O Dia Alagoas

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Ex-presidente da OAB/ AL conversou com O DIA ALAGOAS sobre sua gestão, gravação clandes- tina e eleições estaduais em 2014. DECRETOS DE EMERGêNCIA SOAM COMO ESQUEMA PARA DESVIO DE DINHEIRO PúBLICO Alagoas l 1º a 9 de março I ano 01 I número 001 l 2013 redação 82 3023.2092 I e-mail [email protected] 6 INSIDE EMPREGO Setores de supermercados e construção civil abrem milhares de postos de trabalho EM ALAGOAS quem começou o ano desempregado está trabalhando, aguardando nomeação ou estudando para concurso ENTREVISTA Omar Coêlho admite concorrer a cargo político nas eleições de 2014 SUA SANTIDADE Será na próxima quarta- -feira (dia 4) a primeira reunião dos cardeais no processo para a escolha do novo líder da Igreja Católica. Há brasileiros na disputa pelo cargo no Vaticano. Com renúncia de Bento XVI, cardeais iniciam conclave para escolher Papa Papa se despede de fiéis católicos 12 3 Arte não morre O cemitério Nossa Senhora da Piedade guarda muito mais do que lembranças de familiares que já partiram. Há no cemité- rio obras de arte que traduzem o fazer artístico de uma época, assim como delineiam a constru- ção local dos espaços urbanos. A arte tumular nasce com o propó- sito de demonstrar a opulência de uma classe social e perpetuar para além da morte a relevância da figura do morto. 21 Eduardo Leite Conversa com o juiz Maurício Brêda e revela o homem por trás da toga

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Alagoas l 1º a 9 de março I ano 01 I número 001 l 2013

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Ex-presidente da OAB/AL conversou com O DIA A L A G O A S s o b r e s u a gestão, gravação clandes-tina e eleições estaduais em 2014.

DEcrEtoS DE emergência soam como esquema para desvio de dinheiro público

Alagoas l 1º a 9 de março I ano 01 I número 001 l 2013 redação 82 3023.2092 I e-mail [email protected]

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INSIDE

EMPrEGoSetores de supermercados e construção civil abrem milhares de postos de trabalho

EM AlAGoAS quem começou o ano desempregado está trabalhando, aguardando nomeação ou estudando para concurso

ENtrEvIStaomar coêlho admite concorrer a cargo político nas eleições de 2014

Sua SaNtIDaDE

Será na próxima quarta--feira (dia 4) a primeira reunião dos cardeais no processo para a escolha do novo líder da Igreja Católica. Há brasileiros na disputa pelo cargo no Vaticano.

com renúncia de Bento XVI, cardeais iniciam conclave para escolher Papa

papa se despede de fiéis católicos

12

3

Arte não morreO cemitério Nossa Senhora da

Piedade guarda muito mais do que lembranças de familiares que já partiram. Há no cemité-rio obras de arte que traduzem o fazer artístico de uma época, assim como delineiam a constru-ção local dos espaços urbanos. A arte tumular nasce com o propó-sito de demonstrar a opulência de uma classe social e perpetuar para além da morte a relevância da figura do morto. 21

Edua

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Leite

Conversa com o juiz Maurício Brêda e revela o homem por trás da toga

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PuBLICIDaDE2 o DIA AlAGoAS l 1º a 9 de março I 2013

redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

como o senhor avalia a sua gestão por dois mandatos na oAB/Al? Bastante positiva. Fize-mos muito pelos advogados, pela justiça social e tratamos os poderes constituídos com respeito, mas sem perder a seriedade nas cobranças. Nunca nos colocamos na posi-ção de subserviência. Atuamos sempre com o rigor, como no caso da Operação Taturana, na greve dos médicos, greve no Judiciário, por exemplo.

Sua equipe foi a mesma desde o início? Não. Fizemos mudan-ças em algumas comissões, visando dar maior desempe-nho. Entretanto, o trabalho é voluntário e nem todos estão dispostos a se doar. Ademais, governei em regime de coali-zão, tendo que conviver com grupos que se uniam a mim, mas não entre si. De todo modo, o grupo foi eficiente e me apoiou incondicional-mente, até o dia que decidi não ser mais candidato, mas sou grato a todos os homens e mulheres que agiram com dignidade em todo o processo. Quanto aos demais, não mere-cem menção alguma.

como foi a relação da oAB/Al com a sociedade? Sempre tivemos uma relação muito próxima com a sociedade. Por conta disso, tivemos que ampliar o número de comis-sões, que são os braços sociais da OAB. Vivíamos em cons-tante sinal de alerta, pois a sociedade alagoana é bastante carente e considero inaceitável não utilizar o poder da Ordem em sua defesa, sem, contudo, esquecer a defesa das nossas prerrogativas que foi outro ponto fundamental. Em nossas gestões, nenhum, eu digo nenhum mesmo, advogado

deixou de ser assistido por nossa Comissão e em alguns casos pelo próprio presidente.

Na sala da presidência tinha um quadro com as suas promessas de campanha e a sinalização do que foi conquistado na sua gestão... É verdade. Criei o mural com os compromissos de campanha para não esquecê-los. Fui nove vezes presidente de alguma entidade e quando estávamos terminando uma gestão tentá-vamos lembrar do que havía-mos prometido, como agem os políticos. Daí, resolvi colocar o mural como meio educativo para nossos representantes e fez sucesso, pois todos que iam à presidência elogiavam a ideia. Dos 55 compromissos provados nas duas gestões, ficamos devendo apenas dois, um em cada gestão. Fizemos quase tudo que prometemos e outro tanto de ações que não havíamos prometido. Insta-lamos ou recuperamos mais de 40 salas para advogados

no Estado. Construímos três subseções [Penedo, Santana do Ipanema e São Miguel dos Campos] e aparelhamos as seis subseções da OAB/AL; cria-mos as subseções de Delmiro Gouveia e Porto Calvo, mas não deu tempo para instalá-las. Compramos duas Vans e uma Doblò para fazer o transporte dos advogados para os fóruns e juizados especiais e viabiliza-mos a construção da nova sede da OAB de Alagoas. Providen-ciamos ainda a digitalização de toda documentação da OAB/AL e o levantamento de toda a história da Ordem em Alagoas nos seus 80 anos. Faltou apenas a edição do livro. Recuperamos a Caixa de Assistência do Advo-gado (CAA/AL) e todos esses feitos fizemos em conjunto com a própria CAA/AL.

A construção da nova sede da oAB de Alagoas é a grande obra da sua gestão? A aprovação de mais de oitenta por cento dos advogados a nossa gestão é a nossa grande obra. É claro que a construção da sede moderna com o apoio finan-ceiro da OAB Nacional é um marco gigantesco para uma gestão. Convém lembrar que deixamos a obra com todos os recursos reservados a sua conclusão, sem usar um único centavo da OAB/AL, é uma obra do Conselho Federal, concedida na gestão do presi-dente Cezar Britto e realizada na gestão Ophir Cavalcante, que será concluída nas gestões de Thiago Bomfim e de Marcus Vinicius Furtado Coelho, atuais presidentes. Mas é uma obra física.

o que será feito com a antiga sede da oAB/Al, no centro? Pensamos em várias formas de utilização do prédio Aurino

Malta. Uma delas foi a trans-ferência da sede da Caixa de Assistência ao Advogado para lá. Tínhamos a intenção também de criar o Memorial do Advogado. Pretendíamos ainda que algumas comissões continuassem funcionando no prédio, além da cessão para sede de diversas entida-des ligadas à advocacia, como AMBCJ, ATAAL, AMAAL, Sindicato dos Advogados, entre outras. Entretanto, agora essa resposta fica para os novos dirigentes.

como foi o episódio da grava-ção? No tocante à gravação criminosa afirmo que, logo depois do dia 11 de agosto, quando apresentamos nossos candidatos à presidência da OAB/AL, fizemos uma reunião no meu escritório, no dia 16, na qual tratamos de assuntos atinentes à campa-nha, que deve ter sido tratado em todos os outros grupos, sem hipocrisia alguma. Acon-tece que na nossa havia um grampo criminoso. O ato de gravar foi, sem dúvida, o único crime existente nessa história toda. E o pior de tudo isso foi imaginar que o marginal que mandou gravar desejava presi-dir a Ordem. Felizmente, esses marginais não conseguiram o

êxito desejado. No final, o bem prevaleceu.

o resultado da eleição lhe deixou magoado? De maneira nenhuma. Não saio magoado desse processo. Talvez um pouco machucado, por descobrir o caráter de algumas pessoas que pensava ser diferente. Saí com o sentimento do dever cumprido, deixei a OAB/AL, como a encontrei de meu pai, Marcos Mello, em pleno funcionamento administrativo e financeiro; não deixei herança maldita. E nesse processo final, tive a oportu-nidade de conhecer valorosos companheiros, e são muitos, mas quero destacar o advogado Átila Machado, homem de fibra e de coragem, que juntamente com Rachel Cabus lutou brava-mente até o final, sem covardia, mesmo sabendo antecipada-mente das dificuldades.

Por que o senhor não foi para o terceiro mandato? “Se eu podia ter alguma dúvida de que precisava me afastar da Ordem, deixei de tê-la numa revelação feita pela minha filha Gabriela, de cinco anos. “Gostei muito de você ter saído da OAB, por que você agora tem mais tempo prá mim”, disse a menina, num passeio com o pai.

Deraldo FranciscoRepórter

Após cumprir dois mandatos consecutivos na presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL), Omar Coêlho de Mello está voltando à rotina de advogado e Procurador de Estado. Ele aguarda apenas a conclusão de uma pequena reforma no escritório que é sócio com seu

pai, o também ex-presidente da OAB/AL, Marcos Bernardes de Mello, para tocar a vida como advogado, uma vez que já voltou a atuar como procurador de Estado, desde o dia 2 de janeiro. Também não será surpresa nenhuma se Omar Coêlho for candidato nas eleições de 2014. Filiado ao Democratas, ele diz que ainda não decidiu... mas se for convocado, quem sabe? Omar Coêlho foi presidente da OAB/AL de janeiro de 2007 a dezembro de 2009 e de janeiro de 2010 a dezembro de 2012. “Foram dois mandatos de muita luta. Mas acredito que conseguimos fazer um bom trabalho para a sociedade civil organizada e para os advogados. Em ambos, tivemos uma aprovação de mais de oitenta por cento”, comentou. Durante as duas gestões de Omar Coêlho, a Ordem de Alagoas ganhou destaque no cenário nacional. Foi neste período que o Conselho Federal da OAB garantiu a liberação de R$ 4,2 milhões para a construção da nova sede da OAB/AL, em Jacarecica, anseio maior da advocacia alagoana.

O DIA foi à casa do ex-presidente Omar Coêlho, em Guaxuma, e conversou com ele sobre sua gestão, construção de nova sede, gravação clandestina e até sobre política.

3o DIA AlAGoAS l 1º a 9 de março I 2013

COM a PaLavra... redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

EX-PrESIDENtE da oab/al faz retrospecto de duas gestões, diz que deixa cargo sem mágoas e fala sobre gravação clandestina

Uma avaliação positiva

“Fizemos muito pelos advogados e

pela sociedade alagoana

Edua

rdo

Leite

em Jacarecica, obras da nova sede da oab/al estão em fase de conclusão

Igor

Per

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4 o DIA AlAGoAS l 1º a 9 de março I 2013

EXPrESSÃO redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

CNPJ 07.847.607/0001-50 l Av. Com. Francisco Amorim Leão, 364, Sala 202 - Farol - Maceió - Alagoas - E-mail: [email protected] - Fone: 3023.2092

Para anunciar,ligue 3023.2092 ExpEdiEntE

Eliane PereiraDiretora-Executiva

Jobson PedrosaDiretor de Redação

Deraldo FranciscoEditor-Geral

Regenes Melo Jr.Gerente Comercial

Conselho Editorial Aldo Ivo Jorge Vieira José Alberto Costa

O D I A ALAGOAS é o resultado

de uma aposta feita por jorna-listas que acreditam na força do impresso. Profissionais que resistem à plataforma da notí-cia pela metade. Da informa-ção incompleta e mal escrita em nome da pressa e do desejo de “furar” o concorrente, numa vantagem de minutos que seja. Nossa equipe acredita na força do papel e da tinta, da infor-mação como documento e que, por isso, precisa ser completa.

Apesar de o avanço da tecnologia gerar todo tipo de

declarações dando conta do fim do jornal impresso, ainda há quem faça “ouvido de mercador” para esses comen-tários. Podemos nos incluir neste rol. Somos jornalistas com intimidade com o “ontem e o hoje” no texto. Gostamos do barulho da rotativa, do rolar das bobinas de papel e de ver a transformação do campo em branco [bege, na verdade], em informação. Adoramos a corrida frenética do papel rumo à chapa e à dobradeira.

Nossa intenção é levar a informação completa aos nossos leitores. Por enquanto,

vamos ficar concentrados em Maceió e cidades vizinhas, mais Arapiraca e região metro-politana. Em breve, O DIA ALAGOAS deve chegar a quase todo o Estado. O “quase” é bem colocado porque nenhuma empresa de comu-nicação em Alagoas chega a todos os municípios, apesar de ainda se dizer o contrário.

O semanár io O DIA ALAGOAS tem um formato diferente, inédito em Alagoas. Nesta primeira edição, são 28 páginas, todas coloridas, recheadas de informações completas. As fotografias

foram escolhidas a dedo. As da capa, então! Nossas ilustrações são de um profissional íntegro e respeitado no Estado. Nossos textos são de profissionais experientes e de estudantes que já encaram a profissão com seriedade.

O DIA ALAGOAS ainda não sabe o que o espera. Durante a preparação do sema-nário para esta primeira edição, foram muitas as mensagens de sucesso. A tecnologia, naquilo que sabe fazer de melhor – que é distribuir velozmente infor-mações. Mas também houve declarações de desestímulo

e críticas antes mesmo de o jornal ser publicado. É inte-ligente encarar uma crítica muito mais como um motivo para continuar um projeto do que para desistir dele.

Mas O DIA ALAGOAS diz ao povo de Alagoas que pode esperar dele um canal de informações bem trabalhadas e mensagens bem escritas e ilustradas. Do jeito que a gente sabe fazer. Contar o fato sem interesse particular, sem se envolver com ele. O jornalista é um contador de histórias e O DIA ALAGOAS terá muitas histórias para contar ao povo

Uma boa notícia

Jorge Vieira - Jornalista

Participar do centenário do jornal O Semeador da Arqui-diocese de Maceió, como

órgão de comunicação impresso mais antigo em circulação em Alagoas, como colunista, é sentir-se honrado por fazer parte da história viva da comunicação no Estado e ter tido a oportunidade de registrar e publicar os princi-pais acontecimentos da Igreja, do mundo, do Brasil e de Alagoas.

Nesses cem anos, o mundo vivenciou acontecimentos das mais diversas dimensões políticas, ideológicas, econômicas, culturais, étnicas e religiosas, que provocaram profun-das mudanças e transformações no ceio da sociedade e na humanidade.

No Brasil, além da tradicionalista história do populismo e do suicídio do presidente Vargas, destaca-se o golpe militar de 1964. Período em que as elites brasileiras, civis e militares, subservientes e coadjuvantes dos interesses estadunidenses, jogaram o país em profunda turbulência social, acompanhadas por crises econômicas políticas. No século XXI, na contra mão dos fatos negativos, a popula-ção brasileira elegeu, pela primeira vez em sua história, um operário para a presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que colo-cou o país em patamares de desenvolvimento econômico e de distribuição de renda para as classes marginalizadas até então nunca visto.

Em Alagoas, entre conflitos, crises gover-namentais e econômicas, registram-se os períodos de turbulências, por Razões políticas, econômicas e ideológicas opostas, os gover-nos de Muniz Falcão e de Divaldo Suruagy. Nas últimas décadas, a profunda crise social no Estado, campeão dos grandes índices de violência, alfabetismo e exclusão social.

Nesse cenário de retrospectiva histórica, dois fatos marcaram a Igreja e o Brasil, pela relevância e significados, o Concílio Vaticano II e a famigerada Comemoração dos 500 anos. Com o primeiro acontecimento, a Igreja abriu--se para o diálogo com o mundo moderno, mudanças que até os dias atuais continuam alimentando e repercutindo positivamente nas estruturas eclesiásticas e eclesiais. E as Celebrações dos 500 anos, promovidas pelo governo brasileiro à época, contraditoria-mente, serviram para desmascarar a falsa do Descobrimento do Brasil, possibilitando a academia pesquisar, com os povos indígenas e a população em geral, discutir e conhecer a história de colonização, dominação e espolia-ção de suas riquezas.

Os acontecimentos históricos registra-dos pelo jornal O Semeador, sem dúvida nenhuma, contribuiu com a informação e formação do povo alagoano, alimentando e construindo a Esperança evangélica da cons-trução da Justiça e do Amor: Reino de Deus.

