O Desafio do Sistema único de Assistência Social -...

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Projeto CAFÉ COM PLANEJAMENTO da SEPOF Belém, 31 de julho de 2014. Heitor Pinheiro Secretário da SEAS O Desafio do Sistema único de Assistência Social - SUAS

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P r o j e t o C A F É C O M P L A N E J A M E N T O d a S E P O F

B e l é m , 3 1 d e j u l h o d e 2 0 1 4 .

H e i t o r P i n h e i r o

S e c r e t á r i o d a S E A S

O Desafio do Sistema único de Assistência Social - SUAS

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A A S S I S T Ê N C I A N A H I S T Ó R I A

Trajetória da Política de Assistência Social

• A assistência ao outro é uma prática antiga na humanidade.

• Ao longo da história, os grupos religiosos foram designados àspráticas de ajuda e apoio aos pobres.

• Yazbeck (2007) a assistência “não se limita nem à civilizaçãojudaico-cristã nem às sociedades capitalistas. A solidariedadesocial diante dos pobres, dos doentes e dos incapazes se colocasob diversas formas nas normas morais de diferentessociedades”.

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A Trajetória da Política de Assistência Social

• O processo de ajuda os pobres e desvalidos tornou-se algo natural e sãopráticas eternizadas até hoje.

• A ajuda sempre seguiu o pensamento construído historicamente de queem toda sociedade haverá sempre os mais pobres, os doentes, os frágeis,os incapazes, os que nunca conseguirão reverter essa condição demiserabilidade, precisando sempre de ajuda e da misericórdia dos outros.

• É importante atentar que a assistência não era compreendida com umdireito e sua prática sempre esteve ligada à caridade, à benesse e àbenevolência.A construção dos asilos na França;No século XIV, na Europa, existiam ações para atender aos“desafortunados” que eram constitutivas de esmolas. Havia, também,controle da mendicância e repreensão da vagabundagem.

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A Trajetória da Assistência Social no Brasil

• Há mais de quatro séculos, desde que 5 mil índios famintosfugiram da seca no sertão de Pernambuco e pediram socorro aosportugueses, em 1583, vem se falando em medidas de combate àfome no Brasil.

• De lá para cá, restam registradas nada menos que 41 grandessecas no Nordeste, a última delas, de 2012.

• A primeira ação governamental de assistência permanente pararesgatar da miséria os flagelados da Bahia e de Pernambuco é de1792, a Pia Sociedade Agrícola.

• Dom Pedro II criou a Comissão de Açudes e Irrigação (1888) eNilo Peçanha o Instituto de Obras Contra as Secas (1909).

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A Trajetória da Assistência Social no Brasil (cont.)

• Desde o século XVII, a filantropia e assistência socialassociavam-se intimamente à prática de caridade no Brasil.

• Dependiam de iniciativas voluntárias e isoladas de auxílio aospobres e desvalidos. Estas iniciativas partiram das instituiçõesreligiosas que, sob o ponto de vista da moral cristã (oferta deabrigos, roupas e alimentos, em especial às criançasabandonadas, e aos velhos e doentes em geral.

• Os modelos de atendimento assistencial decorrentes da idéia depobreza como disfunção pessoal, encaminhavam-se, em geral,para o asilamento ou internação dos indivíduos portadores dessacondição. Um exemplo deste fato são os hospitais das SantasCasas de Misericórdia , no acolhimento do pobre e do miserável.

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A Trajetória da Assistência Social no Brasil (cont.)

• A primeira grande regulação da assistência social no país foi a instalação doConselho Nacional de Serviço Social – CNSS - criado em 1938.

• Em 28 de agostos de 1942, cria-se a LBA (Legião Brasileira de Assistência)que tinha o objetivo de cuidar e dar assistência às famílias dos pracinhasque estiveram na II Guerra Mundial.

• Em Outubro de 1942 a L.B.A. se torna uma sociedade civil de finalidadesnão econômicas, voltadas para “congregar as organizações de boa vontade”.A assistência social como ação social é ato de vontade e não de direito.

• A L.B.A. assegura estatutariamente sua presidência às primeiras damas daRepública (surge o primeiro-damismo junto à assistência social) e estendesua ação às famílias da grande massa não previdenciária, atendendo naocorrência de calamidades com ações pontuais, urgentes e fragmentadas.

• Em 1969, a LBA é transformada em fundação e vinculada ao Ministério doTrabalho e Previdência Social.

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A Trajetória da Assistência Social no Brasil (cont.)

