungamO mesmo pão”... infelizmente, o futuro

é o Esquecimento!

pensamentosmãoslíricaspoesiaconfortapoeta.

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20 21 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA----------------INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS

Segundo Décio Gilberto Natrielli: “Um sonho não interpretado écomo receber uma carta de amor, da mulher amada e não lê-la”... O sonho é um assuntoque desperta a atenção de toda e qualquer pessoa. Há uma busca incessante deentendimento do que se passa com o sujeito à noite quando se recolhe do seu mundoexterno para o repouso físico e psíquico. Porém em hipótese alguma elimina a necessidadede buscar a leitura e o estudo da obra do grande mestre, Freud, sobre o assunto.

Ele afirma que “o Sonho e a sua Interpretação” como sendo a “ViaRegia para os Processos Inconscientes”, e tem como condição lógica o sono, onde o egose retira da realidade externa, com a inibição do acesso à atividade motora. Para Freud: osonho é a realização de um desejo. Para Garma: “o sonho” não só é a realização de umdesejo, mas a “reprodução”, ou “repetição da situação traumática”.Com Bion: conhecemosa importância da Interpretação para as Transformações do Conhecer em Ser, abrandandoo nosso “Superego Psicanalítico”, numa Atitude de Continência, “Sem Memória, SemDesejo e Sem Compreensão”, no “aqui - agora” e o Relato e o Entendimento dos nossosSonhos (do Paciente e do Analista) podem ser uma ferramenta fundamental, paraTrabalharmos as Transferências e as Contra- Transferências, que ocorreram através deles.

Para David Zimerman: somente de forma parcial, o sonho é umarealização de um desejo. Na atualidade, se considera que o sonho é uma manifestação deque, durante o sono, o psiquismo está trabalhando, fazendo alguma forma de elaboraçãoque de simbolizar angústias, ou algum estado de felicidade, ou que, no curso de umaanálise, o sonho pode estar demonstrando pela linguagem de símbolos como é que, emdeterminado momento, a análise está agindo no interior do paciente.

Assim, a afirmativa reducionista de que qualquer sonho significaunicamente um desejo oculto não passa de um mito, que tem raízes no passado daPsicanálise. Longo tempo foi dedicado à reflexão e estudo das representações e dospensamentos que acontecem na Vida Onírica, bem como suas manifestações via formaçõesde compromisso, através dos sonhos. O tema não se esgota aqui, mas nos instiga anovas buscas e leituras, na medida em que se abrem as possibilidades de delongar e seestender à escuta e ao olhar clinico, no Setting Analítico.

Freud afirma que no inconsciente não existe “índice de realidade”motivo pelo qual parece difícil distinguir uma “verdade” de uma “ficção investida deafeto”. A Vida de Fantasia e a Vida Onírica estão apoiadas nos acontecimentos da Vida deVigília, e o Tratamento Psicanalítico se fundamenta no pressuposto de que os sintomasse baseiam, em uma Realidade Psíquica. Percebo que é para aí que se dirige a escuta, istoporque, este é o “Objeto de Investigação” tanto da Psicanálise, como forma deconhecimento, tanto do Analista como do seu Paciente.

Nessa reflexão, estabeleço e percebo que um paralelo entre o Sonhoe a Sessão produz um efeito fecundo. Cabe ao Trabalho Interpretativo realizar o percursoinverso da Elaboração Onírica, para chegar às formações do inconsciente.Na Clínica, a Análise do Paciente equivale a entrar num Sonho que não é do Analista e simdo Paciente. A escuta não se limita à Interpretação dos Sonhos, nem à Construção das

CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA

Célia GevartoskiPraeclarus/Piracicaba/SP

[email protected]

----------------Lacunas que possam apresentar, ou do Sintoma de que o Paciente

possa se queixar. Ele não apenas conta os seus Sonhos, mas de tudo que conta, fala comonum Sonho, de suas Limitações; de suas Inquietações; de seus prazeres e de seusSofrimentos secretos; aos quais, se entrega tanto à “hora de dormir”, como na “hora da

Sessão Analítica”. Portanto, quão importante se faz a Interpretação e aCompreensão dos nossos Sonhos, tanto do Paciente como do Analista.

SURPRESAS DO DIA -A- DIA

As surpresas do dia a dia nos acodem de manhã, de tarde e à noiteembora haja muita injustiça, muita gente está pagando o pato de uma forma ou de outra,o pior são aqueles que pagam o pato com o prestígio, pois esse não volta mais e a pessoasucumbe na sociedade.Grandes empresários aliados a grandes políticos formam as duplasbem sucedidas nos grandes golpes econômicos na política brasileira.

Assim sendo desde o já famigerado Pc e o primeiro Fernando, duplaque não se sabe até hoje quem ficou com o dinheiro do Pc. Agora de escândalo emescândalo vão se deixando de falar em Valérios, causando já em desgaste da mídia suapessoa, e se os escândalos permitirão usufruir de seus bens e de seu poder econômicoenquanto políticos tentam a reeleição nesse tragicômico País que resiste a essa bandidagem.

O pior não temos escolha, há anos passados votávamos no menospior, e agora não temos a quem escolher, principalmente nós funcionários públicos quesomente temos a perder com os Partidos em evidência.

O País vem sucumbindo a diversos saques em sua economia paracausas ilegais, dinheiro que vem do exterior lavando em empresas nacionais, e muitogasto para grande arrecadação.que após as escolhas, e as eleições tudovoltará a estaca zero e a arma que temos na mão, o voto, vão se multiplicarnos dólares da corrupção nas mãos de novos Delúbios, e novos Valérios!

CABELEIREIROSIVAN MARQUES

Rua Riachuelo, 545 * Centro * PiracicabaFones: 3433-7077/3371-1077

Clóvis Rolim da SilveiraConselho/Piracicaba/SP

[email protected]

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2322 POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

Eloísa Antunes MacielDecana/Santa Maria/[email protected]

AO PÉ DO OUVIDO...

Ao pé do ouvidoSussurra a brisa,Conta um segredoSem hesitar.

Ao pé do ouvidoFala o silêncio,Lembrando coisasPra se pensar...

Ao pé do ouvidoFala a saudade.E muitos sonhosVai recordar...

Ao pé do ouvidoSe tramam guerrasQue a HumanidadeVai deplorar...

Ao pé do ouvidoSe tecem sonhosQue na esperançaVão despontar!

NOSSAS GARÇAS

Inevitavelmente, prendo meus olhosNas garças sempre que as encontro.

Escassas e raquíticas elas aindaaparecem,

Povoando córregos e charcos,Não perdendo nunca a esbeltez.

Um pouco ariscas, trazem nas penasum branco encardido das lamas

por onde passeiam.Por aqui, são assim nossas garças,

Pequeninas, vistosas – gabirugarças.Para mim, serão sempre belas as garças.

Longamente, as observo, pezinhos mergulhadosà procura de peixes,

ou outros bichinhos que lhes garantama subsistência .

Inocentes, miram-se nas águas poluídase fétidas,

Enfeitando, com sua elegância, nossosbrejos e riachos decadentes.

Outrora, bem maiores e mais belas,Emprestavam asas brancas e macias,

Que faziam das crianças pequeninos anjosnas apresentações religiosas.

Uma delas já me fez anjo na infância,com um par de asas deslumbrantes.

Eu, tenra idade, pequenina, inocente,Presa àquelas brancas asas,

Quem garante, na vida não vivi,momentos de anjo, instantes de graças?

Acredito sempre - as garças são cheias de graça.

Evane Barros BarbutoColegiado/Eugenópolis/MG

[email protected]

Inverno fenecejunto flores do Ipê RoxoRua da Saudade.

Hazel de São FranciscoPraeclarus/São Paulo/SP

[email protected]

Felícia Terezinha Soares LopesPraeclarus/Caçapava do Sul/RS

[email protected]

Emiliana Souza TeixeiraTitular Emérita/Itapipoca/CE

[email protected]

LOUCURA

Solidão,delírio ou paixãoConfusão total no meu coração;

Quanta emoção e ilusãoMe deparam em momentos

de reflexão!

Um dia me vejo vivendoNum mundo de ilusão,

Desejando e querendo um alguémQue me cause emoção

E por que não,Um eclipse total do meu coração?

Então, viro e me reviro,em minha cama fria e vazia

Em meio aos desejos e fantasias,Delírios, suspiros e orgias,

Que bem sei emboramomentâneos

Sinto-me feliz vivendo esta aventura,Que apenas, minha cama,

meus travesseirosMinha sombra nua,

São cúmplices e testemunhas.

