Noticiario 27 10 13

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POLÍTICA WWW.ODEBATEON.COM.BR MACAÉ (RJ), DOMINGO, 27 E SEGUNDA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2013 ANO XXXVIII Nº 8227 FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES O JORNAL DE MAIOR CIRCULAÇÃO DO MUNICÍPIO R$ 1,50 Legislativo discute segurança pública Vereadores propõem criação de Comissão para buscar audiência com secretaria de Segurança pág. 3 WANDERLEY GIL Famílias que vivem em área de invasão sonham com a realização de obras de urbanização, além de acesso a serviços relativos ao saneamento básico pág. 9 ECONOMIA BAIRROS EM DEBATE a partir deste domingo (27), os macaenses devem incluir o dígito 9 antes dos outros oito números da linha. A medida passa a valer para as cidades do estado do Rio de Janeiro, com códigos DDD 21, 22 e 24, e no Espírito Santo, com códigos 27 e 28. Os usuários devem fi- car atentos à alteração que não garante melhorias efetivas ao serviço. pág. 6 Arrecadação chega a R$ 1,7 bilhão CVT oferece vagas para cursos técnicos Celulares recebem nono dígito neste domingo Com foco nas demandas de mercado, o Centro Vocacional Tecnológico vai oferecer, a par- tir do próximo ano, os cursos técnicos de Edificações e In- formática. Ao todo serão 120 vagas, sendo 60 para cada curso. As atividades gratuitas são destinadas aos estudantes e profissionais que já concluí- ram o ensino e buscam a quali- ficação profissional. pág. 8 Efeito da ampliação da receita própria, Macaé garante a ampliação crescente da sua arrecadação total através das receitas próprias, o que permite ao município chegar em outubro com recursos que somam R$ 1,7 bilhão. pág. 3 Exploração de petróleo rende a Macaé R$ 421 milhões neste ano Ilha Leocádia vive impasse que impede acesso a melhorias Apesar de registrar recuperação nas receitas geradas pela ANP, município ainda marca passivo em relação a 2012 M acaé chega em outubro à expres- siva marca de R$ 421.470.160,10 arrecadados ao longo de 10 meses de recebi- mentos de parcelas dos royalties e de Participação Especial libe- radas pela Agência Nacional do Petróleo. Apesar dos números expressivos gerados pela produ- ção e exploração do petróleo na Expectativa do governo municipal é que o município também ultrapasse a arrecadação de R$ 500 milhões com o petróleo Bacia de Campos, o município ainda vive um passivo de recei- ta, se comparado aos volumes de riquezas proporcionados pelo ouro negro brasileiro em 2013 e no ano passado. A parce- la desse mês representa um ati- vo de mais de R$ 2 milhões em comparação à quantia deposita- da pela ANP, aos cofres públicos em outubro de 2012. pág. 3 WANDERLEY GIL Sem contar com obras de urbanização, comunidade enfrenta problemas devido à falta de pavimentação de vias públicas, água e rede coletora de esgoto KANÁ MANHÃES Caminhada combate a intolerância religiosa macaé vai receber neste domingo, 27 de outubro, a 1ª Caminhada Contra a Intole- rância Religiosa. A concen- tração vai acontecer às 9h, na Praça da Imbetiba e o grupo vai andar por toda orla da Imbetiba até o final da praia. A atividade é coordenada pe- lo gabinete do vice-prefeito Danilo Funke (PT), em par- ceria com instituições. pág. 5 A dedicação ao esporte, o re- conhecimento pela importân- cia dos estudos e a fé ajudaram ao jovem lutador macaense, Israel Viana, a conquistar um dos títulos mais importantes em sua trajetória de sucesso: o de Campeão Sul-Americano de Judô, conquistado no último dia 20, em Santigado, no Chile. Ele se prepara para novos desafios internacionais na luta. pág. 15 Israel Viana conquista título Sul-Americano de Judô ARQUIVO PESSOAL KANÁ MANHÃES

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POLÍTICA

WWW.ODEBATEON.COM.BR • MACAÉ (RJ), DOMINGO, 27 E SEGUNDA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2013 • ANO XXXVIII • Nº 8227 • FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES • O JORNAL DE MAIOR CIRCULAÇÃO DO MUNICÍPIO • R$ 1,50

Legislativo discute segurança públicaVereadores propõem criação de Comissão para buscar audiência com secretaria de Segurança pág. 3

WANDERLEY GIL

Famílias que vivem em área de invasão sonham com a realização de obras de urbanização, além de acesso a serviços relativos ao saneamento básico pág. 9

ECONOMIABAIRROS EM DEBATE

a partir deste domingo (27), os macaenses devem incluir o dígito 9 antes dos outros oito números da linha. A medida passa a valer para as cidades do estado do Rio de Janeiro,

com códigos DDD 21, 22 e 24, e no Espírito Santo, com códigos 27 e 28. Os usuários devem fi-car atentos à alteração que não garante melhorias efetivas ao serviço. pág. 6

Arrecadação chega a R$ 1,7 bilhão

CVT oferece vagas para cursos técnicos

Celulares recebem nono dígito neste domingo

Com foco nas demandas de mercado, o Centro Vocacional Tecnológico vai oferecer, a par-tir do próximo ano, os cursos técnicos de Edificações e In-formática. Ao todo serão 120

vagas, sendo 60 para cada curso. As atividades gratuitas são destinadas aos estudantes e profissionais que já concluí-ram o ensino e buscam a quali-ficação profissional. pág. 8

Efeito da ampliação da receita própria, Macaé garante a ampliação crescente da sua arrecadação total através das receitas próprias, o que permite ao município chegar em outubro com recursos que somam R$ 1,7 bilhão. pág. 3

Exploração de petróleo rende a Macaé R$ 421 milhões neste ano

Ilha Leocádia vive impasse que impede acesso a melhorias

Apesar de registrar recuperação nas receitas geradas pela ANP, município ainda marca passivo em relação a 2012

Ma c a é c h e g a e m outubro à expres-siva marca de R$

421.470.160,10 arrecadados ao longo de 10 meses de recebi-mentos de parcelas dos royalties e de Participação Especial libe-radas pela Agência Nacional do Petróleo. Apesar dos números expressivos gerados pela produ-ção e exploração do petróleo na

Expectativa do governo municipal é que o município também ultrapasse a arrecadação de R$ 500 milhões com o petróleo

Bacia de Campos, o município ainda vive um passivo de recei-ta, se comparado aos volumes de riquezas proporcionados pelo ouro negro brasileiro em 2013 e no ano passado. A parce-la desse mês representa um ati-vo de mais de R$ 2 milhões em comparação à quantia deposita-da pela ANP, aos cofres públicos em outubro de 2012. pág. 3

WANDERLEY GIL

Sem contar com obras de urbanização, comunidade enfrenta problemas devido à falta de pavimentação de vias públicas, água e rede coletora de esgoto

KANÁ MANHÃES

Caminhada combate a intolerância religiosamacaé vai receber neste domingo, 27 de outubro, a 1ª Caminhada Contra a Intole-rância Religiosa. A concen-tração vai acontecer às 9h, na Praça da Imbetiba e o grupo vai andar por toda orla da Imbetiba até o final da praia. A atividade é coordenada pe-lo gabinete do vice-prefeito Danilo Funke (PT), em par-ceria com instituições. pág. 5

A dedicação ao esporte, o re-conhecimento pela importân-cia dos estudos e a fé ajudaram ao jovem lutador macaense, Israel Viana, a conquistar um dos títulos mais importantes em sua trajetória de sucesso: o de Campeão Sul-Americano de Judô, conquistado no último dia 20, em Santigado, no Chile. Ele se prepara para novos desafios internacionais na luta. pág. 15

Israel Viana conquista título Sul-Americano de Judô

ARQUIVO PESSOAL

KANÁ MANHÃES

2 MACAÉ, DOMINGO, 27 E SEGUNDA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2013

CidadeNOTA

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIAA seguir, as principais notícias veiculadas na edição de número 194 do jornal O DEBATE, que circulou dia 22 de outubro de 1980

POLÍTICAProjeto de lei enviado pelo Executivo so-

licitando autorização para assinar convê-nio com a Cerj (Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro), a fim de que a cobrança da taxa de iluminação pública, instituída pela lei de número 665/78, seja feita nos talões da companhia.

Na última terça-feira uma comissão de professores conveniados esteve na Câma-ra Municipal para entregar ao Presidente da Casa um abaixo-assinado contendo 1508 assinaturas, solicitando reivindica-ções às autoridades competentes, bene-fícios como equiparação salarial e efeti-vação.

* * *CIDADE

Através de portaria publicada no Di-ário da Justiça, o juiz titular da Vara de Menores da Capital, Dr. Antônio Campos Neto, regulou e disciplinou o uso de patins em locais de patinação explorados comercialmente. A portaria diz que o acesso aos locais de patina-ção, comercialmente explorados, será permitido a menores que tenham mais de 5 anos, sendo que os menores de 10 anos não poderão permanecer no local após as 20 horas. Após esse horário apenas os maiores de 11 anos poderão ficar até meia-noite. Nos dois casos, o menor deverá estar acompanhado dos

pais ou responsável maior.

EDUCAÇÃOEntre os dias 24 e 26 de outubro acon-

tecerá a I Feira do Livro de Macaé, que foi proibida de acontecer na Praça Veríssimo de Mello. O evento ocorrerá na Rua Prefei-to Moreira Neto, ao lado da Igreja São João Batista. A feira é promovida pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil e CRECT-Macaé. O objetivo principal do evento é fa-cilitar à criança o acesso ao livro, tendo-o como uma alternativa de lazer, dentre outras já conhecidas, primordial à sua formação sociocultural. A programação contará com teatro, além de banda de música.

Petroleiros fecharam acesso à Petrobrasapós a conclusão do leilão de Libra na últi-ma segunda-feira (21), petroleiros e integran-tes de movimentos so-ciais realizaram uma manifestação na base da Petrobras de Imbe-tiba. Os três portões de acesso foram fechados e, segundo informações do Sindipetro-NF, cerca de três mil pessoas partici-param da mobilização.

Aumenta alerta sobre condições das praiasLitoral da cidade passa a ser frequentado em maior escala no verão

Área de vegetação é ocupada por ambulantescadeiras, mesas e até um carrinho de supermercado fo-ram amarrados em uma amen-doeira situada na orla da Praia Campista, próxima à vegetação de restinga, um dos ecossiste-mas mais afetados por conta do crescimento da cidade e ocupação territorial da orla.

KANÁ MANHÃES

Balneabilidade em risco

Importante para conter os im-pactos do sal, evitando o avan-ço do mar na costa, a degrada-ção dessa área é preocupante.Segundo denúncia, o material já vem sendo depositado nes-se ponto há algum tempo, e o medo é de que nesse período a situação piore ainda mais.

Projovem Urbano está com inscrições abertasOs jovens com idade entre 18 e 29 anos interessados em parti-cipar do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem

Urbano) em Macaé no próximo ano letivo devem ficar atentos. O município está oferecendo 600 vagas.

Guarda Ambiental resgata seis animais silvestres em Macaé.

MACAÉ, DOMINGO, 27 E SEGUNDA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2013 3

Política O vereador Chico Machado (PMDB) participou da solenidade de entrega do novo trevo da BR 101

NOTA

MÊS ROYALTIES ESPECIALJaneiro R$ 40.015.902,40Fevereiro R$ 42.172.465,72 R$ 14.384.364,60 Março R$ 41.912.115,00Abril R$ 35.923.773,21Maio R$ 35.829.397,76 R$ 11.773.877,66Junho R$ 32.677.718,33Julho R$ 35.638.783,66Agosto R$ 37.058.627,34 R$ 11.256.026,54Setembro R$ 39.872.426,98Outubro R$ 42.954.680,90

ARRECADAÇÃO DE MACAÉ COM O PETRÓLEO EM 2013MÊS ROYALTIES ESPECIALJaneiro R$ 37.405.707,37Fevereiro R$ 41.050.472,48 R$ 18.324.046,48 Março R$ 41.547.797,02Abril R$ 39.051.000,02Maio R$ 42.692.899,61 R$ 17.563.003,43Junho R$ 40.343.829,12Julho R$ 42.726.309,72Agosto R$ 36.129.284,41 R$ 16.529.298,71Setembro R$ 37.908.004,20Outubro R$ 40.120.084,27

ARRECADAÇÃO DE MACAÉ COM O PETRÓLEO EM 2012

Macaé fatura R$ 421 milhões com o petróleo

ARRECADAÇÃO

Município vive fase de recuperação no volume de receitas geradas pelos royalties, porém ainda registra queda de recursos, em relação ao ano passadoMárcio [email protected]

Ma c a é c h e g a e m outubro à expres-siva marca de R$

421.470.160,10 arrecadados ao longo de 10 meses de recebi-mentos de parcelas dos royalties e de Participação Especial libe-radas pela Agência Nacional do Petróleo. Apesar dos números expressivos gerados pela produ-ção e exploração do petróleo na Bacia de Campos, o município ainda vive um passivo de recei-ta, se comparado aos volumes de riquezas proporcionados pelo ouro negro brasileiro em 2013 e no ano passado.

