Newsletter Maio 2012 - JSD Oeiras

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EDIÇÃO 05 Mai 12 Das Jornadas de Educação da JSD Oeiras Não foi sem enorme satisfação que assisti a esta iniciativa da JSD Oeiras que espero ser a primeira de uma linha de continuidade operativa e lógica e de onde, se possam extrair ideias e conceitos aplicáveis no universo real. A iniciativa é de louvar, preservar e conservar dinamica- mente, criando frentes de reflexão sobre o tema que é nuclear no pensa- mento Social-Democrata – a Educação. A Escola, como conceito e realidade, é a plataforma primeira de mobili- dade social, de inversão de posições na injusta pirâmide que a mole humana de um Estado forma. Nesse sentido, pensá-la, organizá-la, regulá-la, é uma função primeira e essencial na prossecução dos valores pelos quais o nosso partido político se rege e se pretende ver reflectido na sociedade. A iniciativa Sub-18, que pretende mostrar aos mais jovens o que é a política e de que forma se pode ser interventivo nela, parece-me, a par de uma reestruturação da disciplina de Formação Cívica, uma ponte indis- pensável com as camadas mais jovens. Não se pode ter a veleidade de supor que um indivíduo se possa formar civicamente sem uma consciência politizada e actuante nesse domínio. A partilha de manuais escolares é uma batalha que o partido vai ter de travar ferozmente contra muitos interesses instalados. Nos Estados Unidos da América a partilha de manuais de qualidade em formato papel, e digital para diversos equipamentos informáticos, já é uma reali- dade, bem como nalgumas escolas de ensino profissional em Portugal. A JSD deve bater-se duramente por esta realidade, enfrentando os corpo- rativismos próprios deste sector, que são muitos, e lograr obter por fim o ideal do manual escolar único e partilhado. Falou-se nas Jornadas, também, no nível de escolaridade em Portugal e a forma quase milagrosa como esse nível se inverteu em quase 40 anos de Democracia. Todos estamos, naturalmente, satisfeitos com esses números importantes e auspiciosos, mas o que importa aferir neste momento é que qualidade de literacia temos. Pois é dessa qualidade, e não dessa quantidade, que vamos produzir um país mais preparado para pág 01 de 03 Actividades de Maio: - Eleição dos Conselheiros Regionais da JSD Lisboa AM; - Realização do Plenário Concelhio da JSD Oeiras em conjunto com a reunião alargada da Comissão Política Concel- hia do PSD Oeiras, que contou com a presença do Dr. Francisco Moita Flores que convidámos para ser o nosso candi- dato à Câmara Municipal de Oeiras nas eleições autárquicas de 2013; - Celebrámos o dia da Europa com a realização de um debate informal com o mote: “Desafios do Futuro: Europa” que contou como oradora convidada a Prof. Dra. Ana Isabel Xavier; - Marcámos presença na Comissão Municipal de Juventude;

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Newsletter Maio 2012 - JSD Oeiras

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EDIÇÃO 05 Mai 12

Das Jornadas de Educação da JSD Oeiras

Não foi sem enorme satisfação que assisti a esta iniciativa da JSD Oeiras que espero ser a primeira de uma linha de continuidade operativa e lógica e de onde, se possam extrair ideias e conceitos aplicáveis no universo real. A iniciativa é de louvar, preservar e conservar dinamica-mente, criando frentes de reflexão sobre o tema que é nuclear no pensa-mento Social-Democrata – a Educação.

A Escola, como conceito e realidade, é a plataforma primeira de mobili-dade social, de inversão de posições na injusta pirâmide que a mole humana de um Estado forma. Nesse sentido, pensá-la, organizá-la, regulá-la, é uma função primeira e essencial na prossecução dos valores pelos quais o nosso partido político se rege e se pretende ver reflectido na sociedade.

A iniciativa Sub-18, que pretende mostrar aos mais jovens o que é a política e de que forma se pode ser interventivo nela, parece-me, a par de uma reestruturação da disciplina de Formação Cívica, uma ponte indis-pensável com as camadas mais jovens. Não se pode ter a veleidade de supor que um indivíduo se possa formar civicamente sem uma consciência politizada e actuante nesse domínio.

A partilha de manuais escolares é uma batalha que o partido vai ter de travar ferozmente contra muitos interesses instalados. Nos Estados Unidos da América a partilha de manuais de qualidade em formato papel, e digital para diversos equipamentos informáticos, já é uma reali-dade, bem como nalgumas escolas de ensino profissional em Portugal. A JSD deve bater-se duramente por esta realidade, enfrentando os corpo-rativismos próprios deste sector, que são muitos, e lograr obter por fim o ideal do manual escolar único e partilhado.

