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Publicado em 07.08.2013
EDIÇÃO No 66
Julho/2013
SUMÁRIO Destaques 2
Biodiesel
Produção 6
Capacidade 6
Localização 7
Atos Normativos 8
Preços e Margens 8
Entregas dos Leilões 9
Preço das Matérias‐Primas 10
Participação das Matérias‐Primas
13
Produção Regional 15
Não Conformidades no Diesel B
15
Consumo Internacional 15
Etanol
Produção e Consumo 16
Atos Normativos 17
Exportação e Importações 18
Frota Flex‐Fluel 19
Preços da Cana‐de‐Açúcar 19
Preços 20
Margens 21
Paridade de Preços 21
Preços do Açúcar 22
Não Conformidades 23
Consumo Internacional 23
Biocombustíveis
Variação de Matérias‐Primas e do IPCA
24
APRESENTAÇÃO
Nesta edição, são apresentadas informações e dados atualizados relativos à produção e aos preços dos biocombustíveis. Como destaques principais do mês, temos:
A retomada dos investimentos do Setor Sucroenergético;
Prosseguimento das medidas de incentivo à produção e investimento em etanol;
CEPEA: “Em junho, os preços da soja subiram com força nos mercados interno e externo”;
Diesel de cana‐de‐açúcar faz sua estreia em competições automobilísticas no Rally dos Sertões;
Embrapa e Fundação John Deere lançam documentário sobre energia proveniente da biomassa .
O Boletim é parte do esforço contínuo do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar transparentes as informações sobre biocombustíveis, divulgando‐as de forma consolidada a agentes do setor, órgãos públicos, universidades, associações, imprensa e público em geral.
O Boletim é distribuído gratuitamente por e‐mail e está disponível para consulta no endereço virtual www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html.
Muito obrigado,
A Equipe do DCR
Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis
BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS
BOLET IM MENSAL DOS COMBUST ÍVE I S RENOVÁVE I S NO 66 JULHO/2013
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DESTAQUES
A retomada dos investimentos do Setor Sucroenergético
Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ‐BNDES destinados a parte agrícola do setor sucroenergético tiveram uma forte variação em relação ao ano passado. No 1º semestre de 2013, alcançaram R$1,311 bilhão, 237% acima do registrado no mesmo período de 2012. O montante já é maior que os R$ 1,2 bilhão desembolsados para essa área em todo o ano passado.
Destaque para o Programa de Apoio à Renovação e Implantação de Novos Canaviais – Prorenova criado para incentivar a produção de cana‐de‐açúcar por meio de financiamentos à renovação dos canaviais antigos e à ampliação da área plantada. Do total do semestre, R$ 611 milhões foram tomados via Prorenova, o que corresponde a 53% do desembolso para a parte agrícola do setor sucroenergético. O restante teve origem em investimentos em máquinas e equipamentos agrícolas do Programa de Sustentação do Investimento ‐ PSI.
O melhor desempenho do Programa, criado no ano passado, está ligado aos ajustes realizados para 2013. Tais como, a redução da taxa de juros que saiu de 8,8% a 9% ao ano para 5,5% ao ano; a ampliação do limite de financiamento por hectare, que saiu de R$ 4,350 mil por hectare para R$ 5,450 mil e o fim da restrição da participação de empresas com capital estrangeiro. Desta forma, o BNDES desembolsou R$ 611 milhões por meio desse programa, 33% acima dos R$ 459 milhões de 2012.
Considerando todas as linhas de crédito destinadas ao setor sucroalcooleiro, o BNDES liberou R$ 3,481 bilhões no primeiro semestre de 2013, 68% acima dos R$ 2,068 bilhões do primeiro semestre de 2012. Além do crescimento na área agrícola, o banco de fomento registrou aumento de 69% nos desembolsos para área industrial, montante de R$ 2,148 bilhões, a maior parte destinada às ampliações de usinas já existentes. A exceção foi o projeto da usina de etanol de segunda geração da GraanBio, para a qual foram desembolsados R$ 200 milhões.
O saldo negativo se concentrou nos desembolsos para cogeração de energia, que recuaram 93%, para R$ 23 milhões.