Os R$ 421 milhões foram re-gistrados nesta semana, após a liberação da décima parcela dos royalties do petróleo. Calculada com base na produção gerada pela Petrobras, e por outras pe-trolíferas que possem concessão da ANP para explorar petróleo nas reservas da Bacia de Cam-pos, a parcela representou uma elevação de cerca de R$ 3 mi-lhões em comparação à receita liberada no mês passado.

A parcela desse mês represen-ta também um ativo de mais de R$ 2 milhões em comparação à quantia depositada pela ANP, aos cofres públicos de Macaé, em outubro de 2012. Porém, mesmo assim, o município ain-da registra uma grande diferen-

ça no acumulado, no mesmo pe-ríodo, entre os dois anos.

Em 2012, Macaé chegou em outubro à expressiva marca de R$ 451.391.736,84, o que já de-monstrava com folga que o mu-nicípio ultrapassaria os R$ 500 milhões até dezembro.

Em 2013, o município soma mais de R$ 421 milhões, re-presentando um passivo de R$ 29.921.576,74, em comparação ao ano passado.

Apenas com as 10 parce-las dos royalties do petróleo,

Macaé recebeu neste mês R$ 384.055.891,30. Já em 2012, a re-ceita era de R$ 398.975.388,22. O passivo entre os dois anos chega a R$ 14.919.496,92.

A diferença é maior quan-do comparada aos recursos liberados pela ANP através da Participação Especial. Em 2012, o município rece-beu R$ 52.416.348,62, já nes-te ano foram somados R$ 37.414.268,80. O passivo chega a R$ 15.002.079,82.

Apesar da diferença total, Ma-

caé ultrapassa em 2013 a arreca-dação dos recursos do petróleo registrada em meses de 2012.

Neste ano, as parcelas de ja-neiro, fevereiro, março, setem-bro e outubro foram superiores às registradas no ano passado.

O município, porém, sentiu os efeitos da estagnação da pro-dução do petróleo, o que pro-vocou a queda na arrecadação entre os meses de abril, maio, junho, julho e agosto. A oscila-ção do dólar também interferiu nesta conta.

CRÉDITO

Município ainda registra passivo de R$ 29 milhões na arrecadação comparada entre 2012 e 2013

Segurança pública em debate no plenário da Câmara

PEDIDO

Durante sessão ordinária nesta semana, a Câmara de Ve-readores analisou a proposta de criação de uma Comissão Parla-mentar para promover audiência junto à secretaria estadual de Se-gurança Pública com objetivo de apresentar solicitações relativas à necessidade de reforço do efe-tivo da Polícia Militar na cidade.

Ao participar da Explica-ção Pessoal, George Jardim (PMDB) fez um relato sobre crimes registrados na região da serra macaense.

"Quatro bandidos fizeram oi-to pessoas de uma família reféns dentro do banheiro de uma ca-sa na Bicuda. Essa situação está sendo constante. É preciso que o efetivo policial seja reforçado

George Jardim e Igor Sardinha cobraram reforço no policiamento de Macaé

na região serrana de Macaé", afirmou.

De acordo com George, a po-pulação da região conta apenas com o apoio de agentes da Guar-da Ambiental, que não possuem força policial para atuar em ca-sos semelhantes.

"Não existe uma viatura po-licial para que possa fazer o patrulhamento na região. Sou do PMDB, mas afirmo que o governador do Estado não tem olhado pela segurança pública de Macaé", disse.

Na discussão, Igor Sardinha (PT) voltou a propor a formação da Comissão para que seja agen-dada uma audiência pública com a equipe da secretaria estadual de Segurança Pública.

"Já abordamos aqui no ple-nário o déficit em que Macaé se encontra na questão da se-gurança. É preciso que essa questão seja discutida com o Estado", declarou Igor.

WANDERLEY GIL

Comissão buscará audiência junto à secretaria de Segurança

Arrecadação chega a R$ 1,7 bilhãoefeito proporcionado por medidas adotadas pela secreta-ria municipal de Fazenda desde o início do ano, Macaé garante a ampliação crescente da sua arrecadação total através das receitas próprias, o que permite

ao município chegar em outu-bro com recursos que somam R$ 1,7 bilhão.

Números que deverão ser consolidados pelo município até o fim do mês, Macaé em 2013 supera em mais de R$ 230

milhões as receitas consolida-das entre janeiro e outubro do ano passado.

O município mantém cres-cente também a geração de re-ceitas por mês, que somam mais de R$ 173 milhões.

Por dia, Macaé é capaz de gerar R$ 5.700.066,11, números que superam a maior parte dos municípios do Estado.

Por habitante o município gera R$ 7.030,70, segundo o Impostômetro.

PONTODE VISTA

Esta semana assistimos a mais um capítulo em que a mobilidade urbana, tema da atualidade, pensada para des-complicar a vida das pessoas, volta a ser discutida e sempre dependente da classe política encastelada no poder, não atende as necessidades da popu-lação. Todos sabem que o crescimento desordenado da cidade com aprova-ção de loteamentos restringindo a área do lote residencial em alguns casos a menos até de 100 metros quadrados e, também, das vias públicas, cada vez mais estreitas, teria no futuro sérios problemas a serem enfrentados pela administração. Enquanto na contramão a indústria automobilística continua ba-tendo recordes de produção, facilitando o acesso ao crédito com financiamento longo, as cidades ficando paradas, es-gotando todos os canais de paciência do motorista que “não anda” porque o “engarrafamento é enfrentado todos os dias” (excetuados os finais de sema-na), perdendo o trabalhador em trânsito muitas horas porque os percursos não contam com vias expressas, o caos pre-domina em todos os sentidos. Trechos de dois a três quilômetros que deveriam ser percorridos em cerca de cinco mi-nutos, com a falta de sincronização nos sinais luminosos e muitos motoristas “fazendo bandalhas” para fugir do tráfe-go intenso observado em todos os sen-tidos da cidade, acaba com a paciência do cidadão que se vê estressado, uma vez que não conta com transporte de massa para “deixar o carro em casa” e não adianta muito a passagem a R$ 1,00 porque na verdade ela custa mais de R$ 3,00 e o subsídio que vai para os cofres das empresas que integram o SIT, poderia ser destinado para outros serviços públicos. É comum, também, alguns comerciantes, ao verem prospe-rar o negócio, adquirir um veículo, que o tem como meio de transporte mas, estaciona em frente ao estabelecimen-

to, esquecendo que o cliente deve ter a preferência. São muitas as razões que poderiam ser desfiladas a seguir mas o problema não é só em Macaé. Abrange todo o país e o governo federal estabele-ceu que os municípios devam elaborar até 2015, o Plano de Desenvolvimento Urbano, com prioridade para o pedes-tre, o ciclista, o motociclista, dentre outras. Até agora, o que se conhecia de concreto até há pouco tempo, e chegou a ser testado por autoridades, empresá-rios e alguns populares, o VLT - Veículo Leve Sobre Trilhos, foi anunciando como uma possível solução para o transporte de massa em Macaé aproveitando o leito ferroviário existente para fazer o percur-so Lagomar-Imboassica. As composi-ções foram compradas, viagens a Cariri (CE), foram muitas para acompanhar o desenvolvimento do projeto, e depois da promessa de que os trens estariam circulando desde dezembro do ano pas-sado, eles ficaram parados na estação principal que divide a cidade com os bairros Miramar e Visconde de Araújo. Esqueceram de construir as estações, as linhas alimentadoras, recuperar toda a extensão da linha férrea, ter uma oficina para manutenção, enfim, ficou faltando muita coisa. A ostentação de uma cidade rica (a arrecadação este ano está che-gando a R$ 2 bilhões), levou os trens a ficarem parados todo esse tempo e so-mente agora, 10 meses depois, se chegou a conclusão de que tudo não passou de “conto da carochinha” e vai caber ao Mi-nistério Público Federal ou estadual, abrir inquérito para decidir se os responsáveis serão indiciados, já que ficou caracteriza-do a improbidade administrativa. Mas, e agora? O que teremos pela frente? Como nenhuma solução é mágica, o cidadão vai continuar enfrentando problemas sérios de mobilidade enquanto os detentores de cargos públicos vão “chutando” uma possível solução porque já estamos em tempo de campanha eleitoral.

Na semana que passou o Ministério das Comunicações publicou no Diário Oficial da União, lista com 262 municí-pios selecionados para a segunda etapa do projeto Cidades Digitais e no Estado do Rio de Janeiro, foram 12 as cidades contempladas, que são: Bom Jardim, Casimiro de Abreu, Itaocara, Miguel Pereira, Paraíba do Sul, Paraty, Piraí, Santo Antônio de Pádua, São Francisco de Itabapoana, São João da Barra, Silva Jardim e Vassouras. Todas essas cidades vão receber infraestrutura de conexão a pontos de internet banda larga com a rede ligada às prefeituras e aos órgãos públicos, o que permite o governo eletrô-nico e também serão instalados pontos de acesso sem fio em locais públicos. Os estados com maior número de cidades contempladas são: São Paulo com 27, Minas Gerais com 25, Maranhão com 24 e Bahia com 24 e, segundo o ministro das Comunicações, o programa tem uma demanda extraordinária entre os muni-cípios mas restrições no orçamento for-çaram o governo a escolher 262 cidades, entre as 1.900 que se cadastraram, tendo a preferência recaído para municípios com menos de 50 mil habitantes. Ma-caé, como sempre acontece, deve estar

de fora da lista porque a representação política que embora exista, torna-se nula com relação aos pleitos dos cidadãos. Considerando que o município deve ser um dos que mais sofrem com o sistema de telefonia móvel e rede de internet, apesar de o principal cabo de fibra óptica que liga o CPD da Petrobras na Imbetiba ao mundo, passa exatamente em frente à Embratel (antiga Vesper), razão maior de ela estar ali instalada, os pouco mais de 220 mil habitantes somados aos 100 mil flutuantes, sofrem as conseqüências da falta de planejamento e do pouco caso dos poderes públicos. As operadoras de telefonia vendem o que podem e o que não podem e não “entregam” os servi-ços adquiridos pelos usuários que não conseguem sequer fazer ligações, que dirá utilizar a internet por absoluta falta de sinal. O vereador Maxwel Vaz, agora no Partido da Solidariedade, chegou a re-alizar uma audiência pública na Câmara Municipal convidando as operadoras de telefonia móvel e a Anatel para discutir o problema. Agora, o resultado, ainda não é conhecido, o que leva todos a re-clamar de um serviço que é caro e não é prestado. E olha que Macaé é a “Capital Nacional do Petróleo”.

PONTADA

Mobilidade urbana

Cidades digitais* * *

A direção do Instituto Nossa Senhora da Glória, conhecido como Castelo, situado no alto do Visconde de Araújo, merece as maiores e melhores home-nagens pela excelente festa organizada para comemorar os 50 anos de sua fundação, realizada quinta-feira (24). Foi emocionante e o grande número de convidados ficou extasiado com a belíssima apresentação. Tudo assinado pelo artista Eli Peron Frongilo.

O médico César Sabino, de todos nós conhecido, que construiu uma estrutura excepcional para atender a população macaense, especializando-se na Me-dicina do Trabalho, está em franca recuperação em São Paulo. Ele completou 100 dias de tratamento no dia 12 de outubro e se recupera de leucemia após transplante de medula óssea no Hospital Sírio e Libanês, sem esquecer os amigos que fazem aniversário.

Faltando praticamente dois meses para o final do ano, quando após os festejos natalinos a população comemora o réveillon, a Avenida Atlântica continua com os bloquetes completamente desfigurados após ter a Esane destruído a rua para passar a rede coletora de esgoto. Quando a Petrobras fez a obra, exigiu perfeição e competência. Depois, a Emip e a Esane não fizeram bem o dever de casa.

Eduardo Neiva que está acelerando suas atividades para dar conta da filiação de novos membros ao PSDC, partido a que se filiou com intenção de disputar uma vaga de deputado federal nas eleições de 2014, está com sua agenda cheia de compromissos. Não vai demorar muito, vai acabar “dormindo em pé” para dar conta de atender todas as solicitações, razão pela qual está formando uma grande equipe.

Até domingo.

4 MACAÉ, DOMINGO, 27 E SEGUNDA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2013

OpiniãoEDITORIAL

ESPAÇO ABERTO

FOTO LEGENDA

PAINEL

EXPEDIENTE

Antes apenas no campo das especulações, a propos-ta de construção de um novo porto em Macaé, com dimensões quase semelhantes ao mega empreendi-mento erguido atualmente no distrito do Açu, em São João da Barra, no Norte do Estado, vem se concreti-zando à medida que as iniciativas públicas e privadas discutem o assunto.

Assim se poderia descrever a reação de muitas pes-soas, entre elas lideranças sindicais, parlamentares e representantes de entidades importantes, sem falar na imprensa, que se colocam contra o Projeto de Lei 4.330, que visa a regulamentar a terceirização.

Porto para o petróleo

Terceirização: a hora da verdade

Nos últimos meses, Macaé adotou medidas impor-tantes para se tornar

mais competitiva no mercado marítimo. Porém, ainda não é suficiente para que a cidade ganhe um porto de R$ 1,5 bi-lhão em investimentos.

O Terminal Logístico Portuário de Macaé (TERLOM) deverá pos-suir dimensões que ultrapassarão a região do emirado do petróleo, possibilitando o atendimento a outros setores da economia local, gerando assim mais recursos pú-blicos aos cofres da Capital Nacio-nal do Petróleo.