Jornal o Semeador: 100 anos de história

Marco Mota - Médico cardiologista

Em meu consultório guardo a imagem de duas santas. Uma é minha mãe que está materia-lizada num retrato preto e branco. A outra é

a santa de devoção dela que era Santa Terezinha. Depois de crescido, passei a ter também uma devoção especial à mesma santa de minha mãe. Acho que vem das observações que fiz em minha infância, quando por diversas vezes presenciei pela abertura da porta do quarto as conversas que minha mãe tinha com ela e a admiração que fui nutrindo em perceber as conquis-tas que minha mãe obtinha fruto daquelas conversas.

Durante anos o meu santuário foi crescendo. Os clientes que recebo, percebendo a minha “devoção”, vão crescendo imagens às já existentes. Algumas são curiosas, como o meu Santo Antônio da cabeça quebrada. Esse, no dia em que a paciente me levou, sofreu esse acidente e assim permaneceu por muito tempo. Sempre que ela me visitava perguntava por ele, e eu o tirava de um armário para que ela visse que o presente estava valorizado. Até levei um tempo meditando para ver o que aquele fato teria de significado em minha vida. Um Santo Antônio de cabeça quebrada poderia significar que eu deveria fazer alguns reparos na minha conduta. A paciente, cansada de me perguntar sobre ele, resolveu levar para conser-tar e já o trouxe de volta. Agora, soma-se aos outros santos o meu Santo Antônio que virou o da cabeça colada.

O último presente que recebi foi um Padre Cícero que nem cabe em meu “santuário”. Desde que o recebi tenho-o mantido guardado na parte de trás de minha mesa de trabalho. O problema é que as pessoas que me levam um novo santo sempre desejam vê-lo em local de destaque no “santuário”. Quando não localizam logo o presente se apressam em melhor localizá-lo. Eu sempre me desculpo dizendo que é a pessoa que faz a limpeza que muda a posição dos santos, afinal eles não se movimentam sozinhos (ainda).

Então, devo estar atento para o dia em que a cliente do meu Padrinho Cícero vem para a consulta. Quando vejo que ela está na agenda do dia, apresso-me em colocá-lo numa posição de destaque. Quando ela sai do consultório, lá vai de volta o Padrinho Cícero para detrás da mesa. A minha sorte é que ele é discreto e fica quieto durante a visita, senão eu ficaria numa situação embaraçosa (ainda não aprendeu a falar).

Em verdade, como o volume cresce dia-a-dia e tenho rece-bido muitas promessas de santos novos, meus clientes alimen-tam uma ideia diferente de minha crença. Por isso digo sempre que tenho apenas duas santas de devoção: minha mãe e Santa Terezinha. E sempre que eles dizem: “doutor, o senhor é muito religioso”, eu lhes respondo: “nem tanto”.

Nem tanto

AçãoO deputado federal Renan Filho reuniu na casa dele em Brasí-lia a bancada federal, incluindo os três senadores. Na pauta, a estratégia para vencer a barreira que o Tribunal de Contas da União colocou na obra de dupli-cação da BR 101 em Alagoas. O TCU alega que houve superfatu-ramento na obra.

ProntoPresente à reunião na casa do depu-tado federal Renan Filho, o senador Fernando Collor propôs a realização de audiências públicas para discutir o problema da BR 101 em Alagoas, cuja duplicação empacou. Collor quer juntar todo mundo: TCU, prefei-turas, Assembléia Legislativa, etc. numa mesma sala para se chegar à solução do problema.

ForaSão pelo menos cinco voos diretos e diários de Brasília para Maceió. Mas, a capital alagoana está fora da rota do Sedex 10. Uma encomenda postada na capital federal para Maceió, pelo Sedex, demora 48 horas para chegar. No aeroporto de Brasília o posto dos Correios fecha às 20 horas e o último avião para Maceió decola às 23h50min. Não dá para entender.

comumO procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, assegura que o ex-prefeito Cícero Almeida não tem mais “foro privilegiado” e deve responder aos processos contra ele como cidadão comum, ou seja, no juiz de primeira instância. Mas o desembargador James Magalhães saiu em defesa do ex-prefeito, que tem um fardo pesado para carregar na Justiça.

5o DIA AlAGoAS l 1º a 9 de março I 2013

PODEr redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

regina Miki anuncia o óbvio

SEcrEtÁrIA diz que delegacias ficarão sem presos para polícia trabalhar

Deraldo FranciscoRepórter

A cúpula da S e c r e t a r i a de Defesa

Social (SDS) fez vistas grossas para uma situação grave ocor-rida na Delegacia Regional de Palmeira dos Índios. Oito pessoas foram algemadas a motocicletas ou grades das celas devido à falta de estru-tura da carceragem.

As imagens foram feitas pelo Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas, o assunto ganhou repercussão local e ficou por isso mesmo. A situação de maus-tratos está evidenciada e sugere, inclu-

sive, um caso de tortura.Para minimizar a situa-

ção, a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, disse em coletiva de imprensa que até o próximo mês de julho as delegacias de Alagoas não vão receber mais presos. Ocorre que essa deci-são já foi tomada por aqui. Isso aconteceu com a criação das Casas de Custódia e do Cadeião.

Com o efetivo que tem, ou a Polícia Civil toma conta das delegacias ou investiga os crimes. Não dá para fazer as duas coisas. Foi por isso que, há cerca de dois anos, foi tomada a decisão de não se manter presos em delegacias

de Alagoas. Mas, curiosa-mente, a conclusão de inqué-rito não cresceu. Pelo menos a Polícia Civil não revelou isso à imprensa alagoana.

As delegacias voltaram a ficar lotadas de presos e algumas funcionam como mini-presídios. Nem mesmo o Presídio Desembargador José de Oliveira Sousa, em Arapiraca, é suficiente para a grande quantidade de presos no interior. Agora, a esperança é o Presídio Agreste [nome temporário], em Craíbas, que deve ser inaugurado em julho deste ano. Para a secretária, o presídio vai acomodar todos os presos que estão nas dele-gacias do interior.

DIAgnósticoRoberto [email protected]

A GeniO comentário de um tal Manfredini, que se diz humorista e residente em São Paulo, atacando os alagoanos e aconselhando a jogarem uma bomba sobre Alagoas, deveria ter sido rechaçado pelas autoridades com veemência.Feito pela Internet, o comentário tem repercussão incomensurável. E mais que um ataque descabido a um estado que prestou e presta relevantes servi-ços à nação, é uma afronta à Constituição Federal.Mas, como as autoridades estaduais não reagiram com veemência, quem sabe o Manfredini tem alguma razão – não digo de todo, mas no mínimo. Se Alagoas virou a Geni da história, a culpa com certeza é de quem não zela pelo Estado.

De malO ex-deputado federal João Caldas sumiu e desligou o telefone. Caldas cobrou o cumprimento do acordo em 2010 para que se filiasse ao PSDB e disputasse a vaga na Câmara Federal, e caso não se elegesse, se daria um jeito de ele dar uma voltinha na Câmara de vez em quando. Mas o acordo não foi cumprido e Caldas culpa o governador Téo Vilela, o vice José Thomaz Nonô e o senador Benedito de Lira.

De mauAliás, o ex-deputado federal João Caldas garante que graças aos votos dele o PSDB pode eleger Rui Palmeira à Câmara Federal. Para João Caldas, foi um mau negócio ter-se filiado ao PSDB.

De olhoO governador Téo Vilela foi aconselhado a visitar o Sertão com freqüência. Uma pesquisa interna mostrou que o eleitorado sertanejo está ressentido com o governo, apesar do Canal do Sertão, cuja primeira etapa será entregue dia 11 pela presidenta Dilma.

MocóO senador Benedito de Lira culpou o IBAMA pelo atraso na pavimentação dos 40 quilômetros que faltam na BR 316, entre Canapi e Inajá-PE. Segundo o senador, o IBAMA embargou a obra alegando que era para preservar o meio ambiente. “Só se for para proteger mocó”, disparou o senador Benedito de Lira.

A volta

E por falar no senador Fernando collor, ele voltou a assumir a Comissão de Infraestrutura do Senado, que trata exatamente das obras financiadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento.

em craíbas, umpresídio construídono meio do nada

Regina Miki disse que o Presídio Agreste terá capaci-dade para 800 presos. Neste caso, a penitenciária seria a maior de Alagoas uma vez que o Baldomero tem capacidade para 400 presos. Hoje, o Baldo-mero está com 800 presos.

Sem perceber, a secretá-ria, obviamente sustentada em informações da cúpula da Defesa Social, comemorou as 800 vagas no Presídio Agreste como se isso fosse uma solução para o problema da lotação das delegacias. De fato, resolvem--se problemas pequenos e cria--se um gigantesco.

O Baldomero fica em Maceió, num complexo prisio-nal e ao lado do Batalhão de Policiamento de Guarda (BPGd), responsável pela guarda externa dos presídios. A penitenciária está sob os olhares de toda a Defesa Social e, ao menor problema, tudo é articulado em pouco tempo. O Baldomero tem capacidade para apenas 400 presos.

O Presídio Agreste fica em Craíbas, no meio do Estado. A cidade mais bem estruturada próxima é Arapiraca. A Defesa Social terá dificuldades em formar a equipe de agentes,, policiamento externo, atendi-mento de saúde, alimentação e toda a logística.

Mesmo sem ter falado que isso estava previsto no programa Brasil Mais Seguro, Regina Miki disse que, agora, a meta do governo federal é zerar o número de presos nas delegacias de Alagoas. D.F.

uma mulher algemadaAs imagens são fortes

e uma delas mostra uma mulher algemada à grade da cela. Da forma como estava “amarrada” à grade, a mulher teria sérios proble-mas de circulação sangüí-nea. Este pode ser um típico caso de tortura, mesmo que esta não tenha sido a inten-ção do delegado responsável pela Regional de Palmeira dos Índios.

O flagrante foi feito por diretores do Sindpol, que

já tinham inclusive denun-cia a falta de estrutura na delegacia. O Poder Judici-ário e o Ministério Público já tinham, então, conheci-mento da situação. As medi-das tomadas logo depois da veiculação das fotos seguida da denúncia da situação foram: providenciar a trans-ferência dos presos para uma unidade prisional e a ordem para que o delegado rejeite o recebimento de outros presos. D.F.

mulher é algemada à grade da cela e obrigada a ficar com o braço erguido

numa situação extrema, preso foi algemado à moto, por falta de xadrez

Page 4: O Dia Alagoas

Candice AlmeidaEstágiaria

Al a g o a s i n i c i o u o ano de 2013

com a surpresa dos decretos de emergência administra-tiva editados pelos prefeitos recém-eleitos de 33 municí-pios. As justificativas apresen-tadas variam, mas acabam coincidindo na acusação contra o gestor anterior de má administração e sucateamento da estrutura municipal.

O caráter urgente da prestação de determinados serviços à população foi a principal alegação para os decretos de emergência, que facilitam processos de contra-tação e permitem a suspensão de contratos celebrados pela gestão anterior. No entanto, não tolera a inobservância às normas administrativas, sendo indispensável que os atos sejam motivados.

Diante da possibilidade de irregularidade desses decre-tos, o Ministério Público Esta-dual (MPE) e o Tribunal de Contas de Alagoas (TC/AL) adotaram uma série de provi-dências para evitar o desvio de finalidade e o desrespeito à Lei das Licitações.

O Núcleo de Defesa do Patrimônio do MPE orientou os promotores públicos que investigassem os decretos de

emergência nas cidades do interior. A medida teve como propósito analisar a veraci-dade da documentação, que apresenta as justificativas do decreto de emergência admi-nistrativo, e assim , preservar o patrimônio municipal.

Até a última sexta-feira (dia 1º), não havia conclusões oficiais acerca da análise da documentação apresentada aos promotores. Caso sejam encontradas irregularida-des, caberá ao MPE buscar a responsabilização dos envol-vidos, na esfera Cível e Crimi-nal.

O TC/AL, por sua vez, organizou os decretos de

emergência em Alagoas. Para isso, exigiu que os muni-cípios apresentassem toda documentação específica que alegasse e amparasse legal-mente o decreto emergencial. O órgão editou uma orien-tação sobre a forma como os processos administrativos emergenciais deveriam ser conduzidos.

Expirado o prazo, o TC/AL anulou o decreto de emer-gência de doze municípios – União dos Palmares, Barra de São Miguel, Inhapi, Paulo Jacinto, Maribondo, Estrela

de Alagoas, Olho d’Água Grande, Taquarana, Olho d’Água das Flores, Cajueiro, Igaci e Piranhas – por não apresentarem a documenta-ção solicitada. Este número, diminuiu para nove, após os prefeitos José Medei-ros Nicolau, o “Zezeco”, da Barra de São Miguel; Antônio Ferreira de Barros, o “Tonho do Eurico”, de Maribondo e Carlos Alberto Baía, “o Beto Baía”, de União dos Palmares, regularizarem sua situação.

No parecer mais recente, o Conselheiro Luiz Eustáquio

recomendou ao presidente do Tribunal de Contas, Cícero Amélio, que fossem promo-vidas auditorias na papelada de quatro cidades – União do Palmares, Barra de São Miguel, Pilar e Satuba – , pois não relataram justificativas convincentes para o decreto emergencial.

O prefeito de Jequiá da Praia e presidente da Associa-ção dos Municípios Alagoa-nos (AMA), Marcelo Beltrão, manifestou solidariedade aos companheiros que decreta-ram estado de emergência.

PODEr6 o DIA AlAGoAS l 1º a 9 de março I 2013

redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

MP e tc investigam os decretos de emergência

JUStIFIcANDo que iriam precisar de dinheiro para atender à população, prefeitos provocaram a dispensa de licitações

pF desmonta esquema em estrela de alagoasOs municípios que decre-

taram estado de emergência administrativa são: Barra de São Miguel, Cajueiro, Campo Alegre, Canapi, Carneiros, Chã Preta, Coité do Nóia, Colônia Leopoldina, Craíbas, Estrela de Alagoas, Feira Grande, Igaci, Igreja Nova, Inhapi, Major Izidoro, Maribondo, Monteirópolis, Novo Lino, Olho d’Água das Flores, Olho d’Água Grande, Piranhas, Passo do Camaragibe, Paulo Jacinto, Pilar, Piranhas, Porto Calvo, Quebrangulo, São José da Laje, Santana do Ipanema, Satuba, Taquarana, Traipu e União dos Palmares.

A cidade de Estrela de Alagoas enfrenta uma situação diferente das demais, pois ainda que o novo prefeito, Arlindo Garrote, tivesse decretado situ-ação de emergência adminis-trativa em face do caos deixado pela administração anterior, a Polícia Federal comprovou

irregularidades em madatos anteriores. Garrote e sua mãe, Ângela Garrote – prefeita entre 2004 e 2006 – foram acusados de serem os verdadeiros respon-sáveis pela administração do município na gestão de José Almerino, desde que este assu-miu a prefeitura no lugar de Ângela, quando afastada pela Justiça Eleitoral, e no mandato em que foi reeleito, entre 2006 e 2012. Mãe e filho continuam presos.

Curiosa também é a situa-ção do município de São José da Laje: com um salário de R$ 24 mil como prefeito, Bruno Rodrigo de Araújo, o “Rodrigo do Neno”, decretou situação de emergência administrativa no município, alegando que não havia como prestar serviços essenciais à população em face de uma dívida de R$ 3 milhões deixada pelo prefeito anterior, Márcio José da Fonseca Lyra, o “Dudui”. C.A. arlindo garrote, prefeito de estrela de alagoas, também decretou emergência

ex-prefeito dudui, de são José da laje, teria deixado dívida de r$ 3 milhões

Edua

rdo

Leite

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agiá

rio

no Tribunal de contas, técnicos e conselheiros analisam documentação enviada pelos prefeitos justificando decretos

“Conselheiro do tC/AL

recomendou auditoria nos documentos

prática ganhou o brasil e prefeitos fizeram o mesmo

A m e s m a p r á t i c a deliberada de decretos emergenciais em novos mandatos municipais tem tomado conta de diversos municípios espalhados pelo país. Só no Piauí, pelo menos 118 decretos de emergência deverão ser investigados por um grupo de técnicos do Tribunal de Contas Estadual.

Os Tribunais de Contas dos Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul já estão agindo para que a prática não seja apenas a desculpa perfeita para a inobservância de normas legais. C.A.

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SUStENtABIlIDADE tem definido o futuro das construções em alagoas; casas vão aproveitar luz do sol e água da chuva

Arquitetura alia-se à preservação ambientalLáyra Santa RosaRepórter

Su s t e n t a b i l i -dade. Esta é a pa lavra que

define o futuro das ações do homem nos grandes centros urbanos e que começa a chegar com força total nas habitações. Imagine só morar numa casa onde é aproveitada a luz solar, a água da chuva ou água do banho e da torneira da pia, que recicla seu lixo orgânico, e que não polui com esgotos

domésticos tanto quanto as casas convencionais.