Para o ano de 2013, o BNDES espera que os desembolsos totais ao setor alcancem R$ 6 bilhões, ante os R$ 4,1 bilhões de 2012. Cabe destacar que o montante já é animador, já que está 20% inferior a maior marca do setor, realizada em 2010. A expectativa é que o investimento em novas unidades de produção volte a ter representatividade.
Fonte: Ministério de Minas e Energia (www.mme.gov.br) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social –BNDES (www.bndes.gov.br)
Prosseguimento das medidas de incentivo à produção e investimento em etanol
Nas últimas três edições do Boletim de Combustíveis Renováveis, anunciamos algumas medidas tomadas pelo governo federal para contribuir na estabilidade da oferta do etanol e reduzir a volatilidade de preço do biocombustível.
Nesta edição, destacamos a publicação da Resolução do Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool No
2, de 7 de junho de 2013, que submete à apreciação do Conselho Monetário Nacional as condições do financiamento dos estoques de etanol combustível para safra 2013/2014, a luz da Lei 12.666, de 14 de junho de 2012, que instituiu o Programa de Financiamento Bancário para Estocagem de Etanol Combustível com prazo de cinco anos.
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Também destacamos como Medida Governamental o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi) destinado ao setor de Irrigação como possível fonte de desoneração de investimentos. Gerido pelo Ministério da Integração Nacional, a adesão ao programa garante às empresas descontos de até 9,25% na compra de equipamentos e materiais e serviços, em virtude da suspensão da obrigatoriedade do recolhimento do PIS/Pasep (1,65%) e da Confins (7,6%).
Criado em 2007, pela Lei n° 11.488, podem se habilitar ao Reidi os projetos de irrigação em áreas a partir de 5 hectares. Em informação disponível no sitio do Ministério da Integração verifica‐se que dos dez projetos, nove são de empresas do setor sucroenergético e um destinado à irrigação de pomares de laranja. Os técnicos do MI afirmam que o Regime pode ter um desempenho mais expressivo se o Reidi tiver uma maior divulgação.
Fonte: Ministério de Minas e Energia (www.mme.gov.br); Ministério da Integração Nacional (www.mi.gov.br)
Em junho, os preços da soja subiram com força nos mercados interno e externo
ANÁLISE CEPEA – Em junho, os preços da soja subiram com força nos mercados interno e externo. No Brasil, os valores foram impulsionados pela restrição vendedora, pela valorização do dólar e pela demanda firme, especialmente para exportação.
Além disso, os baixos estoques nos Estados Unidos e a greve do setor agropecuário na Argentina também deram o tom altista aos preços domésticos. Com isso, especialmente no mercado disponível, foi recuperada boa parte das perdas observadas no ano. Os preços atingiram os maiores patamares do ano em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Cepea.
Entre 31 de maio a 28 de junho, considerando‐se o conjunto das praças pesquisadas pelo Cepea, os preços no mercado de balcão (ao produtor) subiram 5,3% e no de lotes (negociações entre empresas), 4,9%.
Segundo agentes colaboradores do Cepea, diante da maior demanda por soja brasileira, o País não teve capacidade logística para embarcar o grão nos prazos acordados. No porto de Paranaguá (PR), as filas de navios em junho estiveram longas, com demora de aproximadamente 60 dias; já em Santos, o período entre chegada e embarque era de cerca de 40 dias e, no Rio Grande, de 25. Os fretes rodoviários também voltaram a ficar mais elevados para a soja e farelo de soja no mês, desestimulando o produtor a realizar novos negócios externos.
Em junho, os embarques do grão somaram 6,57 milhões de toneladas, queda de 17,4% se comparadas às 7,9 milhões de toneladas no mês anterior – dados da Secex. Porém, de janeiro a junho de 2012, o País havia embarcado cerca de 23,37 milhões de toneladas e, no mesmo período de 2013, já embarcou 26,17 milhões de toneladas, um avanço de 12% nesse comparativo e um recorde para o período.