Ao esbarrar atualmente no pe-ríodo de licenciamento ambiental, processo ainda sem data para ser finalizado, o Terlom tem a previ-são de ser consolidado em 2014.

Nascido de uma necessidade emergencial da indústria do pe-tróleo, que conta com o congestio-nado terminal da Petrobras, situa-do na Imbetiba, o novo complexo portuário está diretamente ligado às expectativas geradas em função das projeções do setor offshore, o qual aponta resultados super po-sitivos em relação à evolução do processo exploratório do pré-sal na Bacia de Campos.

Com a previsão da chegada de novas indústrias, as movimenta-ções de cargas entre as bases de apoio logístico e as unidades de exploração, situadas na região sedimentar de Macaé, deverão

triplicar o volume, o que aumenta as necessidades de ampliação do serviço de recebimento de embar-cações que realizam o transporte marítimo de cargas.

Com a proposta de ser constru-ído no São José do Barreto, o pro-jeto possuirá posição estratégica para facilitar o translado dos equi-pamentos, principalmente os de grandes proporções entre o por-to e cidades vizinhas, através da proximidade com a BR-101, sem necessidade de utilizar o Centro de Macaé.

Essas especulações movimen-tam principalmente um bairro que virou o novo lar para milhares de pessoas que chegam a Macaé em busca de uma nova oportu-nidade de vida, que poderá ser proporcionada através do novo empreendimento.

Beneficiando a todo o municí-pio, o complexo portuário repre-sentará também novos avanços na economia local, o que acarretará um possível desenvolvimento dos setores secundários da indústria do petróleo, como o comércio va-rejista, hotelaria e gastronômico, possibilitando, assim, novos inves-timentos por parte da iniciativa privada.

O novo projeto representa tam-bém um momento crucial na his-tória da Princesinha do Atlântico, que se prepara para registrar um novo boom em seu momento co-mo Capital Nacional do Petróleo.

Em comentários em jornais, na Internet e nas mais va-riadas formas de comuni-

cação, esses ditos formadores de opinião alegam que o PL 4.330 vai acabar com a CLT e o empre-go legal, que só traz ganhos para os empresários, que seus artigos são uma nova reforma trabalhis-ta disfarçada, que ele vai abrir as portas da precarização e de tudo o que for ruim para o trabalha-dor...

Se algum projeto tivesse esse poder nem seria projeto: seria uma afronta ao pensamento crí-tico. Estamos falando de trabalha-dores, de vidas - mais de 40 mi-lhões de brasileiros e brasileiras das mais variadas idades e locali-dades, que dependem dos seus sa-lários para sobreviver, criar suas famílias, crescer, estudar.

Tivesse o PL 4.330 esse poder todo, fosse ele ser capaz de mu-dar tudo, a sociedade o estaria debatendo apaixonadamente, a terceirização estaria nas manche-tes dos jornais, haveria manifesta-ções diárias contra e a favor dele. Mas não é o que ocorre: O debate sobre o PL 4.330 se restringe a supostos entendidos. A cobertura da imprensa tem sido protocolar. Gente que acha que sabe o que é terceirização, e diz que sabe que ela não é boa, usa todos os dias vários serviços terceirizados. É um contrassenso.

Essa confusão feita pela socie-dade até que é normal. A tercei-rização é um fenômeno global e o Brasil a incorporou sem lei e regras claras. O que não é nor-mal é sindicalistas, imprensa, parlamentares e entidades em geral criarem mitos sobre a ter-ceirização e os difundirem como mantras. Tipo se colar, colou...

Não é admissível que esses for-madores de opinião trabalhem com o conceito de que o PL 4.330

tirará direitos dos trabalhadores, e que, ao defender seu arquiva-mento, queiram de fato que os terceirizados tenham os mesmos direitos dos não terceirizados. Is-so é uma falácia, pois o trabalha-dor terceirizado é contratado via CLT, com tudo que estabelece a CLT.

Toda contratação que não siga a CLT entra em outro contexto: o do desrespeito às leis trabalhistas. Assim, não é caso de debate, e sim de fiscalização e punição. Para is-so existem órgãos estabelecidos, como a Justiça do Trabalho, o Ministério Público e Ministério do Trabalho. Que, registre-se, no estado de São Paulo têm atuado em parceria e protegido os traba-lhadores.

Dessa forma, é gritante ler ar-tigos e entrevistas que líderes de vários setores, tanto do sindica-lismo, como na grande imprensa e mesmo no Congresso falarem de tudo, menos do PL 4.330. Re-sumindo tudo no debate sobre o fim da terceirização. Mas fim de que? Fim de 12 milhões de pos-tos de trabalho?? ? Isso, sim, seria uma hecatombe nunca antes vista neste País.

Por isso é importante conhecer os ganhos que o PL 4.330 trará. E também saber quais são os pre-juízos que a ausência de uma lei que regulamente a terceirização acarreta. Será que ele não foi exaustivamente debatido? Mas há 21 anos o Congresso tenta apro-var um texto. Foram muitos PLs... Falta de debate é que não foi.

Genival Beserra Leite é presiden-te do Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Adminis-tração de Mão de Obra, Trabalho Temporário, Leitura de Medidores e Entrega de Avisos do Estado de São Paulo

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NOTA

WANDERLEY GIL

VerdadeOs representantes da 15ª subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OBA), da Câmara de Vereadores e da Associação dos Ferrovi-ários partem nesta segunda-feira (28) para o Rio de Janeiro onde participarão do primeiro encontro promovido pela Comissão Estadu-al da Verdade. Primeiro município do Rio a instalar o grupo, os membros da Comissão da Verdade macaense se unirão aos de Ni-terói e Volta Redonda para discutir avanços do trabalho.

AcervoE por falar na Comissão, a direção do jornal O DEBATE já organiza o acervo de publicações e de fotografias que serão disponibilizados a pesquisadores, contratados pelo Legisla-tivo municipal, os quais analisarão dados relativos à violação dos Direitos Humanos no período da Ditadura Militar, cometidos contra perseguidos políticos em Macaé. Es-sas informações serão inseridas no livro que será elaborado após dois anos de trabalho da Comissão Municipal da Verdade.

EnemNeste final de semana centenas de jovens macaenses que finalizam o ensino médio par-ticiparão das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na cidade a avaliação será aplicada no sábado (26) e no domingo (27) em 11 instituições de ensino do municí-pio. Em meio a escândalos sobre fraudes, a aplicação do exame tornou-se uma grande oportunidade para o ingresso nas principais instituições de ensino superior do país.

AudiênciaNo próximo dia 8 a Câmara de Vereadores receberá representantes da Construção Civil de Macaé, da Comissão Municipal da Firjan, da Associação Comercial e Industrial de Macaé (Acim), e de outras instituições do segmento empresarial, com objetivo de participar da Au-diência Pública que discutirá a instalação do Estudo de Impacto de Vizinhança na cidade. A proposta, apresentada pelo vereador Maxwell Vaz (Solidariedade), é fruto da discussão do projeto de lei encaminhado pelo Executivo.

HorárioAproveitando o horário de verão, que am-plia o período do dia, alguns estabelecimen-tos comerciais estão aumentando o período de atendimento aos clientes em uma hora. A iniciativa tem beneficiado pessoas que, de-vido a questões de trabalho, não conseguem frequentar lojas no horário comercial. Esse processo é comum também nos períodos de fim de ano, através de acordo com o Sindicato dos Comerciários, em virtude das festas de fim de ano.

InscriçõesEstão abertas até 18 de novembro as inscrições para a seleção pública "Meninas e Jovens Fazen-do Ciências Exatas, Engenharias e Computação". A iniciativa é da Petrobras e tem como objetivo selecionar e financiar projetos para estimular a formação de mulheres nessas carreiras no Brasil. O programa será desenvolvido com recursos da estatal, Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República - SPM e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI.

ObrasSeguem em ritmo acelerado as obras de reforma do calçadão da Praia dos Cavalei-ros. Nesta semana, operários trabalharam na implantação de peças de concreto pré-moldadas, que fazem o novo contorno de pontos da orla. Porém, a previsão é que os investimentos de R$ 12 milhões não sejam concluídos até o fim do ano. As interven-ções, tão esperadas pela população, foram um dos primeiros projetos executados pelo novo governo.

ReformaComerciantes que atuam nos quiosques situados na Lagoa de Imboassica também aguardam a realização do projeto de manu-tenção e reforma das estruturas frequentadas por um grande público nos finais de semana. A expectativa é que o espaço também seja contemplado pelos investimentos aplicados pela Foz, através da Parceria Pública Privada (PPP), para administração do esgoto, já que o setor sul da cidade será a primeira área a contar com avanços no saneamento.

LuzOs investimentos anunciados pela Ampla, na ordem de R$ 35 milhões, para modernizar a rede de distribuição de energia, e implantar mais segurança nas subestações de geração de luz, irão contribuir e muito com a rotina de Macaé. Apesar de não engrossar a lista dos serviços mais reclamados pela população, moradores de bairros e comunidades da cidade solicitam a ampliação do trabalho realizado pela concessionária no município.

Nesta semana, a prefeitura iniciou a implantação de placas de concreto que irão tapar trechos do valão, que cortam o Parque Aeroporto, e desembocam no Canal Macaé/Campos. Obra é aguardada com grande expectativa pela população do bairro, também faz parte do pacto de investimentos feito pela prefeitura para a urbanização do local. Porém, a recuperação da margem do canal acabou não sendo feita antes da tapagem das estruturas.

tel/fax: (22) 2106-6060, acesse: http://www.odebateon.com.br/, e-mail: [email protected], comercial: Ligue (22) 2106-6060 - Ramal: 215, e-mail: [email protected], classificados: E-mail: [email protected]

GUIA DO LEITORTELEFONES ÚTEIS:POLÍCIA MILITAR: 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191

SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192

CORPO DE BOMBEIROS: 193

DEFESA CIVIL: 199

POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2796-8330

DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2796-8326

DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2796-8320

DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262

HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061

AMPLA: 0800-28-00-120

CEDAE: 2772-5090

PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440

ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173

AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950

CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214

CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256

CORREIOS - SEDE: 2759-2405

AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527

TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100

SEDEX: 2762-6438

CEG RIO: 0800-28-20-205

RADIO TAXI MACAÉ 27726058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405 / 2796-1108 plantão: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971 / 2762-9179 plantão: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III 2793-4050 / 2793-4044 plantão: 8837-4441

Retirada de publicidade irregular melhora aspecto visual da cidade

MACAÉ, DOMINGO, 27 E SEGUNDA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2013 5

PolíciaAutoridades comemoram 11 anos de ativação do 32º BPM

ANIVERSÁRIO

Durante esse tempo, o 32º BPM se esmerou na busca de tecnologia, informação e aperfeiçoamento para bem servir e proteger a populaçãoBertha [email protected]

Na última quinta-fei-ra o 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM)

completou 11 anos de serviços prestados à população de Ma-caé e da região, que abrange os municípios Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Quissamã, Cara-pebus e Conceição de Macabu. O comandante do 32º BPM, tenente-coronel Ramiro de Oliveira Campos, realizou um almoço na oportunidade de fa-zer homenagens aos policiais sobre o valor militar, visando o reconhecimento de seu efetivo.

Participaram da comemora-ção, todas as patentes da PM que compõem hoje a compa-nhia, vereadores de Macaé, além de autoridades de muni-cípios vizinhos como o prefeito de Quissamã, Otávio Carneiro, a prefeita e o presidente da Câ-mara de Vereadores de Concei-ção de Macabu, Tedi e Kódia Ramalho.

Atuando de acordo com as novas diretrizes da Polícia Mi-litar, o 32º BPM obtém resul-

tados eficazes no combate ao crime, ao mesmo tempo em que promove também a doutrina do Policiamento Comunitário atra-vés de programas como o Pro-grama Estadual Integração de Segurança (PROEIS) e Regime Adicional de Segurança (RAS). Neste aniversário, os policiais reafirmam o compromisso de contribuir para a qualidade dos trabalhos atinentes à segurança e bem-estar da sociedade.

O comandante Ramiro Cam-pos tem uma longa lista de ser-viços prestados à população na manutenção da ordem e na condução da tranquilidade dos cidadãos macaenses, seja em operações especiais ou de ro-tina. Dois anos à frente do 32º BPM, ele vem intensificando as operações realizadas por seus antecessores de repressão às drogas e à criminalidade, bai-xando sensivelmente os índices de violência em Macaé.

Ramiro Campos é responsá-vel ainda por seis municípios, além de prestar assistência a outros órgãos que compõem o sistema de defesa, pela promo-ção da paz social desses 580 mil

habitantes na região de atuação. “Este almoço é para prestigiar o meu bem mais precioso: a mi-nha corporação. São eles que deixam suas famílias em casa, para proteger a nossa popula-ção”, afirmou o comandante.

KANÁ MANHÃES

Participaram do almoço autoridades e representantes do poder público de Macaé, Conceição de Macabu e Quissamã

O modelo compreende a Paci-ficação Social, Foco no Cidadão, Valorização do Policial Militar e Integração com os demais órgãos de Segurança Pública. O modelo segue as diretrizes do comando geral da PM.

O Batalhão realiza três tipos de ações diariamente, sempre em lo-cais pré-determinados da cidade. As ações visam coibir a circulação de veículos irregulares, principal-mente de motociclistas sem docu-mentação, e também o comércio de produtos irregulares (piratas).