Falou-se nas Jornadas, também, no nível de escolaridade em Portugal e a forma quase milagrosa como esse nível se inverteu em quase 40 anos de Democracia. Todos estamos, naturalmente, satisfeitos com esses números importantes e auspiciosos, mas o que importa aferir neste momento é que qualidade de literacia temos. Pois é dessa qualidade, e não dessa quantidade, que vamos produzir um país mais preparado para

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Actividades de Maio: - Eleição dos Conselheiros Regionais da JSD Lisboa AM;

- Realização do Plenário Concelhio da JSD Oeiras em conjunto com a reunião alargada da Comissão Política Concel-hia do PSD Oeiras, que contou com a presença do Dr. Francisco Moita Flores que convidámos para ser o nosso candi-dato à Câmara Municipal de Oeiras nas eleições autárquicas de 2013;

- Celebrámos o dia da Europa com a realização de um debate informal com o mote: “Desa�os do Futuro: Europa” que contou como oradora convidada a Prof. Dra. Ana Isabel Xavier;

- Marcámos presença na Comissão Municipal de Juventude;

um séc. XXI que já começa por nos pôr à prova. Somos nós, partidos políticos, que temos a obrigação moral, cívica e, portanto, política, de reverter esta situação.

Também se disse que é hoje mais fácil passar que chumbar nas escolas portuguesas. O exame é um instrumento fundamental. O exame é por excelência o treino da reflexão, da utilização da memória e da informa-ção acumulada, numa situação em que essa informação tem de ser orde-nada, integrada e utilizada racionalmente. Excluí-lo da escola com a exigência que é necessária, é o mesmo que atirar uma criança ao mar sem a ensinar a nadar e esperar que sobreviva, por milagre.

Neste contexto ainda, gostaria de falar-vos sobre a questão do ensino público/privado, que também foi abordado nas Jornadas. No meu entender o ensino privado tem uma lição a dar ao ensino público. A lição fácil. Colégio caro, meninos de contextos familiares e socio-culturais privile-giados, alunos fáceis. Nas escolas públicas, estão meninos de todas as proveniências. Ricos, remediados e pobres. Esta é a grande lição do ensino público ao privado – a integração com sucesso escolar. O desafio é pegar num aluno com problemas socio-afectivos, e económicos, e transformá-lo num bom aluno.

Falou-se também da Contratação de Professores. Caros companheiros, o modelo de concurso de professores é baseado num algoritmo que tem como variáveis a antiguidade, a assiduidade e a necessidade de determina-dos profissionais numa determina zona, expressa em vagas. Este, se aper-feiçoado com outras variáveis, como o índice de avaliação, como espero, venha a ser, é um modelo, em tese, justo. Ter as escolas a escolherem o pessoal docente é causar um autêntico mercado de concorrência, com o inevitável resultado final – o prejuízo do aluno que ficou numa escola que por uma razão ou por outra não pôde contratar o corpo docente que esse aluno poderia ter tido se tivesse havido um concurso universal baseado em critérios algorítmicos transparentes.

Falou-se no Ensino Profissional como alternativa ao Ensino Superior. Eu não podia estar mais de acordo. Existe em Portugal um preconceito anacrónico em termos europeus em relação ao ensino profissionalizante, ou seja, “infe-rior”. É patética esta visão, para além de pouco operativa e pouco produtiva.

- Marcámos presença nas Assembleias Municipais;

- Encontro de militantes com o Dr. Fran-cisco Moita Flores nos Bombeiros Voluntários do Dafundo;

- Encontro de militantes com o Dr. Francisco Moita Flores na Associação Pombal XXI;

- No âmbito do projeto da concelhia do PSD Oeiras, Oeiras Presente, visitámos o Centro Social Paroquial de Oeiras, Barcarena e Porto Salvo;

- Participámos na Sessão Solene de Aniversário da Junta de Freguesia de Oeiras e São Julião da Barra, no Forte de S. Julião da Barra;

- Visita ao Centro Equestre João Cardiga e à Associação Condessa de Cuba;

- “Oeiras lança Orçamento Participativo”, implementação de mais uma das propos-tas da JSD Oeiras à Assembleia Municipal;