Isso já é possível e tem ganhado cada vez mais mercado no Brasi l . Em Alagoas, essa tendência aparece ainda um pouco tímida, mas já é alvo de estu-dos e pode se tornar realidade ainda este ano. Arquitetos e clientes voltados para a causa, já começam a planejar obras sustentáveis e que devem mudar totalmente o conceito de arquitetura no Estado.

Mas o que é uma habita-

ção sustentável? A maioria das pessoas não sabe responder essa pergunta ou apenas conhe-cem superficialmente essa tendência. O projeto de arqui-tetura sustentável se compro-mete em difundir maneiras de construir com menor impacto ambiental e maiores ganhos sociais, com uma característica importante que é ser viável economicamente.

Esse tipo de conceito começa ainda no projeto, seguindo durante a obra até a entrega do imóvel pronto. Uma

casa sustentável engloba várias características que vão do chão ao teto. Ela começa com a esco-lha de materiais, como tijolos ecológicos, madeiras reapro-veitadas, tintas à base de água, luminárias de LED, painéis solares, e projeto de automo-ção, proporcionando a utiliza-ção dos recursos naturais na diminuição do consumo de energia.

Em geral, o projeto de Arquitetura sustentável tem um custo um pouco maior, cerca de 10 a 20% se compa-

rado a um projeto conven-cional. Porém esse custo é anulado se considerarmos que com projetos arquitetônicos alternativos é possível cons-truir residências que propor-cionem uma economia de energia elétrica de pelo menos 40%, e uma economia de água que pode chegar a 50%. Além da redução na construção, que pode chegar até cerca de 10% do que um imóvel convencio-nal. Isso significa gatos meno-res imediatos na obra e ao longo de sua utilização.

O projeto sustentável é a prática de se criar mode-los de edif icações mais saudáveis, que usem fontes renováveis em sua constru-ção, renovação, operação, manutenção e demolição suprindo as necessidades da geração presente sem afetar a habi l idade das gerações futuras.

Esse conceito foi funda-mentado pelo arquiteto Álvaro Rocha, que já tem um projeto e pretende construir em breve um imóvel susten-tável.

“Muita gente não sabe, mas de todas as ativida-des humanas, a construção civil é uma das que mais causam impactos no meio ambiente. Os recursos natu-rais, obviamente, são finitos e se continuarmos com a exploração desenfreada, em poucos anos sofreremos um colapso ambiental grave. Diante disso, resolvi criar um projeto que pudesse tratar essa realidade, e estou projetando a minha casa com todos esses requisitos”, contou.

O arquiteto tinha feito uma pesquisa, onde elabo-rou um projeto para uma casa de classe média com todos esses levantamentos sustentáveis, e que serviram de base para a realização do novo projeto. “O projeto, antes de mais nada, foi uma iniciativa para se difundir a perspectiva da sustentabili-dade como premissa inicial ao surgimento das novas edificações. Comprovando que é possível sim construir de forma sustentável sem

necessariamente ter uma edificação dispendiosa. Mas esse conceito pode atingir qualquer classe social, basta ter interesse”.

ProJEto VIÁVElPara o projeto devem ser

adotados sistemas comple-xos de climatização, aqueci-mento de água, iluminação artificial e de abastecimento de água. “A ideia é demons-trar que, além de ser social e ecologicamente correto, é também economicamente viável, visto que essa tipo-logia de projeto tem o maior valor de custo da construção civil por metro quadrado”, comenta o arquiteto.

Álvaro Rocha completa d i z e n d o q u e p a r a s e r sustentável, um empreen-dimento precisa atender a quatro requisitos básicos, ser: ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo, e cultural-mente aceito. “Em Maceió, existem algumas edificações dotadas de preocupação ambiental, porém ainda de forma bastante acanhada, contemplando apenas algu-mas técnicas de sustenta-bilidade, que se resumem basicamente à reutilização de água da chuva e de águas provenientes de chuveiros e pias, sistemas de tratamento de esgoto, painéis de aque-cimento solar e fotovoltaico, sendo que o projeto de casas sustentáveis ainda é algo pioneiro”, completa Rocha, lembrando que sustentabi-lidade é algo amplo, e que precisa ser levado como

modelos de edificações mais saudáveis

a nova arquitetura possibilita um fluxo maior do vento dentro de casa, dispensando ventiladores e ar-condicionado

edificações sustentáveis aproveitam com maior eficiência a luz do sol; água da chuva será melhor direconada

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DIcAS DE MAtErIAIS SUStENtÁVEIS

l luminárias de lED: (diodo Emissor de Luz), disponíveis em casas especializadas de iluminação, cuja luz é livre de radiação UV e de calor, gera uma economia que varia de 50 a 80 %.

l torneiras e registros economizadores com sensor de presença, válvulas de descarga de fluxo duplo: esses sensores reduzem o consumo de água principalmente em locais públicos, evitam as descargas de duplo fluxo, possuem volumes de água diferenciados para expurgo de líquidos e sólidos e são facilmente encontradas em casas de material de construção.

l Ecomosaicos: são feitos de materiais reciclados, resíduos elimi-nados pelas máquinas de corte de marmorarias e cerâmicas, podendo ser adquirido a custos mínimos em diversas marmorarias existentes em Maceió.

l Esquadrias com isolamento termo-acústico: proporcio-nam melhor qualidade de vida para o usuário, além de economia de ener-gia, pois aumentam a eficiência de sistemas de climatização, disponíveis em Madeira, pVC e alumínio. Ainda existem poucos fornecedores em Maceió.

l tijolos de solocimento: tijolo composto de solo, cimento e água, produzido sem o processo da queima, evita o desmatamento e, conse-quentemente, a poluição do ar. Elimina a quebra de paredes e o desperdício com materiais.

l Painéis solares para aquecimento de água: facilmente encontrados em casas de materiais de construção, possuem ainda um custo elevado, variando de R$ 2 mil a R$ 6 mil.

l tintas, vernizes e colas à base de água: os principais fabri-cantes já disponibilizam linhas diferenciadas desses produtos, com custo compatível e de fácil localização no mercado local, são isentas de odores fortes e não são poluentes.

l Madeiras certificadas e de demolição: Em Maceió ainda é difícil encontrar madeira certificada, porém a opção da madeira de demo-lição já é algo bastante difundido, principalmente para decoração, existindo boas opções no mercado.

l Metais: A indicação é do uso do inox ao invés de metais cromados, os quais geram rejeitos perigosos em sua produção e o alumínio, que tem altíssimo índice de reciclagem e reaproveitamento.

l Automação: Uma opção nova e primordial para as edificações do mundo contemporâneo são os sistemas inteligentes de automação residencial, que garantem o completo gerenciamento da instalação, otimi-zando o consumo de energia com direcionamento de iluminação solar, e aberturas de ventilação.

l telha ecológica: Utilizada na coberta - de cor clara refletiva e de baixa transmissão térmica, sendo flexível, inquebrável, não poluente, não tóxica, leve, absorção mínima de água, excelente redutor sonoro possui o mais baixo custo de construção por metro quadrado.

redução nas contas está entre os benefíciosApesar do preconceito,

esse tipo de habitação susten-tável traz inúmeros benefícios aos moradores, gerando recur-sos que vão desde a venda do adubo produzido a partir do lixo, quanto à redução das contas de água e de energia elétrica, ajudando a construir um mundo ecologicamente melhor. Tudo isso é possível, garantindo ainda um espaço confortável e aconchegante, pelo menos é o que garante os arquitetos ambientais.

O custo de uma casa ecoló-gica pode chegar a ser 30% mais alto do que uma constru-ção normal. Porém, além de agir em prol do meio ambiente, os moradores desse empreen-dimento deverão colher os frutos no futuro.

“As pessoas pensam apenas no gasto momentâneo, Mas se você for analisar a médio e longo prazo, esse investi-mento na casa ecológica pode ser sentindo no bolso, com o fim da conta de energia ou de água. Além do que as pessoas precisam pensar no consumo

consciente, essa é tendência do futuro e chegou com força total nas grandes cidades”, contou a arquiteta Fabíola Siqueira, especialista neste tipo de conceito, e empenhada na execução de um projeto que também promete revolucionar o mercado da construção civil.

O futuro empreendimento ainda está na fase de planeja-mento e seu projeto atende a todos os preceitos de sustenta-bilidade antes, durante e após a finalização da obra.

“Estamos planejando algo que se encaixe com o mundo atual e com esse conceito de sustentabilidade que acredi-tamos. Vamos investir num projeto totalmente sustentá-vel e novo, quebrando para-digmas, partindo do pilar da sustentabilidade”, contou Ian Lopes, cliente da arquiteta.

Mantendo mistério sobre a obra, o empreendedor disse que seu projeto deve revo-lucionar, já que estão sendo procuradas novas e anti-gas tecnologias, reaprovei-tando matérias e utilizando o

próprio meio ambiente como aliados. “Será uma constru-ção totalmente sustentável, com eficiência energética feita por iluminação de leds, com reaproveitando de água e utilização de um item que se tornaria sucata em outro setor econômico. Esse é um projeto que estamos fazendo por acre-ditar na causa da sustentabili-dade, e por achar que se cada um fizer usa parte com esse tipo de ação teremos um futuro diferente”, falou.

Segundo Ian Lopes, as pessoas precisam abandonar antigos preconceitos e enxer-gar esse tipo de projeto como o futuro. “As pessoas acham que tudo que envolve meio ambiente é rústico, mas não é. Envolve tecnologia e conforto. É preciso acabar com essa visão, e pensar que é um inves-timento para o futuro, onde estamos cuidando do planeta, deixando o legado para a socie-dade. Além do que, o bolso agradece, já que sustentabi-lidade também é economia”, completou.

Tijolo ecológico promete qualidade e economiaO tijolo ecológico é um dos

itens inovadores que podem ser utilizadas na construção de casas sustentáveis. Ainda ganhando força no mercado da construção civil, o material já é produzido em Alagoas desde 2011 e chega como tendência forte, prometendo unir qualidade, redução de custo e, principalmente, prote-gendo o meio ambiente.

Os tijolos são feitos numa fábrica no bairro São Jorge. Com equipamentos novos e de primeira linha, o material vai se misturando e ganhando forma. Ele tem modelo semelhante ao tradicional, mas sua acústica e resistência são superiores. Porém, a grande diferença está na maneira como ele é feito e é o que o faz especial.

“Esse tipo de tijolo é feito a partir de uma mistura de

barro com cimento. Após ser prensado, ele é curado na água, diferente do tradicional que usa a queima. Para cada mil tijolos convencionais, dez árvores são queimadas. Ele ainda consegue promover a diminuição da perda na cons-trução, o que também integra o conceito de sustentabilidade. Ele tem sido um item bastante procurado para quem acredita nessa causa”, contou o empre-sário Thiago Hilário, dono da T.H tijolos.

Ainda de acordo com o empresário, essa é uma tendência que já conquistou os mercados da região Sul e Sudeste, porém em Alagoas as pessoas ainda têm muito medo do novo. “O tijolo ecológico é de fácil manuseio, mais resistente, além de dimi-nuir o gasto com material de

construção. Ele é mais caro que o tijolo normal, porém no final da obra acaba sendo mais econômico, já que gasta menos reboco e assentamento. Durante a obra, a economia vai de 30% até 50%”, explicou.

Nem todos os pedreiros sabem utilizar este tipo de tijolo, já que sua aplicação é mais delicada e requer mais atenção. Porém, para ampliar o mercado e conseguir alavan-car o item de sustentabilidade, Thiago Hilário já formou parcerias e deve ser instrutor num curso de formação de pedreiro. “Com os pedrei-ros aprendendo a aplicação, acredito que os empreiteiros e construtores passarão a enxer-gar o produto com o valor que ele tem, de ser ambiental, ter qualidade e ser econômico”, finalizou.

Fabíola é a arquiteta responsável pelo projeto de ian lopes, empreendimento que pretende revolucionar o mercado

Thiago aponta durabilidade como principal diferencial do tijolo ecológico

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Deraldo Francisco - [email protected] a Dia

caminho sem saídaEsta imagem captada pelo repór-

ter-fotográfico Igor Pereira revela bem a situação das poucas ciclofai-xas e ciclovias de Maceió. Esta da foto fica bem ali, na orla de Cruz das Almas. O ciclista vem pedalando

sua magrela numa boa, curtindo a paisagem quando, de repente, precisa parar bruscamente. A ciclo-via simplesmente desaparece. No lugar surge um buraco enorme e um riacho de águas podres. As marcas

de pneus no chão dimensionam o tamanho do susto dos ciclistas. No decorrer das edições de O DIA ALAGOAS, a coluna vai revelar quase todos os caminhos que não levam a lugar nenhum.

Maceió fica sem energiaEsta semana, a Eletro-

brás Distribuição Alagoas vai fazer a manutenção da rede elétrica em alguns bair-ros de Maceió. Por conta da operação, a rede de energia será desligada. Vários bairros serão atingidos pela suspen-são no fornecimento de ener-gia. Vai faltar energia em ruas da Ponta Verde, Prado, Jati-úca, Poço, Benedito Bentes e Tabuleiro do Martins. Os nomes das ruas, avenidas, travessas, conjuntos residen-ciais e loteamentos estão no site da Eletrobrás.

tapando buracosParece que o pessoal da

Prefeitura de Maceió acor-dou. A ressaca do Carna-val está passando, então. A coluna observou que operá-rios da Infraestrutura do Município estão tapando uns buracos pela cidade. Nos últi-mos dias, o pessoal se concen-trou nas ruas esburacadas do Farol. As marcas de asfalto novo no calçamento revelam a buraqueira que existia nas ruas. A coluna reconhece a importância da operação e espera que ela se estenda por todas as ruas esburacadas da cidade.

canteiro abandonadoA coluna observou que

o canteiro da Avenida Pierre Chalita, no bairro São Jorge, está morrendo. As espécies de palmeira já morreram e a grama, do tipo esmeralda, está se acabando também. É bem verdade que a tempera-tura alta está queimando tudo que é verde, mas há na esfera do município uma secretaria inteira só para cuidar do verde de Maceió. Ou seja, não se justi-fica o abandono do canteiro.

Máfia dos clandestinosEstá escandalosa a situ-

ação dos transportadores clandestinos de passageiros. Há carros de todo tipo carre-gando gente prá lá prá cá. Quem deveria fiscalizar faz vistas grossas. Aliás, a lerdeza do pessoal da SMTT não é de hoje nem dessa gestão muni-cipal. É natural que mantenha o que está dando certo, mas o que está errado deve ser consertado imediatamente. Na Chã da Jaqueira, o trans-porte clandestino virou uma máfia. Algumas pessoas são espancadas e obrigadas a sair da rota dos carros da máfia. Quem insistir morre, é assim que o pessoal da organização trata os intrusos.

Aonde foram parar os agen-tes de trânsito mais antigos da SMTT? De uma hora para outra, um monte de meninos vestidos de cáqui invadiram os cruzamentos de Maceió. Um já foi pego dirigindo sem habi-litação e, inclusive, bateu na

traseira de outro carro em plena Avenida Fernandes Lima, no Farol. Outros são vistos cons-tantemente parando as viaturas da SMTT nos estacionamen-tos de cursinhos e faculdades particulares. Isso mostra, no mínimo, que eles não estão

satisfeitos com o cargo que estão ocupando. Não há problema nenhum em um agente de trânsito recém-aprovado no concurso da SMTT tentar cres-cer na vida. O que não pode, no entanto, é usar a estrutura do órgão para isso.

Sobre os meninos da SMtt

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Iracema Ferro Repórter

O m e r c a d o de trabalho não costuma

abrir novos postos nos dois primeiros meses do ano, por isso mesmo é que se diz, também para esta área, que o ano só começa depois do Carnaval.

Passado este período, é hora de abrir os olhos para as diversas perspectivas de traba-lho no mercado alagoano. Este promete ser um ano de muitas boas oportunidades para quem está fora do mercado ser inserido e para quem quer mudar de emprego.

A internet pode ser uma boa aliada nesta hora. Sites como AdvanceRh (www.advancerh.com.br), Curricu-

lum (www.curriculum.com.br) e o alagoano Recruitment (www.recruitment.com.br) há diversas vagas abertas para funções como gerente de fast food, gerente operacional, gerente de controle de quali-dade, vendedor, atendente, auxiliar de departamento pessoal), assistente finan-ceiro, representante comer-cial, eletricista, representante comercial, auxiliar adminis-trativo, promotor de vendas, operador de telemarketing, consultor, estágios, técnicos nas mais diversas áreas entre outros.

De acordo com o adminis-trador Alenilson Barbosa, da Recruitment, responsável pela seleção de funcionários para empresas como Duratex, 3M, Valedourado, Adidas, Senseo, Santander, Renner, HSBC e

Esso, destaca que para sair na frente dos outros candida-tos o interessado numa vaga precisa ter um bom currículo e demonstrar vontade de traba-lhar.

