Negócios Sustentáveis Cássio Garkalns Líder do contrato Fernanda Hümmel Gestora do projeto e...

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PLANO DE MARKETING TURÍSTICO ESTRATÉGICO DE ILHABELA

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PLANO DE MARKETING TURÍSTICO ESTRATÉGICO DE ILHABELA

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Plano de Marketing Turístico Estratégico de Ilhabela

DEZEMBRO de 2017

Material elaborado por:

Av. Pedroso de Moraes, 2120 – São Paulo, SP. 05420-003

www.gks.com.br | [email protected]

São Paulo | Salvador | Singapura

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GKS Negócios Sustentáveis

Cássio Garkalns Líder do contrato

Fernanda Hümmel Gestora do projeto e especialista em Marketing Turístico Sara S.P. Carneiro Gestora de Processos

Aline Delmanto Coordenadora das pesquisas de Imagem

Andrea Theorga Coordenadora das pesquisas de Demanda

Marta Poggi e Borges Coordenadora das pesquisas de Oferta

Camila Seixas Pesquisadora Thiago Cruz Pesquisador

Sergio Fernandes Coordenador de pesquisas em São Paulo e Pesquisador

Daniel Noble Diego Silva Érica Ceciliato Fernanda Monteiro Jonata Santos Pesquisadores de campo em São Paulo

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Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ilhabela

Márcio Batista Tenório Prefeito Maria das Graças Ferreira dos Santos Souza Vice-Prefeita Ricardo Fazzini Dias Secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo

Adriana Pereira Dias Batista Alda Silva Torres Andressa Maria Nebias Batista Aurelio Rufo Silva Bruno Rodrigues Oliveira Daniela Moreira Sarno Martins Dora Aparecida Seixinho Edvaldo Agostinho Peres Elen Maiara Isse Penhafiel Fatima Regina Da Silva Fernanda Priscila Capra Barbosa Francisco Eduardo Moura Da Silva Ivania Haity Gonçalves Hipocreme Jaime Rogerio Dias De Moran Romero Joana Morando Espiaut Leandro Santos Menezes Liliane Aparecida Damaschi Luciano Krob Meneghetti Luis Orlando Rodrigues Maio Marco Antonio Baccaro Basile Junior Mirian Gruppi Roberta Mattos Da Silva Sergio Heitor Marques Silvia Mara De Almeida Valdir Arruda Barbosa Junior Valquiria Delfino De Souza

Equipe Técnica - Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Turismo.

Conselho Municipal de Turismo

COMTUR (Gestão 2017-2019)

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LISTA DE SIGLAS

ABAV Associação Brasileira de Agência de Viagens

ABETA Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura

AFOA Associação Floripolitana de Observação de Aves

BRAZTOA Associação Brasileira das Operadoras de Turismo

CNTur Confederação Nacional do Turismo

Consórcio CLN Consórcio Circuito Litoral Norte

DADETUR Depart.de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos

DERSA Desenvolvimento Rodoviário S/A

EMBRATUR Instituto Brasileiro de Turismo

Ilhabela C&VB Ilhabela Convention & Visitors Bureaux

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IIS Instituto Ilhabela Sustentável

MTur Ministério do Turismo

OMT Organização Mundial do Turismo

PEIb Parque Estadual de Ilhabela

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SECTUR Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo

SECULT Secretaria de Cultura

SENAC Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

SPC&VB São Paulo Convention & Visitors Bureaux

PGT Plano Gestor de Turismo

PMI Plano Municipal de Ilhabela

PMTI Plano de Marketing Turístico Estratégico de Ilhabela

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Indicadores do IBGE - municípios da Microrregião de Caraguatatuba .... 24

Quadro 2: Resultado da pesquisa -Competitividade Turística – Ilhabela/SP ........... 30

Quadro 3: Categorização dos municípios - Mapa do Turismo Brasileiro 2017 ......... 31

Quadro 4: Destinos concorrentes x Segmentos .................................................... 157

Quadro 5: Cruzamento de destinos concorrentes ................................................. 158

Quadro 6: Análise do ambiente ............................................................................. 162

Quadro 7: Mercados-alvo prioritários .................................................................... 217

Quadro 8: Segmentos priorizados – oficina de produto ......................................... 258

Quadro 9: Grade de produtos recomendados para Ilhabela .................................. 258

Quadro 10: Indicadores sugeridos ......................................................................... 277

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Resumo das Pesquisas de Campo .......................................................... 32

Tabela 2: Público estimado e cálculo amostral das pesquisas ................................ 36

Tabela 3 - Listagem dos entrevistados sobre a imagem de Ilhabela ....................... 38

Tabela 4: Lista de convidados e grupos distribuídos por mesas de trabalho ........... 40

Tabela 5: Estados emissores de turistas para Ilhabela ............................................ 42

Tabela 6: Ranking das principais atividades de lazer feitas pelos turistas ............... 51

Tabela 7: Pontos Positivos de Ilhabela citados pelos turistas entrevistados ............ 65

Tabela 8: Pontos Negativos de Ilhabela citados pelos turistas entrevistados .......... 67

Tabela 9: Ranking das palavras que representam Ilhabela como destino turístico .. 69

Tabela 10: Ranking dos diferenciais de Ilhabela em relação a outros destinos turísticos costeiros .................................................................................................................. 69

Tabela 11: Pesquisa de Fan Pages no Facebook – Ilhabela (dia 02/07/17 de 16:40 às 18:15) ...................................................................................................................... 70

Tabela 12 – Resumo da Pesquisa de Imagem com Poder público, Stakeholders e Comunidade ............................................................................................................ 91

Tabela 13: Atrativos apontados na cartografia ........................................................ 94

Tabela 14: Potencialidades – observações feitas na cartografia pelo grupo 2 ......... 95

Tabela 15: Potencialidades - observações feitas na cartografia do grupo 3 ............ 96

Tabela 16: Potencialidades – observações feitas na cartografia do grupo 4 ........... 97

Tabela 17: Atrativos mais recorrentes nas menções dos grupos de trabalho* ......... 97

Tabela 18: Atrativos menos recorrentes nas menções dos grupos de trabalho ....... 98

Tabela 19: O que vende e como divulga? ............................................................... 99

Tabela 20: O que o turista compra? ...................................................................... 101

Tabela 21: Lista de Entrevistados sobre a Oferta Turística ................................... 106

Tabela 22 :Oferta turística, atrativos e recursos .................................................... 107

Tabela 23: Operadores Emissivos Internacionais .................................................. 110

Tabela 24: Litoral Norte do Estado de São Paulo exceto Ilhabela, turismo de sol e praia ...................................................................................................................... 125

Tabela 25: Ilha Grande, turismo de sol e praia ...................................................... 127

Tabela 26: Análise do Parque Estadual da Serra do mar - Núcleo São Sebastião, Ecoturismo ............................................................................................................ 130

Tabela 27: Análise do Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo Cunha, Ecoturismo .............................................................................................................................. 132

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Tabela 28: Análise de Angra dos Reis, turismo náutico ......................................... 134

Tabela 29: Análise de Paraty, turismo náutico ....................................................... 136

Tabela 30: Análise de Ubatuba, turismo de mergulho ........................................... 137

Tabela 31: Análise de Paraty, turismo de mergulho .............................................. 138

Tabela 32: Análise de Trancoso, turismo de casamento ....................................... 140

Tabela 33: Análise de São Sebastião, turismo de casamento ............................... 142

Tabela 34: Análise do Pantanal, turismo de observação de aves .......................... 143

Tabela 35: Análise de Taperaí - Trilha dos Tucanos, turismo de observação de aves .............................................................................................................................. 146

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: 20 principais países mais procurados pelos turistas mundiais e o respectivo número de pessoas que os visitaram em 2015 ....................................................... 15

Figura 2: Evolução da receita gerada pelo fluxo de turistas ao redor do mundo, desde 2000 ........................................................................................................................ 16

Figura 3: Evolução do volume de turistas estrangeiros no Brasil (2010-2016) ......... 17

Figura 4: Movimento do turismo na economia brasileira .......................................... 18

Figura 5: Top ten - ranking de turistas estrangeiros no Brasil (2014 -2016) ............. 19

Figura 6: Localização do município Ilhabela ............................................................ 23

Figura 7: Novo trecho - Rodovia Tamoios ............................................................... 23

Figura 8: Mapa Turístico de Ilhabela ....................................................................... 29

Figura 9: Índice de Competitividade do Turismo - Ilhabela/SP ................................ 30

Figura 10: Recorte do site de São Sebastião ........................................................ 124

Figura 11: Meses (demanda potencial)- (exceto alta temporada) x Clima ............. 150

Figura 12: Fluxograma de Estratégias de Marketing ............................................. 169

Figura 13: Fluxograma de Diretrizes e programas ................................................. 170

Figura 14: Componentes da identidade competitiva de um destino turístico ......... 171

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LISTA DE FOTOS

Foto 1: Vista aérea da Enseada do Abrahão, Ilha Grande .................................... 126

Foto 2: Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo São Sebastião ........................ 128

Foto 3: Trilha da Praia Brava de Boiçucanga, Núcleo São Sebastião ................... 129

Foto 4: Centro de visitantes do Núcleo São Sebastião, Ecoturismo ...................... 131

Foto 5: Empresa náutica, Angra dos Reis ............................................................. 133

Foto 6: Espaço para casamento, em São Sebastião ............................................. 141

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LISTA DE CÓDIGOS

Estes códigos são referentes às Diretrizes (D), Programas (P), Projetos (PR) e Ações (A) do Plano de Marketing

Código: D1,P1,PR1,A1.......................................................................................... 174

Código: D1,P1,PR1,A2.......................................................................................... 175

Código: D1,P1,PR1,A3.......................................................................................... 176

Código: D1,P1,PR1,A4.......................................................................................... 177

Código: D1,P1,PR2,A1.......................................................................................... 179

Código: D1,P1,PR2,A2.......................................................................................... 180

Código: D1,P1,PR2,A3.......................................................................................... 181

Código: D1,P1,PR2,A4.......................................................................................... 182

Código: D1,P1,PR2,A5.......................................................................................... 183

Código: D1,P1,PR2,A6.......................................................................................... 184

Código: D1,P1,PR2,A7.......................................................................................... 185

Código: D1,P2,PR1,A1.......................................................................................... 188

Código: D1,P2,PR1,A2.......................................................................................... 189

Código: D1,P2,PR2,A1.......................................................................................... 192

Código: D1,P2,PR2,A2.......................................................................................... 193

Código: D1,P2,PR2,A3.......................................................................................... 194

Código: D1,P2,PR3,A1.......................................................................................... 196

Código: D1,P2,PR3,A2.......................................................................................... 197

Código: D1,P2,PR3,A3.......................................................................................... 198

Código: D1,P2,PR4,A1.......................................................................................... 200

Código: D1,P3,PR1,A1.......................................................................................... 203

Código: D1,P3,PR1,A2.......................................................................................... 204

Código: D1,P3,PR1,A3.......................................................................................... 205

Código: D1,P3,PR1,A4.......................................................................................... 206

Código: D1,P3,PR1,A5.......................................................................................... 207

Código: D1,P3,PR2,A1.......................................................................................... 209

Código: D1,P3,PR2,A2.......................................................................................... 210

Código: D1,P3,PR2,A3.......................................................................................... 211

Código: D1,P4,PR1,A1.......................................................................................... 214

Código: D1,P4,PR1,A2.......................................................................................... 215

Código: D1,P4,PR1,A3.......................................................................................... 216

Código: D2,P1,PR1,A1.......................................................................................... 220

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Código: D2,P1,PR1,A2.......................................................................................... 222

Código: D2,P1,PR1,A3.......................................................................................... 223

Código: D2,P1,PR1,A4.......................................................................................... 224

Código: D2,P1,PR2,A1.......................................................................................... 226

Código: D2,P1,PR2,A2.......................................................................................... 227

Código: D2,P1,PR2,A3.......................................................................................... 228

Código: D2,P2,PR1,A1.......................................................................................... 231

Código: D2,P2,PR1,A2.......................................................................................... 232

Código: D2,P2,PR2,A1.......................................................................................... 234

Código: D2,P2,PR2,A2.......................................................................................... 235

Código: D2,P2,PR2,A3.......................................................................................... 236

Código: D2,P2,PR2,A4.......................................................................................... 237

Código: D2,P2,PR2,A5.......................................................................................... 238

Código: D2,P2,PR2,A6.......................................................................................... 239

Código: D2,P2,PR3,A1.......................................................................................... 241

Código: D2,P2,PR3,A2.......................................................................................... 242

Código: D2,P2,PR3,A3.......................................................................................... 243

Código: D2,P2,PR3,A4.......................................................................................... 244

Código: D2,P3,PR1,A1.......................................................................................... 248

Código: D2,P3,PR1,A2.......................................................................................... 249

Código: D2,P3,PR1,A3.......................................................................................... 250

Código: D2,P3,PR1,A4.......................................................................................... 251

Código: D2,P3,PR2,A1.......................................................................................... 253

Código: D2,P3,PR2,A2.......................................................................................... 254

Código: D2,P4,PR1,A1.......................................................................................... 257

Código: D3,P1,PR1,A1.......................................................................................... 261

Código: D3,P1,PR1,A2.......................................................................................... 262

Código: D3,P1,PR1,A3.......................................................................................... 263

Código: D3,P1,PR2,A2.......................................................................................... 265

Código: D3,P1,PR2,A2.......................................................................................... 266

Código: D3,P1,PR2,A3.......................................................................................... 267

Código: D3,P1,PR3,A1.......................................................................................... 269

Código: D3,P1,PR3,A2.......................................................................................... 270

Código: D3,P1,PR3,A3.......................................................................................... 271

Código: D3,P1,PR1,A1.......................................................................................... 274

Código: D3,P2,PR2,A1.......................................................................................... 276

Código: D4,P1,A1 ................................................................................................. 279

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SUMÁRIO

1. Apresentação ................................................................................................... 13

Turismo no mundo: uma análise em números ........................................... 13

O Turismo no Brasil: crescimento e perspectivas de cenários................... 16

Ilhabela como destino turístico .................................................................. 22

2. Aspectos metodológicos .................................................................................. 32

2.1 Estudos de gabinete ................................................................................. 33

2.2 Visita Técnica ............................................................................................ 33

2.3 Pesquisa da demanda real ........................................................................ 34

2.4 Pesquisa da demanda potencial – São Paulo ........................................... 37

2.5 Pesquisa sobre imagem com stakeholders e comunidade em Ilhabela ..... 37

2.6 Entrevistas com representantes da oferta turística .................................... 39

2.7 Oficina colaborativa com representantes da oferta turística ...................... 39

3. Levantamento de informações – Resultados .................................................... 42

3.1 Perfil demográfico da Demanda real ......................................................... 42

3.2 Pesquisa sobre a Oferta com a Demanda Real ........................................ 46

3.3 Pesquisa de demanda – Rastros Digitais .................................................. 70

3.4 Pesquisa sobre imagem com demanda real .............................................. 74

3.5 Pesquisa sobre a imagem com demanda potencial - São Paulo ............... 75

3.6 Pesquisa sobre imagem com stakeholders e comunidade ........................ 87

3.7 Oficina colaborativa sobre a oferta turística............................................... 93

3.8 Entrevistas sobre a Oferta Turística ........................................................ 105

3.9 Produtos e segmentos prioritários ........................................................... 110

4. Análise da Concorrência ................................................................................ 122

4.1 Concorrentes no segmento - Sol e praia ................................................. 123

4.2 Concorrentes no segmento - Ecoturismo ............................................... 127

4.3 Concorrentes do segmento – Turismo Náutico ....................................... 132

4.4 Concorrentes no segmento - Mergulho ................................................... 136

4.5 Concorrentes no segmento eventos - Casamento ................................... 138

4.6 Concorrentes no segmento - Observação de Aves ................................ 142

5. Diagnóstico .................................................................................................... 147

5.1 O perfil do visitante da baixa temporada ................................................. 147

5.2 Hábitos de viagem .................................................................................. 148

5.3 Avaliação de Ilhabela como destino turístico ........................................... 151

5.4 Marketing e redes sociais ........................................................................ 152

5.5 A imagem do destino .............................................................................. 154

5.6 Segmentos e produtos prioritários ........................................................... 155

5.7 Concorrentes .......................................................................................... 157

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6. Estratégias de Marketing ................................................................................ 158

6.1 Imagem, Posicionamento e Visão de Futuro ........................................... 160

6.2 Pressupostos básicos ............................................................................. 161

6.3 Diretrizes, Programas e Projetos para o Plano ........................................ 168

7. Resumo do Plano de Marketing Turístico Estratégico de Ilhabela .................. 281

7.1 Prioridade dos projetos ........................................................................... 283

8. Considerações finais ...................................................................................... 284

9. Referências .................................................................................................... 286

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1. Apresentação

Este trabalho foi desenvolvido para atender ao Termo de Referência do Edital de Licitação de Tomada de Preços 13/2016, que prevê a elaboração do Plano de Marketing Turístico Estratégico para Ilhabela.

A concepção do planejamento do Marketing partiu de uma visão sistêmica e estratégica da atividade, considerando uma abordagem integrada e buscando abranger todos os principais agentes envolvidos no seu desenvolvimento. As ações propostas estão orientadas para aumentar o fluxo de turistas na baixa temporada, ampliar a oferta turística e para posicionar Ilhabela de forma consistente em âmbito nacional e internacional. Fundamenta-se ainda no conceito da sustentabilidade do território que, em termos gerais, relaciona-se com a gestão de todos os recursos componentes da atividade, de modo a atender às necessidades econômicas, sociais e ambientais mantendo a integridade natural e cultural local, e conciliando as necessidades de mudanças já no curto prazo e o posicionamento maduro no médio e longo prazos.

O modelo de trabalho empreendido considerou o alinhamento do Plano de Marketing ao Plano Gestor de Ilhabela; a aplicação das melhores práticas em planejamento; o uso de metodologias inovadoras; o envolvimento participativo e colaborativo das partes interessadas, incluindo o poder público, o trade turístico, as lideranças comunitárias, os empreendedores, a sociedade civil organizada, e outras interessadas e/ ou envolvidas com o desenvolvimento do turismo em Ilhabela; a preocupação com o envolvimento permanente do Conselho Municipal de Turismo e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Turismo; e o interesse de que o turismo se torne um vetor para o desenvolvimento econômico e social da ilha, contribuindo para a geração de emprego e renda, valorização dos recursos culturais e naturais, geração de divisas para o poder público e iniciativa privada e melhoria do capital reputacional do município.

Este documento apresenta uma visão internacional e nacional do turismo, detalha a pesquisa de demanda real, potencial e com representantes da oferta e das partes interessadas, analisa a concorrência, apresenta uma análise sistêmica e organizada no formato de diagnóstico e propõe diretrizes, programas e projetos para curto, médio e longo prazos. Descreve as instâncias de participação e seus resultados esperados, incorporando a visão de futuro do poder público, do trade turístico e de representantes da sociedade civil nas recomendações para o reposicionamento de Ilhabela como destino turístico.

Turismo no mundo: uma análise em números

O Turismo vem se consolidando como atividade socioeconômica de significativa importância na economia do planeta, sendo responsável por aproximadamente 10% do PIB mundial.

Estudo sobre o turismo mundial, divulgado pela agência especializada em turismo das Nações Unidas, World Tourism Organization – UNWTO (Organização Mundial de Turismo) indica que o setor cresceu 3.9% em 2016, mesmo diante de uma conjuntura permeada por fenômenos e acontecimentos ligados a problemas econômicos, ameaças à segurança e desastres naturais. Os números superam as projeções da agência para o período 2010/2020 (+3,8%) e reforçam o poder que o Turismo assume como um dos setores mais resistentes a mudanças e crises.

Um fato interessante apresentado durante a edição 2017 da WTM – World Travel Market em Londres, um dos principais eventos de turismo mundial, pela diretora de

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Comunicação da Organização Mundial do Turismo (OMT), mostra que desde 1950, quando a OMT iniciou as medições de turistas internacionais, só houve decréscimo no número de viajantes em três momentos: 2001, por causa dos atentados nos Estados Unidos, 2003, devido à epidemia de Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) na Ásia, e 2009, ano em que estourou a crise financeira global. A curva de crescimento vem se mantendo ao longo dos últimos seis anos consecutivos.