Nesses 11 anos de existência, o 32º BPM tem se esmerado na busca de tecnologia, informação e aperfeiçoamento para bem ser-vir e proteger a população fixa e flutuante da região.

O novo modelo de segurançaKANÁ MANHÃES

Ramiro Campos é responsável ainda por seis municípios, além de prestar assistência a outros órgãos que compõem o sistema de defesa

Caminhada Contra a Intolerância Religiosa acontece neste domingo

CONVIVÊNCIA

Macaé vai receber neste do-mingo, 27 de outubro, a 1ª Ca-minhada Contra a Intolerância Religiosa. A concentração vai acontecer às 9h, na Praça da Imbetiba e o grupo vai andar por toda orla da Imbetiba até o final da praia.

O objetivo é promover o bom convívio entre cidadãos inde-pendente de credo e reforçar o respeito entre as religiões. A 1ª Caminhada Contra a Into-lerância Religiosa vai reunir candomblecistas, umbandistas, evangélicos, católicos, wiccas, espíritas, bahá’is, judeus, mu-

Objetivo é promover o bom convívio entre cidadãos independente de credo

çulmanos, seguidores do Santo Daime, budistas, ciganos e até ateus.

Cinco palcos foram mon-tados durante o percurso. No primeiro palco, os participan-tes serão recepcionados pelo grupo da Escola Municipal de Artes (EMART) que vai iniciar a caminhada com apresenta-ção com banda de orquestra e percussão. Nos outros palcos, haverá shows de banda evan-gélica, com o grupo Geração Profética, show católico, com o grupo Louvor Católico, show com o grupo de Samba Mistura Rica e no último palco quem se apresenta é o Trio Afoxé e Ata-baques Cultura Africana.

Jean Macaé, um dos organi-zadores do evento, convidou a população para participar do

DIVULGAÇÃO

Evento contra preconceito e intolerância religiosa foi organizado por Danilo Funke e Zoraia Braz

ato.“O crescimento da diversida-

de religiosa no país e o número casos de intolerância foram os motivadores do encontro”, afir-mou Jean.

O evento é promovido pelo gabinete do vice-prefeito, Da-nilo Funke (PT) e conta com o apoio da Fundação Macaé de Cultura e Coordenadoria Extra-ordinária de Igualdade Racial.

Cerca de 1,5 mil participantes estão sendo esperados pelos or-ganizadores.

“A caminhada é uma manei-ra de aproximar as pessoas e defender a liberdade religio-sa. Num estado laico é preciso mostrar a todos que a convivên-cia com pessoas que expressam uma fé diferente da outra é pos-sível”, afirmou Danilo Funke.

Tratamento a idosos é tema de Semana Científica IDOSO

Em 2012, 7,7% da população do município era constituída por pessoas com mais de 60 anos de idade. Ou seja, 16.802 pessoas numa população de 217.951 habitantes. A informa-ção é da gerente do Programa de Atenção Integral à Saúde do Idoso (Paisi), Analúcia Jardim.

“É necessário urgência pa-ra a criação de serviços alter-nativos de cuidado ao idoso mais fragilizado pela idade. O envelhecimento é uma rea-lidade, sendo preciso dar um fim à violência contra esta faixa etária, que ocorre pelo abandono e pela privação de

Paisi promoveu entre os dias 21 e 23 a 1ª Semana Científica das Instituições de Longa Permanência para Idosos

direitos. Para isso, Macaé tem de se preparar”, avalou.

O Paisi promoveu entre os dias 21 e 23 a 1ª Semana Cien-tífica das Instituições de Lon-ga Permanência para Idosos (ILPI). O evento foi realizado no Auditório do Hospital São João Batista e reuniu cerca de 90 pessoas.

Foram abordados temas concernentes à importância do Sistema Único de Assis-tência Social (Suas), enfocan-do o idoso em vulnerabilidade social. Quem ministrou esse conhecimento foi a assistente social do Ministério Público Josiane Carvalho. Isso foi na segunda-feira (21).

Já na noite do dia 22, o mé-dico oncologista Sávio Mus-si refletiu sobre os cuidados paliativos com os idosos, cuja situação de saúde esteja gra-ve, enquanto que a psicóloga

e professora da faculdade Es-tácio de Sá, Ana Lúcia Couto, levou aos presentes quesitos sobre a finitude da vida.

Na quarta-feira (23), ultimo dia da 1ª Semana Científi-ca das Instituições de Longa Permanência para Idosos, os aspectos nutricionais desse público foram tratados e de-vidamente explicados pela doutora em nutrição Renata de Amorim. Seguido ela, foi a vez da enfermeira Ângela Car-los do Amaral, que é coorde-nadora da comissão de Pele do Hospital Ferreira Machado, em Campos, falar a respeito da prevenção e do tratamento das úlceras por pressão.

“O grande objetivo desse evento foi integrar as ações e serviços para os idosos, capa-citar os profissionais que os atendem, integrar os poderes públicos e instituições, a fim

de promover a visibilidade à questão do idoso, que está afastado da vida social”, ex-plicou Analúcia Jardim.

Ela conta que Macaé preci-

sava ter tratamento interdo-miciliar pelo Sistema Único de Saúde (Sus) e pelo Suas mais Centros de Referência de Assistência Social (Cras)

e mais Creas (Centro de Re-ferência Especializada em Assistência Social), pois o en-velhecimento é um fato real na nossa sociedade.

Um trabalho de qualidade oferecido em MacaéNo Programa de Atenção Integral à Saúde do Idoso (Pai-si), que fica na Rua Dr. Bueno 190, há o atendimento a 3.200 idosos inscritos por profissio-nais como: geriatras, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas e nutricionistas.

O Paisi é uma unidade de refe-rência em saúde do idoso. Para ele ser atendido tem que apre-sentar encaminhamento de uni-dade de saúde e estar dentro dos critérios estabelecidos pelo ór-gão público, como por exemplo, doença de internação hospitalar

recente e outras.De acordo com a gerente do

Paisi, Analucia Jardim, idosos são atendidos nos aspectos social, psicológico e físico, de modo integral. “Ele passa por uma avaliação geriátrica am-pla, é analisado no humor, no estado nutricional e na funcio-nalidade, além da parte motora. A partir dos diagnósticos enca-minhamos esse público para os nossos serviços”, diz.

Grupos de apoio também funcionam no Paisi. Para os cuidadores de idosos com Al-zheimer e seus familiares exis-

te um grupo de apoio. Para os familiares e portadores de Pa-rkinson também existe uma reunião. Lá, ainda ocorre o gru-po de Memória para as pessoas idosas que estão com declínio da memória e esquecimento constante.

O Paisi encaminha profis-sionais para atender nas Ins-tituições de Longa Permanên-cia para Idosos em Macaé e tem parceria com as facul-dades de Nutrição, Farmácia e Serviço Social, que enviam estagiários para atuarem nes-se órgão público.

6 MACAÉ, DOMINGO, 27 E SEGUNDA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2013

EconomiaNono dígito começa a valer hoje em Macaé

Pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas atingiu 96,4% em setembro, apontou Serasa Experian

NOTA

QUESTÃO DE JUSTIÇ[email protected] Andrea Meirelles

O a r t i g o 1 1 8 d a Le i n º 8.213/91 confere estabilida-de no emprego de um ano ao trabalhador acidentado no trabalho, a partir do retorno à atividade e da cessação do benefício previdenciário do auxílio-doença acidentário. Também são equiparadas ao acidente no trabalho as do-enças adquiridas no exercício profissional.

Para que o empregado adqui-ra o direito à estabilidade de um ano, é necessário que ele venha a se afastar por período superior a 15 dias, ingressando como beneficiário de um auxí-lio-doença acidentário. Isso significa que a condição deve

ser reconhecida pelo INSS: o afastamento decorreu do tra-balho, em razão de acidente ou por doença adquirida na atividade profissional.

Quando se trata de aciden-te de trabalho é mais fácil a constatação pelo INSS do que chamamos de nexo causal: a relação entre o trabalho e a in-capacidade. Até porque é obri-gatório que o empregador emita uma Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) ao INSS.

Já nos casos de doenças ad-quiridas no trabalho, a compro-vação é mais difícil, e por conta disso muitas vezes empregador e INSS cometem graves injus-tiças contra os trabalhadores.

Estabilidade no emprego por doença do trabalho

Caso resultem da doença, ou do acidente, sequelas ir-reversíveis que impliquem na redução da capacidade de trabalho e na impossibili-dade de continuar na função que habitualmente exercia, o empregado deverá ser re-adaptado em outra função, e terá direito a uma prestação previdenciária denominada auxílio-acidente.

O auxílio-acidente não se confunde com o auxílio-do-ença. É uma indenização paga apenas após a alta do bene-

fício previdenciário, e até a aposentadoria. O valor desse benefício equivale a 50% do salário-benefício, como forma de compensação da redução da capacidade de trabalho (artigo 86 da Lei 8.213/91).

Em muitos casos já não é possível o retorno ao traba-lho, o que implica na aposen-tadoria por invalidez. Essa se equipara a uma suspensão do contrato de trabalho, e irá perdurar até a recuperação, ou até que o INSS a torne de-finitiva.

Auxílio-acidente - uma forma de indenização

A Norma Regulamentado-ra nº 7 (NR-7), do Ministério do Trabalho e Emprego, prevê que o empregado deve ser submetido a exames médicos admissionais, periódicos e de-missionais. O admissional será realizado antes que o trabalha-dor assuma suas atividades. O periódico em intervalos de tempo que variam de acordo com o grau de exposição ao risco. E o exame demissional, como o próprio nome já diz, é feito após a sua dispensa, e antes da homologação de sua rescisão contratual.

Em tais exames devem ser especialmente investigadas as eventuais consequências da exposição aos agentes agressivos presentes no am-biente de trabalho (tóxicos, cancerígenos, ruído, vibração, radiações, etc).

É muito comum que o traba-lhador, com receio de perder seu emprego, ou da estagna-ção na progressão funcional, não relate nos exames peri-ódicos seus reais problemas

de saúde. Outras vezes, os exames periódicos são feitos de forma a nada de se encon-trar, limitando-se a uma breve conversa e aferição de pressão sanguínea.

Isso acarreta com que, já presentes os sintomas de do-enças profissionais, o trabalha-dor continue prestando servi-ços, evitando em ingressar em benefício previdenciário, até o momento em que, agravando-se o seu estado de saúde, o empregador o dispensa.

O Tribunal Superior do Tra-balho (TST) já consolidou o entendimento de que caso se constate após a despedida, que a doença tem relação de causalidade com a atividade profissional, também terá di-reito o empregado a estabili-dade (Enunciado 378).

O mesmo Enunciado 378 prevê que os empregados sub-metidos a contrato de trabalho por tempo determinado gozam da garantia provisória ao em-prego decorrente de acidente ou doença do trabalho.

Exames periódicos e doenças profissionais

TELEFONIA

Determinação da Anatel visa aumentar a disponibilidade de novos números

Patricia [email protected]

A partir deste domin-go (27), os macaenses devem incluir o dígito

9 antes dos outros oito nú-meros da linha do celular. A medida passa a valer para as cidades do estado do Rio de Janeiro, com códigos DDD 21, 22 e 24, e no Espírito Santo, com códigos 27 e 28. De acor-do com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a inclusão do nono dígito será necessária independentemen-te de a ligação estar sendo fei-ta a partir de um celular ou de um telefone fixo.

No caso da Nextel, que é uma prestadora do Serviço Móvel Pessoal (SMP) e do Serviço Móvel Especializado (SME), apenas os celulares do SMP terão que incluir o nono dígito. Para distinguir qual o serviço que o usuário utiliza, a operadora informou que os celulares do SME são iniciados pelos prefixos 70, 77 e 18. Portanto, esses números não sofrerão alterações, per-manecendo com seu número formado por oito dígitos.

Durante os primeiros 40 dias, as ligações sem o nono dígito ainda serão completadas e uma mensagem de voz vai orientar às pessoas sobre a nova forma de discagem. O período foi determinado pela Anatel pa-ra que os usuários se adaptem aos números. Após 100 dias da mudança, o aviso deixará de ser dado e as chamadas sem o nono

dígito não serão mais possíveis. A mudança irá acontecer

em todos os números celu-lares de todas as operadoras e, afetará também, o envio de mensagens de texto. Desde o começo do segundo semestre, diversas operadoras de telefo-nia móvel já começaram a en-viar mensagens de texto aos seus clientes com o aviso da mudança.

A medida é uma decisão da Anatel, através da resolução nº 553/10, para aumentar a dis-ponibilidade de números de telefones móveis e atender à crescente demanda de novos usuários na região. Até o mo-mento, o nono dígito só havia

sido implantado nos municípios de São Paulo que possuem o DDD 11. O órgão ressaltou que o nono dígito será implementado gradativamente em todo o país até o fim de 2016.

“Há meses estou recebendo uma mensagem avisando que a partir de outubro eu terei que incluir um dígito a mais no meu número, o número 9 antes do meu número atual. Vai ser complicado, porque agora é mais um número para lembrar e incluir”, afirmou a arquiteta Luciana Costa.

A dona de casa Regina Fei-tosa também não gostou mui-to da novidade. “Não entendo por que eles não adotam esse

número adicional apenas nas novas linhas. Todo mundo terá que alterar a agenda, decorar os telefones novamente. Não consigo entender por que es-ses órgãos adoram dificultar as nossas vidas.”