Ainda conforme dados da Secex, os embarques de óleo de soja somaram 104 mil toneladas em junho, queda de 14,8% frente a maio (quando 123 mil toneladas embarcadas) e de 26,4% em relação à junho de 2012 (142 mil toneladas de óleo). No primeiro semestre, o País exportou apenas 513 mil toneladas, 45% abaixo das 933 mil toneladas exportadas no mesmo período de 2012.
Para o farelo de soja, o Brasil embarcou cerca de 1,3 milhão de toneladas em junho, queda de 5,8% frente a maio, mas, aumento de 5,4% em relação a junho de 2012 – dados Secex.
Quanto aos preços no Brasil, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (produto transferido para armazéns do porto de Paranaguá), em moeda nacional, fechou a R$ 69,15/saca de 60 kg no dia 28, com alta de 7,2% se comparado ao último dia de maio. Ao ser convertido para dólar, moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa, o Indicador finalizou a US$ 31,00/sc de 60 kg, elevação de 3,1% no mesmo período. A média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, subiu significativos 4,4% no mês, passando para R$ 65,96/sc de 60 kg no dia 28 de junho.
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Para os derivados, enquanto a demanda por farelo de soja seguiu firme nos mercados interno e externo, os preços do óleo não registraram reações, o que pesou sob a margem da indústria. Em junho, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, o farelo valorizou 11,3%. O preço do óleo de soja (produto posto na cidade de São Paulo com 12% de ICMS), por sua vez, teve avanço de apenas 1,2% no acumulado do mês.
Na CME/CBOT (Bolsa de Chicago), o vencimento Jul/13 referente à soja em grão subiu 3,6% entre 31 de maio e 28 de junho, com média de US$ 15,2450/bushel (US$ 33,61/sc de 60 kg) em junho. Para o primeiro vencimento, esta foi a maior média desde outubro de 2012. Para os derivados, o farelo (Jul/13) se valorizou 9,6% no comparativo de maio e junho, com média de US$ 456,83/tonelada curta (US$ 503,56/t) em junho, também a maior média em oito meses. Já para o óleo de soja, o vencimento Jul/13 teve forte retração de 4,1% no mês, média de US$ 0,4802/lp (US$ 1.058,58/t) – a menor média desde outubro de 2010.
Para os prêmios, o embarque da soja em grão em Jul/13 por Paranaguá foi cotado a ‐65 centavos de dólar por bushel para o comprador e a ‐60 centavos de dólar por bushel para o vendedor no dia 28, ante‐52 centavos de dólar por bushel para o comprador e a ‐48 centavos de dólar por bushel para o vendedor no dia 31 de maio.
O valor FOB da soja para o embarque Jul/13 foi calculado a US$ 33,17/sc de 60 kg no dia 28, expressiva alta de 3% (em dólar) se comparado ao de maio. Para o farelo de soja, o embarque em Jul/13 teve expressivo aumento de 15,4% no período, finalizando o mês a US$ 543,32/t. Já no mercado de óleo de soja, o FOB para o contrato Jul/13 teve expressiva queda de 8,1%, a US$ 893,53/t em junho.
Fonte: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA/ESALQ/USP (http://cepea.esalq.usp.br)
Diesel de cana‐de‐açúcar faz sua estreia em competições automobilísticas no Rally dos Sertões
O diesel produzido a partir da cana‐de‐açúcar, um combustível ainda utilizado em testes e não disponível comercialmente, foi um dos destaques do principal rally brasileiro e uma das maiores competições do gênero no mundo, o Rally dos Sertões 2013. A 21ª edição do evento, que iniciou no dia 25 de julho em Goiânia (GO), teve a participação, inédita em competições automobilísticas, de um carro movido exclusivamente a diesel de cana e pilotado pelo renomado piloto Klever Kolberg, o primeiro brasileiro a desbravar o mítico Paris‐Dakar, em 1988.
A tecnologia vem mostrando que sustentabilidade e competitividade podem andar lado a lado. Klever terminou a oitava etapa na terceira colocação, ficando atrás apenas da dupla Stephane Peterhansel/Jean‐Paul Cottret e dos brasileiros Cristian Baumgart/Beco Andreotti ‐ a prova teve percurso de 666 km entre Palmas, no Tocantins, e Minaçu, em Goiás.