Quanta loucura e imaginação!Mas que mundo maravilhoso!

Mergulhado num gozo silenciosoDe alguém que ama e transpira emoção,Na ânsia de viver o enigma do prazer,

A fantasia de um grande amor,De sentir a felicidade,

Naquele momento mágicoDe intenção paixão e emoção

Que sufoca o corpo e o coração.Mas quanta ilusão a minha de pensar,

Que a verdadeira felicidadevou encontrar

Em um alguém ou amor qualquer,Quanto na verdade vai estar,Sempre em minha alma, que é,O amor de Deus que reinará

Sempre em meu coraçãoE no coração de quem O quiser!

SEMENTES

Solto ao vento um punhado de sementes,que se espalham como plumas coloridas,pelo imenso espaço que se abre entre osmeus olhos e que se perdem no horizonte.

Sementes que ninguém vê, nem toca,porque se ocultam no campo das idéias,mas que de um momento para outrodesabrocham como raios de luz.

E mesmo que ninguém veja, nem perceba,essas sementes carregam em seu núcleoalgo que se propaga rapidamente paragerminar em várias dimensões.

E quando florescem, podem até mesmoiluminar e mudar nossas mentes, comofazem as estrelas em noites escuras,com um poder infinito.

Solto ao vente sementes de palavras,que vão se mesclando docemente, numvôo sem fronteiras em forma de poesias,levando em suas asas sonhos e idéias.

SE ELA SOUBESSE

O que falaria? O que lhe diria?Talvez houvesse o somDo silencia entre ambos

Ou um sorriso de admiração.O tempo foi passando

e o amor pulsandoBem mais forte no coração.Nos sonhos ele a tinha sem

seus braços, no real...Somente a imagem de um lindo olhao fazia feliz.

Amá-la era apenas um verbo que eleconjugava

Na sua febril imaginação.

Francisco Evandro de OliveiraColegiado/Belford Roxo/RJ

[email protected]

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24 25POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

Francisco de Assis Ferraz de MelloColegiado/Botucatu/SP

Filemon Félix de MoraesColegiado/Brasília/[email protected]

Frederico Eduardo WollmannTitular/Cachoeira do Sul/SP

CIGANO

Tenho um coraçãoferidobandidomas que pulsapor você;É um coraçãopequenoserenoporém não possoentender,como um coraçãoestranho mundanosabe tantoassimde amor.Esse coração

SONETO QUATRO

E o que terei, ainda, para ver?A degeneração da espécie humana;O homem retornando d choupana;A desgraça sobre ele se abater.

E ver o rei deposto se baterNa pobreza mais crassa e subhumana.Morrer de fome na última cabanaPorque um não soube o outro compreender.

Aqui estarei a ver o fim da glória,A destruição mais trágica da História.Da epopéia farei o último verso.

E marcarei, no meu registro eterno,Do mundo embrionário ao modernoPorque sou a memória do Universo.

À CAMINHO

carentesementeque foi fruto semser flor.O meu coraçãonão tem ilusão: só dor!

Pouco mais do que nada é o que sou,um fraco a arrastar sua humanidade.Nas mãos, além de calos e memórias

de ancestrais carinhos, nada mais eu trago.

Os bolsos vazios e o coraçãosenão pelos amores agonizantese a angustia de se caminhar só

sem cajados ou bússolas.

Não peço nada, já que mínimo é o que tenho.Se meu futuro é ponte inacabada

e o presente, pó da estrada e farraposde andrajoso andarilho

na busca de paz e um cadinho de amor.

Não me abras portas, ao me ver passarcapaz que eu entre e queira ficar.Capaz até que vislumbre-me felizcomo talvez nunca tenha sido,

dá-me somente água e o benefício da inocência.Não me corrompa coração e caminhos

com a visão de alegriasque somente os puros podem provar.

Francisco FerreiraPraeclarus/Conceição do Mato Dentro/MG

[email protected]

VÓS

Vós que vagueais com a brisa, pelo etéreoVós que contais os dias, pelas venturasFruindo êxtase, no matiz purpúreoDo diário adeus, do senhorio das alturas.

Sorri, alma, que à alegria dá agasalhoVós que sonhais, no regaço da auroraUsufruindo as gráceis gotas de orvalhoFlutuando em virentes folhas de amora

No sorriso das crianças, quanta belezaVendo emergir exuberante a certezaDe ter o amor, a vida, adornado

Admirai, das estrelas o borbulharE o sopro do arcanjo a confirmar:- “Se amais! Certamente sois amado.”

HISTÓRIA HUMANA

desde quando a sociedade foi concebidaos primeiros grupos humanos formadosos valores, as ideias e as leis traçadasingressamos em um cortejo de padrõesmaquiando verdades e distorcendo fatossimplesmente manipuladosacreditando-se livres em livre arbítrioou dominados pelos coexistentes orbesseguimos a correnteza dos diascom a inconsciência dominantedormimos acordadosno mundo que nos tangenciatoda sua história nada contribuiupara seu aprendizado.Desperta, humanidade!

Geraldo Gabriel BossiniColegiado/São José do Rio Preto/SP

[email protected]

CAZUMBI

sinto o cheiro cru e amargode tua presençasepultada em covas rasasnos porões de minha memóriaa dissimulação do olharo vocabulário cortanteo venenoso sorrisoo abraçoesse abraço sem afetofrio deserto daNebulosa de Bumerangueo que é de ti?o que será de ti?desejo-te apenas comogelo em pedrapara refrescar meu sucoe te absorver em meu corpopara mictar depoisde ti nada queroa não ser tua ausênciaa certeza de que existestão somente para lembrarque nada mais ésque uma tosse seca e vaziana escuridão de teu próprio ser

sinto o cheiro cru e amargode tua presençae te espirrolonge de mimsem chão e sem destinocazumbipoeira dos meus sapatosno chão em que nãoboto meus pés.

Gabriele Loureiro BruschiPraeclarus/Porto Alegre/[email protected]

Geraldo José Sant’AnnaColegiado/São José Rio Preto/SP

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BRASIL

No Brasil não há conflitosreligiosos, sociais e políticos;em Israel tem em abundância.Aqui, homens e mulherestêm direito a palavra;lá, a mulher é bastante submissa.Em alguns lugares,elas não podem estudare são forçadasa fazer trabalhos escravos.No Brasil, as mulheres,a cada dia, conquistammais e mais espaçosimportantes na sociedade.

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Dirce Ramos de LimaConselho/Piracicaba/SP

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SOLIDÃO E SABEDORIA!

A velhice é solitária! Não importa quantos conhecidos, colegas ou“amigos” tivemos pela caminhada da vida. Todos já se foram. Perderam-se pelasencruzilhadas, atalhos, bons ou máus caminhos. Alguns cairam nos abismos, outrossubiram para o céu. Se fomos um bom trabalhador, além de cumprir o dever social decolaborar para o bem comum, tivemos inúmeros colegas de profissão.

Convivemos com pessoas diversas na labuta diária. Ganhar o pãoera, na verdade, uma velada e fugaz competição. E, adversários não são amigos p’ra vidatoda! Mudou de emprego, aposentou, acabou o vínculo.Cada qual pro seu lado, cadavelho p’ro seu canto! Nem deviamos continuar na mesma cidade, no mesmo local. Até aspedras das calçadas, as esquinas das ruas conhecem nossos passos.

Após anos e anos nem nos cumprimentam mais! A cidade toda anseiapor novas mães com novos filhos nos braços.Alguns falam de amigos de infância.Bobagem! Nem os reconhecemos mais. Mudou a vida, mudaram os valores, ocomportamento, os sentimentos. Responda-me sinceramente: se for guarda ou diretor deprisão e reconhecer na lista dos “novos” o nome de Pedrinho de Tal, que brincavamjuntos pelos campos de outrora irá tratá-lo diferente dos demais? Não! Nem pode! Haveráapenas um minuto de saudade, uma recordação mutua e o dever a ser cumprido.

Muitos e muitos, na velhice, chegam até a odiar a mulher fascinanteque os desprezou na juventude, e alegram-se agora, intimamente, com a figura grotescaem que ela ( e ele também...) se transformou! È o chamado “viver para ver”... Mas a velhiceé sábia ! Faz de conta que tudo esquece e que tudo perdoa. Não há mais tempo p’ra iniciarnovas batalhas.” O que será, será “agora é “o que foi , foi...” Se conseguiu conviverpacificamente com uma grande família melhor. Os parentes afortunados e bem tratadosamenizam a velhice. Faz parte da estatistica: quantas mais vezes voce joga ,mais chancestem de acertar uma. Não lhes dê liberdade bastante para irem muito longe.

