Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

56

description

InterIT Magazine 12

Transcript of Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

Page 1: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando
Page 2: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

www.futurecom.com.br

Con�ra asOportunidades

para sua Empresa!

Participe!

12a14 de setembro

Primeiros patrocinadores con�rmados

O maior e mais quali�cado evento de Comunicações

da América Latina

Prêmio

F U T U R E C O M 2 0 1 1

Muitas novidades no Futurecom 2011

MASTER GOLD

STANDARD

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Page 3: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

31 - Agosto - 2011

Realização e Promoção

www.corpbusiness.com.br

Como identificar, agregar valor ao negócio e melhorar resultados implementando um modelo de retenção de talentos.

Page 4: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

4 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 5 | www.corpbusiness.com.br

Participe da Revista Inter IT

Escreva para a RedaçãoMande críticas, opiniões, sugestões, comentários e dú[email protected]

PublicidadeParticipe das próximas edições(11) 3666-5208(11) [email protected]

Eventos e CongressosInformações sobre os eventos e congressos organizados pela Corpbusiness(11) 3666-5208(11) [email protected]

SITES www.corpbusiness.com.brwww.interit.com.brwww.mediaweek.com.br

Assine nossas newsletters diárias e receba em seu e-mail as principais notícias dos mercados de TI e Telecom no mundo.

Revista Inter IT 12, ano 4, Junho 2011, é uma publicação bimestral da Pastori & Associados. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas nesta revista. Edições anteriores: acesse o site da revista e visualize todas as edições já publicadas em formato Virtual Paper. A Inter IT não admite qualquer tipo de publicidade redacional.

DiretorDiogo Pastori

[email protected]

Redação

Editor ChefeDanilo PáduaMTB: 63.988

[email protected]

RepórterBruna Lavrini

[email protected]

DesignerJefferson William

[email protected]

ColaboradoresWagner Tadeu, Érico Tooru Tanji, Tatiana Carvalinha,

Marcelo Mariaca, Bia Kunze, Roberto C. Mayer,Bruna S. Cruz, André Pera e Andreia Naomi

Marketing e EventosLeila Silva, Marina Zanchetta

Publicidade

Gerentes de NegóciosWebert Melchior

Analista ComercialLucas Fiorani

EventosVanessa Moreira, Jaqueline Ferreira, Priscila Rocha

LogísticaCirculação

São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Rio Grande do Sul e Minas Gerais

Revista Inter ITAvenida Angélica, 2503 –

Conjunto 146CEP: 01227-200 Higienópolis

São Paulo-SP(11) 3661-2785

Mais um ano se passou...Pois é, como dizia a canção do Cassiano, “mais um ano se passou”, e com ele muitas coisas também passaram, ou chegaram. 2010 foi um ano – definitivamente – de novidades. O iPad, da Apple, foi lançado e – graças a um hype tremendo, boa parte, admito, criado por nós, da imprensa especializada – estourou em vendas podendo, com certeza, ser considerado o gadget do ano que terminou, afinal não é qualquer produto que – ao ser lançado – consegue não só redefinir os rumos de um determinado segmento de negócios como cria um nicho de mercado, nesse caso, o dos tablets.Não contente em emplacar um produto de absoluto sucesso, a Apple ainda “teve tempo” de lançar o iPhone 4, também sucesso de vendas, mas que teve a imagem um pouco arranhada pelos problemas de recepção de sinal. Também devemos levar em conta que o mercado de smartphones é bem mais disputado e, nele, a Apple vem enfrentando a crescente concorrência dos aparelhos Android, que ganham cada vez mais espaço.Embora ainda consolidados em suas posições no mercado, os smartphones da Nokia e os BlackBerry, da RIM, além do badalado aparelho da Apple, estão observando o exponencial crescimento do sistema operacional do Google, que equipa modelos de todas as suas concorrentes. Um bom exemplo do crescimento não só do Android, mas também de outras plataformas mais recentes é a companhia brasileira Navita, que por muitos anos dedicou-se (e destacou-se, diga-se) ao desenvolvimento de portais e aplicações para os dispositivos móveis da BlackBerry, e – atualmente – já atua com uma considerável gama de aplicações multiplataforma.Falando em Navita, o executivo Roberto Dariva, cofundador e atual presidente da empresa, é o entrevistado dessa edição da Inter IT. Dariva possui uma longa experiência no setor de tecnologia e histórias para mais de uma entrevista, como vocês poderão conferir a partir da página 28.Esta edição também traz uma cobertura mais que especial da Futurecom, maior feira de tecnologia da América Latina, cuja edição brasileira foi realizada durante o último mês de outubro. Finalizamos a edição com um apanhado geral dos últimos congressos realizados por nós em 2010 e uma seleção mais que especial de colunistas com artigos de extrema relevância.Agora chega de falar de 2010, porque o ano de 2011 já está aí e temos muita coisa pra fazer!

Grande abraço.

Danilo Pádua

Page 5: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

4 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 5 | www.corpbusiness.com.br

SUMÁRIOEdição 12 | Junho 2011

CAPA

Roberto Dariva, CEO da Navita, capilaridade de modelo de negócios

28

Colunistas

Eventos

Mercado

Tecnologia

36 - Futurecom 2010 : Uma visão Geral

50 - BI em franco crescimento

20 - Riscos e Fraudes Corporativos

22 - 3 º E-commerce Expo Brasil

52 - 3 º Universidades Corporativas

12 - Empresas de pequeno e médio porte estão realmente protegidas?

18 - A polêmica dos resíduos eletroele-trônicos

24 - Cloud Computing e SaaS

25 - O perigo dos chefes egocêntricos

51 - Vai comprar um smartphone?

54 - O gigante na sala de aula

14 - Entendendo a Certificação Digital

Page 6: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

6 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 7 | www.corpbusiness.com.br

CORREIO

Participe Este espaço está reservado para seus comentários, elogios, sugestões ...

Escreva: mande seu e-mail para [email protected] Não esqueça de colocar o nome completo e a sua cidade.

BSC em alta“Muito legal a entrada de vocês no segmento de congressos sobre gestão, ainda mais com um tema relevante como a metodologia Balanced Scorecard (Matéria “Quando, como e porque recompensar”, edição 11). Não tive a oportuni-dade de tomar conhecimento do evento na ép-oca de sua realização, mas pelas empresas que estiveram presentes que vi matéria publicada na edição de outubro da revista, parece ter sido de alto nível. Com certeza minha empresa marcará presença na edição de 2011”Fernando Negreiros, Barueri – SP

Propagandas interativas“Concordo com o colunista Marcelo Castelo (Artigo “Anúncio ‘impres-so’ na versão iPad da revista? Nããão!!!”) quando diz que os anúncios das versões das publicações para leitores digitais e tablets não podem ser uma mera cópia, ou um ‘print screen’ das versões tradicionais impressas. Há um potencial imenso de interatividade e formatos para se chamar a atenção dos leitores que não pode ser desperdiçado”Karina Rodrigues, São Paulo - SP

Quero mais dicas de produtos“Gosto bastante da seção Tendências & Inovações, mas vocês precisam dar uma caprichada maior na pesquisa. Todo mun-do sabe que produtos como o iPhone 4 são objetos de desejo, queremos saber de mais novidades diferentes, produtos úteis e sem tanta mídia quanto o ‘celular do Steve Jobs’. Dicas de livros também são sempre bem-vindas!”Fábio Raniere, Porto Alegre – RS

Operadoras de Telecom precisam ser fiscaliza-das“A revista deveria se aprofundar mais no tema tratado a respeitos das operadoras de Telecom que quase sempre cobram ‘de mais’ e oferecem ‘de menos’ (Matéria “Op-eradoras de Telecom sob fiscalização”). Além dos preços altos que pagamos, dificilmente atingimos durante uma conexão algo próximo da velocidade contratada, fato que é de conhecimento de todos os usuários, mas que nunca é resolvido pelas autoridades competentes. A Anatel e órgãos de defesa do consumidor precisam ser mais co-brados a respeito, e a imprensa especializada é parte es-sencial nessa cobrança”Cássio Oliveira, Niterói – RJ

CorpBus!ness / Inter IT na Futurecom 2010“Conheci a revista Inter IT ao recebê-la du-rante a última Futurecom em São Paulo. Já tinha ouvido falar da Corpbusiness e seus congressos através da minha companhia, que participou de um evento organizado por vocês neste ano (2010), mas não sabia que tinham material jornalístico também. Está muito boa a entrevista da capa da re-vista e mal posso esperar para ver a cober-tura sobre a feira (Futurecom), que um dos jornalistas de vocês me disse que estavam preparando”Carla Andrade, Osasco – SP

Page 7: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

6 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 7 | www.corpbusiness.com.br

2012: Brasil terá um computador para cada duas pessoasA 22ª Pesquisa Anual do Uso de Informática, divulgada pela Funda-ção Getúlio Vargas (FGV), aponta que o país atingirá a marca de um computador para cada dois habitantes no primeiro trimestre de 2012. Hoje o Brasil já possui em uso 85 milhões de PCs, tanto no am-biente doméstico quando no de trabalho. “Em três anos, de 2007 a 2010, dobrou o total de computadores do País”, comentou o co-ordenador da pesquisa Fernando Meirelles, professor da FGV, à agência Estado.A queda no custo do computador foi um dos principais respon-sáveis pelo crescimento do setor. Em 2010, cerca de 14,6 milhões de aparelhos foram comercializados no Brasil. Estima-se que em 2014 o Brasil atinja a marca de 140 milhões de PCs.Segundo o levantamento, o país se encontra acima da média mun-dial (36/100) no quesito “computadores por habitantes” com 44 computadores a cada grupo de 100 habitantes.

Luiz Eduardo Falco deixa comando da OiLuiz Eduardo Falco deixará, em breve, o cargo de dire-tor-presidente do grupo de telecomunicações Oi.“Os acionistas controladores da Oi indicarão empre-sas especializadas em recursos humanos para auxiliar no processo de escolha dos candidatos, nos termos dos acordos de acionistas em vigor”, afirmou a companhia em comunicado.Segundo o jornal Folha de São Paulo, o executivo an-tecipará sua saída deixando a presidência no dia 30 de junho. Seu contrato terminaria em dezembro deste ano.Para Otávio Azevedo, presidente do Conselho de Ad-ministração da Oi, já “estava na hora de fazer uma mu-dança. O Falco deu uma grande contribuição para a em-presa, mas está encerrando seu ciclo”.

Grupo RBS contrata executivo ex-TelefônicaO Grupo RBS - companhia de mídia baseada no Rio Grande do Sul e afiliada da Rede Globo - anunciou a contratação de Fabio Bruggioni como seu novo CEO de Internet e Mobile. O executivo veio do Grupo Telefônica, onde ocupava o cargo de Vice-Presidente, sendo responsável pelos negócios de telefo-nia, internet, banda larga e TV por assinatura. Em seu novo cargo, Bruggioni c omandará o lançamento de uma nova empresa do grupo gaúcho, que ficará sediada em São Paulo e terá foco no mundo digital. O executivo assumiu suas funções na RBS a no início de maio.Bruggioni é graduado em Administração de Empresas com es-pecialização de Marketing. Além do Grupo Telefônica, Fabio também tem passagem na área de negócios da Credicard.

Samsung e Visa aliam-se por pagamentos móveisSamsung e Visa anunciaram seus planos para introduzir uma nova tecnologia para pagamento em suas ações de patrocínio às Olimpíadas Londres 2012, que permitirá aos consumidores efetuar pagamentos móveis usando um celu-lar criado pela Samsung para os Jogos Olímpicos e Jogos Paraolímpicos. Inicialmente prevista para antes e durante a competição, a ideia das duas companhias, de acordo com anúncio conjunto, é que a tecnologia continue ativa e em desenvolvimento após os Jogos, e disponível em outras partes do mundo.A tecnologia adotada é o NFC, ou Near Field Communica-tion, já utilizada pela Visa em testes de soluções de paga-mentos móveis e/ou contactless. Na hora de pagar, tudo o que os consumidores precisarão fazer é selecionar o aplica-tivo da Visa, selecionar “pagar” e aproximar o telefone da leitora no ponto de compra.

Telecomnews

Page 8: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

8 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 9 | www.corpbusiness.com.br

INTERITNEWS WWW.INTERIT.COM.BR

Facebook inicia testes de seu novo serviço de compras coletivasOs usuários de cinco cidades nos Estados Unidos já podem adquirir cupons de ofertas por meio do novo serviço do Facebook, o Deals - anunciado no final de abril. Na onda das compras coletivas, a rede social passa a oferecer diversos tipos de serviços com descontos integrados ao Facebook. Se-gundo a companhia, os usuários poderão compartilhar as ofertas com os amigos.Em fase de testes, Emily White, diretora de produtos locais da empresa, ex-plicou que “inicialmente, as ofertas estarão disponíveis para as pessoas de Atlanta, Austin, Dallas, San Diego e San Francisco e esperamos expandir esse teste para outras cidades no futuro”.A companhia acredita que o novo recurso vai além da possibilidade de descontos. “É mais importante para nós que você encontre experiências interessantes para você fazer com seus amigos. Nós temos trabalhado com parceiros e negócios locais para fornecer as melhores atividades soci-ais de sua área”, disse Emily

Assange: “Facebook é máquina de espionagem”Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, declarou que o Facebook é a “mais espantosa máquina de espionagem já inventada”. A afirmação foi feita durante entrevista do jornalista e ciberativista australiano ao pro-grama Russia Today.Com cerca de 600 milhões de usuários, estima-se, o Faceboook é a princi-pal rede social do mundo e, na visão de Assange, é uma base de dados ex-tremamente abrangente, que traz informações pessoais sobre as pessoas como seus relacionamentos, nomes, localização, familiares, endereço etc.; “todos acessíveis à inteligência dos Estados Unidos”, disse.Em sua análise, o fundador do WikiLeaks afirmou que empresas que forne-cem esse tipo de serviço, como o Google, criaram mecanismos que facili-tam o acesso dos serviços de inteligência à esses dados. Assange foi mais longe ainda ao afirmar que sequer existe a necessidade de solicitar esses dados judicialmente, pois “existe uma interface de conexão já em uso”.Assange completou sua avaliação das redes sociais afirmando que os usuários mais recorrentes desses serviços que convidam seus amigos para participar do Facebook, por exemplo, estariam trabalhando gratuita-mente para as agências de inteligência dos EUA.

Roberto Lima não é mais presidente da Vivo

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no início de maio, a Vivo confirmou a saída de Roberto Oliveira de Lima da presidência da operadora, após seis anos no prin-cipal cargo executivo da empresa. No comunicado oficial, a opera-dora indica que a decisão de de-ixar o cargo foi do próprio Roberto Lima, cuja saída será - de fato - efe-tivada no próximo dia 30 de junho, “encerrando assim sua gestão que, nos últimos seis anos, levou a Vivo a consolidar a liderança no mer-cado brasileiro de telecomunica-ções”, diz um trecho do texto.A saída de Roberto de Lima já era especulada no mercado, reporta-gem publicada pelo jornal O Es-tado de S. Paulo, dava a entender que o executivo chegou a almejar o comando da nova operação in-tegrada (telefonia fixa e móvel), entre Vivo e Telefônica, que surge no Brasil após o grupo espanhol assumir o controle acionário da operadora de telefonia móvel do mercado brasileiro. Preterido na escolha para comandar a nova operação, que ficará a cargo do espanhol Luis Miguel Gilpérez López, Lima teria preferido deixar a empresa.

Page 9: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

8 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 9 | www.corpbusiness.com.br

INTERITNEWSWWW.INTERIT.COM.BR

Ministro Mercadante confirma produção do iPad no BrasilApós inúmeras especulações, o mistério parece ter finalmente chegado ao fim. Até o final de novembro o tablet iPad, da Apple, será produzido no Brasil em parceria com a chinesa Foxconn. A afirmação foi feita pelo ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. “Tem que ser detalhado agora as condições [da futura produção do iPad], onde vai ser e a logística”, afirmou Mercadante em Pequim, em meio à viagem da presidente Dilma Rousseff à China.Segundo o ministro, o projeto está sendo estudado por um grupo de trabalho que envolve os ministérios da Fazenda, de Desenvolvimen-to, Indústria e Comércio Exterior e de Ciência e Tecnologia. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS) também participa das discussões.A Foxconn, já estuda um investimento de 12 bilhões de dólares no país para a fabricação de telas para dispositivos tablets e celulares.

Ex-executivo da Cisco assume o Skype

A Motorola realizou o anúncio oficial do lançamento para o mercado latino--americano de suas principais apostas para o mercado de mobilidade em 2011. Tanto o smartphone Atrix quanto o tablet Xoom apostam na alta performance de hardware aliada ao sistema operacional mobile Android, do Google.Ambos os dispositivos trazem processador dual-core, serão produzidos na fá-brica brasileira da companhia, localizada na cidade de Jaguariúna, no interior de São Paulo. De acordo com palavras do Country Manager da unidade Moto-rola Mobility no Brasil, Sergio Buniac. O tablet Xoom tem tela de 10.1 polegadas com resolução HD, roda a versão 3.0 do Android, codinome Honeycomb, traz processador dual-core de 1 GHz, me-mória RAM também de 1 GB, e duas câmeras, frontal e traseira, que permitem a realização de vídeo chamadas através do GTalk e filmagens em alta resolução. Em sua versão mais básica, com 32 GB de armazenamento interno e conexão via Wi-Fi, o Xoom chega às lojas brasileiras por R$ 1.899,00.O Atrix tem processador dual-core e memória exatamente iguais aos do Xoom, tela de alta resolução e 4 polegadas; câmera frontal para vídeo-chat e traseira capaz de filmar em HD. Armazenamento interno de 16 GB e capacidade para cartão de memória micro SD de até 32 GB, somando 48 GB de armazenamento no aparelho. O aparelho desbloqueado custa R$ 1.999,00.

Page 10: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

10 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 11 | www.corpbusiness.com.br

Fundadores do YouTube adquirem Delicious do Yahoo!

A Delicious.com, serviço de bookmark social, foi ad-quirida pelos fundadores do YouTube, Chad Hurley e Steve Chen, e passa a integrar a nova empresa da internet, AVOS. O plano dos criadores da maior plataforma de vídeo online é tornar os serviços da Delicious mais simples e divertidos.“Estamos tendo uma tremenda oportunidade de simplificar a forma como os usuários salvam e com-partilhar o conteúdo descoberto em qualquer lugar na web”, disse Chad Hurley, CEO da AVOS. “Falamos com diversos interessados em adquirir o site e escolhemos Chad e Steve por causa da sua paixão e visão única para a Delicious”, disse John Matheny, SVP de Comunicações e Comunidades da Yahoo!Os fundadores do YouTube pretendem trabalhar em conjunto com a comunidade nos próximos meses para desenvolver recursos para ajudar a resolver o problema do excesso de informação. “Este prob-lema não está acontecendo somente no mundo dos vídeos, mas também em todos os tipos de mídia com muita informação”, afirmou Chen. Os fundadores estão contratando, agressivamente, novos profissionais com o objetivo de criar uma equipe de categoria internacional para enfrentar o desafio de construir o melhor serviço de informação da web.

PepsiCo oferece máquina para compra de bebidas à distânciaA PepsiCo está adotando uma nova estratégia de mercado. A companhia vai lançar, nesta semana, uma máquina para venda de bebidas à distância. Uma das novidades do futuro lançamento é que ele permite que usuários presenteiem seus amigos com bebidas da marca. Para utilizar o recurso, os usuários terão que inserir na máquina o nome do destinatário, número do celular e uma mensagem, de texto ou de vídeo. Ao final do processo, a pessoa que rece-ber o “vale-presente” pode retirar a bebida em outra máquina semelhante por meio de um código, gerado junto ao pedido de envio.“A venda de bebidas de forma social amplia as redes sociais para além dos aparelhos dos usuários e trans-forma uma experiência estática em algo divertido e animador”, disse Mikel Durham, executivo de inova-ção da PepsiCo Foodservice.A tecnologia chegará ao mercado para disputar di-retamente com a “Freestyle”, máquina da Coca-Cola, lançada em 2009. O dispositivo possui tela sensível ao toque e administra mais de 100 combinações de sabores de bebidas.

Sony apresenta seus ‘tablets PlayStation’No final do mês de abril, a Sony apresentou dois dispositivos tab-lets com o sistema operacional Google Android 3.0. A chegada dos modelos, chamados S1 e S2, no mercado pode ser considerada uma das mais importantes estratégias da companhia desde o início das vendas do console Playstation, em 1994.Os lançamentos são os primeiros tablets compatíveis com os jogos do PlayStation, o que promete ser um dos diferenciais em compa-ração aos inúmeros dispositivos que estão chegando no mercado. Além disso, eles permitem acesso a redes móveis 3G e 4G. O S1 pos-sui uma tela de 9,4 polegadas, enquanto que o S2 conta com duas telas de 5,5 polegadas.De acordo com a consultoria Gartner, as vendas do segmento de-vem quadruplicar entre 2011 e 2015 atingindo um volume de 294 milhões de unidades. Sendo que metade desse total se refere a dis-positivos que utilizam o sistema operacional Android.

Corpnews WWW.CORPBUSINESS.COM.BR

Page 11: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

10 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 11 | www.corpbusiness.com.br

CEO do Twitter vira conselheiro de Obama

Dick Costolo, atual Chief Executive Officer (CEO) do Twitter, foi convidado pelo presidente dos Es-tados Unidos, Barack Obama, para atuar como seu conselheiro em questões relacionadas à segurança das telecomunicações.

Costolo ficou encarregado pelo Comitê de Acon-selhamento em Telecomunicações para a Seguran-ça Nacional (National Security Telecommunications Advisory Committee - NSTAC), que também conta-rá com a colaboração do executivo Scott Charney, vice-presidente de Confiabilidade Computacional (Trustworthy Computing Group) da Microsoft. Da-vid DeWalt, presidente da fabricante de softwares de segurança McAfee, e Jamie Dos Santos, chefe de TI para o Governo Federal na Terremark Worldwide, também integrarão o comitê.

O NSTAC, que existe há mais de 25 anos, contará, em sua nova formação, com cerca de 30 membros, entre altos executivos ligados ao setor e integrantes da Admi-nistração do governo norte-americano.

HTC anuncia seu novo smartphone Android

Em abril, a fabricante taiuanesa HTC, apresentou oficial-mente ao mundo o seu novo smartphone de topo: o HTC Sensation. Com uma ampla tela de 4,3 polegadas, dotada da tecnologia qHD, e um veloz processador Snapdragon de 1,2 GHz dual-core, a HTC promete colocar à disposição dos donos de seu novo device uma grande biblioteca de conteúdo multimídia, inclusos aí, programas de TV e filmes, além do foco na integração com redes sociais.O HTC Sensation segue a linha de mercado adotada pela fabricante e roda o sistema operacional Android, do Google, sob a elogiada interface Sense, feita pela própria HTC. Terá memória interna de 1 GB e espaço para expan-são via cartão microSD; e tem memória RAM de 768 MB. O Sensation trará duas câmeras, uma frontal VGA e uma traseira de 8 megapixels capaz de filmar em alta definição; ele também contará com conectividade via 3G, Wi-Fi e Bluetooth 3.0.

