Nerd CulturA - Jornal Integração da Serra · fotos para os participantes, que pu- ... mecei a...

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | JUNHO DE 2017 | EDIÇÃO 191 | ANO 15 CulturA Nerd na Capital do Vinho Fotos: Cláudia Velho e Natália Zucchi

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Nerdna Capital do Vinho

Fotos: Cláudia Velho e Natália Zucchi

CULTURA NERD JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | junho 20172

Reportagem: Natália ZucchiEdição: Kátia Bortolini

Cerca de 500 pessoas, a maioria jovens, interagiram com as culturas nerd e pop através de bate-papos com convidados, competições de videoga-me, jogos de cartas e tabuleiro. Esses, entre outros atrativos, fizeram parte da 2ª edição do NerdLand, ocorrida no dia 3 de junho deste ano no anfite-atro e no ginásio de esportes da UCS--CARVI. Um protótipo do R2-D2, robô personagem clássico do universo Star Wars, circulou nos espaços do evento, mexendo com emoções. Os bate-pa-pos giraram em torno de literatura, histórias em quadrinhos, ilustrações, mangás, cinema e séries televisivas. Em um estande foi apresentada a es-cola de Quadribol, atividade criada no mundo fictício dos livros e filmes de Harry Potter. Para entreter as crianças, guerra de cotonetes.

Entre os convidados, os escrito-res Affonso Solano, do Rio de Janei-ro e o norte-americano Christopher Kastensmidt, hoje radicado em Porto

Culturas nerd e pop em BentoAlegre. Os convidados desenhistas Douglas Dias e Emmy Dala Senta ex-puseram e comercializaram obras. A convidada Luiza Aiolfi, acadêmica do curso de Jogos Digitais, participou do bate-papo sobre criação e desenvol-vimento de games com Kastensmidt e com o músico-compositor Nickolas Ramires Jaques, que também apre-sentou trilhas sonoras de jogos no piano. Outro convidado, o jovem es-critor Lucas de Lucca, participou do bate-papo com Kastensmidt e Sola-no. Também participou como convi-dada a dubladora Fernanda Bullara.

O NerdLand é organizado pelo professor do curso de Análise e De-senvolvimento de Sistemas do Ins-tituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), Rafael Ramires Jaques. Ele ressalta que organiza o evento para acessar as culturas nerd e pop aos jovens do interior, bem como para valorizar os produtores culturais da região.

Elvis Pletsch

Cláudia Velho Cláudia Velho

Natália Zucchi

Natália ZucchiNatália Zucchi

Natália Zucchi

Affonso Solano interagindo com fãs

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | junho 2017 CULTURA NERD 3

Não precisa ser fã de Star Wars para se encantar com o Protótipo do R2-D2, robô personagem clássico do universo Star Wars. Medindo cerca de um metro de altura, o protótipo anda, fala e tem suas luzes colori-das e piscantes. A atração ganhou o público do NerdLand e rendeu boas fotos para os participantes, que pu-deram interagir com o robô durante o evento, no ginásio de esportes. A criação é do analista de sistemas Air-ton Nora, de Caxias do Sul, que pela segunda vez constrói o protótipo do R2-D2. Nora conta que o primeiro protótipo foi criado para presentear a filha Gabriela em seu aniversário de 15 anos. Anos depois, ele cons-truiu o novo protótipo em tamanho bem mais próximo ao original. O personagem foi confeccionado com materiais recicláveis, como ferro, pa-pel, plástico e alumínio, além de ter algumas de suas peças aproveitadas do modelo anterior. “O R2-D2 é meu hobby”, afirma Nora. O profissional demorou cerca de dois meses para concluir o personagem. Para dar vida ao robô, ele desenvolveu um aplicati-

Protótipo do R2-D2 Star Wars ganhou destaquevo para celular como uma plataforma de comunicação com o protótipo. A partir do sistema, os movimentos do R2-D2 podem ser controlados de for-ma inteligente e ágil.

Airton Nora é membro do Posto Avançado Kashyyyias de Caxias do Sul, integrava o antigo Conselho Jedi do Rio Grande do Sul (CJRS), criado em 2002, reunindo fãs de Star Wars. O Posto Avançado Kashyyyias surgiu em 2005, em Caxias do Sul, com nome em homenagem ao planeta natal do per-sonagem Chewbacca (KASHYYYK). Seus membros estiveram presentes no NerdLand para apresentar o his-tórico do universo Star Wars, desde a sua criação com os quadri-nhos desenvolvidos pela Marvel na década de 70, até as novas produções ci-nematográficas que estão sendo gravadas. O grupo também participou de um bate-papo sobre o futuro do universo Star Wars e dis-cutiu as diferenças nas his-tórias criadas dentro desse contexto.

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Cosplayers de personagens de filmes, jogos e séries fizeram parte do evento

Competições de jogos de carta, tabuleiro e videogame ocorrreram no ginásio Emmy Dala Senta ilustrando durante o evento

Airton Nora é o responsável pela criação do protótipo R2-D2, personagem do Star Wars. Nora também desenvolveu um aplicativo para se comunicar com o robô

Natália Zucchi

Natália ZucchiNatália Zucchi

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | junho 2017CULTURA NERD4

Jornal Integração da Serra: Des-de quando desenhas?

Douglas Dias: Já faz tempo, hehehe... na verdade nunca parei de desenhar, desde que minha família me proporcionou contato com pa-pel e caneta. Uma criança que jamais teve uma de suas aptidões castrada, desestimulada, tende a desenvolvê--la. Profissionalmente, penso que co-mecei a ganhar a vida com desenhos por volta dos meus vinte anos.

JIS: Como começou seu interesse

por desenho? DD: Meu irmão, Fábio (in memo-

riam), cinco anos mais velho, também tinha a mesma aptidão. Ele se in-cumbia de me ensinar o que já havia aprendido sobre desenho, enquan-to minha mãe nos estimulava com-prando materiais para ambos. Então, aquela fase em que a criança pega um lápis de cor e um papel, passan-do pelas animações na TV, os quadri-nhos que meu irmão lia para mim, os games que jogávamos, evoluiu até o entendimento por profissão. Meu in-teresse começou e continuou nessa linha temporal. As leituras de histó-ria em quadrinhos (HQ) sempre me acompanharam, hábito que também me aproximou do desenho ao repro-duzir os quadrinhos com base nas mi-nhas aptidões. Deveria ser assim nas escolas. Deveria ser assim com toda a criança.

JIS: Você têm projetos paralelos?

Se sim, quais?

DD: Sim. Atualmente tenho tra-balhado bastante com a temática medieval. Também participo de uma exposição coletiva de cartuns itine-rante e de uma nova parceria com Henrique Madeira, de Cruz Alta, para uma HQ de suspense, além de outra HQ autobiográfica que será coletiva

Entre os convidados do NerdLand, alguns perfis do município e região

Arte do Desenho: Douglas DiasDesenhista publicitário e gráfico, cartunista, quadrinista, caricaturista e ilustrador, Douglas Garcia Dias, 34 anos, é natural de Pelotas e há 11 anos vive em Bento Gonçalves. Seu nome artístico é apenas Douglas Dias. Assim assina seus trabalhos produzidos ao longo dos 14 anos como profissional do desenho. Focado na arte, realizou cursos livres voltados às áreas de animação, quadrinhos, aquarela e softwares para pintura, entre tantos. Hoje, está à frente do curso de desenho da Fundação Casa das Artes, além de atuar como ilustrador e auxiliar administrativo.

com outros artistas.

JIS: De onde você tira a sua ins-piração?

DD: Então, essa questão da ins-piração é abordada nos meus cursos para o pessoal que pretende seguir a profissão de desenhista. Parece que enquanto estudante, experimenta-dor, você tem mais tempo ou neces-sidade de divagar sobre referências e novas experiências visuais. Já quando você trabalha com clientes, projetos, prazos, é o contrário. Não há mais esse tempo e, devido à demanda de trabalho e acúmulo de experiência, também não tem toda essa neces-sidade. A inspiração acaba sendo o deadline mesmo. A janela do meu ho-mework, quando aberta, dá de fren-te para uma parede cinza da casa ao lado da minha. Não é nada inspirador, mas o trabalho tem de ser feito.

Já nas minhas referências, tem muita gente dos quadrinhos, pin-tores, animadores, gente como Bill Sienkiewicz, Rod Reis, Simon Bisley, Riccardo Federici, Adriana Melo, Car-los Luzzi, Glenn Vilppu... Gente mais nova, mestres mundiais arcaicos... É bem eclética.

JIS: Qual a faixa etária principal

dos teus alunos? DD: Na Casa das Artes, atualmen-

te, são jovens e adultos, a partir de 14 anos. Também já ministrei cursos para crianças e adolescentes.

JIS: De que forma é ministrado o curso?

DD: O nome do curso é Dese-nho Artístico. Então, trabalho com um pouco de tudo que serve de base para o aluno entender as experiên-cias visuais, intelectuais e motoras a respeito do desenho. Anatomia hu-mana, luz e sombra, perspectiva são apenas alguns dos conceitos básicos

abordados. Além disso, falo de muitas outras coisas e, principalmente, das dúvidas sobre carreira e mercado de trabalho. Não posso deixar um aluno sair de um curso meu pensando em ser profissional sem ter uma ideia do que o espera lá fora.

JIS: Como você vê o interesse

da população de Bento pelo curso e pela arte do desenho?

DD: Aumentando. A vinda de pessoas de fora da Serra Gaúcha para cá, a miscigenação, tem sido muito favorável para a expansão artística e a visão crítica. Há dez anos, era bem menor. Para mim era estranho ver crianças com pouco interesse em his-tória em quadrinhos, por exemplo. Hoje já temos eventos nerds como o Nerdland, Ilustra’s Stock que celebra o Dia Mundial do Desenhista, a busca por cursos de arte, tanto na fundação como com os professores Micael Bia-sin e Marjori Vaccari. Temos grupos de desenho no Facebook. Estamos em expansão e isso é ótimo!

JIS: Há anos você participa do

Encontro de Cartunistas Gaúchos (Cartucho) em Santa Maria?