Em 2016, o número registrado de turistas internacionais foi de 1,23 bilhões, cerca de 46 milhões de turistas a mais do que em 2015. Nos dados por região, Ásia-Pacifico e África obtiveram os maiores aumentos de turistas internacionais, com 8% - sendo a primeira região impulsionada pela forte demanda de mercados regionais. A China se posiciona como o principal mercado emissor, com destaque também para o crescimento da Indonésia e da Malásia.

A região das Américas aparece em seguida, com crescimento de 4% na América do Norte e no Caribe - similar à média mundial, e de 6% nas Américas Central e do Sul, que receberam 201 milhões de viajantes estrangeiros, resultado obtido, na visão de alguns especialistas, por razões ligadas à maior integração regional.

A Europa teve desempenho baixo no crescimento, principalmente por causa de problemas ligado ao terrorismo, cerca de 2%. Por sua vez, o Oriente Médio foi a única região que não obteve crescimento, apresentando queda de 4% no número de visitantes internacionais.

Para 2017, a OMT projeta crescimento entre 3% e 4% nas chegadas internacionais em todo o mundo, similar a 2016, com destaque para as regiões África e Pacífico (5% a 6%), Américas (de 4% a 5%) e Europa (de 2% a 3%). As estimativas para 2030 sugerem uma movimentação em torno de 1,8 bilhão de turistas internacionais – hoje, o número está em 1,2 bilhão.

Levantamento preliminar realizado no site Panrotas (2017) sinaliza que a OMT tem algumas prioridades para dinamizar o fluxo das viagens. Uma das iniciativas é, por exemplo, incorporar as facilidades da internet na hora da concessão de vistos, temendo, dentre outras questões, que o turismo se torne mais burocrático por conta de problemas ligados a segurança.

Dentre os destinos que mais recebem turistas internacionais, a liderança fica com a França, seguido dos Estados Unidos e Espanha. O Brasil aparece na posição 29, mostrando que pode melhorar.

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Fonte: OMT – Organização Mundial de Turismo, 2015.

Ainda com base em levantamentos preliminares, foi possível chegar aos números que indicam as receitas geradas, pelo turismo em 2016, para a economia mundial. Nos últimos 15 anos, a importância do turismo para a economia mundial cresceu de maneira significativa, dando um salto de US$ 450 bilhões para os atuais US$ 1,2 trilhões.

Na figura a seguir podemos identificar claramente a queda brusca do turismo em 2009, um ano após a crise econômica mundial ser deflagrada e afetar principalmente os Estados Unidos e Europa, ambos principais emissores e receptores de turistas no mundo.

Figura 1: 20 principais países mais procurados pelos turistas mundiais e o respectivo número de pessoas que os visitaram em 2015

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Fonte: OMT – Organização Mundial de Turismo, 2015.

Muitos desafios ainda estão por vir mas os destinos turísticos estão esperançosos no desenvolvimento deste setor econômico. Dentro deste contexto de crescimento da América do Sul (+4%) o Brasil segue enfrentando desafios diários para atrair os turistas estrangeiros ao país, como veremos a seguir, os turistas internos são responsáveis pela movimentação da economia do turismo no país.

O Turismo no Brasil: crescimento e perspectivas de cenários

Visto aos olhos do mundo como uma das nações com maior potencial de crescimento, o Brasil tem apresentado sinais positivos do turismo. Dados publicados em 2017 pela Embratur indicam que o volume de turistas estrangeiros que visitaram o Brasil em 2016 chegou a 6,6 milhões de pessoas, movimento histórico que representa alta de 4,8% na entrada de turistas internacionais em relação a 2015.

Apesar do volume recorde, verifica-se que o Brasil ainda segue distante dos principais destinos turísticos do Mundo e ainda representa uma posição modesta no turismo mundial, não alcançando 1% do faturamento do turismo mundial. Por exemplo: o Brasil não recebe nem 10% do volume de turistas estrangeiros da França, líder no ranking da OMT, que em 2015 recebeu 84,5 milhões de visitantes.

O estudo revela que em 2015 o Brasil liderou em número de visitantes estrangeiros na América do Sul, seguido de perto pela Argentina, que em 2015 recebeu 5,7 milhões de turistas, segundo a OMT. Naquele ano, o Chile recebeu 4,4 milhões e, o Peru, 3,2 milhões de visitantes vindos de outros países.

Vale a pena destacar o crescimento do Chile de 2015 a 2016, que no ano passado recebeu 5,6 milhões de turistas, com um crescimento de 26% do volume de 2015. O Peru teve um pequeno crescimento no volume de turistas em 2016 subindo para 3,7 milhões e a Argentina ainda não informou oficialmente o volume total de 2016.

Figura 2: Evolução da receita gerada pelo fluxo de turistas ao redor do mundo, desde 2000

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Assim mesmo, o volume de turistas estrangeiros para o Brasil é muito menor do que o potencial do país, principalmente pela sua diversidade natural e cultural.

Fonte: Ministério do Turismo (Dados e Fatos)

De acordo com o anuário realizado pelo Banco Central que atualiza percentuais de despesas e receitas cambiais turísticas, no acumulado de janeiro a dezembro de 2016, os turistas estrangeiros gastaram no Brasil US$ 6.024 bilhões, conferindo um aumento de 6,2% na receita cambial de 2016 em relação a 2015, quando foram gastos US$ 5,84 bilhões.

Este aumento se deve em grande parte pela realização de eventos internacionais importantes no Brasil nesse ano, como Olimpíada e Paraolimpíada. Em termos absolutos, a contribuição gerada pelos Jogos Olímpicos foi de US$ 166 milhões, valor acrescido à receita durante a realização dos Jogos, em relação ao mesmo período em 2015.

Pesquisa preliminar realizada em website, com base em entrevista com o presidente da Embratur (2017)¹, sinaliza as projeções da entidade para o turismo no Brasil e sugere que o país tem potencial para chegar próximo de U$ 20 bilhões de receita.

5,25,4

5,7 5,8

6,4 6,36,6

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1

2

3

4

5

6

7

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Milhões de turistas

Figura 3: Evolução do volume de turistas estrangeiros no Brasil (2010-2016)

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Fonte: OMT – Organização Mundial de Turismo, 2015.

Perfil dos turistas estrangeiros

De acordo com recente Pesquisa de Demanda Turística Internacional (2017) realizada anualmente pelo Ministério do Turismo, os resultados de 2016 indicam que a origem da maior parte dos visitantes que desembarcaram no Brasil de janeiro a dezembro desse ano é de latinos e norte-americanos, seguidos de europeus. Os argentinos mantiveram a tradicional liderança entre os visitantes ao ultrapassarem a marca de 2,1 milhões de turistas. Os Estados Unidos ocuparam o segundo lugar, com o envio de 600 mil pessoas. Em seguida, aparecem na lista Chile, Paraguai, Uruguai, França, Alemanha, Itália, Inglaterra, Portugal e Espanha.

Ao todo, 56,8% dos turistas que visitaram o Brasil em 2016 vieram da América do Sul, um crescimento de 32,2% em cinco anos. Os argentinos seguem na liderança entre os vizinhos e representam 34,9% do total de visitantes no país. Somada às participações de Paraguai (4,8%), Chile (4,7%) e Uruguai (4,3%), respondem por 48,7% do receptivo brasileiro.

A segunda principal origem dos turistas são os Estados Unidos que, em 2016, enviou pouco mais de 570 mil visitantes. França e Alemanha destacam-se entre os europeus, ocupando respectivamente a 6ª e 7ª posição.

Apesar de representarem maioria entre os estrangeiros que nos visitam, os sul-americanos gastam pouco em nosso país. A pesquisa revela que os turistas provenientes dos países europeus e dos Estados Unidos têm um gasto per capita, de aproximadamente o dobro do verificado entre os visitantes da América do Sul, com destaque para os norte-americanos que gastaram US$ 1.234, quase 2,2 vezes mais que os argentinos, US$ 548,92.

Figura 4: Movimento do turismo na economia brasileira

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Fonte: Ministério do Turismo (Dados e Fatos)

O turista estrangeiro chega prioritariamente de avião com um volume de 4.318.419 turistas, o segundo lugar é via carro ou ônibus com um volume de 1.870.626 turistas destacando os países fronteiriços da América do Sul e em terceiro lugar, por navio com 116.783 turistas.

Os meses que estes turistas mais viajam ao Brasil são Janeiro, Dezembro e Fevereiro. As principais portas de entrada são respectivamente São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Su1l.

Um dado importante identificado pela Pesquisa de Demanda Internacional do MTur aponta que 95% dos turistas estrangeiros que estiveram no Brasil em 2016 têm intenção de voltar ao país.

O levantamento avaliou 16 itens de infraestrutura e serviços turísticos, como: hospitalidade, alojamento, gastronomia, aeroportos, segurança, limpeza, sinalização turística, entre outros. Ao todo, 37.634 turistas foram entrevistados.

À exceção da categoria ‘telefonia e internet’, que recebeu o menor índice de aprovação, de 69,6% dos entrevistados, os demais 15 itens receberam avaliações superiores à 70%, como a hospitalidade (98%) , alojamento (95,7%) , gastronomia (95,4%) e restaurantes (95%). A avaliação final da experiência no Brasil foi positiva para 87,7% dos entrevistados.

Segmentos mais representativos

O turismo de “Sol e Praia” continua sendo o principal atrativo da vinda ao Brasil, responsável por 68,8% da motivação das viagens a lazer, este o principal objetivo da viagem dos turistas que vêm para o país. Já 16,6% dos estrangeiros buscavam natureza, ecoturismo ou aventura em sua experiência em nosso país e 9,7%

1 Fonte: Ministério do Turismo (Dados e Fatos) – relatório de demanda turística internacional 2016.

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1000000

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Milhares de turistas

2014 2015 2016

Figura 5: Top ten - ranking de turistas estrangeiros no Brasil (2014 -2016)

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citaram o turismo cultural com principal motivo da escolha pelo país. Os entrevistados também destacaram como motivação a visitas a amigos e parentes (21%) e negócios, eventos e convenções (18,7 %).

O Rio de Janeiro continua sendo o destino turístico preferido pelos turistas de lazer, representando 32,2% desse grupo, seguido por Florianópolis (17,9 %) , Foz do Iguaçu (13,2 %) e São Paulo (9,1 %) .

No turismo de negócios, as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte são as mais visitadas.

A pesquisa também identificou o aumento da procura pela hospedagem alternativa. Apesar de mais da metade (51,5 %) dos estrangeiros ainda optarem por hotéis – percentual que se mantém estável nos últimos cinco anos – 16,7 % dos turistas internacionais optou pelo aluguel de casas.

Cerca de 30% do total de viajantes foram influenciados por amigos e parentes e 40% se informaram pela internet.

Expectativa de crescimento

De acordo com estudo anual apresentado pelo WTTC – World Travel & Tourism Council sobre os resultados do desempenho do turismo no mundo, regiões e países, o desempenho projetado para 2017 é o Brasil ocupar a 11ª economia do turismo no mundo, em termos absolutos.

O estudo do WTTC indica que, em 2016, o PIB direto do turismo representou 3,2% do total do PIB brasileiro. As projeções para 2017 são de um crescimento de 0,5%, e mais promissoras para os próximos 10 anos, quando o indicador deverá representar 3,4% do PIB. Estima-se que o setor de viagens e turismo continuará a desempenhar um papel importante na economia nacional. Na América Latina em 2016 esse percentual foi de 3,2% e no mundo de 3,1%.

Quando analisadas as estatísticas de empregos, verifica-se que em 2016, o setor de viagens e turismo no Brasil empregou diretamente 2 milhões e 500 mil pessoas, 2,8% do total de empregos; as projeções são de crescimento de 1,6% em 2017. Na América Latina em 2016 os empregos diretos representaram 2,9% do total e no mundo 3,6%.

Para os próximos dez anos, a entidade (WTTC) estima crescimento anual de 2.4%, chegando em 2027 a representar 3,2% do total de empregos no Brasil

Pesquisa realizada em site não oficial traz dados da Embratur, de que o turismo é responsável atualmente por empregar 10% dos trabalhadores de todo mundo nas 52 áreas que compõem o setor. No Brasil, 8,5 milhões de brasileiros atuam no turismo.

Quanto às estimativas para o fluxo de turistas estrangeiros em 2017 no Brasil, a expectativa é que o movimento cresça próximo de 6%, mesma tendência de crescimento registrada em outros países que sediaram Olimpíadas, no ano seguinte ao evento. A Inglaterra, por exemplo, país que sediou os jogos antes do Brasil, registrou aumento médio de 5% ao ano depois do megaevento. O último crescimento registrado no país antes disso tinha sido de 0,92%.

O aumento do fluxo no Brasil também é esperado devido ao retorno positivo dos turistas ouvidos pelo Ministério do Turismo no período dos Jogos. A pesquisa mostra que mais de 87% dos estrangeiros pretendem voltar ao Brasil e que 94,2% dos brasileiros querem retornar ao Rio de Janeiro.

Grande parte dos hóspedes esperados já deve chegar no verão. O MTur estima que o número de viagens pelo Brasil nos meses mais quentes (de dezembro a fevereiro) deve

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chegar a 73,4 milhões, número ligeiramente superior às 72,8 milhões viagens realizadas no verão 2015.

Desafios para o aumento do turismo internacional pra o Brasil

Dentre os aspectos que precisam ser melhorados para que esses números se tornem mais expressivos, estão a melhora da promoção do Brasil no exterior.

Levantamento preliminar feito em site não oficial de turismo, traz dados importantes da Embratur sobre a verba destinada à divulgação do Brasil no exterior. Revela o Brasil gastou, em 2016, US$ 18 milhões em divulgações no exterior. O valor é considerado baixo quando comparado com países como Argentina, que gastou US$ 60 milhões, o Equador e Colômbia US$ 100 milhões e, o México, US$ 480 milhões.

Além disso, é mencionada a necessidade de melhorar o ambiente de negócios para o turismo; oficializar o lançamento do “Brasil + Turismo”, um pacote de medidas para fortalecer o turismo com ações que visem otimizar o setor de viagens e facilitação dos deslocamentos; acelerar a aprovação do Projeto de Lei 7425/2017, que institui a Agência Brasileira de Promoção do Turismo e objetiva formular, implementar e executar ações de promoção comercial de produtos, serviços e destinos turísticos brasileiros no exterior.

Mercado interno de viagens aquecendo o Brasil

Segundo a Braztoa (Associação Brasileira de Operadoras de Turismo) viajaram em 2016 dentro do país, 5,12 milhões de brasileiros durante todo o ano, apontando um aumento em relação ao ano interior, impulsionado pelo crescimento da procura pelos destinos domésticos. No setor de distribuição de viagens de lazer, o turismo conseguiu passar por 2016 registrando aumento em faturamento, atingindo R$ 11,33 bilhões de movimentação financeira por parte das operadoras de turismo.

A intensa movimentação do fluxo turístico doméstico e a valorização do dólar frente ao real, incentivando a atração de turistas internacionais, vêm possibilitando a estruturação e manutenção da oferta de produtos e serviços turísticos e gradativamente fortalecendo a atividade turística no país, o que evidencia a importância do mercado interno para a consolidação do turismo de forma sustentável.

A despeito da crise que atinge o país há alguns anos, os números de 2017 têm sido positivos Apesar da crise, a expectativa de reação da economia e o aumento da demanda doméstica tiveram impacto positivo no faturamento médio das empresas de turismo no primeiro trimestre deste ano. Segundo o Boletim de Desempenho Econômico do Turismo (BDET), estudo do Ministério do Turismo (2017), o crescimento foi de 4,3%, de janeiro a março, na comparação com o mesmo período de 2016 - foram ouvidas 782 empresas, que geram 70,1 mil postos de trabalho e tiveram faturamento de R$ 8,2 bilhões no trimestre.

O incremento no faturamento médio foi registrado em cinco dos sete segmentos pesquisados. Variam de 21,3%, caso das operadoras de turismo, a 3,4% em parques e atrações turísticas. Entre as organizadoras de eventos, o crescimento foi 6,9%, enquanto nas agências de viagens houve alta de 5,7%, e no transporte aéreo de 5,4%. Os meios de hospedagem registraram queda de 0,4%, enquanto no turismo receptivo a baixa foi de 6,4%.

As perspectivas para os próximos trimestre deste ano são favoráveis, uma vez que 70% do setor manifestou a intenção de investir o montante de 10,3% do faturamento apurado. No transporte aéreo, a expectativa de novos aportes nos negócios atinge 100% das empresas pesquisadas e nas operadoras de turismo 86%. As principais

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áreas a serem beneficiadas com os aportes de recursos são marketing e promoção de vendas, compra de novos materiais e treinamento de funcionários.

As empresas atribuem o bom desempenho dos negócios à expectativa de reação da economia e ao aumento da demanda interna por viagens. Dados do setor aéreo, por exemplo, revelam que houve crescimento de 5,4% na demanda por voos domésticos em março, em comparação com o mesmo período do ano passado. “É importante destacar que o aumento da procura por voos acontece em meio à retomada do turismo de negócios e maior número de feriados prolongados”, destaca o boletim elaborado pela Fundação Getúlio Vargas.

Com o panorama social marcado pela valorização do conhecimento, pela facilidade de acesso a informação e pelo aumento da competitividade, a tomada de decisões no direcionamento de esforços e no dimensionamento do investimento público ou privado vem dependendo cada vez mais da disponibilidade de informações estratégicas e confiáveis.

Como fatores inibidores da expansão dos negócios, as empresas apontam o momento econômico ainda desfavorável e os custos operacionais e financeiros.

Este cenário positivo, tanto mundial como no Brasil amplia a possibilidade de captação de novos mercados emissores para Ilhabela que está passando por um momento de reposicionamento institucional que veremos a seguir.

Ilhabela como destino turístico

De natureza exuberante, o município-arquipélago marinho de Ilhabela, único no Brasil, está localizado no litoral norte do estado de São Paulo, e faz parte da mesorregião do Vale do Paraíba Paulista e microrregião de Caraguatatuba – esta última, composta de outros três municípios: São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba, distantes a 10,8 km, a 36,3 km e a 89,1 km, respectivamente, da sede do município. Como parte do arquipélago existem ainda as ilha de: São Sebastião (conhecida como Ilhabela), dos Búzios, da Vitória e onze ilhotes.

No dia 06.09.2017 foi assinado um protocolo de intenções entre os 4 municípios para a criação do Consórcio do Circuito Litoral Norte de Turismo de São Paulo com foco em turismo e com o objetivo de melhorar a divulgação deste setor no Litoral Norte atraindo, assim, investidores e turistas. Esta parceria entre os municípios poderá impulsionar a promoção de cada um em seus mercados alvos, reforçando suas potencialidades.

Os acessos à ilha a partir das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro são facilitados pelas seguintes rodovias, desde São Paulo: Rodovia dos Imigrantes, Anchieta, SP 098 (Mogi – Bertioga) e Rodovia dos Tamoios e desde o Rio de Janeiro: BR 101, SP 125 (Taubaté-Ubatuba), SP 099. (figura 5)

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Fonte: http://www.viajeabrasil.com/Ilhabela/llegar-moverse-en-Ilhabela.php

A Rodovia dos Tamoios está em obras com entrega prevista para 2020 e a abertura deste novo trecho reduzirá em média 30 minutos de viagem para a chegada à ilha2. Esta redução de tempo é importante levando em conta que para chegar à ilha o visitante ainda tem que estimar o tempo de balsa. (figura 6)

Fonte: http://www.concessionariatamoios.com.br/a-rodovia/a-rodovia (Acessado - 15.09.2017)

2 Fonte: http://www.concessionariatamoios.com.br/a-rodovia/a-rodovia

Figura 6: Localização do município Ilhabela

Figura 7: Novo trecho - Rodovia Tamoios

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Além do mar, Ilhabela e entorno caracterizam-se por serem umas das paisagens mais acidentadas da região costeira brasileira. A Ilha de São Sebastião, por exemplo, constitui conjunto montanhoso, formado pelo maciço de São Sebastião e da Serraria, além da Península do Boi, que se destaca como um dos acidentes geográficos mais salientes e elevados do litoral paulista, chamando a atenção de visitantes apaixonados pela prática de escalada, rapel e caminhadas. O ponto mais alto (Pico de São Sebastião) atinge 1.379 mil metros de altura.

