Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

29
Etanol de Segunda Geração Lee Ernest Balster Martins Luis Henrique Souza Aquaroli

Transcript of Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Page 1: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Neo-realismo X

Neo-institucionalismo

O segundo debate

Page 2: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Duplo enquadramento do debate

• Mudança do paradigma dominante na Ciência Política

• Desenvolvimento interno da área de relações internacionais.

Page 3: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Mudança do paradigma dominante na Ciência Política(1980s)

• escolha racional• Neo-institucionalismo • histórico• Suplanta

• behaviorismo e culturalismo

Page 4: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Mudança do paradigma dominante na Ciência Política(1980s)

• Postulado básico:

Instituições importam na definição do comportamento dos agentes

Page 5: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Mudança do paradigma dominante na Ciência Política

(1980s)

• Escolha Racional:• Foco: comportamento maximizador de agentes

racionais• Conseqüências do Teorema de Arrow• Temas: estudos legislativos, comportamento

eleitoral, efeitos dos sistemas eleitorais• Histórico:• Foco: macroestruturas• Temas: Características da instituições estatais

Page 6: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Desenvolvimento interno da área de relações internacionais

(1980s)

• Contestação ao paradigma realista dominante:• 1958 – E. Haas, The Uniting of Europe • 1977 – R. Keohane & J. Nye, Power and

interdependence: World politics in transition.• 1983 – S. Krasner, International Regimes.• 1984 - R. Keohane, After hegemony:cooperation

and discord in world political economy.• 1986 - R. Keohane, Neorealism and its critics

(primeiro debate)

Page 7: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Apogeu do realismo

• 1939- E.H. Carr, The Twenty years´crisis

• 1948 - H.J. Morgenthau, Politics among nations

• 1975/79 – K Waltz, Theory of international relations

Page 8: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Desenvolvimento interno da área de relações internacionais: os precursores

• Mitrany, Haas e o neo-funcionalismo:

• Integração setorial e spill-over effect

Page 9: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Desenvolvimento interno da área de relações internacionais

(1980s)

• Duas idéias-força:

• Crescente interdependência econômica

• Crescente importância das instituições internacionais (organizações e regimes internacionais)

Page 10: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

A aproximação neo-institucionalista

• Ponto de partida do debate:• Estados são os principais atores na arena internacional e se

comportam segundo sua percepção de auto-interesse.• Capacidades relativas (i.e. distribuição de poder) são

importantes e os estados dependem delas para garantir ganhos da cooperação.

• Instituições internacionais podem alterar as percepções sobre auto-interesse.

• Crescente interdependência.• Expansão da trama institucional.

Page 11: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Argumento neo-realista

• Instituições não alteram efeitos limitadores da anarquia sobre a cooperação interestatal

• Estados estão mais preocupados com sua posição relativa frente aos demais estados

Page 12: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Temas importantes do debate

• Natureza e conseqüências da anarquia• Natureza da cooperação internacional• Ganhos absolutos X ganhos relativos• Prioridade dos objetivos dos estados• Intenções X capacidades• Instituições e regimes

Page 13: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Natureza e conseqüências da anarquia

• Neoinstitucionalistas:• Anarquia é uma característica permanente, mas permite

diferentes padrões de interação entre estados.• Neo-realistas subestimam interdependência• Auto-interesse dos estados pode levar à produção de

instituições e regimes.• Neo-realistas:• Anarquia impõe limitações severas à conduta dos estados• Preocupação com sobrevivência é a principal motivação

dos estados

Page 14: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Cooperação

• Neoinstitucionalistas:• Conflito não é o resultado necessário da premissa de

que os estados buscam realizar o interesse próprio• Cooperação é possível e pode redundar do auto-

interesse• Quando adequadamente desenhadas instituições

auxiliam cooperação entre egoístas.• Instituições podem produzir coordenação e

cooperação auto-interessadas ao aumentar informação e reduzir custos de transação

Page 15: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Cooperação

• Neo-realistas:• Natureza conflitiva dos interesses dos estados• Cooperação é possível mas difícil de obter, de

manter e depende do poder dos estados• O problema central não é de coordenação, mas de

sobrevivência

Page 16: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Ganhos relativos X ganhos absolutos

• “Quando postos diante da possibilidade de cooperar em benefício mútuo, os estados que se sentem inseguros devem perguntar como os ganhos serão repartidos. Eles estão forçados a perguntar não “ambos ganharemos?”, mas “ quem ganhará mais?”. Se um ganho esperado for dividido, digamos, na razão de dois para um, um estado pode utilizar seu ganho desproporcional para implementar uma política dirigida a prejudicar ou destruir o outro. Mesmo a perspectiva de ganhos absolutos para os dois não conduz à cooperação, na medida em que cada um teme a maneira como o outro utilizará suas capacidades aumentadas” (Waltz, 1979:105)

Page 17: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Ganhos relativos X ganhos absolutos

• Neoinstitucionalistas :• Ênfase nos ganhos absolutos da cooperação• Importância de especificar em que circunstâncias

ganhos absolutos são preferidos• Neo-realistas:• Ênfase nos ganhos relativos e na necessidade de

evitar que o outro ganhe mais• Ganhos relativos pode ser vistos como um trade-

off entre ganhos absolutos de curto e longo prazo

Page 18: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Prioridade do objetivos dos estados

• Neo-institucionalistas :

• Bem-estar econômico

• Neo-realistas:

• Segurança

Page 19: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Intenções X capacidades

• Neo-institucionalistas :• Ênfase em interesses outros que não a expansão do

poder, nas intenções, na informação

• Neo-realistas:• Ênfase na distribuição das capacidades

(distribuição do poder)

Page 20: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Instituições e regimes

• Neo-institucionalistas :• Ênfase na expansão das instituições e regimes

• Neo-realistas:• Multiplicação de instituições e regimes não

impede que a anarquia continue limitando a possibilidade de cooperação.

Page 21: Neo-realismo X Neo-institucionalismo O segundo debate.

Alguns conceitos escorregadios& outros problemas

• Anarquia = ausência de governo• Capacidade e poder : • capacidade de obrigar quem a fazer o que?• Poder soma-zero• Fungibilidade• Importância das percepções dos atores• Criação de instituições X efeitos de instituições