De acordo com o piloto, assim como o motor de quatro cilindros e 240 cavalos de potência do protótipo T‐Rex não precisou de qualquer adaptação para se adequar à nova tecnologia, também não será necessário fazer modificações para que os carros normais recebam o diesel de cana‐de‐açúcar. Alguns ônibus nas maiores capitais do país já operam com uma pequena porcentagem do produto misturada ao combustível comum.
‐ Este diesel tem uma capacidade de se misturar ao comum com grande facilidade. Ele até tem propriedades muito estáveis das quais poderíamos nos aproveitar para dar mais potência ao motor, mas não foi isso que aconteceu. O mesmo motor que vinha usando o diesel convencional só trocou de combustível. Nada mais ‐ explicou o piloto.
Como se não bastasse o bem que a redução dos gases poluentes traz à natureza, o combustível tem outra vantagem que afeta os pilotos diretamente.
‐ O cheiro dele é bem agradável. É meio perfumado. Você sente um aroma quando acelera que é bem mais gostoso do que o diesel normal ‐ completou Klever.
Fonte: Globo Esporte (http://globoesporte.globo.com) e Unica (www.unica.com.br)
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Embrapa e Fundação John Deere lançam documentário sobre energia proveniente da biomassa
Em junho, mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia, a Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e a Fundação John Deere lançam o documentário “Energia Verde e Amarela”. A apresentação oficial acontece em 11 de junho, em Brasília, uma iniciativa que integra as comemorações de 40 anos da Embrapa.
Produzido com o apoio do Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet, o filme abrange todas as regiões do Brasil e destaca os diferentes processos de geração de energia sustentável, proveniente da biomassa e dos resíduos da mesma.
“A intenção foi obter um produto de comunicação para divulgar o que o País tem de competência, tecnologia e políticas públicas nesse setor, que o colocam como um dos atores fundamentais na geração de energia renovável”, ressalta o chefe‐geral da Embrapa Agroenergia, Manoel Souza. De acordo com ele, é preciso superar a dependência energética do petróleo e reduzir as emissões de gases que contribuem para o aquecimento da Terra. “A biomassa é a fonte de energia que irá sustentar, nas próximas décadas, o desenvolvimento sustentável do Brasil”, completa.
Para Paulo Herrmann, presidente da John Deere, a produção do documentário vai ajudar a difundir essas tecnologias. “O que antes era descartado, hoje pode ser reaproveitado para a geração de energia limpa, o que é essencial para o meio ambiente e para a renda dos produtores e suas famílias, com consequências positivas para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil”, diz.
“Energia Verde e Amarela” ‐ O documentário está dividido em quatro partes e mostra os programas adotados pelas políticas públicas para incentivar a produção de biocombustíveis, como o etanol – que vem sendo usado desde a década de 70 – e o biodiesel, combustível lançado em 2005 que, por ser produzido a partir de óleos vegetais e de gorduras animais, tem um impacto social importante.
Quanto ao aproveitamento de resíduos, o filme aponta como as sobras das atividades agrícolas, agroindustriais e florestais podem se tornar matérias primas para a produção de biocombustíveis, rações, fertilizantes, produtos químicos e biomateriais. Esse aproveitamento, além de agregar valor aos resíduos, ainda contribui para preservar o meio ambiente.
“Pensamos em mostrar, de uma forma simples, o que a comunidade científica, os produtores rurais e os setores público e privado estão fazendo para viabilizar a busca por alternativas sustentáveis”, diz o diretor do documentário, César Romagna.
Distribuição ‐ O documentário “Energia Verde e Amarela” será distribuído para universidades, ministérios, empresas, escolas agrotécnicas, escolas agrícolas familiares e câmaras setoriais. Será utilizado também em programas como o Embrapa & Escola e, com legendas em inglês, para divulgar a experiência do Brasil a outros países.