O comerciante Luís Campos destacou que essa mudança deveria ter acontecido em âmbito nacional, criando um padrão para todos. “Eu, por exemplo, ligo sempre para diversos estados brasileiros, porque peço roupas de vários lugares diferentes. Vai ficar uma confusão. Eu não sei, até agora, quais estados já ado-taram o nono dígito e quais ainda estão implementando.”

KANÁ MANHÃES

Durante os primeiros 40 dias, ligações sem o nono dígito ainda serão completadas

Conquistas dos bancários devem injetar R$ 8,7 bilhões na economia

CONSUMO

as conquistas econômicas da Campanha Nacional dos Bancários deste ano, resultado das mobilizações realizadas pelos bancários no final de se-tembro e início de outubro, irão injetar mais de R$ 8,7 bilhões na economia brasileira nos próxi-mos 12 meses. A estimativa é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeco-nômicos (Dieese).

Isso porque as negociações realizadas pelos bancários ge-ram efeitos positivos sobre o comércio, com mais vendas, na indústria, pois estimulam a produção de bens de con-sumo, e nos serviços, como restaurantes, cinema, teatro e cursos, que terão um aumento no movimento.

A projeção levou em conta o reajuste de 8% nos salários e auxílios refeição e alimentação, a valorização do piso em 8,5%, a melhoria da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a conquista do vale-cultura. Além disso, o órgão considerou o nú-mero 512.835 bancários, confor-me dados da RAIS em 2012.

Considerando apenas o re-ajuste de 8%, que representa um aumento real de 1,82%, deve haver um aporte de re-cursos na ordem de R$ 2,8 bilhões nos próximos 12 me-ses. Já as melhorias na PLR (10% de reajuste nos valores do teto da regra básica e da parcela adicional e o acrésci-mo de 0,2% no lucro líquido a ser distribuído na parcela adicional) injetarão aproxi-madamente R$ 5,3 bilhões

Levantamento feito pelo Dieese mostra que negociações geram efeitos positivos

na economia nos próximos 12 meses.

Segundo o levantamento, somente a PLR a ser paga pe-lo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal respon-derão por mais da metade do montante (R$ 2,9 bilhões). Além disso, a antecipação do pagamento da PLR, que foi fei-ta dez dias após a assinatura da Convenção Coletiva de Traba-lho, na última sexta-feira (25), injetou, de imediato, R$ 2,8 bi-lhões na economia.

O Dieese ainda informou

DIVULGAÇÃO Apenas o reajuste salarial de 8% injetará recursos na ordem de R$ 2,8 bilhões nos próximos 12 meses

que o reajuste de 8% nos au-xílios refeição e alimentação terá um impacto adicional de R$ 429 milhões em um ano. E a conquista do vale-cultura contribuirá com um incremente mensal de R$ 9,4 milhões, totalizando cerca de R$ 113 milhões ao ano em ci-nema, teatro e livrarias.

Todo esse volume de recursos equivale praticamente à soma dos lucros registrados pelo Bra-desco e pelo Santander no pri-meiro semestre de 2013 (R$ 8,8 bilhões) e supera o lucro obtido

pelo Itaú no mesmo período (R$ 7,1 bilhões).

“Esses recursos são resulta-do direto da queda de braço com os bancos na Campa-nha 2013, que só foram con-quistados com a mobilização nacional da categoria e con-tribuirão para a melhoria da distribuição de renda e o de-senvolvimento econômico e social do país”, afirmou Car-los Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Fi-nanceiro (Contraf-CUT).

Os efeitos da doença do trabalho, ou profissional, po-dem perdurar por tempo su-perior a doze meses e, desse modo, o pagamento de uma indenização do período de estabilidade não represen-taria a reparação do efetivo prejuízo suportado pelo tra-balhador, o qual, com a per-da da capacidade laborativa, certamente, não conseguirá novo emprego.

Exatamente por isso o pra-zo de manutenção do contra-to de trabalho do acidenta-do é previsto, na Lei, como de, no mínimo, doze meses: para que a proteção efetiva, a estabilidade, dure enquanto perdurar a perda da capaci-

dade laborativa.Por isso é de fundamental

importância que o trabalha-dor registre, em seus exames periódicos, sua real situação de saúde, pois do contrário, correrá o risco de não conse-guir demonstrar que a doença que o acomete decorre do tra-balho para que faça jus à esta-bilidade no emprego, quando essa se tornar necessária.

Esconder a doença adquiri-da no trabalho, ou recusar-se a sair em auxílio doença para se recuperar, com certeza é a pior opção! E é inadmissí-vel que em pleno século XXItrabalhadores sejam perse-guidos ou discriminados por esta razão.

Estabilidade acidentária no emprego e a despedida imotivada

MACAÉ, DOMINGO, 27 E SEGUNDA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2013 7

Esporte

8 MACAÉ, DOMINGO, 27 E SEGUNDA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2013

Geral Produção de petróleo da Petrobras cresce 3,7% em setembro

NOTA

Centro Vocacional Tecnológico oferece vagas para cursos

MACAÉ

Inscrições já estão abertas e podem ser feitas até o dia 11 de novembro. Processo seletivo será realizado em dezembro por meio de prova de português e matemáticaJuliane Reis [email protected]

Com foco nas deman-das de mercado, o Cen-tro Vocacional Tecno-

lógico vai oferecer, a partir do próximo ano, os cursos técni-cos de Edificações e Informá-tica. Ao todo serão 120 vagas, sendo 60 para cada curso. As atividades gratuitas são des-tinadas aos estudantes e pro-fissionais que já concluíram o ensino e buscam a qualificação profissional. As inscrições fo-ram abertas no último dia 14 deste mês e seguem até o dia 11 de novembro pelo site: www.faetec.rj.gov.br. Os cursos terão duração de um ano e meio e há vagas para os turnos da manhã e noite.

Além de Macaé, há vagas para outras unidades. Ao todo

são mais de nove mil vagas em todo o país e os candidatos que não tiverem acesso à internet poderão se dirigir a uma das 91 unidades da Faetec Digital, que disponibilizam gratuita-mente o serviço de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h. Para o cadastro é obrigatório levar o CPF. Em Macaé a ins-tituição fica na Avenida Aloísio da Silva Gomes s/nº, Granja dos Cavaleiros, Macaé.

A instituição foi inaugurada no município em setembro de 2012 com o objetivo de ala-vancar o potencial econômico da região, oferecendo cursos gratuitos e de curta duração na área da Construção Civil e Informática. Atualmente já oferece uma média de 13 cur-sos profissionalizantes, tais co-mo: aplicador de revestimento cerâmico, auxiliar em adminis-

tração de redes, carpinteiro de obras, eletricista instala-dor predial de baixa tensão, encanador instalador predial, espanhol, inglês, informática, montador e reparador de com-putadores, NR 10 - Normas de Regulamentação, pedreiro de alvenaria e pintor de imóveis. E no próximo ano passará a contar com os cursos técnicos em Edificações e Informática, conforme mencionado acima.

“Com a oferta desses cur-sos técnicos, o CVT Macaé visa atender as demandas de mercado, mercado este que está cada vez mais competiti-vo e em busca de profissionais qualificados. E sabemos que compete ao poder publico ofe-recer a qualificação gratuita e de qualidade a quem busca se preparar para as vagas que são oferecidas, e esse é papel do

CVT Macaé representa o em-brião do governo do estado”, ressaltou Tânia Jardim.

Na oportunidade, ela lem-brou ainda que a instituição conta com laboratórios de Informática, desenho técnico e outros, oficinas para aulas práticas, nove salas de aula, uma biblioteca e um auditó-rio multimídia. “A biblioteca é aberta não só para os nos-sos alunos, mas também para

KANÁ MANHÃES

Os cursos oferecidos na instituição têm como foco as demandas de mercado da cidade e região

alunos de outras instituições que desejam fazer pesquisas”, destacou.

Ainda segundo Tânia, a pre-visão é de que no segundo se-mestre de 2014 a instituição ofereça o curso técnico em manutenção e suporte em in-formática.

A unidade representa o 34º da Rede no Estado e conta com uma estrutura de ponta, com labora-tórios modernos e oficinas para

que os alunos saiam dos cursos com uma noção de mercado mais ampla. O investimento foi de aproximadamente R$ 3 milhões e a previsão inicial era formar aproximadamente dois mil alunos por ano.

Tânia Jardim destaca ainda que desde que foi inaugurada a instituição já ofereceu 2.730 oportunidades e as últimas turmas iniciaram as aulas no dia 16 de outubro.

Candidatos do Enem participam do segundo dia de avaliação

ÚLTIMA ETAPA

Teve início na tarde de on-tem (26) de outubro a apli-cação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2013. Este ano 7.173.574 candidatos se inscreveram para as provas. No primeiro dia de avaliação foram cobradas as questões referentes às áreas de Ciências Humanas e suas tecnologias e Ciências da Natureza e suas tecnologias, cada uma com 45 questões.

Já neste domingo, segundo dia de avaliação, será a vez das provas de Redação, Linguagens, Códigos e suas tecnologias e Matemática e suas tecnologias. Os candidatos terão cinco horas e meia para concluir o exame.

O Instituto Nacional de Estu-dos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e Mi-nistério da Educação (MEC)

Neste domingo será aplicada a prova de Linguagens, Códigos e suas tecnologias, Redação e Matemática e suas tecnologias

orientam que para fazer as provas e a redação e preencher o cartão de respostas, o candi-dato terá de usar caneta esfero-gráfica de tinta preta, fabricada com material transparente, pois outra cor de tinta impossibilita-rá a leitura óptica do cartão de respostas.

Os órgãos lembram ainda que todo o material que o candidato levar para a sala de provas, co-mo lápis, lapiseira e borracha, deve ser colocado na embala-gem porta-objetos a ser distri-buída a todos os participantes na entrada da sala e depositado na parte inferior da carteira e que depois da prova, o candi-dato deve levar para casa a em-balagem com os objetos.

Os portões de acesso aos lo-cais de prova serão abertos às 12 horas e fechados às 13 horas de acordo com o horário de Brasí-lia e será proibida a entrada do participante que se apresentar após o fechamento dos portões. É necessário a apresentação do cartão de confirmação e um do-cumento oficial com foto.

O Enem foi criado em 1998 para avaliar o desempenho do

estudante ao fim da escolarida-de básica, e em 2008, o Ministé-rio da Educação propôs sua uti-lização como instrumento para democratizar as oportunidades de acesso às vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir à reestruturação dos currículos do ensino médio.

Atualmente ele é utilizado para o ingresso do participante em universidades públicas por meio do Sistema de Seleção Unificado (Sisu). E também serve para que o estudante se beneficie do Programa Uni-versidade para Todos (ProUni) e obtenha o Fundo de Finan-ciamento Estudantil (Fies) ou participe do programa Ciência Sem Fronteiras.

O processo seletivo, que é re-alizado uma vez por ano, conta com cinco provas, sendo quatro com questões de múltipla esco-lha e uma redação.

Em 2012 o exame contou com 5.791.290 participantes confir-mados. Este ano são 7.173.574 inscritos confirmados, um au-mento de 24% em relação ao ano anterior.

WANDERLEY GIL

Este ano, são 7.173.574 candidatos inscritos confirmados

Inscrições para a FeMASS se encerram esta semana CONCURSO PROFESSOR

A Faculdade Professor Miguel Ângelo da Silva Santos (FeMASS) encerra na quinta-feira as inscrições para o pro-cesso seletivo simplificado que visa a seleção de candidatos a professor temporário. Os inte-ressados poderão se inscrever na secretaria da instituição, Rua Aloísio da Silva Gomes, 50, das 14h às 20h.

As vagas oferecidas são para as áreas de Matemática, Produ-ção, Logística e Pesquisa Opera-cional, Organização, Qualidade

Vagas oferecidas são para profissionais que desejam lecionar na instituição

e Produto, Trabalho e Susten-tabilidade, Ciências Aplicadas e Direito, sendo uma para Direito e duas para as demais áreas.

A seleção será realizada por meio de duas etapas: a primei-ra será a análise do Currículo Lattes e a segunda será uma entrevista presencial que vão acontecer entre os dias 6 e 19 de novembro.

No ato da inscrição, o candi-dato deve apresentar: Currícu-lo Lattes, cópias da carteira de identidade, título de eleitor e comprovante da última eleição, CPF, certificado de reservista das forças armadas (gênero masculino), certidão de nasci-mento ou casamento.

Ainda segundo o órgão, o

candidato deve levar a certidão de quitação eleitoral obtida por qualquer cartório eleitoral, có-pias do diploma de graduação e/ou diplomas de pós-gradua-ção, sendo autenticada a cópia da titulação mais alta e a cópia do comprovante de residência atualizado.

A divulgação dos resultados será no dia 27 de novembro e o contrato tem prazo máximo de seis meses. Já o início da vigên-cia do contrato acontecerá dia 1º de fevereiro de 2014.

A remuneração será de R$ 57,95 por hora aula para profes-sor especialista, R$ 63,50 para o profissional com título de mes-tre e R$ 68,35 para professor com título de doutor.