DD: Participo desde 2014, ano

em que fui convidado pelo organiza-dor do evento, professor da UFSM e cartunista Máucio Rodrigues. É bem legal, reúne desenhistas de vários municípios do Estado. Rimos mui-to por conta do universo do cartum. Tem que fazer o cartum temático do ano, que só é revelado no último dia em exposição, o que sempre dá um frio na barriga. O evento é fantástico, encontro muitos mestres por lá. Pro-curo sempre participar de atividades e conversar com o público, fazendo o meu melhor.

JIS: Algo a acrescentar?DD: Sim. Seguem informações

que pode ser úteis para desenhistas que queiram se juntar para trocar ideias e experiências. Os grupos do Facebook abaixo citados foram cria-dos por mim para unir o pessoal e difundir o grafismo. Seguem os links:

Desenhistas Bento Gonçalveshttps://www.facebook.com/

groups/1414591142185334/

Grupo de Estudos Bento Gonçalves e Regiãohttps://www.facebook.com/

groups/1711476929096446/

Natália Zucchi

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | junho 2017 CULTURA NERD 5

Jornal Integração da Serra: Desde quando você toca teclado/piano?

Nickolas Ramires Jaques: Antes de começar a aprender piano, já havia feito algumas poucas aulas de bateria, violão e guitarra, instrumentos que, após o aprendizado inicial, passei a aprender de forma autodidata. Comecei a brincar com um teclado que tínhamos em casa aos 13 anos. Du-rante dois anos fiz aulas de piano clássico. Após esse tempo, passei a praticar o instrumento tam-bém de maneira autodidata. Amo experimentar novos instrumentos e também improvisar, experi-mentar e criar novos sons e percussões a partir de tudo que conseguir encontrar. Além dos já men-cionados, tenho experiência com violino e alguns instrumentos de sopro.

JIS: Quais são suas influências?NRJ: Gosto de ouvir e busco aprender com

quase todos os tipos de música, desde composito-res clássicos, como Dvořák e Debussy, até bandas contemporâneas como Blind Guardian e Mega-deth. Ainda assim, os compositores que mais me

O convidado Lucas de Lucca, 19 anos, acadê-mico de Jornalismo da UCS, autor do livro O Corvo Negro, da Trilogia das Plumas, natural de Curitiba, há 11 anos residente em Bento Gonçalves, parti-cipou do evento em rodadas literárias. Entre elas, uma com os escritores Affonso Solano e Christo-pher Kastensmidt, em um bate-papo sobre litera-tura e produção cultural.

Paralelo aos projetos culturais que De Lucca desenvolve, seu novo livro infanto-juvenil Nova Rajux já está com lançamento agendado para agosto, no Ovelha Café Literário. A obra, primeira da nova trilogia escrita por De Lucca, é narrada em um cenário medieval, onde o extremismo religio-so, a ganância e o poder fazem com que três rei-nos deem início a uma guerra repleta de conflitos psicológicos. “O livro mostra um mundo sem into-lerância social, nem conceito de família formada. Acontece a miscigenação das raças fantásticas, dando origem a personagens com corpos antro-pomórficos e outros que podem ter seus corpos metade cão e metade dragão, por exemplo”, ex-plica De Lucca. Contemplado com o Fundo Muni-cipal de Cultura, Nova Rajux terá 1500 exemplares, dentre eles, 380 serão doados para escolas de Ben-to Gonçalves e Secretaria Municipal de Cultura.

O jovem escritor também está programando uma temporada de palestras sobre literatura em escolas de Bento Gonçalves. De Lucca está pro-

Kaedalus produz trilhas sonoras para jogos digitais

O convidado Nickolas Ramires Jaques, 19 anos, natural de Porto Alegre, que reside em Bento Gonçalves desde o ano 2000, cursa o 3º semestre de Produção Multimídia na FTEC. Antes mesmo da graduação a produção musical já fazia parte da sua vida. Denominado Kaedalus, nome artístico de Jaques, ele é músico compositor e hoje trabalha com a produção de trilha sonoras para jogos digitais. Ele participou dos bate-papos do NerdLand e também apresentou temáticas de jogos digitais no piano. Leia abaixo a entrevista com Kaedalus.

influenciam são os que produzem trilhas sonoras. Entre eles, alguns dos meus favoritos são John Po-well (Como Treinar o Seu Dragão), Harry Gregson--Williams (As Crônicas de Nárnia), Nobuo Uematsu (Final Fantasy) e Shoji Meguro (Persona).

JIS: Quando começou a produzir trilhas sonoras?

NRJ: Sempre amei trilhas sonoras, desde que era criança, e tinha muita vontade de ser capaz de transformar minhas próprias ideias em música. Co-mecei a aprender a compor em 2010, através de ten-tativa e erro. Provavelmente, não é a maneira mais eficiente! De qualquer forma, continuei praticando e buscando aprender cada vez mais. Passei a traba-lhar profissionalmente com composição em 2015.

JIS: Você apresentou temáticas de jogos no NerdLand. Quais jogos foram apresentados?

NRJ: Apresentei músicas de jogos que foram escolhidos em uma enquete pelos participantes do evento (além de algumas escolhas próprias). Os jogos foram: Chrono Trigger, The Elder Scrolls V: Skyrim, Final Fantasy VII, The Last of Us, The Legend

of Zelda, e Super Mario World.

JIS: Você também produziu os vídeos com as ima-gens dos jogos para a apresentação? Você costu-ma fazer isso com todo o seu repertório?

NRJ: Foi uma produção bastante básica, ape-nas para ilustrar as trilhas que apresentei. Mas sim, busco sempre uma boa apresentação de minhas músicas e covers, principalmente em meu canal no YouTube.

JIS: Como você enxerga o mercado de trilhas sono-ras no Brasil?

NRJ: No Brasil este mercado é muito mais preva-lecente no eixo Rio-São Paulo. No restante do país, se encontra em estágio inicial. Há pouca demanda, especialmente se comparada à oferta. Este cenário é agravado pelo fato de que muitas empresas su-bestimam o efeito que pode ser alcançado com a trilha sonora ideal, não dando a devida importância a esse aspecto em suas produções. Mas, a situação atual tende a mudar para quem produz trabalhos de qualidade.

Rodas literáriasduzindo ainda um outro livro, em parceria com o ilustrador bento-gonçalvense Anderson Lopes, in-titulado A Primeira Profecia. A história terá Lúcifer como personagem principal, numa releitura sobre a queda do anjo para o inferno, onde ele tem que descobrir quem realmente é.

O primeiro manuscrito de O Corvo Negro come-çou a ser produzido em 2012, quando De Lucca ti-nha 15 anos, no início da carreira como escritor. O livro somente foi lançado em 2016, financiado pelo Fundo Municipal de Cultura de Bento Gonçalves. Agora, o autor está em parce-ria com blogueiros brasileiros, distribuindo O Corvo Negro para análises por esses perfis. São dez blogueiros parceiros que mensalmente enviam crí-ticas, tanto positivas como ne-gativas, e também publicam resenhas sobre o livro. Com essas avaliações, De Lucca pre-tende reeditar O Corvo Negro e publicá-lo de forma gratuita no site Amazon até o fim de 2017. Já o segundo livro da trilogia, intitulado O Corvo Branco, será lançado de forma gratuita em formato e-book, também pela Amazon, no final de 2018.

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Escritor Lucas de Lucca lançará dois livros em 2017, um deles ilustrado por Anderson Lopes

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Anderson Lopes

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | junho 2017CULTURA NERD6

O acadêmico de Desing da UCS, Augusto Pedruzzi Ferranti, 22 anos, natural de Carlos Barbosa, há três anos trabalha com produção e edi-ção de vídeos sobre jogos digitais no Youtube. Entusiasta de games desde a infância, Ferranti encontrou nesta plataforma sua primeira profissão, como youtuber e jogador de games. Dono do canal BitGamer desde 2014, Ferranti já possui cerca de 180 mil inscritos, 500 vídeos publicados e mais de 31 milhões de visualizações.

Ferranti conta que o canal era para ser apenas um hobby através do qual poderia aprender a editar e publicar vídeos. O primeiro vídeo, editado de forma amadora, alcançou mais de mil visualizações logo após a postagem. Desde a criação do canal, em 4 de janeiro de 2014, o estudan-te publica um vídeo por semana no canal BitGamer, com jogos divertidos e lançamentos, mesclando humor

A acadêmica Luiza Ferreira Aiolfi, de 18 anos, escolheu criar jogos digitais como profissão. Luiza, natural de Restinga Seca, hoje residente em Bento Gonçalves, está no terceiro semestre do curso de Jogos Digitais na Unisinos. Ela conta que o interesse sur-giu ainda na pré-adolescência, a partir da literatura e dos games que costumava jogar. Acrescenta que Little Big Planet, Bioshock e Heavy Rain eram seus favoritos. De acordo com Luiza, os estudos na universidade a fazem compreender os processos de constru-ção de um jogo, desde como escrever um roteiro e uma história interessante até analisar as diversas perspectivas de um game. O curso abrange diversas profissões. Luiza tem se identificado com a área de roteiros e design gráfico.

Nas disciplinas, Luiza desenvolveu uma versão virtual do jogo de dados Zombie Dice e uma regravação, chamada de remake, de Dig Dug, na qual o personagem principal tem que salvar seu ami-go que foi comido por um verme gigante. Ela também produziu uma versão simples de Pokemon Go em formato RPG (Role-Playing

Acadêmica de Jogos Digitais ressalta queo curso abre grande leque de atuação

Game), um modelo de jogo onde os jogadores desempenham o papel de um personagem em um cenário fictício. Produziu, ainda, um jogo simples de cartas e um runner onde o personagem muda de forma para passar pelos obstáculos.

A acadêmica ressalta que o curso abre um leque amplo de atuações, como programador, UX designer (Designer de Expe-riência de Usuário), sound designer, artista 2D, artista 3D, artista conceitual, game designer, level designer e roteirista. “Hoje, eu gos-taria muito de seguir como roteirista; porém, no Brasil há poucas oportunidades na área”, comenta. Ao ingressar na universidade, Luiza julgou que seu interesse seria maior pela programação, mas acabou se identificando mais com a área de roteiros e arte gráfica, interesse que a faz pensar em migrar para o curso de Jornalismo e assim se especializar na escrita.