Microrregião de Caraguatatuba

A Microrregião de Caraguatatuba está localizada na porção mais ao norte do litoral paulista, fazendo fronteira com o estado do Rio de Janeiro. Em 2016, sua população foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE em 319.511 habitantes, divididos em quatro municípios com área total de 1.956.164 km².

De acordo com o IBGE, os municípios da microrregião de Caraguatatuba apresentam diferenças muito significativas, não só em termos geográficos e populacionais mas, também relativas ao Produto Interno Bruto – PIB, números de ocupação em postos de trabalho e remunerações médias das localidades.

IBGE / Município Caraguatatuba Ilhabela Ubatuba São Sebastião

Densidade demográfica (2010)

207,88 hab/km² 81,13 hab/km² 108,87 hab/km² 185 hab/km²

Área da unidade territorial (2015)

485.087 km² 347.515 km² 723.883 km² 399.679 km²

População Estimada para 2016

115.071 hab 32.782 hab 87.364 hab 84.294 hab

População por sexo (2010)

Masculino 49.959 14.329 39.176 36.886

Feminino 50.881 13.867 39.625 37.056

Situação dos Domicílios (2010)

Urbano 96.673 28.002 76.907 73.109

Rural 4.167 194 1.894 833

PIB (2014) – contas correntes

R$ 2.885.243.000 R$ 6.772.117.000 R$ 1.658.499.000 R$ 5.254.869.000

PIB (2013) – contas correntes

R$ 2.504.935.000 R$ 3.264.083.000 R$ 1.463.236.000 R$ 5.407.510.000

Pessoal ocupado (2014)

26.138 8.310 21.292 22.575

Pessoal ocupado (2013)

26.713 8.525 20.180 25.124

Assalariados (2014) 22.114 7.174 16.877 19.453

Assalariados (2013) 22.406 7.355 15.860 21.712

Salário Mensal (2014) – salários mínimos

2,4 2,4 2,1 3,5

Salário Mensal (2013) – salários mínimos

2,5 2,3 2 3,6

Fonte: IBGE (http://www.cidades.ibge.gov.br/v3/cidades/home-cidades)

O município de Ilhabela registrou aumento em números brutos do PIB de 2013 para 2014 mesmo tendo reduzido as estatísticas de números de pessoal assalariado e ocupado. Em se tratando do contingente populacional, tendo por base a estimativa para 2016, a cidade de Ilhabela teve um crescimento de 1,16% ou 4.586 no número de habitantes.

Quadro 1: Indicadores do IBGE - municípios da Microrregião de Caraguatatuba

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Em 1998 foi promulgada a Lei 9.478 que fez com que o município passasse a receber royalties provenientes da exploração de petróleo na área de influência do Tebar (Terminal Marítimo Almirante Barroso), pois está sujeito a risco de vazamentos permanente.

Estes royalties vem impulsionando o desenvolvimento econômico da ilha, bem como o setor turístico por meio de investimentos na infraestrutura e na estruturação da oferta. Chegam por meio de vários enquadramentos, além da “parcela especial” que é dada trimestralmente pelo enquadramento de “município produtor”.

Em 2016 Ilhabela recebeu R$ 235 milhões de royalties. Até julho de 2017 já haviam recebido cerca de R$ 230 milhões.3

1.3.1 Aspectos históricos e culturais

Os aspectos históricos de Ilhabela são muito importantes para a construção de roteiros turísticos focados nos atrativos culturais da ilha. Os registros revelam que o município foi fundado em 1805, carregando resquícios do período indígena e da colonização portuguesa no Brasil. Pesquisas com elementos históricos importantes mostram que:

• A descoberta de sítios arqueológicos pré-coloniais denominados sambaquis, no final da década de 1990, permitiu concluir que os primeiros habitantes do arquipélago foram os chamados de "homens pescadores-coletores do litoral", indígenas que não dominavam a agricultura e nem a produção de cerâmica, sobrevivendo apenas do que encontravam na natureza, especialmente animais marinhos.

• Existem cerca de 62 Sítios Arqueológicos cadastrados no IPHAN.

• Foi encontrada na Ilha de São Sebastião grande quantidade de cerâmica indígena de uma tradição específica, acredita-se que seria dos índios tupis da família Macro Jê.

• No ano de 1502, a primeira expedição exploratória enviada ao Brasil pelos portugueses chegou até à ilha de São Sebastião, conduzida por Américo Vespúcio.

• Entre os anos de 1588 e 1592 passaram por essa ilha os corsários ingleses Edward Fenton e Thomas Cavendish. Este último, acompanhado de John Davis, depois de ter sido derrotado em Vitória do Espírito Santo, voltou à ilha buscando refúgio, mas sofreu mais uma grande perda de homens em um embate quando uma milicia de portugueses os atacou de surpresa. Outras fontes indicam que Thomas Cavendish teria passado pela ilha em 1591, mas fazendo o caminho inverso: aportado em Ilhabela (quando aproveitou para saquear Santos e São Vicente) e só depois sofrido a derrota em Vitória.

• Do final do século XVII até meio do século XVIII, a expansão da população ocorreu na Vila (Centro Histórico), e um dos prédios históricos da época e que até hoje pode ser visitado é a igreja de Nossa Senhora D’Ajuda e Bom Sucesso, construída por escravos com conchas, óleo de baleia e pedras.

• No começo do século XIX, quando a Ilha de São Sebastião contava com cerca de três mil habitantes, foi iniciado, movido pela prosperidade do açúcar na

3 Fonte: Revista Radar e Litoral – edição comemorativa dos 212 anos de Ilhabela, p. 23.

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região, o movimento pela emancipação da Ilha de São Sebastião da Vila de São Sebastião. Os lideres desse movimento foram o capitão Julião de Moura Negrão, o Alferes José Garcia Veiga e o senhor de engenho Carlos Gomes Pereira.

• O café, produzido com a mão de obra escrava da cultura banto, trouxe prosperidade a ilha ainda no século XIX. A partir da abolição da escravidão o que gerou a decadência do ciclo do café na ilha, a pesca da baleia passa a ter destaque. O, principal local de limpeza das baleias que eram abatidas ficava onde é hoje o bairro da Armação. Já no século XX, apenas 13 engenhos da ilha produziam aguardente que era levada em canoas de voga até Santos, outros também produziam melaço.

• O Município de Ilhabela recebeu oficialmente esse nome no dia 1º de janeiro de 1945, por meio do decreto estadual 14.334 de 30 de novembro de 1944, depois que os moradores da Ilha se rebeleram contra uma imposição do governo ditatorial de Getúlio Vargas que, em 1934 baixou um decreto federal mudando o nome da então Vila Bela para Formosa.

• Por meio do artista Waldemar Belisário, Ilhabela ficou conhecida no cenário das artes. Paulistano e de pais italianos foi influenciado a seguir o caminho das artes por sua irmã de criação Tarsila do Amaral, uma das maiores expoentes da Semana de Arte Moderna de 22. Fixou residência e casou-se na ilha, e sua última exposição ocorreu no MASP – Museu de Arte Moderna de São Paulo em 1975 a convite do criador do próprio museu, o italiano Pietro Maria Bardi.

• Devido a influência de várias nacionalidades advindas dos imigrantes que chegaram à ilha, a gastronomia é rica e variada. Não se pode esquecer da culinária caiçara que precisa ser valorizada e do uso de peixes e crustáceos frescos oferecidos nos diversos bares e restaurantes que compõe a oferta turística.

• O artesanato da ilha pode ser encontrado no Espaço do Artesão que funciona como uma cooperativa, onde mais de 30 artesãos se revezam no atendimento ao público que busca o local. Ainda sobre o artesanato sabe-se da existência do projeto Mãos Caiçara, cujo objetivo principal era a promoção do artesanato das Comunidades Tradicionais da Baía de Castelhanos. Parece ter sido um ponto de cultura mas, atualmente poucas informações estão disponíveis sobre essa iniciativa, apesar de terem sido encontradas etiquetas do projeto em peças de artesanato no espaço da Secretaria de Cultura na Vila.

• Uma das mais importantes manifestações culturais da ilha é a Congada, disseminada pelo escravo Roldão Antônio de Jesus em 1785. A representação que ocorria no dia 03 de abril, , é considerada uma das mais antigas do Brasil, e agora acontece no mês de maio, durante a lua cheia, por uma demanda dos pescadores que neste período não saem para pescar e podem aproveitar a festa.

• Os casarões coloniais da época do Engenho são equipamentos de alto valor agregado que podem ser utillizados pelo turismo para compor roteiros turísticos. Os inúmeros naufrágios (o mais relevante o do Príncipe de Astúrias) e as lendas e fábulas sobre tesouros e piratas permeiam as literaturas sobre a ilha e criam no imaginário dos visitantes uma imagem empolgante sobre o desconhecido.

• Existem na ilha 14 comunidades tradicionais que preservam a cultura caiçara, algumas delas vivem isoladas geograficamente como é o caso dos

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ilhéus de Vitória e Búzios e outras como, Castelhanos e Bonete já convivem e vivem do turismo.

1.3.2 Atrativos naturais

Ilhabela foi declarada pela UNESCO parte da reserva da Biosfera da Mata Atlântica, é o único município-arquipélago marinho brasileiro. Tombada pelo CONDEPHAAT, possui mais de 300 espécies de aves, reconhecida pela Birdlife International como importante área para a conservação de aves, o que demonstra potencial para o nicho de Observação de Aves.

Após mais de 300 anos de agricultura o que impactou na preservação da Mata Atlântica, a criação do Parque Estadual de Ilhabela, em 1977 veio para recuperar e hoje protege uma área de 84% do valioso bioma da Mata Atlântica dentro da ilha - (Decreto nº 9.414/77). É uma UC (unidade de conservação) de categoria de proteção integral, onde só é permitido o uso indireto dos seus atributos naturais para fins educacionais, de turismo, recreação e pesquisa científica. A abertura da estrada de terra que ligava a parte do lado do continente da ilha ao lado oceânico chegando em Castelhanos facilitou o contato dos caiçaras com os migrantes. Foram identificadas no parque mais de 240 espécies de mamíferos, mais de 50 espécies de anfíbios e répteis e boa parte delas sao espécies endêmicas.

O litoral de Ilhabela (exceto o canal de São Sebastião) faz parte da APA Marinha do Litoral Norte, setor Maembipe, decreto 53.525/08.

O Parque Municipal das Cachoeiras é a primeira unidade municipal de preservação de Ilhabela, uma de suas principais cachoeiras é conhecida como cachoeira da Usina que nasce do córrego da Água Branca. Ela é fechada para banho por que suas águas são muito fortes e seu relevo escorregadio.

Ilhabela é um dos relevos mais acidentados e elevados da costa do Brasil, além disso compõe o mais importante maciço de rochas alcalinas do país o que possibilita a realização de várias atividades ao ar livre e turismo ativo. Entre os seus atrativos naturais mais importantes do PEIb está o Pico de São Sebastião, considerada a montanha mais alta de uma ilha brasileira com 1.375 m, seguido pelo Pico do Papagaio com 1.037 m e o do Baepi com 1.025 m.

Para os apreciadores de mergulho, o Santuário Ecológico Municipal da Ilha das Cabras (Decreto nº 953/92) protege o ecossistema marinho da região do canal entre as praias do Portinho e das Pedras miúdas.

Segundo o inventário da Oferta Turística do PGT 2015, o arquipélago conta com: 22 Cachoeiras e poços, 48 pontos de mergulho, 41 praias e 20 trilhas.

A quantidade de atrativos naturais do arquipélago demonstra que o ecoturismo e as atividades ao ar livre são beneficiadas por sua geografia,clima e beleza única merecendo atenção especial ao desenvolvimento deste segmento na ilha, principalmente para reduzir a sazonalidade na baixa temporada.

1.3.3 Aspectos do turismo

O turismo começou a ser desenvolvido na ilha na década de 50 com a chegada da Rodovia dos Tamoios e a implantação do serviço de balsas em 1959. Outros eventos

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em relação a melhoria do acesso a ilha foram: a construção da Rio-Santos e a pavimentação da SP-55 no trecho que ia de Bertioga a São Sebastião.

Sob a perspectiva de estruturação turística, no Estado de São Paulo há 70 cidades consideradas estâncias (turísticas, balneárias, climáticas ou hidrominerais) e Ilhabela é uma das 15 estâncias balneárias junto com as vizinhas Bertioga, Caraguatatuba, Guarujá, Praia Grande, Santos, São Sebastião, São Vicente, Ubatuba e outras como Cananeia, Iguape, Ilha Comprida, Itanhaém, Mongaguá, e Peruíbe – tudo em função das “... praias belíssimas, diversos trechos preservados de Mata Atlântica e programas para quem quer mar, sol, céu azul, cultura ou esportes de aventura”. Este status garante o repasse de recurso estadual para o desenvolvimento e investimento em infraestruturas turísticas e promoção do turismo na região.

Porém, há de se considerar que a recente promulgação da lei complementar 1.261, exige que sólidos e estruturados investimentos sejam feitos por parte do poder público municipal para desenvolver as atividades turísticas e assim garantir a manutenção do título de Estância Turística. Dentre as características que Ilhabela deve apresentar destaca-se:

• Ser um destino consolidado com fluxo permanente de visitante;

• Possuir expressivos atrativos de uso público e caráter permanente, naturais,

culturais ou artificiais;

• Dispor de meios de hospedagem, serviços de alimentação, serviços de

informação e receptivo, infraestrutura de apoio e infraestrutura básica

compatível com a demanda;

• Desenvolver um Plano Diretor de Turismo e revisá-lo a cada 3 anos; e

• Ter Conselho Municipal de Turismo estabelecido e atuante.

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Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Turismo

Integrante dos 65 Destinos Indutores do Turismo do Programa de Regionalização do Turismo - PRT, na Região Turística do Litoral Norte Paulista (Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba), Ilhabela foi premiada pelo Ministério do Turismo – MTur em 2014 por registrar a maior evolução no quesito Economia Local do Índice de Competitividade do Turismo Nacional – pesquisa realizada pelo MTur, Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE e Fundação Getúlio Vargas. À época ocupava o 33º lugar no ranking geral da competitividade, tendo se destacado em indicadores relacionados a Cultura, Atrativos Turísticos, Marketing e Promoção do Destino.

Em 2015, Ilhabela ocupou o 6º lugar no Ranking do Índice de Competitividade, na dimensão relacionada ao Desenvolvimento de Políticas Públicas para o Turismo.

Figura 8: Mapa Turístico de Ilhabela

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Fonte: Ministério do Turismo

Fonte: Ministério do Turismo

A figura 8 indica que Ilhabela alcançou melhores índices de competitividade nos anos de 2014 e 2015 nas dimensões de infraestrutura geral, aspectos ambientais e políticas públicas e menores índices em capacidade empresarial, monitoramento e cooperação regional – o que representa pistas para a construção das análises das potencialidades e desafios para o desenvolvimento do turismo e que devem ser considerados no momento da elaboração do presente plano de marketing.

O Ministério do Turismo divulgou no dia 14 de setembro de 2017 o novo Mapa do Turismo brasileiro que é um instrumento que destaca municípios que adotam o turismo como estratégia de desenvolvimento e norteia a definição de políticas públicas para o setor. A partir da Categorização dos Municípios das Regiões Turísticas do Mapa do Turismo Brasileiro é possível otimizar a distribuição de recursos públicos e orientar a elaboração de políticas específicas para cada categoria de municípios. As

52,4

74,2

48,8

64,8

59,6

41,6

34,7

48,6

75,3

56,7

40,8

73,7

67,6

53,7

72,9

51,5

64,5

63,1

47

40,3

52,3

74,9

62,3

42,6

70,7

69

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Acesso

Aspectos ambientais

Aspectos culturais

Aspectos sociais

Atrativos turísticos

Capacidade Empresarial

Cooperação Regional

Economia Local

Infraestrutura

Marketing e promoção do destino

Monitoramento

Políticas públicas

Serviços e equipamentos turísticos

Ano 2015 Ano 2014

Quadro 2: Resultado da pesquisa -Competitividade Turística – Ilhabela/SP

Índice de Competitividade do Turismo Nacional

Índice Geral de Ilhabela

Índice Brasil

Índice das Não-

capitais

Ano 2014 58,8 59,5 53,4

Ano 2015 60,5 60,0 53,8

Figura 9: Índice de Competitividade do Turismo - Ilhabela/SP

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categorias vão de A a E. Neste novo mapa, o estado de São Paulo ampliou de 222 municípios categorizados para 432, distribuídos em 51 regiões turísticas. Ilhabela está categorizada como B. Os principais concorrentes mencionados no produto 1: Guarujá, Santos (pela demanda potencial), Ubatuba (demanda potencial e análise da concorrência) e São Sebastião (análise de concorrência) estão categorizados como A.

Região Turística Município Categoria

Costa da Mata Atlântica Bertioga B

Costa da Mata Atlântica Cubatão C

Costa da Mata Atlântica Guarujá A

Costa da Mata Atlântica Itanhaém B

Costa da Mata Atlântica Mongaguá B

Costa da Mata Atlântica Peruíbe B

Costa da Mata Atlântica Praia Grande A

Costa da Mata Atlântica Santos A

Costa da Mata Atlântica São Vicente B

Litoral Norte de São Paulo Caraguatatuba B

Litoral Norte de São Paulo Ilhabela B

Litoral Norte de São Paulo São Sebastião A

Litoral Norte de São Paulo Ubatuba A

Fonte: http://www.turismo.gov.br/assuntos/8160-novo-mapa-tur%C3%ADstico-de-s%C3%A3o-paulo-tem-432-munic%C3%ADpios.html

A metodologia desenvolvida para categorizar estes municípios se baseia em quatro variáveis: número de empregos formais no setor de hospedagem, número de estabelecimentos formais cuja atividade principal é a hospedagem, estimativa de fluxo de turistas domésticos e estimativa de fluxo de turistas internacionais.4

Durante a elaboração do plano de marketing estratégico de Ilhabela observou-se que durante anos a ilha se promoveu da mesma forma na alta e na baixa temporada, deixando a promoção inclusive nas mãos das empresas de turismo o que impactou diretamente na sazonalidade e na estruturação de novos produtos e principalmente na imagem do destino.

Além disso, Ilhabela é trabalhada como oferta agregada ao destino São Paulo e mesmo ocorrendo promoção pontual no mercado internacional, a partir da participação em feiras e eventos, o maior volume de turistas que chega a Ilhabela é

4 Mais detalhes sobre a metodologia e o Mapa do Turismo Brasileiro pode ser encontrados no seguinte

endereço: http://www.regionalizacao.turismo.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=88&Itemid=271

Quadro 3: Categorização dos municípios - Mapa do Turismo Brasileiro 2017

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oriundo das cidades do entorno, do Estado de São Paulo e principalmente da capital paulista, como apontado no PGT 2015.

A seguir serão apresentados os aspectos metodológicos utilizados para a elaboração do produto 6 – Plano de Marketing Turístico Estratégico de Ilhabela.

2. Aspectos metodológicos

A elaboração do Plano de Marketing Turístico Estratégico de Ilhabela está baseada nos resultados obtidos e consolidados de documentos já produzidos pela Prefeitura do Município a saber: Plano Gestor de Turismo 2015, Plano Diretor do Município e o Plano de Governo do atual prefeito Márcio Tenório. Além disso, durante o processo de Análise documental foram lidos e sistematizados documentos tais como: pesquisas, artigos científicos, notícias veiculadas na mídia impressa e mídia eletrônica (no período de 28.06 a 07.07) onde analisamos conteúdos referentes ao perfil de demanda, oferta turística local, reputação, imagem e concorrência.

Após a Análise documental iniciou-se o período de levantamento de informações, onde foram realizadas pesquisas de campo, entrevistas semiestruturadas e uma oficina colaborativa de diagnóstico, cujo foco foi o de coletar dados sobre a diversificação e qualificação da oferta turística, o perfil da demanda potencial e real, aspectos relativos a imagem do destino que irão embasar a criação das estratégicas de divulgação do destino com o objetivo de reduzir a sazonalidade e de (re) posicionamento de Ilhabela.