Mercado nacional de TI movimentou R$ 39,4 bi em 2009Um relatório divulgado pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística – aponta que o segmento de Tecnologia da Informação movi-mentou R$ 39,4 bilhões em 2009. Só o setor de software respondeu, no período, por mais de um terço das receitas do mercado. As informações são da agência Reuters.A produção nacional de programas - customizáveis, não customizáveis, sob encomenda e embarcado - gerou 13 bilhões de reais, volume equivalente a 33,1% da receita de serviços de TI.Em relação à exportação de serviços da área, o setor registrou uma re-ceita de 2,1 bilhões de reais. Este resultado respondeu a 5,4% do total do faturamento das empresas analisadas. Segundo o IBGE, o valor “con-siderado pequeno se comparado com os grandes exportadores, como índia, Alemanha e Estados Unidos”.O estudo é o primeiro realizado pelo Instituto sobre a oferta de serviços de informática no país e contou com a participação de 2.008 empresas de Tecnologia da Informação.

WWW.CORPBUSINESS.COM.BR Corpnews

Page 12: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

12 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 13 | www.corpbusiness.com.br

Colunistas PMEs estão protegidas?

Na teoria, ameaças e ataques desti-nados a roubo de dados corporati-vos fazem com que cada vez mais

empresas, principalmente as pequenas e médias (PMEs), se conscientizem da necessidade de proteger as informações confidenciais como números de contas bancárias, dados de cartões de crédito, cadastros de clientes e registros de fun-cionários. Mas a realidade mostra que muitas organizações ainda não estão preparadas para enfrentar situações de crise. Além dos ataques virtuais; desas-tres naturais como apagões e enchentes afetam as companhias que não possuem um plano estruturado de recuperação e as consequências muitas vezes vão além do que o orçamento pode suportar.De acordo com o Relatório da Syman-tec sobre Recuperação de Desastres nas PMEs - que avalia a percepção e as práti-cas adotadas para agir em caso de ca-tástrofes - mais da metade das pequenas e médias empresas no Brasil não possui um plano formal de recuperação de da-dos. Com isso, o preço que as compan-hias pagam é alto. Segundo o estudo, os prejuízos podem chegar a mais R$20 mil por dia.Atualmente, o foco dos cibercrimino-sos são as pequenas e médias empre-sas, já que os mesmos sabem que tais companhias podem ter menos recursos para proteger as transações financeiras. E alguns fatores contribuem ainda mais para o aumento dos ataques virtuais. Os Toolkits (Kits para ataques) são exemplos de como leigos podem se tornar hack-ers, apenas com um conjunto de ferra-mentas de código malicioso usado pelos invasores que visam o roubo de dados bancários. Com o avanço da mobilidade, os dados corporativos não ficam mais apenas no escritório; podendo ser acessados em qualquer lugar e de qualquer aparelho. Para garantir a segurança dos negócios, o foco da proteção precisa ser a informa-ção, e não o dispositivo. Pensando nisso,

a Symantec aponta algumas dicas para as empresas se protegerem contra as amea-ças virtuais:

Políticas de segurança forte: É importante reforçar o gerenciamento de senhas para gestores e funcionários. Sua manutenção ajuda na proteção de dados armazenados em um laptop ou em outros dispositivos móveis, caso forem perdidos ou roubados. Para serem consideradas fortes, as senhas precisam ter oito carac-teres ou mais e usar uma combinação de letras, números e símbolos (por exemplo, # $%!?). Outra dica é alterar as senhas em uma base regular, pelo menos a cada 90 dias.

Criptografia de informações: A tecnologia de criptografia também deve ser implementada em desktops, laptops e outros dispositivos móveis. Desta maneira, as informações confidenciais são protegi-das contra o acesso não autorizado, dimin-uindo os riscos de roubo da propriedade intelectual e de informações confidenciais.

Atualização das proteções: A proteção de endpoints (qualquer dis-positivo que rode aplicações e que precise de proteção) é um dos passos mais impor-tantes e simples para manutenção de infor-mações corporativas em segurança. A dica é manter o programa sempre atualizado para eliminar possíveis ataques.

Proteger seus negócios e informações de clientes deve ser um foco contínuo para os gestores e para cada um dos colab-oradores. Com o avanço da tecnologia e aumento do número de plataformas, os cibercriminosos utilizam os mais variados vetores para o roubo de informações. Por isso, as empresas precisam se antecipar às novas soluções de segurança para prote-ger o bem mais valioso da sua corporação: as informações. Como diz o velho ditado: é melhor prevenir do que remediar.

Empresas de pequeno e médio porte estão realmente protegidas? Por Wagner Tadeu

Conheça o Shopping UOL, o comparador de preços online que atinge o consumidor no momento de decisão de compra. Hoje o Shopping UOL chega a 5 milhões de ofertas, 45 mil empresas no ar, cerca de 43 categorias e milhões de consumidores satisfeitos.

Anuncie agora(11) 5627-3434 ou 0800 721 5151http://www.shoppinguol.com.br/negocios

+ de 400 mil pessoas por dia

Quer vender mais?

+ de 10 milhões consumidores por mês

+ de 8 milhões de usuários com intenção de compra

+ de 3 mil lojas

Page 13: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

12 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 13 | www.corpbusiness.com.br

Conheça o Shopping UOL, o comparador de preços online que atinge o consumidor no momento de decisão de compra. Hoje o Shopping UOL chega a 5 milhões de ofertas, 45 mil empresas no ar, cerca de 43 categorias e milhões de consumidores satisfeitos.

Anuncie agora(11) 5627-3434 ou 0800 721 5151http://www.shoppinguol.com.br/negocios

+ de 400 mil pessoas por dia

Quer vender mais?

+ de 10 milhões consumidores por mês

+ de 8 milhões de usuários com intenção de compra

+ de 3 mil lojas

Page 14: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

14 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 15 | www.corpbusiness.com.br

A partir deste ano de 2010, o gov-erno brasileiro tornou obrigatório o recebimento de documentos

das empresas de maneira digital. Para proteger a integridade desses arquivos e garantir-se contra possíveis tentativas de fraude ou modificação não-autorizada desses arquivos, muitas empresas e ex-ecutivos a adotaram a certificação digital como uma alternativa de combate a essas ameaças.A certificação digital, no entanto, ai-nda gera dúvidas na cabeça das pes-soas, e muitas delas confundem a obrigatoriedade do envio digital de documentos ao Governo, com a ob-rigatoriedade de adotar a certificação digital para os documentos que circu-lam dentro e/ou saem das empresas. Para diminuir algumas dessas dúvidas e conhecer um pouco mais sobre a visão de mercado da Certisign – com-panhia especializada em certificação digital, presente há quase 40 anos no Brasil – que a Revista Inter IT conver-sou com Márcio Nunes, Diretor de No-vos Produtos da companhia. Confira abaixo o bate-papo com o executivo.

Inter IT: Explique um pouco mais a re-speito do conceito que a Certisign an-unciou de “Paperless Company”Márcio Nunes: A Certisign criou essa proposta de paperless company ba-sicamente orientada a sua tecnolo-gia, que é a certificação digital. Ela é uma tecnologia extremamente hori-zontal, que lhe permite muito fácil transpor dessa vida material, papel, para o equivalente digital. Mas não só do ponto de vista tenológico, essa tecnologia ela tem um suporte legal que se baseia na validade jurídica de documentos eletrônicos assinados digitalmente.Então eu consigo pegar um certificado digital e consigo, através das suas pro-

priedades e atributos como: garantia de autenticidade em termos de au-toria, integridade do documento ele-trônico, a gente pode falar um pouco mais disso porque isso de fato é algo muito importante pro documento eletrônico, validade jurídica, porque existe um aparato jurídico que dá su-porte à assinatura eletrônica/digital; e a própria questão de privacidade e sigilo, porque o certificado digital, com a sua propriedade de cirptogra-fia, também lhe permite estabelecer o sigilo e a privacidade das informações.A gente pode citar, como exemplo, um prontuário médico eletrônico de um paciente, um segmento de saúde, diferente de onde se esperaria o uso dessa tecnologia. Você se pergunta se a certificação digital se aplica ali, e se aplica. É paperless, eu estou pen-

sando no prontuário de um paciente onde as informações deveriam estar disponíveis somente para o paciente e pro médico. Então eu penso, você consegue ter dentro dessa documen-tação a tecnologia, sair – de fato – do papel para o eletrônico e com todas essas propriedades.

Inter IT: Como funciona essa questão da integridade do documento ele-trônico?Quando a gente fala da integridade do documento eletrônico, isso sig-nifica que em um documento as-sinado digitalmente se estabelece uma propriedade que chamamos de integridade, pois, geralmente, a integ-ridade de uma informação está muito baseada no tipo de sistema que você tem, ou é banco de dados, ou aqueles

Entendendo a certificação digital

Por Danilo Pádua

“Mais de 1 bilhão de documentos que deixaram de ser feitos no papel para serem realizados digitalmente. É uma mudança de cultura, uma grande transformação”

Revista Inter IT conversou com Márcio Nunes, Diretor de Novos Produtos da Certisign, que nos deu um melhor panorama sobre a certificação digital e a confusão que muitas pessoas fazem quanto a obrigatoriedade, ou não, de usar a tecnologia nos documentos enviados eletronicamente.

Tecnologia Certificação Digital

Page 15: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

14 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 15 | www.corpbusiness.com.br

sistemas que fazem checagens in-trínsecas para garantir que aquela informação está íntegra. A gente está falando que o certificado digi-tal pode ser utilizado para você criar um atributo de integridade em um documento independentemente do sistema, já que você passa a falar de gerenciamento de informação não estruturada, não só como in-formação, mas como documento; e um documento com validade ju-rídica. Esse aspecto é bastante importante, eu consigo – ao assinar digital-mente um documento eletrônico – além de criar essa validade jurídica neste documento, colocar nele essa propriedade de integridade, fazen-do com que – independentemente do sistema – ele possa ter a integri-dade das informações nele contidas estejam asseguradas durante a sua vida útil.

Inter IT: Exemplifique, por favorMárcio Nunes: Um exemplo: assinei um documento – hipotético – de que eu li uma determinada infor-mação e tomei uma decisão con-cordando com aquilo que li, pode ser um contrato, procuração ou qualquer outro tipo de documento em versão eletrônica. Se durante o período de sua vida útil, ele sofrer alguma manipulação indevida, por má fé, erro etc.; ele vai invalidar a sua assinatura e eu consigo – siste-maticamente, de forma automática – verificar que houve alguma ma-nipulação naquele documento.Um exemplo mais simples: uma foto, hoje tem se discutido muito a questão da manipulação de ima-gens através do uso do Photoshop, como diferenciar uma imagem original de uma imagem tratada? Se eu aplico uma assinatura digital em uma foto, e depois vejo uma re-produção manipulada dela, eu vou conseguir provar que houve uma alteração daquela imagem.

Inter IT: Isso pode envolver até mes-mo as questões de direitos autorais não!?Márcio Nunes: Exatamente, aí você entra na proteção de direitos, pro-priedade intelectual digital. A assi-natura digital pode trazer suporte para desmaterialização de proces-sos ao conseguir colocar – no não

Certificação Digital Tecnologia

“A assinatura digital pode trazer suporte para desmaterialização de processos ao conseguir colocar – no não papel, ou paperless – o valor intrínseco nesse documento eletrônico”

papel, ou paperless – o valor intrínse-co nesse documento eletrônico.

Inter IT: Simplificando, como funciona – tecnicamente falando – a aplicação de uma assinatura digital em um doc-umento eletrônico?Márcio Nunes: O processo de certi-ficação digital funciona da seguinte forma, é como se eu tivesse uma fotografia matemática de qualquer informação binária; e aí pode ser um documento, uma imagem, um som ou qualquer outro tipo de arquivo digital. Eu consigo ter uma fotografia binária que, na verdade, é um registro de um resumo matemático daquela

informação, o que nós chamamos de uma fotografia matemática ou foto-grafia binária dela (dessa informação).Ou seja, qualquer informação, se for modificada, um pixel, a modulação de voz ou uma alteração de vírgula, cria uma “fotografia” diferente, que não bate com a original que foi cer-tificada.A assinatura, na verdade, é uma composição; é criado um cálculo matemático base nesse certificado digital, e mais a inserção de cálculos matemáticos em cima da informação do documento, e aí é que se cria o documento assinado digitalmente.

Page 16: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

16 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 17 | www.corpbusiness.com.br

Tecnologia Certificação Digital

Um detalhe, é que cada assinatura digital é diferente uma da outra, é diferente do nosso ‘mundo real’, onde comprovamos a validade de uma assi-natura como? Por semelhança. Quan-do você reconhece firma no cartório, ele reconhece por semelhança a sua assinatura. Ele pega a sua assinatura e compara com uma imagem dela que ele tenha arquivada lá. Quando você usa a assinatura digital, você dispensa o reconhecimento de firma, ela é como uma caneta digital com o autorreconhecimento da sua firma. O cálculo matemático da informação contida no documento, somado a sua certificação digital, gera uma assina-tura eletrônica única para aquele doc-umento. O certificado digital que assi-nou aquele documento é o mesmo, mas cada assinatura de documento eletrônico gerada será diferente, mas a combinação da verificação de vali-dade do documento, sempre terá que remeter ao meu certificado digital. Se chegar ao meu certificado digital, vai validar como um documento assina-do por mim e que não foi modificado durante a sua vida útil pós-assinatura.

Inter IT: Entramos em um período da obrigatoriedade de implantação da certificação digital nas empresas. Como a Certisign avalia a adesão das empresas brasileiras a essa obrigação?Márcio Nunes: Na verdade, as em-presas não estão sendo obrigadas a utilizar a certificação digital, a real ex-igência do governo é que as empre-sas passem a enviar os documentos em formato eletrônico, isso sim é uma exigência da Receita Federal. Porém,

quando saímos do mundo físico para o digital, a gente precisa criar tecno-logia para apoiar isso, e é lógico que a Receita, o Governo e demais órgãos envolvidos nesse processo enxergam a importância e os benefícios da cer-tificação digital. Então, indiretamente, fica uma obrigação do uso do certi-ficado digital, mas pela necessidade de garantir a segurança e a integridade das informações desse documento ele-trônico que está sendo enviado, pois – na verdade – a obrigatoriedade é para que os documentos passem a ser enviados eletronicamente pelas em-presas. É preciso tomar cuidado para explicar bem esse tema, pois – senão – fica aquela imagem de que está sendo criada uma obrigatoriedade em favor de um determinado segmento, o que não é verdade, já que a tecnologia de certificação digital existe há quase 40 anos.

Inter IT: Ainda assim, essa determinação do Governo não deixa de ser uma boa oportunidade de mercado para a Certi-sign, qual a expectativa da empresa em termos de crescimento de negócio com essa nova realidade?Márcio Nunes: Esse ano, por conta des-sas demandas, pra envio de DACON, DPJ, DCPF, todas as siglas e obrigações compulsórias da receita; a própria nota fiscal eletrônica – que, desde 2007, já foram emitidas mais de 1,1 bilhão de no-tas fiscais eletrônicas somente de mer-cadorias, ou seja, mais de 1 bilhão de documentos que deixaram de ser feitos no papel para serem realizados digital-mente. É uma mudança de cultura, uma grande transformação.

Inter IT: E para os resultados específicos da empresa, já há uma expectativa de crescimento?Márcio Nunes: Se formos levar em conta o histórico de crescimento da empresa, sim, existe a expectativa de manter o ritmo de crescimento. Se pegarmos o faturamento da empresa, em 2008, ficou na ordem de R$ 34 milhões; em 2009, foi de R$ 57 milhões e, esse ano (2010), a expectativa é de R$ 100 milhões.

Inter IT: Fora essa atual determinação governamental da tranferência ele-trônica de documentos, que acaba por incentivar o uso da certificação digital, a tecnologia traz outros “apelos”, como a economia de espaço físico e dinheiro ao eliminar o uso do papel e os benefícios ligados a questões ambientais, sustent-abilidade etc. Esses são temas que tam-bém ajudam na conquista de clientes e projetos?Márcio Nunes: São importantes sim, costumamos dizer que nossa tecnolo-gia já nasceu ‘Green IT’ e que é paper-less por natureza, já que ela foi criada justamente para reduzir e até eliminar o uso do papel dentro das empresas; não só eliminando o seu uso futuramente como, aos poucos, substituindo o lega-do já existente.Fazendo uma analogia, 30 anos atrás – na mesa de um executivo – você teria uma máquina de escrever, uma calcula-dora, caneta, papel e borracha; e esses recursos eram totalmente utilizados por essa pessoa. Hoje, temos computado-res ultra modernos e não aproveitamos seus recursos, acabamos utilizando-os somente para, no final do processo, im-primir papel. Dizemos que nossa tecno-logia elimina essa necessidade de im-primir papel para que a empresa valide uma decisão, informação etc.

“Desde 2007, já foram emitidas mais de 1,1 bilhão de notas fiscais eletrônicas somente de mercadorias”

Page 17: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

16 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 17 | www.corpbusiness.com.br

Page 18: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

18 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 19 | www.corpbusiness.com.br

Colunistas Polêmica dos Resíduos de Eletroeletrônicos

A polêmica dos resíduos de equipamentos eletroeletrônicos e a Política Nacional de Resíduos

Por Érico Tooru Tanji

Vivemos no século XXI, a era da infor-matização, que propiciou o surgimento de inúmeras necessidades de consu-mo, entre elas, diversos aparatos tec-nológicos, como aparelhos celulares, microcomputadores e outros periféri-cos. Eles se tornaram commodities in-dispensáveis, vinculados às rotinas de trabalho e à vida pessoal de cada um. Por outro lado, ainda existem vários equipamentos usados e considerados obsoletos, cujo destino após o final do uso não é bem definido.O consumo elevado e o ritmo rápido da inovação fazem com que esses produ-tos se transformem em resíduos de eq-uipamentos eletroeletrônicos (REEE). Estas sucatas aumentam de volume ex-ponencialmente e preocupam a socie-dade. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), a taxa de crescimento de resíduos ele-troeletrônicos está na ordem de 40 mil-hões de toneladas ao ano.A exportação dos REEE é uma solução encontrada pelos países desenvolvidos para lidar com o excesso desse pas-sivo ambiental. Isso é possível a partir da emenda da Convenção de Basiléia, que permite a exportação desses equi-pamentos, ainda em funcionamento, a países não membros da OECD (Or-ganização para a Cooperação do De-senvolvimento Econômico), para que sejam reutilizados. Porém, isso ocorre, em sua maior parte, de forma ilegal, devido ao abuso por parte dos exporta-dores, que misturam os equipamentos em funcionamento com outros sem a menor condição de uso. Algumas organizações ambientais in-ternacionais, como o Greenpeace e a Rede de Ação da Basiléia, estão fazen-do campanha contra as quantidades enormes de resíduos tecnológicos geradas por países subdesenvolvi-dos. Embora a maioria das práticas de reciclagem ofereça ameaças à saúde humana e ao meio ambiente, ainda

é trabalho diário e fonte de renda para milhares de pessoas no mundo todo. A situação desses países exige uma ini-ciativa do Poder Público, com a adoção de Leis e Normas restritivas que carac-terizem e compreendam os impactos causados pelo descarte inadequado dos REEE, especialmente restringindo a importação. Também é preciso que se-jam sugeridas e subsidiadas alternativas para a destinação ambientalmente cor-reta para esse tipo de resíduo.Os REEE, em geral, possuem vários módulos básicos, como conjuntos de placas de circuitos impressos, cabos, plásticos anti chama, disjuntores de mercúrio, telas de tubos catódicos e de cristal líquido, pilhas e acumuladores, sensores e conectores, entre outros. As substâncias mais problemáticas presen-tes nestes componentes são os metais pesados, como mercúrio, chumbo, cád-mio e cromo; gases, que contribuem para o aumento do efeito estufa; além de amianto e arsênio 8, substâncias que, descartadas no meio ambiente, po-dem contaminar o solo e reservatórios

de água potável, inclusive os lençóis freáticos.Segundo relatório do UNEP, apresen-tado em fevereiro de 2010, existe uma estimativa de que, até 2020, o volume dos REEE originários de computado-res obsoletos poderá crescer 500% na Índia e 400% na China e África do Sul, em relação a 2007. O mesmo relatório aponta que, entre os países considera-dos emergentes, o Brasil tem o maior índice de REEE per capita (0,5 kg/cap.ano), seguido de México e China. Por outro lado, o País tem um bom potencial para se adaptar a modelos mais sustentáveis no ciclo produtivo e pós-consumo, desde que ocorram investimentos em novas tecnologias e trocas de expertise. Diante disso, mes-mo com seus desvios de análise, pois não considera o mercado informal especificamente da área de Tecnolo-gia da Informação, o estudo evidencia que são necessárias ações preventivas por parte das diversas frentes envolvi-das no ciclo de vida do produto, no in-tuito de evitar um problema futuro de maiores proporções. Em agosto deste ano, o Presidente Lula sancionou a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que tramita há mais de 20 anos na Câmara. A regulamen-tação criará diretrizes para a coleta e tratamento de diversos resíduos sóli-dos, como pilhas, baterias, agrotóxi-cos, pneus, lubrificantes, pilhas e bat-erias, além dos REEE e as embalagens.O que mais preocupa as empresas, especificamente as do setor de eletro-eletrônicos, é a estruturação da logísti-ca reversa, pois acarreta em custos adicionais e compromete a competi-tividade dos produtos de indústria “le-gal” com o mercado paralelo, ou seja, a concorrência desleal de produtos “ór-fãos” do representante legal, detento-ra da marca no país, em grande prove-niente de importadores irregulares ou mesmo de produtos falsificados. As-sim, resta às empresas desenvolverem

Page 19: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

18 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 19 | www.corpbusiness.com.br

Polêmica dos Resíduos de Eletroeletrônicos Colunistas

estratégias para conscientizar os seus principais usuários sobre a importân-cia da preservação ambiental e, da mesma forma, integrar o material coletado como resíduo dentro de sua própria cadeia produtiva como forma de amortizar os custos operacionais. Apesar de tudo, é notório que cada vez mais empresas e instituições públicas valorizam cada vez mais questões de responsabilidades sócio-ambientais e éticas, nas decisões de compra e em licitações públicas (De-creto nº 7.174, de 12 de maio de 2010 sobre compras sustentáveis). O texto da Política Nacional de Resíduos Sóli-dos coloca em pauta a responsabili-dade compartilhada sobre os resídu-os entre Governo, indústria, comércio e consumidor. Este último terá que encaminhar os produtos pós-consu-mo para pontos de coleta.A nova Lei prevê uma regulamen-tação e adaptação de 90 dias para as Secretarias de Meio Ambiente de cada Estado iniciar o estabelecimen-to efetivo da responsabilidade pós-consumo de cada parte envolvida, seguindo com a apresentação de

Acordos Setoriais ou mesmo com um Decreto que regulamentará e definirá as premissas para a apresentação e pro-tocolação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da indústria e das empresas da cadeia varejista. O Poder Público, por sua vez, incentivará movi-mentos de boas práticas, prevendo que a União dispenda R$ 1 bilhão em 2011 para financiamento de ações de reciclagem. A Caixa Econômica Federal oferecerá R$ 500 milhões em crédito para cooperativas de catadores e pro-jetos que visam ao tratamento de re-síduos sólidos. Esperamos que este importante movi-mento não seja uma ação que objetiva a arrecadação de votos, mas, sim, um primeiro passo para encontrarmos soluções para a regularização dos diversos lixões, que não têm o ater-ramento adequado para os resíduos recebidos. E que, também, mobilize toda sociedade e Poder Público para a preservação e convivência sustentável do homem com o ambiente em que está inserido.

