O castelo de faria
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Análise do conto O Castelo de Fariade Alexandre Herculano
Madalena Fernandes
AEQB 2014/15
Alexandre Herculano Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo (Lisboa, 28 de Março de 1810 — Quinta
de Vale de Lobos, Azoia de Baixo, Santarém, 18 de Setembro de 1877) foi um escritor, historiador, jornalista e poeta português da era do romantismo.
Até aos 15 anos frequentou o Colégio dos Padres Oratorianos de S. Filipe de Néry. Impedido de prosseguir estudos universitários (o pai cegou em 1827, ficando impossibilitado de prover ao sustento da família) ficou disponível para adquirir uma sólida formação literária que passou pelo estudo de inglês, francês, italiano e alemão, línguas que foram decisivas para a sua obra literária.
Alexandre Herculano casou, em 1 de Maio de 1867, com Mariana Hermínia de Meira. Morreu, sem descendência, na sua quinta de Vale de Lobos, Azoia de Baixo, (Santarém) em 18 de Setembro de 1877, onde se tornara agricultor e produtor do famoso "Azeite Herculano". Encontra-se sepultado no Mosteiro dos Jerónimos transladado para aí em 6 de Novembro de 1978.
Obras principais
• Obras poéticas (publicadas em 1850, em três partes):
• - A harpa do crente• - Poesias várias• - Versões• Obras de ficção histórica:• - Lendas e narrativas (2 volumes em
1851)• - O Bobo (1843)• - Eurico o Presbítero (1844)• - O monge de Cister (1848)
• Obras históricas:• - História de Portugal (1846-
1853)• - Portugaliae Monumenta
Historica (1853-1854)• Obras de doutrina e crítica:• - Os opúsculos (1872)
• http://camertola.pt/sites/default/files/Atividade_Dama%20Instituto%20Cam%C3%B5es.pdf
ResumoDiz a lenda que D. Fernando quebrou o compromisso de casamento com a filha do rei de Castela quando se apaixonou por Leonor Teles. A recusa fez com que o rei castelhano desencadeasse uma guerra contra Portugal. O Minho foi invadido pelo adiantado da Galiza, D. Pedro Rodriguez Sarmento, que se bateu com D. Henrique Manuel, tio do rei português, nos arredores de Barcelos. Os portugueses foram derrotados e entre os reféns ficou D. Nuno Gonçalves, alcaide-mor do Castelo de Faria. D. Nuno receava que o seu filho entregasse o Castelo de Faria por o saber refém dos castelhanos e resolveu engendrar um estratagema: pediu ao galego D. Pedro que o levasse até aos muros do castelo para convencer o filho a entregar a fortaleza sem resistência. Chegados ao castelo, D. Nuno pediu para falar com o seu filho, D. Gonçalo, e convenceu-o a defender-se a custo da própria vida.Os castelhanos, vendo-se traídos, mataram logo ali o velho alcaide e atacaram o castelo. D. Gonçalo, lembrando-se das palavras do pai, resistiu heroicamente aos ataques e levou os inimigos a desistirem da luta. Apesar de premiado pela sua coragem, D. Gonçalo pediu ao rei D. Fernando autorização para abandonar o cargo de alcaide e tornou-se sacerdote.
http://www.infopedia.pt/$o-castelo-de-faria
A vida na Idade Média
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Estrutura do conto
• 1ª parte: a introdução
ll. 1 – 14
Descrição do convento dos Franciscanos
Barcelos
Atividade
• Descreve, por palavras tuas, a atmosfera deste primeiro local.
É um local aprazível, tranquilo, natural e silencioso.
Descrição do local
Que tipo de palavras utilizaste para a descrição
do local?
Adjetivos.
A descrição
A descrição é um dos modos de representação do discurso narrativo , destinado à apresentação, com alguns pormenores, das personagens, dos objetose/ou do espaço. O pretérito imperfeito do indicativo , os adjetivos e os recursos expressivos predominam na descrição.