Os aspectos metodológicos utilizados para a elaboração do PMTI concentram-se na construção coletiva do conhecimento, nas alianças estratégicas de cooperação, no reconhecimento das capacidades e potencialidades locais, no uso das ferramentas digitais para uma análise do perfil da demanda e seus hábitos de consumo e na visão da necessidade de promoção integrada do turismo.

O processo metodológico fomentou e foi alicerçado no amplo engajamento do poder público, de agentes do turismo (desenvolvendo papeis e atividades diversas na execução do Plano), da comunidade e dos membros do COMTUR, e foi organizado em 7 etapas, distribuídas em 2 fases:

• Estudos de gabinete: realizados com fontes secundárias e bases de dados.

• Pesquisas de campo: realizadas com diferentes públicos- alvo e com foco na coleta de dados sobre temas específicos como: características físicas, atrativos naturais e culturais da ilha, perfil demográfico, imagem e oferta turística. Para cada tipo de pesquisa realizada foi utilizado um meio de coleta de dados adequado aos objetivos propostos. As pesquisas segundo o público alvo foram: qualitativas, quantitativas ou ambas. (ver tabela 1)

Público Alvo Tema Meios de coleta de dados Tipo de pesquisa

Demanda real Oferta

Questionário estruturado, múltiplas e simples escolhas, questões fechadas e abertas.

Quantitativa/ Qualitativa

Demanda real Imagem Escala Likert Qualitativa exploratória

Tabela 1: Resumo das Pesquisas de Campo

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Demanda real - Rastros digitais -

Demanda potencial Imagem

Questionário estruturado, múltiplas e simples escolhas, questões fechadas e abertas.

Qualitativa exploratória

Poder público, stakeholders, comunidade

Imagem Entrevistas - Semi-estruturadas

Qualitativa exploratória

Cadeia turística (representantes do COMTUR e entidades privadas) que trabalham a oferta local

Oferta Entrevistas - Semi-estruturadas

Qualitativa exploratória

2.1 Estudos de gabinete

Durante o estudo de gabinete foram analisadas as seguintes categorias de documentos:

• Estudos, trabalhos, teses acadêmicas, artigos científicos, planos e projetos já realizados.

• Institutos e órgãos públicos e privados, tanto os institucionais como os específicos do turismo.

• Publicações eminentemente turísticas que fazem referência ao município: guias turísticos, de viagem e rodoviários, folhetos, brochuras, manuais de viagens, revistas, jornais e suplementos de turismo, etc.

• Sites, blogs, redes sociais e outros meios virtuais que incorporem informações e/ou discussões sobre destinos turísticos (ressalta-se que estas informações, associadas às pesquisas de campo a serem apresentadas a seguir, terão fundamental importância para a composição das informações necessárias para o entendimento de qual a percepção do marcado em relação a Ilhabela).

2.2 Visita Técnica

Com o objetivo de reconhecimento e de convivência com a realidade local, a equipe de consultores realizou uma visita técnica do dia 20 a 23 de junho, acompanhada por um representante da Sectur aos principais locais e atrativos turísticos naturais e culturais, segundo programa indicado pela própria Secretaria. Durante os 4 dias de visita técnica foram desenvolvidas as seguintes atividades:

• mergulho “batismo” na Ilha das Cabras;

• passeio de barco com saída no píer do Engenho D´agua até o Saco do Eustáquio por mar aberto;

• visita à Fazenda Engenho D’água;

• experiência gastronômica no restaurante Gato Negro; e

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• passeio de Jipe até a Praia de Castelhanos, onde foi possível conversar com as comunidades tradicionais estabelecidas ali, identificar a diversidade natural e cultural da ilha, bem como os aspectos positivos e negativos da oferta turística.

2.3 Pesquisa da demanda real

Desde as motivações iniciais até o processo de tomada de decisão pelos turistas há muitos fatores que influenciam as suas compras e a experiência do consumo de um destino turístico – que começa no ato da compra e só termina após o retorno à origem da viagem. O perfil da demanda turística, também, apoia os aprimoramentos e revisões de segmentações de mercado, a qualificação e personalização de produtos e serviços que melhor atendam aos turistas, que estão cada vez mais exigentes.

Associada à importância de se conhecer o comportamento dos turistas, é relevante realizar pesquisas de imagem junto a este mesmo público, em razão da formação da sua percepção e imaginário. Se considerarmos o período antes da viagem, a imagem se fundamenta nos comentários de amigos, fotos na internet e depoimentos de quem já conheceu o lugar, criando diferentes expectativas sobre o destino. Já durante a viagem, as experiências de consumo (observações, passeios, usufruto de produtos e serviços) formam percepções próprias e diferenciadas – atingindo (ou não) ou superando as suas expectativas.

Inicialmente cabe lembrar alguns conceitos relativos aos visitantes:

• Turista é o viajante que visita uma localidade fora do seu entorno habitual, por período superior a 24 horas e inferior a um ano, e com propósito principal diferente do exercício de atividade remunerada por entidades do local (OMT, 2008).

• Excursionista é todo indivíduo que em sua viagem permanece um tempo inferior a 24 horas fora do seu local de residência, sem pernoitar e com a finalidade de recreação, esportes, lazer, peregrinação religiosa etc (BENI, 2001).

• Veranistas são indivíduos que habitualmente passam o verão fora do local onde residem ou possuem casas como segunda residência (BENI, 2001).

Com os objetivos de conhecer e entender a visão dos visitantes de Ilhabela sobre a as características da oferta e da imagem turística, foram aplicados questionários, previamente testados e validados, por um grupo de 4 pesquisadores treinados que utilizaram tablets com software específico para a coleta de dados de pesquisa de campo on e off-line facilitando o preenchimento de todas as questões que cada entrevistado(a) deveria responder.

A pesquisa de Demanda real sobre a Oferta Turística parte do entendimento de que é fundamental a visão que o turista/ visitante tem sobre a oferta turística de um destino, i.e., ”do conjunto de produtos turísticos e serviços postos a disposição do usuário turístico num determinado destino, para seu desfrute e consumo” (OMT,2001). O formulário de pesquisa utilizado foi composto por 24 perguntas divididas entre a qualificação da viagem do turista, a avaliação geral de Ilhabela como destino turístico e o marketing do destino (apêndice 1).

A pesquisa de Demanda real sobre a Imagem do Destino parte do princípio que “uma imagem é um conjunto simplificado e relativamente estável de percepções e de associações mentais ligadas a um produto, uma empresa, um indivíduo, etc” (LINDON et al, 2004, p.180). Trata-se de algo pessoal, podendo ser muito diferente de pessoa para pessoa. Porém, o fato da formação da imagem ter aspectos subjetivos, não tira sua importância como indicativo de qualidade. Quando se conhece a imagem de um destino, torna-se possível analisar seus pontos fracos e fortes verificando se as

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expectativas e necessidades dos visitantes estão sendo atendidas e tornando, portanto, o destino mais competitivo. Pimentel et all (2006) explica ainda que o consumidor associa a imagem com o destino de acordo com as características do local ou, até mesmo, em função das características da sua população. Pode-se afirmar, portanto que a imagem é composta pelo conjunto de expectativas, informações e percepções que o turista tem sobre um determinado destino.

O formulário de pesquisa utilizado foi composto por 33 perguntas de percepção do turista (concordância ou discordância total ou parcial) aplicadas seguindo a metodologia Likert5. (apêndice 2). Foi utilizado um questionário estruturado, onde além de respostas sobre o perfil demográfico, avaliaram-se respostas sobre a percepção e opinião do turista em relação a Ilhabela. Afirmações sobre vários aspectos da ilha como: hospitalidade, clima, segurança, atrativos naturais e culturais, meios de hospedagem, acessibilidade, serviços turísticos e infraestrutura que compõe a imagem de um destino turístico foram analisados a partir das respostas de escala de concordância: discordo totalmente, discordo parcialmente, concordo parcialmente, concordo totalmente.

As questões relativas ao perfil demográfico tanto da pesquisa realizada com o questionário de oferta quanto o questionário de imagem foram as mesmas, o que possibilitou ser feita uma análise completa do perfil de público que respondeu às pesquisas, neste caso, da amostra total de 1001 entrevistados, sendo, 494 aplicadas com o questionário sobre a oferta turística e 507 aplicadas com o questionário sobre imagem.

Para determinar o número necessário de pesquisas que deveriam ser representativas da demanda turística local foi feito um cálculo amostral baseado no público participante em edições anteriores, segundo dados da Secretaria de Turismo (SECTUR) e de acordo com as informações obtidas nos sites de cada evento.

Considerando o universo (total estimado de pessoas), o percentual máximo de pessoas a serem investigadas (padrão de 10%), uma margem de erro padrão de 5% (máximo tolerado) e o nível de confiança de 99% (certeza que o dado que buscamos está dentro da margem de erro): obteve-se a estimativa do tamanho da amostra (tabela 1) necessária para a pesquisa sobre a oferta e imagem de 993 entrevistados, de acordo com a fórmula de cálculo abaixo descrita:

n = N.Z².p.(1-p) / Z².p.(1-p) + e².(n-1)

Onde: n – amostra calculada N – população (universo de pesquisa) Z – variável normal padronizada associada ao nível de confiança p – verdadeira probabilidade do evento e – erro amostral

A divisão equitativa das pesquisas (demanda e imagem) se fez necessária para atender tanto aos prazos estabelecidos no plano de trabalho, quanto para aproveitar o maior fluxo turístico associado aos eventos e às diferenciações dos questionamentos sobre a demanda e sobre a imagem, sem prejuízo às suas formas de análise, além de considerar a heterogeneidade do público por se tratar de eventos de diferentes segmentos como: esportivo, náutico e cultura.

5 Criada em 1932, pelo psicólogo americano Rensis Likert, utiliza uma escala de resposta psicométrica

aplicada a pesquisas de opinião, visando medir a satisfação de clientes; onde é possível medir o nível de concordância do cliente de modo mais específico.

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EVENTO Público Estimado

99% confiança + Percentual

máximo 10% do público

Pesquisas de

Demanda

Pesquisas de Imagem

Semana de Vela 15000 236 118 118

Feira Náutica 3000 222 111 111

Festival Vermelhos 1200 200 100 100

PreJazz 800 185 93 93

Vila-Centro Histórico 400 150 75 75

Total 20.400 993 497 497

Fonte: GKS Negócios Sustentáveis

Todos os dados foram armazenados em sistema de backup virtual, sistematizados com o apoio de aplicativos estatísticos e de aglutinação de dados.

As pesquisas foram aplicadas no período de 09.07 a 07.08.2017, nos locais dos eventos que fizeram parte da programação cultural da Prefeitura Municipal de Ilhabela, e também em praias que concentraram parte do público destes mesmos eventos e de outros visitantes/ turistas que estavam na ilha no mesmo período:

• 44ª Semana Internacional de Vela Oceânica de Ilhabela (9 a 15 de julho) Local: Race Village (Vila/Centro Histórico) e Yacht Club de Ilhabela – YCI

• Ilhabela Boutique Boat Show (20 a 23 de julho) Local: Escola de Vela Lars Grael/Praia do Saco da Capela

• PreJazz (22 de julho) Local: Vila/Centro Histórico

• Festival Vermelhos (4 a 6 de agosto) Local: Instituto Baía dos Vermelhos/Teatro

• Praias: Armação, Barra Velha, Curral, Feiticeira, Grande, Ilha das Cabras, Jabaquara, Julião, Perequê, Garapocaia (Pedra do Sino), Siriúba, Vila/Centro Histórico, Veloso e Viana. (Durante todo o período)

O objetivo de realizar as pesquisas durante os meses de julho e agosto foi a obtenção de maior heterogeneidade de público já que, além dos eventos de diferentes segmentos como náutico, feira de negócios e cultura, contemplamos o período de férias escolares no Brasil.

Ainda sobre as pesquisas realizadas com a demanda real, foi feita a pesquisa de rastros digitais.

Com o rápido desenvolvimento das mídias digitais e das redes sociais no turismo identificamos como uma ferramenta eficaz para análise da demanda para o destino Ilhabela o estudo dos rastros digitais. Este estudo analisou a demanda real de Ilhabela, seus hábitos de consumo, percepções, comentários e avaliações sobre o destino por meio dos posts, fotos, check in e hashtags publicados. Os dados foram coletados a partir dos perfis públicos na rede social Facebook em 5 portas de entrada

Tabela 2: Público estimado e cálculo amostral das pesquisas

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escolhidas pela equipe técnica da GKS, são elas: Ilhabela Litoral Norte, Secretaria de Turismo de Ilhabela, Ilhabela News, Ilhabela e Receptivo Maremar. Os critérios para a escolha destas portas de entrada foram alcance e engajamento dos usuários.

Tipo de público analisado: demanda real, ou seja, turistas que já estiveram em Ilhabela e que tem algum tipo de relação com o destino turístico. Foram excluídos da análise os munícipes.

Período de coleta de dados: de 15.07 a 04.08.2017

Amostra: 146.352 pessoas analisadas

2.4 Pesquisa da demanda potencial – São Paulo

Foram realizadas pesquisas de campo com a demanda potencial, ou seja, quem nunca esteve em Ilhabela. O público entrevistado estava em São Paulo no período da coleta de dados não sendo, necessariamente, residentes da cidade. A escolha por realizar esta pesquisa na cidade de São Paulo ocorreu prioritariamente devido a heterogeneidade e perfil do público. Os objetivos desta pesquisa são: compreender os hábitos de consumo de viagens dos entrevistados e identificar o que está no imaginário deles sobre o destino Ilhabela.

Como metodologia de trabalho adotou-se uma abordagem qualitativa, por meio de questionários estruturados com questões de múltipla ou simples escolha e, questões abertas.

A amostra total coletada durante a pesquisa de campo com a demanda potencial foi de 752 entrevistas, considerando que havia uma pergunta eliminatória: Você já esteve em Ilhabela? Se o respondente dizia SIM, os pesquisadores agradeciam e informavam que a pesquisa era dirigida somente a quem nunca havia estado na ilha. Foram abordadas mais de 1000 pessoas nos cinco dias de pesquisas.

Os locais de abordagem dos pesquisadores foram: Bairro Anália Franco, CERET (Centro Esportivo, Recreativo e Educativo do Trabalhador), bairro do Tatuapé, Parque do Ibirapuera, bairros de Vila Madalena e Pinheiros, Parque Villa Lobos e Avenida Paulista.

O período de realização destas pesquisas foi de 09.08 a 13.08.2017.

2.5 Pesquisa sobre imagem com stakeholders e comunidade em Ilhabela

Com o objetivo de compreender o momento atual do turismo na ilha, a percepção da imagem do destino e sua marca turística, foram realizadas pesquisas qualitativas exploratórias por meio de entrevistas semiestruturadas com questões abertas, todo o material foi gravado, sistematizado e analisado. O público entrevistado concentrou-se em: stakeholders da cadeia turística, líderes de associações e comunidades tradicionais e moradores, tanto das regiões centrais da ilha como nas comunidades tradicionais do Bonete e de Castelhanos. No total foram entrevistadas 36 pessoas totalizando mais de 40 horas de gravação. O roteiro das entrevistas encontra-se no Apêndice 3.

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Data da entrevista

Entrevistado Local Organização

31/07/2017 Carlos Roberto Nunes

Sede IIS Instituto Ilhabela Sustentável

31/07/2017 Pablo Federico Melero

Sede IIS Associação dos Moradores do Sul da Ilha

01/08/2017 Maria Inez Ferreira

Ilhabela C&VB Ilhabela Convention & Visitors Bureau

01/08/2017 Michael Coleman Ilhabela C&VB Ilhabela Convention & Visitors Bureau

01/08/2017 Ricardo Fazzini Dias

Prefeitura Secretaria de Turismo

05/08/2017 Almiro Martins Fernandes

Pousada Terra Madre

Ilhabela Convention & Visitors Bureau

07/08/2017 Aline Alves Barra Velha Univans

07/08/2017 Anderson Ataulo Gomes

Barra Velha Guarubela

07/08/2017 Anna Camargo de Oliveira

Bexiga Padoca

07/08/2017 Danilo Monegatto Bexiga Joaozinho Restaurante e Petiscaria

07/08/2017 Deizimar Pereiro Coelho

Bexiga Caseira

07/08/2017 Mariluce S.C.Francelino

Barra Velha Móveis Raiz Santa

07/08/2017 Nadja da C.de Souza

Barra Velha Sorveteria Milk Shake

07/08/2017 Newton Lavorini Jr

Bexiga Praia Mar Bar

07/08/2017 Rubens dos Santos Jr

Barra Velha Dois Irmãos

07/08/2017 Waldson dos Santos Pinheiro

Bexiga Barba Frutos do Mar

08/08/2017 Célia de Abreu Pinto

Água Branca Assoc.Artesãos

08/08/2017 Georges Henry Grego

Perequê Ilhabela Sustentável

08/08/2017 Laudelino Teixeira Pinto

Água Branca Associação dos Artesãos

08/08/2017 Ricardo de Souza Reis

Perequê Corujão – bar e restaurante

08/08/2017 Wilson A.Santos Sede Associação

Associação Comercial

09/08/2017 Benedito Corrêa dos Santos Neto

Bonete Pastor/Pescador

09/08/2017 Claudia Adami Restaurante Capitano

Associação dos Moradores do Retiro

09/08/2017 Enrico Teodoro Resende

Bonete Pousada Canto Bravo

09/08/2017 Josué de Souza Júnior

Bonete Pousada Roi

09/08/2017 Luiz Fernando dos Santos

Bonete Marinheiro/Artesão

09/08/2017 Patrícia Rúbia dos S.Souza

Bonete Pousada Margarida

15/08/2017 Benedito Cássio Filho

Castelhanos Jipeiro

Tabela 3 - Listagem dos entrevistados sobre a imagem de Ilhabela

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15/08/2017 Cilene de Souza Castelhanos Mercearia da Cilene

15/08/2017 Laurinda Maria de Moraes Lúcio

Castelhanos Caiçara-artesã

15/08/2017 Natália Marques Nogueira

Castelhanos Quiosque do Alemão

15/08/2017 Vivian Gonçalves Souza

Castelhanos Restaurante da Vivian

16/08/2017 Cleide Rampaso Perequê Atende na Hamburgueria Rampaso

16/08/2017 Eronice R.Marques

Perequê Vende moda praia

16/08/2017 Flávia M.M.de Deus

Perequê Cozinheira na Conveniência 24 horas

16/08/2017 Marcelo P.Oliveira

Caiçara Beach Caiçara Beach – proprietário

Algumas entrevistas só puderam ser agendadas após a entrega deste produto, por isso, elas serão agregadas aos resultados e comporão o diagnóstico (produto 2).

2.6 Entrevistas com representantes da oferta turística

Foram entrevistados presencialmente atores locais do trade turístico que compõe a oferta turística de Ilhabela como empresários do setor de hospedagem, receptivos dos mais variados segmentos e, poder público. O objetivo principal da realização das entrevistas era compreender a situação atual da oferta turística, seus desafios e sua visão de futuro. Elas ocorreram entre os dias 16 e 19 de julho de 2017.

2.7 Oficina colaborativa com representantes da oferta turística

A Oficina colaborativa ocorreu no dia 18 de julho e contou com a participação de representantes do empresariado local que trabalha diretamente com a Oferta do destino, do Parque Estadual de Ilhabela e do Instituto Ilhabela Sustentável. Foram 14 participantes sendo um (01) representante da Secretaria de Turismo.

O objetivo geral da oficina era identificar como a oferta trabalha a comunicação de seus produtos e do destino turístico de Ilhabela. Especificamente saber, qual o olhar da oferta sobre aquilo que é oferecido e as ferramentas de marketing utilizadas para a promoção de seus produtos, além de identificar como elas se diferenciavam em baixa e alta temporadas.

Os questionamentos envolvidos nas dinâmicas versavam sobre: quais os atrativos e produtos turísticos eram conhecidos; como eram vendidos e divulgados; o que, de fato, os turistas compravam; quais eram os segmentos turísticos prioritários e seus respectivos destinos concorrentes.