O documentário pode ser visualizado nos links abaixo:
Energia verde e amarela: Proveniente da biomassa (http://youtu.be/XBfeXnbeSO4)
Energia verde e amarela: ETANOL (http://youtube/aqYq‐Fx0a3g)
Energia verde e amarela: BIODIESEL (http://youtu.be/AuLp4Tt7RaQ)
Energia verde e amarela: RESÍDUOS (http://youtu.be/upcxAMiy5r4)
Fonte: Embrapa Agroenergia (www.cnpae.embrapa.br)
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BIODIESEL
Biodiesel: Produção Acumulada e Mensal
Dados preliminares com base nas entregas dos leilões promovidos pela ANP mostram que a produção em junho de 2013 foi de 226 mil m³. No acumulado do ano, a produção atingiu 1.382 mil m³, um acréscimo de 12% em relação ao mesmo período de 2012 (1.239 mil m³). Abaixo são apresentadas, para os períodos de B5, a produção acumulada anual e, posteriormente, a produção mensal com a variação percentual em relação ao mesmo período do ano anterior.
Biodiesel: Capacidade Instalada
A capacidade instalada, autorizada a operar comercialmente, em maio de 2013, ficou em 7.243 mil m³/ano (603 mil m³/mês). Dessa capacidade, 90% é referente às empresas detentoras do Selo Combustível Social.
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Em junho havia 59 unidades aptas a operar comercialmente, com uma capacidade média instalada de 123 mil m³/ano (341 m³/dia). O número de unidades detentoras do Selo Combustível Social em junho era de 43.
Biodiesel: Localização das Unidades Produtoras
Região nº usinas Capacidade Instalada
mil m3/ano %
N 4 202 3%
NE 6 741 10%
CO 27 3.072 43%
SE 11 890 12%
S 11 2.338 32%
Total 59 7.243 100% OBS: contempla apenas usinas com Autorização de Comercialização na ANP e Registro Especial na RFB/MF. Posição em 30/06/2013.
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Biodiesel: Atos Normativos e Autorizações de Produtores
Atos Normativos Avisos de Licitações do Leilão Público ANP nº 48/2013 – Biodiesel para o 5º bimestre 2013.
Produtores Ato Declaratório da RFB do delegado de Caxias do Sul ‐ RS no 146/2013 (Registro Especial na RFB da
Bocchi ‐ RS).
Biodiesel: Preços e Margens
O gráfico a seguir apresenta a evolução de preços de biodiesel (B100) e de diesel no produtor, na mesma base de comparação (com PIS/COFINS e CIDE, sem ICMS). Os demais gráficos mostram os preços de venda da mistura obrigatória ao consumidor e ao posto revendedor final. Mostra‐se, também, o comportamento das margens de revenda.
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No mês de junho, o preço médio de venda da mistura B5 ao consumidor não apresentou variação na média nacional em relação ao mês anterior. No preço intermediário (venda pelas distribuidoras aos postos revendedores), houve decréscimo de 0,2%. A margem bruta de revenda da mistura B5, por sua vez, apresentou um acréscimo de 1,3%.
Biodiesel: Entregas nos Leilões e Demanda Estimada
O gráfico a seguir apresenta as entregas nos leilões promovidos pela ANP e nos leilões de estoque para atender a demanda obrigatória de B5.
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O desempenho médio das entregas nos leilões públicos promovidos pela ANP é mostrado no gráfico a seguir. Contratualmente, a faixa de variação das entregas permitida é entre 90% e 110% na média do leilão, atualmente bimestral. Em junho, a performance ficou em 92% .
Biodiesel: Preços das Matérias‐Primas
O gráfico abaixo apresenta a evolução do preço da soja em grão no Paraná, Bahia e Mato Grosso.
Na continuação, apresentamos as séries históricas do preço do óleo de soja em São Paulo, em Rosário (Argentina) e na Bolsa de Chicago (Estados Unidos), estas últimas convertidas para Real (R$) por litro.
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No gráfico a seguir, apresentamos as cotações internacionais de outras matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel. Posteriormente, apresentamos as cotações do sebo bovino.
No próximo gráfico, é mostrada a variação acumulada do óleo e do grão de soja, com referência a janeiro de 2010.
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No gráfico a seguir, apresentamos as cotações dos preços de exportação e importação brasileiras de matérias‐primas que podem ser utilizadas na produção de biodiesel. Na sequência, apresentamos uma comparação entre os preços do óleo de soja em São Paulo e os preços do óleo de soja nas exportações brasileiras.
