Nós em Notícia
-
Upload
ana-martins -
Category
Documents
-
view
236 -
download
1
description
Transcript of Nós em Notícia
Este é o primeiro número do nosso/ vosso jornal. Pretendemos com ele que esta
seja uma forma de olhar não só para a nossa escola e a sua comunidade, mas também para
o mundo lá fora que nos rodeia.
Neste número, por exemplo, mostramos o nosso orgulho nos alunos que lutam
por obter bons resultados académicos (e conseguem!), homenageamos os docentes e a Srª
D. Lurdes, que tanto deram à nossa escola e agora usufruem da sua merecida reforma,
relembramos e reforçamos o valor da solidariedade e do voluntariado, através do exemplo
de alguns dos nossos professores. E muito mais …
Por isso, sentem-se comodamente e aproveitem para desfolhar e desfrutar deste
exemplar.
Agradecemos a todos os que colaboraram e colaborarão neste jornal e, especial-
mente, à professora Sílvia Longle, que criou o logótipo do mesmo. Entretanto, se quiserem
colaborar connosco, dar a vossa opinião e/ ou sugestão, podem fazê-lo enviando um mail
para aqui: [email protected].
Até breve!
Ana Martins e Ana Rodrigues
Editorial
Feira Saudável (Dia Mundial da Alimentação)
No dia 16 de outubro de 2013, a Escola Secundária da Ramada foi invadida por
um ambiente saudável e uma série de actividades alusivas à Alimentação Saudável. Visto
que a taxa de jovens obesos em Portugal tem vindo a aumentar, iniciativas como esta
podem vir a mudar os comportamentos alimentares de muitos jovens.
Um dia com um balanço maioritariamente positivo, onde foi realçado o empe-
nho de alunos na colaboração das atividades e a distribuição e venda de produtos natu-
rais. Os alunos contaram com vegetais, frutos, compotas caseiras e até licores à base de
frutos, que estiveram para venda neste dia.
A ginástica aeróbica com a professora Ana
Catarina Girão foi referida como uma atividade “gira para ver os nossos amigos
a suar!”; amigos e não só!
“É um orgulho ver os nossos alunos a aderirem a iniciativas como esta!”
e “Está bem organizado, adoro as fotografias tiradas pelos alunos; porém, acho
que deveria haver mais jogos e passatem-
pos!” foram alguns dos muitos comentá-
rios positivos de alunos e professores a
este dia. Foi ainda realçada, pela maior parte dos nossos alunos, a hipótese de, neste
dia, não haver aulas para poderem empenhar-se melhor nesta atividade. Será que isso
será tido em conta para o ano?
Paulo Ferreira, 9ºA
Escola Secundária da Ramada
Dezembro 2013 Ano 1 Número 1
Nós Em Notícia
Nesta edição:
A Nossa Escola
2
Dia do Diploma 3
Uma Experiência a
Não Esquecer 4
À Conversa com …
Márcia Palrão 5
Dia Internacional do
Voluntário 6
Alguns dos Nossos
Voluntários 7
Lá por fora... 8
A história da Escola Secundária da Ramada poderá ilustrar a recente História da
democracia portuguesa. Construída à pressa no alto de um subúrbio de subúrbio, foi inau-
gurada com persianas, que se queriam exteriores, expostas às intempéries. As pastagens,
que à época rodeavam a escola, emprestavam um ar bucólico à envolvência sem qualquer
vislumbre de plano urbanístico: prédios de duvidosa arquitetura ao fundo, campos de cere-
ais abandonados, bairros de casas clandestinas.
Foi, justamente, no meio deste caos urbanístico que apressadamente se construí-
ram pavilhões semelhantes aos muitos que, por este país fora, foram edificados. Sem pavi-
lhão gimnodesportivo, com telhados de fibrocimento, sem vedação eficaz, a Escola abriu as
portas e partilhou o interior das suas salas com a lama envolvente. No entanto - e é nos
pormenores que muitas vezes reside o segredo de uma narrativa - tinha um moinho, por
sinal em ruínas, mas que, indubitavelmente, lhe pertencia.