Excerto do conto (ll.80 – 84)
“Nas torres, os atalaias vigiavam atentamente a campanha, e os almocadéns corriam com a rolda pelas quadrelas do muro e subiam aos cubelos colocados nos ângulos das muralhas.
O terreiro onde se haviam acolhido os habitantes da povoação estava coberto de choupanas colmadas, nas quais se abrigava a turba dos velhos, das mulheres e das crianças, que ali se julgavam seguros da violência de inimigos desapiedados.”
Exemplo de descrição
• 2ª parte: o desenvolvimento
ll. 15 – 138
Apresentação do edifício que deu origem ao convento
Breve relato da história do Castelo de Faria
Relato de um episódio da história do Castelo de Faria
Quinta do Convento da Franqueira - a casa é um antigo convento franciscano, construído em 1563 com pedras do histórico castelo de Faria.
• 3º parte: a conclusão
ll.139 -140
Referência a inexistência de vestígios do Castelo de Faria
Relato de um episódio da história do Castelo de Faria
Algumas das personagens:
Gonçalo Nunes
Nuno Gonçalves
Exército português/castelhano
D.Fernando
D. Leonor Teles
Tempo
No tempo de D. Fernando (“Reinava entre nós D. Fernando”, l.45)
Quando “D. Fernando, namorado de D. Leonor Teles, … a recebeu por mulher”(ll.50/51)
“Entrou em Portugal com um exército…”(ll.52/53)
Espaço
“…entrou pela província Entre Douro e Minho…”(ll.55/56)
“… até às imediações de Barcelos …”(l.58)
“… Castelo de Faria …”(l.62)
“… povoação de Faria…” (l.75)
Quando? Onde?
O narrador
• O narrador é um ser imaginário, criado pelo autor, a quem cabe contar/narrar os acontecimentos do texto narrativo.
Classificação quanto à sua presença:
a) Narrador participante: participa na história como personagem.
b) Narrador não participante: não participa na história como personagem.
Nota: Neste conto, o narrador é não participante.
Classificação quanto à sua posição /ao seu ponto de vista:
a) Narrador subjetivo: narra os acontecimentos, declarando ou sugerindo a sua posição, é parcial.
b) Narrador objetivo: não toma posição face aos acontecimentos, é imparcial.
Atividade
Lê, com atenção, estas frases/expressões:
a. “Sentem-se ali o murmurar das águas e a bafagem…”(l.3)
b. “…segundo o testemunho de um historiador nosso.”(ll.28/29)
c. “Se ainda existe, quem sabe qual será o seu futuro destino?”(l.35)
d. “Os nossos maiores,…”(l.41)
e. “Reinava entre nós D. Fernando. Este príncipe, que tanto degenerava de seus antepassados em valor e prudência,… ”(ll.45/46)
f. “Não sendo o nosso propósito narrar os sucessos deste sítio, volveremos o fio do discurso para o que sucedeu no Minho.”(ll.53/54)
g. “Mas esta glória, não há hoje ai uma única pedra que a ateste. As relações dos historiadores foram mais duradouras que o mármore.”(ll.139/140)
1. Estas frases/expressões são objetivas ou subjetivas?
São subjetivas.
2. Porquê?
Porque aparecem marcas da 1ª pessoa: “nosso”; “nós” e as alíneas a), c), e) e g) são comentários e/ou opiniões de alguém.
3. De quem são?
Do narrador.
Nota: O narrador deste conto não só narra os acontecimentos, como também faz comentários, dá a sua opinião e diz o que pensa acerca do que narra.
É um narrador subjetivo.
Recursos expressivos
• Identifica os seguintes recursos expressivos:
a) “áspero e severo”(l.9)
b) “o mar, semelhante a mancha azul”(l.10)
c) “as povoações e os rios, os prados e as fragas, os soutos e os pinhais”(ll.12/13)
a) Dupla adjetivação
b) Comparação
c) enumeração