O dia da aparição - santuariodeguadalupe.com.br · inverno, que para as culturas pré-hispânicas...

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Uma das coisas mais interessantes de Guadalupe foi o dia de sua aparição, pois era uma terça-feira, 12 de dezembro de 1531, de acordo com o calendário juliano, ou 22 de dezembro, do calendário astronômico que usavam os indígenas. Nesse dia ocor- reu a aparição da santa imagem da Virgem de Guadalupe no ayate (espécie de poncho) que usava o índio Juan Diego. Nesse mes- mo dia, pela manhã, ocorreu o solstício de inverno, que para as culturas pré-hispânicas significava que o Sol enfraquecido recobra- va o vigor, o retorno da vida. Conhece-se esse fenômeno pelo nome de solstício (do latim solstitiu), que signifi- ca “ponto onde a trajetória do Sol aparenta não se deslocar”. A palavra consiste em sol + sistere, que significa “parado”. No solstício de inverno ocorre o dia mais curto do ano e, consequentemente, a noite mais longa do ano, em termos de iluminação por parte do Sol. A partir daí começa uma mudança no comportamento dos dias, fazendo com que o Sol ganhe uma força descomunal fazen- do enfraquecer a Lua e aumentar a força do Sol. É nesse contexto que aparece a Virgem de Guadalupe, carregada de uma vitalidade que o povo ainda não tinha visto. Nesse dia também era muito disseminada a festa da fertilidade, em que muitas mulheres gosta- riam, e buscavam, ficar grávidas. Com essa aparição começa a acontecer uma profunda mudança, tanto para cultura hispânica como para a relação que estava acon- tecendo entre a forma de tratar os indígenas. Nossa Senhora de Guadalupe mostra que ela plenifica todos os simbolismos desse tempo para colocar para si a nova condução da história desse povo e a nossa. Mostra que em Deus está a verdadeira centralidade da vida; tudo que aconteceu até agora trouxe destruição, morte, sofrimento e dor, mas com a condução dos céus a vida pode se fa- zer diferente e brotar a esperança almejada. Na aparição da Virgem de Guadalupe percebemos a mão poderosa de Deus de- senhar no manto do índio o mapa do Seu amor constante pela humanidade e por to- dos os que sofrem. Os símbolos marcam atenção do Altíssimo com a identificação dos sofredores como deixa o seu amor, que é a Virgem Maria, responsável em mediar a partir de agora esse conflito e sofrimento que pareciam sem fim. Guadalupe reapresenta o verdadeiro sen- tido com que a vida deve ser conduzida, em que o bem, a verdade e o respeito às cul- turas devem levar os seres humanos a viver mais próximos uns dos outros, construindo um mundo onde a diversidade não é moti- vo para a guerra ou a submissão, mas sim mostrar a diversidade que o próprio Deus quis na criação. Diversidade essa que enri- quece, transforma e valoriza a convivência entre os diferentes, bebendo cada um o que lhe falta, para que na somatória todos ga- nhem e se enriqueçam mais. A Virgem de Guadalupe faz lembrar a to- dos que a fase da escuridão do mundo, em que está presente o inconsciente e o nebulo- so, dá lugar ao trunfo da Luz sobre a escu- ridão, fazendo a vida poder recomeçar com um novo vigor, renascendo. Agora inicia-se o império da Luz sobre tudo e sobre todos. A aparição de Guadalupe nesse momen- to lembra a todos que a Virgem não deixa de cuidar com zelo maternal dos seus filhos adotivos, sendo que o próprio Jesus deu sua vida e fez de nós Seus irmãos no Seu misté- rio de amor pela humanidade. Nossa Senhora de Guadalupe, venha a certo o sol da minha vida, onde a escuri- dão não tem nenhum lugar para se alojar. Ilumina a minha vida, com a esperança de sempre poderem recomeçar, sempre nos sentindo seguros debaixo de vosso podero- so olhar, que vasculha e cura cantos escuros que minha vida tem. Senhora de Guadalu- pe, seja minha luz. Pe. Carlos Nascimento Reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe - Campinas, SP MENSAGEM DO REITOR O dia da aparição

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Uma das coisas mais interessantes de Guadalupe foi o dia de sua aparição, pois era uma  terça-feira, 12 de dezembro de 1531, de acordo com o calendário juliano, ou 22 de dezembro, do calendário astronômico que usavam os indígenas. Nesse dia ocor-reu a aparição da santa imagem da Virgem de Guadalupe no ayate (espécie de poncho) que usava o índio Juan Diego. Nesse mes-mo dia, pela manhã, ocorreu o solstício de inverno, que para as culturas pré-hispânicas significava que o Sol enfraquecido recobra-va o vigor, o retorno da vida.

Conhece-se esse fenômeno pelo nome de solstício (do latim solstitiu), que signifi-ca “ponto onde a trajetória do Sol aparenta não se deslocar”. A palavra consiste em sol + sistere, que significa “parado”. No solstício de inverno ocorre o dia mais curto do ano e, consequentemente, a noite mais longa do ano, em termos de iluminação por parte do Sol. A partir daí começa uma mudança no comportamento dos dias, fazendo com que o Sol ganhe uma força descomunal fazen-do enfraquecer a Lua e aumentar a força do Sol. É nesse contexto que aparece a Virgem de Guadalupe, carregada de uma vitalidade que o povo ainda não tinha visto. Nesse dia também era muito disseminada a festa da fertilidade, em que muitas mulheres gosta-riam, e buscavam, ficar grávidas.