KANÁ MANHÃES

Os interessados poderão se inscrever na secretaria da instituição: Rua Aloísio da Silva Gomes, 50, das 14h às 20h

MACAÉ, DOMINGO, 27 E SEGUNDA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2013 9

BAIRROS EM DEBATE ILHA LEOCÁDIA

Enquanto impasse não é resolvido, comunidade vive em condições precáriasIlha Leocádia espera há quase uma década pelas tão prometidas obras de urbanizaçãoMarianna [email protected]

Já dizia Friedrich Niet-zsche: “Tudo é precioso para aquele que foi, por

muito tempo, privado de tu-do”. A espera pelas melho-rias na parte noroeste da Ilha Colônia Leocádia, popular-mente conhecida como Nova Malvinas, já chega a quase 10 anos. Nesse período, poucas mudanças foram feitas, o que tem deixado os moradores in-conformados.

Na época, as autoridades res-ponsáveis prometeram a for-mação de ruas, quadras, lotes e edificações, criação de áreas livres e de uso coletivo e áreas de preservação ambiental. A comunidade também seria con-templada com creches, escolas, praças, rede de esgoto, abasteci-mento de água, drenagem, ilu-minação pública, pavimentação e arborização, tudo previsto no Compromisso de Ajustamento de Conduta, previsto no Art. 5º, § 6º, da Lei nº 7.347/85, acres-centado pela Lei nº 8.078/90.

A realidade presenciada nos dias de hoje, porém, é totalmen-te oposta. Como se trata de uma área de preservação ambiental, qualquer investimento no local requer muita cautela. Mas ao mesmo tempo que se fala de preservar, o crescimento desor-

denado da ilha e sem infraestru-tura compromete ainda mais o meio ambiente.

Entre alguns problemas gera-dos pela ocupação desordenada em áreas de preservação estão a poluição do corpo hídrico, ala-gamentos e aumento do custo social para o município, como

FOTOS WANDERLEY GIL

Projeto urbanístico previa diversas melhorias, entre elas, saneamento, área de lazer e escola

investimentos em saúde e re-cuperação de áreas degradadas.

Criada há cerca de 16 anos, a comunidade fica localizada próxima a bairros como Mal-vinas e o Botafogo. Atualmente moram no local diversas famí-lias que precisam se deslocar para os bairros vizinhos para

ter acesso a serviços básicos, como transporte público, pos-tos de saúde, escolas e creches.

No último sábado (19), res-ponsáveis da secretaria de Ha-bitação estiveram se reunindo com a comunidade para discu-tir algumas questões. De acordo com o presidente da Associação

de Moradores e fundador da Ilha, Roberto Ramalho, ele foi informado que uma equipe irá fazer o levantamento para ver a quantidade de famílias que atu-almente residem no local. Ele explica que isso foi um pedido feito pelo Ministério Público Federal, que irá utilizar esses

dados para tomar uma decisão sobre o que será feito no local.

“Estamos aqui esse tempo todo, há nove anos esperando uma decisão. Esperamos que dessa vez eles resolvam isso lo-go, pois não queremos esperar mais uma década para saber o que será da gente”, frisa.

O governo municipal é sen-sível à situação dos moradores da Colônia Leocádia, tanto os da Comunidade Ilha Leocádia como a do Rio Novo. No en-tanto, a questão está sendo conduzida pelo município em conjunto com o Ministério Pú-blico Federal (MPF) por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado desde 2001. O documento prevê a remoção das famílias e a não realização de nenhuma benfeitoria no local, por tratar-se de uma Área de Proteção Ambiental (APA).

Este ano, buscando solucio-nar essa questão, a Prefeitura de Macaé solicitou ao MPFuma revisão no TAC, já que a realidade de 2001 é bem

diferente da atual. No último sábado (19), uma assembleia foi realizada com os morado-res e equipe da secretaria de Habitação a fim de esclarecer como será o levantamento das famílias.

Além dos profissionais da secretaria de Habitação, 25 estudantes do curso do Di-reito da Universidade Fede-ral Fluminense (UFF) estão envolvidos neste trabalho de mapeamento. Após esta fase que definirá o cenário atual, caberá ao poder público mu-nicipal em conjunto com o MPFdefinir novas medidas e prazos para oferecer aos moradores da Comunidade Ilha Leocádia condições dignas de moradia e qualidade de vida.

O que diz a prefeitura

Apesar de a lista de proble-mas ser grande, os moradores apontam algumas priorida-des para esse momento. Es-sas questões foram inclusive apresentadas ao prefeito, Dr. Aluízio Jr, durante a sua visi-ta à comunidade há cerca de dois meses, que se prontificou a atendê-las.

Nesse tempo, o presidente da Associação de Moradores e fundador da Ilha, Roberto

Ramalho, explica que parte do que foi prometido chegou a ser cumprido, porém algumas coisas ainda não foram feitas.

“A nossa conversa com o prefeito foi muito proveitosa, nós nos surpreendemos com a atitude dele, que se mostrou aberto para ouvir a gente, en-tendeu nossa situação. A co-munidade está satisfeita com a visita dele e esperamos que o que ele prometeu seja conclu-

ído. Estamos na expectativa. Ele afirmou aqui que iria fa-zer algumas coisas de imediato por nós. Algumas delas, como a limpeza, foi cumprida. Ele veio em um sábado e na segun-da já tinha uma equipe com 30 homens da secretaria de Lim-peza Pública e Manutenção com duas máquinas limpando as ruas da comunidade. Logo após, era para eles virem e jo-gar solo brita nas ruas, porém

estamos esperando isso até ho-je”, explica.

Ramalho conta que já este-ve pessoalmente na secretaria para solicitar o serviço, po-rém o órgão afirmou que não há recursos para compra do material. “Isso é fundamental para amenizar os problemas de buracos e alagamentos, pelo menos até quando a pavimen-tação for de fato feita. Essa é a nossa principal prioridade

hoje. Quando chove, isso aqui alaga tudo, os buracos viram armadilhas e a água leva dias para escoar totalmente”, frisa.

Outra promessa feita foi a construção de uma quadra coberta em um terreno. “Já foi feito o protocolo dessa quadra na secretaria de Obras, agora estamos aguardando. Nós não temos área de lazer, as crianças jogam bola no campinho im-provisado ou tomam banho no

rio para se divertir. Queremos uma área de lazer digna. Tem um terreno ao lado também desse onde pedimos a quadra que eu fiz o pedido à prefeitu-ra para aterrar e depois jogar areia para fazermos uma qua-dra de vôlei. As traves e rede já foram compradas por nós, só precisamos disso para poder instalar tudo. Atualmente es-sa área só serve para acumular esgoto”, conta Ramalho.

Moradores pedem de imediato solo brita nas ruas e construção de quadra coberta

Prefeito conversa com moradores durante visita ao bairro

Ponte de acesso ainda é precáriaUtilizada pela população e pelo poder público, a ponte de madeira que dá acesso à Ilha é fruto do dinheiro e es-forço dos próprios moradores. Sem nenhuma ajuda das auto-ridades, a população se uniu para construir essa passagem, que, apesar da manutenção constante, ainda é precária.

A ponte de madeira não con-tém proteção e nem passagem para pedestres, que dividem o espaço com veículos. Por con-ta disso, os ônibus não entram no bairro. Para ir ao trabalho ou para a escola, é preciso atravessar a ponte e pegar do outro lado. Única ponte do bairro, que é de madeira, foi construída pelos moradores

10 MACAÉ, DOMINGO, 27 E SEGUNDA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2013

Homenagens marcam celebração dos 10 anos da Rede Petro-BC

REDE PETRO

Evento realizado no auditório do Senai Macaé reuniu profissionais e empresários que contribuem com a história de sucesso da organizaçãoMárcio [email protected]

Mais de 20 títulos, de agradecimento e reconhecimen-

to pelo importante papel na construção da história de uma das organizações mais importantes para geração de negócios relativos à Bacia de Campos, foram entregues a representantes de empresas fornecedoras e instituições parceiras da Rede Petro-Bacia de Campos, na solenidade que marcou os 10 anos de criação da instituição.

Realizada no auditório do Senai, na noite da última quinta-feira (24), o evento marcou também o compro-misso das 70 empresas que participam da Rede em seguir, por mais 10 anos, o trabalho de fomento à economia local, expandindo suas relações em Macaé, Rio das Ostras e os de-mais municípios que partici-pam das atividade relativas à indústria do petróleo.

Na noite, foram agraciadas as empresas: Bra Seg Seguros, Comercial Troyka, Edcontrol, Eletro Sossai, Globomar, Gon Petro, Intertank, Jevin, Mac-tel, Nutec Macaé, Polar, RCP Consultoria, RT Lea, SP Sam-pling Planejamento, Somatick e Usipetro.

As instituições mantene-doras, que possuem papel de importância na história da Re-de Petro-BC, também foram agraciadas, são elas: Associa-ção Comercial e Industrial de

Macaé (Acim), Organização Nacional da Indústria do Pe-tróleo (ONIP), Sistema Firjan, Prefeitura de Macaé, SEBRAE e Petrobras.

“Estamos aqui reunidos para celebrar a história de uma or-ganização que nasceu através de uma iniciativa de governo e, após três anos, assumiu seu papel empresarial e conquis-tou em sete anos o seu papel de destaque no cenário nacio-

nal. Isso tudo sem a necessi-dade da assinatura de um con-vênio, sem liderança e CNPJ. Através do compromisso das empresas fornecedoras, hoje celebramos 10 anos da Rede Petro-BC, com expectativa de seguir ainda por mais 20 anos contribuindo com o desenvol-vimento econômico de Macaé e da região”, afirmou Edmun-do Gonçalves, representando a empresa Edcontrol.

FOTOS WANDERLEY GIL

Representantes das empresas fornecedoras e instituições agraciadas na noite

Empresários e representantes de instituições parceiras da Rede Petro-BC

Edmilson Gonçalves fez pronunciamento em nome das empresas fornecedoras

Evandro Cunha (Acim) entregou honraria a José Walmir, representando a prefeitura

Petrobras destaca papel da Rede Petro-BCPrincipal empresa que esti-mula negócios entre os associa-dos e a Rede Petro-BC, a Petro-bras destacou a importância da organização para a evolução da indústria do petróleo no país.

A Petrobras destacou que a Rede Petro-BC tem o papel fundamental de apoiar o em-presariado, por meio de in-formações qualificadas sobre o mercado, tais como: novas licitações, feiras, seminários técnicos. A Rede também contribui com o desenvolvi-mento da gestão comercial e operacional dos associados. Dessa forma, coopera com o mercado local, aproximando o associado das grandes oportu-nidades e gerando incremento de negócios de forma dinâmica e coordenada.

Ao participar desta institui-ção, a Petrobras garante a cola-boração com o desenvolvimen-to local, fomentando negócios

para o pequeno empreendedor. À companhia cabe estimular a articulação entre a oferta e de-manda de produtos e serviços, promovendo oportunidades na região. A parceria entre a Rede Petro-BC e a Petrobras se dá na busca por inovações tecnológicas e fomento para a implantação de normas e procedimentos/certificações, segundo padrões nacionais e internacionais.

Desde a criação da institui-ção, a Petrobras reconhece a Rede Petro-BC como pro-pulsora do desenvolvimento social, pois percebe que esta agrega valor aos bens e ser-viços produzidos na região e atua como agente de inclusão social, através da cooperação na divisão do trabalho entre as empresas associadas, o que vem fortalecendo cada empre-sa e garantindo o crescimento de todos.

MACAÉ, DOMINGO, 27 E SEGUNDA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2013 11

Mobilidade urbana: problema local e nacional

TRÂNSITO

Macaé começa a discutir alternativas para melhorar a mobilidade urbana através do Fórum Permanente da Agenda 21Martinho Santafé

Enquanto o poder pú-blico macaense avalia o que fazer com as duas

composições do projeto Veí-culo Leve sobre Trilhos (VLT) adquiridos na gestão municipal passada - a tendência é aliená-las para o governo do Estado utilizá-las em Magé e Guapimi-rim -, Macaé começa a discutir alternativas para melhorar a mobilidade urbana através do Fórum Permanente da Agenda 21, que está promovendo ofici-nas sobre projetos para a sus-tentabilidade e relacionados à economia verde.

A mobilidade urbana foi um dos temas levantados pela ofi-cina promovida pela Agenda 21, discutindo diversas alter-nativas como prédios garagem, ciclovias, calçadas, extensão do calçadão, campanhas para carona e rodízio, VLT, melho-ria dos transportes públicos,

autossuficiência de serviços nos bairros para redução da necessidade de mobilidade por parte da população, e a consi-deração do impacto no trânsi-to para licenciamento de novas atividades.

Sem ter um macro projeto definido nesta área, a popu-lação vê a cada dia os proble-mas relacionados ao trânsito se agravarem devido ao cres-cimento da frota de veículos individuais, além das carretas que transitam nas vias mais movimentadas - inclusive no Centro -, provocando conges-tionamentos comparáveis aos de cidades maiores. Sem um transporte público de quali-dade, a tendência é aumentar o número de automóveis nas ruas da cidade.

No Brasil, a situação também se agrava, conforme demonstra pesquisa divulgada esta sema-na, apontando que mais da me-tade dos domicílios brasileiros

(54%) contam com pelo menos um automóvel ou uma motoci-cleta para o deslocamento dos seus moradores. Essa propor-ção, relativa a 2012, representa um aumento de 9 pontos per-centuais na comparação com 2008, quando 45% dos lares tinham um veículo particular. A tendência, segundo comu-nicado divulgado dia 24 pelo Instituto de Pesquisa Econô-mica Aplicada (Ipea), é que o número aumente ainda mais nos próximos anos.