“A capacitação hoje é um grande diferencial. Fluên-c ia verbal , d inamismo, pró-atividade e comprome-timento estão entre os atri-butos mais procurados pelos empregadores, indepen-dente da área de trabalho”, aponta Barbosa.

Ele destaca que, até agora, o comércio, em especial o varejo, é o ramo que mais tem gerado vagas de emprego em Alagoas.

“As proximidades com a Páscoa e o Dia das Mães é conhecida como oportuni-dade para vagas temporárias, mas quando o trabalhador

demonstra compromisso, acaba sendo absorvido. Tem sido assim ao longo dos anos e em 2013 não será diferente”, avalia.

Barbosa alerta para um novo comportamento dos empregadores. “As empre-sas, pela falta de comprome-timento dos colaboradores, está usando o período de 90 dias de experiência como fator determinante na contratação. Os salários não estão atrativos porque o empresário cansou de pagar altos salários e ter que demitir após 90 dias. Por isso, os empresários prefe-rem pagar mais para alguém já empregado (comprando literalmente seu passe), do que teoricamente arriscar em uma contratação sem noção do resultado que esta pessoa traria”, explica.

SUPErMErcADoS e shoppings devem elevar número de trabalhadores com carteira assinada este ano em alagoas

Mercado abre as portas para novos empregos

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MErCaDO redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

É hora de assumir o cargo públicoJá na esfera pública, 83

aprovados em concurso público de 2011 em Arapiraca tomaram posse esta semana no auditório do Centro de Referência Integrado em Assistência em Saúde de Arapiraca (Cria), ao lado do Centro Administrativo Muni-cipal.

São professores, assisten-tes administrativos educa-cionais, secretários escolares, arquiteto, assistentes sociais, enfermeiros, fisioterapeuta, técnicos de enfermagem, tera-peuta ocupacional, fonoaudi-ólogo, procurador municipal e nutricionista de emprego novo já no primeiro trimestre de 2013.

Estes são os remanescen-tes que aguardavam serem “chamados” para o trabalho. Nos últimos meses outros 349 aprovados no certame foram nomeados.

Ainda este ano estão previstas as nomeações de 28 novos promotores, que parti-ciparam no certame iniciado no ano passado, com salário inicial será de R$ 17.581,75.

De acordo com a Secreta-ria de Gestão Pública (Segesp) ainda este ano devem ser nomeados oficiais e soldados combatentes aprovados no concurso da Polícia Militar realizado no ano passado. O certame previa 1.040 vagas e

teve um total de 35.678 inscri-tos. A corporação tem necessi-dade urgente de contratação desses profissionais, dada a grande quantidade de baixas na PM ao longo dos últimos anos, o que deixou o efetivo bastante defasado.

Também é esperado para este ano a nomeação de apro-vados no concurso da Polícia Civil, que ofertou 240 vagas para agente de Polícia, 40 para delegado e 120 para escrivão. A seleção começou no ano passado e já está na etapa final.

Quem foi aprovado no concurso público dos Correios de 2011 e não foi nomeado tem uma nova oportunidade de entrar para uma das empresas de maior credibilidade entre os brasileiros. É que estão previstas algumas contrata-ções de cargos de nível médio, em especial para carteiros, até o término da vigência deste concurso, que vai até o final deste ano. A informação é da assessoria de imprensa dos Correios em Alagoas.

D o s a p r o v a d o s n o concurso em Alagoas já foram contratados 101 carteiros, 41 atendentes, 11 operadores de triagem e tratamento, um auxiliar de enfermagem (todos de nível médio), sete adminis-tradores, três advogados, dois jornalistas e um engenheiro de segurança (nível superior).

“A internet pode ser um

excelente aliado na busca por oportunidades de emprego

obras do maceió parque shopping estão avançadas supermercados oferecem centenas de empregos

mais de 15 mil novos vagas são ofertadasNo mês passado foi inau-

gurado o supermercado ataca-dista Assaí, do grupo Pão de Açúcar, com loja na avenida Menino Marcelo, Serraria, que funciona de segunda a segunda, gerando mais de 500 empregos diretos e indiretos.

O Bompreço, da rede Walmart , constrói uma unidade no Tabuleiro do Martins, que tem previsão de começar a funcionar já neste primeiro semestre, gerando 250 empregos diretos. O Tabu-leiro também recebe, ainda este ano, um supermercado Todo Dia, que vai gerar pelo menos 30 empregos diretos.

O Unicompra continua a construção de sua nova unidade na Ponta Verde, próximo à Praça do Skate, visando ganhar o filão de consumo daquela região.

Quem também traz nova loja para a capital é o grupo G Barbosa. O supermercado será instalado na Santa Amélia,

gerando 80 empregos dire-tos e 240 indirtetos. Segundo os representantes do grupo, há projetos para novas lojas em Maceió, incluindo uma unidade de atacado.

Outro empreendimento que promete agitar o mercado e gerar milhares de vagas de trabalho é o Maceió Parque Shopping. Com previsão de inauguração para outubro deste ano, em Jacarecica, às margens da rodovia AL-101-Norte, o mall terá quatro lojas--âncoras, oito megalojas, 200 lojas, praça de alimentação, dois restaurantes, oito salas de cinema, além de duas mil vagas de estacionamento.

Para movimentar toda essa estrutura serão necessárias mais de 3 mil pessoas, tanto para a administração, quanto para limpeza, lojas, segurança, manutenção, supervisão entre outros, que devem começar a ser selecionadas já no segundo semestre deste ano, ou seja, é

hora de preparar o currículo. Os empregos indiretos podem passar dos 3,5 mil.

Quem mora em Arapiraca e cidades vizinhas terá no Pátio Arapiraca Garden Shopping centenas de oportunidades de trabalho. O empreendimento, que fica às margens da rodovia AL-220, terá 204 lojas, seis salas de cinema, praça de alimenta-ção e 2.189 vagas de estaciona-mento. Estão previstos 3 mil empregos diretos e outros 3,5 mil indiretos. A inauguração está marcada para dia 17 do próximo mês.

Com apenas três anos de operação e mais de três mil funcionários, o Pátio Maceió, no Benedito Bentes, já se viu obrigado a expandir: estão sendo construídas loja-âncora, academia, megaloja, 22 lojas satélite, duas salas de cinema e estacionamento coberto. A inauguração da nova área está prevista para outubro próximo e vai gerar 1,2 mil empregos.

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As prefeituras dos municí-pios de Alagoas começaram a receber no último dia 22 o docu-mento enviado pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), com a solicitação de informações sobre a elaboração de projetos para a destinação e resolução do problema dos resíduos sólidos. Há alternativas que podem solucionar o problema de prefeituras, de modo menos impactante do ponto de vista financeiro, a exemplo do Consórcio formado na região do Sertão.

Segundo Adriano Augusto, diretor-presidente do IMA, as correspondências às prefeitu-ras foram encaminhadas para acompanhar o que cada muni-cípio tem feito para se adequar às exigências da legislação. “Ano passado nós enviamos uma solicitação às prefeitu-ras. A maioria respondeu que estava buscando soluções. Nós queremos que eles agora apre-sentem essas soluções e o que está sendo feito no sentido de viabilizar”, disse.

Os municípios têm até 2014 para acabar com os lixões a céu aberto, conforme o que prevê a Política Nacional de Resíduos Sólidos – instituída pela Lei Federal nº 12.305/2010. Não há perspectivas de que esse prazo será modificado e aqueles que não cumprirem a determina-ção podem ter uma série de problemas, entre eles a perda de acesso a recursos do governo federal e pagamento de multa.

Hoje não há município, em Alagoas, que atenda completa-mente às exigências da Lei. Isso porque ela prevê que apenas rejeitos – a parte do lixo que não serve nem para a reciclagem – devem ser encaminhados aos aterros. Para tanto são neces-sárias iniciativas como a área

para compostagem, separação e encaminhamento para reci-clagem, entre outras.

AltErNAtIVANa região do Sertão há uma

iniciativa que pode resolver o problema de 13 municípios. O Consórcio Intermunicipal para a Gestão dos Resíduos Sólidos (Cigres) é a primeira alternativa do estado, em fase de conclusão das obras feitas com recursos federais na ordem de R$ 2,1 milhões, através da Compa-nhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Paraíba (Codevasf).

Durante reunião realizada dia 20, os prefeitos dos muni-cípios de Pão de Açúcar, Olho D’Água das Flores, Jacaré dos Homens e Monteirópo-lis, formaram uma comissão, com reunião marcada para a próxima segunda-feira (dia 25), em Santana do Ipanema. Ela deve buscar solução para o problema da contrapartida das prefeituras que estariam impe-dindo a entrada da terceira parcela prevista pela Codevasf e que deverá servir para conclu-são das obras.

Todavia, o superintendente da Codevasf em Alagoas, Luis Alberto, alertou para a necessi-dade de se manter o Cigres em condições de trabalhar, com as prestações de contas em dia e o plano de trabalho ajustado à necessidade, por exemplo. Ele considera as obras como a parte mais fácil “a questão toda será a operação”, afirmou. O diretor--presidente do IMA comple-mentou que “a parte principal da construção foi feita, falta pouco, mas a gente entende que a operação é o fundamental. As prefeituras precisam se envol-ver, porque nós iremos cobrar o cumprimento da lei”.

rESErVAS particulares do patrimônio natural, em área de mata atlântica, contribuem para conservar a biodiversidade

Alagoas ganha três novas unidades de conservaçãoO estado de Alagoas

g a n h a m a i s t rê s Unidades de Conser-

vação, uma das mais impor-tantes ferramentas de proteção à biodiversidade. Todas são Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), estão localizadas no municí-pio de Colônia de Leopoldina, possuem um mesmo proprie-tário e conservam fragmentos de Mata Atlântica. As porta-rias já foram publicadas em Diário Oficial.

Os pedidos foram homo-logados pelo diretor-presi-dente do Instituto do Meio

Ambiente (IMA), Adriano Augusto, em dezembro do ano passado. Todavia, as portarias só foram publicadas no dia 08 de fevereiro desse ano, quando passaram a vigo-rar. O principal objetivo para criação dessas Unidades é a conservação da diversidade biológica.

As três RPPNs são de propriedade de Diego Tenó-rio Guimarães. A Reserva na Fazenda Papa Mel possui 27,5 hectares (ha); a Reserva na Fazenda Estrela do Sul possui dois fragmentos de mata atlân-tica, o primeiro com 21,7ha e o

segundo com 30,7ha; a reserva da Fazenda Porto Alegre possui 52,8ha.

“Inicialmente um dos prin-cipais ganhos para um proprie-tário de RPPN é a conservação de área que passa a ser reco-nhecida nacionalmente. Além disso, há outros ganhos, por exemplo, a isenção do Imposto Territorial Rural [ITR]; priori-dade para crédito agrícola na propriedade como um todo, em projetos ambientais e no órgão ambiental”, comenta Alex Nazário, diretor de Unidades de Conservação do IMA. O órgão também pode

orientar, técnica e cientifica-mente, a elaboração do Plano de Manejo ou de Proteção e de Gestão.

Criadas dentro do que prevê a Lei Federal nº 9.985/2000, que institui o Sistema Nacio-nal de Unidades de Conser-vação (SNUC), as RPPNs são Unidades de Conservação, na modalidade Uso Sustentável – que prevê “compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais”, conforme o que descreve a legislação. Privadas, elas são gravadas com perpetuidade

e permitem, além da pesquisa científica, a visitação com obje-tivos turísticos.

As três RPPNs ampliam para 31 o número de RPPNs existentes em Alagoas, sendo que 23 dessas foram criadas no estado. Elas se juntam a mais 05 Unidades de Uso Sustentável estaduais: as Áreas de Proteção Ambiental (APAs) de Murici, Catolé e Fernão Velho, Para-tagy, Santa Rita e Marituba do Peixe. Além disso, existem mais 03 áreas de Proteção Inte-gral e no total o estado abriga hoje 51 Unidades de Conser-vação.

ima cobra destinação dos resíduos sólidos

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CONStruIr redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

MErcADo imobiliário se consolida como um dos principais vetores da economia local; volume de obras é grande

Al vira uma “máquina” de construir moradiasÉder PatriotaRepórter

Ap e s a r d e possuir um dos piores

indicadores sociais do Brasil, Alagoas vem se destacando no mercado imobiliário nacio-nal como um dos locais com maior volume de obras. Graças a esse bom momento, o setor se tornou um dos principais veto-res da economia local e com isso vem contribuindo de forma considerável para a redução do

déficit habitacional existente.Antes do “boom” ocorrido

nos anos de 2009 e 2010, as obras nesse setor se encontra-vam em menor volume e com menos oportunidades para quem possuía baixa renda, pois a economia brasileira não favorecia a aquisição de um imóvel. Além disso, a ascensão social não era das mais fáceis e existiam grandes barreiras para a realização desse sonho pelos bancos financiadores, como é o caso da Caixa Econô-mica Federal, (CEF), que é a

principal instituição dessa modalidade até os dias atuais.

Já em 2009, quando o mundo se encontrava em uma grave crise econômica, o então presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), decidiu lançar o Programa Habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV), visando fazer a economia do País não sentir tanto os efeitos desse conturbado momento. Com isso, ajudou de forma substancial a realização do sonho da maioria dos brasilei-ros: a casa própria.

Em Maceió, o grande volume de obras se iniciou quando foi inaugurado mais um Shopping Center, o Pátio Maceió. Localizado no Complexo Habitacional do Benedito Bentes, se encon-tra numa das áreas de maior potencial habitacional da capital. A partir daí, diversas unidades residenciais começa-ram a ser construídas e foram automaticamente inseridas no Programa Minha Casa Minha Vida. Com isso, a região ganhou novos contornos e

diversos empreendimentos empresariais e imobiliários continuam a se instalar.

Na primeira fase do programa federal, era permi-tido que os futuros adquiren-tes utilizassem o chamado Decore (Declaração de Rendi-mentos) e as exigências para ser proprietário de um imóvel eram poucas. Contudo, na segunda fase as residên-cias tiveram valor elevado e as obrigações para quem o deseja, tornou o MCMV mais seletivo.

economista e empresário falam em crescimentoPara o economista Cícero

Péricles, as construções demo-raram a acontecer no entorno do Benedito Bentes.

“No início desse processo, as construtoras estavam sem entender como atender a esse novo público, assim como a Caixa Econômica Federal, que, até os dias atuais, é a prin-cipal instituição financeira a realizar esse tipo de serviço, mesmo com a entrada do Banco do Brasil. Entretanto,

depois do período de adap-tação, o setor imobiliário vem obtendo grande desenvoltura no nosso Estado, empregando atualmente 40 mil pessoas, desde o pedreiro até o corre-tor que vende o empreendi-mento. Ainda assim, acredito no seu crescimento depois do ano de 2016, já que a economia do país vive um ciclo virtu-oso”, destacou.

O corretor de imóveis e também proprietário da

Imobiliária Zampieri Imóveis, Nilo Zampieri Júnior, afirmou que os corretores contribuem consideravelmente para o setor imobiliário ser um dos principais vetores da econo-mia alagoana. “Exploramos as lacunas causadas pelo déficit habitacional em nosso Estado e a diminuição da restrição do crédito para as pessoas, mas estamos nos qualificando para atender às diversas situações que aparecerem”, explicou.

Zampieri também afirmou que o mercado imobiliário se tornará o principal vetor da economia local, quando ocor-rerem mais investimentos na infraestrutura das cidades, em especial no saneamento básico, que vem avançando e que ainda tem muita coisa a avançar. “É necessário que os entes públicos locais estejam voltados para o crescimento desse importante setor”, ressaltou.

caixa econômicaquer reduzir déficit habitacional

M a r i a A p a r e c i d a Machado, gerente regional do segmento Construção Civil, afirmou que 2012 foi bastante proveitoso para a instituição em Alagoas.

“Financiamos 22 .417 unidades habitacionais, com valores aproximados de R$ 1.581.308.342, sendo que foram financiados pelo sistema SBPE R$ 369.345.223, ou seja, 2.362 unidades e pelo FGTS mais outras fontes que geraram um total foi de R$ 1.211.963.119, construindo 2.055 residências”, explicou.

Maria Aparecida disse, ainda, que o banco está otimista em relação aos próxi-mos anos. “Continuaremos fomentando a construção de novas moradias, visando minimizar o déficit habitacio-nal em nosso estado, levando habitação de qualidade para a população e se mantendo como a principal instituição bancária a realizar financia-mentos imobiliários”.

Já o superintendente regional em exercício da Caixa Econômica Fede-ral, (CEF), Kleber Jurema, lembrou que o banco atua como financiador imobiliá-rio há quase 27 anos, desde a incorporação do extinto BNH , em 1986.