“O mercado de jogos no Brasil e no mundo aumenta a cada ano, tanto em produtos digitais quanto analógicos. Muitos jogos desenvolvidos no Brasil estão tendo reconhecimento. Já existem mais de vinte empresas de jogos no Rio Grande do Sul e mais de cem no Brasil. Mas não vejo muito campo para jogos em Bento Gonçalves, além de comércio. É difícil começar uma empresa no interior, principalmente pela falta de apoio”, observa.

Literatura e Cinema

De acordo com Luiza, o livro Jogador Nº 1 foi uma obra literária essencial para sua escolha na carreira de jogos. A história narra a busca de um competidor por um prêmio milionário em um mun-do de realidade virtual baseada em filmes e jogos dos anos 80. O mundo é paralelo a Terra, nos anos de 2044, onde fome, guerras e desemprego predominam no cenário mundial.

“Os jogos estão em todos os lugares e influenciam muito a cultura atual. Literatura e cinema hoje integram muitos assuntos de jogos, desde documentários até filmes de ficção, como Tron, Pixels, Nerve e Detona Ralph. Nos livros não é diferente. Hoje, há vários livros sobre esse tema ou com jogos no meio da história, como Jogador Nº 1, Armada The Game e Nerve. O autor de Jogador Nº 1, Ernest Cline, acabou se tornando meu escritor favorito”, res-salta ela. Em 2018, o livro será lançado nos cinemas, dirigido por Steven Spielberg.

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Youtuber de Carlos Barbosaaposta em vídeos como profissão

e entretenimento nas produções, en-tre eles um do GTA 5. Ele ressalta que neste ano o conteúdo do canal tem focado em jogos Indies produzidos de forma independente por pequenas empresas.

As visua-lizações trou-xeram ao You-tuber uma renda mensal. A plataforma identificou a popular ida-de do canal e passou a in-serir anúncios na página, na abertura e interior dos vídeos, ge-rando valores pagos através

das Networks, empresas que fazem a intermediação financeira entre o You-tube e o proprietário do canal. Essas empresas utilizam do Paypal, site em que o dinheiro é depositado e pos-teriormente transferido para a conta

do usuário cadastrado. As Networks cobram do Youtuber uma pequena taxa pela prestação do serviço, que pode variar consideravelmente entre os canais. Mas para o BitGamer, a par-ceria é vantajosa, “eu nem noto essa porcentagem cobrada porque essas empresas oferecem muitos recursos, como músicas sem direitos autorais, suporte, divulgações e consultoria”, afirma Ferranti. O canal também já teve patrocinadores, onde o BitGa-mer divulgou alguns jogos em troca de comissão.

“No Youtube esse gênero de con-teúdo é saturado, por isso, é essencial inovar e reinventar a maneira de gra-var, editar e se comportar em vídeo. Eu me dedico ao máximo. Pessoas procuram entretenimento a toda hora e, hoje, o Youtube é o maior site. Enquanto existir pessoas assistindo, haverá vídeos”, observa Ferranti.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | junho 2017 7EMPRESAS | ENTIDADES

Os associados ao Sindicato dos Empregados no Comércio de Bento Gonçalves (SEC-BG) estão dispondo agora dos serviços do Espaço Saúde & Beleza, a valores subsidiados. No local, inaugurado no último dia 26 de maio, há espaço e equipamentos para a prá-tica de Pilates, além de salão de beleza para manicure, pedicure, corte de ca-belo unissex, escova e maquiagem.

Situado no quarto andar do mes-mo prédio onde se localiza a sede da entidade, na avenida Osvaldo Aranha,

O tradicional filó Italiano do Hotel Villa Michelon, em sua oitava edição, ocor-rida no dia 3 de junho deste ano, resgatou tradições, aliadas a inovações, com a Cozinha Ao Vivo do chef Altemir Pessali. No evento, realizado na Casa do Filó, no complexo do hotel, turistas puderam conhecer uma das mais tradicionais formas de encontro de antigamente entre famílias de descendentes de imigrantes italia-nos. A noite foi animada pelo músico Gilmar e pelo Grupo Nani, que apresentou jogos e cantorias típicos da imigração italiana, enriquecendo a experiência.

No cardápio da noite, polenta na chapa, risoto italiano, tábuas de frios, pão colonial, cuca de frutas e sagu com creme. Sob a batuta do Chef Pessali, foram servidos Xixo e Choripan, dando um clima descontraído e novos sabores ao Filó.

O Filó integrou a programação do Dia do Vinho, promovido pelo Ibravin. O diretor do Hotel Villa Michelon e anfitrião do Filó Italiano, Moysés Luiz Michelon, comemora o sucesso da oitava edição do evento, ressaltando a importância dos produtos vinícolas que levam o nome de Bento Gonçalves a outras partes do Bra-sil e também ao exterior. “Nossa cruzada em favor ao vinho começou há 50 anos, na 1ª edição da Fenavinho. Celebrar um Dia Estadual à bebida que movimenta a economia e os hábitos da nossa região é uma experiência inesquecível, além de uma grande honra”, enfatiza ele.

Associados ao SEC-BG agora com espaçopróprio para estética e prática de Pilates

1075, o Espaço Saúde & Beleza perma-nece aberto de segunda à sábado, in-clusive ao meio-dia.

As aulas de Pilates estão sendo mi-nistradas pela fisioterapeuta Mônica Possamai, graduada em Fisioterapia pela Faculdade Cenecista e pós-gradu-ada em Traumato-Ortopedia Clínica e Esportiva pela Faculdade Redentor.

Conforme ela, os benefícios do Pi-lates para os comerciários são inúme-ros. “Aprimora a concentração, na co-ordenação, corrige a postura, melhora

a respiração, oferece maior resistência física e mental, promove relaxamento que alivia o estresse e as tensões e au-menta a flexibilidade e a força muscu-lar”, enfatiza.

Já o espaço destinado à beleza, com corte de cabelo, escova, maquia-gem, manicure e pedicure está sob os cuidados da profissional Naura Bolson, que há sete anos atua como manicure e pedicure, e há cerca de três anos tra-balha com cabelo e maquiagem.

“Estamos oferecendo esses servi-

ços visando atender especificamente o nosso público, ou seja, o comerciário associado e seus dependentes. No es-paço, eles podem cuidar da aparência e da saúde, com destaque para a pos-tura, uma vez que o comerciário pas-sa grande parte do seu tempo de pé”, frisa a presidente da entidade, Orildes Maria Lottici.

Informe-se, aproveite mais esta vantagem do SEC-BG e agen-de seu horário pelo telefone (54) 3452.2535.

Fotos: Jeferson Soldi

Espaço Pilates Presidente do SEC-BG, Orildes Lottici, na inauguração do Espaço Saúde & Beleza

8ª edição do Filó Italiano do Villa MichelonGiovani Nunes

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | junho 2017FESTA DE SANTO ANTÔNIO8

Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda.

Rua Refatti, 101 - Maria Goretti - Bento

Gonçalves - RS

Fone: (54) 3454.2018 | 3451.2500

E-mail: [email protected]

www.integracaodaserra.com.br

Periodicidade: Mensal

Circulação: Na primeira semana de cada mês,

em Bento Gonçalves, Santa Tereza, Monte

Belo do Sul, Pinto Bandeira, São Pedro, Vale

dos Vinhedos, São Valentim, Tuiuty e Faria

Lemos

Diretora e Jornalista responsável:

Kátia Bortolini - MTB 8374

Redação: Natália Zucchi

Área Comercial: Moacyr Rigatti

Atendimento: Sinval Gatto Jr.

Diagramação: Vania Maria Basso

Editor de Fotografia: André Pellizzari

Colaboradores e Colunistas: Aldacir Pancotto,

Ancila Dall´Onder Zat, Bruno Nascimento,

Melissa Maxwell Bock, Padre Ezequiel Dal Pozzo,

Rogério Gava, Thompsson Didoné

Fique Informado!Entretenimento, promoções,

músicas e muita notícia.

maiores e mais antigas festas religiosas da região, espera-se a participação de cerca de 15 mil pessoas. Em preparação à Festa, o Recanto Santo Antônio, espaço contempla-tivo ao lado do Santuário Santo Antônio, foi inaugurado no dia 31 de maio para iniciar a trezena de Santo Antônio, período de tre-ze dias com missas especiais às 19 horas. O Recanto conta com uma estação da Via An-toniana, espaço infantil, altar a céu aberto, gruta com fonte e velário, e sanitários.

Além do novo espaço no Santuário, outro destaque para a comemoração será o lançamento do gibi Pequenino Fernando, grande Antônio, no dia 10 de junho, dia da Trezena com as crianças. A narrativa conta sobre um garoto de 12 anos que tem pro-blemas em sua pré-adolescência e acaba encontrando na fé e na jornada de Santo Antônio ensinamentos sobre a vida. “Santo Antônio era um grande pregador do Evan-gelho e um símbolo da caridade. Por isso, o lema deste ano envolve a imagem de San-to Antônio como um peregrino, que este-ve sempre em busca de fazer a vontade de Deus, em todas situações. À luz deste tes-temunho, queremos convidar a todos para celebrarem com nossa comunidade esta importante devoção”, convida o padre da Paróquia Santo Antônio, Ricardo Fontana.

TRÂNSITOA partir das 6 horas, ocorre a inter-

rupção do lado direito da rua Marechal Deodoro, sentido Centro-Bairro, para facilitar a circulação dos devotos nas imediações do Santuário. A interrup-ção total da Rua Marechal Deodoro ocorre a partir das 14 horas, desde a Rua Júlio de Castilhos, quando aconte-cerá a Missa Campal. Em seguida, com previsão de início às 16 horas, haverá Procissão com o seguinte percurso: Rua General Gomes Carneiro, Rua Ba-rão do Rio Branco e Rua Cândido Cos-ta, retornando pela Rua Marechal De-odoro até o Santuário Santo Antônio, trajeto que exigirá atenção especial dos motoristas.

REDES SOCIAIS

Os devotos são convi-dados a postar suas fotos com a #139festadesantoan-tonio. Durante o dia, serão postados no Facebook.com/paroquiasantoantoniobg as notícias e fotos do evento, feitas pela Pastoral de Comu-nicação.

