o desafio em criar coorte de adultos brasileiros para ... Lotufo.pdf · •Categoria de ocupaçao...
-
Upload
vuongthien -
Category
Documents
-
view
214 -
download
0
Transcript of o desafio em criar coorte de adultos brasileiros para ... Lotufo.pdf · •Categoria de ocupaçao...
o desafio em criar coorte de adultos brasileiros para
estudar doenças cardiovasculares e diabetes
Paulo A. LotufoProfessor Titular de Clínica Médica
Faculdade de Medicina da USP
Causas de morte no
Brasil, 2011
DATASUS
DE BRASÍLIA
doenças cardiovasculares: versão e o fato
equívocos e mitos tradicionais sobre doenças cardiovasculares
• homem
• rico
• branco
• velho
• boa morte
Resultados da coorte de Framingham em 1961 apontaram tabagismo,
Hipertensão e colesterol alto como os principais fatores de risco cardiovasculares.
Causas de morte no
Brasil, 2011
DATASUS
DE BRASÍLIA
equívoco recente
sobre doenças cardiovasculares
29
41,4
53,8
44,4
48,2
63,3
0 10 20 30 40 50 60 70
Branca
Parda
Negra
mortalidade cerebrovascular 2010(taxas ajustadas por idade (x 100 mil)
homens mulheres
morte cardíaca em São Paulo por renda domiciliar
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
197 9 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009
ano
tax
a d
e m
or
tali
da
de
(x
100
.00
0)
M F
1979-84: 0,7 (-0,8 a 2,1) 1985-94: -1,8 (-2,4 a -1,2) 1995-07: -5,0 (-5,4 a -4,7) 2008-09:-0.8 (-7,0 a 5,8)
1979-94: -1,9 (-2.2 a -1,6)1995-97: -7,5 (-14,0 a -0,6) 1998-07: -4,0 (-4,6 a -3,3) 2008-09; 1,6 (-5,5 a 9,2)
mortes por AVC
agudo
mortes por
sequela AVC
estudos de coorte mudaram o conhecimento das doenças crônicas
Conceito de fator de risco
4 “grandes”: dislipidemia,
hipertensão,
tabagismo, diabetes
Framingham Heart Study iniciou-se em 1948. Os resultados iniciais em 1961
O Nurses´Health Study em 1976, a maior coorte de mulheres.
Anos 50: a doença cardiovascular aumentava nos EUA e Reino Unido, e a propaganda era...
Nature Cardiology
2013
O Brasil fora do
mapa da
Epi CV
a longitudinalidade como objetivo
Ago 2004: manifesto ELSA-Brasil / Nov 2005: edital / Março 2006: organização / Ago 2008: início /
Dez 2010: fim da primeira onda / Setembro 2012: segunda onda
0 desafio de uma
coorte no BrasilHU/USP, 20/21 agosto de 2004
do sonho à realidade
SALVADOR
2029
VITÓRIA
1055
PORTO ALEGRE
2061
BELO HORIZONTE
3115
RIO de JANEIRO
1784SÃO PAULO
5061
15105
2006
2004 2009
• Variação de peso / Diabetes / Hipertensão / Dislipidemia /
• Doença coronariana /Doença cerebrovascular
• Doença arterial periférica / Insuficiência renal /Neoplasias /
• Deficit cognitivo, cegueira, surdez
• Internação por qualquer causa
• Incapacidade por qualquer causa
• Óbito por qualquer causa
2010 2012 2016 2018 2020 2022
linha de
base onda 2 onda 3 onda 4
planejamento organização
desfechos
15.105
2006
2004
2010 2012 2016 2018 2020 2022
linha de
base onda 2 onda 3 onda 4
planejamento organização
14.026
(94,1%)
(praticamente 100%)
índice elevado de acompanhamento
FATORES DE RISCO AUTO-RELATADOS ELSA Brasil VIGITEL
INGESTÃO EXCESSIVA DE ÁLCOOL 13.2 15.0
MENOS QUE 5 DIAS / SEMANA DE FRUTAS 34.3 39.3
MENOS QUE 5 DIAS/SEMANA DE VERDURAS 37.1 51.0
SEDENTARISMO 76.9 75.2
FUMANTE ATUAL 13.1 15.7
EX FUMANTE 30.0 30.1
HIPERTENSÃO 34.1 35.3
DIABETES 8.8 9.6
OBESIDADE (IMC >30 kg/m2) 22.9 19.1
SOBREPESO (25< IMC< 30 kg/m2) 40.2 46.9
International Journal of Epidemiology, 2015
ELSA-Brasil vs. VIGITEL
0,4
1,1
7,6
43,1
47,7
0 10 20 30 40 50
Indígena
Asiática
Preta
Parda
Branca
1,1
2,5
16,1
27,8
52,2
0 20 40 60
indígena
asiática
preta
parda
branca
Censo Nacional, 2010
ELSA-Brasil, 2008-10
ARIC 3.973
JACKSON HEART STUDY 5.301
ELSA-Brasil 6.631
a coorte com o maior número
de afrodescendentes
}
sobrepeso e obesidade
33,1% 35,1%29,4%
20,4%20,4%
23,3%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
white brown blackoverweight obese
55.5% 52.7%
34,5%39,0% 36,8%
21,4%
25,3%34,6%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
white brown black
overweight obese
65.3%
homens
53.5%55.9%
71.4%
mulheres
35,8
61,5
18
31,2
20
0
10
20
30
40
50
60
70
hipertensão LDL > 130 ou trat HDL baixo TG > 150 Diabetes
homem mulher total
prevalência de fatores de risco cardiovascular
35,8
80,2 76,8
53,3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
prevalencia conhecimento tratamento controlado
M F Total
Hipertensão arterial
consumo de sal estimado (dados inéditos)
12,7
11,3
9,5
10,2
11,6
13,1
11,5
11,3
10,7
10,9
11,2
11
10,7
0 2 4 6 8 10 12 14
≥30
25-30
<25
≥12 y.