“At u a l m e n t e s o m o s responsáveis por mais de 70% do crédito imobiliário em nosso país, no qual temos agências em todos os muni-cípios brasileiros e corpo técnico qualificado, para atender tal demanda”, desta-cou.ricardo melro contou que o setor está modificando a economia em alagoas

ademi diz que setor mantém estabilidadeJá para o presidente da

Associação das Empre-sas do Mercado Imobiliá-rio de Alagoas, (Ademi), Guilherme Melro, o segui-mento está em fase de esta-bilidade. ”Hoje o setor se encontra com muitas obras em andamento e isso deverá ocorrer nos próximos anos, todavia em menor volume. Além disso, aproximada-mente 40 associados da entidade estão atuando no mercado imobiliário, sendo que o restante está traba-lhando com obra pública e a outra parte é fornecedor”, enfatizou.

Melro disse, ainda, que o setor tem sido respon-sável por grandes modifi-cações na economia local. “Atualmente, remuneramos bem nossos colaborado-res e fazemos de tudo para que eles tenham uma exce-lente qualidade de vida. Além disso, trabalhamos a responsabilidade social em cada empresa filiada, com isso buscamos modificar a mentalidade dos outros

setores”, salientou.O presidente do Conse-

lho Regional dos Corretores de Imóveis, (Creci), Vilmar Pinto, afirmou que existem atualmente 2,4 mil corre-tores atuando em Alagoas. ”Prestamos total suporte ao setor imobiliário, no qual comercializamos os imóveis disponíveis e, com o sucesso das vendas, fazemos os inúmeros empregos serem mantidos”, reforçou.

EXPEctAtIVAEm re lação à expec -

tativa para os próximos anos, Pinto disse que ela é a melhor possível. ”Apesar do volume de obras não ser do mesmo patamar ocorrido nos anos anteriores, acredito que as vendas permanece-rão aquecidas”, pontuou.

Já para quem dese ja investir em imóveis, Pinto disse que este é um grande negóc io . ”Garanto que mesmo em momentos difí-ceis da economia, o mercado imobiliário é o setor mais seguro”, enfatizou.

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rEGIONaIS redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

estudo gerou cartilha para a preservaçãodo patrimônio

Os alunos identificaram as características arqui-tetônicas dos prédios e o período correspondente, fotografaram e juntaram todas as informações em um dossiê, com o pedido de tombamento, que será enca-minhado ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Nesta segunda etapa, o grupo está desenvolvendo uma cartilha educacional de preservação do patrimô-nio arquitetônico e cultural para as escolas do municí-pio. Uma ideia que surgiu em setembro de 2012, perí-odo em que foram confec-cionados cartões postais, porta-canetas, marcado-res de página, calendários e q u e b r a - c a b e ç a s , c o m imagens dos prédios histó-ricos de Viçosa. Estas peças podem servir para a divul-gação do acervo tanto nas escolas como em outras atividades realizadas pela Prefeitura.

Eleições 2014Os deputados Ricardo Nezinho e Severino Pessoa, que têm como base eleitoral o município de Arapiraca, já estão trabalhando para garantir a reeleição, a exemplo do deputado Gilvan Barros, de Girau do Ponciano.

Nomes fortesNa corrida por uma cadeira na Casa de Tavares Bastos, outros nomes apare-cem no cenário político do Agreste e já despontam como pré-candidatos. Entre eles o radialista Alves Correia, empresário Ricardo Barreto (Ricardo da Coagro), ex-prefeito de Lagoa da Canoa, Jairzinho Lira, além de Daniel Rocha, filho da prefeita Célia Rocha e atual secretário municipal de Assistência social.

Estão penduradosBoa parte dos prefeitos que se elegeram em outubro passado está nas mãos de agiotas. Isso é fato. O problema é como pagar a dívida que foi contraída para comprar o voto dos eleitores. A verdade é que quem vai pagar um preço muito alto é a população desses muni-cípios, que não contará com serviços essenciais.

Poço sem fimOs incautos prefeitos pegaram dinheiro emprestado e como garantia deixaram documentos de carros, escrituras de terrenos, casas, apartamentos, sítios e até fazendas. Trocando em miúdos: se não pagarem a dívida, perdem o patrimônio. A “Lei do Cão”, ou melhor, dos agiotas.

corda no pescoçoO grande desafio é como tirar dinheiro da Prefeitura para “honrar” os compromis-sos de campanha ou pagar a agiotas. A situação hoje é bem diferente de épocas passadas onde o gestor público andava com talão de cheque no bolso e o passava a bel-prazer.

Vaga no presídioHoje tem a Lei da Responsabilidade Fiscal, tem a Justiça e o Ministério Público. E meter a mão em verbas públicas, seja da Educação ou Saúde, é crime, dá cadeia.Portanto, é pensar em outra saída, para não correrem o risco de perderem a mordomia dos seus gabinetes e parar em uma cela de um presídio.

Briga boa 1O ex-prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, é pré-candidato a deputado federal, com apoio da prefeita arapiraquense Célia Rocha e do presidente do Senado, Renan Calheiros.Barbosa deve enfrentar nas urnas o atual secretário de Articulação Política do Estado de Alagoas, arapiraquense Rogério Teófilo, que foi candidato a prefeito de Arapiraca nas últimas eleições e perdeu para a ex-aliada Célia Rocha.

Briga boa 2Teófilo tem dito a amigos que já conversou com o governador Teotonio Viela, que é simpático a sua pré-candidatura a Câmara Federal.O problema é como convencer o senador Biu de Lira, que apoiou Rogério nas eleições municipais de Arapiraca.O secretário não tem dinheiro e não pode perder o apoio de Biu, que em se tratando de política, tem o coração fechado para os adversários e os bolsos sempre abertos para os aliados.

Descobrindo AlagoasO sacerdote afro-indígena e ativista cultural pernambucano Tiago Nagô, o jorna-lista Carlo Bandeira e o mestre capoeira Willa Abaúna, estiveram na quarta-feira, 27, em Maceió, com o secretário adjunto da Secretaria de Cultura do Estado de Alagoas, Álvaro Vasconcelos.

Documentos históricosDurante o encontro, foi entregue um ofício solicitando acesso aos documentos históricos de Alagoas. O objetivo, segundo Carlo Bandeira, é identificar se falta algum documento para que sejam providenciados junto ao Arquivo Público de Pernambuco e o Instituto Histórico de Olinda.

DIA no InteriorRoberto Baí[email protected]

Novo desafioO DIA Alagoas chega com força nos municípios alagoanos. É mais um desafio que encaro com prazer, atendendo ao convite do jornalista Deraldo Francisco.Também contamos com o importante trabalho do jornalista Carlos Alberto Júnior. Abraçamos o projeto e nos juntamos à equipe de O DIA Alagoas com o propósito de levarmos aos nossos leitores os fatos que acontecem no inte-rior, especialmente nas cidades das Regiões Agreste, Sertão e Baixo São Francisco.O diálogo está aberto e será permanente com o povo interiorano, que conta a partir de hoje com um veículo de comunicação que tem como regras a seriedade, isenção e independência.

tombamentos têm início pela casa da cultura Thácia SimoneRepórterSidinéia TavaresEstagiária

O município de Viçosa é conhecido como berço da cultura alagoana,

Atenas de Alagoas e Princesa das Matas, tudo pelo charme da cidade, riqueza intectual e cultural. O que muitos ainda não conhecem é sua riqueza arquitetônica. Com o obje-tivo de incentivar a preser-vação dos prédios históricos, alunos do curso de arquite-tura da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a pedido da Secretaria de Cultura e Turismo de Viçosa, fizeram um levantamento e identifi-caram, só na zona urbana, 144 edificações com valor arquite-tônico e histórico.

“A maioria das unidades que apresentam este valor pertencem à Prefeitura e por

isso conservam o aspecto da construção original. Essa sensibilidade dos gestores em adquirir os imóveis e garan-tir sua preservação foi muito importante para manter todo o patrimônio intacto”, disse a secretária de Cultura de Viçosa, Karina Padilha Rebelo, fazendo referência a prédios como a Intendência Municipal de Viçosa, conhe-cida com Casa da Cultura, que abriga a sede da Secretaria e é o primeiro prédio a ser enca-minhado para tombamento pelo Estado.

A ação faz parte de uma parceria firmada entre a Ufal e a Prefeitura de Viçosa. O pedido foi solicitado por meio da Secretaria de Cultura e Turismo diretamente à reito-ria. Os alunos da disciplina de Prática do Restauro aceitaram o desafio da atividade que integra o projeto de Viçosa “Conheça seu Patrimônio,

Valorize sua História”. A professora Josemary

Ferrare fala em tom de emoção. “A reitoria nos encaminhou a proposta e juntamente com a Pró-Reitora de Extensão (Proex) da Universidade, abraçamos a ideia. A experiência de conhecer as edificações de Viçosa é enri-quecedora. O município tem um acervo muito rico, nosso objetivo também é tornar esta atividade um projeto de exten-são que supra algumas carências específicas na área da Preserva-ção Patrimonial em municípios do estado de Alagoas”, comen-tou a professora.

De acordo com Josemary Freire os imóveis de apre-sentam fortes influências do poderio econômico da época em que Viçosa era cidade pólo no cultivo de algodão. “Suas construções, tanto na área rural quanto urbana, são de estilos neoclássico, eclético e modernista”.

VIçoSA comprova valores arquitetônico e histórico de 144 prédios

Aderindo à ideia, a Secreta-ria Municipal de Educação está realizando um trabalho nas escolas. Além das atividades de sala de aula os professores da rede estão levando as crian-ças para conhecer o patrimônio arquitetônico da cidade.

“Durante este tempo de parceria já conseguimos muitos resultados que irão valorizar, proteger e perpe-tuar a história de Viçosa, que se confunde com a própria histó-ria de Alagoas. O processo de tombamento envolve valores arquitetônicos e a identidade do nosso povo”, evidenciou o prefeito Flaubert Filho.

o ProJEto coNtINUAEm 2012 a prioridade das

catalogações foi para casas de famílias na zona rural. Esta semana iniciaram as ativi-

dades a zona rural. “Demos prioridade às casas porque os moradores se identificam; é uma coisa mais próxima deles. As pessoas percebem que não são casas velhas e, sim, casas históricas. Ao todo, catalo-gamos 144 casas, mas ainda faltam muitas, porque pega-mos poucos prédios públicos e sacros”, destacou a profes-sora Josemary Freire.

Viçosa já possui um prédio tombado como patrimônio, que é a casa da família Vilela, localizado próximo à casa paroquial, mas a proposta da Prefeitura e da Universidade é expandir o tombamento para as diversas edificações histó-ricas da cidade e desenvolver ações de Educação Patrimo-nial.

crianças conhecem o patrimônio histórico

intendência

municipal mantém

as características

originais e é o

próximo prédio que

deve ser tombado

em viçosa

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araPIraCa redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

clube de astronomia vai fomentar pesquisasNo local também será criado,

em breve, o Clube de Astrono-mia de Arapiraca. O que, no entanto, depende de parcerias para ser, de fato, implantado. A iniciativa vai reforçar ainda mais a ideia de fazer do local também um local de pesquisa e apren-dizado, reforçando o projeto educacional.

O Cine Teatro, com capaci-dade para 235 pessoas senta-das, e o Brinca Ciência são dois outros espaços construídos em

uma área com cerca de dois mil metros quadrados, sendo mil metros quadrados de área edificada.

Para breve, as parcerias com a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e a Univer-sidade Estadual de Alagoas (Uneal) serão ampliadas também para atividades liga-das ao Planetário de Arapiraca, como forma de expandir o conhecimento. “É também uma maneira de garantir a forma-

ção continuada dos nossos professores da nossa rede que a passará aos alunos em sala de aula”, afirmou a secretária municipal de Educação.

Alguns planetários têm dois tipos de projetores: digi-tais e ópticos. Podendo usar fibra ótica para proporcionar mais perfeição na projeção de estrelas. A parte de imagem digital serve para projetar apresentações, imagens e as linhas das constelações.

ArAPIrAcA já possui primeiro planetário de alagoas; mais de 10 mil pessoas já visitaram o novo ponto turístico da cidade

observando estrelasCarlos Alberto Jr.Repórter

“É uma experiên-cia incrível. Ter noção de como é

o mundo fora da Terra é como se a gente estivesse, de fato, no espaço. É uma sensação única e recomendo a qualquer pessoa”. Foi desta forma que a estudante de Letras, Adriana Leite Sampaio, definiu a visita ao Planetário de Arapiraca, feita no último mês de janeiro. Ela é uma das mais de 10 mil pessoas que visitaram o local, desde a inauguração em outu-bro de 2012.

Um dos mais belos e conhecidos cartões-postais

de Arapiraca, o Lago da Perucaba, ganhou um novo atrativo com a inauguração do primeiro planetário digi-tal da região Nordeste. Basta sentar-se, olhar para cima e ver a esfera celeste em todo o seu esplendor, encontrando projetadas nesta semiesfera estrelas, constelações, plane-tas, cometas, nebulosas, estre-las cadentes, além do Sol e da Lua, desenvolvendo em seu trajeto noturno ou diurno, além de eclipses, estações do ano e outros fenômenos astro-nômicos.

O assistente administra-tivo, Samuel Costa, levou os dois filhos menores para visi-tar o Planetário e gostou do

que viu e sentiu. “Não espe-rava que fosse ver tudo aquilo. É como se tivesse viajado pelo espaço. Iremos voltar outras vezes. Além da visão das estre-las e dos planetas, a paisagem que nós vemos do lado de fora é linda”, frisou.

O Planetário de Arapi-raca foi construído seguindo o modelo norte-americano, introduzido no Brasil pela empresa Hiperlab, que atua há 11 anos no mercado, e permite a visualização de mais de 100 mil estrelas. Trata--se do quinto equipamento instalado em território nacio-nal e o primeiro na região Nordeste. A abóbada – que é a cobertura em forma de curva

-, tem capacidade para acomo-dar 70 pessoas sentadas. No local, são exibidos filmes em três dimensões, num proje-tor de altíssima resolução, o que permite ao expecta-dor momentos únicos e com riqueza de detalhes, graças também à concepção da arqui-tetura e da acústica do local.

Ocupando uma área de 1.818 m2, sendo 750 de área edificada, o observatório possui um moderno teles-cópio, uma cúpula com 95 metros quadrados para obser-vação do céu, além de salas de aula, mirante, estacionamento e área verde, bem como um hall de entrada e sala de expo-sições.

O valor da obra passou de R$ 1,3 milhão, com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educa-ção Básica e de Valorização dos Profissionais da Educa-ção (Fundeb), com contrapar-tida do município, o espaço do conhecimento oferecerá a estudantes e ao público uma experiência inédita em astronomia, pelo fato de possuir salas de observação, aulas e exposições, auditó-rio com capacidade para 140 pessoas sentadas, espaço de leitura, banheiros, elevador para cadeirantes, além de um moderno sistema digital de observação celeste.

O Planetário de Arapiraca é a terceira unidade do Centro de Apoio às Escolas de Tempo Integral e está ligado à Secreta-ria Municipal de Educação que envolve projetos musicais e artes em geral. “Trata-se também de um processo de planejamento dentro de um contexto educa-cional. O Planetário é mais um equipamento social e educa-cional colocado à disposição do município”, explicou a secretá-ria Ana Valéria Peixoto.

“Nosso objetivo é também que nossos alunos saiam das salas de aula e coloquem em prática o que aprendem pelos livros, através dos professo-res. O Planetário é um local onde disciplinas como Ciên-cias e Geografia, por exem-plo, podem ser exploradas ao máximo através também da reprodução de imagens”, disse a secretária.

De acordo com a secre-tária, estudantes de muni-cípios vizinhos também já

iniciaram suas visitas, feitas com agendamento prévio. Cerca de 800 crianças visitam o Planetário todos os dias, de segunda à sexta-feira. Aos finais de semana, o espaço é aberto à visitação pública. Não é raro, observar-se filas com pessoas de várias idades. Para ter acesso ao Planetário, o público deve levar um quilo de alimento não perecível, doado para instituições filantrópicas da cidade.

O Coordenador do Plane-tário, Raul Calista Neto, disse que a estrutura do local incen-tiva a produção científica prin-cipalmente nos alunos que por lá passam. “Na verdade, o Planetário funciona também como um complexo educa-cional. No Brinca Ciência, por exemplo, as crianças têm a oportunidade de confeccionar brinquedos. Com isso, eles podem, por exemplo, compro-var fenômenos químicos e físi-cos”, explicou.

planetário é parte de projeto educacional

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redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Açúcar (STI do Açúcar) iniciou o ano com boas notícias para a categoria. O Piso Salarial da Categoria subiu para R$

745,80, conforme Convenção Coletiva de Trabalho vigente. Os serviços de atendimento aos associados [consultas mé-dicas, exames e fornecimento de óculos] também tiveram crescimento significativo em 2012 e serão reforçados em 2013.

Para completar as boas notícias, a diretoria do STI do Açúcar entregou aos trabalhadores o novo clube, em Ipioca. Com as obras de reforma e construção, o clube ficou mais bonito, espaçoso e aconchegante. A diretoria do STI do Açúcar, comandada pelo presidente Jackson de Lima Neto, entregou o clube aos trabalhadores em fevereiro, numa festa de con-fraternização.