Talvez seja na evidência deste moinho que resida a alegria com que se tem vindo a comemorar, aniversário a ani-
versário, a existência desta Escola. O recado do passado, dado por aquele testemunho silencioso, tem permitido a sereni-
dade necessária para que, a pouco e pouco, uma escola filha da mais estrita necessidade de massificação do ensino tenha
vindo a construir-se como um lugar onde se procura – tantas vezes contra ventos e marés – estimular o saber. Educar,
cultivar, promover a paz não têm sido meras declarações de intenção. Antes correspondem a um esforço consciente de
todos os que têm dedicado a sua vida à vida da Escola. Não é por acaso que esta é a Escola preferida pelos pais e educa-
dores residentes no Concelho de Odivelas. Não é fruto da sorte que todos quantos por ela têm passado a ela se sintam
ligados como se de um ente familiar se tratasse.
E, no entanto, se recuarmos no tempo, seria muito improvável que, um conjunto de blocos de cimento, um moi-
nho em ruínas e um grupo de funcionários e professores colocados por obrigação num lugar tão incaracterístico, fosse
possível a dignidade com que esta escola se tem vindo a definir. Esperemos, então, que um dia a História da democracia
portuguesa possa identificar-se com as linhas que hoje sobre ela se escrevem: que a pressa atabalhoada e sem plano, com
que muitas vezes se tem decidido neste país, possa ter um resultado feliz, justificado pela vontade de bem, presentificada
no modo como se deseja que a todos se permita a realização plena do humano. Mesmo que no início tudo pareça infor-
me, com seriedade, boa vontade e imaginação dignificar-se-á aquilo que, na sua origem, corresponde ao desejo de cumprir
o sonho de sermos pessoas melhores e capazes de contribuir para um mundo mais justo. Este tem sido o ingrediente se-
creto desta Escola que fica num dormitório superpovoado, cheia de gentes vindas de toda a parte, mostrando amiúde de-
senraizamento apenas colmatado pelas poucas instituições, entre as quais se destaca precisamente a Escola Secundária da
Ramada. Esta é a história de uma Escola que, por ter sido concebida para superar a ancestral iliteracia portuguesa, apren-
deu a saber gerir a realidade com os meios que foram surgindo, sabendo deles tirar partido. Essa é a lição que fundamenta
tantas outras que quotidianamente se oferecem e recebem, lição inspirada num moinho que não só contraria a quixotesca
ilusão de o combater, mas antes simboliza o bom senso de saber que o futuro só faz sentido se alicerçado na mensagem
da experiência daqueles que se esforçam por deixarem um legado de esperança aos que ainda não nasceram.
Que o país saia reforçado da atual crise de modo que se possa dar continuidade a uma das mais nobres atividades
humanas: o saber. Que a democracia portuguesa se inspire neste desejo de saber de forma que se vejam retiradas levian-
dades educativas, tais como obrigar a transformar o ato de aprender numa mera ocupação do tempo, onde nem a serie-
dade de brincar é permitida. Que a democracia portuguesa se mantenha vigorosa para que esta Escola possa continuar o
trabalho que tem vindo paulatinamente a desenvolver.
O Diretor
Edgar Abílio Oleiro
A Nossa Escola
Página 2
Nós Em Notícia
No passado dia 25 de novembro, pelas 18h30m, o Auditório da
nossa escola encheu-se de alunos, Encarregados de Educação, professores
e funcionários da Escola Secundária da Ramada para a Cerimónia do Dia
do Diploma.
O serão iniciou-se de forma animada, com a excelente represen-
tação teatral da peça A Birra do Morto levada a cena pelo grupo GTA-
AR.