Mantenha-os incertos quanto a herança e fortuna. Assim são osparentes...A solidão na velhice é algo maior e pior. Está dentro da alma, dói no coração!Mas, aprendemos nossa lição. Crianças fazem de conta, velhos brincam de esqueci: eravocê? Por isso, como os jovens e adultos, estamos mudando também o nosso mundo.Abaixo os velhos tabus! Recordar é viver? Mentira! Ninguém vive de lembranças.

Se tentam nos esquecer, o certo é esquecê-los também! Pagar com amesma moeda o quinhão recebido. Não me fale de colegas, conhecidos e falsos amigos.No meu mundo novo todos são iguais. Falamos a mesma lingua, usamos o mesmocomputador, assistimos os mesmos filmes nos canais pagos da TV e gritamos as mesmas

besteiras nos celulares enquanto esperamos nas filas imensas ( epreferenciais...) nossa vez de digitar as senhas! Velhice solitária, sim, infeliz,não!

UMA MANHÃ INESPERADA!

Tequila, a minha gatinha, tem 16 anos, é altiva e prudente.Quando fareja algo estranho, senta ou deita junto à porta, atenta a quaisquer ruídos.Em face do perigo, refugia-se dentro de casa, donde passa a observar o inimigocom um olhar feroz, segura de que esse não poderá alcançá-la mas, se não vê saída,não hesita em defender-nos com muita coragem.

Arquea o dorso e eriça os pelos, a fim de intimidar o adversário,fazendo com que se pareça mais feroz e agressiva do que realmente é. Nesse dia,enquanto eu tomava banho, ela ia e vinha até a porta furiosa e de pêlos em pé.

Achei que havia pressentido a presença do gato preto que,freqüentemente, entrava no nosso pátio e lhe disse:

-- Calma filha, a mamãe vai jogar água fria nesse gato abusado.Mas, ao abrir a cortina da porta, que dá acesso ao pátio, levei

um susto enorme, dei de cara com um rapaz mexendo na fechadura da porta deferro. Boné, calça de abrigo marrom, sem camisa e pés descalços.

Sua pele era queimada pelo sol. Como viera parar ali àquelahora da manhã, já que eram 6 horas?! Por alguns segundos, ficamos um a olhar parao outro. Eu, de um lado; ele, do outro, cara a cara. Então lhe questionei:

-- Cara, o que fazes aqui?” Ao longo da pergunta, dei-me contado que estava acontecendo e que o rapaz era um ladrão.

Gritei... gritei desesperadamente. Ele, em seguida, esgueirou-se pelo pátio, alcançando o muro e pulando a grade de ferro, que fica acima domesmo. Muro e grade somam uma altura de 3 m e 20 cm; parecia um bicho saltando,tamanha era a sua velocidade. Esse, enquanto fugia, virou-se e me olhou com desdém.

Ainda aos berros, corri para a porta da frente, a fim de pedirajuda. Somente, três vizinhas vieram em meu socorro.

Meu sono me traíra, pois não ouvi nem um ruído estranho; noentanto, minha fiel gatinha me protegeu ao farejar alguém estranho no local. Poruma semana, fui para a casa de meu filho, mas sempre que eu saia de meuapartamento, um intenso sentimento de culpa apossava-se de mim, pois estavadeixando a minha protetora só.

Ao longo desses dias, senti o meu coração atormentado e omedo tomar conta de mim. Hoje, oito dias após o ocorrido, estou em casa fazendocompanhia a Teca e me sentindo mais tranqüila, pois a síndica do prédio mandou

colocar cerca elétrica. Serei eternamente grata à Teca, às vizinhas e àpolícia que, ao ser chamada, veio rapidamente.

Ilda Maria Costa BrasilPraeclarus/Porto Alegre/RS

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28 29POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

Iolanda Martha BeltrameColegiado/Santa Maria/RS

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Inês Tafarelo TuonPraeclarus/Piracicaba/[email protected]

Irene Zanette de CastañedaPraeclarus/São Carlos/SP

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José Airton MellegaDecano/Piracicaba/[email protected]

José D. Nicolini Gonçales Colegiado/Osasco/SP

[email protected]

ALCANÇAR OS VENTOS

Engrandecer mais,alcançar o infinitode tua sabedoria,do conhecer do teu espírito.Fica sempre pertopara nossas forças se uniremem nossos abraços.Sentiremos o amanhãque ninguém conheceu.Vamos alcançar os ventos,vermos a imensidão dos planetas,conhecermos seres estranhos,que se infiltram em nossas vidas.O poderoso universodos séculos esquecidospelos amores dos deusesque se escondem,para brincar de fantasias.Ver o começo do sistema,quando se desenroloua primeira cena de amor,envolvida pelo perfumeembriagando a natureza.Encontrar as floreshá anos adormecidasnos grandes penhascos.Amar mais, e mais, a vida.

QUEM?

Existe um domínio no mundoDesde o reflexo do oceano ao fundoE do firmamento ao cosmo ao silêncio

Existe nos acordes e bramidosNo intrínseco e no extrínsecoNa unidade e na diversidadeNo inevitável e no que pereceNa ciência e na total natureza

Existe naquilo que se manifestaEm tudo onde nasce vidaNa latência de todos os seresE também nas coisas inertes

Existe na ânsia do homem à vidaNa transcendental reverênciaA mística identificaçãoQue justifica a existênciaE a existência da razão.

ONDAS

As aguas beijam a areia,em noite de lua cheia.As ondas da maré cheia,parece cantar de sereia.

ENCANTADA

Guerreira, forte, corajosa.Meiga, mágica, carinhosa.Doce, linda, amorosa.Amada, encantada, vitoriosa.Mãe, amiga, virtuosa.Mulher, desejada, maravilhosa.Menina, radiante, dengosa.Amante, encantada, gloriosa

VIOLINOS QUE CHORAM

Onde correm suas lágrimas?Secaram na sua face, antes, tão delicada?Onde foram chorarOs violinos do seu peitoComo sabor de vinho doce?

Minhas lágrimas do doce vinhoCorrem nesta face ainda rosadaTransformada em rios de púrpuraRasgando minha vida amargurada.

Um dia se abrirão em afluentes.Inundarão meu corpo a você consagradoNo altar tenro das gérberas inocentes.Meu doce sangue ainda ferve de paixão.Vagam debaixo das águasTão deliciosamente vividas.

Águas que sussurram quase caladasNas palavras do meu corpo tão dilacerado!São águas purificadasPelo amor que silencio.

Ah coração já tão purificadoEmbriagado de canções cheias de vidaTriste porque distantes daquela sua vozMilhares de quilômetros viajada.São ondas curvas e retas e nos separaram.

Um dia as cordas daquelesViolinos hão de tocar de novo,Assim tão calmamente dentro do peitoTodo enfeitado de gérberas vermelhasExprimindo meus ecos de amor ardente.

Porém,sem respostas que soemAos meus tímpanos ensurdecidos, Elas me transmitem um silêncioQue habita suas encantadas palavrasVioláceas,nas lágrimas seminuas,Tocadas por mil violinos dentro do meu peito.O mesmo que viaja procurando algum enigma desfeitoNa música triste de um amor perfeito.

SE O POETA PUDESSE

Ah! Se o poeta pudesse,Penetrar em todo coraçãoE dizer a cada ser humano,Precisamos encontrar a solução.

Ah! Se o poeta pudesse,Escancarar toda a verdade,Explicar a todos e a cada umEssa ameaçadora realidade:

Nosso planeta terra pede água,Está na UTI internado,A humanidade toda corre risco,Se o quadro não for alterado.

O que dizer a nossos netos,Por onde iniciar a explicação?Estamos correndo contra o tempo,Para reverter a situação.

Deus assim criou o homem,Provido de inteligência,Para usufruir de tudo,Porém, sem usar a prepotência.

Ah! Se o poeta pudesse,Esquecer a dura realidade,Contar só histórias de amor,Cantar a paz e a felicidade.

Iva da SilvaColegiado/Francisco de Paula/RS

[email protected]

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CONTRAPARTIDA

Jamais tive talento - reconheço –Para em meus versos pôr bonitas frasesComo fizeram tantos poetas - asesMerecedores de nosso alto afeto.

Desajeitada aranha, nunca teçoConforme preconizam meus cartazes.Se minhas fantasias são loquazes,Minha expressão sai sempre pelo avesso.

Para encontrar o belo termo, amiúdeTravam em mim recalcitrante liceO pensamento nobre e a língua rude.