O gráfico abaixo apresenta a evolução de preços do biodiesel nos leilões promovidos pela ANP, comparados a outras commodities. Todos os valores foram convertidos para uma mesma base (US$/BBL), sem tributos.
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As cotações de insumos alcoólicos utilizados na produção de biodiesel são apresentadas na continuação.
Biodiesel: Participação das Matérias‐Primas
O gráfico a seguir apresenta a evolução da participação das matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel. Em 2013, no acumulado até maio, a participação das três principais matérias‐primas foi: 72,4% (soja), 19,9% (gordura bovina) e 2,7% (algodão).
Nos gráficos a seguir, apresentamos a participação das principais matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel para cada região do Brasil. Observa‐se que, na maioria das regiões, o óleo de soja é a principal matéria‐prima, seguido da gordura bovina e do óleo de algodão.
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Biodiesel: Distribuição Regional da Produção
A produção regional, em maio de 2013, apresentou a seguinte distribuição: 42,3% (Centro‐Oeste), 38,7% (Sul), 7,4% (Sudeste), 9,4% (Nordeste) e 2,0% (Norte).
Biodiesel: Não Conformidades no Óleo Diesel (B5)
A ANP analisou 6.148 amostras da mistura B5 comercializada no mês de junho. O teor de biodiesel fora das especificações representou 16,0% do total de não conformidades identificadas.
Biodiesel: Consumo em Países Selecionados
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ETANOL Etanol: Produção e Consumo Mensais
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou os três primeiros meses do acompanhamento da safra 2013/2014. De abril a junho de 2013, foram moídas 173 milhões de toneladas de cana‐de‐açúcar. A luz da estimativa da safra 2013/2014 publicada pela CONAB (653,81 milhões de toneladas de cana), já foram esmagadas 26% da produção nacional.
O gráfico a seguir compara a curva de evolução da safra corrente com base na expectativa de moagem total realizada pela CONAB a partir do desempenho médio das ultimas quatro safras. Nota‐se que os valores estão bem próximos.
A safra 2013/2014 está mais favorável à produção de etanol, em conformidade ao anunciado por representados do setor. A produção acumulada até junho somou 7,38 bilhões de litros, sendo 2,7 bilhões anidro e 4,6 bilhões em hidratado. Em destaque, está o crescimento da produção de anidro, igual a 68% em relação ao mesmo período ano passado, atribuído (1) ao aumento do percentual de mistura do biocombustível na gasolina, que em 2012 foi de 20% e passou a ser de 25% a partir de maio ultimo (Resolução CIMA nº 1 de 28 de fevereiro de 2013); (2) ao aumento do consumo da gasolina C no período; (3) ao aumento dos estoques do produto.
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Nos três primeiros meses da safra (abril a junho), o consumo de etanol carburante teve uma elevação de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior. O aumento no consumo de hidratado foi de 14,2%, enquanto o aumento do consumo do anidro foi de 16,6% no período. No acumulado, foram consumidos 2,1 milhões de m3 de anidro e 3 milhões de m3 de hidratado nos meses da safra 2013/2014( abril a junho). O crescimento do consumo de hidratado está associado ao aumento da oferta do biocombustível, que tornou a paridade de preços mais favorável ao biocombustível no estado de São Paulo (principal consumidor).
Etanol: Atos Normativos
Autorizações para operações de usinas
Até o julho de 2013, a ANP autorizou a operação de 333 usinas de etanol, de acordo com as atribuições dadas pela Lei n° 12.490/2011, 07 autorizações foram emitidas em julho. Duas autorizações foram revogadas, o que resulta em 331 usinas de etanol com operação autorizada.
Até o dia 29 de julho, as usinas autorizadas perfaziam uma capacidade total de aproximadamente 180 milhões de litros de etanol hidratado por dia e de 90 milhões de litros de etanol anidro por dia.
Da capacidade autorizada de produção de etanol, os estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais representam aproximadamente 70%, tanto de anidro, quanto de hidratado. O estado de São Paulo tem a maior capacidade autorizada, que representa em torno de 50% da capacidade total, tanto de etanol anidro quanto de etanol hidratado.