1 A criançada ganhou o seu espaço no

novo clube do açúcar

2Equipe de funcionários e advogadas

que atendem os trabalhadores3

Balcão temático em um dos quiosques do clube do açúcar

4Fachada principal do novo clube dos

trabalhadores em Ipioca

5Piscina foi revitalizada e ganhou

melhor estrutura

6Para os trabalhadores atletas, o campo está em perfeito estado

A Diretoria do STI do Açúcar também comemora a chegada de O DIA Alagoas e deseja sucesso à equipe deste novo semanário.

STI do Açúcar anuncia reajuste de salário para trabalhadores

e entrega novo clube social

Jackson de Lima Neto

Presidente

1

4

5

6

2 3

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Luciano MilanoRepórter

A tendência é que o Clás-s i c o d a s

Multidões entre CSA e CRB abra a segunda fase do Campe-onato Alagoano da Primeira Divisão – o Hexagonal. Pelo menos esse é o sentimento dentro da Federação Alago-ana de Futebol (FAF). Mais do que vontade, de acordo com o presidente do CSA, Jorge VI, uma conversa entre ele e o presidente da FAF, Gustavo Feijó, já teria encaminhado a decisão em reunião que acon-teceu na semana passada.

O DIA ALAGOAS apurou que a tabela está pronta e com o Clássico mantido para a primeira rodada. Já o presidente do CRB, Marcos Barbosa, disse à repor-

tagem de O DIA ALAGOAS que não aceita o acordo e que a tabela tem que ser definida por intermédio de sorteio.

Segundo a FAF, as datas para o começo do Hexagonal são os dias 6 e 10 de março. A definição depende do ASA que, neste domingo (3), decide com o Ceará na final da Copa do Nordeste, em Fortaleza. Se obtiver a classificação à final, o clube arapiraquense faz com que o Hexagonal tenha início no dia 6, uma quarta-feira. Caso fique pelo caminho na competiçãodo Nordeste, o ASA começa a jogar o Esta-dual no dia 10, um domingo, também de acordo com a assessoria da Federação.

Conforme a assessoria de imprensa da Federação, as definições em torno da primeira rodada e tabela do

Hexagonal devem acontecer nesta segunda-feira (4), depois de se conhecer o destino do ASA na Copa do Nordeste, que tem datas das finais previstas para os jogos decisivos em 10 e 17 deste mês, dois domingos.

“Tudo depende do ASA na Copa do Nordeste. Ele se classificando à final da Copa do Nordeste, o Hexagonal tem início já no meio d semana.Caso contrário, esticamos mais um pouco e os jogos passam a ser disputados no domingo (10). Nesta segunda-feira, a FAF deve publicar a tabela e as datas do hexagonal”, declarou a O DIA ALAGOAS o asses-sor de imprensa da Federação, Alberto Lima.

HEXAGoNAlDepois de conversar com

o presidente do CSA sobre o Clássico das Multidões abrindo o Hexagonal, a repor-tagem de O DIA ALAGOAS ouviu também o presidente do CRB, Marcos Barbosa. O presi-dente da FAF, Gustavo Feijó, também foi procurado para falar sobre o assunto, mas ele não atendeu e não retornou as ligações. A assessoria da Fede-ração afirmou que Gustavo Feijó prefere não se pronunciar para não alimentar a polêmica. Porém, a FAF garante que a tabela vai ser publicada e os clubes terão que cumprir o que for estabelecido.

Se Jorge VI e FAF veem no Clássico CSA e CRB abrindo o Hexagonal uma possibilidade de abrilhantar a competição e fazer caixa, o presidente do CRB, Marcos Barbosa, é total-mente contra. O dirigente afir-

mou a O DIA ALAGOAS que o CRB não aceita acordo para que Galo e o Azulão abram a segunda fase do Estadual, assim como discorda do mando de campo ser do rival. VI e FAF apostam no fato de que os mandos de campo dos últimos dois anos foram alter-nados e, nessa temporada, o primeiro jogo do ano envol-vendo os rivais seria do CSA.

De acordo com Marcos Barbosa, a tabela e as datas dos jogos não serão definidos por acordos entre o CSA e a FAF. O presidente executivo do CRB quer que tudo seja feito por sorteio. “Não existe a mínima possibilidade de CRB e CSA abram o Hexagonal”, disse.

PArAlEloO Torneio da Morte terá

20 o DIA AlAGoAS l 1º a 9 de março I 2013

ESPOrtES redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

FEDErAção espera por jogo do asa na copa do nordeste neste domingo (3) para definir data de início do hexagonal

cSA x crB abre Segunda Fase do Alagoano 2013

Eduardo Leite\Estagiário

Francisco RibeiroRepórter

Atravessar o pórtico de entrada e percorrer os corredores do cemitério Nossa Senhora da

Piedade pode nos revelar um surpreendente mergulho na história política, econômica e, sobretudo, cultural do Estado. Fundado em 1850, o cemitério ultrapassa seu caráter de última moradia dos nossos ancestrais para registrar uma parte expressiva das transfor-mações ocorridas ao longo de décadas. Lá, na cidade dos mortos – também conhecida como necrópole – estão expostas verdadeiras obras de arte que traduzem o fazer artístico de uma época, assim como delineiam a construção local dos espaços urbanos.

A partir dos rituais funerários – presentes desde a Pré-história – foi desenvolvido um estilo de arquitetura destinada à glorificação e a memória dos falecidos. A arte tumular nasce com o propósito de demonstrar a opulência de uma classe social e perpetuar para além da morte a relevância da figura do morto.

Segundo afirma o escritor e pesquisador alagoano Félix Lima Júnior (1901-1986) em seu livro Cemitérios de Maceió, com a criação dos cemitérios públicos, em meados do século 19, ricos e pobres, negros e brancos passa-ram a dividir o mesmo espaço na necrópole. O atrito entre as diferentes classes, resultado dessa nova forma de convivência, levou a elite da época a usar a arquitetura como principal recurso para realizar distinções sociais.

As famílias tradicionais precisavam garan-tir certa distinção entre as suas representações funerárias em relação às mais “simplórias”. Para isso, artistas de renome residentes no Rio de Janeiro e até em outros países, foram contratados para fabricar mausoléus repletos de símbolos de poder e ostentação, erguidos em diversos estilos, como gótico, neoclássico, barroco e art nouveau.

No cemitério da Piedade, destacam-se os jazigos perpétuos das famílias Tava-res Bastos, Paiva, Mendonça, Guima-rães, Quintella e do Dr. Mário Ferreira de Souza Lôbo. Este último traz a assinatura do escultor italiano Heitor Usai (1889-?), especiali-zado na temática religiosa e funerária, cujas obras de maior importância são o Monumento a Anchieta (1954), feito em bronze na Praça da Sé, em São Paulo, e os mausoléus da cantora Carmen Miranda (1909-1955) e do compositor Ary Barroso (1903-1964), encontrados na capital carioca.

21o DIA AlAGoAS l 1º a 9 de março I 2013

CuLtura redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

EXUBErâNcIA das esculturas presentes no cemitério da piedade, no prado, tenta perpetuar o poder além da morte

ArtEAs transformações originadas pelo convívio entre as famílias ricas e

pobres num mesmo local engrossaram o caldo da produção arquitetônica nos cemitérios. Quando os mortos foram retirados das igrejas, abriu-se a possi-bilidade da construção privada dos túmulos. Nesse cenário, a arte tumular é

explorada para gerar a identificação e a diferença, e propor novas e velhas maneiras de se representar a morte e os mortos.

O estudo intitulado “À flor da pele: Análise do complexo cemiterial Nossa Senhora da Piedade e sua importância quanto

patrimônio para cidade de Maceió”, realizado pela arquiteta e aluna de mestrado em Dinâmicas do Espaço Habitado, pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Regina Barbosa, é um

dos poucos que abordam o tema numa perspectiva local.“O mesmo contraste visível na arquitetura em relação à moradia

é reproduzido nas necrópoles. Existem túmulos que se destacam mais que os outros, da mesma forma que existem casas maiores e imponentes.

Sempre houve a necessidade de mostrar nos túmulos os bens que determi-nada pessoa ou família possuía e a posição social que ocupava em vida”, explicou Regina Barbosa.

De acordo com ela, no cemitério da Piedade as famílias abastadas cons-truíram mausoléus suntuosos como forma de se destacar entre as demais, o que dotou tal espaço de uma enorme variedade de modelos e estilos da arte tumular. “Ele pode ser considerado um verdadeiro ‘museu a céu aberto’, onde as obras mais importantes foram construídas entre 1870 e 1941”, disse.

Em alguns casos, a tradição de sepultamento nos templos foi resgatada e readaptada. Os túmulos da família Mendonça e de Pedro de Almeida, por exemplo, foram erguidos tomando como base o modelo de pequenas igrejas, visando trazer à tona a religiosidade de outras épocas. A presença

de cruzes, de imagens de santos e de altares nesses jazigos também tem como característica a busca da monumentalidade e de realce da

posição social a que pertenciam.A presença de gradil ou outros tipos de cercado é comun na

necrópole, como forma de delimitar o espaço, dar o sentido de posse do território, além de evitar a entrada de pessoas que não façam parte do circulo familiar do falecido.

A partir do século 20, os túmulos tornaram-se mais horizontais, com linhas retas e simplificadas, muitas vezes, sem escultura. O mármore e o granito presentes na maioria das obras de arte até então foram substituídos pelo bronze, pois a sua produção é considerada rápida e o seu material mais duradouro. As famílias mais abastadas começaram a

se igualar às demais, diferenciando-se apenas pelo tipo de revestimento usado em seus jazigos.

Nesse contexto, surgem os cemitérios jardins, os verticais e os crematórios. O Parque das Flores,

por exemplo, trouxe para a capital as caracte-rísticas modernas, construído no mais sofisti-

cado padrão de traços retos e com parte das duas edificações em mármore e azulejos nobres decorados. Contudo, a diferencia-ção social não desapareceu com o novo modelo. O Parque é dividido em quatro tipos de áreas – a especial e as A, B e C – facilmente identificadas pelo preço cobrado pelas sepulturas.

Segundo a historiadora paulis-tana Angela Arena, a arquitetura funerária é um bem cultural de relevante valor histórico e artís-tico, por assimilar todas essas

evoluções. “Através delas podemos identificar um

estilo artístico, identificar características artísticas de um determinado escultor”, explica ela, que trabalha como guia turística no cemitério da Consolação – o mais antigo de São Paulo. “A arte tumular é um produto de expres-sões que interpreta a vida e a morte através de símbolos ou obras narrativas”.

Túmulo da Família almeida guimarães (1887), feito pelo artista italiano

gppe navone, traz a escultura em mármore da alegoria da desolação,

cuja imagem é de uma mulher em estado de oração e prece, com suas

mãos entrecruzadas ou juntas e a cabeça ligeiramente inclinada.

A arte nunca morre

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SErVIçohorário de funcionamento: segunda à sexta das 8 às 12h e das 14 às 17h; sába-dos das 8 às 14h.entrada: gratuitaendereço: Av. Siqueira Campos, s/n, pradomais informações: (82) 3315-3096

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Obra datada de 1918 é a mais rica em símbolos encontrada nos cemitérios de Maceió. O túmulo tem o formato piramidal, e é marcado pela sobreposição dos elementos esculpidos em mármore branco, como coroas de flores, leões, anjos, cruzes, leões, pombas e vasos. O topo traz a escultura em mármore da pranteadora, cuja imagem é uma mulher em pranto que lamenta a perda de um ente querido.Artista: J. V. da costa e cia, rua 7 de setembro, 162, P. S. cristovão, 270.

datado de 1922, o jazigo-capela é o que melhor traduz o estilo neogótico, conhecido por mesclar as tendências do passado, como os arcos ogivais,

com elementos de outras correstes artísticas.

Artista: desconhecido

A obra mostra a tendência à verticalidade dos túmulos através das torres e dos obeliscos. no topo, encontra-se uma pira, recipiente onde são colocadas as cinzas do corpo após cremação. Há também a presença de uma caveira com duas tíbias e a imagem de um anjo. Este último tem o objetivo de guiar o espírito e orar pela alma no purgatório.Artista: desconhecido

O mausoléu possui estilo eclético, com predominância da arquitetura greco-romana, verificada pela presença do frontão, das pilastras e dos capitéis. O gótico está aplicado no arco ogival. no seu interior, o túmulo encontra-se apoiado sob patas de leão, o qual representa a potência de deus, usado também para demonstrar a coragem e a determinação das almas que guarda. Curiosamente, lá estão embalsamados os corpos dos senadores Jacinto paes de Mendonça e de seu filho Bernardo Mendonça Sobrinho. de acordo com Félix Lima Júnior, “são, ao que se sabe, os dois únicos corpos embalsamados [nesta] capital”.Artista: F - Sighieri J. rossi, rua Arruda, 14, rio de Janeiro.

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GuIa CuLturaL

AcENDA UMA VElA 2013. Povoado Sudene (Piaçabuçu / www.ideario.org.br ). A partir do dia 2 de março. Entrada franca. Criado com propósito de democratizar o acesso ao audiovisual que está fora do circuito comercial, o projeto Acenda uma Vela exibe filmes nas velas das embarcações locais, em uma espécie de cinema itinerante. A partir do próximo

sábado (02), as cidades de Barra de Santo Antônio (08.03), paripueira (09.03), São Miguel dos Milagres (16.03), Coqueiro Seco (21.03), Marechal deodoro (23.03) e Maceió (14.03 e 06.04) receberão a sexta edição dessa ação cultural. A inicia-tiva é uma promoção da OnG ideário, e conta com o apoio da Algás e o patrocínio do programa de Cultura BnB, do Banco do nordeste do Brasil.

trIBUto A MAMoNAS: 17 ANoS SEM ElES. orákulo chopperia (Pç. rayol, 717, Jaraguá / 8814-4130 e 3326-7616). No dia 09 de março, a partir das 23h. Ingressos: r$ 15,00 (anteci-pado). Vendas: Mausoléu rock Store (rua da Praia, Galeria Miramar, 46D, centro). Rock e humor. poucas bandas conseguiram mesclar tão bem esses dois

ingredientes como a Mamonas Assassinas, que completaria 17 anos de trajetória em 2013. para homenagear o grupo mais irre-verente da história da música brasileira, o Orákulo Chopperia traz, no próximo sábado (09), a partir das 23h, a banda cover “Lavando a Jega”, e o pop rock da papel de parede. no set list, hits como “pelados em Santos”, “Robocop Gay”, “Vira-Vira”, “1406” e “Mundo Animal”.

corUJão SESI. centro cultural Sesi. (Av. Dr. Antônio Gouveia, 1113, Pajuçara. / 3235-5191). No dia 09 de março, a partir das 22h. Ingres-sos: r$ 30 (inteira) e r$ 15 (meia). Vendas: bilheteria do local, vendas a partir do dia 03 de março. A atração preferida pelos cinéfilos alagoanos retorna às atividades no próximo sábado (09), a partir das 22h, no Cine Sesi, trazendo a atriz Hermila Guedes, que protagoniza o longa de Marcelo Gomes Era Uma Vez Eu, Verônica. Após a exibição do filme, ela participará de um bate-papo com o público. A programação terá ainda a exibição de Moonrise Kingdom (que concorreu ao Oscar 2013, na categoria Melhor Roteiro

Original) e Holy Motors, e a discotecagem do dJ Fábio Fromzoach.

PArtY rocK 5. le Hotel (Av. Silvio carlos Viana, 2167, Ponta Verde / 3325-4884). No dia 09 de março, a partir das 22h. Ingressos: r$ 20 (até as 00h, meia-entrada) e r$ 25 (depois das 00h, meia-entrada). Vendas: na bilheteria do local. Quem gosta de música eletrônica e hip-hop vai se esbaldar na pista da boate Le Hotel, que recebe a quinta edição da party Rock. A festa traz as bandas dof Láfá, Mazé e Velha História. O dJ VQuintella assume os pick--ups da noite.

PrEParE-SE

SÁBaDONa década de 1960, durante

a gestão do ex-prefeito Sando-val Cajú (1923-1994), foram promovidas reformas no cemi-tério da Piedade e construídos 14 mausoléus oficiais e uma pequena capela, em memória dos mortos ilustres de Alagoas. Atualmente, 12 desses jazi-gos ainda encontram-se no local, nos quais 11 são possí-veis identificar a quem foram destinados, entre eles estão: Washington Loyola, Armando Wucherer, Craveiro Costa, Orlando Araújo, Antidio Vieira, Padre Sezenando Silva, Sebastião da Hora, José P. A. Sarmento, Prof. Paulo Sanovil-let, Baltazar de Mendonça e J. Seixas de Barros.