139ª Festa de Santo Antônio em Bento Gonçalves, dia 13 de junho

PROGRAMAÇÃO - 13 DE JUNHO 6h - Alvorada Festiva com Repicar dos Sinos no Santuário e em todas as Comunidades7h - Missa no Santuário com Padre Gilnei Fronza8h30min - Missa no Santuário com Padre Izidoro Bigolin10h - Missa no Santuário com Dom Jaime Spengler12h - Almoço Festivo no Salão Paroquial15h - Missa Solene Campal, presidida pelo bispo da Diocese de Caxias do Sul, Dom Alessandro Ruffinoni, seguida de Procissão pelas ruas centrais18h - Missa de Ação de Graças, presidida pelo pároco Pe. Ricardo Fontana e apresentação dos Casais Festeiros de 2018Durante o dia festivo haverá bênção individual da saúde com Freis Fran-ciscanos

Com o lema “Peregrinos do Amor”, a 139ª Festa de San-to Antônio ocorre no dia 13 de junho em Bento Gonçalves, município que tem o santo como padroeiro. Sendo uma das

Natália Zucchi

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | junho 2017 9FESTA DE SÃO LUIZ

Travessa Bagé, 61 - Cidade Alta - Bento Gonçalveswww.lacantinadelpiero.com.br

Telefone: (54) 3453.2577

Buffet por quiloCozinha regional einternacional

Saladaspreparadas com hortaliças e legumes selecionados

Em Bento Gonçalves, a festa em homenagem a São Luís chega a sua 30ª edição, dia 18 de junho, no bairro Glória. A celebração religiosa inicia no dia 14, com o tríduo que se es-

tende aos dias 15 e 16, com palestras ministradas no salão da comunidade, que iniciam sempre às 19h30min e a procissão

luminosa, no dia 16.Na quarta-feira, 14, a palestra será ministrada pelo padre Ca-

milo, que contará sua trajetória pelo continente africano durante sete anos de missão evangelizadora. Na quinta-feira, 15, a palestra será

com a professora Alvina Maria Ferronato, que falará sobre religiosidade e união familiar e também sobre o funcionamento dos grupos de oração. Na

sexta-feira, 16, ocorre a procissão luminosa da igreja até o capitel do bairro Gló-ria. No domingo, 18, a missa acontece às 10 horas, seguida pelo almoço festivo no

salão da comunidade do bairro. O cardápio inclui sopa de capeletti, lesso, recheio, galeto, churrasco, maionese, saladas diversas, refrigerante e vinhos.

Na edição anterior, cerca de 400 pessoas estiveram presentes no almoço. Mais infor-mações com os festeiros Adilar e Everly Barossi, Zelindo e Mareli Puton e Geovani Bresolin e Caroline Dorneles Cardoso, pelo fone (54) 3453-2357.

Luís de Gonzaga nasceu em Castiglione delle Stiviere, Itália, em 9 de março de 1568 e faleceu em Roma, em 21 de junho de 1591. Era filho de Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione e irmão do Duque de Mân-tua, príncipe do Sacro Império. Como herdeiro do feudo soberano de Castiglione, com apenas 5 anos de idade já marchava atrás do exército do pai, aprendendo o uso das armas com os rudes soldados. Recebeu educação esmerada e uma forte educação cristã por parte de mãe. Fre-quentou os ambientes mais sofisticados da alta nobreza italiana.

Mas aquele menino daria fama à família Gonzaga com armas total-mente diferentes às de quando foi enviado a Florença na qualidade de pajem do grão-duque da Toscana, aos dez anos de idade. Luís imprimiu em sua própria vida uma direção bem definida, voltando-se à perpé-tua virgindade. Em sua viagem para a Espanha, onde ficou alguns anos como pajem do Infante Diogo de Espanha, filho do Rei Dom Filipe II, estudou filosofia na universidade de Alcalá de Henares.

Após ter recebido a primeira comunhão das mãos de São Carlos Borromeu, decidiu, para surpresa de todos, pela vida religiosa, entrando para a Companhia de Jesus, derrubando por terra os interesses nele. Ele

Bairro Glóriacelebra a 30ª Festa de São Luís

História de São Luísteve uma grande provação por parte do seu pai, que ao saber que de-sejava ser sacerdote, não só o desaconselhou, mas passou a levá-lo em festas mundanas, até que perguntou a Luís: “Ainda segue desejando ser sacerdote?” “É isto que penso noite e dia”, respondeu o jovem e perse-verante santo.

Renunciou ao título e a herança paternas e, aos catorze anos, en-trou no noviciado romano da Companhia de Jesus, sob a direção de São Roberto Belarmino. Esquecendo totalmente sua origem de nobre-za, escolheu para si as incumbências mais humildes. São Luís Gonzaga escreveu: “Também os príncipes são pó como os pobres, talvez, cinzas mais fétidas”.

São Luís Gonzaga teve de ir para Roma no ano de 1590 por moti-vos de estudo, mas ao deparar-se com as vítimas do contagioso tifo, compadeceu-se dos que sofriam e seu envolvimento foi tanto ao ponto de pegar a doença e morrer no dia 21 de junho de 1591 (data esta que hoje se comemora o seu dia) com apenas 23 anos. São Luís Gonzaga é considerado o padroeiro da juventude e dos estudantes, e seu corpo repousa na Igreja de Santo Inácio, em Roma.

FEIRA JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | junho 201710

A ExpoBento abre suas portas às 17 horas da quinta-feira (8), no Parque de Eventos, com novidades trazidas por mais de 450 expositores, de dife-rentes segmentos, além de atividades temáticas, apresentações culturais e shows. A 27ª edição da feira, promo-vida anualmente pelo Centro da In-dústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC/BG) prossegue até o dia 18 deste mês, com atrações para todos os gostos e idades. A ExpoBen-to, maior feira multissetorial do Brasil, desde 1990 vem se reinventando, ino-vando e crescendo, a ponto de servir como referência no segmento de en-contros de negócios e também na pro-gramação de lazer para toda a família. A feira possibilita boas oportunidades comerciais para seus expositores, se-jam eles industriários, comerciários ou prestadores de serviços. Para essa edi-ção, a expectativa da Diretoria Executi-va do evento é de um público superior a 200 mil visitantes.

EXPOBENTO 201727ª edição da feira repleta de opções para

compras, entretenimento e confraternização

ServiçoO quê: ExpoBento 2017Quando: de 08 a 18 de junhoSegunda a Sexta-feira:das 18 às 22h30minSábados e Feriados:das 10 às 22h30minDomingos:das 10 às 21 horasIngressos:Segunda a sexta-feira:R$ 5,00 (meia-entrada)Sábados, domingos e feriadosR$ 10,00Dia 08.06: entrada gratuita (abertura da feira)Menores de 12 anos não pagam ingresso. Mais informações: no site www.expobento.com.br

Entre as atrações, o Salão Fenavi-nho 50 anos, de 15 a 18 de junho, num espaço no Pavilhão F, “especialmente desenvolvido para celebrar as Bodas de Ouro da festa que, em 1967, pro-jetou Bento Gonçalves no cenário na-cional”, ressalta o diretor da ExpoBento 2017, Roger Bellé.

Ônibus oficiais do Internacional e do Grêmio para exibição de troféus e ações de marketing

A paixão incitada pelo futebol

promete mobilizar os torcedores dos dois clubes mais populares do Estado durante a ExpoBento 2017: Grêmio e Internacional vão marcar presença no Parque de Eventos, durante a 27ª edi-ção da feira, que ocorre entre os dias 8 e 18 de junho. Os times estarão em Bento Gonçalves com seus ônibus ofi-ciais servindo de QG para atrações que

vão de ações de marketing a exibição de troféus.

O primeiro a estacionar será o do tricolor, dia 13 de junho – feriado de Santo Antônio em Bento Gonçalves. Entre 10h e 17h, o veículo oficial do clube estará no hall do Pavilhão A, fa-zendo as vezes de subsede da Arena.

Entre as atrações programadas estão a exposição da taça da Copa do Brasil, conquistada ano passado, a pre-sença do mascote Mosqueteiro para divertir a criançada e um quiosque para associação. “Nosso papel é estar perto da torcida, oferecendo um es-critório para o que o Grêmio precisa”, diz Paulo Bruschi, cônsul do clube na cidade.

O arquirrival colorado chega a Bento Gonçalves no dia 17. Com o ôni-bus também estacionado na entrada do Pavilhão A – mas das 10h às 22h –, o Internacional exibirá as taças da Liber-tadores e do Mundial, além de espaço para o torcedor se associar ao clube.

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | junho 2017 11

INHASV

Rainha Valéria Meneghetti Carniel e Princesas da Fenachamp 2017, Mônia Meneghetti e Gabriela Mattei, prestigiando o jantar da rota turística Estrada do

Sabor, ocorrido no dia 2 de junho deste ano, na Associação dos Motoristas de Garibaldi (AMG). O evento, organizado pela Família Bettú, Família Bettú Lazzari,

Família Brugalli e Família Vaccaro, que integram a Estrada do Sabor, com o apoio da prefeitura de Garibaldi, reuniu cerca de 230 pessoas

Valéria Loch

André Pellizzari Fotografia

A família Munari Fochi era só alegria na festa de um aninho do menino Arthur

Em recente confraternização, as Bodas de Ouro de Iraci e Pedro Ferrari

André Pellizzari Fotografia

André Pellizzari Fotografia

O simpático Lucas Cristófoli Zaffari em sessão de fotos

A acadêmica de Jornalismo, Natália Zucchi, bajulada pela mãe Queli Mello e pela mana Júlia, por ocasião do seu

aniversário, no dia 28 de maio

Arquivo Pessoal

54 3452.4723 | [email protected] General Osório, 309 - Sala 904 - Centro - Bento Gonçalves - RS

SAÚDE JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | junho 201712

A Monitora Bento, há 18 anos no mercado de segurança patrimonial, em parceria com a Bendito Assistência Emergencial, está disponibilizando a pes-soas de Bento Gonçalves e região um sistema de monitoramento pessoal 24 horas. O sistema, muito utilizado em países europeus, é voltado ao atendi-mento de gestantes em situação de risco e idosos que residem ou ficam so-zinhos em casa em períodos do dia. O dispositivo garante atendimento ágil para imprevistos que podem acarretar danos à saúde humana. O intuito deste serviço é melhorar a qualidade de vida dos monitorados, garantindo seguran-ça, conforto e tranquilidade de modo simples e eficiente. Para utilizar basta o usuário apertar o botão de seu transmissor pessoal e imediatamente será iniciada uma comunicação viva voz com os atendentes da assistência emer-gencial, que tomarão as ações necessárias após identificar a situação.