Posteriormente, num ambiente de alegria e orgulho, o Diretor da escola procedeu à entrega dos prémios de
mérito referentes ao ano letivo de 2012-2013, atribuídos aos alunos que obtiveram médias iguais ou superiores a 4,5
(3ºciclo do Ensino Básico) e 17,5 (Ensino Secundário). Foram também entregues os diplomas (e uma pequena lembran-
ça) aos alunos que, no ano letivo transato, completaram o seu percurso formativo no Ensino Secundário Regular.
Mas não só de prémios e diplomas se fez a festa. Procedeu-se também a uma singela homenagem aos professo-
res recentemente reformados, assim como à Srª D. Lurdes, Chefe dos Assistentes Operacionais, pela grande dedicação
que votaram a esta escola.
Por fim, a cerimónia terminou num momento de convívio entre todos os presentes.
Parabéns e felicidades para todos !
Dia Do Diploma 2013
Página 3
Nós Em Notícia
No ano letivo passado, enquanto frequentava o 11º
ano, a minha professora de Inglês informou a turma acerca de
um Bootcamp (campo de férias), o qual tinha sido organizado
pela Embaixada dos Estados Unidos da América. Decidi arriscar
e inscrevi-me, pensando sempre que não iria ser uma das sele-
cionadas. Qual não foi o meu espanto quando recebi um e-mail
a confirmar que havia sido uma das escolhidas. Fiquei muito
entusiasmada e ansiosa para que o “Dia D” chegasse. Quando
isso aconteceu, eu estava com o coração nas mãos e muito
receosa, pois seria a primeira vez que iria estar tão longe dos meus pais durante uma semana inteira.
Fomos para a Academia de Campo, em Coruche. Na viagem, ao contrário do que eu pensava, rapidamente começámos a
confraternizar uns com os outros sem qualquer retração. O nosso grupo era constituído por pessoas de todo o país, desde o Porto
ao Algarve, até da Ilha da Madeira. Fazia também parte do grupo uma rapariga americana chamada Juliana Ramirez, vinda de Long Be-
ach. No decorrer de toda a semana, ela foi sempre muito simpática e foi com quem eu falei mais em Inglês, levando-me a ter conver-
sas espontâneas acerca de inúmeros assuntos da nossa idade.
Quando lá chegámos, conhecemos os nossos monitores, que eram portugueses (e as únicas pessoas com quem falávamos
em português), e estes informaram-nos acerca do regulamento do campo. Mais tarde, a Virgínia, a senhora responsável por tudo isto
ter sido possível, explicou-nos o porquê de termos sido convidados para lá estar e informou-nos acerca das atividades que iríamos
realizar durante toda a semana. Estas estiveram sempre intercaladas com as atividades organizadas pelos monitores do campo. Tínha-
mos alturas para “brincar” e outras para trabalhar. À noite realizávamos sempre as atividades da academia, as quais envolviam o con-
tacto com a natureza, como um Peddy Paper em grupo, com o auxílio de apenas uma lanterna, no meio do mato. Um pouco assusta-
dor de início, mas, ao mesmo tempo, uma lição de sobrevivência.
Ao longo da semana, foram várias as atividades desenvolvidas: fizemos escalada, cumprimos tarefas como dar banho aos ca-
valos e tratar da horta, conduzimos karts, andámos de bicicleta e de cavalo, jogámos tiro ao arco, entre outras. Num dos dias, a ma-
nhã foi toda ocupada com apresentações individuais, pois, no primeiro dia, a Virgínia atribuiu-nos um Estado Americano do qual tería-
mos que falar durante cinco minutos, tendo-nos dado informação acerca do mesmo. Eu tive de falar acerca do North Carolina. Fiquei
com o Estado que tem o meu nome!