8-11y.
≤8 y.
Black
Brown
White
65-75
55-64
45-54
34-44
idade
etnia
educação
IMC
20,7%23,4%
30,3%
54,8% 53,8%
63,0%
WHITE BROWN BLACK
ATP III 2013 ACC/AHA
13,1%16,6%
25,5%23,4%
27,2%
37,2%
WHITE BROWN BLACK
ATP III 2013 ACC/AHA
Comparação de participantes com indicação de tratamento
para dislipidemia entre ATP-III e diretrizes ACC/AHA 2013
homens mulheres
Lípides
hipertensão resistente
J Clin Hypert, 2015
11% dos hipertensos
0
5
10
15
20
25
30
35
40
35-44 45-54 55-64 65-74 35-44 45-54 55-64 65-74
Pre
valê
nci
a d
e d
iab
ete
s (%
)
Homens
Não diagnosticado
Diagnosticado
Mulheres
metade dos casos de diabetes não são diagnosticados
3,8 6,5
12,0
31,6
3,55,1 10,4
21,4
0
5
10
15
20
25
30
35
35-44 45-54 55-64 65-74
homens mulheres
diminuição renal ou proteinúria
Enxaqueca
• 1. Enxaqueca e fatores de risco para DCV
• Perfil diferenciado por sexo: proteção para HAS nos homens e associação com dyslipidemia nas mulheres. Cephalalgia. 2015.
• 2. Obesidade e enxaqueca. Obesidade, mas não obesidade central se associou com frequência aumentada de enxaqueca. Cephalalgia. 2014.
• 3. Eventos de vida negativos e enxaqueca. Problemas financeiros, hospitalização e perda de entes queridos. BMC Public Health. 2014.
• 4. Enxaqueca e transtornos psiquiátricos. Associação do aumentoda frequência da enxaqueca com transtornos psiquiátricos(destaque para os homens. Headache. 2014
• 5. Enxaqueca e estresse no trabalho. Alta demanda, baixo controlee suporte social. Eur J Pain. 2014
enxaqueca
• Hipertireoidismo subclínico e pânico
Clin Endocrinol (Oxf). 2015
• Função tireoidiana e características sociodemográficas(submetido). Frequência mais elevada de tratamento do hipotireoidismo nas mulheres (97.3% vs 88.1% nos homens), brancos, mais educados e com melhor renda. Uso bastanteelevado de levotiroxina nas mulheres.
função tireoideana
Mental health
• Patterns of benzodiazepine and antidepressant use among middle-aged adults. the Brazilian longitudinal study of adult health (ELSA-Brasil). J Affect Disord. 2013. Baixouso no Brasil, utilização dos medicamentos pelos indivíduos sem doença com baixouso pelos doentes.
• Effects of Depression, Anxiety, Comorbidity, and Antidepressants on Resting-State Heart Rate and Its Variability: An ELSA-Brasil Cohort Baseline Study. Am J Psychiatry. 2014
• The Association between Antidepressant Medications and Coronary Heart Disease in Brazil: A Cross-Sectional Analysis on the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brazil). Front Public Health. 2015.
• The association between mood and anxiety disorders, and coronary heart disease in Brazil: a cross-sectional analysis on the Brazilian longitudinal study of adult health(ELSA-Brasil). Front Psychol. 2015 Feb 25;6:187.
• Perfil de tratamento dos transtornos psiquiátricos. Alguns antidepressivoscomprometem mais a função cardíaca do que outros. Algumas orientações gerais emtermos de políticas públicas.
Saúde mental
do código genético aocódigo de endereçamento postal
• Vizinhanca
• Habitos e comportamentos
• Padrões de dieta
• Atividade fisica
• Estresse no trabalho
• Uso de medicamentos
• Migraçao
• Categoria de ocupaçao
• Mobilidade social
13,8%
28,8%
53,5%
24,3%
16,5% 16,4% 15,0% 16,2%
69,7%
54,8%
31,5%
59,5%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80% AFRICAN AMERINDIAN EUROPEA
auto- relato de etnia vs ancestralidade
genética (ELSA-Brasil)
Branca Parda Preta Total
perspectivas
• desfecho incidentes na onda 2 em hipertensão, diabetes
• incidencia dislipidemia, depressão, deficit cognitivo
• musculo-esqueletico
• sono
• adiposidade ectópica: epicárdica, cervical e abdominal
• novas alteraçõescates eletrocardiograficas
• escores de risco
• ancestralidade
ELSA-Brasil 2008 Six cities in 15 105 civil servants aged 35-74 y.
Brazil
O Brasil no
mapa da
Epi CV
Comitê Diretivo ELSA-Brasil
Sheila Alvim (UFBA)
Estela Maria de Aquino (UFBA)
Sandhi Maria Barreto (UFMG)
Isabela Martins Bensenor (USP/SP)
Bruce B. Duncan (UFRGS)
Maria de Jesus da Fonseca (Fiocruz-RJ)
Rosane Griep (Fiocruz-RJ)
Paulo Andrade Lotufo (USP)
Maria Del Carmen Molina (UFES)
José Geraldo Mill (UFES)
Antonio Luiz Pinho Ribeiro (UFMG)
Maria Inês Schmidt (UFRGS)
Junte-se a nós
PERGUNTAS