O projeto é composto de diversos itens que visam a segurança da pessoa monitorada, facilitando questões simples, mas que fazem toda a diferença no dia a dia. É o caso do dispensador inteligente de medicamento, que avisa e libera a dose do medicamento certo na hora certa, e o colar sensor de quedas, que aciona a central no momento do deslize.

Outros artefatos de segurança disponíveis são: o sensor de fumaça, avi-sando caso ocorra o esquecimento de algo no forno ou no fogão; o sensor de presença, avisando caso não ocorra movimentação no local desejado, evitan-do que, em caso de desmaio, por exemplo, a pessoa fique muito tempo sem socorro. Os médicos geriatras são unânimes em afirmar que o rápido atendi-mento a idosos pode evitar sequelas ou mesmo a morte.

Mais informações podem ser obtidas através dos telefones (54) 3453 1295 e (54) 99715 7000, pelo e-mail [email protected] ou pelo site www.alobendito.com.br.

Monitora Bento no mercado de monitoramento pessoal

Empresa ampliou oferta de serviços com a Bendito Assistência Emergencial, com monitoramento 24 horas

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | junho 2017 13SAÚDE

Por Kátia Bortolini

A área de terras pertencente ao município e que sedia a unidade de Pronto Atendimento (UPA), situada no bairro Botafogo, tem capacidade para comportar um hospital público regio-nal. A implementação do projeto do hospital iniciou com a construção da UPA em 2011, na gestão do ex-prefeito Roberto Lunelli (in memoriam). O pré-dio da UPA, com 1.900 metros quadra-dos de área construída, foi concluído em junho de 2015 pelo atual prefeito Guilherme Pasin, em sua primeira ges-tão, com adaptações elétricas e hidro sanitárias visando a posterior implan-tação do Complexo Hospitalar, confor-me denominação atual.

O projeto original, elaborado na administração do ex-prefeito Lunelli e denominado Complexo de Saúde do Trabalhador, previa a construção de quadro andares atrás do prédio da UPA para abrigar ambulatório, unidade de internação com 108 leitos, bloco cirúr-gico com duas salas, laboratório 24 ho-ras, serviços de radiologia, tomografia, raio X digital, ecografia, endoscopia, fisioterapia e unidade de internação para desintoxicação de dependentes químicos.

COMPLEXO HOSPITALAR“Causa que a comunidade deveria abraçar”

Obras do primeiro andar do Complexo devem iniciar em 2018A implementação do projeto do Complexo Hospitalar está andando aos

poucos. Segundo o secretário de Saúde de Bento Gonçalves, Diogo Segabinazzi Siqueira, estão em fase final as obras do novo laboratório de patologia, na parte antiga do prédio que sediava o hospital Walter Galassi. Ele ressalta que no final do último mês de maio iniciaram as obras de salas para a estrutura física e administrativa do bloco cirúrgico, também na parte antiga, com previsão de término de seis meses. Acrescenta que em 2018 será edificado o primeiro dos quatro andares do Complexo Hospitalar, atrás da UPA, para sediar o bloco ci-rúrgico, com oito salas. O Secretário também salienta que as obras estão sendo feitas “a custo de muita economia”.

Além desse espaço para a constru-ção do hospital público, o município hoje dispõe de médicos capacitados para realizar cirurgias de alta comple-xidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em várias especialidades. A in-formação é do neurocirurgião Cássio Zottis Grapiglia, graduado em Medi-cina pela Universidad de Buenos Aires (UBA) e que, atualmente, é doutoran-do em Saúde Coletiva na Unisinos.

Segundo ele, se o projeto do hos-pital for executado o município pode

vir a ser referência na região em cirur-gias de alta complexidade pelo SUS. Ele reforça que o município possui equipes de médicos preparadas e dis-postas a realizar essas cirurgias. Gra-piglia salienta que na época de suas especializações, tanto em Buenos Ai-res quanto em Curitiba, trabalhou em hospitais não deficitários, pois “tudo é uma questão de gestão, de trabalhar com prioridades e conseguir mobiliza-ção política”.

Grapiglia ressalta que pacientes de Bento Gonçalves e região que ne-cessitam cirurgias neurológicas de alta complexidade pelo SUS, como a extra-ção de tumores cerebrais e o tratamen-to de aneurismas, são encaminhados

para fora do município. Ele acrescenta que, apesar do município contar com habilitação em alta complexidade na área de Oncologia, o tratamento onco-lógico público não pode ser realizado em sua totalidade. “Na neurocirurgia, podemos fazer radioterapia e quimio-terapia para um tumor cerebral, mas não podemos operá-lo. Isso é uma questão contraditória e conflitante”.

“A construção dessa unidade hos-pitalar pública regional em Bento Gon-çalves é uma causa que a comunidade deveria abraçar. Encurtaria a espera de pacientes por atendimentos de alta complexidade, aumentando as chan-ces de sucesso dos procedimentos”, afirma o médico.

Repr

oduç

ão

Dr. Cássio Grapiglia

Natália Zucchi

OPINIÃO JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | junho 201714

Quem são os culpados pelo meu fracasso?

PadreEzequiel

[email protected]

Dal Pozzo

AncilaDall Onder

ProfessoraZat

As festas de junho

scuto muita gente tentando colocar nos outros a cul-pa pelos seus fracassos. O esposo, ou a esposa, algu-mas vezes os filhos ou os pais, o colega de trabalho, o vizinho, o governo ou outro alguém que nem con-

seguem identificar é responsável pelos seus fracassos. É estranha, mas existe muito essa prática de atribuir aos outros aquilo que eles não são responsáveis. É o pensa-mento vitimista. Eu sou vítima do mal que me fizeram. Não sou culpado, os outros são. Muitas vezes a pessoa não identifica ninguém como autor da culpa dos fracas-sos, mas cria a hipótese de que existem. Fala ao orienta-dor espiritual: “padre, eu acho que alguém está me fa-zendo mal. Não sei quem é, mas as coisas na minha vida estão dando muito errado. Só pode ser alguém queren-do o meu mal”. Quando a pessoa cria uma hipótese des-sas fica ainda mais difícil de que algo na sua vida mude.

Quando a pessoa se coloca como vítima de alguém, ela não cresce. A vítima é sempre aquela que foi ferida sem culpa. O outro é culpado. Logo, quem precisa mu-

dar é ele. Eu não. Vejam que complicado é esse pensamento. Quem precisa mudar é o outro. Quem precisa melhorar para que a minha vida dê certo é o outro e não eu. Essa é uma das formas mais fáceis de empacar na vida. Pessoas assim não avançam enquanto não mudarem esse pen-samento. Atribuem seus fracassos, suas quedas, seus problemas a responsabilidade de outros.

Ainda, quando alguém atribui aos outros seus fracassos, mas nem identifica seus algozes, é pior ainda. É o caso daqueles que dizem “alguém deve estar me fazendo mal”, mas nem conseguem identificar quem é. Criaram uma hipótese. Essas hipóteses são altamente destrutivas. Atribuir a culpa a outro já é muito ruim, mais ainda atribuir a alguém que eu nem identifico. Se alguém atri-bui ao pai, ao vizinho, ao colega de trabalho, se eu

s folhas coloridas formam tapetes nos jardins, poma-res, encostas e até mesmo nas calçadas: é o outono, que logo mais se despede e anuncia a proximidade

do inverno. É o mês de junho chegando com suas festas religiosas.

A primeira delas é a de Santo Antônio, nosso padro-eiro, celebrada no dia 13 não só pelos paroquianos, mas também pelos fiéis peregrinos que acorrem pela fé, de-voção e graças alcançadas. Denominado de Santo Casa-menteiro, atraiu para a véspera de sua festa a data dos namorados. Entretanto, a fé dos devotos atribui ao gran-de Santo também a recuperação da saúde e de objetos perdidos, entre outras inúmeras graças. A ele nossa de-voção e homenagem, gratos por termos sido festeiros de uma de suas festas.

Poucos dias após a festa de Santo Antônio e antece-dendo os festejos coloridos de São João, junho lembra o protetor dos jovens, São Luiz, que expressa a pureza da juventude.

São João também é festejado em junho. Seus fes-tejos ocorrem na véspera de 24 de junho ou na mesma semana. Sobressai-se pela alegria das músicas, danças, trajes típicos, arraiais coloridos, fogueiras e festas nas escolas. É uma forma de reverenciar o anúncio do seu nascimento. Em meio a tanta alegria, quem resiste às delícias como pinhão, pipoca, amendoim ou quentão...

O mês encerra os festejos em 29 de junho, com São Pedro, fiel apóstolo de Jesus. A ele foram confiadas as chaves do céu, como aprendemos desde cedo. Do tem-

po de criança, guardamos a fé dos imigrantes e seus descendentes, entre os quais me incluo. Passei minha infância onde nasci, no distrito de São Pedro, também conhecido por Caminhos de Pedra. Guardo na memória a “Sagra”, como era chamada a festa máxima da locali-dade.

A festa de São Pedro consistia numa missa solene pela manhã e almoço, quase sempre em família. À tarde, havia a reza do terço, do qual participavam, principal-mente, as mulheres, os jovens e as crianças.

As festividades comemorativas ao Santo padroeiro eram esperadas com ansiedade por todos, entretanto, para os jovens era a oportunidade de se reunirem com outros jovens e, quem sabe, na troca de olhares, encon-trarem o futuro namorado ou namorada. Enquanto isso, as crianças brincavam sem desperdiçar um instante, era a imaginação acalentando sonhos e esperança no por-vir. Tudo acontecia sob o olhar atento das mães, que conversavam entre si.

Entre os jogos oferecidos estava a pesca, o pau de sebo, do qual não cheguei a participar; as bochas e as cartas eram as preferidas pelos homens. Para o dia da festa, os cabelos e as unhas eram aparados, ganháva-mos roupas e sapatos novos. O almoço em casa era me-lhorado. Não faltava sopa de capeletti, frango e doces. Era uma delícia! Essa era a Sagra de São Pedro vivida na fé e no aconchego da família.