“Mais empresas e instituições públicas valorizam cada vez mais questões de responsabilidades sócio-ambientais e éticas, nas decisões de compra e em licitações públicas”

Page 20: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

20 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 21 | www.corpbusiness.com.br

O número de empresas que já sofreram algum tipo de fraude interna vem crescendo nos últimos anos. Estima-se que de 2008 para cá, a cada dez empresas, ao menos sete já passaram por este tipo de problema. Falsificações de documentos ou notas fiscais, adulteração de cheques e des-vios de ativos são alguns dos principais crimes praticados por colaboradores ou presta-dores de serviços. Segundo uma pesquisa da KPMG, metade dos executivos ent-revistados acredita que esse tipo de crime tende a crescer, ao mesmo tempo que 64% reconhece a insuficiência de controles internos, como uma circunstância facilitadora. Outro estudo, feito pela Price-waterhouseCoopers, destaca que as empresas, em decor-rência das fraudes corporati-vas, perdem por ano, em mé-dia, o equivalente a 7% da sua receita.

Por Danilo Pádua / Fotos Andrea Naomi

- Divulgação

Outro aspecto que também pre-cisa de atenção é relacionado a fraudes eletrônicas. Os crimes

virtuais estão cada vez mais sofistica-dos e causam inúmeros danos, prin-cipalmente no setor financeiro e con-tábil.No final de 2010, a CorpBus!ness e a

Revista Inter IT realizaram a primeira edição do congresso Riscos e Fraudes Corporativos, na cidade de São Paulo, que contou com a presença de mais de 100 executivos de diversas empresas do País, que se reuniram durante o evento para discutir as melhores práticas para a prevenção, o controle e o combate à fraudes no ambiente corporativo.A primeira apresentação do dia foi co-mandada por Glauber Juvenal, Senior Advisory Manager da KPMG, que apre-sentou uma versão resumida do estudo “Fraudes no Brasil 2009”, que reuniu uma das mais completas bases de in-formação sobre as fraudes ocorridas no País. O estudo, por sinal, serviu de base para o desenvolvimento do congresso. Glauber iniciou sua apresentação afir-mando que as fraudes podem ocorrer em qualquer empresa, sendo perpetra-das por funcionários, fornecedores ou qualquer outro membro integrante da cadeia de negócios da companhia. De acordo com o executivo, de 2004 a 2010, a participação dos funcionári-os nas fraudes dentro das empresas cresceu, e – hoje – 53% das fraudes acontece em níveis de staff, abaixo da gestão. Glauber seguiu descrevendo o perfil atual dos fraudadores, que são em sua maioria homens (78%), e funcionári-os com 2 a 5 anos de empresa, “que já conhecem melhor a forma de trabalhar e as possíveis falhas de controle”, com-pletou. Para finalizar sua apresentação, Glauber enumerou algumas das razões principais para a incidência de fraudes no ambiente corporativo, segundo ele, a ineficiência dos controles internos é a maior razão para a ocorrência de fraudes, e mostrou aos presentes como a melhoria dos controles internos pode-ria influenciar na prevenção das fraudes.A segunda apresentação do dia foi co-mandada por pelo advogado José An-tonio Milagre, perito em informática e telemática da LegalTech, que comandou o painel “HackEconomia e Law Enforce-ment: O Crime Eletrônico Organizado e o Papel da Perícia Forense Digital”, no qual apresentou um panorama sobre os crimes eletrônicos no Brasil, onde ex-istem hoje mais de 20 mil processos em andamento, fazendo do País o segundo do mundo em número de processo ati-vos, atrás somente dos Estados Unidos.Na sequência, Milagre falou que o Su-

premo Tribunal Federal já reconhece o crime organizado eletrônico no Brasil, apresentou os tipos de crimes eletrônicos existentes no País e finalizou sua palestra mostrando di-versos casos de crimes eletrônicos e as téc-nicas de perícia digital que foram utilizadas na solução deles.O painel seguinte, “O Impacto Econômico das Fraudes e as Estratégias de Ação que as Organizações Públicas e Privadas Pre-cisarão Adotar para a Prevenção e Combate: Benchmarking das Melhores Práticas Inter-nacionais”, contou com dois palestrantes. O primeiro foi o Forensic Senior Manager da PwC, Claudio Peixoto, que apresentou o processo de auditoria forense, usado na investigação de possíveis fraudes corporati-vas, e suas diferenças para um processo de auditoria normal. Peixoto falou sobre o im-pacto econômico e na imagem das empre-sas que as fraudes ocasionam. O executivo finalizou sua apresentação falando sobre o “Triângulo das Fraudes” – Racionalização, Oportunidade e Motivação – e mostrou al-gumas as estratégias para prevenção e com-bate à fraudes, apresentando um case com técnicas de investigação.Em seguida o advogado Raphael Loschiavo Cerdeira, especialista em direito digital do escritório Patrícia Peck Pinheiro Advogados, um dos mais conceituados do País para o segmento de crimes digitais. Raphael co-mentou sobre alguns importantes temas de governança corporativa, usando como exemplo os problemas enfrentados pelo banco Panamericano à época, explicou al-guns normativos do Brasil e dos EUA que já tratam de aspectos da proteção das in-formações. De acordo com o advogado, as ameaças internas ganharam relevância com a conectividade total (redes sociais x vaza-mento de informações) e a importância de se ter alguns controles e práticas para evi-tar problemas nas organizações, citou que 6 em cada 10 organizações, mundialmente, teriam sofrido algum ataque via web 2.0 e finalizou sua apresentação falando que o Brasil é um dos países em que se é mais caro para a resolução de problemas com segu-rança da informação.A apresentação seguinte foi comandada por William Alevate, Gerente de Negócios da Modulo, empresa especializada em soluções de gestão de risco. O executivo fa-lou sobre o roubo de identidade e vazamen-to de informações como as maiores “dores de cabeça” das organizações e mostrou que o crime digital organizado está dividido em

Eventos

Como prevenir e combater fraudes na empresa

Page 21: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

20 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 21 | www.corpbusiness.com.br

três grupos, o primeiro é o do roubo de informações, o segundo o de Phishing (roubo de identidade), e o terceiro, das fraudes. Alevate finalizou sua palestra mostrando o PCI como uma ferramenta essencial para a proteção às fraudes digi-tais.O próximo painel, “Gestão De Risco Op-eracional Em Instituições Financeiras”, foi comandado por Alexei Protocevich Koslovsky, Head of Risk and Compliance do Banif, que falou sobre os mecanismos atualmente conhecidos de lavagem de dinheiro, as ferramentas utilizadas na identificação dessas fraudes e as princi-pais ações e táticas adotadas no combate e prevenção dessas fraudes.A última apresentação antes da pausa para o almoço foi comandada por Vander Giordano, Diretor da Kroll, empresa espe-cializada em consultoria e gerenciamento de risco, que apresentou uma nova pes-quisa, realizada com o jornal The Econo-mist, em que apresentou um breve pan-orama das fraudes em todo o mundo. De acordo com Giordano, os golpes eletrôni-cos superaram a quantidade dos demais tipos de fraudes, e citou o case do Carre-four que recentemente teve uma fraude de 1,2 bilhão de dólares descoberta.Após a volta do almoço, o painel “Crimes Digitais: A Tecnologia a Serviço dos Frau-dadores Digitais e as Estratégias e Ferra-

mentas de Segurança que as Empresas Dispõem para a Prevenção e Detecção de Fraudes” contou com duas apresen-tações. A primeira foi conduzida pelo ad-vogado Rony Vainzof, sócio do escritório OpiceBlum Advogados Associados, espe-cializado em direito digital, que mostrou os avanços do direito na área de crimes digitais no Brasil, onde 95% desses crimes (incluídas aí as fraudes) já podem ser en-quadrados no código penal brasileiro. Rony seguiu sua apresentação falando da importância dos cuidados com a iden-tidade, senhas pessoais e intransferíveis, comentou sobre o caso do WikiLeaks e fi-nalizou comentando sobre a importância da conscientização nas empresas quanto à prevenção das fraudes, da necessidade de se estabelecer um regulamento inter-no claro para evitar problemas legais ao monitorar as práticas eletrônicas internas.A segunda apresentação do painel foi co-mandada por Moisés dos Santos, execu-tivo da área de Prevenção e Controle de Fraudes da Redecard, que iniciou most-rando o processo de execução de uma fraude, falou sobre técnicas de combate às fraudes, como a prevenção, identifi-cação/detecção e os investimentos ne-cessários para aumentar a sua eficiência. Moisés finalizou comentando sobre a educação como ferramenta de prevenção à fraudes ao se estabelecer um código in-

Riscos e Fraudes Eventos

terno de ética e também o uso de uma central de denúncias como ferramenta de detecção, uma vez que, nas palavras dele, “a maior parte das fraudes detectadas são via denúncia anônima”.A apresentação seguinte foi co-mandada por Marcus Vinicius Teixeira, Diretor de GRC da Xtet, empresa de soluções de gestão de risco e segurança de aplicativos para negócios. No painel “Seu SAP funciona, mas está seguro?”, o ex-ecutivo apresentou um vídeo em que mostrava a forma como um hacker conseguiu invadir e tomar controle da plataforma SAP usada em uma empresa.Na sequência foi a vez de Alberto Evandro Faveiro, IT Risk and As-surance da Ernst & Young, que trouxe o painel “Gestão de Risco e Compliance: As Melhores práti-cas na prevenção de fraudes”, no qual apresentou alguns estudos da empresa de auditoria, realizada em 2005, que mostrou o peso das fraudes dentro do faturamento de uma organização, de acordo com o estudo, as fraudes que foram identificadas representaram ape-nas 1% do faturamento das orga-nizações observadas, valor que pode representar uma parcela im-portante dos lucros da empresa. Faveiro finalizou sua apresenta-ção indicando que os dados são a maior preocupação dos execu-tivos das organizações com rela-ção às fraudes, enquanto a ética dos profissionais nessa questão foi a segunda maior preocupação identificada no estudo.A última apresentação do dia foi comandada por Giuliano Giova, Diretor do Instituto Brasileiro de Peritos, que trouxe o painel “Pre-venção e investigação dos crimes de alta tecnologia: tendências, estratégias e recomendações para organizações públicas e privadas frente às fraudes na sociedade digital”, no qual o especialista falou sobre a prevenção e inves-tigação dos crimes digitais, co-mentou sobre o poder das infor-mações nas organizações de hoje e finalizou citando a frase de Peter Drucker, filósofo e economista, dita em 1963 que ilustra bem o poder da informação no mundo corporativo. “A informação está substituindo a autoridade”, citou para finalizar.

Page 22: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

22 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 23 | www.corpbusiness.com.br

Dentro das dificuldades passadas pela maioria dos setores da economia mundial no ano de 2009, período de

grande reflexo da crise econômica global que teve seu auge no último trimestre do ano anterior, o setor de varejo eletrônico foi um dos poucos a, praticamente, manter o mesmo ritmo, tendo sofrido poucos – ou quase nenhum – impacto negativo.No Brasil, o comércio eletrônico já um negócio que movimenta mais de R$ 10 bilhões, e ainda está distante do seu po-tencial máximo. Uma pesquisa realizada pela e-Bit mostrou que – em 2009, período de crise econômica, como já citado – o e-commerce brasileiro movimentou R$ 10,6 bilhões, num crescimento de mais de 30% em relação a 2008 e tendência que deve se confirmar ao final desse ano, na compara-ção com 2009.No último mês de agosto, a CorpBus!ness reuniu especialistas e grandes players do mercado de comércio eletrônico para dis-cutir os aspectos mais relevantes do setor e apresentar cases de sucesso acontecidos no Brasil. Entre os temas abordados duran-te o terceiro congresso E-Commerce Expo Brasil, alguns aspectos – geralmente – pouco discutidos, mas de suma importân-cia, entraram na pauta, como a qualidade da logística e rapidez de entrega servindo como diferenciais entre varejistas de um mesmo segmento. Outro aspecto que ganha força, ano a ano, dentro do setor, é o impacto das mídias sociais – positiva ou negativamente – sobre marcas, lojas e produtos.O primeiro painel do dia “Inteligência Analítica – Como transformar métricas em melhores práticas no e-commerce”, comandado por Alexandre Sanches Mag-alhães, diretor da Questus – consultoria de planejamento e gestão de comércio eletrônico – apontou alguns dos principais

problemas existentes com a falta de mé-tricas para análise da performance do varejo eletrônico de uma companhia, e enumerou alguns pontos da estratégia – bem agressiva – da Questus para con-quistar seus clientes, mostrando a eles o tamanho dos ganhos ao seu negócio, quando fazem uso de métricas eficien-tes. Alexandre também apontou que, não somente as métricas, mas outros pontos básicos do comércio eletrônico – como controle de estoque, ERP, modern-ização tecnológica do site e ferramentas para aumentar o retorno nos buscado-res – têm grande importância, mas nem sempre são bem observados pelos vare-jistas.A segunda apresentação do dia foi de Maurício Grandeza, gerente de e-com-merce e televendas da C&C – Casa & Con-trução, que apresentou o case da com-panhia, chamado “Construção Virtual”. O executivo falou que a empresa já está há 10 anos atuando com e-commerce, en-quanto seus principais concorrentes no País ainda não estão na web. Grandeza comentou também sobre questões de marca, citando que a C&C não tinha con-trole sobre a url “www.cec.com.br”, coisa que foi conseguir em 2004. De acordo com ele, 38% dos acessos ao site são feitos através do nome/marca da em-presa atualmente. Grandeza finalizou a apresentação falando da importância de uma boa base de contatos para e-mail marketing e da segmentação de ofertas, focando a propaganda de ofertas para o cliente de acordo com a fase da obra em que ele estiver.Em seguida foi a vez de Gustavo Pereira, da consultoria Bites, apresentar o pai-nel “E-Commerce e as Redes Sociais - O impacto das redes sociais sobre os con-sumidores”, que falou sobre os aspectos da presença das empresas nas mídias so-ciais, e como isso pode influenciar posi-tivamente, ou negativamente, a marca delas conforme o que for feito, e como for feito. A influência que uma onda de

comentários negativos de usuários comuns do Twitter ou Facebook, por exemplo, pode derrubar a credibili-dade de uma marca a níveis preocu-pantes, segundo o executivo.Depois da pausa para o café, Felippi Perez, da Keepers Logística, falou so-bre como a logística na entrega de produtos, principalmente as falhas e problemas, podem afetar a relação entre a empresa e seu cliente. Segun-do o executivo, há uma estimativa de que 90% das reclamações relaciona-das ao e-commerce são a respeito de problemas/atraso na entrega dos produtos. (usar alguma frase do Fe-lippi)Seguindo na mesma toada, falando ainda da importância/influência do consumidor no negócio, Alessandro Lima, CEO da e.Life, apresentou o pai-nel “S-Commerce: estamos prepara-dos? SEO e o impacto das mídias so-ciais”, onde falou de alguns aspectos relacionados à nova tendência que surge no Brasil: o Social Commerce, termo nascido no Yahoo!. Alessan-dro falou, entre outras coisas, da influência do buzz (série de comen-tários a respeito de um determinado assunto) na decisão de compra dos consumidores, a atenção que se deve ter sobre sua marca, inclusive em co-munidades e fóruns na rede, e citou o Amazon.com como referência de sucesso no social commerce e buzz positivo. (declaração do Alessandro)Depois da parada para o almoço, foi a vez da advogada Patrícia Peck, espe-cializada em direito digital, comentar a importância dos aspectos legais que envolvem a legislação brasileira e o comércio eletrônico.Patrícia falou sobre diversas novas modalidades de comércio realizados através de meios digitais que estão chegando ao País, em função dos avanços tecnológicos, e os marcos regulatórios que envolvem a chega-

O E-commerce que dá certo

3ª edição do congresso E-Commerce Expo Brasil discute o crescimento do comércio eletrônico no Brasil, o aumento da confiança dos consumidores, o impacto das mídias sociais sobre lojas e marcas e os muitos pontos a serem melhorados.

Por Danilo Pádua / Fotos: André Pera

Eventos

Page 23: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

22 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 23 | www.corpbusiness.com.br

da dessas novas vertentes do e-com-merce. Mobile Commerce e TV Interativa estiveram entre os temas abordados pela advogada. Patrícia também abordou a evolução da interação entre os varejistas e a nova geração de clientes, uma vez que, nas palavras dela, “estamos che-gando na primeira geração (de consumi-dores) completamente nascida e vivida dentro do mundo digital”. Na sequência apresentou as diferenças entre as gera-ções X, Y e Z e como a legislação busca organizar as relações desses diferentes públicos com os diversos meios de co-mércio existentes.Patrícia finalizou sua apresentação falan-do sobre gestão de tecnologia de segu-rança e prevenção contra fraudes, outro importante ponto em que a legislação busca equilíbrio para não desamparar nem clientes nem varejistas, principal-mente em um ecossistema tão complexo e “livre” como a internet.A seguir, quem falou foi o executivo Pe-dro Chiamulera, CEO da ClearSale, em-presa especializada em gestão de risco no comércio eletrônico, que comandou o painel “Genis: Gestão em Nível de Ser-viço na venda não presencial com cartão de crédito”. Pedro começou explicando o que é o chargeback, o cancelamento de uma transação/compra realizada através de cartão de crédito ou débito. Citou os principais motivos para a realização de estorno nas compras eletrônicas, co-mentou sobre os aspectos de fraude que envolvem determinadas situações de chargeback e citou que a grande maioria dos clientes de comércio eletrônico no Brasil é boa, afirmando que a exposição dos varejistas a fraudes é de apenas 3% das transações.A penúltima apresentação do dia foi co-mandada por Douglas Ribas, executivo de negócios do PagSeguro, empresa de pagamentos digitais do UOL. Douglas fa-lou sobre a segurança nas transações de pagamento online e comentou alguns números do mercado de e-commerce

para contextualizar a importância da gestão e segurança nas transa-ções financeiras digitais. De acordo com Douglas, o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 10 bilhões em 2009, e possui grande espaço para crescer, uma vez que somente 26% dos usuários da internet no País re-alizam compras online. Aos congres-sistas presentes, em grande parte vindos de pequenas e médias empre-sas interessadas em entrar no varejo online, Douglas mostrou as vanta-gens da adoção de um integrador de pagamentos digitais, como o PagSe-guro, em comparação a manutenção de contratos com diversas empresas e meios de pagamentos diferentes.O último painel do congresso trouxe uma discussão polêmica e bastante comum no mercado de e-commerce brasileiro: os problemas na relação entre consumidores e varejistas. Maurício Vargas, Diretor Executivo do portal Reclame AQUI, apresentou o painel “Como preservar a reputação da empresa e atender o consumidor ao mesmo tempo”. Nele, Maurício falou sobre a maneira que redes so-ciais, blogs e sites como o Reclame AQUI, que ele classifica como uma rede social de clientes, têm mudado a forma como as empresas lidam com os clientes, pressionadas que são pelo maior acesso a informação que esses consumidores possuem, além da troca de ideias e experiências que esses meios proporcionam entre os consumidores. Segundo Maurício, 86% dos prob-lemas registrados pelos consumi-dores no Reclame AQUI se dão em função de falhas na qualidade do atendimento. Muitas vezes, uma dúvida, reclamação ou solicitação de suporte dos clientes não é atendida a contento pelas empresas, o que gera uma situação de atrito e posterior descontentamento do consumidor,

que acaba usando essa “exposição pública negativa” do lojista ou presta-dor de serviço como uma maneira de pressioná-lo a resolver seu problema.Para Maurício, a influência das críticas dos consumidores nas redes sociais e no Reclame AQUI tem feito com que as empresas mudem a abordagem na solução dos problemas, passando a encarar esse tipo de reclamação “de frente”, quando antigamente “jogavam pra debaixo do tapete”. Vargas termi-nou sua apresentação falando como essa cultura aos poucos vem mudan-do, e como as empresas estão passan-do a ver oportunidades de negócio, e não apenas gastos, na melhora da re-lação com seus clientes, valorizando suas marcas e serviços.Após um longo debate entre Vargas e os congressistas, o congresso foi final-izado sob uma grande salva de palmas, mostrando a satisfação dos presentes com o conteúdo relevante acompan-hado durante todo o dia de apresen-tações. O congresso foi finalizado com as tradicionais conversas e troca de cartões, além de muito network entre os profissionais presentes.

Eventos

Page 24: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

24 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 25 | www.corpbusiness.com.br

Inúmeras matérias, artigos e da-dos sobre o mercado, as opor-tunidades geradas e benefícios dos conceitos Cloud Comput-

ing e SaaS (Software como Serviço) estão sendo divulgadas há algum tempo nos principais veículos de co-municação de tecnologia. Vantagens e desvantagens,como utilizar, segu-rança, porque aderir a estes mod-elos, e tantos outros tópicos.O que se deve analisar é que nen-huma tecnologia é criada e desen-volvida se não há demanda. E nestes últimos anos ficou muito claro que Cloud e SaaS atendem muito a ne-cessidade dos mercados SOHO e SMB. Vide o inúmero crescimento de matérias e cases apresentados.Segundo relatório divulgado pelo Gartner, durante o Symposium/ITxpo 2010, Computação em Nuvem está no ranking das10 tecnologias prediletas pelos CIOs brasileiros, o que comprova ainda mais o espaço e a oferta oferecidas por estas tecno-logias.Como toda “nova” tecnologia, mes-mo que sendo gerada pela latente demanda que o próprio mercado cria, tem um período de maturação e foi o que aconteceu nos 2 últimos anos. Entendimento do funciona-mento, da aplicabilidade, do mod-elo comercial e outros detalhes são sempre colocados em cheque nestes momentos.E 2011? Como será para estes con-ceitos que até então eram denomi-nados “modismo”?Ficou muito claro para as empre-sas visionárias (até ontem) e hoje usuárias de aplicações baseadas em Cloud e SaaS os bons resultados e os ganhos: redução de custos, alta disponibilidade das aplicações, de-senvolvimento contínuo pelos fab-ricantes, especialização do departa-

mento técnico de TI, que por sua vez pode ser reduzido ou utiliza-do para desenvolvimento de out-ras áreas dentro das companhias, pagamento simplificado –modali-dade da recorrência mensal, etc.Com isto, também ficou claro para estes mercados que a utilização de tais aplicações geram aumen-to da produtividade do seu busi-ness gerando competitividade.A cada dia novas ferramentas tecnológicas serão ditadas pelo mercado. Cabe às empresas en-tenderem o porque foram desen-volvidas e os ganhos que terão mediante a utilização. Empresas que querem sobreviver neste mercado cada vez mais concor-rido, precisam ficar atentas e ab-ertas às novas tecnologias.2011 o crescimento de soluções em Cloud e SaaS será enorme e o modelo comercial da recorrência mensal será o mais utilizado, já que possibilita competitividade, ajuste de orçamento, redução de custos e altíssima disponibilidade.Segundo pesquisa realizada pela International Data Corporation (IDC), os gastos de PMEs na Améri-ca Latina vai crescer mais de 7% até 2014. O destaque vai para regiões em desenvolvimento,como o Brasil, onde o investimento pode chegar a 4%.Será o ano onde as empresas usuárias destas soluções poderão ter um crescimento bastante significativo,assim como os prestadores de serviço que bus-cam e estão se especializando nestas aplicações .