O cenário, segundo o Ipea, aponta, de um lado, para o maior acesso da população, inclusive os segmentos de me-nor renda, aos automóveis. De outro, indica intensificação dos desafios para os gestores dos sistemas de mobilidade, uma vez que a maior taxa de moto-rização dos brasileiros contri-bui para elevação no número de acidentes, de congestionamen-tos e dos índices de poluição.

DIVULGAÇÃO

Demora nos deslocamentosO levantamento do Ipea também aponta que aproxi-madamente 20% dos trabalha-dores das regiões metropolita-nas brasileiras gastam mais de uma hora por dia no desloca-mento de casa para o local de trabalho. Feito com base nos dados da Pesquisa Nacional por Domicílio (Pnad) de 2012, do Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatística (IBGE), o estudo indica que a situação vem piorando, uma vez que 20 anos antes os trabalhado-res das regiões metropolitanas que enfrentavam esse tipo de situação correspondiam a 14,6%. Considerando o con-junto de trabalhadores brasi-leiros, 10% levam mais de uma hora nesse trajeto e 65,9% gas-tam menos de meia hora.

Em razão do tamanho e da complexidade dos siste-mas de mobilidade urbana, o Rio de Janeiro (24,7%) e São Paulo (23,5%) apresentam os maiores percentuais de tra-balhadores que perdem mais tempo no percurso. Na região metropolitana do Rio, gasta-se em média 47 minutos e na de São Paulo, 45,6 minutos.

Segundo o técnico de pla-nejamento e pesquisa do Ipea Carlos Henrique Carvalho, essa é uma situação que tem impacto negativo na produ-tividade dessa parcela da po-pulação. “Não se pode esperar que a produtividade desses trabalhadores seja igual à de um que leva menos de 30

minutos, por exemplo, para chegar ao trabalho. Isso traz fortes impactos do ponto de vista social e também econô-mico, já que a produtividade é comprometida em razão do desgaste que esse trabalha-dor tem ao levar muito tempo e em condições muitas vezes desfavoráveis de transporte”, disse.

De acordo com o levanta-mento do Ipea, na outra pon-ta do ranking aparece Porto Alegre, que é a cidade onde os trabalhadores gastam, em média, menos tempo no tra-jeto entre a casa e o trabalho: 30 minutos. Carvalho acredita que isso pode estar relaciona-do ao fato de a capital gaúcha ter uma extensa rede de cor-redores de transporte público, além de uma melhor distribui-ção das atividades econômicas pelo espaço geográfico.

Ele também citou o caso de Belém, que, juntamente com Salvador, é local que regis-trou maior aumento do tempo gasto no percurso entre 1992 e 2012. Em Belém, o tempo médio passou de 24,6 para 32,8 (elevação de 35,4%); e em Salvador, de 31,2 para 39,7 mi-nutos (crescimento de 27,1%). No conjunto das regiões me-tropolitanas, os trabalhadores passaram a gastar 40,8 minu-tos em 2012. Vinte anos antes, despendiam 36,4 minutos.

De acordo com o estudo, esse aumento de aproximada-mente 12% no período foi três

vezes maior que o observado nas regiões não metropolita-nas, onde o tempo gasto pas-sou de 22,7 minutos para 23,6 minutos (elevação de 4,2%).

O documento também traz dados relativos à área rural, onde, diante do trânsito menos intenso e das menores distân-cias percorridas, a maioria dos trabalhadores também gasta até 30 minutos (76,2%) para chegar ao local de trabalho.

Para inverter a tendência de piora da mobilidade urbana, e garantir um sistema mais con-fiável, confortável e com me-nos perda de tempo, Carlos Henrique Carvalho defende que os governos devem criar incentivos para distribuir me-lhor pelo território as ativida-des econômicas e, consequen-temente os empregos, além de priorizar os investimentos em transporte público.

“Não é o que temos visto no país, onde houve congela-mento do preço da gasolina e, diante de crises, redução dos tributos para aquisição de veí-culos novos. Não se pode criar barreiras para aquisição de ve-ículo individual, mas devemos seguir o padrão europeu, em que todos têm esse bem, mas as políticas incentivam o seu uso racional, seja por meio de cobrança de estacionamento ou de pedágio urbano, além de investimentos na expansão das redes de transporte públi-co e dos corredores de ônibus exclusivos”.

Como exemplo, mostrou uma esquina no Brooklyn, que tinha um espaço central usado como estacionamento informal de veículos: bastou o trabalho de uma noite para converter a área em uma praça de convívio. Materiais usados: imaginação, tinta, cones de sinalização, al-gumas mesas e guarda-sóis. Em outros pontos, a prefeitura implantou placetas (quick pla-zas), com deques de madeira, mesas e cafés, que se tornaram concorridos pontos de encontro na cidade.

Pedestres, ciclistas e ônibus saíram ganhando e a resposta foi tão positiva que ninguém teve coragem de voltar atrás. Foi um desafio, reconheceu a secretária, ao lembrar a forma fria como suas ideias foram re-cebidas pela equipe do então candidato à prefeitura. "Somen-te Bloomberg aceitou minhas propostas e me deu carta bran-ca para colocá-las em prática", lembrou.

Com o sucesso da proposta, Janette planejou a expansão das mudanças por toda a Big Apple. E daí nasceram novas ciclovias, que devem chegar a 600 km em

2013, e que foram estratégicas durante a passagem do fura-cão que devastou a cidade em 2012: elas foram a única forma de transporte urbano viável du-rante a crise.

Em conseqüência, o perfil médio do ciclista novaiorqui-no se alterou profundamente: senhores de terno, senhoras idosas e crianças passaram a usar suas bicicletas diariamen-te. Mudou mais ainda com a recente criação do sistema de bicicletas compartilhadas, o CityBike, que já ganhou a ade-são de 85 mil usuários e gerou 3,5 milhões de viagens com as 6 mil bicicletas dispostas em toda a cidade.

Nasceram também faixas ex-clusivas de ônibus - 3 milhões

de pessoas viajam neles dia-riamente, disse a secretária - e um novo tipo de abrigo para os passageiros, com design moder-no, que sinaliza a mudança no transporte urbano.

E ainda, o Departamento de Transportes decidiu alterar a velocidade máxima de circula-ção de veículos na cidade, que foi reduzida de 40 para 30 mi-lhas por hora, além da criação de zonas com velocidade de 20 milhas (cerca de 30 km/h). Para "acalmar" ainda mais o trânsito, criaram-se ilhas de travessia e uma forte sinalização de ad-vertência e orientação aos mo-toristas e pedestres. Com isso, a cidade colheu uma redução importante no número de aci-dentes e mortes no trânsito.

Estopim das mobilizações Problemas relativos à mobilidade urbana, especial-mente em regiões metropoli-tanas, foram apontados como estopim das mobilizações que levaram às ruas, em diversas cidades do país, milhares de brasileiros, em junho.

De acordo com o documen-to do Ipea, o fato de grande parte da população ainda não ter a propriedade de veícu-los pode contribuir para uma piora ainda mais intensa nes-se quadro nos grandes cen-tros urbanos, sobretudo nas regiões com menor percen-tual de motorização (Norte e Nordeste).

“Cada vez mais, os domicí-lios de baixa renda terão aces-so ao veículo privado, já que metade deles ainda não tem automóvel ou motocicleta, e as políticas de incentivo à sua compra são muito fortes”, diz o texto. “Resta ao poder público estabelecer políticas para mitigar as externalida-des geradas pelo aumento do

transporte individual, já que as tendências apresentadas corroboram a tese de piora das condições de trânsito nas cidades brasileiras”, acres-centam os técnicos do Ipea, no comunicado.

Considerando a posse de veículos privados por estado, o levantamento revela que os maiores índices são verifica-dos em Santa Catarina (onde 75% dos domicílios têm carro ou moto), no Paraná (68%) e no Distrito Federal (64%). Por outro lado, Alagoas (32%) tem o menor índice de motoriza-ção por domicílio.

O levantamento também traz dados sobre o tempo de deslocamento entre casa e trabalho. Dois terços (66%) da população gastam até 30 minutos diariamente nesse trajeto, “mas há uma clara tendência de piora, em função do crescente aumento da taxa de motorização da população conjugado com a falta de in-vestimentos públicos nos sis-

temas de transporte público ao longo das últimas décadas”. Ainda segundo o documento, 10% gastam mais de uma hora nesse deslocamento.

O estudo do Ipea mostra ainda que as políticas de au-xílio ao transporte, como o vale-transporte, atingem pou-co as classes sociais mais bai-xas. Aproximadamente 40% dos trabalhadores brasileiros recebem esse tipo de auxílio, mas os menores percentuais de cobertura estão nas famí-lias com renda per capita in-ferior a meio salário mínimo. Segundo o estudo, apenas 11% das famílias nessa condição recebem auxílio-transporte, enquanto entre as famílias com renda superior a cinco salários mínimos o percentu-al é 36%.

De acordo com o comunica-do, esse cenário “levanta ques-tões sobre a eficácia desse tipo de medida, especificamente para os trabalhadores infor-mais e os desempregados”.

Soluções de baixo custo

Mais espaço para pedestresEm recente palestra na capital paulista para falar so-bre cidades e transformações na mobilidade urbana, a secre-tária de Transportes de Nova York Janette Sadik-Khan ini-ciou sua apresentação, de for-ma simples, objetiva, e mostrou que para mudar uma cidade é preciso querer mudar. E ter co-ragem para enfrentar a inércia dos apoiadores e a eventual má fé dos detratores.

Ela lembrou que hoje a maio-ria da pessoas do mundo vive em cidades: no mundo são 70% e no Brasil já são 87% das pes-

soas vivendo em centros urba-nos. "Todos querem viver nas cidades e, portanto, o desenho dos espaços urbanos vai ser fundamental para o futuro da humanidade", disse a gestora.

Mostrou, por exemplo, uma foto da Times Square em 1950 e outra por volta de 2002 para explicar que nada havia muda-do na infraestrutura urbana. "As pessoas mudaram, os cos-tumes se alteraram, a cultura mudou, e as ruas continuavam as mesmas. Noventa por cento dos espaços estavam ocupa-dos por veículos, mas 90% das

pessoas queriam mais espaço para caminhar e conviver. Daí decidimos começar a mudança. E deixamos 90% dos espaços para o pedestre", disse Janette.

Tudo foi realizado com so-luções de baixo custo, porque a prefeitura não tem dinheiro para grandes obras, explicou Janette. As intervenções foram feitas de forma rápida - em al-gumas horas - basicamente com sinalização: pintura das pistas e colocação de algumas placas, tudo para reorganizar os fluxos e reduzir o espaço dos carros.

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EDUCAÇÃO

Saerj será aplicado para alunos da rede municipal A avaliação será aplicada em 52 escolas municipais da área central e Serra e visa acompanhar padrão de qualidade do ensino

Cerca de 4,3 mil alunos participarão do Sis-tema de Avaliação da

Educação do Estado do Rio de Janeiro (Saerj). Na quarta-fei-ra (30), a prova será dirigida às turmas do quinto ano e na quinta-feira (31) aos estudan-tes do nono ano e terceiro ano do Ensino Médio. A avaliação será aplicada em 52 escolas municipais da área central e Serra às 8h e 14h. O objetivo do Saerj é monitorar o padrão de qualidade do ensino e cola-borar com a melhora da qua-lidade da educação.

O exame tem como finalida-de avaliar os alunos nas disci-plinas de Português e Mate-mática e também visa analisar as habilidades que os alunos desenvolveram a partir dos conhecimentos adquiridos ao longo do período escolar. As provas de Língua Portuguesa vão abranger questões volta-das para leitura. Já as de Ma-temática vão abordar tópicos que vão envolver a resolução de problemas. As provas serão corrigidas pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

A aplicação da prova será feita pelos próprios professo-res da turma com a supervisão da coordenação pedagógica da rede municipal de ensino. Para realização da avaliação, a coordenação pedagógica da subsecretaria de Ensino Fun-damental promoveu encontros específicos com dirigentes das unidades municipais, de acor-do com as orientações da Co-ordenadoria Regional Norte II.

Com a adesão ao sistema de avaliação neste ano letivo, a intenção da Prefeitura de Macaé é permitir um melhor planejamento pedagógico

voltado para as competências básicas e também reforçar a qualidade do ensino, especifi-camente dos que apresentam defasagem-idade-série.

Para aderir ao Sistema de Avaliação da Educação do Es-

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Prefeitura de Macaé visa permitir um melhor planejamento pedagógico

tado do Rio de Janeiro, Macaé reforçou o compromisso de adotar as Orientações Curri-culares para os anos iniciais do Ensino Fundamental e o Currículo Mínimo para os anos finais do Ensino Funda-

mental. Com isso, a prova, que será realizada neste último bi-mestre do ano letivo, abrange-rá o resultado global das redes municipais que entraram no sistema, que posteriormen-te vai apresentar o Índice de

Educação Estadual do Rio de Janeiro (Iderj).

Segundo a secretária de Educação, Lúcia Thomaz, o novo processo de avaliação externa visa contribuir com a qualidade do ensino. “A

proposta é traçar um diag-nóstico detalhado de tudo que os alunos aprenderam ou deixaram de aprender naquele período, para pos-teriormente traçar meca-nismos pedagógicos”, frisou.