Junho, pródigo na fé e na devoção, se despede após a festa de São Pedro.

me afastar e viver a minha vida longe dessa pessoa que me faz mal, crio condições para viver a minha vida. Aí eu preciso assumir a vida como responsabilidade minha, uma vez que estou longe desse algoz. Mas com a hipó-tese não há solução. Ela pode me perseguir aonde vou.

Há pessoas que carregam a ideia de que a casa em que habitam ou o local de trabalho tem sobre elas uma força negativa que não as deixam viver. Nesses casos também há uma dificuldade grande de solução, porque não há algo objetivo que confirme a ideia que criaram para si. A outra pessoa pode dizer: eu não sinto nada aqui, isso é da sua cabeça. Mas nada adianta para fazê--los mudar. Naturalmente que os ambientes nos influen-ciam e têm uma carga sobre nós. Mas, quase sempre, a negatividade e a suspeita são uma elaboração interior. Não estou em harmonia comigo mesmo.

Nós precisamos ser protagonistas da nossa vida. Na medida em que tenho consciência das decisões a tomar e sou livre para decidir, devo também assumir as respon-sabilidades daquilo que me acontece. Claro que outras pessoas podem também me influenciar negativamente. Mas atribuir a elas o meu fracasso, quase sempre é algo exagerado. Eu sei que fui ferido, mas sei que a vida vai melhor com o meu empenho. Ninguém vai me tirar da situação que estou, senão eu mesmo. A força para supe-ração deve brotar da minha interioridade. Ninguém ven-cerá se permanecer na condição de vítima. Se o culpado é o outro, o que devo fazer? Ficar aqui sofrendo minhas feridas? Eu não sou culpado de nada. Esse pensamento fraco instala as pessoas em situação de permanente so-frimento. O protagonista da sua história não assume o vitimismo. Sabe que a vida é difícil, sabe que outros po-dem fazê-lo sofrer, mas sabe que tem força interior para levantar e que vai dar a volta por cima. Não alimenta nele um pensamento que o amarra no sofrimento e não o deixa levantar. Ele sabe que precisa levantar e andar.

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | junho 2017 15AGRICULTURA

ara os produtores que pos-suem um pomar doméstico e os que têm um pomar comer-

cial, nesta época do ano é muito im-portante fazer a poda de inverno, pois elimina galhos improdutivos e secos e remove possíveis focos de doenças.

Neste período em que os po-mares se encontram em repouso vegetativo (sem brotações), é im-portante que os produtores invis-tam em uma prática tradicional de manejo: o tratamento de inverno, conjunto de tratos culturais que previne o aparecimento de pragas (ácaro e cochonilhas) e doenças como verrugose, melanose, rube-lose, podridão floral, mancha-preta, gomose e outras. Uma prática no tratamento de inverno consiste em fazer uma poda de limpeza nas plantas para eliminar galhos e ra-mos secos, doentes e improdutivos, além de eventuais frutos da produ-ção anterior.

Esse trabalho é importante porque a árvore começa a florescer normalmente em agosto/setembro

Aldacir H.Pancotto

Técnico AgrícolaEMATER/RS-ASCAR

Santa Tereza

Poda de inverno em pomares

e, caso haja ramos velhos, doentes e secos, aumenta sensivelmente o risco de floradas futuras serem atacadas. Al-gumas doenças e pragas comuns em citros e outras frutíferas estão presen-tes nesses ramos, que devem ser eli-minados antes da planta emitir novas brotações.

Além do aspecto fitossanitário, a abertura na planta promove a aeração interna, estimula as brotações seguin-tes e favorece um desenvolvimento mais vigoroso nas frutíferas. Posterior-mente à poda, se as condições permiti-rem e se for necessário, pode-se nutrir a planta com adubações foliares ou de solo, que deixam a árvore bem nutrida no florescimento, quando a exigência por esses nutrientes é maior. A limpeza interna nas plantas elimina galhos se-cos e, sobretudo, acaba com o ramo la-drão, que é improdutivo, suga energia da planta, que poderia ser consumida por um ramo produtivo, e dificulta a penetração das caldas nas pulveri-zações. A poda torna os tratamentos fitossanitários mais eficientes. A gran-de vantagem da poda de inverno é a eliminação de pontos onde poderiam existir doenças ou pragas. Também vale a pena destacar que o uso de pro-dutos químicos se torna mais racional, com uma redução expressiva do volu-me de calda utilizada. Após a poda, se houver necessidade, pode ser aplica-do um produto à base de cobre para proteger o ferimento deixado pelo corte. Mais eficaz é monitorar o pomar no início das brotações, pois brotações

novas são muito sensíveis. Deve-se fi-car atento ao surgimento de qualquer sintoma de doença.

Um dos princípios mais importan-tes da poda é a relação inversa que existe entre o vigor e a produtividade. O excesso de vegetação reduz a quan-tidade de frutos e o excesso de frutos é prejudicial à qualidade da colheita. Assim, conseguimos entender que a poda visa estabelecer um equilíbrio entre esses extremos. Se efetuada no momento impróprio, ou de forma in-correta, a poda pode gerar uma explo-são vegetativa muito grande, causan-do um problema ainda maior para o produtor.

A poda, por si só, não resolve ou-tros problemas ligados à produtivi-dade. Ela é uma das operações mais importantes, porém outras medidas são necessárias, como: fertilização adequada para corrigir possíveis defi-

ciências nutricionais do solo, irrigação e drenagem, práticas fitossanitárias para controle de doenças e pragas, afi-nidade entre porta-enxertos, plantas compatíveis, polinização, condições climáticas e outras.

Objetivos da poda:

l modificar o vigor da planta;l produzir mais e melhores frutas;l manter a planta com um porte

conveniente ao seu trato e manuseio;l modificar a tendência da planta

em produzir mais ramos vegetativos que frutíferos ou vice-versa;

l conduzir a planta a uma forma desejada;

l suprimir ramos supérfluos, in-convenientes, doentes e mortos;

l regular a alternância das safras, de modo a obter anualmente colheitas médias com regularidade.

Reprodução Web

ESPECIAL JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | junho 201716

Vários produtos para a sua residência ter estilo, com funcionalidade e conforto, podem ser encontrados na loja Pisos & Cia, situada na avenida Oswaldo Aranha, 1340, em Bento Gonçalves. Há mais de dez anos o estabelecimento comercializa revestimentos e acabamentos das me-lhores marcas do mercado. São pisos la-minados nacionais, clicados - encaixáveis, pisos vinílicos, papéis de parede, persia-nas, carpetes e almofadas.

Na loja, o cliente também encontra produtos com acabamentos diferencia-dos, como sancas, perfis e rodapés. Além disso, agora a Pisos & Cia está dispondo de sofisticada tapeçaria importada. Há di-ferentes modelos e tamanhos de tapetes para você escolher e inovar na decoração do seu lar.

Avenida Oswaldo Aranha, 1340 | Cidade Alta | Bento Gonçalves | Fone (54) 3055.2010 | www. pisoseciabg.com.br

Loja inova em 2017 comtapeçarias importadas

Fotos: Natália Zucchi

Caderno de Cultura e ArteJornal Integração da Serra

Nº 46 | Junho 2017

Foto: Gilmar Gomes

Mais de mil e quinhentas pessoas na Rua CobertaWine Festival

2 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | junho 2017

Primeiras Palavras

RogérioGava

[email protected]

A Cabeça Bem-FeitaMais vale uma cabeça bem-feita do que uma cabeça cheia”, dizia Montaigne. O que é uma

cabeça cheia? É uma mente abarrotada de informa-ções, entupida de opiniões, mas que não consegue fazer conexão entre os fatos, nem qualquer análise crítica de tudo o que lhe entra pelos olhos e ouvidos. Uma cabeça cheia é um depósito de dados mal or-ganizados, tal e qual um armário atulhado de bugi-gangas.

Mais de quatro séculos passaram e a frase do bom filósofo de Bordeaux nunca foi tão atual. Em ne-nhum outro tempo da história tivemos acesso a tanta informação como hoje; me parece que em nenhum outro momento, também, tivemos tantas pessoas fa-lando sobre tudo, mas entendendo pouco ou absolu-tamente nada a respeito do que falam.

Estarei exagerando? Infelizmente, creio que não. Volta e meia faço a experiência: leio os comentários de internautas sobre alguma notícia da web. Me apa-voro com o festival de bobagens, com a total falta de educação. As pessoas não dialogam, apenas voci-feram as suas próprias verdades, de modo feroz e agressivo. Cabeças cheias: cheias de si, cheias de razão. Esvaziadas, no entanto, de total bom-senso. De qualquer argumento embasado.

Informação não é conhecimento; conhecimento não é sabedoria. Posso ter pilhas de informações so-bre determinado assunto, mas não saber relacioná--las; tampouco interpretá-las. Em suma, não saberei dar sentido àquilo que sei, transformando informa-ções desconexas em conhecimento útil e prático. Na melhor das hipóteses, sairei pelo mundo tagarelando tolices e disparates aos quatro ventos. Como disse o Umberto Eco, certa vez, com a beleza semântica que lhe era peculiar: “Não há silêncio maior do que o ruído absoluto, e a abundância de informação pode gerar a ignorância absoluta”. Sábias palavras.

O conhecimento, por si só, não basta. Quem já não se deparou com um “sabichão imbecil”? O tipo que fala sempre com ar professoral? Com aquele pedantismo acadêmico? Que vive arrotando o que sabe? Saber é importante, não há dúvida, mas há

que se desenvolver, também, a humilde e preciosa “inteligência de viver”. Em outras palavras, é preci-so ser sábio. Inteligência sem sabedoria vale muito pouco.

A mensagem de Montaigne diz respeito justa-mente a isso. Uma cabeça bem-feita reconheceu que o objetivo de saber não é ostentar conhecimen-tos, muito menos humilhar o outro. Importa menos saber – ensinava o filósofo – do que como usamos o que sabemos. Saber é importante: saber-viver é mais importante ainda. Ser erudito não significa, ne-cessariamente, ser sábio.