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Resolução CIMA nº2/2017
Em 07 de junho de 2013 o Conselho Interministerial de Açúcar e Álcool ‐ CIMA instituiu, por meio de Resolução, o Programa de Financiamento Bancário para Estocagem de Etanol Etílico Combustível com Garantia de Produto, com vigência de cinco anos. Na Resolução o Conselho submete à apreciação do Conselho Monetário Nacional ‐ CMN as condições estabelecidas para tratar do financiamento dos estoques de etanol combustível para a safra 2013/2014. Os principais pontos da resolução são:
a) Beneficiários: usinas, destilarias, cooperativas de produtores e empresas comercializadoras de etanol e distribuidoras de combustível, cadastradas na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
b) Valor do financiamento: multiplicação do volume de etanol objeto de financiamento pelo preço de referência de:
R$ 1,37 (um real e trinta e sete centavos) por litro de etanol anidro;
R$ 1,21 (um real e vinte e um centavos) para o litro de etanol hidratado;
c) Produto em garantia: uma vez o volume de etanol objeto do financiamento contratado.
d) Período de contratação:
De 1º de maio de 2013 a 30 de novembro de 2013, nas regiões Sul, Sudeste e Centro‐Oeste, nos estados do Ceará, Maranhão, Pará, Piauí, Tocantins e nos municípios de Juazeiro e Medeiros Neto do estado da Bahia.
De 1º de setembro de 2013 a 28 de fevereiro de 2014, nos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e nos demais municípios do estado da Bahia;
e) Período de liquidação:
Para as operações contratadas de 1º de maio de 2013 a 30 de novembro de 2013, o reembolso deve ser programado para ocorrer dentro do período de fevereiro de 2014 a abril de 2014;
Para as operações contratadas de 1º de setembro de 2013 a 28 de fevereiro de 2014, o reembolso deve ser programado para ocorrer dentro do período de junho de 2014 a agosto de 2014.
Etanol: Exportações e Importações
Em junho, as exportações brasileiras de etanol somaram 273,8 milhões de litros, o que representa um dobro do volume do mesmo período do ano anterior e também aproximadamente o dobro do volume exportado no mesmo de maio deste ano. O volume acumulado de exportações no ano de 2013 alcançou o patamar dos 1,15 bilhões de litros, volume que representa acréscimo de 92% do volume acumulado de exportações, se comparado com o período de janeiro a junho de 2012. No ano de 2013, a volume exportado de etanol gerou receitas de exportação da ordem de US$ 772 milhões.
O preço médio (FOB) das exportações, em junho, aumentou 2 centavos de dólares em relação ao mês anterior indo para US$ 0,69 por litro do produto, preço 11 % menor em relação ao mesmo período do ano passado.
Em junho foram importados 14 milhões litros de etanol, a um preço médio por litro de US$ 0,81, totalizando US$ 12 milhões. Sendo que quase todo esse volume foi importado dos Estados Unidos.
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Etanol: Frota Flex‐Fuel
O número de licenciamentos de veículos leves em junho de 2013 foi de 303 mil, apresentando uma redução de 11% em relação ao mesmo período de 2012 e um aumento de 1% em relação ao mês anterior. Desse total, os carros flex‐fuel representaram 88,9%, os carros exclusivamente movidos à gasolina representaram 4,9%, os carros a diesel 6,2% do total de veículos licenciados.
Etanol: Preços da Cana‐de‐Açúcar
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Etanol: Preços
O preço médio do etanol hidratado no produtor em junho, sem tributos, permaneceu estável em relação ao mês anterior, tendo uma média de preço de R$ 1,11/litro. O preço médio do etanol anidro ficou em R$ 1,31 por litro do combustível.
Comparando os preços de junho de 2013 com os preços do mesmo período ano anterior, o anidro está 1,3% mais barato e o hidratado está 3,0% mais caro. A média de preços do etanol anidro e hidratado nos meses de janeiro a junho de 2013 é de R$ 1,21 e R$ 1,36, respectivamente. Destaca‐se que o acompanhamento dos preços semanais realizados pela ESALQ refere‐se aos preços praticados no mercado spot, ou seja, não captura os preços praticados nos contratos.