Católicos festejam padroeiro das causas impossíveisRELIGIÃO

são judas tadeu, considerado o santo das causas impossíveis será homenageado. A comuni-dade católica do Novo Cavalei-ros preparou a festa religiosa para receber os fiéis de toda a cidade. Apesar do dia do san-to ser na segunda-feira (28), o ponto alto da festa será neste domingo, 27, quando haverá uma grande procissão e a Cele-bração Eucarística.

A Capela de São Judas Ta-deu pertence à paróquia de Nossa Senhora da Glória, foi construída com a ajuda da co-munidade e está localizada na Rua Manoel Francisco Nunes, 495, Vila São Judas, próximo

São Judas Tadeu terá festa preparada por comunidade católica do Novo Cavaleiros

à Universidade Estácio de Sá e de fácil acesso pelas firmas do Novo Cavaleiros. São Judas Tadeu é também considerado o padroeiro dos empresários e dos flamenguistas.

A programação consta de ce-lebrações eucarísticas diárias e na parte social, a tradicional quermesse, constituída por bar-raquinhas de doces e salgados, animados com músicas católi-cas. “A comunidade está coesa com a festa do nosso padroeiro e nossa expectativa é que todos os católicos venham partici-par”, disse Rosangela Silva, da pastoral da Família.

De acordo com o pároco da Igreja da Glória, padre Luís Carlos Pedrini, a participação dos católicos da região e prin-cipalmente, dos empresários é muito importante.“As famílias, os empresários e toda a comu-

nidade devem compartilhar sua devoção ao santo dos nos-sos tempos, um dos apóstolos e primo de Jesus. Convidamos a todos a participarem e a cele-brarem essa festa”, disse.

Na programação sócioreli-giosa que iniciou na sexta-feira (25), constam missas diárias, às 19h. Somente no domingo (27) é que a Celebração Eucarística será realizada às 18h, após a procissão, prevista para as 17h.

Patrono das causas difíceis - São Judas Tadeu é um dos doze apóstolos escolhidos por Jesus para acompanhá-lo na sua vida pública. Irmão de São Tiago Menor, primo de Jesus, seguiu-o nos seus ensinamentos. Após o dia de Pentecostes dedicou-se à pregação do Evangelho na Judéia, Samaria, Mesopotâmia (hoje região do Iraque) e na Pérsia. Depois de aparecer à

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A Capelade São Judas Tadeu pertence à paróquia de Nossa Senhora da Glória

santa Brígida e conceder-lhe fa-vores, São Judas Tadeu tornou-se conhecido como advogado das causas consideradas perdi-das, desesperadas, angustiosas ou muito difíceis de resolver satisfatoriamente.

Um escritor eclesiástico asse-gura que “entre os devotos de São Judas, poucos são os que não tenham recebido provas especiais da sua assistência nas doenças, nos assuntos mais di-fíceis ou no desespero, nos te-

mores, desgostos, nas calúnias, pobreza, miséria, e ainda, nas ocasiões em que toda a espe-rança humana parecia perdi-da”. Em Macaé, São Judas é o padroeiro da comunidade do Novo Cavaleiros.

Vereador conquista apoio do governoLIGA MACAÉ F7

em reunião no gabinete do Prefeito na última quin-ta (24), o professor Sandro Moraes, presidente da Liga Macaé F7, por intermédio do vereador Luciano Diniz (PT), apresentou as ativi-dades desenvolvidas pela instituição e suas atuais dificuldades de atuação.

A Liga Macaé F7 tem por finalidade gerir as compe-tições e divulgar o futebol de sete no município. Cria-da pelo professor Sandro Moraes a Liga se tornou responsável pela moda-lidade em Macaé, sendo

Foram solicitados incentivos a esta prática esportiva, que hoje não tem local para suas atividades

filiada à Federação do Es-tado do Rio de Janeiro e a Confederação Brasileira e contando com cerca de 60 times, principalmente nas categorias de base.

Na ocasião, foi solicita-do ao Prefeito incentivos a esta prática esportiva, que hoje não tem local para su-as atividades e depende de empréstimos de quadras para seus treinos e com-petições.

Durante apresentação o professor Sandro ressaltou a importância de trabalhar as crianças e adolescen-tes deste esporte, visando maiores possibilidades de profissionalização para es-tes atletas no futuro.

Ao f i n a l d o e n c o n t ro o Prefeito Dr. Aluizio se comprometeu em ceder a

área para construção de uma Arena dedicada exclu-sivamente ao Futebol de 7, antigo Futebol Society. A Liga buscará junto a inicia-tiva privada recursos para construção do complexo esportivo que possibilitará treinamento e competições para as equipes filiadas.

Participaram do encon-tro, além do Prefeito Dr. Aluízio e o Vereador Lucia-no Diniz, o Vice-prefeito Danilo Funke e o Vereador Chico Machado.

A próxima etapa para viabilização do projeto é o envio de mensagem pe-lo refeito à Câmara Mu-nicipal, solicitando au-torização para cessão de uma área no Lagomar para construção da Arena F7 por parte da Liga.

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Dr. Aluízio e o Vereador Luciano Diniz, o Vice-prefeito Danilo Funke e o Vereador Chico Machado

MACAÉ, DOMINGO, 27 E SEGUNDA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2013 13

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Bazar beneficente será em prol do Hospital São João Batista

SOLIDARIEDADE

Eventos serão realizados dutante os próximos dois meses para recolher fundos que auxiliarão atendimentos prestados pela unidadeTamara [email protected]

Um Bazar de Natal está sendo organiza-do para angariar re-

cursos que serão aplicados nos atendimentos filantrópi-cos prestados pelo Hospital São João Batista. Para ajudar a irmandade, uma rifa está sendo vendida para a socie-dade. O prêmio será um car-ro 0 Km, doado à instituição.

Os eventos estão sendo organizados de forma vo-luntária por Ignes Porto. De acordo com ela, o Bazar de Natal funcionará entre os meses de outubro e dezem-bro. As rifas também serão vendidas nesse período, ao preço de R$10, que dará co-mo prêmio um carro modelo Gol.

“O Bazar de Natal não será

mais na Imbetiba e, por cau-sa de alguns acontecimentos, mudamos o local. A previsão é que seja inaugurado nesta semana, na Avenida Rui Bar-bosa, no Centro. Conto com o apoio de todos para nos aju-dar. Vou informar à imprensa a data certa do evento”, disse a organizadora.

O sorteio será no dia 15 de dezembro. O automóvel foi doado e o dinheiro que está sendo arrecadado, será revertido para ajudar nas ações do hospital.

A organizadora das ativi-dades beneficentes fez um agradecimento especial a todos os colaboradores e in-centivadores.

“Quero agradecer à Grá-fica Silva Santos, que nos ajudou doando os talões das rifas, minhas parceiras Elma Mussi e Vera Andrade e to-

das as pessoas que estão nos ajudando”, agradeceu.

Quem quiser contribuir com o Hospital São João Ba-tista poderá fazer o depósi-to no Banco Unicred Costa do Sol, agência: 4504, conta corrente 1186-0. Os nomes dos doadores serão divulga-dos nos jornais.

Já para comprar as rifas ou vendê-las, o voluntário pode entrar em contato di-reto com a Ignes Porto, no telefone: (22) 9824-8254.

Quem quiser contribuir com bens materiais também tem as opções: mobiliário de escritório, material de lim-peza hospitalar, alimentos não perecíveis, descartáveis e prestação de serviços vo-luntários. É só ligar para os telefones: (22) 2796-1500 ou (22) 2796-1504 e falar com Roberta ou Margareth.

WANDERLEY GIL

O Hospital São João Batista ainda está precisando de recursos para ajudar na sua manutenção

WANDERLEY GIL

A população está convidada para participar de show beneficente em prol da Apae

APAE fará festapara ajudar assistidos

A presidência da Asso-ciação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Macaé (APAE) convida a popula-ção para participar do show beneficente que acontecerá dia 09 de novembro, a partir das 18h, no Tênis Clube, se-de praia, Cavaleiros.

O evento vai reunir alu-nos, profissionais, familia-res e colaboradores com o intuito de promover o en-volvimento social.

A APAE de Macaé é fi-liada à Federação Nacional e Estadual das APAE's e conta com outras parcerias como com o Tênis Clube-sede praia e AABB, onde os alunos realizam atividades de educação física, natação e capoeira.

A presidência da instituição convida a população para participar do show beneficente dia 09 de novembro

O evento contará com shows de bandas do Rio de Janeiro e de Macaé.

Para adquirir os ingressos, os interessados poderão en-trar em contato com a equipe da APAE, através dos telefo-nes: (22) 2796-1069, (22) 2772-2001 ou (22) 9905-0857. O in-gresso custa R$ 20 individual e R$ 100 a mesa com quatro lugares .

Segundo a coordenadora ge-ral da APAE Macaé, Lourdes Trajano, o intuito do evento é que as pessoas assistidas sejam inseridas em todo o contexto de uma vida digna e melhor.

“Estamos buscando a nossa sede própria, para que os assis-tidos possam realizar suas ati-vidades no espaço adequado, porque o espaço é limitado.”, declarou.

A APAE é uma instituição, sem fins lucrativos, criada em Macaé em 25 de junho de 2004 e sua atual presidente é Sheila Maria Pereira.

Na APAE de Macaé existe uma equipe formada por pes-

soal administrativo e corpo técnico capacitado para os atendimentos de Fonoaudio-logia, Terapia Ocupacional, Psicologia, Fisioterapia, Es-timulação Precoce, Serviço Social, Apoio Pedagógico, Centro de Convivência, Ca-poeira, Informática, Natação e Educação Física, oferecendo atendimento especializado e gratuito a pessoas com defici-ência intelectual e múltipla e a seus familiares.

Sem a colaboração e apoio do poder público, a APAE de Macaé sobrevive através de doações da sociedade e empre-sas. A instituição encontra-se de portas abertas a novas par-cerias e para quem desejar conhecer suas atividades, é só comparecer ao endereço: Rua Manoel Guilherme Taboada, nº 58, no Centro.

“Somos, sem dúvida, a ex-tensão da educação do lar. Contribuímos na formação do caráter e da personalidade das pessoas necessitadas”, finali-zou a coordenadora.

SOLIDARIEDADE

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Lutador macaense conquista título internacional no judô

JUDÔ

O jovem Israel Viana representou o Brasil em competição realizada no Chile. Ele participará de seletiva da CBJ para Circuito Europeu Márcio [email protected]

A dedicação ao espor-te, o reconhecimento pela importância dos es-

tudos e a fé ajudaram ao jovem lutador macaense Israel Viana a conquistar um dos títulos mais importantes em sua trajetória de sucesso: o de Campeão Sul-Americano de Judô, conquista-do no último dia 20, em Santi-gado, no Chile.

Integrante da seleção bra-sileira, Israel participou do Campeonato Sul-Americano de Judô, que aconteceu no bairro Providência, em Santiago. Após vencer três lutas, o atleta trou-xe para casa a medalha de ouro, assumindo o lugar mais alto do pódio e o reconhecimento co-mo uma das maiores promessas do esporte, não mais de Macaé e da região, mas agora do Brasil.

Acompanhado do pai, o cor-redor Eleir Ferreira Júnior, Is-rael viajou para o Chile deter-minado a vencer os adversários. “Sempre dedico as minhas lutas primeiramente a Deus. Me con-centro e busco o melhor resul-tado com base nos meus treina-mentos”, afirmou o lutador.

Israel enfrentou na primeira luta um atleta do país sede do Campeonato Sul-Americano. Em seguida, ele fez mais duas lutas, enfrentando lutadores da Argentina. Nos três combates ele venceu por ippon, garan-tindo assim o título de campeão.

Israel viajou para o Chile jun-to à delegação da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), que reconheceu o seu talento e o tí-

tulo de Campeão, assim como a Confederação Sul-Americana de Judô.

Ele garantiu a participação na competição após conquistar a medalha de prata no Campe-onato Brasileiro de Judô, reali-zado no final de setembro, em Porto Velho, Rondônia.

Dedicado ao esporte, Israel conta com o apoio total do seu treinador, Alex Moura Rei, um dos grandes responsáveis pelo seu primeiro título internacio-nal, e que auxiliará também em sua preparação para chegar a uma nova categoria no judô.

Com apoio do Colégio Mó-dulo, Terra Brasil Conserto de Roupas e a Academia Corpo e Movimento, Israel se prepara para participar de mais uma etapa do Campeonato Brasi-

leiro da Liga Nacional de Judô (LNJ), que acontece em novem-bro, em Fortaleza-CE.

Também no próximo mês ele terá um novo e grande desafio: participar da seleti-va nacional da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) que escolherá os atletas que irão disputar o Circuito Europeu de Judô, em 2014, tendo a oportunidade de passar por países como a Rússia.

Já em outubro, Israel conta-biliza vitórias importantes, que o levaram a se tornar Campeão do ranking da Liga de Judô do Estado do Rio de Janeiro (LI-JUERJ) na categoria sub-15, e também do ranking da Federa-ção de Judô do Estado do Rio de Janeiro (FJERJ) na categoria idade 13-14 anos.

ARQUIVO PESSOAL

Israel venceu lutadores do Chile e da Argentina, sendo Campeão Sul-Americano de Judô

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Opinião