• Em 1º de Maio de 1974, é criado o Ministério da Previdência eAssistência Social – MPAS – que contém na sua estrutura umaSecretaria de Assistência Social, a qual, em caráter consultivo, vai ser oórgão-chave na formulação de política de ataque à pobreza.

• Ainda na década de 70, há uma expansão de programas sociais como deAlfabetização pelo Mobral, casas populares – BNH, complementaçãoalimentar – Pronam e outros.

• Na década de 80, a assistência social deixa de ser simplesmentefilantrópica fazendo parte cada vez mais da relação social de produção.

• A questão social toma maior visibilidade, proporcionando um campofértil para o desenvolvimento dos movimentos sociais, que com poderde pressão almejam legitimar suas demandas proporcionandovisibilidade à assistência social ao lado das demais políticas públicascomo estratégia privilegiada de enfrentamento da questão social,objetivando a diminuição das desigualdades sociais.

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MARCO LEGAL

• Constituição Federal 88; cap. 203 e 204

• Lei nº 8.742 de 7 de dezembro de 1993 – Lei Orgânicada Assistência Social LOAS

• Resolução nº 145 de 15 de outubro de 2004 – instituia Política Nacional de Assistência Social – PNAS

• NOB SUAS 2005, aprovada pela Resolução nº 130, de15 de julho de 2005, do CNAS.

• Lei nº 12.435 de 06 de julho de 2011 – altera o texto daLOAS

• NOB SUAS 2012, aprovada por meio da resolução nº33, de 12 de dezembro de 2012,

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Conceito da Assistência Social

A Assistência Social é política pública deSeguridade Social, não-contributiva, estruturadaem Sistema Único de Assistência Social - SUAS,que oferta serviços, programas, projetos ebenefícios socioassistenciais para a população emsituação de vulnerabilidade social e risco pessoal esocial.

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Objetivos da Assistência Social

• Proteção social: visa à garantia da vida, à reduçãode danos e à prevenção da incidência de riscos;

• Vigilância socioassistencial: visa à analiseterritorial da capacidade protetiva das famílias e aocorrência de vulnerabilidades, ameaças,vitimizações e danos;

• Defesa de direitos: visa à garantia do pleno acessoaos direitos no conjunto das provisõessocioassistenciais.

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Diretrizes da Assistência Social

Descentralização político-administrativa e comandoúnico das ações;

Participação da população na formulação daspolíticas e no controle social;

Primazia da responsabilidade do Estado na conduçãoda política.

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Conceito e Objetivos do SUAS

É um sistema descentralizado e participativo que tem por funçãoa gestão das ações na área de assistência social, organizada porníveis de proteção: proteção social básica e proteção socialespecial.

Objetivos: consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a

cooperação técnica entre os entes federativos, com definição desuas responsabilidades;

organizar a oferta pública estatal, englobando a rede privada deassistência social;

estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; implementar a gestão do trabalho e a vigilância socioassistencial.

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Usuários da PNAS Cidadãos e grupos que se encontram em situações de

vulnerabilidade e riscos

Com perda ou fragilidade de vínculos

Ciclos de vida

Identidades estigmatizadas

Desvantagem pessoal deficiências

Exclusão pela pobreza e/ou acesso às demais políticas

Uso de substâncias psicoativas

Violência advinda do núcleo familiar, grupos e indivíduos

Inserção precária ou não inserção no mercado de trabalho

Estratégias e alternativas de sobrevivência que representem risco

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Situações para enfrentamento no Pará

TRABALHO INFANTIL

ESCALPELAMENTO

SUB REGISTRO

VIOLÊNCIA

MULHER

CRIANÇA E ADOLESCENTE

FAMÍLIA

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O SUAS no Pará

População alvo da política de Assistência Social

Famílias cadastradas: 1.333.858• com renda per capita mensal de até 70,00 : 871.082

• com renda per capita mensal entre R$70,01 e R$140,00: 211.635

• com renda per capita mensal de até R$ 140,00 :1.082.717

• com renda per capita mensal de até 1/2 salário mínimo : 1.242.616

Pessoas cadastradas em famílias: 4.516.623

Famílias beneficiárias do Bolsa Família:883.081

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O SUAS no Pará (cont.)

• Pessoas recebendo o BPC – Beneficio de Prestação continuada: 186.403

• Idosos: 85.010

• Pessoas com deficiência: 101.393

• Pessoas recebendo o BEPAHR – Beneficio Estadual de Pessoas Acometidas pela Hanseníase: 2.393

• Crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil:

05 a 09 – 12.649

10 a 15 – 112.165

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O SUAS no Pará (cont.)