Há uma aposta que deveria ser muito mais orientada, como, de resto, existe nalgumas zonas do país, através de convénios com empresas, fundações, instituições públicas, etc. É necessária uma política esclare-cida de identificação de necessidades específicas de criação de profis-sionais úteis ao desenvolvimento de Portugal e ao seu crescimento sustentado. De que nos servem milhares de juristas nas filas dos centros de emprego e não haver técnicos de soldadura em indústria pesada ou técnicos de laboratório intermédios na produção de fármacos com inter-esse como bens transaccionáveis? É necessário rever toda uma política para este sector e nesse sentido as universidades e politécnicos podem ter muito a dizer e fazer, pois podem ser elas próprias a promover o ensino profissionalizante, dado que têm meios técnicos que as escolas secundárias de uma forma geral não têm, e neste contexto económico, dificilmente terão na sua totalidade.

Em relação à inclusão dos Pais no processo pedagógico escolar devemos ter em conta que a escola é o espaço de integração comunitária por excelência. Nos EUA existe a célebre PTA (Parents' and Teachers' Associa-tion) que tem na escola um papel fulcral, verdadeiramente determinante nas medidas a tomar na gestão escolar, nas actividades a desenvolver, na discussão de problemas internos, etc. Este deveria ser, talvez, um modelo a adaptar à nossa realidade e a desenvolver em Portugal. A escola é o fórum da cidadania futura – estimemo-la!

Termino com uma reflexão que já iniciei várias vezes neste texto, que é a da Escola e o seu papel na Social-Democracia. Pensemo-la, organizemo-la, projectemo-la, concretizemo-la para o Presente e para o Futuro. Não nos deixemos iludir pelo paliativo da terapêutica momentânea. Pensemos no depois. Tenhamos a audácia de sonhar ser um país e um povo melhor.

Agradeço à JSD Oeiras a possibilidade de participar nestas Jornadas da Educação e louvo a sua iniciativa no seio do Partido Social Democrata.

- Realização das JORNADAS AUTÁRQUI-CAS SOBRE EDUCAÇÃO;

Das Jornadas de Educação da JSD Oeiras

Não foi sem enorme satisfação que assisti a esta iniciativa da JSD Oeiras que espero ser a primeira de uma linha de continuidade operativa e lógica e de onde, se possam extrair ideias e conceitos aplicáveis no universo real. A iniciativa é de louvar, preservar e conservar dinamica-mente, criando frentes de reflexão sobre o tema que é nuclear no pensa-mento Social-Democrata – a Educação.

A Escola, como conceito e realidade, é a plataforma primeira de mobili-dade social, de inversão de posições na injusta pirâmide que a mole humana de um Estado forma. Nesse sentido, pensá-la, organizá-la, regulá-la, é uma função primeira e essencial na prossecução dos valores pelos quais o nosso partido político se rege e se pretende ver reflectido na sociedade.

A iniciativa Sub-18, que pretende mostrar aos mais jovens o que é a política e de que forma se pode ser interventivo nela, parece-me, a par de uma reestruturação da disciplina de Formação Cívica, uma ponte indis-pensável com as camadas mais jovens. Não se pode ter a veleidade de supor que um indivíduo se possa formar civicamente sem uma consciência politizada e actuante nesse domínio.

A partilha de manuais escolares é uma batalha que o partido vai ter de travar ferozmente contra muitos interesses instalados. Nos Estados Unidos da América a partilha de manuais de qualidade em formato papel, e digital para diversos equipamentos informáticos, já é uma reali-dade, bem como nalgumas escolas de ensino profissional em Portugal. A JSD deve bater-se duramente por esta realidade, enfrentando os corpo-rativismos próprios deste sector, que são muitos, e lograr obter por fim o ideal do manual escolar único e partilhado.

Falou-se nas Jornadas, também, no nível de escolaridade em Portugal e a forma quase milagrosa como esse nível se inverteu em quase 40 anos de Democracia. Todos estamos, naturalmente, satisfeitos com esses números importantes e auspiciosos, mas o que importa aferir neste momento é que qualidade de literacia temos. Pois é dessa qualidade, e não dessa quantidade, que vamos produzir um país mais preparado para

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Actividades de Maio: - Eleição dos Conselheiros Regionais da JSD Lisboa AM;

- Realização do Plenário Concelhio da JSD Oeiras em conjunto com a reunião alargada da Comissão Política Concel-hia do PSD Oeiras, que contou com a presença do Dr. Francisco Moita Flores que convidámos para ser o nosso candi-dato à Câmara Municipal de Oeiras nas eleições autárquicas de 2013;

- Celebrámos o dia da Europa com a realização de um debate informal com o mote: “Desa�os do Futuro: Europa” que contou como oradora convidada a Prof. Dra. Ana Isabel Xavier;

- Marcámos presença na Comissão Municipal de Juventude;

um séc. XXI que já começa por nos pôr à prova. Somos nós, partidos políticos, que temos a obrigação moral, cívica e, portanto, política, de reverter esta situação.