Com essa aparição começa a acontecer

uma profunda mudança, tanto para cultura hispânica como para a relação que estava acon-tecendo entre a forma de tratar os indígenas.

Nossa Senhora de Guadalupe mostra que ela plenifica todos os simbolismos desse tempo para colocar para si a nova condução da história desse povo e a nossa. Mostra que em Deus está a verdadeira centralidade da vida; tudo que aconteceu até agora trouxe destruição, morte, sofrimento e dor, mas com a condução dos céus a vida pode se fa-zer diferente e brotar a esperança almejada.

Na aparição da Virgem de Guadalupe percebemos a mão poderosa de Deus de-senhar no manto do índio o mapa do Seu amor constante pela humanidade e por to-dos os que sofrem. Os símbolos marcam atenção do Altíssimo com a identificação dos sofredores como deixa o seu amor, que é a Virgem Maria, responsável em mediar a partir de agora esse conflito e sofrimento que pareciam sem fim.

Guadalupe reapresenta o verdadeiro sen-tido com que a vida deve ser conduzida, em que o bem, a verdade e o respeito às cul-turas devem levar os seres humanos a viver mais próximos uns dos outros, construindo um mundo onde a diversidade não é moti-vo para a guerra ou a submissão, mas sim mostrar a diversidade que o próprio Deus quis na criação. Diversidade essa que enri-

quece, transforma e valoriza a convivência entre os diferentes, bebendo cada um o que lhe falta, para que na somatória todos ga-nhem e se enriqueçam mais.

A Virgem de Guadalupe faz lembrar a to-dos que a fase da escuridão do mundo, em que está presente o inconsciente e o nebulo-so, dá lugar ao trunfo da Luz sobre a escu-ridão, fazendo a vida poder recomeçar com um novo vigor, renascendo. Agora inicia-se o império da Luz sobre tudo e sobre todos.

A aparição de Guadalupe nesse momen-to lembra a todos que a Virgem não deixa de cuidar com zelo maternal dos seus filhos adotivos, sendo que o próprio Jesus deu sua vida e fez de nós Seus irmãos no Seu misté-rio de amor pela humanidade.

Nossa Senhora de Guadalupe, venha a certo o sol da minha vida, onde a escuri-dão não tem nenhum lugar para se alojar. Ilumina a minha vida, com a esperança de sempre poderem recomeçar, sempre nos sentindo seguros debaixo de vosso podero-so olhar, que vasculha e cura cantos escuros que minha vida tem. Senhora de Guadalu-pe, seja minha luz.

Pe. Carlos NascimentoReitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe - Campinas, SP

M E N S A G E M D O R E I T O R

O dia da aparição

PRODUÇÃO:

INFORMATIVO DO SANTUÁRIO N. SRA. DE GUADALUPEEdição Mensal / 1.000 exemplares

Rua Sophia Velter Salgado (Praça Cardeal Dom Agnelo Rossi)Vila Castelo Branco, Campinas – SP

www.santuariodeguadalupe.com.br

SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DE GUADALUPE

Terça a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h.Sábados das 8h às 12h.

(19) 3227-5492 (19) 3268-3118 [email protected]

Quartas, quintas e sextas-feiras, às 7h.Sábados, às 18h. Domingos, às 10h30 e às 19h.Todo dia 12, às 20h - em honra à N. Sra. de Guadalupe.Toda primeira sexta-feira do mês, às 20h - em honra ao Sagrado Coração de Jesus.

Novena Perpétua à N. Sra. de Guadalupe: terças-feiras, às 19h.Terço dos Homens: terças-feiras, às 19h45.Grupo de Oração: quartas-feiras, às 19h. Atendimento de Confi ssões: quartas-feiras, das 14h às 17h, e sábados, das 8h30 às 11h.Escuta Cristã: de quarta a sexta-feira, das 14h30 às 17h.

Reunião do A.A. (Alcoólicos Anônimos): segundas-feiras, às 19h, no Salão do Santuário. Reunião do N.A. (Narcóticos Anônimos): quintas-feiras, às 20h, no Salão do Santuário.

SECRETARIA

HORÁRIOS DE MISSAS

DEVOCIONAL

SOCIAL

Missa ou celebração SagradoCoração de JesusNo Santuário

Missa em Ação de Graças ao 5° aniversário do Grupo de Oração Consagração dos Servos No Santuário

Forania - Celebração ecumênica No Santuário

Encontro paroquial de pais e padrinhos de Bastismo No Auditório do Santuário

Missa Paroquial – Mãe Rainha No Santuário

Missa Paroquial do Terço dos Homens No Santuário

Rito Penitencial – PáscoaNo Santuário

Noivos – Reunião Paroquial Sala Cat. Santuário

Rito Penitencial – Páscoa Comunidade N. S. do Perpétuo Socorro

Vigília Eucarística No Santuário

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28TER

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9QUI 19h30

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