Tatiana Carvalhinha é gerente de marketing e negócios da D-SaaS

Do modismo à competitividade aos mercados SOHO e SMB

A cada dia novas ferramentas tecnológicas serão ditadas pelo mercado. Cabe às empresas entenderem o porque foram desenvolvidas e os ganhos que terão mediante a utilização. Por Tatiana Carvalhinha

Colunistas Cloud Computing e SaaS

“Empresas que querem sobreviver neste mercado cada vez mais concorrido, precisam ficar atentas e abertas às novas tecnologias”

Page 25: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

24 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 25 | www.corpbusiness.com.br

Colunistas O perigo dos chefes egocêntricos

Chefes inseguros e egocêntricos podem prejudicar os subordinados, principalmente os melhores talentos, envenenar o clima organizacional e comprometer os resultados da empresa.

Executivos com esse perfil ofuscam o brilho dos pro-fissionais mais talentosos

porque, de forma maquiavélica ou mesmo inconsciente, enxer-gam neles uma grande ameaça a seu poder. Na vida real, as situ-ações em que o ego e a vaidade das chefias se sobrepõem ao brilho dos melhores profission-ais são muito comuns, mesmo na era em que a liderança, tra-balho em equipe e retenção de talentos são palavras de ordem numa organização.Maturidade emocional não é requisito para alguém se tornar chefe. Não é a regra, mas, mui-tas vezes, pessoas mais discipli-nadas, dedicadas e inteligentes, ou aquelas que souberam con-quistar posições graças à habi-lidade de lidar com a intrincada teia política da empresa, são exatamente aquelas que me-nos desenvolveram equilíbrio emocional ideal. Aliás, em algu-mas empresas, ser egocêntrico é quase um requisito para progre-dir na vida profissional.Mas o que fazer se você trabalha com um chefe egocêntrico, ar-rogante ou com vaidade exacer-bada? Como lidar com um chefe que rouba o crédito de sua ideia, reduz sua autoestima ou reprova seus projetos, negando a pro-moção para um novo cargo ou delegando para outros seu pro-jeto mais sonhado?Dou vários conselhos no meu livro “Erre Mais”. Primeiro, não confronte um chefe inseguro em público; isso pode ser extrema-mente perigoso, pois aguça ainda mais a sua insegurança. Fale sobre suas ideias reservada-

Marcelo Mariaca é presidente do conselho de sócios da Mariaca e professor da Brazilian Business School.

mente com ele antes de discuti-las em público. Também é inteligente compartilhar o mérito de suas mel-hores ideias com ele – aí, sim, em público –, solicitando sua opinião. Agindo assim, você estará tornan-do-o um aliado, e não um inimigo. Pessoas inseguras e egocêntricas costumam se sentir muito sozinhas e podem, portanto, valorizar uma ati-tude aliada.Um erro frequente é tentar conqui-star esse tipo de executivo com elo-gios exagerados. Ele não é bobo e pode se sentir manipulado. E, muito importante, respeite a própria dig-nidade e não permita que ninguém o maltrate, nem em público nem a portas fechadas. Quando um chefe egocêntrico torna-se inconveniente ou desrespeitoso, fale com ele pri-meiro, mas, se necessário, procure outros aliados dentro da organiza-ção, até falando com o chefe do próprio chefe nas situações limite. Um bom ambiente, liderado por um profissional que saiba conduzir com maestria sua equipe, é fator-chave para aumentar a coesão interna, garantir a retenção dos talentos e melhores índices de produtividade. De maneira geral, manter a linha de comunicação sem ruídos é um passo importante para o entendimento e a integração da equipe.Relacionamentos em geral são com-plicados e ninguém tem a garantia de que encontrará, no próximo em-prego, um chefe dos sonhos. Portan-to, antes de se demitir por causa de um chefe inseguro ou egocêntrico, aposte suas fichas na melhora da comunicação e do relacionamento. Afinal, muitas vezes o emprego atual é a melhor oportunidade de cresci-mento de uma carreira.

Como lidar com um chefe que rouba o crédito de sua ideia, reduz sua autoestima ou reprova seus projetos, negando a promoção para um novo cargo ou delegando para outros seu projeto mais sonhado? Por Marcelo Mariaca

“Na vida real, as situações em que o ego e a vaidade das chefias se sobrepõem ao brilho dos melhores profissionais são muito comuns”

Page 26: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

26 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 27 | www.corpbusiness.com.br

Digital Media Conference - 4ª Edição

Data: 25/08/2011

Descrição do evento: Serão abordados os novos conceitos de elaboração e veiculação de campanhas publicitárias, seus aspectos legais, vantagens e

desvantagens, métricas para calculo de ROI, planejamento de mídia, bem como outras questões relevantes ao cotidiano de profis-sionais de comunicação. Estratégias como Blogs Corporativos, Mobile Marketing, Marketing Viral, Campanhas de Links Patrocinados, Parcerias com Sites de Busca, Acompanhamentos de fóruns de discussão, Outdoor Eletrônicos, Painéis Interativos, Games, TV Digital, bem como outras formas de se atingir o consumidor final, com o mínimo possível de dispersão, começam a fazer parte do dia-a-dia dos profissionais de comunicação dos mais variados setores. Entender o potencial de todos estes canais é essencial para a melhor composição possível de um mix de comunicação.

Remuneração estratégica e benefícios

Data: 31/08/2011

Descrição do evento: Os profissionais de recursos humanos e gestores que lidam diretamente com as decisões sobre remuneração nas empresas,

precisam sempre ficar atentos ao mercado, cuidando para que a sua empresa ofereça sempre um plano de benefícios e salários de acordo com o seu ramo de atuação, pois essa também é uma forma de manter os seus profissionais motivados e atraídos pela oportunidade de carreira e crescimento na organização

Mobile Payment Summit - 4ª Edição

Data: 17 e 18/08/2011

Descrição do evento: O objetivo é discutir as novas tecnologias de mobile payment e mobile banking, suas aplicações, vantagens, desvantagens, e

como as instituições ligadas ao sistema financeiro podem transformar estas ferramentas em um canal de aproximação com seus clientes. Também serão discutidos aspectos relacionados à crise financeira, e de que maneira as ferramentas de acesso móvel ao sistema financeiro podem tornar a relação cliente-banco mais confiável.

Agenda de Eventos

Page 27: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

26 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 27 | www.corpbusiness.com.br

E-commerce Expo Brasil - 4ª Edição

Data: 21/09/2011

Descrição do evento: Este evento têm por objetivo, transmitir conteúdo relevante e trazer as principais tendências para as empresas de e-commerce

sobretudo, mostrar aos participantes que é preciso ter conhecimento do perfil do público e adequar à marca os produtos.

Universidades Corporativas 4ª Edição

Data: 23 e 24/11/2011

Descrição do evento: Este evento tem como objetivo debater os programas de educação corporativa como ferramenta de aperfeiçoamento profis-

sional, e como transformar tais ações em uma vantagem competitiva. Deveremos ter a presença de cerca de 150 participantes, interessados no tema. Os eventos que organizamos contam com a presença de profissionais com alto poder de decisão dentro de

suas respectivas empresas.

Riscos e Fraudes Corporativos - 4ª Edição

Data: 17/11/2011Descrição do evento:

Com o aumento das atividades de órgãos reguladores, visando a promoção do comportamento ético, as organizações ficaram sob a maior pressão para implementar melhores práticas de governanca corporativa, divulgação corporativa e gestão de risco. Neste

congresso, temos o objetivo de apresentar uma estratégia de gerenciamento em situações de fraudes corporativas, procuraremos debater a forma de identificação do problema, até o controle e a gestão de impactos e ainda a investigação dos culpados.

Agenda de Eventos

Page 28: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

28 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 29 | www.corpbusiness.com.br

Entrevista

Com menos de 10 anos de existência, a brasileira Navita se destaca na América La-tina e em diversos países do mundo com soluções inovadoras no gerenciamento de smartphones corporativos. A Inter IT conversou com Roberto Dariva, um dos fundadores e atual CEO da companhia que, somente em 2010, deve crescer algo em torno de 120%.

Page 29: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

28 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 29 | www.corpbusiness.com.br

A Navita é uma empresa brasileira fundada entre 2002 e 2003, por dois empreende-

dores que – já há alguns anos – “mili-tavam” na área de tecnologia. A com-panhia hoje conta com cerca de 200 clientes espalhados em todo o mun-do, e mais de 1 milhão de usuários de suas aplicações móveis. Inicialmente a Navita trabalhou com o desen-volvimento de portais corporativos e soluções de mobilidades, também voltadas para clientes empresariais. Nascida dentro do período de grande “boom” das empresas de tecnologia no País, em que uma quantidade infindável de companhias surgiu e desapareceu com igual velocidade, a Navita sobreviveu e se consolidou após esse período muito em função da experiência de seus fundadores – Roberto Dariva e Fabio Nunes – dentro do segmento tecnológico, e também pela adoção de uma es-tratégia, à época, considerada por muitos “uma loucura”, como explica Dariva, CEO da companhia, quando “jogaram fora algumas centenas de milhares de reais” investidos no de-senvolvimento de soluções de mo-bilidade multiplataforma e partiram para a especialização (e consequente domínio do segmento) em uma plat-aforma que ainda se popularizava no Brasil. “Aí conhecemos a BlackBerry e com a empresa vimos que ela seria mais ou menos a SAP da mobilidade. Investimos 100% do nosso esforço em BlackBerries e nosso objetivo era dominar o mercado desta marca para depois expandir para outras plataformas”, afirma o diretor execu-tivo da companhia que, somente em 2010, deve crescer algo em torno de 120% e anunciou o lançamento de um centro de MDM – Mobile De-vice Management – no qual investiu quase um milhão de reais.Durante o último mês de dezembro, a Inter IT, visitou o escritório da com-panhia, localizado na cidade de São Paulo, e conversou com o principal executivo da Navita, e um de seus fundadores, Roberto Dariva. Bas-tante falante e carismático, Dariva conversou conosco por quase duas horas e – entre uma história e outra – elucidou pontos importantes do sucesso da companhia que hoje é líder absoluta em soluções de mo-bilidade no Brasil. Os melhores mo-mentos dessa conversa você confere a seguir.

Inter IT: Fale um pouco sobre o seu histórico de carreira

RD: Eu já fundei três empresas. Uma empresa de web em Blumenau, em 1998, quando eu morava lá. Em 2000, eu vendi minha participação e vim pra São Paulo. Trabalhei durante dois anos numa das empresas líderes de internet na época, mas empreend-edor é ‘encucado’, aí saí, fui fazer meu networking e decidi montar uma em-presa de novo. Então montei a Navi-ta, no final de 2002 para 2003. Em paralelo a Navita, em 2005, a gente abriu uma empresa chamada Zarta-na, que a gente vendeu ano pas-sado pra focar justamente na Navita, devido ao seu crescimento. A Navita vai fazer 8 anos agora em janeiro e já temos um bom caminho de estrada em portais corporativos e - em 2005, 2006 - vimos uma possibilidade en-tre a web e o mobile convergindo. Abrimos uma unidade, começamos a investir em mobile. Olhamos para o mercado e vimos que todo mundo trabalha com todas as plataformas e pensamos “vamos fazer isso tam-bém”, e fizemos. Passamos um ano investindo no desenvolvimento de um software para criar aplicativos móveis em smartphones. Algumas coisas a gente acertou na aposta, pois quando vimos várias empresas estavam desenvolvendo plataformas para rodar em tudo quanto é celular, aqueles celulares convencionais e vimos que nosso negócio seria o de smartphones, pensamos “vamos fo-car nisso”, aí criamos uma multiplata-forma, multifabricante. Após um ano percebemos que tínhamos que fazer uma coisa diferente e então muda-mos nosso foco. Jogamos fora algu-mas poucas centenas de milhares de reais investidos naquele produto. Na verdade não jogamos fora, demos para uma empresa de amigos devido a mudança no foco e nos reinventa-mos em mobilidade um ano depois, em 2006.

Inter IT: Foi aí que entrou a Black-Berry na história?

RD: Aí conhecemos a BlackBerry e com a empresa vimos que ela seria mais ou menos a SAP da mobilidade. Investimos 100% do nosso esforço em BlackBerries e nosso objetivo era dominar o mercado desta marca para depois expandir para outras platafor-mas. Hoje temos mais ou menos uns 300 clientes de BlackBerry e agora todos os outros fabricantes vieram até nós para trabalharmos juntos. Por isso recentemente abrimos uma estratégia para outras plataformas com uma serie de produtos novos que englobam as outras plataformas. Então olhamos o mercado de mobile e pensamos ‘ninguém tem foco e nós precisamos ter foco’, então nós fo-camos e conquistamos um mercado, que lidera no segmento corporativo, e hoje temos uma comodidade de ir para qualquer plataforma, segmento devido a boa consolidação da em-presa. Inter IT: Qual o posicionamento da Navita dentro do mercado de geren-ciamento de smartphones?

RD: Nós somos líderes absolutos, al-gumas empresas vivem nos copian-do na verdade, pois não temos muito o estilo de “vamos esconder o jogo”. Quando lançam um produto novo, muitas empresas escondem, guar-dam para si e aí não abre porque tem medo de que alguém copie. Nosso estilo é diferente, deixa copiar, quem copia está sempre atrás. Então quan-do os caras copiam um negócio a gente já inovou, ja está em outro. Até esta última mudança que a gente fez foi mais ou menos um ano de inves-timento em processos, investimento pesado em dinheiro mesmo para preparar nosso centro de operações. Quem vai tentar entrar agora no mer-cado, vai demorar no mínimo um ano para fazer isso aí. Então não nos preo-

“O Android vai entrar forte, a Nokia está tentando recuperar o tempo perdido nos dois anos que ficou parada ela vai retomar, largou o Symbian, então tem uma movimentação que está acontecendo”

Entrevista

Page 30: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

30 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 31 | www.corpbusiness.com.br

cupa muito porque sempre que tem um concorrente ele está oferecendo uma coisa aquém do que a gente oferece. Somos bem criativos nesse sentido, nos reinventamos toda hora, percebemos as necessidades do mercado, se a velocidade da web é rápida, a da mobilidade é bem maior. Depois de nos estabelecermos den-tro de uma plataforma, hoje estamos sólidos e com possibilidade de trab-alhar com qualquer plataforma.

Inter IT: Como estão as demais plat-aformas dentro do segmento corpo-rativo na visão da Navita?RD: O Android vai entrar forte, a Nokia está tentando recuperar o tempo perdido nos dois anos que

ficou parada ela vai retomar, largou o Symbian, então tem uma movi-mentação que está acontecendo. O fato é que o mercado corporativo, por exemplo, naquele momento que a gente focou em BlackBerry e até alguns amigos de empresas que estavam no mercado antes que a gente me chamaram de louco, você não conhece este mercado direito, como você vai focar, apostar todas as fichas em um só, e eu pensei é isso que a gente vai fazer, certo ou não a gente vai ver depois. Aí após uns 2, 3 anos eles me encontraram e pedi-ram desculpa, “você tinha razão”. Ag-ora não adianta, quem está tentando nos copiar, falar “vou focar 100% em BlackBerry”, por exemplo. Ele vai chegar, só que a gente já dominou este mercado. Nossos competidores tem 5 ou 6 clientes, nós temos 300. E já teve empresa que entrou copiando nosso modelo de negócio e até nos ligaram querendo fazer parcerias, mas desistiram e saíram do mercado. Quando você pega um mercado cru, um mercado virgem, você pode ex-plorar bem. Quando você chega e pega mídias sociais e os caras falam “eu não entro num negócio desse”, tem que ser um negócio muito inova-dor, mas está todo mundo fazendo a mesma coisa. Chegou até a surgir a ideia de fazer uma coisa assim, mas quando a gente olhou viu que o mer-

cado já estava esgotado.A gente brinca que a nossa criativi-dade são os nossos ouvidos. O cli-ente fala e a gente entende o que ele está falando. Muitas vezes ele fala que ele precisa de uma folha em branco, mas na verdade o que ele está precisando é de uma caneta e uma folha em branco, só que ele dá a mensagem pela metade, aí vamos para outro cliente que fala que pre-cisa de uma caneta, então quando ele vem com uma caneta, com uma folha em branco e mais um lápis e uma borracha, tudo isso é a solução completa para atender estes dois clientes. Aí que percebemos a neces-sidade de mercado e criamos uma coisa que não existe ainda.

A gente está participando do Apex que é de exportação de software e muita gente vai nas reuniões para tentar exportar fábricas de softwares. Mas aí desanima porque vai competir com a Índia, com a China?! Então tem que vender uma coisa inovadora. A gente escolheu o mercado da Améri-ca Latina, ninguém faz o que a gente faz, nem no Brasil nem na América Latina aí sim podemos definir o preço para o mercado, a gente pode chegar com uma lucratividade alta. Fazendo uma analogia, até alguém chegar e começar a competir, a gente já teve esta estratégia de subir o morro do Alemão e dominar o morro. Então pra nos tirar de lá tem que ter um in-gresso pesado (risos).

Inter IT: Mas a relação da empresa com a RIM ainda é muito forte não?RD: Somos o único Elite Partner no Brasil. Para ser um Elite Partner é preciso ter no mínimo 20 analistas certificados. Dos Elite Partner que a gente tem no mundo, poucos vão conseguir fazer isto. Agente já con-seguiu, nós já temos mais de 20 certificados, só na equipe de Black-Berry tem umas 30 e poucas pessoas, quase todas certificadas, então isso é a RIM nos atestando que nós somos os melhores preparados para isto. Tem investimento para fazer, tem, a gente manda a pessoa para o Canadá

para treinar, tem coisas que nós trab-alhamos exclusivamente com a RIM.

Inter IT: Qual a dimensão da Navita atualmente, em infraestrutura e co-laboradores?RD: Estamos com algo em torno de 85 colaboradores e já estamos com umas 15 vagas abertas para contrata-ção. Nesse ano, lançamos uma série de produtos, então a gente está am-pliando desde equipes técnicas de produto, equipes de vendas, está crescendo em todas as áreas.

Inter IT: Qual a política da Navita em relação a investimentos em inova-ção, em pesquisa e desenvolvim-ento?RD: Temos sim foco neste segmen-to, tanto que há um ano, um ano e pouco, a gente recebeu como um sócio um fundo de investimentos. E praticamente assim, a empresa não precisava de caixa, não estava endi-vidada, então não precisávamos de dinheiro para cobrir conta de banco ou etc. Nós estamos crescendo num ritmo bom, a gente precisava talvez de um pouquinho para estruturar, fazer os alicerces para crescer mais rápido e a gente olha muito para pesquisa e desenvolvimento, prati-camente todo o dinheiro de investi-mentos a gente tem usado para uma área que agora temos na empresa de pesquisa e desenvolvimento então, por exemplo, quando se fala de apli-cativos ou mesmo de serviços é pre-ciso fazer uma integração de um apli-cativo móvel com GPS, com as APIs da BlackBerry.Então essa área de pesquisa e desen-volvimento vai lá faz isso, empacota, coloca no nosso produto e o pessoal de projetos já desenvolve de uma maneira gastando 10% a menos do tempo que gastaria. Então essa área a gente investe bastante tanto nos serviços junto com a área específica de desenvolvimento a gente tem uma área de processos, que está den-tro da área de produtos. Para a gente tudo é produto, serviço ou produto, o software é produto, então tem ser-viço que a gente acabou de lançar de logística e reparo de smartphones, que também não existem no mer-cado, os que existem são muito lim-itados. Ela é um a solução completa para atender o mercado corporativo, mas isso aí é 80% processos, 10% software e 10% conhecimento do

“A gente tem clientes em vários países. Só com os aplicativos gratuitos estamos em mais de 150 países que usam os nossos recursos. ”

Entrevista

Page 31: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

30 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 31 | www.corpbusiness.com.br

negócio. Então essa área passou seis meses estudando todos os proces-sos, definindo os processos, aí tem que integrar com nosso service desk com o nosso Call Center, integrar com ferramentas, desenvolver fer-ramentas, integrar com parceiros e muitas vezes integrar também com softwares dos clientes. Tudo é bem mais complexo e as empresas que querem nos copiar geralmente são empresas menores, mas eles vão tentar fazer e não conseguem fazer porque eles não pensaram em todos os processos, não investiram em pes-quisa e desenvolvimento, investiram em processos e aí o cliente acaba voltando pra cá. E até muitas vezes somos questionados sobre o preço, mas afirmamos que nós não estamos vendendo a mesma coisa.

Inter IT: Em quantos países a Navita opera?RD: A gente tem clientes em vários países. Só com os aplicativos gratui-tos estamos em mais de 150 países que usam os nossos recursos. Tem país que eu nem sabia que usava nossa solução aí um dia me mostr-aram relatório eu fui passar o olho nos países e vi alguns países lá da África. Mas nosso foco grande está na América Latina e decidimos pela América Latina por alguns motivos:1 – todo mundo quer ir para os Es-tados Unidos, quem quer expor-tar quer exportar para os EUA. Lá é o maior mercado consumidor! Mas tudo que você pensar tem lá, a competitividade é altíssima e para a América Latina quase ninguém olha, agora é que estão começando a olhar, pois a economia está melho-rando aqui. A gente tem facilidade de idioma, fuso horário, proximidade e somos latinos. As pessoas adoram o Brasil, então recebem muito bem e em contrapartida nossa moeda está muito valorizada. 2 - Chile, Colômbia, até mesmo o México, e o Peru, são países com uma economia muito forte, e – se eles não têm uma solução como a nossa – eles não sabem se ela é cara ou barata. A gente estuda há muitos anos o mer-cado exterior então o que a gente está fazendo nós temos parceiros em cada região, cada país e a gente não faz nada direto, sempre colocamos parceiros juntos para que ele nos ajude, é um cara local, ele está lá do lado fazendo uma serie de coisas. A

gente está definindo um preço ideal para cada país e os nossos parceiros estão ajudando neste processo. Mas hoje eu acredito que nós temos uma estratégia bem definida nos mercados e a gente conhece um pouco destes mercados e de cara o sucesso de exportação.

Inter IT: Fale um pouco sobre as soluções da companhiaRD: Saindo um pouco de gestão de smartphones e indo para aplicativos, a gente tem as duas frentes, uma

coisa que a gente tem, por exemplo, que demandam muito, é a workflow automation ou mobilização de pro-cessos, então quando a gente pega um SAP, um Oracle, um People Soft (ou software), uma TOTVS e seus vári-os ERPs, o cliente precisa aprovar um pedido de compras. Então todo este processo, nós somos especialistas em mobilizar isto. Por exemplo, com uma compra de passagem aérea, se você comprar uma passagem pro Chile e eles me mandaram na sexta-feira, não consegui ver, não aprovei e hoje já aumentou 20% e a passagem é pra daqui a duas, três semanas. Então muitas vezes quando você demora e compra na véspera você paga o do-bro, você está falando de uma passa-gem internacional, que a gente paga um ano, um ano e meio de custo da mensalidade do aplicativo. Então este tipo de coisa traz muita redução. Temos uma atuação forte nisso na mobilização de processos e tem uma

coisa que é muito interessante que a gente vem falando, que eu acho que ainda não caiu a ficha pro mercado. Todo mundo pensa que mobilidade é para quem está na rua, é para a força de vendas só que a mobilidade ela já dominou nossa mente corpo-rativa e é isso que as empresas estão percebendo.E a gente tem as soluções, que chamamos de consumers, que são as soluções massivas, que são para os consumidores finais. Temos desde aplicativos que vão simplesmente fortalecer uma marca como aplica-tivos que os clientes usam para os clientes deles. Todos focados em redução de custos. Estamos para lançar, em janeiro agora, várias soluções, desde coisas para revistas, para seguradoras, co-mércio eletrônico, mobile, então tem um monte de coisa vindo saindo do forno.