Abrigos para Criança e Adolescentes:

EAPI – cap. 50

EAPE / Calabriano – cap. 35

Abrigos para Pessoa Idosa

Lar da Providência - cap. 50

Socorro Gabriel – cap. 50

• Abrigos para Mulheres - Cap. 15 – Belém, Santarém, Marabá, Altamira e Tucuruí

Abrigo para Migrante - Cap. 15

CIIC/Pessoa com Deficiência

CREAS Regional – Soure, Breves e Santarém

Em construção: CERPI e o CIIR

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O SUAS no Pará

AnoAtivos no CAD

SUAS

Preenchidos no

Censo SUAS/ RMA*

Não Finalizados no

Censo SUAS

Não Preencheram o Censo

SUAS

CRAS 2011 235 228 02 05

CRAS 2012 236 233 03 0

CRAS 2013 241 243 0 0

CRAS 2014 246 247 0 0

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O SUAS no Pará

AnoAtivos no CAD

SUAS

Preenchidos no Censo

SUAS/ RMA*

Não Finalizados no

Censo SUAS

Não Preencheram o

Censo SUAS

CREAS 2011 89 86 02 01

CREAS 2012 90 84 06 0

CREAS 2013 92 93 0 0

CREAS 2014 111 105 0 0

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Avanços

• Garantia da Assistência Social como direito do cidadão e política de Estado: é obrigatória e tem caráter de universalidade;

• Instituição da Lei Orgânica de Assistência Social;

• Implantação da Política Nacional de Assistência Social e do Sistema Único de Assistência Social – SUAS;

• Instituição do Conselho Nacional de Assistência Social e dos Conselhos Estaduais e Municipais de Assistência Social;

• Descentralização e municipalização dos serviços de Assistência Social;

• Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais organizados por níveis de complexidade do SUAS: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial de Média e Alta complexidade;

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AVANÇOS

• Estabelecimento de uma relação republicana ente os entesfederados (Gestão compartilhada), baseada na cooperaçãoe articulação das ações, tendo como espaço privilegiado depactuação as comissões intergestores bipartite nos estadose a Comissão Intergestores Tripartite no plano federal.

• Superação das ações fragmentadas, das práticasclientelistas ou discriminatórias.

• Instituição do Pacto de Aprimoramento da GestãoEstadual, que estabelece os compromissos e asresponsabilidades dos Estados e Distrito Federal na gestãodo SUAS.

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Avanços no Pará

• Efetivação do comando único da Assistência Social por meio da SEAS;

• Pleno funcionamento da CIB;

• Efetivação do controle social (funcionamento do CEAS, CEDCA, CEDPI, CEPD, CONSEANS e realização das Conferências Estaduais)

• Implantação do Cofinanciamento Estadual;

• Implantação do Sistema Estadual de Informações;

• Reconhecimento do “Fator Amazônico”;

• Monitoramento dos 144 municípios paraenses;

• Regulamentação do BETE.

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Desafios

Vinculação de parte das receitas dos orçamentos da União, dos Estadose dos Municípios ao custeio da Assistência Social pelos municípios;

Efetiva implementação da gestão do SUAS considerando aspectoscomo a descentralização, o financiamento, o controle social e a gestãodo trabalho;

Organização dos Serviços Socioassistenciais em rede, de modo a inserira clientela da assistência social nas diversas ações ofertadas;

Consolidação dos Serviços de Proteção Social Básica ofertados pelosCRAS e de Proteção Especial pelos CREAS;

Política de valorização dos profissionais da área de Assistência Social;

Implementação da Política de Segurança Alimentar e Nutricional;

Fortalecimento dos mecanismos de controle social e deliberaçãoefetivos livres de padrões clientelistas e corporativos – aperfeiçoar aparticipação social;

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Desafios no Pará

• Fortalecimento das gestões municipais;

• Ampliar o cofinancimento estadual;

• Expansão de serviços tendo a regionalização como diretriz;

• Fortalecer o controle social por meio da atuação dosConselhos de Assistência Social ;

• Permanente diálogo com as Políticas e Sistemas da área deProteção Social e áreas afins (SUAS, SINASE, DireitosHumanos, Educação, Produção)

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Para Reflexão

“Desconfiai do mais trivial na aparência singelo,

Examinai sobretudo , o que parece habitual,

Não aceites o que é de hábito como coisa natural,

Pois em tempo de desordem sangrenta

De confusão generalizada,

De arbitrariedade consciente,

De humanidade desumanizada,

Nada deve parecer natural,

Nada deve parecer impossível de mudar”.

Brecht