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Convidados(as) Empresa/Entidade/ONG E-mail Presença Mesas

André Queiroz Associação Bonete Sempre [email protected] ✓ 1

Kelly Jesus BL3 Escola de Vela [email protected] ✓ 1

Maria Inez Ferreira Pousada Capitão [email protected] ✓ 1

Humberto Vianna Machado

Parque Estadual de Ilhabela [email protected] ✓ 2

Almiro Fernandes Convention & Visitors Bureau [email protected] ✓ 2

Michael Coleman Pousada Refúgio da Harmonia [email protected] ✓ 2

Guido Botto Profissional Autônomo do Turismo

[email protected] ✓ 3

Pablo Melero Instituto Ilhabela Sustentável [email protected] ✓ 3

Gabriel Secretaria de Turismo -- ✓ 3

Fábio Basile Espaço Galileu [email protected] ✓ 4

Roberto Witzel Jipe Aventura Turismo [email protected] ✓ 4

Ronald Kraag Profissional Autônomo do Turismo

[email protected] ✓ 4

Aurélio Rufo Secretaria de Desenvolvimento Econômico,

Trabalho e Turismo

[email protected] ✓ 4

Marcos Sutherland Moller

Marina Porto Ilhabela [email protected] ✓ 4

Edilson Moretto Pousada do Alemão [email protected] -- --

Daniela Marcondes Parque Estadual de Ilhabela [email protected] -- --

Irineu de Souza Lúcio

Castelhanos Vive Não possui e-mail -- --

Rodrigo Barbosa Colonial Diver Mergulho [email protected] -- --

Leopoldo Pedalini Neto

Pousada Praia do Portinho [email protected]

-- --

Marcelo Caiçara Caiçara Turismo [email protected] -- --

Ricardo Cretela Webtur [email protected] -- --

Marcos do Prado Cará

Maremar [email protected], [email protected]

-- --

Jorge Nieckele Marina Mistral [email protected] -- --

Rodney Paschoal Associação Comercial (Restaurantes)

[email protected] -- --

Wilson Alves dos Santos

Presidente da Associação Comercial

[email protected] -- --

Fonte: GKS Negócios Sustentáveis

Os convites foram personalizados e encaminhados por e-mail (Anexo 1), as confirmações realizadas via telefone, e os grupos separados de modo a diversificar ao máximo dos segmentos nas mesas de debates.

Apesar de termos recebido a confirmação de 23 participantes, apenas 14 compareceram, sendo que um deles era representante da Sectur.

A Oficina de Oferta Turística baseou-se no Plano Gestor de Turismo de Ilhabela – PGT 2015 para, então, construir uma metodologia que fosse capaz de alinhar as prioridades da Oferta turística do destino por meio dos produtos e segmentos prioritários estruturados. O encontro também foi importante para ouvir os atores que compõe a oferta sobre o destino turístico de Ilhabela e a forma como está sendo feita, por eles, a promoção do destino e dos produtos, equipamentos ou atrativos vendidos por esses agentes. O PGT 2015 em seus quatro volumes documentais apresentou

Tabela 4: Lista de convidados e grupos distribuídos por mesas de trabalho

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como prioridades de desenvolvimento os segmentos turísticos de Turismo de Natureza, de Aventura, Ecoturismo e Turismo de Sol e Praia sendo destacadas as atividades de mergulho, trekking e birdwatching como relevantes para auxiliar na redução da sazonalidade no destino.

O objetivo principal da oficina foi identificar como a oferta trabalha a comunicação de seus produtos e do destino turístico de Ilhabela. Os objetivos específicos eram: i) identificar qual o nível de conhecimento dos profissionais da oferta e tudo o que o destino oferece; ii) identificar que ferramentas de marketing são utilizadas pela oferta para a promoção de seus produtos e se elas se diferenciam em alta ou baixa temporada.

Essa análise mostra-se de extrema importância visto que, pode haver uma grande diferença entre o que se vende, o que se promove e o que efetivamente se compra em um destino turístico. E este alinhamento é o que determinará o sucesso do Plano de Marketing.

A metodologia participativa, que ancorou os trabalhos, destaca a valorização do aprendizado mútuo e desenvolvimento de capacidades e percepções para encontrar soluções e fortalecer competências para a melhoria da promoção de produtos e serviços turísticos. Essa prática amplia observações, experiências e vivências sobre o território e embasa todas as reflexões necessárias para a promoção do turismo em Ilhabela (BROSE, 2001). Para isso utilizou-se a cartografia colaborativa para o turismo, onde os participantes identificam aquilo que conhecem e reconhecem como oferta original (real – atrativos e produtos turísticos), oferta agregada (equipamentos, serviços e infraestrutura de apoio ao turismo) e oferta potencial (recursos turísticos que possuem potencial de desenvolvimento de novos produtos) não só apoia o planejamento do Marketing como fortalece os processos de construção coletiva do conhecimento.

A exemplo do que comentam Rezende & Rodrigues (2012, p.65) é simbólica a interação do turista com o território do destino através dos mapas; e entender os elementos que compõem essas cartografias, tanto para direcioná-los quanto para apoiar a gestão de destinos é fundamental para ampliar seus movimentos e consumos de produtos turísticos, tal como qualificar melhor os processos de planejamento.

O exercício didático proposto pelas cartografias temáticas e colaborativas imprime um olhar diferenciado para a gestão do turismo pelo próprio trade turístico, ajudando a perceber aquilo que está impresso e aquilo que não está expresso nos mapas, mas que importa ser comunicado e trabalhado nos processos gerenciais e comunicacionais.

Além disso, fica clara a determinação dos envolvidos em retomar o crescimento de forma a manter a sua identidade, valores e, principalmente, de promover a sustentabilidade do seu território.

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3. Levantamento de informações – Resultados

3.1 Perfil demográfico da Demanda real

As pesquisas sobre a Oferta Turística e Imagem do Destino de Ilhabela feitas com a demanda real em uma perspectiva global, superaram as metas pré-estabelecidas, tendo alcançado 1001 turistas entrevistados, totalizando 494 pesquisas sobre a oferta e 507 pesquisas de imagem, entre brasileiros e estrangeiros.

Os turistas que visitaram Ilhabela são originários de 112 cidades brasileiras, sendo a maior parte deles provenientes do Estado de São Paulo, seguido do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná (tabela 5).

Percentual de Turistas por Estado

São Paulo (SP) 90,4%

Rio de Janeiro (RJ) 2,8%

Minas Gerais (MG) 1,8%

Paraná (PR) 0,8%

Distrito Federal (DF) 0,5%

Santa Catarina (SC) 0,5%

Goiás (GO) 0,4%

Bahia (BA) 0,2%

Acre (AC) 0,1%

Espírito Santo (ES) 0,1%

Mato Grosso do Sul (MS) 0,1%

Mato Grosso (MT) 0,1%

Pará (PA) 0,1%

Piauí (PI) 0,1%

Estrangeiros 1,7%

Não responderam (NR) 0,3%

Fonte: GKS Negócios Sustentáveis

Dos cinco primeiros maiores estados emissores de turistas para Ilhabela, São Paulo emitiu 905 turistas de 78 diferentes cidades (entre capital e interior), seguido do Rio de Janeiro que mandou 28 turistas de 7 cidades, Minas Gerais que enviou 18 turistas de 11 cidades; e Distrito Federal que somou 5 turistas da capital, Brasília.

Considerando as distâncias de carro6, em média, os turistas que viajaram a partir de São Paulo percorreram 289 Km em até 04:40 horas de trajeto; os cariocas se deslocaram 457 Km em até 07:00 horas; os paranaenses rodaram 692 Km em até 09:30 horas; os mineiros viajaram 785 Km em até 11:10 horas; e, finalmente, os brasilienses dirigiram 1.182 Km em até 15:00 de estrada.

6 Distâncias pesquisadas através do Google Maps considerando a chegada em Ilhabela, SP no trajeto mais rápido e sem trânsito. Não foram calculadas as distâncias aéreas por serem diversificados os números de aeroportos em cada Estado e por não haver forma de identificar aquele que foi de fato utilizado pelo turista. Os tempos foram calculados pelo próprio aplicativo e já incluem pedágios, travessia marítima e lentidões em razão de obras nas vias terrestres.

Tabela 5: Estados emissores de turistas para Ilhabela

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Nesta pesquisa 17 turistas eram estrangeiros, oriundos em sua maioria da Argentina (5), seguido por: Estados Unidos da América – EUA (3), Alemanha, África, Reino Unido, Itália e Bolívia (2 de cada país); e três turistas não responderam à esta questão.

O perfil predominante entre os turistas entrevistados apresenta uma maioria de mulheres, acima dos 40 anos, casadas, com renda familiar entre 6 e 10 salários mínimos (ou até R$ 9.370,00) e formação superior completa (gráficos 1 a 5).

Em segundo lugar, aparecem os homens solteiros que estão na faixa de 31 a 40 anos, tem o ensino médio completo e renda familiar de até R$ 4.685,00 (ou 5 salários mínimos).

O público feminino se sobressaiu nas pesquisas, enquanto apenas uma pessoa se identificou como “neutro”, não configurando nem 0,5% do público entrevistado. Entende-se por neutro, uma pessoa que não se identifica com feminino ou masculino, normalmente são transgêneros.

57%

43%

Feminino

Masculino

Neutro

Gráfico 1. Gênero

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44

Apenas quatro entrevistados dos 1001 pesquisados não responderam à esta questão da pesquisa (correspondente a menos de 0,04%).

A pesquisa também revelou um perfil de turistas com poder aquisitivo correspondente ao da classe média brasileira, equivalente às classes B, C e D segundo IBGE. (gráfico 4).

16%

16%

28%

40%

0%

18 a 25 anos

26 a 31 anos

31 a 40 anos

Acima de 40 anos

Não responderam

53%

6%

39%

2% 0%

Casado(a)/União Estável

Separado(a) / Divorciado(a)

Solteiro(a)

Viúvo(a)

Não responderam

Gráfico 2. Faixa Etária

Gráfico 3. Estado Civil

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Apesar do alto índice de não resposta (119 respondentes) à pergunta sobre renda familiar, é possível identificar claramente que grande parte dos respondentes informa ter uma renda familiar entre 6 e 10 salários mínimos, seguido de um grupo menor (16%) que informa uma renda familiar entre 11 e 20 salários.

Sobre a escolaridade dos entrevistados, 48% (477 entrevistados) possui superior completo em detrimento à, por exemplo, pós-graduados com 13% (134 entrevistados) - gráfico 5.

26%

35%

16%

11%

12% 0% 1 a 5 salários mínimos

6 a 10 salários mínimos

11 a 20 salários mínimos

Acima de 20 saláriosmínimos

Prefere não informar

Não responderam

2

11

11

219

140

477

134

5

Fundamental incompleto

Fundamental completo

Médio incompleto

Médio completo

Superior incompleto

Superior completo

Pós graduação / MBA

Prefere não informar

Não responderam

0 100 200 300 400 500 600

Gráfico 4. Renda Familiar

Gráfico 5. Escolaridade

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3.2 Pesquisa sobre a Oferta com a Demanda Real

3.2.1 Sobre a viagem

A pesquisa sobre o tempo de permanência em Ilhabela revelou grande presença de turistas (389 respondentes que representam 79%) e excursionistas (69 respondentes que representam, 14%); os veranistas (35 respondentes, 7%) considerando uma permanência prolongada de mais de 11 dias) – gráfico 6.

Já com relação à frequência de visitação em Ilhabela, os resultados apontam para um grande número de pessoas que vem sempre ou incontáveis vezes à ilha, somando 181 respostas, 37% (gráfico 7).

95

94

92

69

60

48

20

15

1

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Entre 6 e 10 dias

3 dias

5 dias

1/2 dia ou 1 dia

4 dias

2 dias

Acima de 15 dias

Entre 11 e 15 dias

Não Respondeu

Gráfico 6. Tempo de permanência de visitantes em Ilhabela

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Em segundo lugar, 134 pessoas mencionaram que visitaram a ilha pela primeira vez (27%). Somando-se outros retornos de duas a dez vezes tem-se um total de 124 pessoas (25%) revisitando a ilha – índice este que pode ser associado ao grau de satisfação dos visitantes com o destino turístico.

Há, ainda, aqueles que vem nas férias de meio e final de ano (27), quadrimestralmente e trimestralmente (4); e aqueles que vem mensalmente (14) passear na ilha. Apenas 5 pessoas não responderam a questão.

Sobre os meios de transporte mais utilizados pelos entrevistados para chegar a Ilhabela, o carro próprio figurou no topo com 83% das respostas, seguido pelo ônibus regular (7%) e motocicleta (3%) – gráfico 8.

181

134

34

29

27

20

16

14

14

11

5

2

2

0 50 100 150 200

Sempre/incontáveis vezes

1ª vez

2ª vez

3ª vez

5ª vez

4ª vez

1 vez por ano

Entre 6 e 10 vezes

Mensalmente

2 vezes por ano

Semanalmente

3 vezes por ano

4 vezes por ano

83%

7%3% 3%

2% 1%1% 0% 0%

Carro Próprio

Ônibus regular

Lancha/Iate

Motocicleta

Balsa a pé

Carro Alugado

Veleiro

Ônibus fretado

Navio/Cruzeiro

Gráfico 7. Frequência de visitação a Ilhabela pelos turistas

Gráfico 8. Meio de transporte utilizado para chegar à Ilhabela

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E apesar de Ilhabela possuir vários centros náuticos e marinas, o uso de embarcações entre os entrevistados para a chegada em Ilhabela foi muito pequeno, apenas 3%.

As viagens à Ilhabela, em sua maioria, foram feitas acompanhadas pelas famílias dos turistas (58%) ou em casais (18%) e entre amigos (15%) – gráfico 9

Sobre as escolhas dos meios de hospedagem pelos visitantes, a maioria optou por hospedar-se em pousadas (24%) e casa de parentes e amigos (22%). Mas, apesar de 35 pessoas terem chegado à ilha de barco, apenas 4 delas se hospedaram nas próprias embarcações – gráfico 10.

58%

18%

15%

6% 2%1% 0%

0%

Família

Companheiro (a)

Amigos

Sozinho (a)

Outros

Equipe esportista

Não respondeu

Excursão

117

111

73

69

41

34

13

12

10

7

4

2

1

0 20 40 60 80 100 120 140

Pousada

Casa de Parentes / Amigos

Hotel

Casa Própria (2ª Residência)

Casa alugada para temporada

Entorno (Casa Própria)

Hostel

Outros

Hospedagem colaborativa (AirBnb)

Hospedagem no entorno

Barco

Camping

Não respondeu

Gráfico 9. Com quem está viajando?

Gráfico 10. Meios de hospedagem

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A hospedagem em casas próprias (na própria Ilhabela ou nos municípios do entorno), representou 103 entrevistados (21%) e os hotéis ocuparam a 4ª posição em relação a meios de hospedagens totalizando 73 turistas (15%).

Aqueles que reservaram hospedagens colaborativas (tipo AirBnB) não foram tão representativos e competiram, nestes resultados, com outros tipos de hospedagem, campings e hostels. Em todos esses casos, o percentual de respostas foi de 7,5%

No que diz respeito às motivações para a viagem, a questão era de múltipla escolha, ou seja, um respondente poderia selecionar várias alternativas, desta forma optou-se por apresentar dados referentes a motivação somando todas as vezes que foram citadas. – gráfico 11.

A principal motivação dos turistas para visitar Ilhabela foi Bem-Estar (ligado à descanso, cuidados com o corpo, mente e espírito), seguido por férias.

Já a categoria “outros” que obteve 21 respostas totalizadas na pesquisa, engloba desde visitas regulares às praias da região até lua de mel e caravana de motociclistas que fez parada na cidade.

O local mais visitado pelos turistas foi a Praia da Feiticeira, seguida de Castelhanos, Vila e outras praias como Praia da Fome e Jabaquara. – gráfico 12.

38%

34%

11%

6%3% 3% 3%

1%1%

0% Bem estar

Férias

Eventos-Feiras

Visita a familiares

Negócios

Outros

Cultura e entretenimento

Ecoturismo

Compras

Gastronomia

Gráfico 11. Motivação da viagem para Ilhabela

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A Vila e Centro Histórico em conjunto com as praias da Armação, Curral, Saco da Capela, Pedra do Sino, Siriúba, Perequê, Julião, Veloso, Ilha das Cabras, Portinho, Praia Grande, Pequeá, Pacuíba entre outras mais urbanas, formam um conjunto de atrativos que apareceu em terceiro lugar na relação dos locais mais visitados pelos turistas. Em quarto lugar ficou Praia da Fome e Jabaquara. Em quinto lugar, cita-se as “cachoeiras” incluindo em sua maioria: Água Branca, Três Tombos e Toca. O Parque Estadual de Ilhabela ficou em sexto lugar no ranking das visitações ganhando, inclusive, da Praia do Bonete. A Praia do Poço figurou em último lugar em visitas

Já em relação às atividades de lazer mais realizadas pelos turistas em Ilhabela, 34 delas foram citadas pelos entrevistados e daí foi possível estabelecer um ranking das “vinte mais” – tabela 6.

19%

17%

17%

14%

10%

10%

9%4%

Praia da Feiticeira

Praia de Castelhanos

Vila e outras praias

Praia da Fome eJabaquara

Cachoeiras

Parque Estadual deIlhabela - PEIB

Praia do Bonete

Gráfico 12. Local mais visitado pelo turista

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Ranking das principais atividades de lazer feitas pelos turistas

1º lugar Almoçar e jantar

2º lugar Ir a shows

3º lugar Passear de barco

4º lugar Caminhar, fazer trilhas (trekking)

5º lugar Visitar bares para happy hour

6º lugar Andar de bicicleta

7º lugar Ir à praia

8º lugar Mergulhar

9º lugar Fazer Stand Up Paddle

10º lugar Passear de Jipe

11º lugar Ir a festas particulares

12º lugar Frequentar boates

13º lugar Andar de caiaque

14º lugar Frequentar clubes náuticos

15º lugar Praticar esporte à vela

16º lugar City Tour

17º lugar Passear na vila

18º lugar Fazer Piquenique

19º lugar Pescar

20º lugar Passeios culturais/museus/exposições

Fonte: GKS Negócios Sustentáveis

Cabe lembrar que a questão (de múltipla escolha) favorece o exercício de várias atividades pelo mesmo turista em sua estadia.

3.2.2 Avaliação de Ilhabela como destino turístico

Os turistas avaliaram como ótimo, bom, regular e ruim alguns aspectos sobre informações turísticas, balsa, hospedagem, comércio, restaurantes e bares, infraestrutura, acessibilidade, opções de lazer, preços e hospitalidade. E no caso de não ter respondido, nem utilizado o serviço ou sabido opinar, a informação foi computada como “não utilizou (NU) ”, “não sabe informar (NI)” e “não respondeu (NR)”.

A avaliação de um destino turístico passa tanto pela análise de seus atrativos e produtos turísticos quanto pela observação de sua infraestrutura, serviços públicos e de apoio ao turista. Dentro dessa perspectiva os turistas foram questionados sobre vários temas que remetem a um olhar para a cidade como agente externo, podendo contribuir com os diagnósticos que visam as melhorias dos ambientes comuns.

No tocante à avaliação da qualidade das informações turísticas antes da realização da viagem, 43% dos turistas afirmaram não ter pesquisado a respeito pela internet, outros 26% disseram que as informações que encontraram foram boas, porém os sites não foram citados – gráfico 13.

Tabela 6: Ranking das principais atividades de lazer feitas pelos turistas

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Aqueles turistas que pesquisaram e avaliaram como “ótimas” as informações sobre Ilhabela, também não indicaram os sites acessados. Mas no geral, metade do público entrevistado pesquisou informações sobre Ilhabela antes da viagem.

Por outro lado, o acesso aos centros de informações turísticas da ilha ainda é muito incipiente, 74% dos turistas disseram que não utilizaram, mas os que utilizaram (24%) consideraram o atendimento satisfatório (ótimo/bom) – gráfico 14.

Alguns turistas comentaram sobre a qualidade das informações turísticas:

• “Falta de informações das cachoeiras (onde tem, quanto tempo leva, nível de dificuldade)”.