Inter IT: Qual foi o crescimento es-timado da empresa nesse ano? (a entrevista foi realizada em dezem-bro, antes do encerramento do ano fiscal da companhia)RD: O nosso objetivo era crescer neste ano 120%. Até alguns jornalis-tas nos questionaram dizendo que as metas eram de 15%, 20%, mas a gente tinha uma estratégia bem montada. No primeiro semestre a gente cresceu 160, 180% em termos de faturamento e agora no final do ano, como segundo semestre do ano passado foi muito forte, a gente deve cair nos 130%, 120% em termos de crescimento anual. O ritmo está bem forte, não somos uma empresa que cresce em cadeiras, que não quer ter 500 pessoas, 1000 pessoas, nossa cabeça é de ter o mínimo de pessoas possível e ter uma maior eficiência possível no que a gente faz.Acho que tem uma carência muito grande do mercado em termos de mobilidade, mobilidade num mer-cado imaturo, porque é muito aquele conceito da web de 1997, 1998 onde as pessoas começavam fazer web-sites em casa como freelancer e os caras faziam alguma coisa e só de-pois perceberam que não eram só isso, era preciso processos (...) então eu acho que está começando a ficar um pouco mais maduro o mercado, as empresas estão olhando, antiga-mente elas achavam muito caro, hoje eles avaliam que um projeto pode ser de alto risco e que não podem

Entrevista

Page 32: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

32 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 33 | www.corpbusiness.com.br

fazer com qualquer um.

Inter IT: Como é o relacionamen-to da Navita com as operadoras móveis?Bom a operadora ela tem um negó-cio que ela por si só gera um ecos-sistema, ela vende plano de dados, voz, uma serie de empresas que trab-alham ajudando, tem os fabricantes, então tudo isto é um ecossistema de telecom/mobilidade. As operado-ras precisam de parceiros tanto para soluções, então quando a gente en-tra com uma solução para gestão de smartphones, nós estamos naquele momento garantindo a qualidade do serviço prestado ao nosso cliente e da operadora. Pro cliente quando dá qualquer problema ele fala “essa operadora não funciona”, mas mui-tas vezes não é problema da opera-dora, muitas vezes é problema na in-fraestrutura dele, pode ser qualquer coisa. Então nós estamos ali para falar “o problema está aqui”. Mais da metade da nossa base de clientes nos últimos dois meses aumentou o número de usuários nos nossos con-tratos, e o que isso quer dizer?! Esta-bilizou o serviço, eles estão tranqui-los, se eles estão aumentando, eles estão explorando a mobilidade. No Brasil são cinco principais e nós temos parcerias com todas. Na América Latina são três grandes gru-pos: Telefónica, América Movil e da Cable&Wireless, na América Central. Então temos relacionamento com boa parte deles, muitas vezes com o grupo inteiro não em todos os países, mas nos principais países. A TIM, por exemplo, revende alguns de nossos serviços de software e cobra na fatura do cliente e isso é um caso clássico de que a operadora ela está percebendo que vender voz e dados é commodities, e que isso qualquer um faz e eles têm todo um ecos-sistema na mão, eles têm milhares de clientes, milhões de usuários e estão usando isto para prover estas funcio-nalidades para o cliente.

Inter IT: Com esse crescimento ex-pressivo ano a ano, há planos para novas expansões da companhia em breve, com grandes investimentos ou aquisições?

RD: Olha, a curto prazo não. A gente sempre cresceu com aliança, parce-rias, alianças estratégicas e a gente acredita que com um parceiro a gente consegue multiplicar a nossas oportunidades, a gente divide para multiplicar, divide a nossa receita, a nossa lucratividade para multipli-car, só que a gente consegue atingir

um mercado muito maior. Montar escritórios, por enquanto, não. A gente avaliou algumas empresas de fora para fazer aquisição aí teríamos operação fora, só que o modelo de negócios que a gente criou de uma forma centralizada daqui a gente consegue atender o mundo inteiro. Então teria a necessidade, talvez, de um apoio comercial, o que a gente pode vir a fazer, talvez por enquanto, é criar times de apoio aos parceiros não para atuar nestes mercados dire-tamente, mas para apoiar o parceiro.

Inter IT: E a projeção de crescimen-to para 2011?

RD: A gente está fechando nosso or-çamento agora, mas será mais ou me-nos nas mesmas proporções, 100%, 90% alguma coisa assim. Crescer de um para dois e de dois para quatro e de quatro para oito é diferente né porque é fácil, de quatro pra oito de oito pra dezesseis, de dezesseis para trina e dois já fica cada vez mais difícil. Mas estamos fechando este orçamento e deve ser alguma coisa agressiva por conta dos nossos con-tratos. A gente costuma fechar o ano com quase o faturamento do ano an-terior, então o crescimento é sempre seguro pelo modelo de negócio que a gente traz ser recorrente.

Inter IT: Qual o impacto da crise econômica para os negócios da companhia?

RD: A gente sentiu mais impacto em aplicativos do que no MBM. Teve um impacto sim na MBM também, mas o impacto foi mais em aplicativos. O fato é que algumas empresas se retraíram e congelaram alguns pro-jetos. Na prática, não houve crise no Brasil, o que houve foi medo e aí em dezembro do ano passado foi

um mês que foi fantástico para todo mundo. Quando elas perceberam que a gente havia acabado de en-trar na crise e já saído, todo mundo saiu gastando, muitas vezes de for-ma equivocada, mas saiu gastando budget e não deu tempo de seguir. Algumas empresas optaram por ter-ceirizar para reduzir seu custo. Em aplicativos teve muita coisa conge-lada, mas foram em poucos meses mesmo que teve esse medo do mer-cado.

Inter IT: A Navita nasceu focada no segmento corporativo, iniciando com portais corporativos e depois mergulhando no mobile. O cresci-mento da base dos smartphones para clientes finais, além dos cor-porativos, já é vista como oportuni-dade de negócio para a empresa?

RD: No mercado consumer a gente tem feito várias coisas para testar este mercado, não é o nosso core business, não conhecemos bem o mercado consumidor, o mercado de varejo, mas a gente conhece o mer-cado corporativo. Só aqui tem um risco para gente de entrar neste seg-mento, então temos feito muita coisa para testar. Dos nossos usuários, dos softwares dos aplicativos consumer, 70% está nos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra. O Brasil acho que é o oi-tavo ou décimo em termos de vol-ume de usuários. Então mesmo este modelo que está começando agora ele traz receitas muito pequenas. Ai-nda não identificamos uma maneira de como ganhar dinheiro com isso. O marketing que a gente conseguiu com nossos aplicativos vale muito mais do que qualquer receita, então hoje vem oportunidades de Londres, Nova York, através desta estratégia de marketing, então preferimos dar de graça, não sabemos se vamos entrar nisso, para gente é uma estra-tégia de marketing e continuamos focados no mercado corporativo, por enquanto.

Inter IT: Os planos anunciados pelas operadoras brasileiras de expandir sua cobertura 3G podem causar algum impacto positivo no seu negócio? Há essa expectativa?

RD: A questão do 3G, ou mesmo do 4G que vem aí, melhora a velocidade, então como os nossos aplicativos são instalados localmente, a gente tem uma conversão de dados, ger-almente a gente trafega arquivos de textos, o consumo de banda é muito pequeno. Então na pratica o que vai

“Na prática, não houve crise no Brasil, o que houve foi medo.”

Entrevista

Page 33: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

32 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 33 | www.corpbusiness.com.br

Quem fala:Roberto Dariva é atual CEO da Navita e é um de seus sócios fundadores. O executivo já fundou 3 empresas e vendeu duas delas. Dariva é professor de MBA’s e palestrante sobre diversos temas no Brasil e EUA, destacando palestras em eventos como o Telefonica Leadership Conference (Miami), para diretores e presidentes das 500 maiores empresas da América Latina, e Wireless Enterprise Symposium (Orlando), o maior evento BlackBerry no mundo. Na área social, criou a campanha “Um doce por um sorriso”, que ajuda creches e orfanatos na cidade de São Paulo, através do qual foi condecorado com o título de Comendador pela Federação das Academias de Letras e Artes do Estado de São Paulo.

mudar é a rede, é o meio por onde a informação vai, então não faz muita diferença pensar num negócio de vídeo aí coloca rede e vê o que vai fazer, mas num mundo corporativo, transacional e de consumer, não muda para gente as oportunidades, nossos negócios.

Inter IT: Como você enxerga o mer-cado nacional de integradoras? Sua maturidade e qual a posição da Navita em comparação aos demais players?

RD: Hoje nós estamos mais para (for-necer) serviços de gestão de smart-phones, que isso aqui está mais para Telecom, do que para (fornecer) apli-cativos móveis, que estão mais para mobilidade. Nossos competidores estão todos no desenvolvendo apli-cativos, onde a concorrência é ex-tremamente acirrada. Na parte de gestão de smartphones, nós somos os inovadores, nós somos os pri-meiros. Aqui a gente tem um cresci-mento muito maior, muito mais sus-tentável, então criamos um conjunto de serviços, temos uma estratégia muito bonita, temos todos os módu-los que o cliente precisa.

Inter IT: A criação do Centro de MDM já era uma necessidade da Navita? Ou surgiu como oportuni-dade de melhorar seus serviços após os investimentos recebidos pela companhia? RD: Isso era um negócio que estava terceirizado, mas a gente tinha uma serie de dificuldades com qualidade, com tudo isso, com alta rotatividade de equipe e por isso que nos inter-nalizamos. Com isso nossa rotativi-dade foi para quase zero, a equipe esta super motivada. Para você ter uma ideia nós triplicamos o numero de chamados que resolvemos no nível 1, então isso é melhor para o cliente, é melhor para a gente, é mel-hor para operadora, é melhor para todo mundo. Este foi um dos mel-hores investimentos que fizemos.

Inter IT: E a sua trajetória dentro da Navita? Além de fundador, você sempre foi o diretor executivo ou executou outras funções também?RD: Somos dois sócios fundadores, eu e o Fábio. Agora tem o fundo, tem outros sócios, que se tornaram depois. O Fabio sempre esteve mais para o lado técnico e eu sempre para o de negócios, Então agora como Diretor Executivo mesmo agora agente está criando dentro de um ano e meio, descolei muito da opera-ção, porque eu estava muito ligado

a vendas etc. e hoje eu estou muito mais na estratégia do que em vendas e nós estamos crescendo, trazendo mais executivos para a empresa para nos ajudarem com isso.Porque estamos realmente numa velocidade de crescimento e com uma oportunidade de mercado que não dá mais para fazer mil coisas ao mesmo tempo. A gente está com bastante dinheiro em caixa, tenta-mos comprar algumas empresas, compramos uma que anunciaremos em breve, mas com muitas não teve negócio, pois não iam agregar muito. Criamos novos produtos, ampliamos nossa pesquisa e desenvolvimento para colocar dinheiro nisso. Estamos com uma empresa extremamente saudável.

Inter IT: Para finalizar. Para você, quais os principais desafios de co-mandar a Navita?RD: Pergunta bem interessante. Acho que do ponto de vista de negócios é a gente precisa entender o que o mercado precisa e assim consegui-mos transformar este entendimento em produtos, então conseguimos

Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando na ver-dade, pois não temos muito o estilo de “vamos esconder o jogo”.

ter um posicionamento diferente. E a gente só consegue fazer isso porque ouvimos muito nossos clientes.Outro ponto é a maneira de gestão, um dos grandes desafios é este. Gerir pessoas, principalmente no mer-cado de tecnologia que é um mer-cado desgraçado onde todo mundo rouba personagem de todo mundo, é uma dificuldade ter um modelo de gestão onde as pessoas sabem para onde estão indo e fazem alguma coi-sa em que acreditam. Então a todo o momento a gente fala com as pes-soas, por isto nossa estratégia é ab-erta, não escondemos.Investimos muito em RH, as pessoas têm planos de carreira, elas sabem aonde podem chegar dentro da em-presa. Muita gente teve promoção, então isso valorizou as pessoas da casa. Em termos de TI e mobilidade nós somos uma empresa média já. Então acho que estes são os dois grandes desafios, como criar uma empresa inovadora e ao mesmo tempo como fazer uma gestão onde as pessoas acreditem que estão na casa delas.

Entrevista

Page 34: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

34 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 35 | www.corpbusiness.com.br

e-reader Positivo Alfa Velocidade, performance e confiabilidade para assegurar que as fotos, filmes, músi-

cas ou outros arquivos sejam acessados com rapidez e sem perda de dados, estas são as características do novo cartão Secure Digital eXtended Capacity de 64 GB da Kingston.

Com velocidade classe 6, equivalente a até 20 MB/s em gravação, os cartões SDXC Ultimate Classe 6 são versões de memórias SD de alta performance para atender às de-mandas de armazenamento das mais modernas câmeras fotográficas e de vídeo.

O dispositivo segue as especificações do padrão SDA 3.01 e possui proteção contra gravação para prevenir perda de dados acidental. O lançamento tem preço sugerido de R$ 1199,00, garantia vitalícia e suporte técnico.

www.kingston.com.br

Motorola Milestone 2O Milestone 2, que traz um design bastante parecido com o do antecessor, che-ga ao Brasil com algumas novidades e atualizações, rodando a versão 2.2 do sistema operacional Android, do Google. Outra novidade do novo aparelho é a inclusão do Motoblur - interface criada pela Motorola que integra redes sociais, e-mail e mensagens -, que não estava presente na primeira versão do aparelho.Não foi só o software do modelo que evoluiu, mas o hardware também, e o Milestone 2 agora conta com um processador OMAP de 1 GHz. O modelo traz teclado físico QWERTY mais confortável que o do antecessor, com teclas maio-res e mais espaçadas; 8 GB de memória interna – expansível para até 40 GB via cartão Micro SD –, câmera de 5 MP com flash dual LED e capacidade para filmar em HD 720p, reconhecimento de comandos por voz e a possibilidade de ser usado como hotspot 3G, para compartilhar sua conexão com até cinco disposi-tivos via Wi-Fi, entre outros.

www.motorola.com/consumer/BR-PT

iPods: Shuffle, Nano, TouchA Apple anunciou o lançamento das novas versões da sua linha de iPod. Os tocadores de música ganharam uma repaginada em seus de-signs e em seus recursos. O modelo Shuffle, mistura a segunda e a terceira geração do dispositivo. É menor em tamanho e retomou o desing com botões. Recursos como o VoiceOver, que permite que o usuário ouça qual a música ou o artista que ele está ouvindo, foram mantidos. Seu valor de mercado se encontra a partir de R$ 229.A versão Nano, vem com uma tela sensível ao toque e roda o sistema operacional iOS, o mesmo do iPhone. Ele tem rádio FM integrada, reló-gio e ainda um aplicativo para fotos. Seu preço varia de R$ 549 a R$ 649. Já o iPod Touch trouxe características semelhantes ao do iPhone 4. Além de utilizar o mesmo sistema operacional, os usuários poderão tirar fotos com duas câmeras, uma frontal e outra na parte de trás do aparelho. O recurso de chamada de vídeo, FaceTime, também foi in-cluído no aparelho por meio da conexão Wi-Fi. A versão de 8GB custa R$ 749,00, a de 32 GB R$ 999, 00 e a de 64 GB custa R$ 1.299,00.

store.apple.com/br

Tecnologia & Inovaç ão

Page 35: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

34 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 35 | www.corpbusiness.com.br

Galaxy TabLançado oficialmente no Brasil no último dia 19 de novembro, o tablet da Samsung, Galaxy Tab, promete ser um dos fortes concorrentes do iPad, da Apple. Um de seus diferenciais é que o modelo possui sintonizador de TV analógica e digital.Com tela de 7 polegadas, o dispositivo possui processador de 1 GHz e roda a versão Froyo (2.2) do sistema operacional Android, do Google. Além disso, o lançamento conta com duas câmeras uma na parte traseira de 3,2 MP e uma na parte frontal. O Samsung Galaxy Tab vem com o conteúdo e a qualidade do Flash 10.1, permite leitura de livros, revistas e jornais digitais e ainda possibilita vídeo chamadas por meio do aparelho. www.samsung.com.br

Livro: Bilionários Por Acaso – A Criação do Facebook

Bilionários por acaso conta a história de dois estudantes desajustados de Harvard que tentavam aumentar suas chances com o sexo oposto e terminaram criando o Facebook.

Protagonizada pelo brasileiro Eduardo Saverin, estudante de economia, e pelo norte-americano Mark Zuckerberg, gênio da informática - amigos que sobreviviam num ambiente repleto de alunos brilhantes de famílias supertradicionais - mostra a trajetória da criação da rede social que se tornou uma das mais poderosas empresas do mundo e que revolucionou a maneira como milhões de pessoas se relacionam.

Ben Mezrich revela os detalhes picantes dos bastidores dessa verdadeira saga, em uma narrativa movida a altas doses de paranoia, sexo, bebida, talento, alguma droga e muita ambição, entre investidores poderosos, mulheres maravi-lhosas, a busca do estrelato social e muitas, mas muitas intrigas. Criado para unir as pessoas, a história do Facebook é de desavenças e separação.

www.intrinseca.com.br

Câmera digital KODAK EASYSHARE C122Tire várias fotos seguidas com a KODAK EASYSHARE C122. Uma câmera digital que possibilita, com o botão Compartilhar da Kodak, fazer o upload de suas fo-tos em sites YouTube, FACEBOOK, FLICKR e KODAK Gallery e emails automatica-mente por meio da conexão da câmera com o computador.Com 8,1 MP de resolução, você pode criar cópias de até 76 × 102 cm, além disso, o aparelho possui uma lente com zoom digital de 5X (equivalente a 35 mm: 35 a 175 mm). Em termos de armazenamento a câmera tem memória interna de 16 MB com compartimento de expansão para cartão SD/SDHC.

www.kodak.com.br

Tecnologia & Inovaç ão

Page 36: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

36 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 37 | www.corpbusiness.com.br

A 12ª edição da Futurecom, realizada entre os dias 25 e 28 de outubro, na cidade de São Paulo, registrou

recordes de visitas. Segundo balanço divulgado pelos organizadores, quase 21 mil pessoas participaram do evento, sendo que no último dia foram registra-dos cerca de 7 mil participantes.

Aproximadamente 352 palestrantes apresentaram seus pontos de vistas so-bre assuntos de relevância no segmento de Tecnologia da Informação e Teleco-municações. E mais de 240 empresas patrocinaram a edição 2010 do evento. Outro dado importante foi em relação

aos países participantes do Business Trade Show e Congresso Internacional, ao todo 42 estiveram presentes.

“Eu acho que hoje o que a gente viu na feira é que tem uma preocupação toda especial em crescer e manter a lu-cratividade das empresas. Você vê que toda discussão no final é sobre isso e a gente acha que os temas que a gente trouxe para cá, até pelo impacto que deram nas palestras, como o MVNO, são os temas do momento. Como você melhora seu investimento de rede e depois que você investiu na rede como que você tira mais lucratividade desta rede, como fazer as pessoas usarem. Então acho que a gente está vendo

aqui na feita vários exemplos de como fazer isso e você está vendo o direciona-mento muito forte das operadoras pra fazer isto, então a gente está feliz em ver que estamos sincronizados e agora a gente precisa continuar apoiando os nossos clientes”, analisou Renato Osato, Vice-Presidente da Amdocs no Brasil, um dos palestrantes da edição de 2010 da Futurecom e entrevistado da última edição da Revista Inter IT.

Entre as novidades apresentadas na Futurecom destacaram-se as empresas Vivo e Telefônica, que anunciaram que a companhia espanhola adotará apenas a marca Vivo no Brasil, sendo assim, o nome Telefônica não será mais utilizado

Futurecom 2010: uma visão geralEdição brasileira da principal feira de tecnologia da América Latina destaca-se por importantes pronunciamentos da Anatel, além dos primeiros anúncios conjuntos de Telefônica e Vivo. Alguns grandes fabricantes e lançamentos ‘bombásticos’ ficaram de fora este ano.Por Bruna Souza Cruz e Danilo Pádua / Fotos: StudioF/Divulgação

Page 37: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

36 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 37 | www.corpbusiness.com.br

no mercado brasileiro. Em relação aos produtos, as empresas Research In Motion, Samsung, ZTE, Huawei, entre outras, trouxeram para a feira novos dispositivos móveis visando ampliar o mercado de smartphones e tablets. No segmento de dados, a GVT e a Vivo reforçaram sua estratégia de expansão da infraestrutura móvel em diversas regiões do Brasil. A feira teve a par-ticipação de 100% das operadoras de telecomunicações presentes no Brasil.

Muitos observaram a ausência dos es-tandes de grandes fabricantes de ele-troeletrônicos, como LG e Motorola, além da Samsung, que marcaram pre-sença apenas nos lançamentos expos-tos pelas operadoras de Telecom, com novos modelos de smartphones e – no caso da fabricante sul-coreana Sam-sung – com o aguardado tablet Galaxy Tab.Já nos painéis foram abordados temas como MVNO, Plano Nacional de Banda Larga, Sociedades Conectadas e Novos Modelos de Negócios, Trans-formações do Varejo Tradicional para o Digital, Cloud Computing, Neutrali-dade da Rede da Internet, e Segurança Pública. Além disso, foram levantadas discussões sobre o espectro de banda larga tanto para tecnologia 3G, quanto para a de quarta geração, mobilidade, planos para infraestrutura tecnológica e de telecomunicações para a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016, e diversos outros temas ligados a TICs – Tecnolo-gia de Informação e Comunicação.

AberturaNo dia 25 de outubro foi realizada a abertura do Futurecom 2010, na qual, reuniu empresários e autori-dades públicas. O presidente da feira, Laudálio Veiga Filho, o ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, e o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações, Ronaldo Sarden-berg, fizeram os discursos de aber-tura do evento. Num tom voltado a política, os executivos falaram sobre a importância do setor de telecomuni-cações nacional e destacaram algumas mudanças que o segmento passou nos últimos anos.

Primeiro dia – 26 de outubroO primeiro dia do evento levantou dis-cussões sobre a demanda brasileira de investimento em banda larga, inova-ção e empreendedorismo num “mun-do social”, a estimativa de 50 bilhões de aparelhos conectados até 2020, entre outros.

Lançamento Cisco

Um dos destaques da primeira manhã do evento foi o lançamen-to da terceira fase do Borderless Networks da Cisco. Os executivos Ghassan Dreibi Jr, Business Develop-ment Manager, Security e Maurício Gaudêncio, Product Manager para a América Latina, realizaram um dos primeiros painéis do dia apre-sentando seu projeto de Redes sem fronteiras. Entre as novidades desta edição estão os novos produtos do portfólio de switch, roteadores, se-gurança e tecnologia sem fio da em-presa.Segundo a companhia, o objetivo atual é atender também as peque-nas empresas e projetos menores e por isso o preço da solução para o Brasil se torna mais acessível. Além disso, os executivos ressaltaram que a atual demanda dos usuários es-timulou o desenvolvimento de um serviço focado na melhoria da ex-periência do usuário. “A experiência que a gente passa é que o usuário tem que conhecer a tecnologia [...], mas agora com o Borderless, o cli-ente não precisa mais disso”, afirmou Ghassan. De acordo com o executivo, a proposta visa “prover aos usuários uma transparência com segurança, performance e mobilidade”.Para a Cisco, os principais desafios que as empresas precisam superar na atual arquitetura de rede são a necessidade de transformação do mercado – um exemplo é a migra-ção para cloud computing -, a ad-equação ao novo perfil de tráfego – que exige cada vez mais velocid-ade e qualidade – e a proteção para novas e variadas fontes de ameaças – como vírus adquiridos por meio de

redes sociais, links maliciosos etc.Como possíveis soluções, a com-panhia, defende que adotar a flexi-bilidade e transparência, otimizar e deixar mais ágil o acesso a rede e ter um controle significativo de sua estrutura são alguns dos principais benefícios do Borderless Network para as empresas e usuários.