Mas se nunca me exprimo com meiguice,Se para tanto falta-me virtude,A mais cruel verdade eu sempre disse.

MARIA CREUZA

LÁ NA ESQUINA!

Caminho na estradaCaminho atrás da esperança.Caminho atrás da vida,Caminho atrás de algo.Dizem que está lá na esquina,Dizem que devo continuarcaminhando,dizem que estou errado,dizem que está lá na esquina.Devo chegar lá,devo continuar caminhando,devo não perder a esperança,devo ir lá na esquina.Está lá,lá na esquina,lá está a esquina,está lá:A minha vida!

José Nogueira da CostaConselho/Itajubá/MG

José Paulo Castro SouzaConselho/Blumenau/[email protected]

Maria Creuza era, no mínimo, debilóide. Sobrinha e xará de uma amiga deFábio, tinha a metade dos seus quarenta e quatro anos. Moça bonita, morena clara, cabelossoltos, sem trato, usava umas roupas bem exóticas, que muito contrastavam com as dasamigas de Fábio. Com os trajos das demais mulheres do mundo ocidental, também.Fábio andava só, na vida, tentando curar uma dor de amor daqui, outra dali, quando a tiade Maria Creuza, que também era Maria Creuza, achou por bem fazer a aproximação dosdois. Pensou ela que resolveria os problemas existenciais de Fábio. Ledo engano.

Maria Creuza sobrinha era muito gozada. Alegrava um pouco a vida daquelenovo companheiro, mas o deixava de “calças curtas”, quando aprontava algumas dassuas maluquices.Certo domingo, sol escaldante, Fábio levou-a à praia da Barra da Tijuca,no Rio de Janeiro. Embora fosse carioca, ela ainda não conhecia o lado de lá da Floresta daTijuca. Ao pegá-la, na porta do edifício em que morava, ele estranhou vê-la de longo.

Achou que não era um trajo adequado para ir a uma praia de domingo.Notou que estava sem sutiã e pensou que, talvez, a danada tivesse dispensado aquelaparte do biquíni, para desfilar nas areias em um tremendo topless.

Ao chegar à praia, Fábio viu os olhos de Maria Creuza a brilhar, tamanha abeleza que se descortinou perante os dois. Naquele momento, o verde do mar refletiu nosseus olhos castanhos, deixando Fábio muito emocionado. Logo logo, um cambista decerveja apareceu e empanou a beleza reinante. Fabio quis uma lata de cerveja, MariaCreuza pediu um refrigerante.

Bebendo a sua cerveja, Fábio viu aquela companheira a caminhar entre asbarracas, distribuindo para cada pessoa o seu sorriso bonito, puro, naquele trajo própriopara uma noite festiva. Os banhistas também riam, e Fábio ficou em dúvida se era devidoa seu vestido longo ou aos seus gracejos. Sua prosa era insólita e muito rica.

Quando cansava de andar e conversar com todos ao derredor, ela retornavaà sombra da barraca, sentava-se na areia, de frente para Fábio, recolhia as pernas e deixavaà mostra uma peça que ele tinha ciência de que não era a parte de baixo de um biquíni. Fábiolhe perguntou se não queria dar um mergulho, e ela, puxando a bainha do longo até aospés, calou-se. Naquela agitação do sentar e do levantar, algumas vezes, seus seiosameaçaram saltar para fora do longo. Passou pela cuca de Fábio que aquele pessoal dapraia deveria estar a comentar: “Que pai mais desnaturado.

Deixa esta menina andar por aí nestes trajos e nem lhe dá de presente ummoderno biquíni, para que ela possa usufruir melhor a praia”.No meio da tarde, ao seretirarem, a pele de Maria Creuza estava com uma vermelhidão muito acentuada. Fábioestacionou próximo a uma farmácia, saltou do carro e pediu para ela aguardar. Foi à farmácia,comprou um creme hidratante, porque temia que, como reza todos os banhistas cariocas,provavelmente, à noite, ela iria “dormir no cabide”. Presenteou-a e disse para passar emtodas as partes que sentisse estarem queimadas.Aquele namoro não teve continuidade. A cabeça de Fábio não suportou as doideiras deMaria Creuza. Não só na praia, mas em todos os lugares aonde iam, o procedimento da

DOUTORA DA PSICOLOGIA

Esse sujeito foi indicadoÀ Doutora da Psiquiatria,Pela própria família

Que além de atrapalhadoEle ainda bebia e é fadadoA fazer poesia e viver de boêmia.

A Doutora da Psiquiatria pensou:“esse sujeito é de difícil correção”E o indicou para a Doutora da Psicologia.

Que está mais apta a ouvir suas estóriasDe fantasias, e seus sonhos do dia-a-diaE também por eu gostar delaE ela gostar de poesias

Sabendo disso,Vou deixar uma consultaAgendada pra outro dia.

José Roberto PanaiaPraeclarus/Piracicaba/SP

Leda ColettiConselho/Piracicaba/[email protected]

Governantes incapazesentravam o ganha-pãodas populações nas bases,são ruínas da nação.

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companheira era, assaz diferente. O quarentão Fábio preferiu continuar à cata de umapessoa que lhe correspondesse, à altura, nas suas pretensões de ser feliz.A separação foi tranquila. Maria Creuza agiu como se nada tivesse acontecido entre osdois. Uma típica atitude de sua insólita personalidade, o que deixou Fábio muito maisintrigado. Morria de medo de uma atitude extrema, por parte daquela tantã, e ela osurpreendeu, dizendo que estava tudo bem, não havia animosidade.Fábio partiu para outros relacionamentos e, pelo menos naquela época, não logrou encontrarnenhuma companheira que o satisfizesse. Muitas vezes, chegou a sentir saudade de

Maria Creuza. Aquela maneira irreverente de encarar as nuanças da vidahavia deixado marcas. Saudade sim. Voltar para ela, jamais.

José Keitel RibeiroDecano/Tres Corações/MG

[email protected]

Não gosto de discutir religião e futebol porque cada um tem o seupreferido e ninguém muda.n Mas tenho visto certas coisas que não dá para aquietar-se.Faço uma pergunta: “Por que Jesus veio ao mundo? Qual foi sua finalidade principal?”

Muitos dirão: “Para nos ensinar o caminho para o céu.” Certíssimo!Só que tudo isso se resume numa simples palavra: Perdão.Jesus veio ao mundo não peloscertinhos, santinhos e sem pecados. Jesus veio ao mundo pelos pecadores. Ele veio aomundo para perdoar os pecadores, senão não teria sentido sua vinda. De nada valeriatodo Seu sacrifício, todo Seu sofrimento.

O que Jesus disse quando curou um paralítico dizendo: “Seus pecadosestão perdoados.” Quando foi questionado pelos presentes Ele respondeu: “Qual adiferença em dizer, seus pecados estão perdoados, ou levanta-te e anda?” O que Ele dissequando queriam apedrejar a adúltera pecadora e ninguém teve coragem de atirar a primeirapedra? “Se ninguém te condenou Eu também não te condeno. Vá e não peques mais.”Quaisforam Suas últimas palavras na cruz? “Pai, perdoa-os porque eles não sabem o que fazem”.

Dizem que Maria Madalena era uma pecadora (embora muitos livrosquestionem isso), mas o que Jesus fez? Acolheu-a no Seu círculo e ela era tanto amada porJesus ao ponto de causar ciúme a Pedro. E foi para ela que Jesus apareceu ressuscitado.Que coisa linda que é o perdão e Jesus nos deu muitos exemplos de como é importante.Agora o que eu não entendo é como tem pessoas ligadas à religião e se proclamampregadores da palavra de Deus e não sabem perdoar.

Imagine você ser o chefe de uma comunidade, o que faria se um deseus membros peca, erra, não seguiu seus ensinamentos. Você perdoa e diz, “Vá e nãopeques mais”, ou você o expulsa da sociedade como os judeus e romanos faziam com osleprosos? O que será que Jesus faria numa situação dessas?

E se esse irmão pecador depois de algum tempo voltasse arrependidopara a sua comunidade querendo participar dela novamente e até oferecendo uma doaçãopara a comunidade se fortalecer ainda mais e ajudar os necessitados, o que você faria?Perdoaria, aceitava sua doação e ensinava-o o caminho certo que ele teria que seguir ourecusaria sua doação e o mandaria sair daquele lugar?