Também se disse que é hoje mais fácil passar que chumbar nas escolas portuguesas. O exame é um instrumento fundamental. O exame é por excelência o treino da reflexão, da utilização da memória e da informa-ção acumulada, numa situação em que essa informação tem de ser orde-nada, integrada e utilizada racionalmente. Excluí-lo da escola com a exigência que é necessária, é o mesmo que atirar uma criança ao mar sem a ensinar a nadar e esperar que sobreviva, por milagre.

Neste contexto ainda, gostaria de falar-vos sobre a questão do ensino público/privado, que também foi abordado nas Jornadas. No meu entender o ensino privado tem uma lição a dar ao ensino público. A lição fácil. Colégio caro, meninos de contextos familiares e socio-culturais privile-giados, alunos fáceis. Nas escolas públicas, estão meninos de todas as proveniências. Ricos, remediados e pobres. Esta é a grande lição do ensino público ao privado – a integração com sucesso escolar. O desafio é pegar num aluno com problemas socio-afectivos, e económicos, e transformá-lo num bom aluno.

Falou-se também da Contratação de Professores. Caros companheiros, o modelo de concurso de professores é baseado num algoritmo que tem como variáveis a antiguidade, a assiduidade e a necessidade de determina-dos profissionais numa determina zona, expressa em vagas. Este, se aper-feiçoado com outras variáveis, como o índice de avaliação, como espero, venha a ser, é um modelo, em tese, justo. Ter as escolas a escolherem o pessoal docente é causar um autêntico mercado de concorrência, com o inevitável resultado final – o prejuízo do aluno que ficou numa escola que por uma razão ou por outra não pôde contratar o corpo docente que esse aluno poderia ter tido se tivesse havido um concurso universal baseado em critérios algorítmicos transparentes.

Falou-se no Ensino Profissional como alternativa ao Ensino Superior. Eu não podia estar mais de acordo. Existe em Portugal um preconceito anacrónico em termos europeus em relação ao ensino profissionalizante, ou seja, “infe-rior”. É patética esta visão, para além de pouco operativa e pouco produtiva.

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- Marcámos presença nas Assembleias Municipais;

- Encontro de militantes com o Dr. Fran-cisco Moita Flores nos Bombeiros Voluntários do Dafundo;

- Encontro de militantes com o Dr. Francisco Moita Flores na Associação Pombal XXI;

- No âmbito do projeto da concelhia do PSD Oeiras, Oeiras Presente, visitámos o Centro Social Paroquial de Oeiras, Barcarena e Porto Salvo;

- Participámos na Sessão Solene de Aniversário da Junta de Freguesia de Oeiras e São Julião da Barra, no Forte de S. Julião da Barra;

- Visita ao Centro Equestre João Cardiga e à Associação Condessa de Cuba;

- “Oeiras lança Orçamento Participativo”, implementação de mais uma das propos-tas da JSD Oeiras à Assembleia Municipal;

Há uma aposta que deveria ser muito mais orientada, como, de resto, existe nalgumas zonas do país, através de convénios com empresas, fundações, instituições públicas, etc. É necessária uma política esclare-cida de identificação de necessidades específicas de criação de profis-sionais úteis ao desenvolvimento de Portugal e ao seu crescimento sustentado. De que nos servem milhares de juristas nas filas dos centros de emprego e não haver técnicos de soldadura em indústria pesada ou técnicos de laboratório intermédios na produção de fármacos com inter-esse como bens transaccionáveis? É necessário rever toda uma política para este sector e nesse sentido as universidades e politécnicos podem ter muito a dizer e fazer, pois podem ser elas próprias a promover o ensino profissionalizante, dado que têm meios técnicos que as escolas secundárias de uma forma geral não têm, e neste contexto económico, dificilmente terão na sua totalidade.

Em relação à inclusão dos Pais no processo pedagógico escolar devemos ter em conta que a escola é o espaço de integração comunitária por excelência. Nos EUA existe a célebre PTA (Parents' and Teachers' Associa-tion) que tem na escola um papel fulcral, verdadeiramente determinante nas medidas a tomar na gestão escolar, nas actividades a desenvolver, na discussão de problemas internos, etc. Este deveria ser, talvez, um modelo a adaptar à nossa realidade e a desenvolver em Portugal. A escola é o fórum da cidadania futura – estimemo-la!