43%

26%

25%

3% 2%1%

Não utilizou (NU)

Bom

Ótimo

Regular

Ruim

Não respondeu (NR)

74%

14%

10%1%

1% 0%0%

Não utilizou (NU)

Bom

Ótimo

Regular

Ruim

Não sabe (NS)

Não respondeu (NR)

Gráfico 13. Avaliação da qualidade das informações turísticas (pré-viagem)

Gráfico 14. Avaliação da qualidade do Centro de Informações Turísticas

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• “Falta folhetos para ter mais informação dos atrativos e atrações, entregues nas pousadas e Balsa, não sabia que tinha cachoeiras”.

• “Falta informação das atrações que estão acontecendo. A exposição do Da Vinci, souberam porque estacionaram o carro na frente. Não sabia que estava tendo cinema, e nem festival da tainha, soube porque um amigo que tem casa informou. Em janeiro quando vieram também havia confusão de informações”

• “Faltam informações de horários de ônibus e os valores são muito altos”

• “Não tem sinalização nas praias”

• “Divulgação externa do Brasil em relação à violência afasta turistas estrangeiros”

As avaliações sobre a balsa que liga a cidade de São Sebastião à Ilhabela, serviço oferecido e operado pela Desenvolvimento Rodoviário – DERSA 7 (de responsabilidade do Estado de São Paulo), na baixa temporada de julho/agosto, teve o tempo de espera considerado bom por 37% dos entrevistados, enquanto 22% acharam regular e 20% acharam ótimo – gráfico 15.

Mas observando a agregação das categorias regular (22%) e ruim (18%), percebe-se um indicativo de que o serviço precisa melhorar.

7 DERSA é uma companhia de desenvolvimento em infraestrutura de transportes e logística que opera travessias no Estado de São Paulo entre: São Sebastião-Ilhabela, Santos-Guarujá, Bertioga-Guarujá, Iguape-Juréia, Cananéia-Ilha Comprida, Cananéia-Continente, Santos-Vicente de Carvalho, Cananéia-Ariri. Mais informações acesse: http://www.dersa.sp.gov.br/

37%

22%

20%

18%

3% 0%

Bom

Regular

Ótimo

Ruim

Não sabe (NS)

Não respondeu (NR)

Gráfico 15. Avaliação do tempo de espera da balsa

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Na opinião dos turistas entrevistados, os serviços da balsa possuem uma boa qualidade ponderando, novamente, a baixa temporada – gráfico 16.

Os turistas que não souberam responder, não responderam ou não utilizaram a balsa, foram aqueles que chegaram à ilha em embarcações próprias.

Alguns turistas comentaram sobre a balsa:

• “Precisa controlar a quantidade de pessoas que entram na Ilha”

• “Balsa de má qualidade. É o que destrói a ilha”

• “Balsa horrorosa, sem condições, é mal operada e está em péssimas condições”

• “Informações na balsa é mal sinalizada, demorou para saber que tinha prioridade terceira idade”

• “Articulação dos prefeitos de São Sebastião e Ilhabela para melhorar a travessia a pé”

• “Precisa de melhor coordenação na hora do desembarque da Balsa”

• “Se não tivesse casa em Ilhabela já teria desistido de vir pela balsa”

• “Precisa ter operações na balsa com cães policiais para inibir a entrada de drogas na cidade”

• “Não pode contemplar a vista e nem tirar foto na balsa”

• “Já deixei de vir por causa da balsa”

• “Banheiro da balsa é péssimo!”

Em relação à variedade e qualidade dos meios de hospedagem, 45% dos turistas que utilizaram estes equipamentos os consideraram ótimos e outros 35% avaliaram como bons, uma avaliação bem positiva em relação aos meios de hospedagem – gráfico 17.

52%

21%

15%

8%3%

1% 0%

Bom

Ótimo

Regular

Ruim

Não sabe (NS)

Não respondeu (NR)

Não utilizou (NU)

Gráfico 16. Avaliação da qualidade dos serviços da balsa

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Apenas 16% de respondentes afirmam não terem utilizado meios de hospedagem .

Sobre o perfil do público desejado pelas pousadas, destaca-se um dos comentários: “Dificuldade de encontrar pousadas de 5 estrelas que aceitem crianças pequenas”.

Considerando o comércio local (que inclui supermercados, farmácias, padarias, postos de gasolina, lojas de conveniência), mais da metade dos turistas avaliaram como bom e que atendia às suas necessidades na ilha – ou seja, não tiveram necessidade de sair de Ilhabela para comprar nada que precisaram durante o período de sua viagem – gráfico 18.

45%

35%

16%

3% 0% 1%

Ótimo

Bom

Não utilizou (NU)

Regular

Ruim

Não respondeu (NR)

51%

37%

5%4% 2%1%

Bom

Ótimo

Regular

Não utilizou (NU)

Ruim

Não respondeu (NR)

Gráfico 17. Avaliação dos meios de hospedagem (variedade e qualidade)

Gráfico 18. Avaliação do comércio local

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Outros 37% avaliaram o comércio local como ótimo e diversificado, corroborando o comentário anterior de proporcionalidade ao tamanho da ilha e às suas necessidades pessoais.

Alguns turistas comentaram negativamente sobre o comércio local em Ilhabela:

• “Estacionamento virou roubo de mão armada (regulamentar), preço do comércio é muito alto (não condiz com a realidade do estado)

• “Sino e Curral cobram consumação mínima de R$ 150,00 por pessoa. Absurdo”.

• “Comércio não abre todos os dias e a maior parte dos restaurantes de quarta à domingo”

• “Faltam comércios no lado sul da ilha”

Sobre bares e restaurantes a avaliação de 48% do público pesquisado é de ótima qualidade, tendo outros 44% classificado como bons – gráfico 19.

Apenas 2% dos entrevistados não utilizou os serviços e produtos de bares e restaurantes, o que é uma pequena margem considerando o volume de excursionistas e veranistas (cerca de 15% dos entrevistados), estes últimos que tendem a consumir produtos em suas residências.

Alguns comentários foram feitos sobre bares e restaurantes em Ilhabela:

• “R$ 8,00 a bola do sorvete e alimentação no geral é ruim o preço”

• “Precisa melhorar restaurantes na Vila (os mais afastados são melhores)”

Em relação à infraestrutura local (transporte público, saúde, policiamento, limpeza pública etc) 43% dos turistas avaliaram como boa e outros 32% como ótima, demonstrando satisfação geral com o que viram e usufruíram – gráfico 20.

48%

44%

4% 2%1% 1%

Ótimo

Bom

Regular

Não utilizou (NU)

Ruim

Não respondeu (NR)

Gráfico 19. Avaliação dos bares e restaurantes

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Um percentual de 17% dos entrevistados disse não ter observado e não saber avaliar de pronto a infraestrutura em Ilhabela e outros 5% a consideraram regular.

Alguns comentários foram feitos sobre a infraestrutura em Ilhabela:

• “Cidade bem cuidada. Um lugar privilegiado pela natureza”

• “Me sinto seguro na ilha”

• “Não tem lixeiras nas ruas”

• “Necessidade de uma escola de gastronomia para qualificar mão de obra e dar oportunidade aos jovens”

• “Precisa terminar a ciclovia e acabar com a bagunça de obras da gestão, não colocar mais asfalto (tira a característica da ilha)”

• “Há um problema sério de tratamento de esgoto e balneabilidade nas praias”

• “Facilidade de encontrar peças de barcos e o lugar parece outro país”

• “ Falta de Banco 24 horas na cidade”

• “Falta calçadas para o lado sul da ilha”

• “Falta cinema”

• “Falta de estacionamentos e banheiros públicos na cidade”

• “Achou a Castelhanos muito bonita, mas não conseguiu aproveitar por causa dos borrachudos, teve que voltar das trilhas de Bonete e Castelhanos por muitas picadas”

• “Precisa de mais médicos na alta temporada (verão) ”

• “Falta de segurança pois há assaltos em casas de veraneio”

• “Mergulhou na Praia Grande de máscara e viu muito lixo no fundo do mar, papelão, garrafa de vidro, latas de cerveja, plástico”

• “Falta mais pavimentação para acessar as praias do outro lado”

• “Falta saneamento básico e táxis nas ruas”

• “Precisa de agentes de transito controlando onde e como estacionam os carros”

• “Precisa de trem turístico para melhorar a mobilidade. Tem que fechar a Vila para não parar carro e poder ter circulação na área. Incentivar mais a reciclagem do lixo”

• “Saneamento básico é uma vergonha”

43%

32%

17%

5% 3% 0%

Bom

Ótimo

Não sabe (NS)

Regular

Ruim

Não respondeu (NR)

Gráfico 20. Avaliação da infraestrutura (transporte público, saúde etc)

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58

• “Não deve acabar com a praia do Saco da Capela para construir uma marina”

• “Vai ficar igual o Guarujá se não controlar o acesso, principalmente depois que construírem o túnel e se melhorar o acesso da balsa”

• “Necessidade de melhorar acessibilidade nos bairros, ruas com buracos, broquetes ruins”

Questionados a respeito de suas impressões sobre a acessibilidade para pessoas com deficiência e/ou com mobilidade reduzida, 39% dos turistas consideraram boa e 22% ótima a estrutura oferecida. (gráfico 21)

Porém, 22% dos entrevistados não souberam opinar alegando não precisar dos serviços de acessibilidade e/ou não terem observado este detalhe – mesmo tendo sido instigados a pensar se a estrutura atenderia à conhecidos, parentes e/ou amigos que frequentaram (ou pudessem vir a frequentar a cidade).

• Alguns turistas comentaram negativamente sobre acessibilidade:

• “Não tenho segurança de trazer minha mãe idosa e namorado cadeirante para Ilhabela porque não tem banheiros nas praias”.

• “Acessibilidade para as praias é ruim e cachoeira, buscaram informações para ter acesso e não encontraram. Havia uma cadeira de rodas para acesso ao mar na praia do Sino, mas estava detonada e com pneus murchos. No site "Deficiente Ciente" constava ser o segundo destino de Praia mais acessível do país e se decepcionaram totalmente. No facebook da prefeitura constava que havia pessoas preparadas para ajudar pessoas com mobilidade reduzida, com dias e horários e praias. Mas nada disso foi encontrado. Poucas vagas para deficientes na Vila, viu uma só. Centro de informações turísticas vazio domingo de manhã”.

• “Calçadas péssimas para carrinho de bebê é péssimo e cadeirante nem circula”.

• “Péssimo destino para cadeirante, poucos hotéis com acesso, restaurantes difíceis de entrar, não tem cadeira de cadeirante na Praia, não tem hospitalidade

39%

22%

21%

10%

8% 0%

Bom

Ótimo

Não sabe (NS)

Regular

Ruim

Não respondeu (NR)

Gráfico 21. Avaliação da acessibilidade para pessoas com necessidades especiais, idosos ou com limitações de mobilidade

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59

(as pessoas fogem quando o vem chegando), calçadas apertadas e com buracos, não tem banheiro na praia”

Em relação as opções de lazer, 57% dos entrevistados avaliaram como diversificadas e ótimas e outros 36% como bom o cardápio de atividades de lazer oferecidas aos turistas em Ilhabela – gráfico 22.

Um percentual de 4% dos entrevistados avaliou como regular, mas não se aprofundou no detalhamento das opções de lazer em Ilhabela.

Alguns comentários foram feitos sobre as opções de lazer em Ilhabela:

• “Bons eventos da prefeitura”

• “Adorou a programação que está acontecendo no centro”

• “Falta de entretenimento e atividades para as crianças, principalmente no inverno”

• “Programação da Semana de Vela demorou a sair”

Os preços praticados em Ilhabela foram avaliados por 41% dos turistas como bons, mas se confrontados ao somatório das avaliações regulares (29%) e ruins (16%) – num total de 45% requerem uma atenção maior a política de preços local – gráfico 23.

57%36%

4% 1%1% 1%

Ótimo

Bom

Regular

Não sabe (NS)

Ruim

Não respondeu (NR)

Gráfico 22. Avaliação das opções de lazer

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60

O percentual de 1% de pessoas que responderam “não saber” corresponde àqueles turistas recém-chegados e que não tiveram muito tempo para avaliar melhor os custos de produtos e serviços em Ilhabela.

Alguns comentários negativos foram feitos sobre os preços em Ilhabela:

• “Preços abusivos em bares, restaurantes e lojas de roupas”

• “Estacionamento virou roubo de mão armada (regulamentar)”

• “Padronizar os jipes, estão em condições ruins pelo valor cobrado”

Já a avaliação sobre a hospitalidade e receptividade dos ilhabelenses mostra que os turistas se sentem muito bem acolhidos – gráfico 24.

41%

29%

16%

13%1% 0%

Bom

Regular

Ruim

Ótimo

Não sabe (NS)

Não respondeu (NR)

55%

41%

2%1% 1%

0%

Ótimo

Bom

Regular

Ruim

Não sabe (NS)

Não respondeu (NR)

Gráfico 23. Avaliação dos preços praticados na ilha

Gráfico 24. Avaliação da hospitalidade e receptividade dos ilhabelenses

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61

Os percentuais de pessoas que não souberam responder ou não responderam de fato à questão se referem àqueles recém chegados à Ilhabela e que, portanto, ainda não tinham sido atendidos ou recepcionados por alguém no local.

Numa perspectiva de avaliação de Ilhabela como destino turístico a maioria dos turistas avaliou como ótimo ou bom lugar para passear – gráfico 25.

Este indicativo demonstra o poder de atratividade turística de Ilhabela além de indicar que há grande potencial de desenvolvimento do turismo.

Embora a avaliação tenha sido positiva, alguns comentários negativos foram feitos sobre Ilhabela como destino e, portanto, merecem atenção:

• “Turismo muito elitizado, pouco acessível para pessoas com menos dinheiro. Pouco contato com nativos, população local, não é muito incentivado esse contato e conhecer a cultura”

• “Só querem turistas ricos na ilha”

Sobre a intenção dos turistas de retornar à Ilhabela 98% deles indicaram que voltariam ao destino turístico outras vezes – gráfico 26 demonstrando um alto poder de fidelização como pudemos observar no gráfico 7. Os números mostraram que 73% já havia visitado a ilha muitas vezes.

78%

20%

1% 1% 0%

Ótimo

Bom

Não respondeu (NR)

Regular

Ruim

Gráfico 25. Avaliação Geral do Destino Turístico de Ilhabela

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62

Os dois respondentes que não voltariam à Ilhabela justificaram a posição por causa do desejo de conhecer outras praias e de falta de acessibilidade.

Sobre recomendar Ilhabela 81% deles indicaram que recomendariam Ilhabela para outras pessoas, o que demonstra que o destino atende às expectativas do turista – gráfico 27.

98%

0%1% 1%

Sim

Não. Por quê?

Não respondeu (NR)

Não sabe informar (NS)

81%

19%

Sim

Não

Gráfico 26. Intenção de retornar à Ilhabela

Gráfico 27. Recomendaria Ilhabela

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63

3.2.3 Marketing do destino

Em relação as questões relativas ao Marketing, abordou-se os entrevistados para coletar informações sobre como eles souberam de Ilhabela, como se informaram na pré-viagem, quais os hábitos nas redes sociais quando viajam e quais mídias sociais utilizam. Foram feitas também perguntas sobre a imagem do destino. Questionou-se sobre os pontos positivos e negativos, e sobre qual palavra lhe vem à cabeça quando se fala de Ilhabela. As respostas obtidas quando cruzadas com as outras pesquisas subsidiarão a escolha de ferramentas de marketing para o plano.

Os turistas que não responderam à questão o fizeram em razão de vir à Ilhabela desde pequenos e não se recordarem da indicação. Nota-se que a divulgação “boca a boca” é muito eficaz na promoção de Ilhabela, já que 76% dos entrevistados soube do destino por recomendação de amigos e parentes. Esta questão valida a anterior, onde 81% dos entrevistados recomendaria Ilhabela a parentes e amigos.

A maioria dos turistas (85%) disse não utilizar nenhum aplicativo no próprio celular para ter informação sobre Ilhabela – gráfico 29.

374

38

36

11

10

9

6

3

2

2

2

1

0 50 100 150 200 250 300 350 400

Recomendação de Amigos / Parentes

Mora no entorno

Outros

Evento da sua prática esportiva

Pela Internet - onde ?

Programa de TV, Rádio, Filme

NR

Trabalho

Empresa Local

Promoção de Cruzeiros

Publicação em revista/jornal

Indicação de agência de viagem

Gráfico 28. Como soube de Ilhabela?

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Os 14% dos turistas que disseram utilizar aplicativos para ter informações sobre Ilhabela, citaram principalmente o TripAdvisor, Booking, Foursquare, Trivago e Waze. Alguns turistas mencionaram sites como o da balsa (DERSA), de clima/tempo, site da Prefeitura, City Ônibus e Guia Ilhabela.

Apenas um site do evento Festival Vermelhos foi citado pelos turistas para reconhecimento da programação.

Quando viajam, 47% dos turistas costumam fazer check-in e utilizar hashtags em redes sociais e 39% não possuem este hábito – gráfico 30.

85%

14%0% 1%

Não

Sim. Qual (is) ?

Nunca

De vez em quando

47%

39%

8%4% 2%

Sim

Não

De vez em quando

Nunca

NR

Gráfico 29. Usa algum aplicativo para ter informação sobre Ilhabela?

Gráfico 30. Quando viaja você costuma fazer "check in" ou usar hashtag (#) nas redes sociais?

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Entre as redes sociais mais utilizadas estão: Facebook e Instagram, seguidos do Snapchat e Youtube – gráfico 31.

Alguns turistas ainda citaram sites de consulta de notícias sobre Ilhabela, indicando-os equivocadamente como “redes sociais”, a exemplo do site Tribuna do Povo e Ilhabela.com.br (guia turístico online); Google Avaliações (ferramenta gratuita de coleta de feedback de compras de consumidores) e Booking (online travel agency – OTA).

Os turistas indicaram pontos positivos sobre Ilhabela, entre eles: Beleza Natural, Belas Praias, Limpeza Urbana, Hospitalidade/Receptividade e Segurança Local, conforme demonstra a tabela 7.

PONTOS POSITIVOS Qtde PONTOS POSITIVOS Qtde

Beleza Natural 251 A magia de ser uma ilha/exclusividade 2

Belas Praias 113 Astral da Ilha 2

Limpeza Urbana 44 Bom Hospital 2

Hospitalidade/Receptividade 37 Educação no trânsito 2

Segurança Local 37 Infraestrutura turística é boa 2

Muitas opções de lazer/entretenimento 34 Mergulho 2

Limpeza das praias 29 Parque Estadual de Ilhabela-PEIB 2

Tranquilidade 25 Passeio de barco/escuna 2

Transparência da água do mar 25 Pavimentação nova 2

Conservação/preservação ambiental 24 Propício para esportes náuticos 2

Infraestrutura de boa qualidade 22 Turismo 2

Propício para descanso/relaxamento 19 Animação 1

Clima agradável 12 Aventura 1

230

163

28

17

15

11

10

2

1

8

3

Facebook

Instagram

Snapchat

Outro

Youtube

Twitter

Tinder

NR

Flickr

Whatsapp

Pinterest

0 50 100 150 200 250

Gráfico 31. Redes sociais mais utilizadas

Tabela 7: Pontos Positivos de Ilhabela citados pelos turistas entrevistados

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Vila-CH 12 Baladas 1

Organização da cidade 11 Bem estar 1

Público educado/diferenciado/selecionado 11 Biodiversidade 1

Proximidade com São Paulo 10 Boa pavimentação das ruas 1

Charme da Ilha 9 Boa sinalização do trânsito 1

Eventos diversificados 9 Boas atrações e programação 1

Eventos-shows 9 Bom destino turístico 1

Qualidade das águas 9 Cafeteria ponto das letras 1

Variedade de atrativos turísticos 9 Centro de Informações Turísticas 1

Bares e restaurantes 8 Centro histórico que remete à pontos história que são interessantes

1

Boa comida 8 Coleta seletiva 1

Lugar aconchegante/agradável 8 Consciência Ecológica 1

Trânsito Local-organizado 7 Esportes Aquáticos - dá pra fazer muitos esportes sem perigos por não ter onda

1

Variedade de meios de hospedagem 7 Esportes de aventura 1

Facilidade de deslocamento interno 7 Flora 1

Cachoeiras 6 Higiene sanitária 1

Cultura Caiçara 6 História da ilha 1

Eventos-atividades esportivas 6 Hotéis bem localizados 1

Gastronomia Local 6 Iluminação 1

Comércio Local 5 Incentivo ao turismo em detrimento às ações necessárias de educação

1

Transporte público 5 Incentivo ao uso da bicicleta 1

Localização privilegiada 4 Informação de trânsito 1

Alegria 3 Melhor preço do litoral norte 1

Atendimento 3 Muitos píers 1

Boa estrutura de serviços 3 Não tem prédios altos 1

Ciclovias 3 Não ter poluição 1

Diversidade gastronômica 3 Naufrágios 1

Gente bonita 3 Pesca 1

Variedade de bares e restaurantes 3 Pôr do sol fantástico 1

Praia da Armação 1 Teatro de vermelhos 1

Praia de Castelhanos 1 Trilhas 1

Praias 1 Turismo Cultural e Patrimonial 1

Qualidade de vida 1 Umidade do ar é bom para a respiração 1

Recepção de cruzeiros favorece o comércio local 1 Variedade de lojas para compras 1

Respeito a faixa de pedestres 1 Variedade de passeios 1

Saúde 1 Vida marinha 1

Sem mendigos/pedintes na praia 1 Rede pública de saúde muito boa 1

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Os turistas indicaram pontos negativos sobre Ilhabela, entre eles: balsa/ tempo de espera, borrachudos, altos preços, falta de estacionamento público, muita gente em alta temporada entre outros, conforme demonstra a tabela 8.