O dia mais cansativo, mas, também, o mais marcante para mim, foi quando visitá-
mos as instalações da NATO (North Atlantic Treaty Organization). Falámos com
diversas pessoas que ali trabalham, que nos explicaram tudo o que envolvia o tra-
balho desta organização em Portugal. De seguida, fomos para a Embaixada Ameri-
cana, onde nos foi atribuída a responsabilidade de desenvolvermos trabalho volun-
tário em diferentes associações. Eu fiz parte do grupo que ajudou a associação
“CASA”.
Tive também oportunidade de aprender mais sobre o sistema educativo nos EUA
e descobri que nós, alunos portugueses, podemo-nos candidatar às universidades
americanas através de bolsas de estudo. Um dos alunos portugueses que ganhou
uma dessas bolsas foi-nos contar a sua experiência. Este falou em inglês e eu fiquei estupefacta com a sua fluência e pronúncia.
O penúltimo dia foi todo ele passado com o intuito de retratar um dos feriados mais importantes para os americanos, o 4 de
julho. Realizámos um “barbecue”, juntamente com dois “marines”, e conhecemos uma equipa portuguesa de futebol americano, cha-
mada Lisboa Navigators, com a qual aprendemos a jogar.
Por fim, o último dia chegou. Foi muito difícil despedirmo-nos
uns dos outros, até houve lágrimas! Esta experiência foi muito gratificante.
Tenho a agradecer muito à minha professora de Inglês, Ana Martins, por-
que sem ela isto não teria sido possível. Terei sempre na minha memória
todos os brilhantes momentos que experienciei. Será algo sempre a re-
cordar e que me fez crescer bastante como pessoa, quanto mais não seja
pelo sotaque com que fiquei, uma mistura dos sotaques alentejano, norte-
nho e madeirense. Já nem eu me percebia!
Carolina Rodrigues, 12ºC
Uma Experiência a Não Esquecer
Página 4
Nós Em Notícia
Quem são os elementos que constituem a actual Associação de Estudantes?
São cerca de 50 os elementos que constituem a atual Associação de Estudantes. Somos maioritariamente do 11ºano, mas
também temos alunos do 9º, do 10º e do 12º ano.
É verdade que somos muitos, mas também é verdade que a
união faz a força. E todos juntos iremos lutar por um futuro
melhor da nossa escola!
Porque decidiram formar uma lista para concorrer a
estas eleições?
Existiram muitas razões que estiveram ‘’por detrás’’ do facto
de nós termos decidido concorrer a estas eleições, mas tal-
vez a mais forte esteja relacionada com o facto de todos nós
termos considerado e chegado à conclusão que a nossa escola precisava de uma mudança… E, claramente, alguém que
estivesse disposto a marcar a diferença. Por isso, quem sabe, esse ‘’alguém’’ não possamos ser nós!
Qual é, na vossa opinião, o papel da Associação de Estudantes numa escola?
Na nossa opinião, o papel da Associação de Estudantes numa escola está diretamente relacionado com: tornar a escola
um lugar mais apelativo para os estudantes, isto é, fazer o possível para que todo o espaço escolar seja um lugar mais cati-
vante e interessante do que na realidade a maioria dos estudantes considera ser. Além disso, achamos também necessário
que uma Associação de Estudantes deve estar interessada em cooperar com a Direção, com os professores, com os auxi-
liares e com todos os estudantes sem qualquer exceção.
O que acham que podem fazer pelos estudantes?
Pelos estudantes da nossa escola ainda existe muito a fazer! Queremos que todos eles se orgulhem do facto de nos terem
escolhido para sermos a Associação de Estudantes da Escola Secundária da Ramada e, por isso, iremos esforçar-nos para
que isso aconteça. A verdade é que temos aptidão para conseguirmos alcançar as espectativas dos estudantes e sabemos
que jamais os iremos deixar mal. Vamos lutar para fazer exatamente aquilo que eles precisam! Se estão com dúvidas em
algumas matérias, nós arranjamos descontos para terem explicações ou quem sabe, até nós mesmos lhas poderemos dar?!