O que será que Jesus faria numa situação dessas? Por isso, nuncaaponte seu dedo para um irmão pecador, pois Jesus estará atrás de você apontando seuspecados que podem ser até pior. No dia do Julgamento Final em que Jesus estará sentadoà direita do Pai para separar o joio do trigo e chegar a sua vez, Ele perguntará: “Vocêperdoou seus irmãos que pecaram que erraram que fizeram escolhas erradas, etc., etc?Não? Então como é que você quer que Eu te perdoe!” Quem perdoa será perdoado. Quem

condena será condenado. Me desculpem quem pensa o contrário.

O PERDÃO

CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA

José Antonio NappiDecano/Piracicaba/SP

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ACORDA BRASIL!

Um dos fatores preponderantes do aumento da violência em nossopaís, nos últimos anos, é a disseminação do uso de drogas.

Quando nos referimos à violência, as visões que nos afloram são: ofurto, os assaltos à mão armada e até o terrível sequestro . Esquecemo-nos, entretanto,de que as maiores vítimas desse triste quadro são as pessoas, geralmente jovens,dominadas pelo vício de alguma substância entorpecente.

Esses dias, eu vi um rapaz, quase um menino. Dormia em uma dasruas mais movimentadas de Copacabana. Estava ali há vários dias , largado no passeiocomo um cachorro vira-latas, sujo, esfomeado e abandonado .

Os transeuntes passavam por ele indiferentes, alheios ao seuproblema, ao seu existir . Mas ele estava ali, jogado como um traste, quase um menino .Mas, afinal de contas, era apenas um mendigo a mais em uma rua cheia de miseráveis,moradores sem teto e sem lar. E as pessoas iam e vinham, cada qual cuidando de suaprópria vida , sem prestar atenção àquele adolescente.

Aquele garoto era mais uma vítima do Cartel das drogas que atraijovens e crianças, consegue viciá-las, subjugá-las e destruí-las.

Se pudéssemos atrasar o relógio do tempo, veríamos aquele meninolimpo, bonito e freqüentando uma Escola.Mas agora ele ali estava, sujo, semimorto,abandonado pela família e pela sociedade.

Até quando, Senhor Deus, as pessoas ficarão indiferentes às vítimasda violência da disseminação do uso de drogas ?

A droga é um cancro que lentamente destrói as entranhas de umpaís.Acorda, Brasil ! Acaba com as drogas, cuida da tua juventude, protejea tua infância , enquanto ainda há tempo.

Maria Luiza Bortoni NinisColegiado/Itajubá/[email protected]

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34 35POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

Leda Mendes JorgeColegiado/Niterói/[email protected]

POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL

Lúcia MartinsConselho/Ituporanga/SC

[email protected]

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Luiz Barboza NetoColegiado/Florianópolis/SC

[email protected]

Juliana Diniz JoséConselho/Londrina/PR

[email protected]

Marcelo de Oliveira SouzaConselho/Salvador/BA

[email protected]

SINTO SAUDADE

Daquela boca maciaDaquele beijo gostosoDaquele olhar carinhosoque me conquistou...

Aquele toque calmoA união de duas almasAqueles momentos...Sinto como se fosse agora...

Tenho saudades...Do momento em quenos encontramosHavia mais desejo em seu olhar...Entrávamos em êxtase completo Era vida a minha vida...Era alegria...

Tenho saudades...Do corpo daquele que me transformouSinto falta...Daquele abraço que me confortou.

Sinto saudades daquele rapazMudança da minha vidaQuem me trouxe o amorde volta ao meu peitoSinto saudades...

CASA

Fiz minha casana magia do sonho.Dentro dela,recostada no tempo,desenhei caminhos da vida.E foram tantos, que me perdina casa de meus sonhos.

PENA DE MIM

Sentimentos cansados

De uma dor doloridaCoração embotadoDos sofrimentos da vida

Eu me olho inteiraPor dentro e por foraO que sinto é só penaDo que me resta agora

Os meus sonhos de meninaJamais terminavam assimSerá isto o destino ou sinaO princípio, o meio e o fim?

MÃE DA DISTRAÇÃO

A rotina é a mãe da distração.Limita os olhos chamando a atençãoPara coisas triviais.

Facilita ao mesmo temo que iludeAo dar ao ser a aparente quietudeDos marasmos anormais.

Cria a trilha que imobiliza a mente,Pois leva o ser por um traço, somente,Atrofiando o pensar.E, ao final, paralisa a inteligência,Induzindo o rotineiro à demênciaDe onde não pode voltar.

QUEM ACREDITA CRESCE!

O dia amanhece A inspiração acontece O sol radiante aparece Numa pujança que a gente conhece A luta permanece.

O bem enternece Mudando tudo que aborrece Sem o desânimo que enlouquece Força e ação nos enriquece.

Nesses tempos difíceis, a gente tece O nosso destino enobrece O desânimo nos amolece O positivismo nos enaltece.

A grandeza da luta envaidece Fim de jornada, anoitece A satisfação amadurece Pois quem acredita, cresce!

A JORNADA(Para Amâncio)

Pelos caminhos da vida seguia despreocupadaCom meus sonhos e ideais, companheiros de

jornadaIa só a caminhar

Num dia, já bem distante, se uniram nossoscaminhos

E vida afora seguimos, por entre flores eespinhos

Fomos dois a caminharForam-se os dias passando, meses e anos se

seguiramE à nossa longa jornada novas vidas se uniram

E juntos nós prosseguimosA buscar a própria estrada, um a um, todos irão

Como outrora nós fomos, mas não temo asolidão

Pois seguiremos os doisQue só eu não venha a ficar, em meio à longa

jornadaBraços dados, vida afora, sejamos por toda

estradaSempre dois a caminhar.

Maria Antonina de Lima SoldáConselho/São Paulo/SP

[email protected]

Milton Mariano de SouzaColegiado/Governador Valadares/[email protected]

Nada te vale se orares,Tendo no peito a maldade.O mal que a outros causares,Pagarás na eternidade.

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3736 POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

Maria Gertrudes GrecoConselho/Guaratinguetá/SP

[email protected]

Maria Luiza de M. MarinhoDecana/Rio de Janeiro/[email protected]

Maria Gema MartinsConselho/São Paulo/SP

[email protected]

Marco Maurer Dalla VecchiaPraeclarus/Porto Alegre/RS

[email protected]

LONGEVIDADE E ALEGRIA

Vida longa...Amor... Alegria...Uma realidade da nossa serra gaúcha,onde a alimentação é saudável,regada de bom vinhoe de muito companheirismo.

XADREZ

Jogo as peças e recomeço o jogo: com o olhar, chamo sua atenção piscando de leve, em rítmo de tesão e quando se aproxima,como quem nunca se foi, levo-o para a cama e me mostro prá você fazendo-o crer em volta e perdão Imaginando que sou sua, você beija, aperta e fita me pega, morde, amassa Mas já não o quero mais: apuro, então, minha estratégia reclamando a vez no jogo, capturo suas peças,lhe entrego minha dama, dou xeque no seu rei, viro a mesa e acabo com você.

INQUIETAÇÃO

Inquietame encolhoe deixo-me envolverem doces fantasias

Inquietaasseguro-mede estar em seus braçoscomo última parada

Inquietadeixo de pensare fixo-me em vocêpara me esquecerdesse amorque me deixa inquietapor não saberquanto bem querer!

ETERNO CONHECIMENTO..

Importante ensinarcomo também aprender...Experiências, ao trocar,levam sempre ao conhecer...

Conhecendo, há de doaro que um dia pode ter;ajudando a realizarsonhos dos quais vem saber.

Ensino, conhecimentopara o ser, grande momentode algo mais aprender.

Compreenderemos que nem tudoaprenderemos neste mundode eterno e lógico saber!...

NUNCA É TARDE DEMAIS...

Complementando o título acima, “nunca é tarde demais pararecomeçar” No assunto de hoje, algo muito difícil de enfrentar é sem duvida nenhuma,um velório. Onde as palavras de conforto, onde alguma coisa para consolar ou animar?Onde desejar algo para quem ficou e chora seu ente querido que foi embora para sempre?

Não. Não há nada que se possa fazer, nada para ficar bonito oualegre perante a dor mórbida, corrosiva e sufocante que se destaca naquele momento. Oadeus e a separação implacáveis de vidas que passaram suas vidas juntas por anos eanos, e agora a morte brutalmente leva um deles com ela, quando apenas se desejaria,nada daquilo fosse verdade, ou houvesse uma chance, um subterfúgio que contrariassetudo e saísse contando que, aquela hora não poderia estar existindo ou precisaria ser nomínimo, uma mentira, até quem sabe, uma peça macabra que a vida intrometida, sem pedirlicença ou ordem a ninguém quer pregar com sua falta de gosto e nexo, que nuncaconseguiu e nunca conseguirá explicar.