Inovação

Logo após este painel, o cientista Silvio Meira, do C.E.S.A.R - Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife - , apresentou de forma bem descontraída uma palestra sobre Inovação e Empreendedorismo em TICs. O palestrante destacou que vivemos constantemente com ondas de inovações e que isso não é de agora e sim de séculos. Ele fez um panorama das principais mudanças motivadas pelo desenvolvimento tecnológico. De 1785 com a mecanização do co-mércio até a década de 90 com soft-wares e redes. Silvio ressaltou que agora a nova onda é a de “sustent-abilidade e produtividade”.Ele também abordou os processos de inovação na comunicação que o Homem pode presenciar em torno de quase um século por meio de sua análise sobre a tecnologia através das gerações. Pessoas que nasce-ram por volta de 1925 viveram na década de 40 a era do impresso, pas-saram pela era do rádio, da TV entre os anos de 1950 a 1970 e a partir dos anos 90 puderam ter contato com a era digital e da Internet. Hoje estas mesmas pessoas assistem seus filhos e netos vivenciando a era da mobili-dade. O cientista expôs dados sobre as

Por Bruna Souza Cruz e Danilo Pádua / Fotos: StudioF/Divulgação

Page 38: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

38 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 39 | www.corpbusiness.com.br

vendas de celulares e smartphones na América Latina, e estimou que em 2015 o número de smartphones vai empatar com o de celulares e ainda acrescentou que em 2020 se o con-sumidor quiser comprar um celular, as lojas não terão mais para vender. “Por que todo mundo vai querer ter um treco que é digital móvel co-nectado programado onde eu posso puxar aplicações e mudar funciona-lidades desse negócio”.“As pessoas querem simplicidade, mas elas também querem coisas complexas”. Para ele a estratégia para a Inovação será um meio de se diferenciar neste universo e para isso existem 7 leis: “Singularidade, mobi-lidade, associar-se a comunidades, sincronicidade, localidade , usabili-dade e programabilidade”.Para finalizar o cientista expôs as diferenças da Web 1.0, na qual, os usuários liam, a Web 2.0, onde as pessoas escrevem e qualquer uma pode participar e a futura Web 3.0, onde todos deverão inovar, onde elas poderão programar conforme a necessidade e tudo por meio de softwares conectados.

MVNOs

No período da tarde ocorreu o painel “MVNO e as Novas Possibilidades”. Mediado pelo jornalista Heródoto Barbeiro, a discussão contou com nomes importantes como André da Silva Telles, da TIM Brasil, Eduardo Prado Melo, do CPqD, Emília Maria Silva Ribeiro, membro do Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações, José Augusto de Oliveira Neto, da Huawei, Luiz Carlos Pellegrini, CSC (Centro de Serviços Compartilhados), Milton Bonser-vizzi, diretor de marketing da Algar Telecom, Nelson de Lorenzi Campe-lo, da Nokia Siemens Network, Rena-to Osato, Vice-Presidente da Amdocs no Brasil, Ricardo Distler, da Accen-ture e Sergio Bergson, da Oracle.Emília Maria iniciou o painel fazendo as primeiras considerações sobre o tema. A conselheira lembrou que o

tema (prestadores de serviços vir-tuais) vem sendo discutido desde 2009 quando a Anatel colocou o regulamento em consulta pública, no mês de dezembro. Ele já teve duas audiências públicas e 364 con-tribuições. “São muitas contribuições e contribuições muito importantes sobre o tema e de fato é bem ani-mador”. Emília destacou a importân-cia da regulamentação para estes serviços afirmando que a intenção é “dar maior variedade a prestação de serviços no mercado, a intenção hoje da Agência é acompanhar uma tendência mundial. A MVNO não é uma novidade”. Segundo a con-selheira, o objetivo é por meio das consultas públicas é “criar um regu-lamento flexível, com medidas de intervenção no mercado para que ele flua nos acordos entre empre-sas”. Emília ainda acrescentou que no dia 4 de novembro ela colocaria em pauta o documento para análise e conclusão das regras para o setor.Milton Bonservizzi e André da Silva Telles seguiram o painel se apre-sentando e falando um pouco sobre suas visões relacionadas às MVNOs. Ambos destacaram que o segmento pode ser muito interessante para os clientes uma vez que o mercado de telefonia móvel no Brasil está em as-censão e é preciso “atuar nesse mer-cado para alavancar seu core busi-ness”, ressaltou Telles. Renato Osato e Ricardo Distler seguiram suas apre-sentações expondo seus pontos de vista sobre a importância das opera-doras móveis virtuais.Antes da apresentação de Edu-ardo Prado, a conselheira da Anatel fez uma ressalva sobre o papel da Agência reguladora. “A Anatel tem a preocupação de fomentar [...] Nas situações de conflito entre uma in-stituição e outra, a Agência também está prevendo este regulamento para resolver essas resoluções de conflito. Há um desentendimento entre a credenciada e a operadora, ou vice e versa, a Agência também vai estar presente com uma resolução de con-flitos”, explicou. “Entrando no mer-

cado, grande ou pequeno, ela entrará pra ficar e a liberdade da operadora, da prestadora de origem recebê-la é plena. Então haverá um estudo antes de mercado”, acrescentou. O executivo da TIM complementou afirmando que para o mercado acon-tecer “e ser sustentável ao longo pra-zo, ele precisa sim de um casamento, de uma parceria que envolve a uti-lização de mais infraestrutura da tal operadora ou menos, enfim tem que fazer sentido para o cliente, para a op-eradora e para a operadora virtual”.Voltando ao executivo do CPqD, Pra-do iniciou sua apresentação question-ando a Agência sobre quando o regu-lamento estaria disponível para as empresas e ainda levantou a questão sobre se as operadoras convencio-nais teriam realmente um interesse de disponibilização do espectro. Ele acrescentou que acredita que o Brasil será responsável pela reinvenção do negócio de MVNO e que está transfor-mação passará pelas áreas financei-ras e governamentais. Novamente a conselheira da Anatel se prontificou a responder a questão reafirmando que em novembro o relatório estaria final-izado e que ela o levaria para que os cinco conselheiros decidam os rumos da regulamentação.

Luiz Pelegrino da CSC, em seguida, apresentou sua opinião sobre o tema, ele destacou que o Brasil tem muito a aprender neste mercado e que é preciso de fato definir um modelo de negócios. “O MVNO é uma realidade efetivamente, tem os prazos pra cor-rer com mais regulamentação, com menos regulamentação”, explicou o executivo, que acredita que o fato de dar ou não certo a implantação da MVNO não se dá apenas pela regu-lamentação e sim pela definição do modelo de negócio. Além disso, ele ainda levantou algu-mas questões que permeiam a dis-cussão como qual a estratégia das em-presas para segmentação, qual vai ser o modelo de negócios em termos de preços e como as operadoras de ori-gem vêem isto como oportunidade.

Futurecom 2010

Page 39: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

38 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 39 | www.corpbusiness.com.br

Ele concluiu reafirmando com os de-mais participantes que elas “vêm para ficar, é uma oportunidade de negócio em várias linhas, pras várias empresas deste segmento e sem dúvida acho que vai ser uma experiência que vai dar certo ao longo do próximo ano, dos próximos dois anos”.

José Augusto da Huawei abordou brevemente o papel da indústria neste contexto, que tem como papel fun-damental “proporcionar processos, soluções, equipamentos, mão de obra para ajudar as operadoras e os novos clientes que são as operadoras móveis virtuais a trazer soluções que adotem valor para seus usuários finais”.

Campelo, executivo da Nokia Siemens Network, se mostrou otimista durante suas considerações. O executivo res-saltou que a companhia acredita que o Brasil possa ser o maior mercado de MVNO nos próximos anos em função de uma série de características do país e do momento que o mercado de tele-comunicações se encontra. Lorenzi ainda destacou que o foco no cliente será fundamental para o sucesso das operadoras móveis, além da diferen-ciação, da segmentação de seu espaço.

Já Sérgio Bergson, da Oracle, acrescen-tou que o mercado de baixa renda pode ser uma forte oportunidade para as MVNOs. Como por exemplo, no setor educacional. “se alguma opera-dora se especializar em educação, essa operadora é capaz de criar um modelo onde o cliente dela certamente será fiel durante toda a vida escolar de seus filhos, então existem espaços no Bra-sil a serem explorados, tanto do ponto de vista comercial quanto do ponto de vista da adaptação que a sociedade de MVNO está passando”.O mediador Heródoto retomou a dis-cussão com uma pergunta relacionada a expansão da banda larga brasileira. O jornalista questionou se a MVNO fa-cilitará este processo. Emília finalizou informando que ela ajudará sim na universalização da banda larga.

Segundo Dia O principal painel da manhã do dia 27 abordou as Sociedades Conecta-das e sua influência na vida e no comportamento das pessoas. Ele reuniu executivos da Vivo, Siemens, Oi, Huawei, Portugal Telecom, Eric-sson, IBM, Qualcomm e represent-antes do governo.

Portugal Telecom

Zeinal Bava presidente do grupo português não pode comparecer ao evento devido a motivos logísti-cos, mas gravou um vídeo, na noite anterior, no qual, abordou alguns aspectos sobre o tema. Bava fez um panorama sobre como a tecnolo-gia era há 20 anos e hoje, o quão rápido ela cresceu e se expandiu, principalmente em relação a pos-sibilidade de armazenamento dos dispositivos eletrônicos. O execu-tivo também destacou que diante da nossa realidade tecnológica é preciso que as empresas se situem

no mercado e a compreensão dos hábitos de consumo é fundamental. “Cada vez mais gravamos os conteú-dos que querermos ver como quiser-mos do nosso celular do nosso com-putador [...]. Mas não se trata apenas da capacidade da memória, trata-se também do aumento, cada vez mais frequente, de pessoas que fazem aplicações”, acrescentou. Outro aspecto abordado em sua apresentação foi em relação as redes sociais ressaltando que “as pessoas estão sempre conectadas ”. Bava fa-lou brevemente sobre a venda da participação da Vivo, comprada pela Telefónica, e reforçou que o proces-so de compra da Oi está em curso “A Vivo faz parte do nosso passado e a Oi, claramente está no nosso futuro no mercado brasileiro”.O executivo da Portugal Telecom ai-nda acrescentou que “o Brasil é uma aposta estratégica a longuíssimo prazo [...]. Apesar de ser um mercado em vias de desenvolvimento global de crescimento os hábitos de con-sumo são muito semelhantes aos de outros mercados”.

Futurecom 2010

Page 40: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

40 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 41 | www.corpbusiness.com.br

Roberto Oliveira de Lima

Presidente da Vivo desde 2005, Roberto Oliveira de Lima, iniciou sua apresentação fazendo uma re-flexão sobre o tempo e a nova era. Relembrou a dinâmica social du-rante alguns anos e a transforma-ções do mundo conectado, inter-relações sem controle e reforçou que a sociedade conectada “não está na mão das instituições e sim dos indivíduos”. A evolução da tecnologia foi tanta nos últimos anos que Lima desta-cou que “pensar numa sociedade conectada é algo biológico” nos dias de hoje. Mas é preciso adaptar-se, pois o “desafio é estar atento a este ambiente volátil e mudar com ele [...] evoluir com ele”.

Sequência

Seguiram com as apresentações os palestrantes Hamid Akhavan, CEO mundial da Siemens, que abordou como as telecomunicações têm mudado o mundo e o universo dos negócios, e Luiz Eduardo Falco, presidente da Oi. Este falou sobre as diversas sociedades existentes no Brasil ressaltando que as dife-renças e características delas têm que ser observadas pelas empre-sas. “Falar em sociedade conectada pra Oi não faz sentido se a gente não falar no Brasil conectado”, afir-mou Falco.

O executivo fez um panorama so-bre as transformações no acesso à internet. Segundo dados listados por Falco, o número de pessoas que assistem TV caiu no horário nobre de 66% para 57%, de 2000 a 2010. “As pessoas não estão mais assistin-do televisão, e onde estão estas pessoas?! Na internet conectando”. No segmento impresso o resultado também não foi diferente. A tiragem do jornal caiu de 1,2 milhão para 942 mil exemplares, o equivalente a uma perda de 25% em dez anos. O número de celula-res cresceu 10 vezes em dez anos, até o balanço da pesquisa o Brasil possuía 191 milhões de aparelhos. Por consequência deste volume, o segmento de dados foi de 6 mil-hões em 2000 para 60 milhões neste ano.Diante desta demanda, Falco apon-tou alguns desafios para tornar o “Brasil mais conectado”, como renovação da concessão, tarifações

e principalmente em termos de regulamentação. “Licitações de frequencia são outros embates que nós temos, nós não somos contra entrar ninguém, o fato é que não podemos desprestigiar quem é que está”, declarou o ex-ecutivo sobre a proibição de op-eradoras de telecomunicações, já atuantes no mercado, de par-ticiparem do leilão da Banda H, última faixa de frequencia para tecnologia 3G.

Sociedades Co-nectadas

O painel sobre as sociedades conectadas foi coordenado por Silvio José Gen-esin Júnior, Dire-tor Presidente do Grupo Estado e proprietário da Agência Estado. Ele iniciou os tra-balhos fazendo um breve co-mentário sobre os veículos de comunicações, principalmente o jornal impresso. “Dos 60 milhões de conectados na internet no Brasil, cerca de 30 milhões vêem notícias nos mes-mos sites e por-tais dos princi-pais empresas de mídia da impren-sa, praticamente a metade”, disse.O primeiro ques-tionamento foi direcionado ao executivo da Oi, Luís Eduardo Falco. A per-gunta foi sobre a questão da in-fraestrutura da companhia na cobertura no Brasil e os planos para integrar a tecnologia de rede à educação como um estimulo a sociedade conectada.O executivo falou sobre os pro-gramas voltados ao setor, que a Oi já desenvolve e reiterou que é preciso preparar a infraestrutura de maneira adequada para que a

escola se conecte de forma eficaz. Além disso, para ele o preparo do professores é fundamental, é preci-so unir a pedagogia e a tecnologia para fazer dar certo. “O problema que tem que superar é a gestão da escola”, acrescentou. “É muita infraestrutura, muito conteúdo e a perna que está faltando é a gestão. Se a gente fizer isto daqui a 20 anos, o país estará diferente”, concluiu.Dando continuidade a discussão, Silvio pediu que João Pedro Flecha

de Lima, Vice-Presidente da Huawei do Brasil , comentasse sobre as prin-cipais inovações que contribuiria com a sociedade conectada. “As tecnologias estão aí para serem us-adas e provavelmente todas serão necessárias”, destacou o executivo. Ele acrescentou que a companhia faz um trabalho de pesquisa sobre

Futurecom 2010

Page 41: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

40 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 41 | www.corpbusiness.com.br

a banda larga móvel e observou que a empresa já vê com clareza o futuro móvel. “Em três anos a internet móvel conseguiu o que a fixa demorou oito anos”, disse Flecha. “Nossa previsão para 2014 é que 60 milhões de assi-nantes de banda larga móvel, 45 de-vices e 11 com modems”.Durante o painel o tema redes soci-ais surgiu, e foram abordados qual a importância deste segmento e seus benefícios para a sociedade. O presi-dente da Vivo foi o primeiro a falar

sobre o recurso. Lima observou que o crescimento da utilização das redes sociais se dá muito pela ampliação da cobertura móvel e da tecnologia sem fio que possibilita que o acesso seja mais rápido e possa ser feito de qualquer lugar. Ele destacou também o lado nega-tivo dos excessos cometidos nestas

mídias. “Com relação ao uso da rede social, é muito difícil a gente querer controlar isso, criar estas re-des e depois dizer nós vamos usar estas redes dessa, dessa e dessa forma é exatamente contrariar o conceito de rede social onde os in-divíduos que a formam são aqueles que determinam o que querem para esta rede”, afirmou. “O que nós podemos fazer não só como exec-utivo responsável pelas organiza-ções é procurar disseminar valores

[...], temos que propiciar conexão, estimular o uso de-las para o bem, for-necer aquilo que for possível em ter-mos de orientação, mas acreditar que a própria popula-ção brasileira [...] se apropria disso e começa a encon-trar soluções”.Ainda sobre os dis-positivos móveis que contribuem para a conexão da sociedade à web, Lourenço Pinto Coelho, respon-sável pela estraté-gia e iniciativas de marketing e de-senvolvimento dos negócios da Erics-son, explicou um pouco mais sobre o estudo apresenta-do no evento sobre o volume dos dis-positivos conecta-dos até 2020. “Hoje nos termos cerca de 250 milhões e chegaremos a 2 bilhões em 2020”, destacou. “Todos os dispositivos que se beneficiarem de conexão es-tarão conectados”. Ele defendeu que com base nesta realidade futura é

preciso desenvolver uma logística viável para que este crescimento seja absorvido. “Não estou falando de investimento em rede [...] e sim de investimento em sistemas”, para adequar a estrutura. E a reflexão que trago é como vamos ganhar dinheiro com este mercado?!”, con-cluiu.

Em outro aspecto, o tema legislação ganhou destaque. O deputado Julio Sameghini ressaltou que as mudan-ças são muitas e é preciso respon-sabilidade para trabalhar com cada regulamentação. “Para este mundo convergente nós estamos dando al-guns passos cuja limitação não está no congresso, está na articulação da sociedade fortemente com um gru-po de telecomunicações”, explicou. Para ele a demora nas definições da lei se dá pelo problema em ten-tar mudar as leis que tratam da ra-diodifusão do Brasil, de TV paga e de várias coisas que estão muito bem estruturadas no Brasil. “Então você não pode sair atropelando, distribuindo capital e assegurando e desestabilizando estas coisas que estão muito bem organizadas”, res-saltou o deputado. “O problema é como modernizar a legislação para que continue avançando todas as tecnologias e para que não demore tanto tempo pra uma Agência regu-ladora, que devia ser forte e está en-fraquecida, demorar dois anos pra poder tomar uma decisão, como o uso dos espectros de frequencia”, enfatizou. Sameghini defendeu que é preciso manter uma Agência reguladora forte para resolver embates técnicos, que cabem ao órgão. “Temos que ter mais agilidade no Congresso, temos que ter um grande fortalecimento da Agência reguladora e temos que ter mais articulação para que a gente possa fazer com que o Brasil siga em frente”, disse.Armando Almeida, da Nokia Sie-mens, ainda acrescenta que outro desafio para o setor de telecomuni-cações é saber unir as empresas do segmento, governo e operadoras em prol de resolver e responder a esta “sede de conectividade do povo brasileiro”.Humberto Cagno, Vice-Presidente Executivo e Diretor Geral da Siemens Enterprise, observou ainda que “nós vamos ser todos móveis, só não so-mos todos móveis hoje porque ex-iste um paradigma para as opera-doras e para todos os legisladores e para as Agências regulatórias entre cobertura e qualidade de serviço. [...]Nós, como provedores de soluções, e as operadoras temos que agir mais em conjunto. Tem que fazer mais parcerias para ver como a gente endereça estes problemas específi-cos da utilização das novas tecnolo-gias para aumento da produtividade do ponto de vista dos empresários”.

Futurecom 2010

Page 42: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

42 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 43 | www.corpbusiness.com.br

Privacidade

O tema também foi alvo da discussão, no qual, o deputado Sameghini de-fendeu que pode sim existir uma leg-islação para as redes sociais, para os iniciantes, mas ela precisa também ser protegida e segura o suficiente para os que querem fazer negócios. Segundo ele, há em tramitação um acordo entre o governo e o ministério da justiça em prol de um projeto que tipifica a parte dos crimes cibernéti-cos, que ainda não foram colocados como crimes.Luiz Eduardo Falco acrescentou que o tema é árduo, pois é preciso entender o comportamento do usuário para tentar oferecer coisas interessantes. “O que eu acho que a gente tem que fazer é algumas regulamentações do que não pode fazer. O que não pode fazer não pode fazer”, enfatizou. Já Roberto Lima comentou sobre al-guns aspectos ligados ao problema. O primeiro o legal, “a lei existe e garante confidencialidade e privacidade em algumas situações”. Ele acredita que as operadoras têm que dar a garan-tia aos clientes de que os dados das operações estão protegidos. Num se-gundo momento, ele destacou que o problema é quando tem que que-brar o sigilo por uma decisão legal e “e então você tem que ter a área que vai receber esse pedido e que vai pro-cessar [...] Então esta área da empresa tem que ser montada com um nível de independência, de competência técnica a prova de qualquer tipo de coisa”. Quanto à privacidade em si, ele acredita que ela vai ser reduzida no futuro, pois “todo mundo vai saber de tudo”. “As pessoas estão expostas e nas redes sociais haverá uma transpar-ência ainda maior”, enfatizou. O último aspecto, para o executivo, é a questão da invasão da privacidade das pessoas através de mensagens comerciais, muitas vezes ligadas ao segmento das operadoras. Segundo o executivo, esta questão também pre-cisa ser discutida para inverter a lei. “Hoje as pessoas tem que dizer que não quer receber e aí não recebe. O que tem que fazer é o seguinte nin-guém quer receber a não ser que ele diga quer receber”.

Neutralidade da Rede

“Ela nasce até para garantir a concor-rência de uma maneira geral sobre o uso dessa rede até nas parcerias, aquele que seja detentor de um ped-aço não tenha preços completamente diferentes que tire a concorrência do outro”, está é a definição do deputado sobre a neutralidade da rede. Para ele, o problema é sério e precisa ser re-solvido, lembrando sempre da garan-tia da concorrência.Luiz Eduardo Falco, presidente da Oi, completou dizendo que a rede é neu-tra por definição para o cliente final, mas que a esperteza das empresas também precisa existir. “Então a neu-tralidade de rede tem que ser isonômi-ca para o cliente final”. Investimento em previstos para o setor de telecom TI

Para finalizar o debate as empresas falaram um pouco sobre os futuros investimento no setor de telecomu-nicações e TI. Para a Vivo, o período de maio de 2011 ou 2012 haverá um novo “round de investimento para 4G”. A Ericsson acredita que o setor deva crescer mais ou menos 40% se seguir a tendência do PIB que pode ficar de 5% a 7%. Já a IBM prevê que seja maior que 2%.