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Etanol: Margens de Comercialização
Etanol: Paridade de Preços – Média Mensal
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Etanol: Paridade de Preço – Semana de 07.07.2013 a 13.07.2013
A paridade de preços no varejo, em nível nacional, na segunda semana de julho de 2013, esteve levemente abaixo aos 70% (valor que torna o consumo de hidratado mais vantajoso do ponto de vista econômico em relação à gasolina). Goiânia, Cuiabá, Curitiba e São Paulo tiveram paridade inferior a 70%. As cidades de Vitória, Belém, Teresina, Macapá e Boa Vista tiveram as maiores paridades, próximas de 90%.
Etanol: Preços do Açúcar e do Petróleo em Relação ao Etanol
Em junho, o preço médio do açúcar foi de US$ 369,05/ton. O preço do petróleo tipo Brent foi de US$ 102,91/barril, preço US$ 0,21 maior em relação ao mês anterior. Segundo o Cepea “desde abril as vendas domésticas do cristal remuneram mais que as exportações”.
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Etanol: Não Conformidades na Gasolina C
A ANP analisou 6.259 amostras de gasolina C no mês de junho. A não conformidade (NC) teor de etanol, correspondeu a 61,8% do total das não conformidades.
Etanol: Não Conformidades no Etanol Hidratado
A ANP analisou 3.104 amostras de etanol hidratado no mês de junho, das quais 54 apresentaram não conformidades. A maioria das não conformidades se refere à Soma de Massa Específica/Teor de Álcool.
Etanol: Consumo em Países Selecionados
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Biocombustíveis: Variação de Matérias‐Primas em Comparação à do IPCA
O gráfico a seguir mostra a variação acumulada das principais matérias‐primas de biocombustíveis usadas no Brasil (cana‐de‐açúcar e óleo de soja) em comparação com o Petróleo tipo Brent e o índice de inflação dado pelo IPCA, com referência a janeiro de 2010.
Biocombustíveis: Números do Setor em 2011 e 2012
NÚMEROS DO SETOR DE BIOCOMBUSTÍVEIS (2011 e 2012)
Etanol Biodiesel
2011 2012 2011 2012
Produção (safras 2011/12 e 2012/13 – milhões de m³) 22,8 23,5 n.a. n.a.
Produção (ano civil – milhões de m³) 22,9 23,5 2,7 2,7
Consumo combustível (milhões de m³) 20,6 19,0 2,7 2,7
Exportações (milhões de m³) 1,96 3,1 ‐ ‐
Importações (milhões de m³) 1,15 0,5 ‐ ‐
Preço médio no produtor – EH e B100(1) (R$/L) 1,21 1,12 2,21 2,41
Preço médio no distribuidor – EH(2) e B5(2) (R$/L) 1,93 1,94 1,77 1,86
Preço médio no consumidor final – EH(2) e B5(2) (R$/L) 2,19 2,21 2,01 2,09
Capacidade de produção instalada nominal (milhões de m³) n.d. n.d. 6,0 6,9 (1) Inclui os tributos federais. (2) Com todos os tributos. Ressalva do Editor A reprodução de textos, figuras e informações deste Boletim não é permitida para fins comerciais. Para outros usos, a reprodução é permitida, desde que citada a fonte.
Distr ibuição do Boletim A distribuição do Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis é feita gratuitamente por e‐mail. Aqueles interessados em receber mensalmente essa publicação, favor solicitar cadastramento na lista de distribuição, mediante envio de mensagem para o endereço [email protected]. O Boletim também está disponível para download no sítio http://www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html
Equipe do Departamento de Combustíveis Renováveis Ricardo de Gusmão Dornelles (Diretor), Mônica Maria de Jesus, Diego Oliveira Faria, Luciano Costa de Carvalho, Marlon Arraes Jardim Leal, Paulo Roberto M. F. Costa, Raphael Ehlers dos Santos, Renato Lima Figueiredo Sampaio e Ricardo Borges Gomide.