No entanto Edna, querida amiga, no tempo certo tudo se ajeita e seaplaca inevitavelmente. Contudo é preciso deixá-lo passar... É preciso encontrar umasaída! “É preciso recomeçar”! E, nunca será tarde para isso! Nunca será tarde para serecolher os cacos que restaram da triste jornada e dos estragos provocados pelatempestade da doença ou de qualquer forma de infortúnio que tivesse se apresentado.

Respirar fundo e partir em frente, olhos e coração seguros na fé ena esperança de dias melhores que hão de ressurgir, pois, assim como o luto e a dor temseus momentos inacreditavelmente monstruosos, a busca daquela luz que habita o finaldo túnel terá que ser alcançada e agarrada com toda força, com unhas e dentes.

Não existe como facilitar... De uma coisa tenha certeza, “nunca serátarde para recomeçar” encontrando novos espaços e novos caminhos que se amparamna convicção da força de Deus misericordioso que não desampara, e leva a outrosrumos, em busca da consolação e ao encontro da paz tão altamente necessária para sepoder continuar. A vida caminha! O mundo não pára e ninguém desce dele antes dechegar a sua hora. Felizes os que crêem, não desistem e não se entregam somente aosofrimento! Felizes os que cumprem sua missão de levar sua vida adiante com a humildadedos que aceitam seus momentos de tristeza e infelicidade, lugares onde o Criador costumaestar frequentemente para acolher, abençoar e oferecer Suas mãos sagradas ecompassivas.Ir em frente minha amiga, e, enxugar as lágrimas com classe e lucidez.

Disso você com sua linda vida de compreensão e delicadeza sempreentendeu e ofereceu aos seus familiares e aos que a rodeiam. E então, em novos dias comnovas auroras, novos sóis e novas flores, tudo voltará a sorrir novamente, e a naturezaprovocará por ela própria os sorrisos que você irá recolher plácida e tranquilamente,mesmo porque mais do que todos, “o céu conhece o seu coração”! Agora é hora dedeixar os dias virem ao seu encontro, e você recolhe-los com aquela doçura, aceitação de

humildade e decência que, somente os puros de alma sabem ondehabitam...Novo tempo, querida amiga de sempre... Vá em frente!

CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA

Maria Helena CorazzaPraeclarus/Piracicaba/SP

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Maria Luiza Vargas RamosConselho/Florianópolis/SC

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ARTIGO

ENGENHARIA AGRONÔMICA OU AGRONOMIA?

Engenheiros agrônomos são formados em cursos de EngenhariaAgronômica, assim como engenheiros florestais em cursos de Engenharia Florestal,engenheiros agrícolas em cursos de Engenharia Agrícola, engenheiros de pesca em cursosde Engenharia de Pesca. Agronomia é o conjunto de ciências e princípios que regem aprática da agricultura. Agricultura é a arte e a ciência de produzir animais e vegetais úteisao homem, respeitando o ambiente (recursos naturais) e as pessoas. Agronomia tambémpode ser entendida como sinônimo de ciências agrárias.

Com este significado, Agronomia envolve as EngenhariasAgronômica, Florestal, Agrícola e de Pesca/de Aquicultura. É com este entendimento queo sistema CONFEA/CREAs emprega o termo: Conselho Federal de Engenharia e Agronomia.Na Agronomia estão contempladas todas as engenharias das agrárias. As suas CâmarasEspecializadas de Agronomia incluem todas as engenharias citadas. As ciências agráriasainda incluem medicina veterinária, zootecnia e ciência dos alimentos.

Assim, embora possa existir uma escola de Agronomia, onde podeser oferecido um ou mais dos cursos de engenharia citados, não existe um curso deAgronomia. Este curso seria para formar agrônomos. A partir de 1933, através do DecretoFederal 23.196/33, foi regulamentada a profissão do engenheiro agrônomo ou agrônomo,na época considerada sinônimo. Entretanto, desde 1946, através do Decreto Lei 9.585/46,fica oficializado que os estabelecimentos de ensino superior concedem o título de engenheiroagrônomo aos seus diplomados. O sistema CONFEA/CREAs, instituição que concede ostítulos profissionais, contempla apenas o título engenheiro agrônomo, e não Agrônomo.Entretanto, o MEC (Ministério da Educação), em sua Resolução CNE n. 1 , de 2006, defineas Diretrizes Curriculares do Curso de Engenharia Agronômica ou Agronomia.

Embora no Artigo 5 desta Resolução cite apenas EngenhariaAgronômica, no seu conteúdo promove o conceito dos termos serem sinônimos. Isto levaum situação que necessita ser esclarecida, já que as instituições de ensino tem o direito dedefinir o título acadêmico de seus formados. Esta situação induz a posicionamentos comoo do Guia do Estudante, publicação muito conhecida, que mantém o nome Agronomia paraos Cursos de Engenharia Agronômica.

Desta forma, existiam cadastrados no MEC (Senso da EducaçãoSuperior, DEED/INEP/MEC), em 2012, 29 Cursos de Engenharia Agronômica, oferecendo2.143 vagas em Instituições públicas (federais e estaduais) e privadas, e 233 Cursos deAgronomia, oferecendo 18.389 vagas, em instituições públicas (federais, estaduais emunicipais) e privadas. Qual a diferença entre os cursos de Engenharia Agronômica eAgronomia? O primeiro forma engenheiros agrônomos e o segundo agrônomos?

Existe diferença na carga horária e na matriz curricular dos cursos?As atribuições profissionais de engenheiros agrônomos e agrônomos são distintas? Comoas respostas são negativas, não existe razão de se manter o termo equivocado para o cursode agronomia, assim como não se deve mais usar o termo agrônomo para o profissionalformado por estas escolas. O que temos no Brasil são cursos de Engenharia Agronômicaque formam engenheiros agrônomos. A Lei Federal 5.194/66 regula a profissão deengenheiro agrônomo. Não emprega o termo agrônomo. Da mesma forma, a Resolução218/73, do CONFEA, que trata das diferentes modalidades profissionais, cita apenasengenheiro agrônomo.

A sugestão é que o MEC promova nova redação da Resolução 1/2006, deixando claro que o curso é Engenharia Agronômica. E que este entendimento sejaamplamente divulgado para que as instituições de ensino corrijam o nome do curso queoferecem, utilizando o termo correto: Engenharia Agronômica. Isto vai facilitar oentendimento da sociedade, em especial dos jovens, ao decidirem o curso que vão escolher.Ainda hoje existe muita dúvida sobre este assunto. Agronomia deve ser utilizado com osignificado de ciência ou como sinônimo de ciências agrárias. Engenheiros agrônomos

são formados nos cursos de Engenharia Agronômica e não Agronomia. Enão existem agrônomos. Existem engenheiros agrônomos!

ARTIGO------------

José Otávio Machado MentenPraeclarus/Piracicaba/SP

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CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA----------------ALCOVAS DE BOLSO

Quem de nós já não ouviu a frase: “roupa suja se lava em casa”?Pois é, e roupa limpa também deveria ser lavada em casa, ou pelo menos entre os amigosmais íntimos. Não é o que se vê por aí, com o advento dos telefones celulares. Gente! Oque é isso?! As pessoas perderam totalmente a noção de ridículo, de privacidade, osrudimentos mais básicos da vida em sociedade!

Nas ruas, nos restaurantes, no transporte coletivo (nos táxis então!),nas filas de banco ou de cinema, enfim, em todos os lugares públicos a gente acaba seenvolvendo nos assuntos mais pessoais de pessoas estranhas e ainda tem que ficar comuma cara de paisagem, como se fôssemos surdos.

Dia desses, esperando no Cartório um reconhecimento de firma,fiquei sabendo da traição de um marido, do roubo de um primo, das fofocas de umavizinha, do golpe que a família estava dando num de seus membros, das falcatruas de umadvogado e ainda das desculpas inventadas por um suposto amante. Assim, em menosde uma hora, para quem quisesse ouvir. Tudo na vida é mediado pela educação. Telefonescelulares nas mãos de quem nunca soube se comportar em público vira um desastremesmo.

É como quem coloca música num apartamento e obriga todos osvizinhos a ouvirem a sua música. Não basta ouvir, tem que “arrasar”! Coisa de gente maleducada. Tenho uma vizinha que já tem uma voz daquelas de trincar vidraça, pois ela põeo telefone no viva voz e conversa caminhando pela casa, aos gritos!