PONTOS NEGATIVOS Qtde PONTOS NEGATIVOS Qtde

Balsa-tempo de espera 115 Acessibilidade nas praias 3

Borrachudo 106 Circulação de animais na praia 3

Altos Preços 83 Comércio Local-Falta de padarias e farmácias

3

Falta de estacionamento público 42 Falta de ciclovias 3

Muita gente na alta temporada 20 Falta de informações turísticas 3

Ausência de banheiros/chuveiros nas praias 14 Infraestrutura-asfalto com muitos buracos 3

Falta de saneamento básico 12 Balsa-instabilidade 2

Acessibilidade 10 Balsa-paradas em ventanias/chuva 2

Falta de sinalização turística 10 Balsa-sem espaço para ver a travessia do canal

2

Falta de divulgação da programação cultural 9 Balneabilidade das praias 2

Trânsito Local-alta temporada é complicado 9 Coleta de lixo deficiente 2

Trânsito ruim 9 Comércio Local - fecha cedo 2

Balsa-preço alto 8 Comércio Local-poucas opções 2

Falta de limpeza nas praias 8 Difícil acesso para algumas praias 2

Acesso ruim 6 Falta de estrutura em algumas praias 2

Infraestrutura das praias é deficiente 6 Falta de sinalização de trânsito 2

Falta de barco para pedestres-aquabus 6 Falta de táxi/24horas 2

Falta de saneamento nas praias 6 Falta de transporte alternativo/turístico 2

Retirar as esculturas de ferro e aço (Gilmar Pinna) 6 Falta de transporte público 2

Balsa-acesso ruim 5 Limpeza urbana precisa melhorar 2

Muito vento na Praia 5 Lixo no fundo do mar 2

Poucas opções noturnas de lazer/entretenimento 5 Ocupação desordenada 2

Infraestrutura náutica é desproporcional a demanda 4 Ônibus-tempo de espera 2

Infraestrutura-calçadas com difícil acesso 4 Pouca diversidade de Artesanato local 2

Poucas ruas 4 Poucas opções culturais 2

Sinal de internet é ruim 4 Transporte público 2

Acabou com a comunidade caiçara 1 Informações falsas sobre acessibilidade 1

Agitação 1 Informações ruins sobre o funcionamento da balsa

1

Alta quantidade de veículos no verão 1 Infraestrutura Hospitalar - falta para pronto atendimento

1

Ambiente muito burguês 1 Infraestrutura Local-Poluição sonora nos bairros

1

Antigamente era mais preservado 1 Infraestrutura-drenagem precária/alagamento em época de chuva

1

Assalto a casa de veranistas 1 Infraestrutura-falta de ciclovia para o norte 1

Aumento da criminalidade 1 Infraestrutura-falta de lixeiras 1

Ausência de diversidade gastronômica 1 Infraestrutura-necessidade de duplicação da estrada

1

Ausência de informações sobre hospitais 1 Infraestrutura-vias estreitas 1

Ausência de moradores de rua e pedinte 1 Insegurança de quem quer comprar imóvel (sempre tem um posseiro)

1

Balsa-acomodações precárias 1 Invasão de desempregados que querem morar na ilha

1

Tabela 8: Pontos Negativos de Ilhabela citados pelos turistas entrevistados

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Balsa-banheiro péssimo 1 Jipes sempre param nos mesmos lugares 1

Buracos nas ruas 1 Lixo nas ruas após shows 1

Cadeiras e mesas (tudo acorrentado na Praia) 1 Logística e preço semana passada 1

Calçadas pequenas 1 Lombadas 1

Ciclovia-ciclo faixas estreitas 1 Lugar para inglês ver 1

Comércio Local- despreparo para alta temporada 1 Muitas obras na cidade 1

Concentração de atividades na Vila-CH 1 Muitas redes de pesca e poucos peixes para pescar

1

Crescimento desordenado da cidade 1 Muito movimentada 1

Descaracterização de ser uma ilha 1 Muitos Pedágios 1

Descentralização dos eventos na Vila-CH 1 Museus fechados 1

Desordenamento urbano 1 Não concordam em pegar fila de balsa e pagar TPA sendo donos de residência em Ilhabela

1

Destino pouco democrático 1 Não há controle de acesso de turistas- ficará igual ao Guarujá

1

Deterioração da paisagem 1 Não tem banheiros e fraldários públicos 1

Dificuldade de encontrar bons repelentes 1 Não tem variedade de restaurantes para almoço

1

Distância da Capital 1 Necessidade de apoio ao Festival Vermelhos

1

Entrada da cidade feia e confusa 1 Obras não terminadas 1

Estrada horrível 1 Parada indevida de barcos em áreas de banhistas nas praias

1

Exploração imobiliária em detrimento à natureza 1 Pequenos roubos 1

Falta da existência de Uber 1 Perdeu um pouco do charme 1

Falta de calçadas 1 Pescaria 1

Falta de coleta seletiva 1 Pouca atenção aos pontos turísticos como o píer da Vila

1

Falta de festas e locais para jovens irem a noite 1 Pouca divulgação da história de Ilhabela 1

Falta de gestão de trânsito 1 Poucas opções de bares LGBT 1

Falta de horizonte 1 Pouco investimento da prefeitura em estruturação

1

Falta de educação dos ciclistas com os pedestres 1 Quiosque na praia 1

Falta de manutenção de trilhas para as cachoeiras 1 Restaurantes com refeições pouco servidas

1

Falta de museus 1 Rodovia Tamoios 1

Falta de opções de lazer para jovens 1 Saúde regular 1

Falta de policiamento local 1 Sem opções de lazer/entretenimento quando chove

1

Falta de respeito aos ciclistas 1 Trânsito- muitos pardais/radares de São José dos Campos para Ilhabela

1

Falta de se atentar mais à preservação da natureza 1 Falta de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida

1

Falta de sorveteiro na praia 1 Falta de bolsões de estacionamento nas entradas das praias

1

Falta de transporte marítimo 1 Falta de educação ambiental para incentivar a preservação

1

Falta de transporte público na madrugada 1 Falta de opções de atividades para o público de terceira idade

1

Falta de valorização da cultura local 1 Falta de placas com informações ambientais da flora e fauna

1

Falta de variedade gastronômica 1 Falta de transfer do aeroporto de Guarulhos para Ilhabela

1

Faltam agentes de trânsito 1 Falta educação dos ciclistas (andam muito rápido na ciclovia)

1

Fonte da praça da vila é cafona 1 Falta estrutura de ciclovia e caminhadas à beira mar entre a Vila e Armação

1

Horário dos restaurantes à noite 1 Horário de saída dos passeios é tarde e se aproveita muito pouco dos lugares

1

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69

Sistema viário precário 1 Vai ficar igual o Guarujá (estragaram paisagem/aumentou a criminalidade/não impõe limites aos turistas e diminuiu absurdamente a quantidade de turistas)

1

Táxi-preço alto 1 Vias públicas em más condições 1

Teatro - construção paralisada 1 Balsa-atendimento da guarita em São Sebastião não tem pré-disposição de atendimento

1

Tentar tornar Ilhabela uma Miami 1 Urbanização exagerada 1

Turismo desordenado 1

Apesar de terem avaliado como bom o tempo de espera da balsa na avaliação do destino, consideram um ponto negativo.

Com relação às dez palavras que melhor representam Ilhabela como destino turístico, os entrevistados definiram:

Ranking das palavras que representam Ilhabela como destino turístico

1º lugar Praia

2º lugar Natureza

3º lugar Paradisíaca

4º lugar Tranquilidade

5º lugar Ser uma ilha

6º lugar Mar

7º lugar Vela

8º lugar Segurança

9º lugar Ilha Bela

10º lugar Sossego

As vocações turísticas de Ilhabela aparecem nos dois primeiros lugares – Praia e Natureza e aparecem como diferenciais em relação a outros destinos como podemos ver na tabela 10:

Ranking dos diferenciais de Ilhabela em relação a outros destinos litorâneos

1º lugar Beleza Natural

2º lugar Belas Praias

3º lugar Ser uma Ilha

4º lugar Transparência das águas do mar

5º lugar Natureza

6º lugar Segurança

7º lugar Tranquilidade

8º lugar Diversidade de atrativos turísticos

9º lugar Conservação/Preservação Ambiental

10º lugar Limpeza Urbana

Tabela 9: Ranking das palavras que representam Ilhabela como destino turístico

Tabela 10: Ranking dos diferenciais de Ilhabela em relação a outros destinos turísticos costeiros

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70

3.3 Pesquisa de demanda – Rastros Digitais

Segundo Kotler (2010), o Marketing tem evoluído nos últimos anos passando do Marketing 1.0 para o Marketing 3.0, e a principal diferença destes modelos é que o primeiro (1.0) era centrado no produto e este último está nos valores pessoais. Importante ressaltar que o Marketing 2.0 representa uma transição importante onde o consumidor passa a ser atendido em seus desejos e suas necessidades, fase essa onde insere-se grande parte do turismo, sejam produtos ou destinos.

O marketing 3.0 se preocupa com a disseminação da missão, da visão e dos princípios conceituais dos produtos turísticos e do destino, e onde a proposição de valores é muito mais funcional, emocional e até mesmo espiritual, o que faz com que a interação do destino com o seu público-alvo ocorra de forma bastante colaborativa e digital.

Com o objetivo de analisar a demanda real sob o ponto de vista digital, utilizou-se uma ferramenta de análise de rastros digitais para compreender o perfil sócio econômico, os hábitos de consumo e as necessidades dos internautas que se interessam por Ilhabela.

Todo cruzamento de dados e informações coletadas nas redes partiu de cinco “portas de entrada”, entendendo como portas de entrada, páginas nas redes sociais onde existe engajamento com o público alvo. No caso de Ilhabela estas portas de entrada foram focadas na rede social Facebook, que segundo dados apresentados em 02.01.2017, possui mais de 1,8 bilhões de pessoas no mundo ativas no Facebook8.

Dados de 2016 mostram que no Brasil, mais de 139 milhões são usuários de internet, destes 122 milhões são ativos nas redes sociais. Deste volume, 62% usam Facebook9. Além de ser a ferramenta mais utilizada pela demanda real entrevistada em Ilhabela, como apresentado anteriormente.

Os critérios para a escolha das portas de entrada para a pesquisa de demanda real de Ilhabela foram: alcance e engajamento. Foram analisadas cerca de 100 páginas para chegar as 5 apresentadas a seguir (Tabela 11):

Portas de entrada: Fan Pages Facebook Seguidores Curtidas Check-in

Qtde de avaliações

Nota

Ilhabela Litoral Norte 14.757 14.617 123.146 1083 4,9

Ilhabela 102.204 101.569 -- 638 4,9

Secretaria de Turismo Ilhabela 23538 23778 180 94 4,7

IlhabelaNews 26855 26826 198047 673 4,6

Receptivo Maremar Ilhabela - Passeios Ilhabela 35056 35234 760 114 4,8

Os resultados da amostra coletada apontam o perfil socioeconômico, as tendências e hábitos de consumo, os destinos concorrentes, os passeios e praias mais visitados. Desta forma, o cruzamento de dados com as pesquisas realizadas in loco fornecerá informações completas sobre o perfil do público durante o mês de julho/agosto, que

8 Fonte: http://blog.cleverweb.com.br/mark-zuckerberg-finalmente-revela-o-numero-de-usuarios-ativos-no-facebook-whatsapp-instagram-2017/ 9 Fonte: Digital in 2017 – South America

Tabela 11: Pesquisa de Fan Pages no Facebook – Ilhabela (dia 02/07/17 de 16:40 às 18:15)

Page 73: Negócios Sustentáveis Cássio Garkalns Líder do contrato Fernanda Hümmel Gestora do projeto e especialista em Marketing …

71

foi o escolhido para o recorte das coletas de dados. Foram adotados todos os padrões éticos e legais de uso de informações de acordo com os termos das páginas pesquisadas.

Amostra: 146.352 usuários analisados (exclui-se os munícipes)

Período de coleta de dados: de 15.07 a 04.08.2017

Perfil demográfico

• 54% mulheres / 46% homens

• Faixa Etária: 23 a 48 anos

• Maioria classes A/B

• Perfil classe A: Famílias e casais

• Perfil classe B: Solteiros

• 73% estão empregados

• 68% possuem ensino superior completo

• 17% não estavam no Brasil no período da coleta de dados, os países que apareceram foram: Reino Unido, França, Argentina, EUA e Alemanha.

Personalidade e Estilo de Vida

• 49% curtem atividades ao ar livre

• 38% curtem ou fazem algo relativo a atividade física

• 69% viajam regularmente

• 38% estão em algum grupo de caronas para viagens

• 36% são vegetarianos ou curtem algo relacionado

• 63% curtem temas relacionados a cuidados com a saúde

• 67% dos usuários curtem algo relacionado a animais e,58% dos usuários tem fotos com animais de estimação

• 31% tem fotos com crianças

• 64% frequentam bares

• 87% utilizam UBER

• 21% curtem o Projeto TAMAR

• 31% curtem algo relativo a atividades marinhas

• 28% seguem algo relacionado a surf

• 28% têm alguma aderência ao tema sustentabilidade.

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Outros Destinos visitados

• São Sebastião

• Ubatuba

• Bertioga

• Caraguatatuba

• Ilha Comprida

• Peruíbe

• Angra dos Reis

• Cananéia

• Cunha

Top praias

• Praia do Perequê

• Praia do Sino

• Praia Grande

• Praia da Fome

• Praia de Pacuíba

• Praia do Pinto

• Praia do Engenho d'Água

• Praia da Feiticeira

• Praia do Portinho

• Praia do Curral

• Praia do Veloso

• Praia da armação

• Praia da Siriuba

Top passeios

• Trilha da Água Branca

• Volta da Ilha

• Pico do Baepi

• Bonete

• Parque Estadual de Ilha Bela

• Estrada Parque dos Castelhanos

• Pico de São Sebastião

• Enchovas

• Idaiauba

Page 75: Negócios Sustentáveis Cássio Garkalns Líder do contrato Fernanda Hümmel Gestora do projeto e especialista em Marketing …

73

• Serraria

• Jabaquara

• Poço

Comentários que chamaram atenção nesta análise relacionam-se à postura dos condutores de jipes. Há a percepção que eles sempre indicam os estabelecimentos comercias mais caros durante os passeios.

Foram analisadas duas palavras chave que podem impactar negativamente na imagem do destino são elas: borrachudos e balsa. Borrachudos As discussões acerca do assunto estão concentradas em sua maioria na falta da informação oficial sobre como evitar as picadas. Destacam-se:

• Turistas alegam não ir para Ilhabela por não ter preparo ou por medo de contrair alguma doença através dos mosquitos.

• Grupos de viagens compartilham dicas de repelentes naturais.

• Turistas indicam a novos turistas tomar COMPLEXO B semanas antes e durante a viagem.

• Muitas reclamações em relação ao preço dos repelentes na cidade.

• Armadilha elétrica para mosquitos é muito vista por turistas antes da viagem.

• Páginas de viagem e turismo alertam sobre o problema com mosquitos.

Grupos onde fala-se muito sobre borrachudos e existe um grande espaço para troca de informações e interação com os usuários: Residencial Ilhabela, Ilhabela Turismo SP, Caroneiros de Ilhabela, Ilhabela Classificados. Nenhum destes grupos possui menos de 5 mil seguidores. Balsa Nota-se que as informações sobre a balsa não são tão consultadas no site oficial do Dersa mas em grupos fechados como: lhabela.Oficial.SP e Balsa Ilhabela/São Sebastião. Os comentários sobre a balsa mais recorrentes foram:

• Poucas balsas.

• Balsas velhas.

• Falta de colete salva vidas.

• Balsa visualmente desgastada.

• Demora para iniciar a viagem, mas o tempo de viagem não parece ser um problema.

• Muitos turistas perguntam antes de viajar em publicações como está a balsa, pois não confiam na informação do site.

• Grupos relacionados indicam turistas a evitar dias chuvosos e com muito sol.

• Respostas de novos turistas sobre a balsa possuem conotação negativa.

• Muita reclamação em relação ao cumprimento do horário do site.

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74

3.4 Pesquisa sobre imagem com demanda real

Os resultados gerais apontaram que a imagem e percepção dos respondentes sobre os aspectos pesquisados é positiva.

Avaliações muito positivas:

• Moradores amigáveis e hospitaleiros.

• O clima é bom.

• Paisagens impressionantes.

• Belas praias.

• Destino propício para relaxamento.

• Natureza e vida selvagem impressionantes.

Identifica-se, portanto, que hospitalidade e os atrativos naturais (praias, natureza, vida selvagem e paisagens) são aspectos que auxiliam na imagem positiva sobre Ilhabela.

Avaliações positivas:

• Bom destino para crianças.

• Bom destino para terceira idade.

• Boa qualidade dos serviços turísticos.

• Higiene e limpeza em locais públicos e atrativos turísticos tem padrão elevado.

• Existe preocupação com o meio ambiente.

• É seguro fazer uma trilha ou esporte de aventura.

• É um destino que acolhe a todos os tipos de público.

• Gastronomia rica e variada.

• Surpresa, emoção e experiência são palavras que combinam com Ilhabela.

Avaliações que merecem uma análise cruzada:

• É tranquilo se deslocar internamente.

• É fácil chegar à ilha de balsa.

• A infraestrutura do Parque Estadual de Ilhabela é ótima.

• Estão disponíveis opções de roteiros culturais.

• Festas populares e tradicionais são conhecidas.

• Os patrimônios culturais e arqueológicos são amplamente conhecidos.

As afirmações apresentadas acima não obtiveram maioria de respostas positivas. Merecem destaque afirmações relacionadas à oferta turística cultural: estão disponíveis opções de roteiros culturais, festas populares e tradicionais são conhecidas e os patrimônios culturais e arqueológicos são amplamente conhecidos. Validando o que foi abordado no PGT 2015, os atributos culturais de Ilhabela são pouco valorizados, gerando o desconhecimento sobre os atrativos culturais e opções deste segmento.

Algumas afirmações que foram feitas propositalmente de forma negativa tiveram uma avaliação muito positiva por parte dos entrevistados. Como exemplo: não é um destino seguro, não tem variedade de opções de meio de hospedagem, não existe diversidade gastronômica e não tem variedade de artesanato.

Neste caso, todas tiveram em sua maioria respostas: discordo totalmente, o que significa que na percepção dos respondentes, llhabela é um destino seguro, tem diversidade gastronômica, de meios de hospedagem e de artesanato.

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75

3.5 Pesquisa sobre a imagem com demanda potencial - São Paulo

3.5.1 Perfil demográfico

Dos 752 entrevistados na capital, que nunca estiveram em Ilhabela, 549 (73%) reside na cidade de São Paulo. Foram entrevistados 7 estrangeiros sendo, 01 do Canadá (Calgary), 01 do Peru (Lima), 01 dos EUA (Miami), 01 da Romênia, 01 do Reino Unido (Londres) e 02 do Uruguai (Montevidéu).