Digerir o que nos chega aos sentidos; usar os conhecimentos aprendidos para nos tornarmos pes-soas melhores: mais conscientes, críticas, honestas e morais. Eis o objetivo máximo do ensino. Já se disse que “ciência sem consciência nada mais é do que a ruína da alma”. Nestes tempos em que nossas instituições privilegiam a quantidade em detrimento da qualidade, é bom não esquecermos disso.

Todo pedagogo ou pedagoga deveria ler Mon-taigne. Seu ensaio sobre a educação das crianças é uma verdadeira aula sobre o ato de ensinar. Diz ele que aos pequenos e jovens não se deve cobrar apenas conhecimento, mas o sentido e a substân-cia do que se aprendeu. “Decorar”, nos lembra, não é aprender. É apenas conservar o conhecimento na memória. O verdadeiro aprendizado começa lá onde reordenamos e damos sentido ao que aprendemos.

Transformar informações em conhecimento; transformar o conhecimento em sabedoria. Sermos sábios, para sermos mais felizes. Quem melhor pen-sa, melhor vive. A isso se dá o nome de “sapiência”, a junção equilibrada de ciência com sabedoria. Não é por nada que nossa espécie – a única sobrevivente do gênero homo, graças à inteligência desenvolvida – se chama “homo sapiens”. Embora, às vezes, os horrores do mundo nos levem a pensar o contrário.

Homo sapiens: homem sábio; homem que sabe viver. Façamos jus a esse título, afinal. Ter a cabeça bem-feita, nos lembra sempre Montaigne, é o primei-ro passo para essa formidável conquista.

Dicas deFilmes

Programe-seMosaico | Jornal Integração da Serra | junho 2017 | 3

A redação leu

Repr

oduç

ão

Quando os LivrosForam à Guerra

Histórias que ajudaram os aliados a vencer a Segunda Guerra Mundial

Autor: Molly Guptill ManningPáginas: 272Editora: Casa da PalavraAno: 2015

“Corra!”Título original: Get OutAno: 2017Direção: Jordan PeeleRoteiro: Jordan PeeleElenco: Daniel Kaluuya, Betty Gabriel, Allison Willians,LilRel Howery, Lakeith Stanfield

Repr

oduç

ão

Quando os LivrosForam à Guerra

BrunoNascimento

[email protected]

Durante a Segunda Guerra Mundial surgiu a Armed Services Editions, editora americana que publicava livros para os soldados em campos de batalha. Durante esse período, lançou um total de 1.200 títulos, que viraram verdadeiros ícones entre os combaten-tes. Em meio à atrocidade do conflito, os livros se constituíam em um dos poucos passatempos que os soldados possuíam. Entre uma batalha e outra, enquanto esperavam para um novo desem-barque, nas trincheiras, nos hospitais quando estavam enfermos: os livros eram os únicos companheiros nesses momentos terríveis e de muito sofrimento.

O livro retrata essa história fantástica e ao mesmo tempo en-cantadora. A inacreditável cifra de 120 milhões de livros especiais publicados ao longo da guerra; o surgimento dos “livros de bol-so”, exemplares pequenos, leves e maleáveis, que os soldados conseguiam carregar nas mochilas, em missões de bombardeio, a bordo de navios e durante marchas exaustivas. Exemplos de fatos notáveis que a obra retrata de forma agradável e instigante.

As edições da Armed Services Editions superaram, em núme-ro, a perversa marca do Nazismo, responsável pela destruição de milhares de exemplares em toda a Europa ocupada. Nesse ce-nário, os livros tiveram seu papel mais importante: viraram armas vitais na guerra de ideias na luta contra a opressão de Hitler. Uma guerra que também se venceu pela força inesgotável e inspiradora dos livros.

Chris viaja para visitar a família de sua namorada pela primeira vez. Mas o fato de ser negro e eles brancos o faz questionar sua es-tadia na casa. Ao longo da história percebemos que o estranhamento e os diálogos constrangedores entre as diferentes cores, podem, na verdade, esconder uma realidade secreta muito macabra.

O filme traz um novo ar para o gênero do suspense/terror. Jordan Peele, diretor estreante, diz ter partido do pressuposto de que em to-dos os filmes de terror o personagem negro é o primeiro a morrer. De-cidiu então que criaria uma história totalmente oposta deste conceito, onde acompanharíamos um personagem negro do início ao fim.

O filme mescla humor e suspense de forma a construir um ce-nário estranho aos nossos olhos e ouvidos. Aquela vizinhança não é agradável e constantemente sentimos que existe uma peça fora do lugar. É um sentimento que somente mestres do gênero conseguem transmitir, provando que “Get Out” é uma obra que merece atenção.

O longa-metragem, ainda por cima, é bem sucedido ao apresen-tar a temática de discussões raciais, sem precisar martirizar de forma exagerada alguma figura. Coisa essa que não acontece muito frequentemente, parecendo uma “obrigação” de Hollywood em representar suas minorias.

Lançamento de discoO quê: Banda Real Envido - lançamento CD Além FronteirasQuando: 9 de junho, às 20h30minLocal: Fundação Casa das Artes

CasamentoO quê: Quer Casar Comigo? ExpoBento 2017Quando: 10 a 13 de junho, das 11 às 20 horasLocal: Fundaparque

CervejaO quê: Festa Della Birra ArtigianaleQuando: 10 de junho, às 15 horasLocal: SUD Birrificio Artigianale

Carros antigosO quê: Classics Night JuninoQuando: 10 de junho, às 16 horasLocal: Rua Coberta

LumiO quê: Show do Lumi, do The Voice Brasil Quando: 10 de junho, às 23 horasLocal: Ferrovia Live

Música de RuaO quê: Festival de Música de RuaQuando: 11 de junho, às 14 horasLocal: Rua Coberta

Mais músicaO quê: Piquenique artísticoQuando: 18 de junho, às 15 horasLocal: Praca Achyles Mincarone - Igreja São Bento

Ação solidáriaO quê: 2ª Edição Universidade em Ação Quando: 24 de junho, das 10 às 17 horasLocal: Estacionamento UCS-CARVI

Rock PetsO quê: Rockão SolidárioQuando: 23 de junho, às 23 horasLocal: Retrô 81 Classic Pub, Garibaldi

PalestraO quê: Palestra Mario Sergio CortellaQuando: 21 de junho, às 19h30minLocal: Associação dos Motoristas de Garibaldi - AMG

Assista

Trailer da produção de Selton Mello, “O filme da minha Vida”, gravado na Serra Gaúcha, já está disponível no YouTube

4 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | junho 2017

Produções francesae italiana

6junho

Sessões gratuitas de cinema ocorrem nos dias 6 e 20 de junho, no Sesc

Terra FirmeOrigem: FrançaA família Purcillo vive em uma ilha remota da Sicília, onde a maior fonte de trabalho é o turismo. Um dia, Ernesto (Mimmo Cuticchio) e o neto Filippo (Filippo Pucillo) es-tão no mar e, ao perceberem que um barco naufragou, ajudam algumas pessoas. O problema é que o barco estava repleto de imigrantes ilegais e ajudá-los, mesmo nestas condições, é considerado crime. Vivendo entre o medo de serem flagrados, passa a abrigar em sua pró-pria casa dois dos imigrantes: Sara (Timnit T.) e seu filho.88 minutos, 14 anos

O cinema do Sesc Bento Gonçalves apresenta neste mês de junho duas produções internacionais. No dia 6 será exibido o filme francês-italiano “La Sapienza”, que conta a história do arquiteto Alexandre Schmid. Ator-mentado por um período de falta de inspiração, resolve embarcar em uma viagem de renovação, por meio dos estudos da arquitetura do lendário Francesco Borromini.

Já no dia 20 de junho, o público poderá conferir “Ter-ra Firme”, ambientado na Sicília (Itália). O longa-metra-gem narra a rotina da família Purcillo, que vive em uma ilha remota, na qual a maior fonte de renda é o turismo. As exibições ocorrem sempre a partir das 20 horas, no Sesc Bento. Após as exibições, ocorrem bate-papos com convidados especiais.

La SapienzaOrigem: França/ItáliaAlexandre Schmid (Fabrizio Rongione) é um brilhante arquiteto que, atormentado pela sua falta de inspiração, resolve embarcar em uma viagem de renovação, atra-vés dos estudos da arquitetura do lendário Francesco Borromini. Sua esposa, Aliénor (Christelle Prot), decide acompanhá-lo, e quando os dois encontram o casal de irmãos Goffredo (Ludovico Succio) e Lavinia (Arianna Nastro), os quatro começam a viver uma série de expe-riências que irão mudar suas vidas.107 minutos, 12 anos

20junho

O cartaz da Fenachamp 2017, que acontece de 5 a 29 de outubro, no Parque da Fenachamp, em Gari-baldi, foi apresentado na noite de sá-bado, 3 de junho, durante o Festival Colonial Italiano. A peça é compos-ta por um quadro de rolhas, objeto cada vez mais comum nas casas de quem associa o espumante a mo-mentos especiais da vida. A peça publicitária convida as pessoas a ex-perimentarem uma verdadeira festa.

As soberanas Valéria Meneghetti Carniel e as princesas Gabriela Mat-tei e Mônia Meneghetti apresentaram um texto que também trata dos sen-tidos. Na ocasião, também foi apre-sentada a programação completa do evento, que pode ser conferida no site www.fenachamp.com.br.

Fenachampapresenta cartaz

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Reprodução Reprodução

Mosaico | Jornal Integração da Serra | junho 2017 | 5

O Jornal Integração da Serra, o Dall’Onder Gran-de Hotel e a Agência Asterisco 21 prepararam uma promoção no Facebook para presentear um casal no Dia dos Namorados. A promoção dá direito a uma cortesia para casal no Hotel com café da ma-nhã incluso, apartamento categoria Luxo Superior, com banheira de imersão. A promoção é válida até o dia 9 de junho, data do sorteio. Você ainda pode participar, basta curtir a publicação oficial da promo-ção na Fanpage do jornal.

Para nossa surpresa, a publicação recebeu mui-tos comentários! Como achamos as manifestações muito carinhosas, selecionamos alguns dos comen-tários apaixonados!