Sei tudo da vida dela, porque, quando estou em casa, não tem janelafechada que isole aquela voz. Pior é que não tenho o menor interesse noque ela faz ou diz, só me aborreço e me desconcentro. Acho que outramáxima deve estar em voga nesses novos tempos: “minha vida é um livroaberto”. Mas cuidado para seu livro não ter todas as páginas em branco!

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Odila PlacênciaColegiado/Barueri/SP

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Nadir Silveira DiasConselho/Porto Alegre/[email protected]

Nilza de July Costa e SilvaPraeclarus/Porto Alegre/RS

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NIZOCAIn memoriam

Fraterna, arreliada,Lavoureira do Piratini,Industriária do Rio Grande,Comunicativa, sonhadora,Este apelido ganhaste naDécada de vinte, já moça.Quase viste o século nascerE não quiseste esperarO terceiro milênioPara saudá-lo com a tua alegria.Te foste antes,Sem teres aprendidoA ver as horas, conhecer dinheiroE essas coisas todasQue o ser citadino precisa (?)Aprender para a suaMaior desenvoltura.Estudado, mas atrapalhadoCom horários, buzinas,Compromissos, poluentes,Engavetamentos, tráfego,Poluição e os quase eternosPlásticos e derivadosQue o homem que lê as horasE conhece dinheiro, cria, eDepois joga fora, na própria casa.Nada disso mais quiseste,Quase aos noventa e dois anos.Tinhas outras coisas por fazer.Readquirir a juventude,Te comunicar, rever amigos,Parentes, te arreliar,Mimosamente, brejeirar.És tu, Nizoca,Lindona... querida,Genitora extremada,Quase integral,Comunicativa, canteira,Cantadeira... minha mãe!

VIAJANDO NO ARCO-ÍRIS

Quando nossos corações viviam sorrindo,lado a lado;

você tão risonho, carinhoso, apaixonado.Eu não sentia depressão, nenhuma dor,

apesar de estar ainda desarmada,para as malícias do amor.

Naquele tempo eu tinha a sensaçãode tocar o céu com minhas mãos.

Flutuar em meio às estrelas e depois,pisar firme no chão.

Em meus sonhos eu mergulhavaem teus braços.

Como uma ave eu voavabalançando minhas plumas com alegria,deixando-me levar numa suave dança

e ouvindo o som de uma linda melodia.

Era tanto amor que eu sentia.O meu ser, todo se envolvia,

fazendo-me viajar num colorido arco-íris,onde eu podia sentir no ar,

a frescura das inquietas nuvens,que pelo céu corria,

tocando meu rosto numa tranqüila harmonia.Era tão bom sentir a vida assim, como eu sentia.

escrevendopoesiarespostaspramuitasapostas

Pedro de Quadros Du BoisPraeclarus/Balneário Camboriú/SC

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Pilar Reynes CasagrandePraeclarus/Rio Claro/SP

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AMANTES Sobre a morte dos amantesconto a história iniciadaem encontros ocasionaisde pessoas próximasem cidades pequenas encontros em cumprimentosnas artimanhas de encontrostransformados em contatosde corpos encantados amantes vislumbram instantesde saciedade no oculto olharsobre a rua de barulhos repetidosem medos intercalados ao gozodestituído de lógica e racionalidade.

A VIDA É FEITA DE SAUDADES

Na infância nosso mundo é a casa paterna.O sentimento de lealdade humaniza as paredes,E o olor que delas se emana persiste vivoEm nossas narinas como se fosse hoje.

Sentimos saudade do frescor da casa,Do hálito da casa mais que dimensões e fatos!As figuras de pai e mãe se entrelaçam com asparedesE não sabemos quais os mais humanos,Quais os que mais amamos.

Saudades da adolescência... Do primeiro amor,De fisionomias por longo tempo evadidasDe nosso cotidiano e que de repente retornam.Ternos momentos em que a felicidadeVeio por um motivo tolo.

O convívio familiar, os irmãos todos,Sob o mesmo teto e pensarQue assim seria pelo resto da vida.Tudo dificultoso, mas tão bom!Agora com sabor de poesia...De que é feita a vida à não ser de saudades?

Othniel Fabelino de SouzaConselho/Ribeirão Preto/SP

FERIADO NACIONAL

Uma quietude profundainvadiu minha rua.Nenhuma voz.Nenhum gorjeio.Nenhum raio de sol.O violão silencioso descansaali no canto da sala,recordando madrugadas enluaradas.Uma saudade teimosabate afoitamentena janela do meu peito.E fica batendo, batendo,batendo sem parar,em pleno feriado nacional.

Meu pracinha brasileiromeu herói em prosa e versomeu orgulho verdadeiromeu irmão deste Universo!

Raymundo Farias de Oliveira Colegiado/São Paulo/SP [email protected]

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Reginaldo Costa de AlbuquerqueConselho/Campo Grande/MS

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Ricarda Maria Leal AlvimDecana/Miracema/RJ

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FERRO A BRASA

Ao limpar o porão, a um canto abandonado,certo objeto me atrai... Arcaico ferro a brasa,onde repousa frio, autêntico, entravado,na humildade mais digna e silente da casa.

Dúbia claridade enche a mesa no outro lado...O mistério confunde e súbito extravasa:o ferro vibra... e vai... volta... E novo, exumado,retorna à antiga glória e de pronto me atrasa...

Imagino em redor histórias de amizade...E o estalo da fagulha em veloz remoinho,traz no brilho a ilusão de um grito de saudade...

A brasa acalma o fogo e embaraça a visão...Sopro as cinzas e avivo um duende bonzinhoque espalha, às pressas, mil lembranças pelo chão...

O MEU MAL

O doce e o sal,

O tempero animal,O fel no sinal,Meu mundo infernal,Meu céu invernal,Meu caminho anormal,Meu sofrimento moral,Meu desejo carnal.

Minha aparência banal,Meu ar sensual,Minha solidão total,Meu azar monumental,Meu portão lateral...Meu caminho habitual.

Meu sonhar sazonal,Meu humor atual,Meu charme passional,Meu atuar teatral,Meu coração irracional,Meu mistério factual,Meu veneno letal,Meu destino final,É o meu mal!

Rita Bernadete Sampaio VelosaColegiado/Américo Brasiliense/SP

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Paulo Alberto GarbusPraeclarus/Curitiba/[email protected]

Tempo mais claro.Pássaros desatentos

se acasalam.

MEU OUTONO

Árvores esbeltas enterradas nabeirada da Praça,verde desmaiando, pressionado pelanova Estaçãoque está chegando devagar,anunciando sem graça:Eis o cair das folhas que cobrem àcalçada e o coração.Vento passa e as folhas esvoaçambuscando rumo,levando carinho, lavando o olhar dequem passeia.Meu pensamento com sua seiva realeu perfumo.Sementes de felicidade a naturezasempre semeia.A chuva de folhas deixa tristeza emminha calçada,sem sentir que a minha história voacom elas também.Sinto na face que a saudade chega eescorre molhadae com ela o meu tempo de docecriança sempre vem.Juventude feliz, buscando conhecera vida, o amor.Outono chegando, minha vidaseguindo o meu caminho.Não tenho sonhos, nem esperanças emuito menos vigor.Sigo lembranças, vendo o meu temposeguir sozinho.

AURORAS

É tarde e a noite chegou.Sentado à beira da camaBocejo fechando os olhos.Aos ares balanço os pés.Livrando-me dos chinelosapertados. Do fastioque durante o dia todome causaram.

Basta ficar assimE os pensamentos voamComo mariposas.Pelos cômodos vazios da casaSe perdem.

Crisálidas de asas-vitrais.

De manhãzinhaMeus olhos procuram uma frestana janela entalhada de madeira.Entre nuvens matutinasEncontram a estrela d´alva.Renascida.O incendiar dourado da luz do sol.Enquanto flashes do meu pensarjá buscam a ti, somente a ti.Amor meu.O de todos os dias.

Robinson TuonColegiado/Piracicaba/SP

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Terezinha Ofélia N. RennóColegiado/Itajubá/[email protected] Rua Lima Barreto, 212/São Paulo/SP

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SEM LIMITE

É no celeiro rico da memória,abrigo de semente promissora,que o ser humano guarda sua história,e fará dele a base propulsora.

Nesse celeiro é que reside a glóriaincomparável, seiva promotorade toda Arte que, em sua trajetória,germinará na seara genitora.

O celeiro mental, silo sagrado,depósito dos grãos do aprendizado,mesmo pequeno tudo nele cabe...

Não há limite em seu compartimento;multiplica-se a cada ensinamento:-Quanto mais cabe, nada inda se sabe.

