Nutrição Funcional Em Pediatria
-
Upload
vinicius-marcondes -
Category
Documents
-
view
76 -
download
3
description
Transcript of Nutrição Funcional Em Pediatria
CURSO ONLINE
CONSULTÓRIO PEDIÁTRICO
Módulo 3 – Parte 1
Profª Luisa Simas
NUTRIÇÃO FUNCIONAL EM
PEDIATRIA
LUISA AMÁBILE WOLPE SIMAS
NUTRIÇÃO FUNCIONAL EM PEDIATRIA
O leite materno pode ser considerado o primeiro alimento funcional que o indivíduo recebe.
NUTRIÇÃO FUNCIONAL EM PEDIATRIA
• menos risco de doenças cardiovasculares
• menos alergias na fase adulta
• menor surgimento de diversas doenças.
MARTIN, GUNNELL, SMITHI, 2005; CONSENSO BRASILEIRO SOBRE ALERGIA ALIMENTAR, 2007
Estudos mostram que crianças amamentadas com
leite materno vão ter:
NUTRIÇÃO FUNCIONAL EM PEDIATRIA
Em um estudo com 9.357
crianças entre 5 e 6 anos de
idade, publicado em 1999,
encontraram:
uma prevalência de obesidade
de 4,5% entre as crianças que
nunca haviam sido
amamentadas
2,8% entre aquelas que
receberam aleitamento materno.
VON KRIES, R.; KOLETZKO, B.; SAUERWALD, T.;
VON MUTIUS, E.; BARNERT, D.
GRUNERT, V., et al. Breast feeding and obesity: cross
sectional
study. BMJ. 1999;v. 319, p.147-50.
NUTRIÇÃO FUNCIONAL EM PEDIATRIA
Clique aqui!
PROGRAMAÇÃO METABÓLICA X
DCNT NA VIDA ADULTA
PROGRAMAÇÃO METABÓLICA X DCNT NA VIDA
ADULTA
As DCNT sofrem influências de origem embrionária ou fetal, relacionadas à
nutrição programando o risco para o desencadeamento de algumas DCNT e até
morte prematura na vida adulta. .
BARKER, D.J.; ERIKSSON, J.G.; FORSÉN, T., et al. Fetal origins of adult disease: strength of effects
and biological basis. Int JEpidemiol. 2002; v. 31, p.1235-9
PROGRAMAÇÃO METABÓLICA X DCNT NA VIDA
ADULTA
Crianças com baixo peso ao nascer tem um risco
aumentado de desenvolver DCV na vida adulta,
independentemente de outros fatores de risco.
FORSÉN, T.; ERIKSSON, J.G.; TUOMILEHTO, J., et al. Growth in utero
and during childhood among women who develop coronary
heart disease: longitudinal study. BMJ. 1999; v.319, p.1403-7.
PROGRAMAÇÃO METABÓLICA X DCNT NA VIDA
ADULTA
Em termos evolutivos, podemos imaginar que o ambiente intra-uterino
poderia servir como um:
“TERMÔMETRO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE DISPONIBILIDADE
ENERGÉTICA”.
PROGRAMAÇÃO METABÓLICA X DCNT NA VIDA
ADULTA
RAVELLI, G.P.; STEIN, Z.A.; SUSSER, M.W. Obesity in young men after famine exposure in
uterus and early infancy. N Engl J Med. 1976; v. 295, p. 349-53.
Escassez de nutrientes nos 2 primeiros trimestres de gestação
80% sobrepeso
Entre os estudos epidemiológicos, é clássico o estudo de Ravelli
et al. 79 com jovens holandeses de 19 anos que foram expostos
intra-uterinamente a um período de fome e escassez, entre os
anos de 1944 e 1945.
Clique aqui
MICROBIOTA INTESTINAL DO
RECÉM-NASCIDO
MICROBIOTA INTESTINAL DO RECÉM-NASCIDO
• Quando a criança nasce apresenta o intestino estéril, o qual é rapidamente colonizado, primeiramente pela microbiota materna e depois pelos microrganismos do ambiente externo.
MICROBIOTA INTESTINAL DO RECÉM-NASCIDO
Um vasto número de fatores influenciam a colonização intestinal.
Com efeitos determinantes, primeiramente, o tipo de parto,
natural ou cesária, e a ocorrência ou não da amamentação.
Depois, a dieta e a interação com a microbiota ambiental.
GUARNER & MALAGELADA, 2003; BOURLIOUX et al., 2003
MICROBIOTA INTESTINAL DO RECÉM-NASCIDO
Mackie RI, Sghir A, Gaskins HR. Developmental microbial ecology of the neonatal
gastrointestinal tract. Am J Clin Nutr 1999;69(Suppl):1035S-45S.