Termino com uma reflexão que já iniciei várias vezes neste texto, que é a da Escola e o seu papel na Social-Democracia. Pensemo-la, organizemo-la, projectemo-la, concretizemo-la para o Presente e para o Futuro. Não nos deixemos iludir pelo paliativo da terapêutica momentânea. Pensemos no depois. Tenhamos a audácia de sonhar ser um país e um povo melhor.

Agradeço à JSD Oeiras a possibilidade de participar nestas Jornadas da Educação e louvo a sua iniciativa no seio do Partido Social Democrata.

- Realização das JORNADAS AUTÁRQUI-CAS SOBRE EDUCAÇÃO;

Das Jornadas de Educação da JSD Oeiras

Não foi sem enorme satisfação que assisti a esta iniciativa da JSD Oeiras que espero ser a primeira de uma linha de continuidade operativa e lógica e de onde, se possam extrair ideias e conceitos aplicáveis no universo real. A iniciativa é de louvar, preservar e conservar dinamica-mente, criando frentes de reflexão sobre o tema que é nuclear no pensa-mento Social-Democrata – a Educação.

A Escola, como conceito e realidade, é a plataforma primeira de mobili-dade social, de inversão de posições na injusta pirâmide que a mole humana de um Estado forma. Nesse sentido, pensá-la, organizá-la, regulá-la, é uma função primeira e essencial na prossecução dos valores pelos quais o nosso partido político se rege e se pretende ver reflectido na sociedade.

A iniciativa Sub-18, que pretende mostrar aos mais jovens o que é a política e de que forma se pode ser interventivo nela, parece-me, a par de uma reestruturação da disciplina de Formação Cívica, uma ponte indis-pensável com as camadas mais jovens. Não se pode ter a veleidade de supor que um indivíduo se possa formar civicamente sem uma consciência politizada e actuante nesse domínio.

A partilha de manuais escolares é uma batalha que o partido vai ter de travar ferozmente contra muitos interesses instalados. Nos Estados Unidos da América a partilha de manuais de qualidade em formato papel, e digital para diversos equipamentos informáticos, já é uma reali-dade, bem como nalgumas escolas de ensino profissional em Portugal. A JSD deve bater-se duramente por esta realidade, enfrentando os corpo-rativismos próprios deste sector, que são muitos, e lograr obter por fim o ideal do manual escolar único e partilhado.

Falou-se nas Jornadas, também, no nível de escolaridade em Portugal e a forma quase milagrosa como esse nível se inverteu em quase 40 anos de Democracia. Todos estamos, naturalmente, satisfeitos com esses números importantes e auspiciosos, mas o que importa aferir neste momento é que qualidade de literacia temos. Pois é dessa qualidade, e não dessa quantidade, que vamos produzir um país mais preparado para

Actividades de Maio: - Eleição dos Conselheiros Regionais da JSD Lisboa AM;

- Realização do Plenário Concelhio da JSD Oeiras em conjunto com a reunião alargada da Comissão Política Concel-hia do PSD Oeiras, que contou com a presença do Dr. Francisco Moita Flores que convidámos para ser o nosso candi-dato à Câmara Municipal de Oeiras nas eleições autárquicas de 2013;

- Celebrámos o dia da Europa com a realização de um debate informal com o mote: “Desa�os do Futuro: Europa” que contou como oradora convidada a Prof. Dra. Ana Isabel Xavier;

- Marcámos presença na Comissão Municipal de Juventude;

um séc. XXI que já começa por nos pôr à prova. Somos nós, partidos políticos, que temos a obrigação moral, cívica e, portanto, política, de reverter esta situação.

Também se disse que é hoje mais fácil passar que chumbar nas escolas portuguesas. O exame é um instrumento fundamental. O exame é por excelência o treino da reflexão, da utilização da memória e da informa-ção acumulada, numa situação em que essa informação tem de ser orde-nada, integrada e utilizada racionalmente. Excluí-lo da escola com a exigência que é necessária, é o mesmo que atirar uma criança ao mar sem a ensinar a nadar e esperar que sobreviva, por milagre.