Terceiro dia No quarto e último dia de evento, o presidente da TAM, Líbano Barroso, anunciou em primeira mão que o Brasil teve “seu primeiro voo com ce-lular abordo das Américas”. Por meio da parceria firmada com a OnAir, em-presa fornecedora de sistemas para uso de celulares em aeronaves, os pas-sageiros da empresa podem usar ser-viços de dado e voz via celular durante os voos.O CEO da TAM informou que o pri-meiro voo com esta tecnologia de-sembarcou às 9h20 daquele mesmo dia (28). O sistema da aeronave A321, primeira a disponibilizar a novidade, utiliza a rede GPRS e pode ser acessada por meio de dispositivos GSM. O recur-so tem capacidade de 100% do uso de dados e até oito pessoas podem utili-

zar o serviço de voz ao mesmo tempo, segundo o executivo. Para Barroso, a expectativa é que em um ano e meio toda a frota da companhia disponibilize o sistema. Durante sua apresentação, o executivo ressaltou que a TI e a telecom são meios de aproximar as pessoas.Alguns minutos depois iniciou a dis-cussão sobre o tema: As oportunidades e os desafios para a disseminação da TV Digital no Brasil e América Latina, que contou com a participação de nomes importantes dos setores de TV por assi-natura, de softwares, de telecom, repre-sentantes do governo e Anatel. O medi-ador foi Maurício Kakassu do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD).Virgílio José Carreira Amaral, diretor de tecnologias estratégias da TVA e Alexan-dre Annemberg, da ABTA – Associação Brasileira de Telecomunicações por Assi-natura fizeram uma breve apresentação sobre seus papeis no setor. Em seguida Zalkind Lincoln Dantas Rocha, sócio da empresa HXD Interactive Television, res-saltou que a “digitalização da TV cria um novo mercado para a área de software. [...] Há uma grande oportunidade de poder levar para a TV toda a experiên-cia de serviços de entretenimento in-terativo que a gente já têm em outros serviços como internet, como mobile”. Ele destacou que o grande desafio é na questão da disseminação e do modelo de interatividade que ela vai utilizar.Roberto Pinto Martins, secretário das comunicações do Ministério das Co-municações, falou sobre as primeiras ideias sobre o tema e colocou o quest-ionamento em pauta: “O que a televisão digital aberta pode contribuir para o desenvolvimento do Brasil?”. Já Marconi Thomaz Maya , da Anatel, reforçou a função da Agência de trabalhar em con-junto com os setores do governo na im-plantação das políticas públicas.Marco Bravo, responsável pela área de soluções e indústria de desenvolvim-ento da área de softwares da IBM, José Munhoz, diretor executivo da SET – So-ciedade de engenharia de telecom, Wilson Cardoso, responsável pela área de tecnologia da Nokia Siemens para América Latina, e André Barbosa Filho, assessor da Casa Civil, também fizeram uma breve apresentação para introduzir seus papeis no segmento da TV Digital.

Futurecom 2010

“Há sim um apoio a radiodifusão aberta, mas não a uma emissora”, Roberto Pinto ( Assessor da Casa Civil ).

Page 43: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

42 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 43 | www.corpbusiness.com.br

Debate:

Roberto Pinto iniciou o painel dizen-do que diferentemente do que ocor-reu com a definição do padrão do sistema de cor analógico, o objetivo do setor era buscar uma internaciona-lização deste sistema, adotado pelo Brasil. “Observamos um processo de integração muito forte, não apenas do ponto de vista comercial, mas também um processo de integração do ponto de vista geopolítico e do ponto de vista de desenvolvimento de ciência e tecnologia”, declarou.O assessor da Casa Civil complemen-tou a discussão levantando novas questões que permeiam a dissemi-nação da TV Digital, principalmente em relação a convivência com outras plataformas digitais. Segundo ele, é fundamental ter uma consciência da decisão dos Ministérios em defender a radiodifusão e não apenas uma emissora como algumas pessoas in-sinuam. “Há sim um apoio a radiodi-fusão aberta, mas não a uma emis-sora”, ressaltou. “Estamos trabalhando para que em 2011 a gente possa ter uma rede importante de TV publica para lançar aplicativos voltados pra serviços públicos, como consultas médias, educação a distância entre outros”, acrescentou.Em seguida Alexandre Anemberg fa-lou um pouco sobre o papel das TVs por assinatura no processo de imple-mentação da TV digital no Brasil e na América latina e ainda entrou no tema sobre o SBTVD (Sistema Brasileiro de Televisão Digital ). “Sobre o padrão a ser adotado, a TV a cabo tinha pouco a acrescentar porque o padrão de transmissão não é algo que afete a TV por assinatura. No entanto, nós tínhamos uma proposta de fazer um lançamento da TV Digital aberta e ini-cialmente utilizando a plataforma de TV a cabo por dois motivos, primeiro porque isto viabilizaria o desenvolvi-mento de um set-top box híbrido, que fosse utilizado tanto pela tele-visão aberta e pela televisão paga e com isso criaria uma economia de es-cala. Em segundo lugar, pois utilizan-do a rede de TV a cabo se viabilizaria imediatamente uma plataforma de interatividade que no fundo é aquilo

que de mais importante se espera do desenvolvimento da TV digital”, explicou Anemberg. O objetivo era viabilizar o lançamento que aceler-asse o desenvolvimento de uma in-dústria nacional de set-top box.Virgílio José Carreira Amaral, dire-tor de tecnologias estratégias da TVA, criticou quem defende que o padrão TV digital como sendo uma proteção contra a TV paga, pois esta também é uma instituição de conteúdo. “É prestação de serviço e ela não é, e nunca foi, nada contra a TV aberta. Então acho que a gente tem que começar a mudar o dis-curso”, ressaltou. O executivo ainda explicou que a TV digital aberta é dividida em 3 partes: conteúdo, dis-tribuição, interatividade. Para ele, o problema não é “que a nossa caixa não tem interatividade ou tem in-teratividade. É que o software que há na caixa faz tudo, ele gerencia 100% da caixa” e que isso é que difi-culta a implantação do segmento digital.Amaral ainda falou sobre a integ-ração do Ginga com o sistema op-eracional da TV paga, mas ressaltou que quando ele fosse para o canal aberto esta integração poderia não dar certo.“A TV não pode ter nenhum distúrbio de tecnologia e quando você coloca dois sistemas não integrados simplesmente o sistema tem que sair de uma plat-aforma e ir pra outra e isto dentro de uma experiência de ver TV no mundo digital seria uma vergonha. A grande dificuldade hoje é esta in-tegração e nossa missão é dar esta disponibilidade”, concluiu.

Para o assessor da Casa Civil, esta in-tegração é particularmente favoráv-el, principalmente na integração do set-top box, no entanto, a indústria de software no Brasil ainda não esta visualizando isso como oportuni-dade doméstica e internacional. Sobre o mesmo assunto, a Ana-tel finalizou afirmando que ela tem obrigação de viabilizar a “in-fraestrutura” e nesse caso está es-tudando espectro de frequência. Desde os “primórdios” a Agência trabalha para “encontrar as mel-

hores soluções possíveis para cada um dos padrões”. Marconi Thomaz Maya ainda apontou mais um obstá-culo a ser superado: a falta de pro-fissionais técnicos qualificados. “Já é de conhecimento que o profissional na área de TI é difícil de encontrar. Quanto mais amplo o conhecimento exigido, mais difícil”, complementou Zalkind Lincoln Dantas Rocha Andre Barbosa informou que em parceria com Banco do Brasil, o gov-erno desenvolverá um projeto para formação e capacitação de program-adores, que começará em 2011. “A estimativa é um pouco audaciosa, nós sabemos que o mercado estima-do em 50 mil programadores aproxi-madamente é o déficit que nos te-mos”, disse o assessor da Casa Civil. “É um número muito grande, mas a gente vai procurar atender estes 50 mil no primeiro ano de 2011 e para isso a gente precisará ter o apoio das Universidades Públicas”.Para a IBM, a solução tem que ser mais consistente. “Ou a gente começa a fazer coisas mais agressiv-as e permite que profissionais forma-dos de fora venham nos ajudar pro desenvolvimento do País ou a gente vai ter um problema sério de desen-volvimento de infraestrutura em to-dos os níveis”, enfatizou. “É polêmico, mas não dá tempo! A gente pensar na demanda de software que tem que ser construída nos próximos 4,5 anos não dá tempo da gente formar pessoas para o que este País pode produzir de software”.

Terminando

O que se pode concluir da edição de 2010 da Futurecom é que, se a feira não acrescentou muita coisa em ter-mos de lançamentos tecnológicos, muito se avançou e mostrou em debates e discussões de temas im-portantes para o avanço – principal-mente no setor de Telecom – da tec-nologia e dos negócios no País. Nas próximas páginas acompanhe algu-mas conversas que realizamos com executivos de importantes players de mercados presentes na feira.

Futurecom 2010

“O que eu acho que a gente tem que fazer é algumas regulamentações do que não pode fazer. O que não pode fazer não pode fazer” Luiz Eduardo Falco (Oi)

Page 44: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

44 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 45 | www.corpbusiness.com.br

A líder mundial no fornecimento de tecnologia e serviços para op-eradoras de telecomunicações,

Ericsson, apresentou durante a 12ª edição da Futurecom o estudo: 2020: 2 bilhões de dispositivos conectados no Brasil. O levantamento aponta que o aumento na capacidade das redes e o desenvolvimento da tecnologia da banda larga móvel para 4G são dois dos principais fatores que permitirão que o mundo chegue a 50 bilhões de dispositivos conectados.Diante deste futuro, conversamos com Carla Belitardo, Diretora de Desen-volvimento de Negócios e Mercados da Ericsson para saber um pouco mais sobre a participação da companhia no evento e sobre seus projetos relaciona-dos ao segmento de TI e telecom.

Inter IT: Como foram estes dias de feira para a Ericsson?Carla Belitardo: Eu senti basicamente que o interessante foi a atitude das discussões além do setor de telecomu-nicações. A gente teve aí um espaço grande para as indústrias. O governo também discutiu as grandes necessi-dades de uma infraestrutura de teleco-municações. Acho que este foi um ponto que a gente [Ericsson] ressaltou bastante, pois era uma coisa que a empresa estava pesquisando. Vimos que real-mente neste ano, até pelo intuito Copa e Olimpíadas e preparativos para o fu-turo próximo, tiveram painéis falando sobre segurança e outras soluções de telecom. A feira teve algumas coisas diferenciadas em relação ao ano pas-sado.

Inter IT: O que a empresa trouxe para o evento neste ano?CB: Nesse ano a gente resolveu traz-er uma mensagem mais voltada ao mundo conectado, uma visão das 50 bilhões de conexões em 2020 e como a gente está tentando colocar a in-dústria preparada para estas novas

tecnologias. E não é só a indústria de telecom e TI , mas as outras indústrias que também se beneficiarão de uma solução de telecom mais completa. Então foi assim que a gente tentou se posicionar. Trouxemos soluções não só de plataforma de softwares, mas tam-bém soluções de segurança.

Inter IT: E como a pesquisa foi desen-volvida?CB: A Ericsson fez este estudo com base na análise de várias informações, a gente consolidou dados de outras pesquisas, de outros estudos de merca-do e criamos o nosso próprio modelo. E com isso, observamos que serão 50 milhões no mundo e na América Latina 2 milhões.

Inter IT: E o Brasil está preparado para este crescente fluxo de conexões ou ai-nda é preciso um grande investimento no setor?CB: Antes de investimento a gente tem que explorar e desenvolver a conscien-tização das próprias indústrias, do gov-erno e da própria cooperação de que a gente pode se beneficiar com o uso da tecnologia. Então não é simplesmente capacidade de rede ou cobertura é também conscientização. Hoje, por exemplo, uma solução de mobile health pode trazer benefícios muito interessantes para o segmento de saúde. Hoje áreas onde eu não con-sigo chegar com um médico, eu con-sigo chegar com uma tecnologia re-mota dentro de um celular e conseguir dar um atendimento remoto. Então às vezes o custo é menor do que enviar até aquela localidade. Não é questão de custo, é questão de conscientização e utilização da tecnologia. O ponto é a gente conseguir divulgar, conscientizar e saber se beneficiar dela. É claro que a tecnologia tem que estar disponível, acessível, mas também o trabalho forte de conscientização e de regulação do governo e incentivo são cruciais para isso acontecer mais rápido.

Inter IT: Muito se fala que os próximos eventos esportirvos realizados no Brasil demandarão um grande inves-timento em serviços de telecomuni-cações. A Ericsson tem alguma estra-tégia no desenvolvimento de soluções próprias para a Copa e Olimpíadas?CB: A gente está trabalhando pra identificar soluções importantes e ne-cessárias para a Copa e Olimpíadas. Estamos montando um grupo de tra-balho de inovação para olhar isso com bastante afinco. Mas a gente olha de uma maneira também geral, por ex-emplo na saúde, não necessariamente está ligada aos eventos esportivos. Ela é uma coisa que todo mundo se convence quanto é utilizada a tecno-logia, então as soluções do segmento também vão direcionar nicho para os eventos.É uma coisa que a gente está olhan-do, segurança também e a gente está olhando basicamente várias neces-sidades de várias indústrias. Olhamos também muita coisa de entreteni-mento, de aplicação com vídeo, paga-mentos móveis. É uma visão bem am-pla.

Inter IT: E com a estratégia atual das operadoras, este “mundo conectado” vai suportar a demanda?CB: Cabe a gente, parceiros das opera-doras, ajudarmos no planejamento e na identificação deste potencial de mercado e dos desafios que estão por vir. A preparação deve ser com-pensada já. Nós queremos ajudá-los a identificar que existe este potencial de mercado, mercado corporativo, mercado de verticais pra que eles ve-jam qual a melhor maneira de chegar e trazer isto mais rápido. A gente quer mostrar também que o ponto não é a capacidade da rede, é tudo, é a integração de tudo, da rede, dos sistemas, da inteligência dos siste-mas, mas o modelo de negócios tem que ser reestruturado, o desafio não é só tecnológico, vai além.

Futurecom 2010 Entrevista

Carla Belitardo, da Ericsson“Nesse ano a gente resolveu trazer uma mensagem mais voltada ao mun-do conectado”

Page 45: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

44 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 45 | www.corpbusiness.com.br

Com foco no mercado latino ameri-cano, as companhias líderes glo-bais de soluções de tecnologia da

informação e comunicação EMC, VM-ware e Cisco apresentaram a Futurecom 2010 a aliança estratégica VCE voltada ao desenvolvimento de soluções para virtualização e datacenter.A joint venture apresentou entre os dias 25 e 28 seus lançamentos e o vice- presidente da VCE para América Latina, Leon Taiman, nos concedeu uma breve entrevista para falar um pouco mais so-bre a chegada da empresa ao mercado. Inter IT: Qual foi o balanço desta edição da Futurecom?Leon Taiman: Extraordinário, é uma feira extremamente rica de conteúdo, de presença de setores de telecomuni-cações e TI, com presença de parceiros e empresas de primeira categoria em tecnologia. E nós estamos achando muito interessante estes dias onde há uma convergência entre TI e Telecomu-nicações e eu acho isso muito bom para o mercado. Inter IT: E o que é exatamente a VCE?LT: A VCE é uma aliança estratégica en-tre VMware, Cisco e EMC com partici-pação da Intel. Mais que uma parceria, ela é uma joint venture, cada uma das empresas apostou dinheiro, apostou capital para formar uma empresa cujo nome é Virtual Computing Environ-ment – Ambiente de computação vir-tual.O foco é agarrar o melhor da tecnolo-gia de cada uma das empresas que for-mam esta coalizão e integrá-los numa única infraestrutura convergente, que nós chamamos de vBlock. Inter IT: E o que é o vBlock?LT: O vBlock contém o networking da Cisco - quando você pensa em Cisco você pensa em redes, então tem as re-des da Cisco - inclui os servidores da Cisco, inclui a tecnologia dos processa-dores Core da Intel. Da VMware inclui o software de virtualização para empre-sas e desktops e inclui armazenamento,

segurança e gestão da EMC.E o que faz esta plataforma conver-gente ser diferente?! Esta plataforma foi desenhada para um mundo cloud, não foi desenhada para um mundo físico, para um mundo ineficiente. Ela é desenhada para o cloud computing e aí temos o privado, público e o híbrido. É a única solução no mundo que inclui armazenamento, computação, virtual-ização e networking, é uma rede de-senhada para o cloud. As características chaves que estão sendo desenhadas são segurança, des-empenho, confiabilidade, multi tenan-cy – múltiplos clientes que convivem – dentro do cloud e flexibilidade, porque a plataforma tem que ser eficiente. Inter IT: Quando foi feita a aliança entre estas empresas?LT: A aliança foi feita em 2009 e foi rati-ficada em maio de 2010 com Michael Capellas, ex-CEO da Compaq e hoje CEO da VCE. Agora em outubro an-unciamos que vamos ter presença na América latina e eu passo a tomar a liderança da América Latina para a VCE. Vamos funcionar no Brasil, México e demais países. Inter IT: Como está o mercado brasileiro de cloud? O País está preparado para absorver esta tecnologia?LT: Acho que o Brasil está preparadís-simo, acho que o mercado está pre-parado e as empresas que vão oferecer cloud estão pensando em desenvolver soluções para o mercado.Neste mercado há três tipos, as grandes empresas, as PMEs e os usuários. As em-presas grandes têm uma infraestrutura muito ineficiente com alto custo de op-eração e essas empresas precisam de um modelo de negócio mais flexível e mais eficiente. Para isso vai ser muito grato ir ao cloud, comprar ou alugar serviços de cloud.As empresas pequenas e médias no Brasil e na América latina, não têm nada. Então tem uma barreira de en-trada de alto custo da Tecnologia da In-formação. Para poder crescer, o cloud-levará oportunidade a estas empresas

de não terem que comprar infraestru-tura, instalá-la, montar um datacenter e contratar pessoas e sim alugar e pagar somente por isso. Então ocloud acom-panhará o crescimento de PME a grande empresa. E para nós usuários, tem que ir em busca da internet, que exige muito mais armazenamento. Usar um termi-nal móvel para começar a aproveitar as ofertas de cloud computing das opera-doras de telecomunicações.Então o mercado está pronto e vai crescer muito rápido porque o custo é baixo, a segurança está dentro da solução e a performance é melhor. Esta é uma tendência global, mas eu acho que na América Latina, no Brasil vai ser mais acelerado a adoção que em outros países. Outras empresas já têm muita in-fraestrutura de TI, houve um investimen-to muito grande nos últimos anos e aqui no Brasil temos um mercado PME ab-solutamente grande que vai crescer e se converter nas próximas grandes empre-sas brasileiras de 2020, e estas empresas precisam crescer no modelo cloud. Inter IT: E como será a estratégia da em-presa no País?LT: Vamos ter muitos relacionamentos com parceiros. O mercado brasileiro é enorme então eu não vou poder contratar gente suficiente no Brasil para atender o mercado brasileiro. Então nós estamos conversando com parceiros ex-istentes e novos da EMC e Cisco e da VM-ware para atender nossos clientes. Inter IT: E em relação a “apresentação” do vBlock para o mercado?LT: A estratégia principal é com parceiros, então estamos trabalhando com parceiros que podem ser distribuidores e canais da VCE para poder levar o vBlock para o mercado. E a segunda estratégia é a integração do vBLock com as aplicações, porque senão funciona no Microsoft Exchange, se não funciona no SAP, ou Oracle ou outras aplicações sobre vBlock para que vai servir?! Então são as duas coisas, parceiros para poder comercializar e sistemas deapplication partners para poder se integrar à aplicação.

Entrevista Futurecom 2010

Leon Taiman, da VCE

A VCE é uma aliança estratégica entre VMware, Cisco e EMC com participação da Intel. Mais que uma parceria, ela é uma joint venture

Page 46: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

46 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 47 | www.corpbusiness.com.br

A Phone2Business é uma companhia nacional espe-cializada no segmento de telefonia sobre IP e durante o Futurecom 2010, a empresa anunciou oficialmente o início de sua operação no mercado brasileiro.Tivemos um bate papo durante a feira com Ricardo Pinto, diretor executivo da phone2business, para sa-ber um pouco mais sobre o lançamento da empresa no mercado nacional e sobre suas práticas e soluções para telefonia IP.

Inter IT: Como foram os três dias de Futurecom e o que ela representou para a empresa?Ricardo Pinto: Olha a feira não poderia ter sido mel-hor. Nosso estande foi extremamente visitado, não paramos um único minuto. Diferente até de outros estandes, que apresentam folders e não diretamente o produto, aqui a gente apresentou o produto e o tes-tou com o cliente. E é isto que o cliente quer ver, se você quer ver novidades então temos que mostrar.

Inter IT: E o que vocês trouxeram para o evento?RP: Nós trouxemos um PABX IP onde em uma única solução você tem todos os recursos que você neces-sita de forma muito fácil. Ele é mais acessível e de fácil configuração. Você que nunca configurou um PABX após três exercícios você conseguirá fazer, simples assim. A solução tem o mesmo nome da empresa, Phone2Business.Além disso, nós estamos fazendo o lançamento da empresa na Futurecom, mas o produto ele já está no mercado. Foi investido 3 milhões de reais no desen-volvimento do produto e nós ainda vamos investir mais um milhão de reais em seu lançamento.

Inter IT: E como será isso será feito?RP: Nós faremos 80 eventos em todo o território na-cional para capacitar os canais. Quem cuida da nossa logística é a empresa Aldo Distribuidora, que é um dos maiores distribuidores de tecnologia da informa-ção no Brasil. Vale ressaltar que ela não é uma par-ceria, e sim uma aliança, devido aos princípios que sustentam seu próprio conceito.

Inter IT: Qual o diferencial da empresa Phone2Busi-ness?RP: Um dos diferenciais é que os nossos clientes eles vibram com as nossas conquistas e os nossos avan-ços. Na feira, por exemplo, também estamos celeb-rando o início da operação da fábrica no Chile, é o início da nossa operação internacional.

Inter IT: E quais as expectativas para o final deste ano e para 2011?RP: Já temos 60 colaboradores espalhados em escritórios do Rio, São Paulo e até o final do ano estaremos abrindo em Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Goiânia e Fortaleza, todas já estão encaminhadas.A expectativa para o ano que vem é nós montarmos toda nossa base de revendas, já suportadas pelas Aldo, que já tem 9 mil revendas em todo o Brasil. Com estes eventos, iremos realizar a capacitação comercial e técnica em todas as regiões para os canais.

Inter IT: Qual a visão da empresa pro futuro da telefonia IP no Brasil?RP: O futuro é a telefonia IP, o futuro não é você ter mais uma linha telefônica, o futuro é você ter um único serviço e esse serviço já levar dados, voz e imagens. E isso já é na re-alidade o presente, mas quando eu digo o futuro é porque você vai ter uma empresa que vai te prestar o serviço de última linha com a possibilidade de você comprar o serviço de quem você quiser.

Inter IT: E você acredita que a telefonia IP irá substituir a convencional? E quais as vantagens desta tecnologia?RP: Vai! Dentro de 3 a 5 anos seguramente. Toda a rede da operadora de telefonia GVT ela é IP, por exemplo. A tecno-logia é rápida e consegue prestar vários serviços. A mobili-dade e a flexibilidade são as principais vantagens.

Futurecom 2010 Entrevista

Ricardo Pinto, da Phone2Business“Já temos escritórios do Rio, São Paulo e até o final do ano estaremos abrindo em Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Goiana e Fortaleza.”

Page 47: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

46 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 47 | www.corpbusiness.com.br

Security solutions for a changing worldOberthur Technologies is a world leader in the field of secure technologies. Innovation and high quality services ensure Oberthur Technologies’ strong positioning in its main target markets:

Card Systems: The world’s second largest provider of security and identification based on smart card technology and associated services for mobile, payment, transport, digital TV and convergence markets.

Identity: Leading international supplier for the manufacture and personalization of secure identity documents such as passport, identity card, driving license or health care card – traditional and electronic – and associated services for both governmental and corporate markets.

Security printing: World’s third largest private security printer specialized in high security for the production of banknotes, checks and other fiduciary documents in more than fifty countries.

Cash protection: World leader in the market of intelligent systems to secure cash-in-transit and ATM.