Este é apenas um vago exemplo, pois na realidade somos capazes de fazer muito mais!
Como tencionam estabelecer contacto e mantê-lo, por forma a incluir todos os alunos?
Durante estes dois anos de Associação de Estudantes, pensamos que a melhor forma de estabelecer contacto e mantê-lo,
por forma a incluir todos os alunos, é realizar atividades e, posteriormente, realizar inquéritos para saber qual a opinião
dos alunos quanto às mesmas. A verdade é que é muito importante para nós, enquanto Associação de Estudantes, estar-
mos sempre ‘’a par’’ das opiniões daqueles que nos rodeiam. A nossa Associação de Estudantes é, como o nome indica,
para os estudantes e, por isso mesmo, eles são a nossa grande preocupação!
Identifiquem 3 aspetos que considerem ser necessário melhorar na nossa escola.
Entre todos os aspetos que consideramos serem necessários melhorar na nossa escola, três deles são: a manutenção do
recinto escolar, dinamizar a relação entre professor e aluno através da realização de atividades que, muitas vezes, poderão
estar relacionadas com o programa das diversas disciplinas e, por último, mas não menos importante, a alteração de pe-
quenos aspetos da nossa própria escola que poderão torná-la um lugar mais cativante e apetecível para aprender. Na nos-
sa opinião, é necessário que os alunos se libertem daquela ideia que «A escola até era um lugar fixe se não houvesse au-
las!».
Quais as principais actividades que constam do vosso projecto?
Quando pensámos em candidatar-nos à Associação de Estudantes, pensámos num conjunto de projetos que iríamos de-
sempenhar ao longo dos dois anos, nomeadamente: torneios para dinamizar o desporto escolar, a Ramada League (ou
seja, uma espécie de torneio de futebol bastante apelativo), o famoso baile de finalistas, um baile de primavera, festas te-
máticas, criar uma rádio escolar, fazer sessões de cinema noturnas, workshops de moda, desporto e multimédia, aumentar
a divulgação do jornal escolar e dinamizar a relação entre aluno e professor. Tudo isto a pensar no melhor para os estu-
dantes da Escola Secundária da Ramada!
À Conversa com… Márcia Palrão, Presidente da AE
Página 5
Nós Em Notícia
Há vinte e cinco anos, a Organização das Nações Unidas decidiu que era
importante celebrar e relembrar o trabalho do voluntário e estabeleceu o dia 5 de
dezembro como Dia Internacional do Voluntário. Neste dia são realizadas várias
ações comunitárias e eventos de caridade com a finalidade de sensibilizar as pesso-
as para a prática do voluntariado, como forma de ajudar os mais necessitados e
promover contactos sociais, proporcionando bem-estar e uma fuga à vida quotidia-
na. Desde auxiliares hospitalares a cozinheiros sociais, passando por assistentes de
centros comunitários, o mundo do voluntário é um vasto e complexo universo de
entreajuda e solidariedade, onde existe um invulgar laço de fraternidade e dedicação. É esta inexplicável corrente que
garante que a máquina do voluntariado funcione e continue a chegar aos mais desfavorecidos, numa altura de grandes
dificuldades.
Podemos considerar o voluntário um herói dos tempos modernos, uma figura que resiste à avassaladora onda de
ilusões, enganos e indiferença de um mundo tecnologicamente evoluído, mas humanamente cego. O principal objetivo do
Dia Internacional do Voluntário é, exactamente, combater esta corrente, valorizando o trabalho das pessoas que abdi-
cam de parte do seu tempo e energia para o bem e
conforto dos outros. Só em Portugal, contam-se
cerca um milhão de voluntários e este número tem
vindo a aumentar. Aos poucos e poucos, as pesso-
as consciencializam-se e começam a auxiliar os
mais necessitados, formando uma rede mundial
baseada no espírito de ajuda, construindo um mun-
do cada vez melhor. Dê um pouco do seu tem-
po…
Pedro Pernica, 9ºB
Um dos meus lemas de vida é “faz aos outros o que gostarias que te fizessem a ti”.