Neste contexto ainda, gostaria de falar-vos sobre a questão do ensino público/privado, que também foi abordado nas Jornadas. No meu entender o ensino privado tem uma lição a dar ao ensino público. A lição fácil. Colégio caro, meninos de contextos familiares e socio-culturais privile-giados, alunos fáceis. Nas escolas públicas, estão meninos de todas as proveniências. Ricos, remediados e pobres. Esta é a grande lição do ensino público ao privado – a integração com sucesso escolar. O desafio é pegar num aluno com problemas socio-afectivos, e económicos, e transformá-lo num bom aluno.

Falou-se também da Contratação de Professores. Caros companheiros, o modelo de concurso de professores é baseado num algoritmo que tem como variáveis a antiguidade, a assiduidade e a necessidade de determina-dos profissionais numa determina zona, expressa em vagas. Este, se aper-feiçoado com outras variáveis, como o índice de avaliação, como espero, venha a ser, é um modelo, em tese, justo. Ter as escolas a escolherem o pessoal docente é causar um autêntico mercado de concorrência, com o inevitável resultado final – o prejuízo do aluno que ficou numa escola que por uma razão ou por outra não pôde contratar o corpo docente que esse aluno poderia ter tido se tivesse havido um concurso universal baseado em critérios algorítmicos transparentes.

Falou-se no Ensino Profissional como alternativa ao Ensino Superior. Eu não podia estar mais de acordo. Existe em Portugal um preconceito anacrónico em termos europeus em relação ao ensino profissionalizante, ou seja, “infe-rior”. É patética esta visão, para além de pouco operativa e pouco produtiva.

- Marcámos presença nas Assembleias Municipais;

- Encontro de militantes com o Dr. Fran-cisco Moita Flores nos Bombeiros Voluntários do Dafundo;

- Encontro de militantes com o Dr. Francisco Moita Flores na Associação Pombal XXI;

- No âmbito do projeto da concelhia do PSD Oeiras, Oeiras Presente, visitámos o Centro Social Paroquial de Oeiras, Barcarena e Porto Salvo;

- Participámos na Sessão Solene de Aniversário da Junta de Freguesia de Oeiras e São Julião da Barra, no Forte de S. Julião da Barra;

- Visita ao Centro Equestre João Cardiga e à Associação Condessa de Cuba;

- “Oeiras lança Orçamento Participativo”, implementação de mais uma das propos-tas da JSD Oeiras à Assembleia Municipal;

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Há uma aposta que deveria ser muito mais orientada, como, de resto, existe nalgumas zonas do país, através de convénios com empresas, fundações, instituições públicas, etc. É necessária uma política esclare-cida de identificação de necessidades específicas de criação de profis-sionais úteis ao desenvolvimento de Portugal e ao seu crescimento sustentado. De que nos servem milhares de juristas nas filas dos centros de emprego e não haver técnicos de soldadura em indústria pesada ou técnicos de laboratório intermédios na produção de fármacos com inter-esse como bens transaccionáveis? É necessário rever toda uma política para este sector e nesse sentido as universidades e politécnicos podem ter muito a dizer e fazer, pois podem ser elas próprias a promover o ensino profissionalizante, dado que têm meios técnicos que as escolas secundárias de uma forma geral não têm, e neste contexto económico, dificilmente terão na sua totalidade.

Em relação à inclusão dos Pais no processo pedagógico escolar devemos ter em conta que a escola é o espaço de integração comunitária por excelência. Nos EUA existe a célebre PTA (Parents' and Teachers' Associa-tion) que tem na escola um papel fulcral, verdadeiramente determinante nas medidas a tomar na gestão escolar, nas actividades a desenvolver, na discussão de problemas internos, etc. Este deveria ser, talvez, um modelo a adaptar à nossa realidade e a desenvolver em Portugal. A escola é o fórum da cidadania futura – estimemo-la!

Termino com uma reflexão que já iniciei várias vezes neste texto, que é a da Escola e o seu papel na Social-Democracia. Pensemo-la, organizemo-la, projectemo-la, concretizemo-la para o Presente e para o Futuro. Não nos deixemos iludir pelo paliativo da terapêutica momentânea. Pensemos no depois. Tenhamos a audácia de sonhar ser um país e um povo melhor.

Agradeço à JSD Oeiras a possibilidade de participar nestas Jornadas da Educação e louvo a sua iniciativa no seio do Partido Social Democrata.

- Realização das JORNADAS AUTÁRQUI-CAS SOBRE EDUCAÇÃO;

- Sede JSD Oeiras (JORNADAS AUTÁRQUICAS SOBRE EDUCAÇÃO)

Texto João Monteiro Rodrigues