Outros jazigos perpétuos que podem ser encontrados na necrópole são o do pintor e escultor alagoano Pierre Chalita (1930-2010); do jorna-

lista e político Jayme de Alta-villa (1895-1970); o de Lourenço Cavalcanti de Albuquerque Maranhão, conhecido como Barão de Atalaia (1804-1867), importante advogado, polí-tico e militar brasileiro, que atuou como comendador, coronel da Guarda Nacional e deputado provincial por Alagoas em diversas legislatu-ras; o da eterna dama do teatro alagoano Linda Mascarenhas (1895-1991), cujo mausoléu foi construído recentemente, traz a assinatura do renomado arqui-teto Mário Aloísio; e do teatró-logo e jornalista Bráulio Leite (1923-2013), sepultado no local na última quinta-feira (28).

No espaço, há também o jazigo dos alagoanos ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial e os mauso-léus das lojas maçônicas Virtude e Bondade, Amor

de Justiça (1969), Perfeita Amizade Alagoana, e Paz e Progresso III, nº 1. Um dos mais conhecidos é o da Caro-lina de Sampaio Marques, falecida em 22 de novembro de 1921, a qual lhe foi atribuída à famosa lenda da “Mulher da Capa Preta”.

No entanto, segundo Félix Lima Júnior, o túmulo mais visitado é o do ex-governador Muniz Falcão (1915-1966). No mausoléu foi esculpido o mapa de Alagoas em granito. Um antigo funcionário do cemitério, numa entrevista concedida para um jornal local, declarou nunca ter visto ‘fantasmas’. “Nos 27 anos que aqui trabalho jamais me apare-ceu alma do outro mundo. Os maiores enterros foram o do Comendador Gustavo de Paiva, em 1943, e do Dr. Muiz Falcão, sendo o último maior”.

ilustres

históriaNo Brasil, os primeiros

cemitérios surgiram por volta do século 19, como forma de evitar que as epidemias se alastrassem pelas cidades. Antes disso, os mortos eram enterrados dentro das igrejas e capelas. Contudo, duas déca-das depois de estabelecida na Carta Régia nº 18 a proibi-ção do enterro dentro desses locais, por questão de saúde e higiene, as famílias continua-riam sepultando seus paren-tes nos templos católicos ou em seu entorno.

Por essa razão, que em 27 de outubro de 1850, num campo junto a caminho do bairro do Trapiche, periferia da capital, foram erguidos os muros do cemitério da Piedade – um dos mais antigos do Estado. Conforme obser-vou Félix Lima Júnior, há certa divergência quanto a autoria do plano e do traçado da obra, ora atribuído ao engenheiro civil Azevedo Schrambok, ora ao Major do Corpo de Enge-nharia do Exército, Marcelino Rodrigues da Costa.

O projeto tornou-se alvo de críticas por conta da sua loca-lização. “O terreno escolhido foi considerado impróprio por uma comissão médica desde 1870, pois é do tipo baixo e arenoso, podendo encontrar água a três e a quatro palmos de profundidade. Além disso, por estar próximo a área urbana, previa-se que

anos mais tarde, com o cres-cimento da cidade, a necró-pole seria inserida dentro dos bairros que surgiriam. O que realmente veio a acontecer”, contou a arquiteta Regina Barbosa.

Apesar das reinvindi-cações para o fechamento e transferência do cemitério, em janeiro de 1856, era colo-cada a pedra fundamental que marcava o início das obras da capela, consagrada a Nossa Senhora da Piedade – e inaugurada dois anos mais tarde. “É um belo templo, de linhas severas, com uma só nave e sacristia. Nele reza-se, obrigatoriamente, no dia 2 de novembro de cada ano, missa pelas almas dos que lá estão enterradas”, escreveu Lima Júnior no livro Cemitérios de Maceió.

Após passar por inúmeras reformas nos anos seguintes, a capela foi perdendo as suas características originais. Uma delas, realizada na década de 1930, substituiu o forro de madeira, pintado com tinta azul e dotada de uma belís-sima gravura de Nossa Sr.ª da Conceição, obra do artista Nascimento – autodidata, falecido na segunda ou na terceira década do século 19 –, por PVC branco. No exte-rior do templo, verifica-se em seu topo uma cruz de ferro e quatro jarros de louça, adqui-ridos da Fábrica de Santo

Antônio do Porto, de Portugal. Atualmente, devido infiltra-ções no teto, o espaço encon-tra-se novamente fechado para manutenção.

Com o intuito de impedir os roubos de plantas, flores e objetos de valor nos cemitérios, foi estabelecida uma multa para os infratores, segundo o art. 155, do Código de Postu-ras Municipais. “Mesmo com tal medida, inúmeras estátuas, inscrições e coroas em bronze desapareceram. Somente com a conservação das necrópo-les, tornando-as patrimônio público, por exemplo, é que essas obras não se perderão no tempo e continuarão servindo como base para variados estudos sobre a arquitetura funerária”, avaliou Regina Barbosa.

Para Angela Arena, é possí-vel, através das necrópoles, reconhecer aspectos de uma determinada sociedade. “Essa é outra maneira de conhecer a história e a cultura local, como também, através da arte tumular, interpretar outro tipo de expressão artística. Por isso, é importante a sua valorização quanto patrimô-nio público. Os cemitérios são ricos em fontes de informação sobre o contexto histórico, político e artístico. Portanto, torna-se crucial reconhecê-los como um espaço que traduz a impressionabilidade de uma época”, afirmou. F.R.

arquiteta regina barbosa no cemitério da piedade angela arena, historiadora paulistana

troFéUS – GEoGrAFIA SIMBÓlIcA DE zé DE cHAlé. Museu théo Bran-dão. (Av. da Paz, 1490, centro / 3221-2651). Visitação: até o dia 09 de março, de ter. a sex., das 09h às 12h e das 14h às 17h; aos sáb., das 14h às 17h. Entrada franca. Zé do Chalé (1902-2007), o índio que se descobriu artista aos 89 anos, tem suas obras expostas no Museu théo Brandão, no Centro. Simples e ao mesmo tempo sofisti-cadas, as suas esculturas foram produzidas com o auxílio de poucos instru-mentos. no circuito, o visi-tante irá apreciar cerca de 30 obras, entre as peças chamadas de ‘troféus’ e pequenas carrancas, c o r r e n t e s e barcos todos f e i t o s c o m madeira, prin-cipal matéria--prima usada pelo artista.

tErÇa

Mande um e-mail para [email protected] divulgue seu evento

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tELEvISÃO24 o DIA AlAGoAS l 1º a 9 de março I 2013

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rESuMO DaS NOvELaSSEGuNDa tErÇa quarta quINta SEXta SÁBaDO

Ma

lha

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lobo

Lembra que o pilha desapareceu, né? A Fatinha continua boladona e tá investigando a parada! Já a Marcela continua fazendo sucesso e recebe mais uma cartinha de seu admirador/stalker. Será que ela desco-bre quem é essa figura? Enquanto isso... Axel tá vidrado na prof de Educação Física e fica babando pelo pôster da lindona. Lia dá o maior flagra no mecânico, que fica todo sem graça HAHAHAHAHAHA. Vey, que louco! pilhote acorda amarrado na cama e a Marizete diz que vai castigar o MC Realeza.

Missão Resgate pilha chega ao cafofo da Marizete e todos ficam de cara quando descobrem que o funkeiro tá se divertindo com a sequestradora doidona. Aff, fala sério! A Raquel tá no maior desespero, gnt! A ambulância pra resgatar a Lia tá demorando pra caramba! Aí a médica resolve ligar pra Marcela (!) e pedir ajuda. A prof de Educação Física chega com Gil e Severino bem na hora que a ambulân-cia começa a fazer o resgate.

O Vitor é um herói mesmo! O garoto doa sangue pra Lia e salva a marren-tinha! É claro que o Lorenzo fica todo feliz e agradece muuuuuito! pilha também tá mega feliz, mas é por outro motivo: o funkeiro arranjou uma novinha! Finalmente, hein! de volta pro hospital, Lia acorda e manda a real pra mãe (de novo). Raquel sente a pressão e pede desculpas por ter abandonado a filha. Ai, Vitinho, assim não dá, né? O motoqueiro vai continuar defendendo o Sal.

Como assim, Brasil? A Lia não vai aceitar o pedido de namoro do Vitor de novo! pode isso? CLARO QUE nÃO! AFF!!! Fatinha é Fatinha no almoço de Marta e causa muito. O Bruno vai até ficar com vergonha da namorada. Enquanto isso, Lia recebe alta do hospital e vai voltar pra casa!!! Cuidado, Marcela! A professora é perseguida pelo stalker (seu admirador secreto) na rua e nem percebe. Sério, glr, QUE MEdO!!! Fatinha continua daquele jeito e acaba fazendo besteira!

Ju tá viradona no samurai. A garota chegou ao quarto do Gil bem na hora em que o garoto caiu em cima da Lia. Aí a it-girl não quer nem saber e vai embora. É claro que Gil vai tentar conversar com ela, né? Ele diz pra Ju que vai ficar plan-tado na pracinha até que ela resolva conversar! Axel brota no Misturama e pede o lanche preferido de Marcela. tizi-nha e nando ficam com cara de Oi? Ju termina o namoro com Gil. Olavo chama Bruno prum papo sobre Fatinha e tenta dar uns toques pro filho.

não há exibição.

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Kiko chega ao local do desfile e se esconde nos bastidores. Vânia pede para Juliana tentar acalmar nando.Carolina borrifa o spray adulterado nas roupasda positano. nando e Juliana se beijam. Vânia e Ulisses se trancam na sala de Juliana. Analú procura Kiko no local do desfile. Roberta e Fábio flagram Juliana e nando discutindo. Carolina coloca a garrafa com a água preparada por Kiko no camarim de nando. Fábio exige que Juliana afirme que não está apaixonada por nando.

Felipe insiste em falar com Roberta, que não lhe dá atenção. Charlô acusa o filho de ser cúmplice de Otávio na sabotagem ao desfile. Carolina afirma a Felipe que o responsável pelo fracasso no evento é Kiko. Ambulâncias levam nando e as modelos para o hospital. Charlô apreende as garrafas com a água que nando bebeu. Juliana acre-dita que nando ajudou Otávio a sabotar o desfile. nando implora que Vânia o ajude a reaver seus contratos com as agências de modelos.

Kiko afirma a Roberta que desistiu de sabotar nando e as roupas da coleção. Kiko exige que Carolina confirme sua versão para Roberta. Carolina convence o primo a não comentar que ela sabe de suas invenções. Roberta implora que dino continue tentando fechar um contrato. nieta decide unir Semíramis e dino. nando consegue um emprego de carregador na loja. Roberta perdoa Kiko. dominguinhos pede para se encontrar com Charlô. Manoela sugere que Fábio e Juliana jantem com ela e Ciça em casa.

Juliana teme que Manoela faça algo contra ela no jantar. Ronaldo e isadora namoram. Carolina diz a nieta que Felipe quer se casar com ela. Felipe tem alucinações com a família de Carolina. Vâniaajuda Charlô nas vendas. Ronaldo faz uma marca em isadora sem que ela veja. Fábio fica com ciúmes de Juliana com nando. Olívia avisa a Charlô que dominguinhos a procurou novamente. Ronaldo mostra para isadora a marca que fez nela em sua casa. Felipe toma uma decisão com relação a Carolina.

Charlô fala com dominguinhos como se ele fosse Otávio. Felipe pede Carolina em casamento e afirma que só se casará por causa do filho. Fábio e nando brigam por causa de Juliana. Olívia suspeita de que Charlô tenha visto dominguinhos, e não Otávio. Roberta não aceita o casa-mento da sobrinha. Roberta consegue um comprador para os produtos da positano. Frô se anima ao beijar Kiko. Zenonse surpreende com a notícia do casamento de Carolina. Vânia se enfu-rece ao saber que Felipe vai se casar.

Charlô não se conforma com o casa-mento do filho. Chega o último dia da aposta e Charlô e sua equipe trabalham com afinco. Charlô afirma a Felipeque provará que ele e Otávio sabotaram a lojapara ganhar a aposta. nieta procura Robertapara se vangloriar do casamento da filha com Felipe. dino mostra os reci-bos que encontroupara Vânia. Kiko fala para Roberta que querajudar nando. termina o prazo da aposta. Juliana procura nando. nieta reza para sua santa ajudá-la a unir dino e Semíramis.

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Até o fechamento desta edição a emissora não forneceu o resumo dos capítulos.

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Creusa conta para Stenio que Helô sairá para uma ação policial. Lívia recebe uma intimação da polícia Federal. Sheila teme a emboscada que Lucimar prepara para Wanda. Lívia fala para Russo que está apreensiva com o sumiço de Wanda. Lena avisa a Stenio que Mustafa quer falar com ele sobre drika e pepeu. nunes não acredita que tenha se enganado sobre Wanda. irina conta para Russo que Haroldo o reco-nheceu em uma foto do desfile.

Lívia abriga Wanda. Helô tenta acalmar Lucimar após a fuga de Wanda. Celso tenta falar com Érica, mas ela se recusa a vê-lo. Helô e Stenio passam a noite juntos. théo protege Érica de Celso. O capitão manda rezar uma missa para Morena. Lívia mente em seu depoi-mento para Helô. Lucimar reclama de Sheila ter deixado Wanda escapar. por meio de seu perfil falso na inter-net, Morena pede um telefone para se comunicar com Helô. Rachel procura Lívia e Wanda fica tensa.

O piloto consegue tranquilizar Wanda. Lívia avisa a Russo para tomar cuidado com Wanda. Élcio pede para entrar na equipe que competirá na turquia. nunes leva uma foto de Wanda para Helô e presta esclarecimentos pelos depó-sitos que fez em sua conta bancária. Rosângela é destratada pelas mulheres traficadas. théo, Lucimar e Junior se emocionam na missa em homenagem a Morena. Lucimar vê Lívia na rua e a ofende na frente de todos. Junior pede para thompson brincar com ele.

demir procura por Waleska. Russo obriga Zyah a entrar na boate. Ayla e tamar decidem procurar seus maridos na boate. Berna resolve ir à Capadó-cia. Sarila não gosta de saber que Cyla recebeu um postal de Bianca. Maitê afirma que Bianca ainda está apaixo-nada por Zyah. Ayla e tamar entram na boate e armam um escândalo ao ver seus maridos. Morena manda um recado por seu perfil falso para Helô. Creusa repreende a patroa por traba-lhar demais com Ricardo.

Helô diz a isaurinha que precisa falar com Antonia. Celso fica abalado com os comentários de Érica sobre sua rela-ção com a ex-mulher. Antonia pergunta sobre Wanda para Rosângela, mas ela não dá nenhuma informação. Wanda sugere que Zyah e Mustafa estão unidos a Helô e Russo manda seus capangas investigá-los. Farid implica com Morena. Berna conversa com Aisha sobre suas suspeitas. Mustafa decide chamar Wanda para sua casa. Celso manda flores para Érica.

Wanda chega à casa de Mustafa e chantageia Berna. Lívia reprova a atitude de Wanda. Carlos pede que Lívia explique as condições da empresa que passou para Antonia. Amanda pensa em denunciar que a amante do marido tem problemas com a polícia. Érica afirma que não ligará para Celso. théo desabafa para Lucimar que não consegue esquecer Morena. Wanda não acredita que Berna possa fazer algo contra ela. Morena manda mais uma mensagem para Wanda.

Márcio Anastácio - [email protected]

NovidadeA TV Alagoas (canal 5), afiliada do SBT, cogita encaixar na sua grade televisiva um novo programa aos sábados. Do ano passado para cá, os rumores só aumentam. Nomes como Wilson Júnior (apresentador e vereador pelo PDT) e Pell Marques (suplente de vereador pelo PSC) foram cogitados, antes das últimas eleições, para comandar a atração. Neste ano, o projeto vem ganhando mais força. A ideia é voltar com uma proposta semelhante, mas reformulada, do antigo “Vida Show” – que, por sua vez, era uma versão melhorada do extinto “Pell Marques Show”, programa de grande sucesso exibido nos anos 90. Para isso, a produção já começou a se mexer. Segundo fontes, quem vai comandar a atração é o Rodrigo Sampaio.Com ele à frente do programa, seja o que Deus quiser!

Namoro?Os flertes entre Jeferson Morais e o portal de notícias Cada Minuto vem ficando ainda mais frequentes nos últimos meses. Mas engana-se quem acredita que o ex-apresentador do “Fique Alerta” vai se juntar ao leque de profissionais de um dos sites mais acessados pelos alagoanos. O homem quer mesmo é comprar o negócio. Jornalista é um desses. Concorda?

vOCê vIu?EsquentaNo último domingo (24), a apre-sentadora Regina Casé levou ao palco do programa Esquenta (Globo) a Juíza Dra. Ana Florinda, que vem se destacando pelo trabalho realizado à frente do Núcleo de Promoção à Filiação (NPF), do Tribunal de Justiça de alagoas (TJ/AL). Sentada entre a plateia, Regina conversou com a juíza alagoana sobre os filhos que tiveram sua paternidade reconhe-cida graças à atuação do Núcleo. Quem também esteve por lá foi o cantor alagoano Djavan, que revelou aos telespectadores ter no registro apenas o nome da mãe.