Por esta razão, se a minha ajuda pode significar para outros melhoria da sua vida, de algum
modo, então só tenho de ajudar.
A participação cívica na vida em sociedade e na ajuda aos que precisam é um dever
de humanidade, pois todos fazemos parte de uma comunidade e todos temos de nos ajudar
uns aos outros. Há ainda a velha máxima, um pouco mais egoísta, que hoje ajudo o outro e,
amanhã, pode ser o outro a ajudar-me. Para além do dever cívico, o voluntariado dá uma
enorme satisfação pessoal de dever cumprido e de ajudar quem precisa. É um sentimento
de imensa realização pessoal e de satisfação por ver que o nosso pequenino esforço pode
ser fator de felicidade para outras pessoas, tantas vezes as mais fracas e desprotegidas da nossa sociedade tão desigual.
Sendo assim, colaboro, como voluntário, em duas instituições em Odivelas, o Movi-
mento Odivelas no Coração e a Universidade Sénior de Odivelas. No MOC participo nas
atividades de recolha de alimentos, quer do Banco Alimentar, quer na recolha própria do
MOC, à porta de supermercados. Ajudo ainda, uma vez por mês, a preparar os cabazes de
apoio alimentar que esta organização presta a mais de 130 famílias carenciadas na zona de
Odivelas. Na Universidade Sénior dou aulas de informática a seniores, uma vez por semana.
É um prazer ensinar informática a quem tem imensas dificuldades, até motoras, mas tem
uma enorme vontade de aprender.
5 de Dezembro — Dia Internacional do Voluntário
Alguns dos Voluntários da Nossa Escola
Página 6
Ano 1 Número 1
Professor Rui Lourenço
Sempre senti vontade de fazer voluntariado, sem saber muito bem em
que área, tinha simplesmente vontade de ajudar, pois, para mim, fazer
voluntariado é estar disponível para ajudar quem precisa de forma gratui-
ta.
Em 2008 surgiu a hipótese de concretizar esta minha vontade; contudo a
tomada de decisão e a sua concretização tornou-se para mim uma experi-
ência “radical”, pois envolvia abdicar de um merecido mês de férias e, por
outro lado, despender de um enorme esforço físico e emocional.
Parti com um grupo de dezanove pessoas, da comunidade Missionária Ver-
bum Dei, para Minas Gerais, onde ficámos uma semana numa favela (Vila
Ventosa) em Belo Horizonte e depois numa cidade do interior, Jequeri. Aqui poucas eram as estradas alcatroadas e o
número de carroças era maior que o dos automóveis.
Vivi durante este mês em casa de famílias locais que, apesar de muito pobres, me acolheram o melhor possível. Foram
muitas e variadas as experiências vividas durante este mês, mas todas elas muito enriquecedoras, tais como ações para
jovens sobre droga e sexualidade, várias dinâmicas nas escolas, visitas a famílias e às instituição sociais, e ainda o acordar
às 6h da manhã, porque o sol entrava pela janela que
não tinha estores, nem cortinados e batia nos olhos,
ou o duche com “fio” de água, ou as marcas das balas
visíveis nas portas….
Todas estas experiências que, ainda estão na minha
memória, influenciam, hoje, a minha maneira de viver
e vieram alterar a minha definição de voluntariado,
pois não é dar sem receber, mas receber muito mais
do que aquilo que se dá.
Sou voluntária numa associação de proteção de animais, a Associação Zoófi-
la Portuguesa.
Ser voluntária significa, no meu caso, disponi-
bilizar uma parte significativa do meu tempo para
ajudar seres indefesos, sem maldade e sem voz, víti-
mas da irresponsabilidade e da crueldade humana.