Close to its customers, Oberthur Technologies benefits from an industrial and commercial presence across all five continents.

www.oberthur.com

ot_corp_10_210_280_en.indd 1 19/10/2010 14:17:38

Page 48: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

48 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 49 | www.corpbusiness.com.br

Segundo estimativa do IDC Brasil, especializado em inteligência de mercado, consultoria e eventos

para as indústrias de Tecnologia da Infor-mação e Telecomunicações, o País pode registrar ainda neste ano um crescimento de 14% neste mercado.

Para a companhia brasileira Business Mobile, esta tendência vem sendo obser-vada e, por isso, a empresa optou por in-vestir em sua capacidade produtiva e em seus profissionais visando oferecer con-sultoria em BI. Desde então a companhia passou a elaborar e implementar o modelo de dados, desenvolver processos de extra-ção, transformação e interface, tudo com foco neste segmento.

Em julho deste ano a companhia rece-beu o prêmio TOP of Business 2010 nas categorias de desenvolvimento de produto inovador e qualidade na prestação de seus serviços.

Outra tendência destacada pela em-presa é em relação aos investimentos em serviços de TI. Um levantamento realizado pela consultoria Gartner apontou que o Brasil somará cerca de US$ 22,1 bilhões de investimentos no setor de serviços em 2013. Ainda este ano, estima-se que sejam aportados US$ 16,5 bilhões nos serviços de TI brasileiros.

Diante desta realidade, a Business Mo-bile investe também em sistemas móveis e web voltados principalmente para os setores de seguros, indústria e comércio. “Nossa metodologia de desenvolvimento envolve diretamente o cliente, que partici-pa ativamente de todas as fases do projeto opinando, criticando e avaliando os pré-re-sultados visando adequação a suas neces-sidades”, declarou a companhia.

Dentre seus produtos já comercial-izados, a empresa destaca alguns: Guia

Médico, Sistema para Pesquisas, Questionários e Check List, Sistema de Força de Vendas, Simuladores de Vida e Previdência, Indicadores de BI, Sistema de Gestão de Medicina Preventiva, Sistema de Gestão de Pacientes Crônicos, entre outros.

No primeiro semestre do ano a companhia lançou em parceria com a Neel Brasil, provedora de soluções em tecnologia de identificação e pro-cessamento, um produto destinado a feiras, eventos e ações de marketing, o eEvent. A solução é focada na cap-tação de dados em campo, especial-mente em operações relacionadas a vendas e cadastro de clientes. O objetivo do sistema é otimizar e auxil-iar na tomada de decisão e gerencia-mento das informações do evento no próprio local.

BI em franco crescimento na América Latina O mercado de Business Intelligence gerou em 2009 cerca de US$ 504 milhões na região da América Latina. Só o Brasil aplicou em torno de US$ 251 milhões neste segmento. Da Redação

Mercado

Page 49: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

48 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 49 | www.corpbusiness.com.br

Page 50: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

50 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 51 | www.corpbusiness.com.br

O Natal está chegando. As lojas e operadoras estão abastecendo suas prateleiras com as últimas

novidades e preparando promoções para turbinar as vendas. Por isso mesmo, para muita gente, é hora de trocar de smart-phone ou estrear no mundo maravilhoso da mobilidade.

Para muita gente, a escolha de um smartphone e do plano da operadora se limita às “barganhas” que as próprias op-eradoras oferecem. As ofertas são tenta-doras; muitos aparelhos são fornecidos por preços muito baixos, alguns até de graça. Mas é preciso tomar cuidado, pois muitos desses smartphones são modelos encalhados. Outras vezes, é uma “limpe-za de estoque” para o recebimento de um sucessor. Há ainda quem ofereça pacotes de milhares de minutos por um preço ten-tador -- até você descobrir que só valem apenas para um determinado número fixo ou entre números apenas daquela opera-dora.

Não gosto de estimular as pessoas a trocar de aparelho o tempo todo, compran-do sempre a última novidade. A tecnologia ideal não é a mais avançada; é aquela que supre as necessidades do usuário. Con-sidero a compra de um aparelho caro e subutilizado tão errada quanto a compra de um mais simples sem as ferramentas que o usuário realmente precisa. Din-heiro não aceita desaforo, e o gasto que envolve a compra de um aparelho e o contrato com a operadora não é algo que deva ser desprezado.

Então, como fazer a escolha certa?Antes de pesquisar preços os analisar

ofertas de operadoras, uma questão es-sencial precisa ser respondida: o que você precisa num smartphone?

A lista é imensa: vai desde e email, Of-fice, comunicadores instantâneos e redes sociais até aplicativos específicos para categorias profissionais e empresariais. Sim, hoje estamos vivendo a era dos “app phones”. Afinal, qual um sentido em reco-mendar uma determinada plataforma para

um médico, por exemplo, se não há uma loja de aplicativos com softwares médi-cos?

Por outro lado, se você quer apenas email e mensagens instantâneas, inter-net rápida (a chamada 3G) pode ser até desnecessária. Além do aparelho ficar mais barato, a internet mais lenta poupa bateria e deixa a conta mais enxuta no fim do mês.

Recentemente fui chamada por um profissional para ajudá-lo a escolher seu novo dispositivo móvel. Dono de um vet-erano Nokia N95, usado apenas para fa-lar e tirar fotos, ele ficou pasmo quando soube que já tinha um smartphone em mãos! Customizamos o aparelho e, no fim das contas, ele só precisou contratar um singelo pacote de dados.

Enfim, cada caso é um caso. Resta saber qual é o seu.

Plataformas

Embora o iOS (sistema operacional que habita os iPhones, iPods touch e iPads) e o Android (sistema concebido pelo Google presente em uma grande variedade de marcas) sejam o centro das atenções da mídia e dos blogs, não devemos negligenciar as demais plata-formas. Symbian, Blackberry e Windows Phone são opções interessantes que oferecem várias vantagens em cima dos pontos fracos dos queridinhos do mo-mento.

Embora alvo de críticas com relação a um futuro obscuro, o Symbian está em mais de 60% dos smartphones ativos no país hoje, quase todos Nokia. Não tem uma loja de aplicativos generosa -- e a Ovi Store ainda nem oferece apps pagos por aqui -- contudo, é uma alternativa in-teressante para quem não quer contratar planos de dados caros. iOS e Android são gastadores por natureza, tanto de conexão quanto de bateria, e, com o Symbian, muita gente não desembolsa mais que R$ 20 por mês usando email, mensagens instantâneas e o navegador. Tampouco deixa o usuário em pânico no

meio do dia, à procura de uma tomada.O Windows Phone está numa fase

de transição; embora descontinuado, al-guns aparelhos com a versão 6.5 ainda são vendidos por aqui. Porém todos os olhos agora se voltam para o 7, que aca-bou de estrear. Ainda não há data para sua chegada no Brasil. Aparelhos com 6.5 não poderão receber o 7, pois o hardware é incompatível.

E os Blackberry continuam reinando nas empresas. Muito se fala dos sistemas da Apple e Google ameaçando o reinado corporativo da RIM -- abreviação de Re-search in Motion, nome da canadense criadora do aparelho que virou ícone yup-pie e hoje é sinônimo de estabilidade e segurança para milhares de empresas. Nenhuma outra plataforma permite con-trole total dos aparelhos remotamente pelo departamento de TI; nenhuma outra plataforma permite que se use uma rede de dados tão segura e difícil de se pen-etrar, gerando segurança para quem lida on-the-go com informações cruciais da companhia; os Blackberry são os únicos dispositivos cuja rede de dados passa por servidores próprios, evitando a intercep-tação por terceiros. Por causa dessa “mu-ralha” a RIM arrumou uma confusão das arábias (com trocadilho), deixando auto-ridades do oriente médio enfurecidas por não poderem penetrar na rede dos Black-berry, e consequentemente, sem monito-rar as atividades dos usuários.

Para resumir a história: analise as pro-moções de Natal, mas evite comprar sem pesquisa, por impulso ou seguindo modis-mos. Conheça suas necessidades e tome cuidado com as ofertas miraculosas. Pro-curar mais informações em blogs e redes sociais também pode ajudá-lo a conhecer a fundo o seu futuro smartphone antes de tê-lo em mãos. Essas pesquisas podem salvá-lo de grandes micos!

Bia Kunze é consultora em tecnologia móvel, palestrante, blogueira e podcaster no site www.garotasemfio.com.br e co-mentarista da rádio CBN Curitiba.

Vai comprar um smartphone?Dicas para quem vai trocar de aparelho ou entrar no mundo da mobilidade neste Natal

Por Bia Kunze

Colunistas

Page 51: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

50 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 51 | www.corpbusiness.com.br

No último mês de novembro, a CorpBus!ness e a revista Inter IT realizaram, na cidade de São

Paulo, a terceira edição do congresso Universidades Corporativas, que con-tou com a presença de quase 150 congressistas, num mix de executivos de algumas das principais empresas brasileiras, que se reuniram durante o dia de palestras e apresentações para discutir as melhores práticas e apresentar cases dentro desse impor-tante segmento para a área de Re-cursos Humanos e Desenvolvimento Organizacional de qualquer empresa, independente do porte. A primeira apresentação do dia foi conduzida pela executiva Roberta Faraco, Dire-tora de Universidade Corporativa da consultoria de negócios e auditoria Ernst & Young. Roberta iniciou sua palestra mostrando um panorama geral do funcionamento do programa de universidade corporativa da Ernst & Young, o primeiro desse tipo im-plantado em uma empresa de audi-toria no Brasil. Na Ernst, segundo Ro-berta, a missão do programa é formar os profissionais jovens da companhia para que cheguem ao cargo máximo na empresa: sócio. De acordo com a executiva, a outra missão do pro-grama é gerar talentos para a com-panhia, aprimorar o trabalho desses jovens profissionais para que possam servir a Ernst sempre de maneira cada

vez melhor. Roberta citou que o programa nasceu na gestão do atual COO da Ernst, e que hoje a empresa des-tina 5% do seu orçamento para a Universidade Corporativa. Explicou também que o programa foi criado como uma unidade de negócio da empresa, tendo suas metas e – até mesmo – MVV, Missão, Visão e Va-lores próprios. A executiva continu-

ou sua apresentação contando um pouco sobre o processo de fusão da Ernst com outra grande auditoria mundial, a Terco, e como vem sen-do a participação da Universidade Corporativa no processo de trein-amento dos novos profissionais que chegaram durante esse processo. Roberta finalizou a apresentação mostrando alguns números da Uni-versidade Corporativa da Ernst, que realizou quase 700 treinamentos en-

O ensino como arma de crescimento corporativoCorpBus!ness e revista Inter IT realizam a terceira edição do congresso Universidades Corporativas que contou com apresentações Ernst & Young, Fundação Unimed e Sadia, entre outras empresas, e teve a presença de quase 150 executivos discutindo as melhores práticas do segmento.

Por Danilo Pádua / Fotos: André Pera - Divulgação

tre 2007, quando surgiu o programa, e 2009, com mais de 17 mil profissionais participantes.A apresentação seguinte foi comandada por Simone Afonso, da Sadia, que apre-sentou o painel “Força de Vendas: ca-pacitação como alicerce para resultados reais”, no qual mostrou o histórico do processo de implantação do e-Learning na Sadia e demais marcas do grupo: Resende e Food Services, além de apre-sentar um panorama geral da aplicação do programa de ensino a distância e do e-Learning na empresa que, nas pa-lavras da executiva, seria muito útil no processo de fusão com a Perdigão. “O desafio é alinhar as diferentes culturas e pessoas dentro da mesma companhia”, comentou.Na sequência, Simone mostrou aos con-gressistas um pouco de como é desen-volvido o programa de e-Learning den-tro da Sadia, programa inclusive que chegou a ser premiado pelo e-Learning Brasil, no ano de 2010. A executiva con-tou que o conteúdo dos cursos é desen-volvido inteiramente por sua equipe, que tem cinco profissionais, com a aju-da dos gestores das áreas a que serão aplicados os treinamentos, e que a par-te técnica é criada por uma produtora contratada. De acordo com Simone, na época, 80% dos colaboradores da Sadia já havia realizado os cursos oferecidos pela empresa através do e-Learning e do ensino à distância.A terceira apresentação do dia foi de Alfredo Martini Neto, Superintendente

“O desafio é alinhar as diferentes culturas e pessoas dentro da mesma companhia”, Simone Afonso (Sadia)

Eventos

Page 52: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

52 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 53 | www.corpbusiness.com.br

de Gestão do Conhecimento da Funda-ção Unimed, com o painel “Implantan-do uma Universidade Corporativa de Sucesso - Oportunidades e Ameaças na implantação de uma Universidade Setorial”, no qual falou sobre o uso de programas de Universidades Corpo-rativas na cooperativa de médicos. “A Unimed é focada na necessidade, nós montamos uma Universidade Corpora-tiva onde for necessário”, explicou.Martini continuou sua apresentação explicando que a Universidade Cor-porativa da Unimed tem disponíveis uma série de cursos desenvolvidos através de parcerias, mas que os proje-tos internos – tanto conteúdo quanto a produção – são desenvolvidos inter-namente pela própria equipe da área na Fundação Unimed. Segundo o ex-ecutivo, a fundação teve mais de 25 mil alunos dos cursos de ensino à distância desde sua implantação, em 2005.Na sequência, foi a vez do executivo Renzo Capocci, Gerente Regional Latin America e Caribe da Blackboard, O ex-ecutivo comandou o painel “O que está à frente na educação corporativa? O apoio da Blackboard para as empresas engajadas com a educação”, em que fa-lou sobre o histórico da empresa, que desenvolve soluções e ferramentas para programas de Universidades Cor-porativas, e apresentou aos congressis-tas os cases de sucesso de alguns dos seus clientes no Brasil e no restante da

América Latina.Renzo falou sobre as diferenças que a tecnologia trouxa para as pessoas, du-rante a última década, criando o que chamou de “pessoas móveis”. “Nós vi-vemos em uma sociedade onde o capi-tal é o conhecimento, e a nossa tecno-logia foi pensada para esses indivíduos móveis”, ponderou Capocci.A apresentação seguinte foi da empre-sa Aennova, que desenvolve soluções de aprendizado baseado em jogos, e trouxe para o painel “Game Based Learn-ing: Cases Práticos em Liderança, Gestão de Mudanças e Processo de Compras”, duas de suas clientes: a Basf e a Souza Cruz, que mostraram um pouco do case de aplicação do Game Based Learning em suas organizações. Ana Gismonti, Gerente de Recursos Humanos da Souza Cruz, contou que a principal diferença entre o método de treinamentos baseados em jogos e os métodos tradicionais usados na empresa foi o maior engajamento das equipes de profissionais que realizaram treinamentos com games em compara-ção aos demais. Enquanto isso, Andrea de Oliveira, Gerente Regional de Com-pras Técnicas, Embalagens e Viagens da Basf, citou que o jogo estava rodando há apenas duas semanas na empresa, somente na unidade brasileira, mas que a expectativa vinha sendo bastante positiva, tanto que o projeto já estava sendo localizado para o espanhol, para

aplicação regional em toda a América Latina, além de sua aplicação global já estar em estudo.A executiva Ana Carolina Battisti, Ge-rente de Consultoria da Aennova, explicou um pouco como foi o pro-cesso de implantação dos projetos de Game Based Learning nesses dois clientes (Basf e Souza Cruz), e como a companhia trabalha no processo de adaptação das temáticas e ambientes de jogos (aplicações digitais, jogos de tabuleiro, online, em grupo ou indi-viduais) de acordo com a necessidade e objetivos de cada cliente.Após o almoço, foi a vez do Gerente de Universidades Corporativas do Banco do Nordeste, Luiz Alberto da Silva Júnior, apresentar o case do “Programa de Universidade Corpo-rativa do BNB”. Segundo o executivo, o banco hoje conta com mais de 6 mil funcionários e trabalha há mais de 50 anos com programas especí-ficos para o desenvolvimento de seus colaboradores, na educação profis-sional, linha composta por programas de capacitação interna que poderão ser desenvolvidos nas modalidades: aprendizagem presencial, ensino à distância - através da Comunidade Vir-tual de Aprendizagem, célula de con-hecimento, aprendizagem em ação e programas de capacitação externa promovidos por outras instituições. O Banco do Nordeste também trab-

Eventos

Page 53: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

52 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 53 | www.corpbusiness.com.br

alha com o aspecto da educação formal de seus profissionais, composto pelos seguintes níveis educacionais: ensino médio, superior (graduação, sequencial e tecnológico), pós-graduação (espe-cialização, MBA, mestrado acadêmico e profissional, além de doutorado). “O objetivo desse investimento específico é atender às necessidades de aquisição de conhecimentos não proporcionados por outros programas patrocinados pelo BNB”, comentou Silva Júnior.A apresentação seguinte foi da Aba-comm, empresa que trabalha com softwares e serviços de comunica-ção e treinamento, entre outros, utili-zando plataformas móveis. O Diretor Executivo da empresa, Ulisses Cam-pos, mostrou aos presentes uma visão geral da companhia e contou o pro-cesso que levou ao desenvolvimento da solução m-content, aplicativo para smartphones e celulares utilizado para distribuição de conteúdos rápidos, que abrangem uma série de mídias, como textos, links de internet, vídeos, fotos, apresentações de slides etc., e são uti-lizados nos treinamentos, quando há a necessidade de alinhamento de infor-mações com a equipe de profissionais de uma empresa. A aplicação, inclusive, foi testada pelos congressistas presen-tes, que tiveram a possibilidade de fazer o download de uma versão exclusiva do m-content desenvolvida para o con-gresso Universidades Corporativas, e ti-

veram acesso a fotos, vídeos e áudios dos palestrantes enviados em tempo real para os usuários do app.Na sequência ocorreu a apresenta-ção do SEBRAE-SP, com o case de e-Learning da entidade, comandado pela Coordenadora de Conteúdos e-Learning, Claudia Brum. A executiva contou que o SEBRAE está presente em mais de 680 municípios do es-tado de São Paulo e – por conta da distribuição geográfica extensa – o e-Learning surgiu quase como uma ex-igência para a entidade poder manter colaboração contínua com seus em-presários afiliados, fornecendo con-teúdo e treinamentos para eles.Em seguida foi a vez do executivo Nil-do Ferreira, Presidente da ESAB, que mostrou aos presentes os detalhes do desenvolvimento do projeto Edu-Brazuca, nas suas palavras, o “maior portal de educação do mundo”, que utilizaria os conceitos de web 2.0 e tecnologia de computação em nu-vem para fornecer gratuitamente buscas de cursos para professores e alunos, numa plataforma Open Class, um Sistema Gestor de Educação Inte-grada.A apresentação seguinte foi coman-dada por Sidinei Rossi, do SENAC-RS, que trouxe o painel “Gestor e-learn-ing: uma nova profissão ou um novo cargo?”, no qual dividiu com os con-gressistas presentes um pouco de sua

experiência no cargo, tido por ele como essencial na condução de pro-jetos de Universidade Corporativa e e-Learning de uma organização. Sidinei falou sobre como um líder de equipe/projeto de e-Learning ou Universidade Corporativa deve atuar na implantação de um projeto. Sidinei trouxe algumas passagens de sua carreira, quando esteve à frente de projetos do SICREDI, da Todeschi-ni, e sua atua como consultor de EAD de empresas como ThyssenKruppp Elevadores, Grupo RBS e Tecnocred.A última apresentação do dia foi co-mandada por Valeria Macedo, do In-stituto Educacional da BM&FBovespa, com o painel “Instituto Educacional BM&FBOVESPA: Alavancando o con-hecimento do mercado de capitais e derivativos”, no qual falou sobre o programa de treinamentos da bolsa de valores de São Paulo, que visa melhorar o conhecimento sobre o mercado de derivativos às correto-ras de valores, órgão reguladores de mercado, seus funcionários, empre-sas e investidores.Ao final da última palestra, os pre-sentes ainda permaneceram por um bom tempo dentro da sala do con-gresso, no tradicional network profis-sional e troca de cartões, hábito co-mum em eventos desse porte e com

Eventos

Page 54: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

54 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 55 | www.corpbusiness.com.br

Nos últimos anos, a ex-posição, a presença e a participação do Brasil em

eventos e instituições internacionais cresceram de forma muito significa-tiva. O próximo desafio será liderar algumas destas organizações.

Entretanto, olhando especifica-mente para o uso da TI, a chamada “Sociedade da Informação” (con-forme definições das Nações Unidas), nossa posição está aquém de muitas nações com nível de desenvolvim-ento econômico inferior ao nosso: até hoje, não foi pussível construir um consenso a respeito de qual deva ser a ‘agenda digital’ do país.

Na prática, vários níveis e órgãos de governo implementaram diversas iniciativas isoladas, como, por exem-plo, os Telecentros, programas de informatização de pequenas empre-sas, incentivos à formação de novos profissionais com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador... sem que ninguém se preocupasse em ter uma linha mestra que harmonizasse estes investimentos.

Talvez a área mais esquecida pe-

los órgãos governamentais seja a da educação fundamental. A maioria dos laboratórios criados nas escolas funciona na prática como lan houses gratuitas, onde os alunos se diver-tem, mas não se beneficiam dessas instalações para a melhoria do seu aprendizado escolar.

Atrás deste vácuo, a iniciativa privada acaba se mobilizando: todo um subsetor dentre as empresas de TI está sendo gerado, com empresas especializadas na aplicação da TI na educação.

Estas empresas trabalham junto às prefeituras, associações de bair-ro, de classe (como a Assespro) e outras, muitas vezes viabilizando os negócios por meio de ONGs.

O sucesso destas empresas e ONGs leva não apenas a formar ci-dadãos aptos a participar da Socie-dade da Informação, mas à melhoria efetiva da qualidade da educação fundamental: diversos prefeitos e se-cretários que implementaram estes programas viram melhorar as notas médias de suas redes escolares mu-nicipais nos exames de avaliação,

promovidos pelas secretarias estad-uais de educação.

Ao mesmo tempo, na medida em que este tipo de iniciativas ganha escala, de forma silenciosa, o país poderá efetivamente usar a vanta-gem competitiva, no cenário global, que advém do fato de possuir a quin-ta maior população do mundo: nin-guém duvida que, quanto mais bem qualificada seja nossa população, melhor será nosso futuro. Até mesmo os políticos são unânimes em afirmar que o futuro do país depende da edu-cação.

Este consenso e o movimento em andamento devem ser comemora-dos, mas ainda temos que construir uma ‘agenda digital’ que nos permita saldar nossa dívida com o gigante citado no título: a geração que hoje frequenta as salas de aula do ensino fundamental.

*Roberto Carlos Mayer é diretor

da MBI, presidente da Assespro São Paulo e membro do conselho da As-sespro Nacional

O Gigante na Sala de Aula

Talvez a área mais esquecida pelos órgãos governamentais seja a da educação fundamental. A maioria dos laboratórios criados nas escolas funciona na prática como lan houses gratuitas, onde os alunos se divertem, mas não se beneficiam dessas instalações para a melhoria do seu aprendizado escolar.

Por Roberto Carlos Mayer

“Olhando especificamente para o uso da TI, a chamada ‘Sociedade da Informação’, nossa posição está aquém de muitas nações com nível de desenvolvimento econômico inferior ao nosso”

Colunistas

Page 55: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

54 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 55 | www.corpbusiness.com.br

Page 56: Nós somos líderes absolutos, algumas empresas vivem nos copiando

56 Inter IT www.corpbusiness.com.br | Inter IT 56 | www.corpbusiness.com.br