Zuada da MíDIA

ba

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isabel atende ao telefone desesperada e decide sair de casa. Eduardo se irrita com a presença de diva. Ela tenta acalmá-lo e promete revelar tudo que sabe. Arnaud visita Fabiana na agência e a ameaça. Com medo, a secretária acompanha o atirador, enquanto Mauro e danilo estranham seu comportamento. dóris é carregada pelo policial para a delegacia. diva declara amor a Eduardo, mas o mocinho afirma que jamais ficaria com a moça. Aragão decide espalhar cartazes para achar dolores.

norberto revela a Fabiana que forjou sua morte com a ajuda de Arnaud. Eduardo avisa para Vitória sobre o sumiço de sua mãe e a menina, preo-cupada, decide ir para a casa dele. Magno acorda confuso e chama por Celina. Lucas chega à casa de danilo e propõe uma partida de pôquer, animando Catarina e contrariando André. Celina conversa com Gabriela, mas é interrompida por um telefo-nema do hospital. norberto propõe que Fabiana seja sua fonte.

Conversando com Violeta, duílio planeja descobrir a identidade de Marcelona e se emociona ao enten-der que Osório é o noivo de Cremilda. Abigail enfrenta isabel e avisa que se a ela não se afastar de Eduardo, pode desconsiderá-la como sua mãe. A filha desiste da discussão e vai embora. Osório tenta disfarçar seu nervosismo para o casamento. Cremilda vibra com o matrimônio, mesmo que de mentiri-nha, já que seu futuro marido não tem os documentos legais.

norberto pede que Arnaud assassine paulo. Magno tenta convencer Rafael que se tornou uma pessoa melhor, mas o jovem cineasta não acredita. Mesmo após explicações de Celina, Rafael sai de casa. Vicente se deses-pera com a possibilidade do antigo capanga de norberto morar com seus filhos e é acalmado por Mirela. Lígia comenta com Eduardo e isabel que pretende se divorciar de Arthur. duílio promete que vai procurar dolores para Marlene.

Eduardo se desespera e afirma que eles devem se proteger. O advogado mostra o lugar de onde vieram os tiros para os policiais, que seguem em disparada. norberto vibra ao saber da morte de paulo. Lígia pergunta como Fabiana conseguiu o emprego de secretária de norberto. A mulher finge que deseja apenas espionar o vilão, e Lígia acre-dita. depois de descobrir sobre o amor de Vinagre por Vitor/Violeta, Hilda fica inconformada com a possibilidade de seu filho se tornar alegre.

não há exibição.

PoderosasPara homenagear o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, a coluna traz duas notáveis persona-lidades dos bastidores das principais emissoras de tevê em Alagoas. G i s é l i a S a n t o s destaca-se por ser a única cinegrafista mulher do Estado. Ela, que começou como motorista na afiliada da Record, assumiu o novo cargo atrás das câmeras após fazer o curso de Rádio e TV. Gisélia está adorando a sua nova fase na carreira.Outra profissional que alia talento e determinação é a Luciene Carvalho, produtora do Núcleo de Rede da TV Gazeta de Alagoas (canal 07). Ela é a principal responsá-vel por colocar Alagoas nos programas de âmbito nacional da Rede Globo, como Jornal Hoje e Encontro com Fátima. Exemplo de força de vontade, Luciene é uma mãe dedicada e profissional que ama o que faz. Parabéns para ambas!

25o DIA AlAGoAS l 1º a 9 de março I 2013

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MARCOS LEÃO - elisana Tenório - [email protected]

o homem por trás da toga

MaurícioBrêda:

Page 14: O Dia Alagoas

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Toda ela | mamá omena de bem

com a vida em todos os sentidos,

evidenciando estilo para dar e

vender em festerê de bem-nascidos

classe a | eva amaral, sérgio Feitosa, Tarso sarmento e izabel pinheiro colocando o papo em dia em recente noitada vip

dupla in | alessandra vighi e diogo valente unindo forças para repaginar o designer de jóias na terra dos marechais

Jóia raraAlessandra Lendaro Vighi não fala, discursa. Tem o dom da palavra, olhar firme, do tipo intimida, tão certa de suas ideias. Poderia ser apenas uma dondoca. Ops, ela não esco-lheu! Hoje, a moça é considerada uma das revelações do designer de jóia brasileiro, e, claro, quer conquis-tar ainda mais espaço Brasil afora. Para isso, ela embarca para São Paulo nos próximos dias para uma temporada de workshops e pesqui-sas. Ela embarcará acompanhada de seu sócio Diogo Valente, onde parti-ciparão de um concorrido curso de joalheria. Sorte!

Mapa da minaPraia é um programa democrático, certo ou errado? Depende. Isso porque no próximo verão alagoano aporta, por aqui, o projeto Forte Beach Club, um clube com praia privada, música eletrônica e muito luxo em pleno Coruripe. O programa será voltado para os endinheirados durante o alto verão. Por lá, os rica-ços terão que desembolsar R$ 250 (homem) e R$ 90 (mulher) apenas os domingos e recebiam em troca rega-lias bem ao estilo de clubs de Ibiza ou Saint Tropez, como lounge, deck com pista de dança, quatro camarotes de luxo com banheiras de hidromassa-gem, sushibar, pranchas de stand up paddle, raquetes de frescobol e muitas tacinhas de espumante rosé. E se a moda pega, hein?

A glória!Pelo visto investir em suor – argh! Continua sendo um negócio promis-sor. Eduardo Britto lançará, no dia 5 de abril, em Maceió a Studio Fitness. Trata-se de uma escola de tênis inte-grada a uma grande academia de ginástica, com tecnologia de ponta, numa área de 5 mil m² no Tabuleiro. Entre as novidades, moderníssimas esteiras com TVs individuais de plasma. E creia: o ar condicionado opera por um sistema que protege a camada de ozônio. Poder, não?

Só no carão!Que tal uma Melissa com designer de Karl Lagerfeld? Isso vai ser possível a partir de março, quando desem-barca, por aqui, uma linha especial de sandálias desenhadas pelo diretor criativo da Chanel para a marca de pisantes de plástico genuinamente brasileira. São quatro modelos inspirados na pátria tupiniquim. As sandálias chegam primeiro por aqui e lá para maio e junho no Hemisfério Norte. Em Maceió, vai acontecer uma festança para lançar a linha, no dia 20 de março. É esperar pra ver!

caçarolaGuga Rocha está no céu: isso porque o chef alagoano aterrissou na cidade, no último dia 23, para receber das mãos do governador Teotônio Vilela o prêmio Expressão Alagoana, conce-dido pelo governo de Alagoas como forma de reconhecimento por seu talento e pelo destaque obtido em 2012. Para quem não sabe, Guga apresenta o programa de TV, o Homens Gourmet, no Canal Fox Life. Quem pode, pode...

Ex-sarada?Que Adriana Mangabeira Wanderley trabalha na mesma proporção em que malha a gente já sabe. Mas a agenda dela anda cada vez mais impossí-vel, a ponto de não conseguir ir para a academia com a freqüência que gostaria. Adriana, que é tarada por estética, fazia braço em um lugar, abdome em outro, bumbum noutro, sempre com o melhor professor de cada local. Agora, diante da falta de tempo, ela malha em Maceió apenas na Formafit e em São Paulo na Reebook. A empre-s á r i a comentou para uma amiga em r e c e n t e j a n t a r : “ M i n h a vida anda d e u m a maneira que agora tenho que esco lhe r entre ficar gostosa ou ficar rica”.

caridosoComo dá pra ver, Fause Haten vai mu i t o a l ém do amor-próprio: o esti-lista lança uma linha de jóias para ajudar a Associação dos Amigos do Menor pelo Esporte Maior (Amem). Trata-se de uma obra beneficente dirigida por Marcos e Bete Arbaitman, que reabilita crianças de rua por meio do esporte. Fause dese-nhou pulseiras e colares de diaman-tes e também uma camiseta bordada com cristais Swarovski. Por aqui, o moço pretende armar um cocktail para apresentar a ação do bem, no dia 14 de março. Chegou a hora de você, que adora um brilho, ajudar!

calorias na modaMarc Jacobs é louco por bolo de rolo. O famoso estilista é apenas um dos que ganham o doce nordestino toda vez que uma empresária alagoana de coração, dona de loja, embarca para Nova York para assistir aos desfiles. Ela chega a leva 12 em uma mala, fazendo aquela linha sou-quase-uma--retirante-nordestina.

Sexo quenteOs e-mails de alguns bacanérrimos da seara estão recebendo diariamente propaganda de um novo clube de erotismo, de sacanagem, de mulheres – horizontalmente – acessíveis – cada um dá o nome que quer – por aqui é chamado de Life Night Club, com direito a fotos, inclusive. Os donos têm cuidado de só mandar as mensagens para os homens. O que vem deixando alguns nervosos.

o l a d o b o m

d a vida...Querem s a b e r o n d e g e n t e b o n i t a em geral

a n d a b a t e n d o

ponto no início d a t a r d e d e s á b a d o ? N o Boteco Pra ia , lá na Jatiúca. O lugar agora também abre

para o almoço, com um bom cardápio

executivo para quem não tem muito tempo a perder. Nas

caçarolas, uma dupla afinada: Junior Pacheco e Romildo Souza – assinam as delicias. A comida é leve, bem feita e deliciosa. Durante o almoço fica lotado de vips, da turma da moda e de executivos. A música lounge também vem no tom certo. Sem contar, é claro, com todo o charme de Warner Barbosa, um dos donos. Inside provou – e adorou!

Arara fashionLulu que é lulu adora saber uma boa novidade do mundo fashion. Pois bem, no próximo dia 07, a boutique luxo Linda Concept abre as portas com maior estilo para receber a designer mineira Danielle Benicio, especializada pela conceituada escola francesa Promode Paris. Para fechar a noite em chave de ouro, Monique Arruda aparece na cena para ensinar as finas tudo sobre o universo de maquia-gem. Que tal?

amor, amar | silvio arruda mostrando sintonia e amor

com sua cara metade monica lyra, em pleno

cocktail da são braz

belas | christiane, paula e rachel, todas gonçalves, responsáveis pela grande movimentação na avenida engenheiro mário de gusmão, na última sexta, 21, devido a inauguração da cafeteria são braz

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Edua

rdo

Leite

E aí, vai encarar?MAUrIcIo BrêDA abre o jogo para inside e mostra como concilia filhos, beleza e (muito) trabalho

O homem por trás da toga não é muito

diferente do que os servidores do Judiciário alagoano costu-mam ver no dia-a-dia. Maurí-cio César Brêda Filho, 45, é, em quase todos os momentos de sua vida, agitado, falante, detalhista, perspicaz, mas, acima de tudo, viciado em trabalho: um workaholic nato, que encontra imenso prazer em exercer a profissão em tempo integral.

Ele é o que podemos dizer, sem medo de errar, juiz às 24 horas do dia. E, por isso mesmo, já ganhou fama local de atuante, ágil, competente. A paixão pela área jurídica o faz colocar a profissão acima de quase tudo na vida. “Estou sempre tentando dobrar a produtividade; resolvendo

os problemas para ontem”, resume.

E, no cotidiano, o juiz demonstra isso com a maior naturalidade. Já se tornou comum, por exemplo, ver Maurício Brêda presidir dois júris ao mesmo tempo. “E se pudesse, faria três ou quatro de uma só vez”, afirma, rapi-damente, ao ser questionado como isso é possível.

A agilidade e a determi-nação que impõe em sua vida profissional são resultantes da paixão pela magistratura. Tudo que faz profissional-mente tem sempre afinco e determinação. Aliás, mais do que isso. Quem pensa que o homem jovem, de enigmáticos olhos verdes, costuma ameni-zar os deslizes que encontra pela frente está enganado.

O j u i z b o n i t ã o , q u e

também tem fama de galã, é tido, algumas vezes, como temperamental, incisivo, extremamente crítico, que, em certas situações, perde a paciência e altera o tom de voz.

“Essa mistura de beleza, competência e gênio forte fez com que a fama dele cres-cesse. Tem muita estudante de Direito que vem aqui (no Fórum) especialmente para observar de perto a postura do juiz bonitão”, contou uma universitária, que se identifi-cou apenas como Laura.

Mas Maurício Brêda jura que nunca percebeu os suspi-ros vindos da plateia feminina - que fica estrategicamente sentada nas primeiras fileiras do auditório - quando está presidindo os julgamentos. “Não sei disso. A senhora é

quem diz isso”, declarou rapi-damente, ao ser questionado sobre se tinha noção da sua fama de bonitão.

Ser bonito atrapalha ou ajuda? “Não sei. Isso é a senhora quem diz. Procuro apenas cumprir minhas obri-gações dentro da lei”, fala, demonstrando timidez.

E se depender do atual visual do magistrado, tudo indica que a plateia feminina irá aumentar. Há três meses, Brêda adotou um novo hábito alimentar: passou a substi-tuir uma, e até mesmo duas refeições ao dia, por shakes de dieta. Resultado: três quilos a menos.

“Não estou fazendo isso para perder peso; faço porque gostei do sabor do shake e me acostumei”, argumenta. Será?...

“Se pudesse, presidiria três ou quatro júris de uma só vez. Estou sempre

tentando dobrar a produtividade e resolvendo os

problemas para ontem.

no meu carro tem de fuzil à metralhadora. Sei atirar. Estou pronto para o que der e vier.

As decisões do juiz Maurí-cio Brêda seguem o mesmo ritmo de seus passos. Quem frequenta o Fórum Jairon Maia Fernandes sabe que é difícil acompanhá-lo em suas passadas, de tão rápido que ele anda...

Brêda não acumula traba-lho, nem costuma guardar respostas para serem dadas no dia seguinte. Maurício Brêda anda rápido, fala rápido e age rápido. Tanto em seus afaze-res jurídicos – ele analisa uma média de 300 processos ao mês e julga aproximadamente 10 deles durante o mesmo período – como em suas tare-fas domésticas.

Para encontrá-lo, é preciso fazer uso do celular e rezar para que ele possa atendê-lo de imediato. Brêda divide-se durante os três horários do dia por vários lugares. É claro que o juiz é visto diariamente no Fórum de Maceió, onde é titular da 7ª e da 17ª Varas da Capital. Mas, entre uma

brecha e outra, ele estica ao bairro da Ponta Verde, onde fica a sede do Conselho Esta-dual de Segurança Pública, no qual exerce o cargo de presi-dente.

Além do mais, Maurício Brêda costuma frequentar aqueles inevitáveis almoços e jantares inerentes à profissão, onde são discutidos, analisa-dos e sugeridos vários temas da área jurídica de interesse coletivo.

Se tudo isso não bastasse, o juiz ainda encontra tempo para se fazer muito presente na vida dos três filhos (Bruna, 24; Maurício Neto, 16; e João Victor, 10). É ele, por exemplo, quem leva e busca os dois mais novos, todos os dias, para a faculdade e a escola, respec-tivamente. E tudo isso, num ritmo frenético.

“Ele vai andando, falando e agindo; fica difícil acom-panhá-lo. Parece que doutor Maurício tem uma sirene, que, quando liga, sai de

baixo...”, diz um assessor que prefere não se identificar. O ritmo acelerado é uma carac-terística da personalidade, que casou muito bem com a profissão de juiz. Profissão essa que ele escolheu desde a sua infância.

A vocação nasceu ainda na infância, pela admiração que sempre teve pelo avô Alfredo Brêda, que o criou desde que nasceu. Aliás, praticamente toda sua família é do meio jurídico. São advogados, promotores, desembargado-res, procuradores... E cada vez chegando mais...

Dois dos seus três filhos já escolheram o Direito como meio de vida. Bruna, aos 24 anos incompletos, é advogada e pretende fazer concurso para promotora. Maurício Neto, aos 16, já cursa Direito, e o caçula, João Victor, aos 10, vive repetindo para o pai que quer ser delegado.

“Ele tem roupa do Bope; do Exército. Vai ser dele-

gado!”, revela Brêda, abrindo um largo sorriso.

Falar do caçula, aliás, trans-forma, rapidamente, as feições do magistrado. O homem que costuma manter uma postura séria praticamente o tempo inteiro, sorri com facilidade. Seu rosto descontrai deixando transparecer uma feição pater-nal extremamente meiga. “Ele dorme comigo todas as noites”, revela, demonstrando orgulho.

Os únicos momentos de tensão para a família, sobre-tudo para João Victor, é no quesito segurança... “Ele não consegue dormir enquanto não se certifica de que todas as portas e janelas estão fecha-das”, conta.

E para preservar a paz familiar, vale um carro blin-dado, uma equipe de segu-rança às 24 horas do dia e um arsenal pesado, que inclui fuzis e metralhadoras, e claro, um juiz pronto para o que der e vier.

Full time

com seu filho caçula,

João victor, que

deseja ser

delegado de polícia

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