Faço-o sem contabilizar horas, tristezas ou outros
custos, porque não se trata de uma atitude calculista
de “dar e haver” mas somente de seguir a minha
consciência.
Ser voluntária faz-me sentir em comunhão com a natureza porque contri-
buo para devolver aos bichinhos a dignidade que lhes é devida, quase sempre es-
quecida.
Ser voluntária faz-me vibrar com a sua lealdade, gratidão, pureza e autenti-
cidade.
Ser voluntária é Apaixonante!
Página 7
Professora Isabel Cipriano
Professora Filipa Novaes
Nós Em Notícia
O Alquimista conta a história de Sophie e Josh Newman, gémeos de quinze anos. Como emprego de
verão, Sophie trabalha num café e Josh numa livraria.
Como num clássico livro de mistério e magia, algo lhes acontece: é que o patrão de Josh é o imortal Ni-
cholas Flamel, famoso em lendas por ter descoberto a receita para a imortalidade. O “mauzão” da histó-
ria é Dr.Dee, que, muito espantosamente, quer roubar o livro (o Codex) que contém a fórmula para
tornar uma pessoa imortal.
Batalhas mágicas, segredos e reviravoltas, e, claro, um pouco de “clichê” aqui e ali tornam este livro nu-
ma leitura interessante, mas que pode levar o leitor desatento a aborrecer-se facilmente, a querer pousar o livro se não for
fã de longas leituras.
Prós| Série misteriosa, sempre com segredos para revelar e reviravoltas inesperadas.
Contras| É normal o leitor perder-se no rumo da história e achar a própria aborrecida, podendo levar o possuidor do
livro a pô-lo de parte.
Título Original: The Secrets of the Immortal Nicholas Flamel, the Alchemyst
Autoria: Michael Scott
Editora: Gailivro
Colecção: Mil e Um Mundos Vasco Bento – 8ºH
Será possível construir uma casa de palha que resista ao sopro
do lobo? E uma máquina que desmascare as mentiras do Pinó-
quio? Teria a Branca de Neve um problema sério de despig-
mentação? Era uma vez… Ciência para quem gosta de his-
tórias é uma exposição interactiva de ciência e tecnologia que
explora fenómenos e conceitos das ciências naturais, como a
Física, a Química, a Matemática, a Geologia e a Biologia, mas
também das ciências sociais e de outras áreas do saber.
Era uma vez... Ciência para quem gosta de histórias foi inteiramente produzida pelo Pavilhão do Conhecimento com a
colaboração científica de várias instituições do ensino superior, como o Instituto Superior Técnico e o Centro de Investi-
gação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto.
Esta é uma exposição alegre, divertida e irreverente, com um sentido de humor que agrada a crianças e adultos. Por isso,
aproveita e vai até ao Pavilhão do Conhecimento e diverte-te!
Uma Exposição… Ciência e Contos Tradicionais
LÁ POR FORA...
Um Livro... Os Segredos do Imortal Nicholas Flamel: O Alquimista
O filme Mandela: Longo Caminho Para a Liberdade é baseado na biografia do antigo presiden-
te da África do Sul, Nelson Mandela, e relata a sua vida desde a infância, juventude, passando pelos
27 anos que esteve preso, até tornar-se o primeiro Presidente negro
que trabalhou duramente para reconstruir um país marcado, na altura,
pela segregação racial e pela política do Apartheid. Tendo em conta a
importância social e política a nível mundial que Nelson Mandela teve,
este é um filme que deves ver.
Outro filme a não perder é a continuação da aventura de Bilbo Baggins,
do feiticeiro Gandalf e dos treze anões, liderados por Thorin Escudo-de-
Carvalho, numa épica demanda para retomar a Montanha Solitária e o
reino perdido dos anões de Erebor em O Hobbit: A Desolação de
Smaug.
Seja qual for a tua escolha, bom cinema!
Dois Filmes… Aventura e Fantasia ou História e Biografia?