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Ruth Prestes GonçalvesConselho/Manaus/AM

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O JARDIM

Dona Genoveva adora plantas. Seu quintal é verdinho, cheinho deplantas de todos os tipos: medicinais, ornamentais... Todos os dias ela acorda bem cedinhopara molhar e conversar com elas. Dona Genoveva ao mesmo tempo em que vai molhando,vai dizendo:

— Olhe, dona roseira dê flores bem bonitas, vermelhinhas... Querotudo colorido... E você seu jasmineiro, não vai dá flores não? Já está na hora... Cravinavocê está tão viçosa, que bom!

A roseira fica bem próximo do jasmineiro. Assim que dona Genovevapassa começa a intriga. A roseira diz para o jasmineiro:

— Viu só meu chapa, como a minha dona falou comigo?O jasmineiro retruca:— Não vi nada, falou do mesmo jeito que falou comigo.— É engraçadinho, quero ver é amanhã, quando minhas rosas

estiverem todas desabrochadas.— Amanhã, eu estarei todo florido, ficarei lindo, responde o

jasmineiro.De repente, começa uma briga, é galho pra lá e pra cá, até que o

chão fica cheio de pétalas multicores despedaçadas.Tanto a roseira quanto o jasmineiro ficam tristes quando veem aquele

estrago. No outro dia, dona Genoveva ao ver tantas pétalas pelo chão, vai logo dizendo:— Oh! Quem fez isso? Não pode ser, eu estava tão ansiosa para ver

minhas flores desabrochadas. Que pena! Acho que foi algum gafanhoto. Vou procuraresse maldito. E sai batendo nas folhas para ver se encontra o bichinho.

A roseira olha para o jasmineiro e diz:— Está vendo, não devíamos ter feito isso, dona Genoveva cuida

tão bem de nós.— É mesmo, diz o jasmineiro. Não faremos mais isso. Vamos viver

em paz e enfeitar o jardim.A natureza aplaude a idéia

NOSSAS PERDAS

Perdemos o Acadêmico Luis Emiliano Alves de Moraes, dePiracicaba/SP, o tesoureito do Clube, agora Patrono da Cadeira007, da Área de Letras, do Quadro de Membros Titulares Eméritosdo Clube dos Escritores Piracicaba. Os nossos sentimentos para afamília enlutada com essa triste perda. Fica com Deus, meu filho.

Lançado na 62ª. Feira do Livro de Porto Alegre, no dia 4 passado, o livro“Santo Antonio da Patrulha e Municípios Adjacentes, de Iva da Silva, deFrancisco de Paula/RS, Cadeira Hugo Benedetti, da Área de Letras, doColegiado Acadêmico do Clube dos Escritores Piracicaba. Lançamento daMartins Livreiro Editora. Contato: [email protected]

IVA AUTOGRAFA NA FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE

Thaís Mariane StenicoPraeclarus/Piracicaba/[email protected]

Valentina Kroeff SperbPraeclarus/Porto Alegre/[email protected] Terezinha de Jesus Lopes

Assinante/Juiz de Fora/MG

Maria Valeska L. CabralConselho/Rio de Janeiro/[email protected]

CRIATIVIDADE

Cria vidaCria atividade.

Vede a vidaIndo criaVeda a Criatividade?

Até a cidadeCria ou copiaA verdade vaidadeCriatividade.

Vede a vidaVide o verso da vidaVede a Ira!Ativa vaiVeda e criaCriatividade.

EMBARAÇO

Não vejo mais nada,tudo embaçadosem sentido algum,minha vida está um embaraço total.

MINHAS VERDADES

Não me sinto obrigado a romper amarras,Pois apenas pretendo o domínio de minha vida.Vida construída com pedrasDe luta, verdades e objetivos,As quais você não faz parte da formação.Não existem amarras, existeVinculo de sangue, de paz, de pai!Existe amor...Esse amor que é o tapete que me forraO chão, que me dá dignidade ao pisar...Esse tapete não protege teu plantar,Pois suas pisadas são destrutivas, massacrantes.Elas queimam, tiram vida, ceifa o brotar.Podes dificultar, mas jamais ocultará.Porque a verdade é um espelhoQue para sempre refletirá o seu incomodo. ́

Doar sangue, e doar vidas,é nobre gesto de amor;vem de almas enternecidas,de grande e excelso valor!

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A BOA FILHA

Cerra os olhos e, ao vaivém da cadeira, relaxa o corpo e cochila. Abrisa acariciante da noite, que passeia, envolve-a. O som de um carro cruzando a avenida.Uma buzina num grito de protesto. O corpo num abandono...

Então, Dona Amélia ao chegar à varanda, percebe-a adormecida.Sorri compreensiva e evitando barulho, retrocede ao interior do apartamento.Que Maradescanse, esqueça o trabalho, ausente-se de tudo! Como mãe, entende-a em seu esforçode trabalhar e de cuidar dela, Dona Amélia. Sim, Mara é uma boa filha.

-- Boa filha.

POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

Vera Regina de BarcellosConselho/Florianópolis/[email protected]

Wagner Luiz AndrioteColegiado/São Paulo/[email protected]

Vera Maria da PenhaConselho/Vila [email protected]

Yara Regina FrancoPraeclarus/Araraquara/[email protected]

Zilda Pires TeixeiraColegiado/Rio de Janeiro/[email protected]

GAMAS DE ALEGRIA...

As gamasDo diaA luz queO cometa criaNa certeza...Que teu coraçãoDita os ditames da vidaNasceu Jesus!Viva Maria ... viva JoséO reino de Deus se salvaráNossas almas triunfaráAgora é a nossa vezDe vencer a vidaCom garra...luz....E muito amor!As graças do Bom Deus !

HINO NACIONAL

É lindo o hino do meu país.Fica ainda mais belo quandocantado por homens.Mais belo ainda quandocantado por homens, perfilados,no meio da arena,com a mão no peito,vestindo a mesma cor de camisa:verde-amarelo,prontos para atacar o adversárioem campo de batalha.Lindíssimo e emocionante,quando toda a arquibancada se levantae, sem que ninguém mande, canta junto,uma só voz, um só orgulho,um só entusiasmo,uma só vontade: vitória!É como se a nação ali presente,se erguesse,para soltar seu grito de guerra,há tempo ausente das fileiras escolares:“Não teme quem te adora a própria morte.Terra adorada, entre outras mil,és tu, Brasil”...Brasa. Fogo. Chama. Ardência. Calor.“Ó Pátria amada!”Quem disse que não tem jeito?O Brasil tem jeito, sim. Viva o Brasil!Viva a gente do meu país!

AMADA POESIA

Deixaste-me aqui com a solidãoE a soberba da ciência traiçoeira;Cheia de si, dona da razão,A vangloriar sua glória passageira.

Volta, amada minha!Sem ti a saudade avançaE o universo, antes infinito,Vive só da tua lembrança.

Por ti, abstraí-me do desgostoE fiz-me verso por um diaSó para lembrar-me do teu gosto,Minha amada poesia.

FELICIDADE

A felicidade não precisa alarde,Sua existência basta.Não importa se vem cedo ou tarde,Importa aparecer.

ARTE DE SER MÃE

Artista não é só quem escreve , pinta ou encenaRaramente se descreve a força de uma mãe

Tão grande é o seu poder, que torna -se um dilema Enquanto uns a veneram, outros desdenham

Deve a você , anjo de canduraEssa nossa vida bela e pura

Sou filho, amo a minha genitoraÉ mesmo assim, a minha protetoraRogo ao Pai que não seja amadora.

Meus leitores por estas palavras sentem amorAmemos o ser que nos deu a vida

Estamos neste mundo para amar e pedir guarida.

Newman Ribeiro Simões, de Piracicaba/SP, Cadeira Branca Motta de Toledo Sachs, daÁrea de Letras, do Colegiado Acadêmico do Clube dos Escritores Piracicaba, lançou noúltimo 8 de outubro, no Teatro do Colégio CLQ, o seu novo livro “Cem problemas, mas sempalavras”. Contato: [email protected]

Uma Histótia da cidade paulista de Itápolis, de autoria de duas Acadêmicasali residentes: Maria de Lourdes de Lima Gazetta, Cadeira Josaphat AraújoLopes, da Área de Letras do Colegiado Acadêmico do Clube dos EscritoresPiracicaba e Soely Regina Camargo Manoel, Cadeira Athos Maiolino do mes-mo Colegiado. Lançamento THS Editora.

ACADÊMICAS LANÇAM LIVRO DA HISTÓRIA DE ITÁPOLIS

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