Amor e cumplicidade

6 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | junho 2017

Por Natália Zucchi

A banda gaúcha Cachorro Gran-de apresentou, em Bento Gonçal-ves, o show da turnê Electromod no palco do pub Ferrovia Live, na noite de 3 de junho deste ano, para um público de cerca de 370 pessoas. O álbum e o single foram lançados em 2016 e a turnê iniciou em janei-ro de 2017, passando até agora por 16 cidades brasileiras. A banda contou, em entrevista para o Jornal Integração da Serra, detalhes so-bre o novo disco com sonoridade influenciada pelo movimento mod dos anos 50. Formada em 1999, em Porto Alegre, a Cachorro Grande é atualmente composta por Beto Bru-no (vocal), Marcelo Gross (guitarra), Gabriel Azambuja (bateria), Pedro Pelotas (teclados) e Rodolfo Krieger (baixo). Calcado em influências que vão de Mutantes a Beatles, Rolling Stones e The Who, o som da banda transita pelo rock clássico, britpop e elementos eletrônicos. O grupo já se apresentou com grandes nomes do

Turnê do novo disco Electromod em Bento lotou casa de shows

rock nacional, como Skank e Mar-celo D2, e abriu shows de grandes bandas como as inglesas Oasis, em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, em 2009 e também para The Rolling Stones, no Beira Rio em Porto Ale-gre, em março de 2016.

Jornal Integração da Ser-ra: Por que o título Electromod para o novo álbum?

Beto Bruno (vocal Cachorro Grande): Porque as composições ainda são no violão, em casa, no es-tilo mod que era o que a gente era no início, só que com a inclusão da música eletrônica no estúdio.

JIS: Quais foram as influên-cias para o álbum Electromod lançado em 2016?

BB: Há uma árvore genealógica para explicar o conceito do álbum. Penso que esse tipo de sonoridade unindo o eletrônico com o rock vem desde o Rod Stewart, passando pe-

los discos que o David Bowie fez em Berlim na trilogia de estúdio “Low”, “Heroes” e “Lodger”, culminando no disco Sandinista do The Clash. Quando chega no britpop dos anos 90 esse som é revisto.No Brasil nun-ca teve banda que fizesse isso. Era uma coisa inédita aqui. A gente sem-pre foi apaixonado por todos esses nomes, além de Keith Moon e Depe-che Mode, então tínhamos uma von-tade muito forte de fazer isso, recriar esse som. De um disco para o outro a gente busca inovar, para aparecer com uma turnê diferente da outra e não se acomodar. Se o som do dis-co anterior deu certo, a gente não tem que repetir a mesma receita pra continuar na estrada. A gente tem que gostar de estar em cima do pal-co tocando essas músicas. O desa-fio tem que fazer parte disso.

JIS: Nesses 17 anos de his-tória, como o público tem rea-gido com a mudança de sonori-dade a cada disco?

BB: A cada turnê e a cada disco novo, o público se renova. Mas, ao mesmo tempo, tem aquelas pesso-as que nos acompanham desde o primeiro show. É o que nos fortalece. A gente precisa desses dois públi-cos para continuar tocando.

JIS: Como foi abrir o show do Rolling Stones em março de 2016 na capital gaúcha?

BB: Foi a coisa mais legal que aconteceu nas nossas vidas. Mas, mesmo com toda expectativa, es-távamos muito preocupados com a

reação do público, porque já vimos uns 20 shows dos Rolling Stones e o público sempre pedia para as ban-das de abertura acabar o mais rápi-do possível. Em todos os shows o que se ouvia era “saí daí que a gen-te quer ver os Stones”. EM TODOS. Com a Cachorro Grande não acon-teceu isso. O público cantou nossa música e pediu bis. Eu vi os Titãs abrindo em São Paulo e também já vi O Barão Vermelho abrindo no primeiro show dos Stones no Brasil. Pensava em como era aquela sen-sação e ficava imaginando se um dia aquilo iria acontecer, então para mim não poderia ter sido melhor. Ainda parece um sonho. A gente teve uns 15 minutos de fama e foram os mais doidos das nossas vidas.

JIS: Vocês sentiram um tra-tamento diferente por parte do público após o show?

BB: No Brasil, muita gente pas-sou a nos respeitar mais. Mas a maioria das pessoas que estava em Porto Alegre assistindo os Stones naquela noite, pela menos a galera da nossa geração, muito ouviu os Stones por nossa causa, pelo nosso som. Faz quase 20 anos que a gen-te só fala em Beatles, Stones e The Who, e a nova geração passou a se interessar muito por nossas referên-cias. Da mesma forma que a gente ia atrás de conhecer quem estava por trás dos sons que a gente gos-tava. Um exemplo foi quando eu vi o Ira pela primeira vez. O que eu pen-sei foi “bah, uma banda como The Who no Brasil, isso é demais”.

CachorroGrande

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | junho 2017 | 7

EtapaSerra Gaúchainicia em Bento

Violonista Giovani Stormovski é uma das atrações do Festival de Música de Rua

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ulga

ção

Com o tema “Amor Pela Músi-ca”, quatro cidades da Serra Gaú-cha sediarão o Festival Brasileiro de Música de Rua que, em sua sexta edição, inicia por Bento Gon-çalves no próximo dia 11 de junho, na Rua Coberta, a partir das 14 ho-ras. As atrações são o som do DJ Muzak, o projeto De Boni & Henz, o rock dos Bardos da Pangeia, o rapper Chiquinho Divila, o DJ Zo-natão, o violonista Giovani Stor-movski e as cantoras de música nativista Vic Limberger e Lela Ro-sanelli. O evento também contará com a participação do guitarrista do metal De Ros, do instrumental dos pampas da Yangos, do eletrô-nico dançante do Ccoma e da psi-codélica jovem da Catavento.

Pelo quarto ano em Bento Gonçalves, o Festival Brasilei-ro de Música de Rua também está sendo marcado por ou-tras atividades no município. Na quinta-feira, 1, ocorreu o evento paralelo Incubadora da Música - palestra “Viver de Música - O Negócio da Músi-ca”, ministrada pelo produtor e músico Luciano Balen, no auditório do Sesc. Já no dia 8 de junho serão ministradas pa-lestras em escolas sobre mu-sicalização e cultura hip hop.

Ainda no dia 8, a partir das 18 horas, ocorre a ap resen tação de um concerto com o grupo Ária Trio no Shopping Bento.

O Festival Brasileiro de Música de Rua é financiado pelo Pró Cultura RS - Secretaria de Estado da Cultu-ra, Turismo, Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul. A etapa Serra Gaú-cha também será realizada em Gra-mado, no dia 22 de julho, em Gari-baldi, nos dias 22 e 24 de setembro e em Flores da Cunha, dias 20 e 22 de outubro. A programação em Ben-to Gonçalves conta com o apoio da prefeitura, através da Secretaria Mu-nicipal de Cultura.

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Ccoma apresenta som eletrônico dançante

Rock fica por conta da banda Os Bardos da Pangeia

Catavento apresenta música psicodélica jovemInstrumental dos Pampas por Yangos

Rapper Chiquinho Divila

8 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | junho 2017

Em exposição na Fundação Casa das Artes, até o dia 30 deste mês de junho, a mostra de aquarelas Caminhos da Serra, de Joaquim da Fonseca, inspirada em paisagens de cidades e distritos da Serra Gaúcha. A mostra reúne trinta aquarelas que retratam detalhes dos distritos Vale dos Vinhedos e Faria Lemos, de Bento Gonçalves e dos municípios de Pinto Bandeira, Garibaldi, Flores da Cunha e Gramado. O artista, que nasceu em Alegrete e morou nos últimos oito anos em Brasília, agora está radicado em Bento Gonçalves. A aquarela é uma das técnicas de pintura que resulta do uso de pigmentos de cor suspensos e solúveis em água, utilizando aglutinantes como a goma arábica e outros, usual-mente já incorporados nas tintas fornecidas comercialmente.

Joaquim da Fonseca é graduado em Artes Plásticas pela UFRGS e pós-gra-duado em Artes Visuais pela Syracuse University nos Estados Unidos. Além de artista, é consultor em design gráfico, especializado em projetos de identidade visual, sinalizações e projetos promocionais. Foi professor universitário e coor-denador de cursos, além de ser autor de uma série de publicações sobre De-sign Gráfico, Caricatura e Comunicação Visual, entre outros temas que envolvem ilustração e pintura. Tem mais de sessenta exposições realizadas, individuais e coletivas, no Brasil e Estados Unidos.

Mais de 1,5 mil pessoas partici-param da segunda edição do Wine Festival, ocorrido no dia 3 de junho deste ano, em Bento Gonçalves, na Rua Coberta, das 17 horas às 23h30min. O público, embalado ao som da Acústico Farina e Banda People, consumiu cerca de mil gar-rafas, entre vinhos e outras bebidas derivadas da uva. A alimentação fi-cou a cargo de quatro food trucks. A atividade, promovida pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), integrou as programações do Dia do Vinho e do 3º Simpósio Internacional Vinho e Saúde. “O evento foi voltado à apro-ximação do vinho brasileiro com o consumidor final, fomentando o eno-turismo. Também foi uma forma de acolher bem os congressistas que estiveram no Simpósio Vinho e Saú-de”, ressalta o presidente do Ibravin, Dirceu Scottá.

Dia do VinhoO Dia do Vinho é realizado pelo

Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin),

Mais de mil e quinhentas pessoas na Rua Coberta

Wine Festival

pela Secretaria da Agricultura, Pe-cuária e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi-RS) e pelo Sindicato Em-presarial de Gastronomia e Hotelaria (Segh) - Região Uva e Vinho, como resultado do Projeto Eventos Integra-dos e Integradores – reinterpretação da concepção de evento, fomentado pelo Ministério do Turismo. A lei que instituiu o Dia do Vinho no Rio Gran-de do Sul no primeiro domingo de ju-nho de cada ano foi promulgada em 12 de dezembro de 2003.

III Simpósio Internacional Vinho e SaúdeEstudos ligados à prevenção de

doenças cardiovasculares e de en-velhecimento precoce, diminuição do risco de aparecimento de enfer-midades neurológicas e canceríge-nas e auxílio na redução de peso es-tiveram entre temas do 3º Simpósio Internacional Vinho e Saúde, ocorri-do de 1º a 3 deste mês de junho na Fundação Casa das Artes, em Bento Gonçalves.

Natália Zucchi

Gilmar Gomes

Gilmar Gomes

Serra Gaúcha em aquarelaDivulgação