MICROFLORA INTESTINAL
ALEITAMENTO MATERNO OU
ARTIFICIAL
CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL
USO DE ANTIBIÓTICOS
TIPO DE PARTO
SISTEMA IMUNE/GENÉTICA
MÓDULO 3 - PARTE 2
Continua...
CURSO ONLINE
CONSULTÓRIO PEDIÁTRICO
Módulo 3 – Parte 2
Profª Luisa Simas
MICROBIOTA INTESTINAL E OBESIDADE
Há evidência de que a
composição da flora intestinal
pode ser diferente em humanos
magros e obesos.
MICROBIOTA INTESTINAL E OBESIDADE
Alguns estudos têm procurado demonstrar que o desenvolvimento
da obesidade nos seres humanos também pode ser influenciado pelas
proporções relativas de dois filos principais de bactérias
da flora intestinal humana, os Bacteroidetes e as Firmicutes, sugerindo que a
atividade metabólica destes microbióticos intestinais facilita a extração e a
estocagem das calorias ingeridas.
PROBIÓTICOS USO INFANTIL
SISTEMA IMUNOLÓGICO E
ALERGIAS ALIMENTARES
ALERGIAS ALIMENTARES
As alergias alimentares acometem
mais crianças do que adultos e
estudos sugerem que 5 a 25% de
pessoas apresentam alguma
alergia alimentar.
Nas últimas duas
décadas houve grande
aumento de prevalência
de alergias alimentares
no mundo todo e muitos
estudos passaram a se
dedicar a esta temática.
TANAKA et al., 2003; FERREIRA & SEIDMAN, 2007
ALERGIAS ALIMENTARES
Fatores de risco importantes no desenvolvimento de asma e
alergias são:
A falta de amamentação ou
amamentação com tempo
menor de 3 meses
Alta proporção de ácidos
graxos ômega 6 em relação
ao ômega 3
Alimentação rica em gordura
saturada de origem animal Baixo consumo de vitamina E
MELLIS, 2002; HUANG, LING & PAN, 2001; DENNY, THOMPSON & MARRGETS, 2003
ALERGIAS ALIMENTARES
Os alimentos mais alergênicos, segundo o Colégio Americano de Alergia, Asma e
Imunologia, são leite de vaca, ovos, amendoim, nozes, peixes e produtos do
mar.
FIOCCHI, ASSA’AD & BAHNA, 2006
CONSENSO BRASILEIRO SOBRE ALERGIAS
ALIMENTARES, 2007
A estes somam-se, como
mais alergênicos para
crianças, trigo, milho e
soja.
ALERGIAS ALIMENTARES
O Colégio Americano de Alergia, Asma e
Imunologia sugere guia para pais e
profissionais de saúde com a recomendação
de introdução de:
produtos lácteos após 1 ano
ovos após 2 anos
amendoim, nozes e peixes após 3
anos.
ALERGIAS ALIMENTARES
VAARALA, 2002
A maturidade do intestino modifica as respostas
imunológicas frente a antígenos alimentares.
Em humanos, a permeabilidade intestinal é alta nos
primeiros dois meses de vida e é nesse período que
se deve evitar contato com proteínas alergênicas a
fim de evitar doenças.
ALERGIAS ALIMENTARES
Suplementação do óleo de peixe
83 Mulheres grávidas
CRIANÇAS COM BAIXAS CONCENTRAÇÕES
DE IL-13 NO CORDÃO UMBILICAL
REDUÇÃO DO RISCO DE ASMA
REDUÇÃO DOENÇAS ALÉRGICAS
ALERGIAS ALIMENTARES
ECZEMA DURANTES OS PRIMEIROS
2 ANOS DOS FILHOS
ALTAS INGESTÃO MATERNA DE MARGARINA E
ÓLEOS VEGETAIS E O BAIXO CONSUMO DE ÓLEO
DE PEIXE
ALERGIAS ALIMENTARES
1002 Gestantes Japonesas
Consumo de Algas, Cálcio, Magnésio e Fósforo
Menor prevalência de Rinite Alérgica
ALERGIAS ALIMENTARES
O ESTUDO SUGERE QUE A DIETA MATERNA
DURANTE AS 4 ÚLTIMAS SEMANAS DE GRAVIDEZ
TEM UM EFEITO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE
DOENÇAS ALÉRGICAS EM CRIANÇAS.
ÔMEGA 3 E PARTO CESARIANO
Ômega 3 e parto cesariano
Parar com a suplementação 30 dias antes
da cirurgia.