Obteve-se uma amostra bem diversa no que diz respeito a faixa etária, com uma pequena diferença para o público de 18 a 25 anos (29%). (gráfico 33)

549

12

12

11

8

8

0 100 200 300 400 500 600

São Paulo

Guarulhos

Rio de Janeiro

Santo André

Brasília

Salvador

Gráfico 32. Onde Reside

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76

A diferença entre o gênero masculino e feminino foi muito pequena o que dá diversidade a amostra como no item anterior. O gênero neutro identifica os transgêneros, que no caso desta pesquisa corresponderam a 6 entrevistados. (gráfico 34)

29%

24%

25%

22%

18 a 25 anos

26 a 30 anos

31 a 40 anos

Acima de 40 anos

48%

51%

1%

Feminino

Masculino

Neutro

Gráfico 33. Faixa Etária Faixa Etária

Gráfico 34. Gênero

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77

A maioria dos entrevistados é de solteiros (62%) seguidos de casados (29%) ou que estão em uma união estável. (gráfico 35)

Nota-se que a renda familiar dos entrevistados está concentrada de 1 a 10 salários mínimos (66%), o que representa as classes B,C e D, segundo classificação do IBGE. Uma boa representatividade da amostra não quis informar.

29%

7%62%

2%

Casado (a) / União Estável

Separado (a) /Divorciado (a)

Solteiro (a)

Viúvo (a)

35%

9%31%

2%

23% 1 a 5 salários mínimos

11 a 20 salários mínimos

6 a 10 salários mínimos

Acima de 20 saláriosmínimos

Não quero informar

Gráfico 35. Estado civil

Gráfico 36. Renda familiar

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78

Pode-se dizer que os entrevistados têm uma escolaridade alta, considerando que 75% ou tem título de pós graduação/MBA, superior completo ou superior incompleto.

3.5.2 Hábitos de viagem

A pesquisa foi iniciada com a pergunta sobre hábitos de viagem para identificar se a demanda potencial pode vir a ser uma demanda real já que costuma viajar para destinos costeiros no litoral de São Paulo. Mesmo que a resposta seja negativa, isso não significa que ele não é uma demanda potencial e merece análise.

No gráfico 38, nota-se que 54% dos entrevistados tem o hábito de viajar para o litoral paulista e, uma porcentagem relativamente alta de 46% não viaja especificamente para o litoral paulista, o que não significa que ele não viaje para destinos costeiros.

3

5

7

17

96

154

157

313

0 50 100 150 200 250 300 350

Fundamental incompleto

Fundamental completo

Não quero informar

Médio Incompleto

Pós graduação / MBA

Médio Completo

Superior incompleto

Superior Completo

Gráfico 37. Escolaridade

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79

No litoral paulista, os destinos mais mencionados pelos entrevistados que costumam viajar para destinos costeiros foram: Guarujá, Santos e Ubatuba. Os primeiros localizados no litoral sul e Ubatuba no litoral norte, considerada concorrente de Ilhabela.

.

46%

54%

Não

Sim

134

97

89

70

35

32

30

26

26

19

12

12

11

11

10

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Guarujá

Santos

Ubatuba

Praia Grande

Bertioga

Itanhaém

Peruíbe

Caraguatatuba

Maresias

São Sebastião

Mongaguá

Riviera de São Lourenço

Juquehy

São Vicente

Boicucanga

Gráfico 38. Viaja a destinos do litoral paulista?

Gráfico 39. Destinos litorâneos visitados pelos consumidores potenciais

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80

A grande maioria dos entrevistados (68%) nunca visitou uma ilha, podemos considerar que este tipo de destino não está no imaginário dos entrevistados. Entre os que já visitaram, Ilha Grande (estado do Rio de Janeiro), Fernando de Noronha (estado de Pernambuco) e Ilha do Mel (estado do Paraná) estão entre os principais.

Sobre o período do ano no qual os entrevistados viajam foi identificado que a maioria viaja nos meses de alta temporada da ilha: novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, por serem meses de verão. Julho também teve destaque, considerando que é o mês de férias escolares no Brasil. A resposta era de múltipla escolha, ou seja, os entrevistados poderiam escolher mais de um mês. Meses que merecem destaque: setembro e outubro. Para os respondentes que mencionaram Feriados, sem especificar exatamente quais, a maioria respondeu que costumam usar as pontes dos feriados para emendar, o que sugere um período aproximado de de 4 dias. (gráfico 41)

509

99

79

79

36

26

20

7

3

0 100 200 300 400 500 600

Nenhum

Ilha Grande

Fernando de Noronha

Ilha do Mel

Ilha de Boipeba

Abrolhos

Ilha do Marajó

Ilha do Caju

Ilha do Bananal

Gráfico 40. Já visitou outras ilhas?

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Os meios de hospedagem mais utilizados são: casa de amigos e parentes (29%), hotel (27%) e Pousada (14%). Nota-se que a porcentagem de entrevistados que utilizam a modalidade de hospedagem colaborativa (tipo Airbnb) é baixa, totalizando 2,7%.

361

200

9673 63

87

187

86103 109

213

432

97

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

222

203

108

74

72

27

20

13

8

4

1

0 50 100 150 200 250

Casa de Parentes / Amigos

Hotel

Pousada

Casa Própria - Segunda residência

Casa alugada para temporada

Hostel

Hospedagem colaborativa (estilo Airbnb)

Outros

Camping

Aluguel em casa de família

Casa de Caiçara

Gráfico 41. Em que época do ano costuma viajar?Em que época do ano você costuma viajar?

Gráfico 42. Meio de hospedagem utilizado em viagens

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82

3.5.3 Sobre Ilhabela

Estas questões foram elaboradas com a intenção de compreender o que está no imaginário dos entrevistados com relação especificamente a Ilhabela, considerando o motivo pelo qual eles nunca estiveram na ilha, se pretendem visita-la a médio prazo (2 anos), se conhecem alguém que já esteve na ilha , se sim, o que falou a respeito.

A principal razão mais relatada pelos entrevistados por não terem visitado Ilhabela foi a falta de oportunidade (42%). Merecem destaques as respostas: distância, desconhecimento, balsa e falta de dinheiro. A percepção negativa dos entrevistados sobre a distância e a balsa podem impactar na decisão de escolher Ilhabela em relação a outros destinos do litoral paulista. O desconhecimento sobre o destino impacta diretamente na análise da eficácia das ações de promoção da ilha e por último, a falta de dinheiro, retrata a crise no Brasil, mas pode estar vinculada a imagem de ser um destino caro. Assim mesmo, 77% dos entrevistados consideram visitar a ilha nos próximos dois anos.

Entre os entrevistados que disseram que não tem planos de visitar a ilha nos próximos 2 anos (23%) a maioria atestou principalmente a falta de interesse, o desconhecimento sobre o que fazer no destino e as picadas dos borrachudos como principais razões. (gráfico 44)

317

52

51

48

46

46

25

24

17

16

12

11

10

8

8

0 50 100 150 200 250 300 350

Não houve oportunidade

Falta de tempo

Distância de São Paulo

Desconhecimento

Balsa

Falta de dinheiro

Destino Caro

Borrachudo

Nunca pensou em ir para Ilhabela

Não gosta de destinos praianos

Falta de planejamento

Trânsito ruim na alta temporada

Falta de companhia de amigos/parentes

Família tem casa no entorno de Ilhabela

Não soube dizer!

Gráfico 43. Principais razões de não ter visitado Ilhabela

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83

A maioria dos entrevistados (70%) conhece alguém que já esteve em Ilhabela, para estes perguntamos o que foi que ouviram sobre o destino, as respostas foram: “Bonita”, “Gostam bastante, Mosquito, Muito cheio, Lugar caro”, “Borrachudos”, “Lugar com bastante balada, bom para surfar, amizades”, “Paradisíaca”.

No geral as respostas foram positivas, exceto a recorrência das palavras: caro, balsa e borrachudo que impactam negativamente na imagem do destino.

23%

77%

Não

Sim

70%

30%

Sim

Não

Gráfico 44. Pretende visitar Ilhabela nos próximos dois anos?

Gráfico 45. Conhece alguém que já foi para Ilhabela?

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84

3.5.4 Sobre Marketing

Compreender quais os hábitos dos entrevistados em relação as redes sociais como ferramenta de consulta ou influência nas suas decisões de viagem é importante quando falamos da demanda potencial.

A maioria dos entrevistados (69%) não utilizam aplicativos para obter informação sobre o destino que escolheram para viajar. Entre os 31% dos entrevistados que utilizam, os mais utilizados são: Tripadvisor (46%), Booking (15%) e Trivago (14%). (gráficos 46 e 47)

69%

31%

Não

Sim

Gráfico 46. Utiliza aplicativos para obter informações sobre os destinos das viagens

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A maioria dos entrevistados (45%) não tem o hábito de fazer check in ou usar hash tags nas redes sociais em suas viagens, mas os 36% que o fazem postam principalmente no Facebook e no Instagram (gráficos 48 e 49)

116

37

36

20

16

7

5

5

5

4

0 20 40 60 80 100 120 140

TripAdvisor

Booking

Trivago

Decolar.com

Google

Google Maps

Airbnb

CVC Viagens

Melhores Destinos

Hoteis.com

45%

36%

9%

8% 2%

Não

Sim

De vez em quando

Nunca

NR

Gráfico 47. Aplicativos utilizados para obter informações

Gráfico 48. Quando viaja costuma fazer “check in” ou usar “hashtag” nas redes sociais?

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Ao questionarmos sobre a primeira palavra que vinha à cabeça dos entrevistados sobre Ilhabela: Praia foi o maior destaque, seguida por mar, bonita, natureza, ilha e beleza reforçando o imaginário das vocações do destino, a saber: sol e praia e natureza.

As cores que segundo o imaginário dos entrevistados mais representam Ilhabela foram: Azul, verde e amarelo . Outras cores surgiram como: laranja, branco, bege, marrom, vermelho, lilás mas sem tanto destaque. (gráfico 51)

372

293

50 4630

8 6 5

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Facebook Instagram Snapchat Twitter Youtube Flickr Tinder Pinterest

207

55

47

45

43

37

19

18

18

17

16

13

10

9

8

0 50 100 150 200 250

Praia

Mar

Bonita

Natureza

Ilha

Beleza

Paraíso

Bela

Sol

Borrachudo

Balsa/Balsa-fila

Tranquilidade

Linda

Ilha BELA

Água

Gráfico 49. Redes Sociais utilizadas para fazer check ins e hashtags

Gráfico 50. Palavra que representa Ilhabela como destino turístico

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3.6 Pesquisa sobre imagem com stakeholders e comunidade

3.6.1 Passado, presente e futuro do turismo em Ilhabela

A entrevista iniciava pedindo que o entrevistado traçasse um panorama do turismo em Ilhabela há 10 anos atrás, como ele acontece atualmente e qual seria o formato ideal no futuro. Estimulava-se que fossem considerados na resposta o tipo de turista, os impactos positivos e negativos da atividade, o tipo de negócios e empregos gerados a partir da atividade.

Quando analisando o passado, de forma unânime os entrevistados relataram que o perfil do público mudou consideravelmente. Há 10 anos era um turista mais qualificado, de classe social mais elevada que buscava qualidade e valorizava a preservação ambiental. Destacou-se, também, a chegada dos navios de cruzeiro que traziam para a ilha, turistas que movimentavam o comércio e os restaurantes.

Também de maneira unânime os entrevistados definem o turismo atual como foco de atenção, análise e correção. Isso porque o turista de hoje chega em quantidade maior, porém com um poder de consumo mais reduzido. Isso tem impactado negativamente os setores de hospedagem, gastronomia e comércio. Outro ponto destacado é o aumento do número de visitantes de um dia (excursionistas), oriundos das cidades vizinhas, que além de não consumirem na cidade, ainda sobrecarregam a infraestrutura básica.

1111222223334588101322

32116

209508

0 100 200 300 400 500 600

Azul cianoPreto

Róseo claroRoxo

Amarelo claroAzul brilhante

Azul celesteCinzaLilás

Verde MusgoAzul Turquesa

DouradoRóseo

MarromBege

Verde ClaroVermelhoAzul Claro

LaranjaBrancoAmarelo

VerdeAzul

Gráfico 51. Cores que representam Ilhabela

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A questão da infraestrutura turística foi avaliada de forma distinta pelos empresários e pela população. Os primeiros entendem que houve um aumento do número de restaurantes e meios de hospedagem principalmente, e isso acirrou a concorrência levando a uma situação onde torna-se necessário um número elevado de turistas para que os estabelecimentos possam se manter abertos. Um dos entrevistados afirma que: “Não queremos que a Ilhabela vire um Guarujá. O aumento descontrolado da oferta fez com que hoje seja necessário lotar a Ilha para que todos tenham uma taxa de ocupação aceitável.”. Já a população entende que a melhoria da infraestrutura turística trouxe mais pessoas e, consequentemente, mais empregos.

Outro problema destacado é a questão da sazonalidade. Todos os entrevistados entendem que o modelo atual é insustentável financeira e ecologicamente. Não se deve concentrar o fluxo em 4 meses do ano.

O setor público reconhece essa situação conflituosa principalmente em relação aos meios de hospedagem e inclui as novas plataformas de reserva online, sites de locação de casas e hospedagem colaborativa (modelo Airbnb), como outro ponto de atenção uma vez que, ao baratear o preço da hospedagem, ajudam a atrair um público que não é tão qualificado como o empresariado gostaria.

Na projeção do futuro, é possível perceber que setor privado e comunidade compartilham da mesma percepção. É necessário promover o turismo de forma sustentável, o que pode implicar no controle de acesso para garantir que a capacidade de carga da ilha não seja excedida. Essas ações podem trazer de volta o turista mais qualificado que a Ilha perdeu nos últimos anos, porém é primordial que alguns ajustes sejam feitos para atender a esse turista mais exigente como a qualificação da mão de obra e a melhoria do saneamento básico.

O setor público entende necessária a qualificação do público, porém, ressalta que não é mais possível pensar o destino apenas para um segmento. Por isso, é necessário estruturar produtos que atendam ao público A/B e, também, produtos que sejam adequados para o público B/C.

Importante mencionar a falta de alinhamento do setor público com o privado e a comunidade sobre a visão de futuro. Para desenvolvimento do Plano de Marketing esta visão deverá ser alinhada para que se possa elaborar programas e projetos focados na redução da sazonalidade e qualificação do público de maneira eficiente.

3.6.2 Impactos do turismo e inserção da população na atividade turística.

O levantamento dos impactos do turismo na vida pessoal e profissional dos entrevistados bem como a percepção de cada um sobre estar ou não inserido na atividade turística foi feito apenas com moradores.

Em sua maioria, os entrevistados relatam estar inseridos na atividade e reconhecem que o turismo trouxe qualidade de vida para os moradores e aumento do poder aquisitivo. Entendem, também, que hoje a economia entraria em colapso caso o turismo deixasse de existir.

Esse reconhecimento não minimiza, porém, as queixas relativas aos impactos ambientais e sociais agravados pela alta temporada. Há ressalvas em relação a sujeira que o turista deixa na praia, a poluição sonora e o transito caótico.

3.6.3 A promoção do destino Ilhabela

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Solicitou-se aos entrevistados que opinassem sobre a forma como a cidade de Ilhabela está sendo promovida para turistas e agentes de viagem. As respostas mostraram que empresários, representantes da sociedade civil organizada, moradores e poder público têm visões diferentes sobre o assunto.

• Empresários e representantes da sociedade civil organizada: entendem que a

forma atual de promoção precisa ser repensada. Para esses entrevistados, as

ações em curso não atingem o público mais qualificado que o empresariado

quer resgatar e ajudam na concentração dos turistas na alta temporada. Outro

ponto destacado foi a pouca promoção que se faz de diferenciais importantes

como a segurança, a qualidade dos atrativos e serviços, a diversidade da

gastronomia e as belezas naturais. Foi elogiado, porém, o esforço de inserir a

Ilhabela na mídia televisiva seja por meio de anúncios pagos, seja pelo

estímulo à realização de eventos como o Miss Brasil que projetam as

paisagens locais em todas as regiões brasileiras, mas esta avaliação não é

unânime. Um outro ponto abordado foi a necessidade de se retomar o

incentivo a parada de cruzeiros. Embora em um primeiro momento tenha sido

dito que nem sempre o público que desembarca é qualificado, ficou o

reconhecimento de que parte desse público retorna para uma segunda visita,

utilizando então as pousadas, restaurantes e demais serviços da ilha.

• Comunidade: entende a promoção do turismo como eficiente. O aumento do

número de turistas na ilha dá a esses entrevistados a sensação de que a

cidade está sendo divulgada. Enquanto o primeiro grupo de entrevistados

entende que a atual política de promoção de shows e eventos não tem atraído

turistas, os moradores percebem um aumento do número de visitantes

circulando quando esses shows acontecem. Ressaltam, porém, que esses

visitantes costumam trazer seus itens de consumo e deixam muita sujeira

depois que vão embora.

• Poder público: entende que para melhorar a promoção do destino é importante

ajustar a estrutura organizacional da secretaria, que passaria a contar com

uma agencia ou autarquia responsável por operacionalizar projetos e captar

recursos e, estimular a iniciativa privada a criar mais produtos (culturais e eco

turísticos) que possam ser promovidos.

As diferentes percepções sobre a promoção do destino turístico de Ilhabela mostram novamente a necessidade de fortalecimento do alinhamento entre o poder público e a iniciativa privada. A percepção da comunidade que está envolvida no processo é que a promoção está sendo eficaz, principalmente porque sentem a presença de mais turistas quando se realizam eventos culturais, mas questionam o tipo de turistas que estão visitando Ilhabela.

3.6.4 A imagem do destino Ilhabela

Quando perguntados sobre problemas ambientais, estruturais, políticos ou sociais que impactam negativamente a imagem da Ilhabela como destino as respostas foram similares para todos os públicos.

A qualidade da balsa, a falta de saneamento básico, o preço elevado dos restaurantes, os borrachudos, o aumento do número de moradores de rua e o não respeito à capacidade de carga na alta temporada são fatores que impactam negativamente a imagem que o turista tem da ilha.

Page 92: Negócios Sustentáveis Cássio Garkalns Líder do contrato Fernanda Hümmel Gestora do projeto e especialista em Marketing …

90

Por outro lado, parece inquestionável que ao final da visita, a experiência do turista é positiva e ele deixa Ilhabela dizendo-se encantado com as belezas naturais, elogiando a gastronomia e afirmando que retornará em outra oportunidade.

3.6.5 Atributos para a construção da marca turística de Ilhabela

Uma vez estabelecida a imagem média de Ilhabela, ou seja, o perfil mais difundido no mercado, a pesquisa buscou identificar atributos que auxiliarão na construção de uma marca turística para a ilha.

Primeiramente, os entrevistados foram estimulados a identificar atividades que eles consideravam representativas da vida em Ilhabela. As mais citadas foram:

1. Turismo;

2. Pesca;

3. Atividades e Esportes aquáticos;

4. Agricultura;

5. Eventos.

Em um segundo momento, questionou-se quais eram as melhores coisas que um visitante precisa conhecer, experimentar e/ou vivenciar durante sua visita. As mais citadas foram:

1. Praias;

2. Trilhas para curtir a natureza;

3. Banhos de Cachoeira;

4. Visita aos Mirantes;

5. Experimentar diferentes restaurantes;

6. Conhecer a Fazenda Engenho D´Agua;

7. Visitar a Igreja Matriz;

8. Conhecer o Farol da Ponta do Boi;

9. Ir ao museu do Naufrágio;

10. Comprar o artesanato local.

Quando solicitados a definir Ilhabela em uma palavra, as respostas foram diversas mas ressaltaram os pontos fortes da ilha. As palavras mais citadas foram:

1. Natureza

2. Vida / Boa vida

3. Tudo de bom

4. Sossego/Tranquilidade

5. Ilha bela

6. Paraíso

7. Paz

8. Liberdade

9. Felicidade/Alegria

10. Floresta

11. Maravilhosa

12. Família

13. Amor

Os entrevistados também foram estimulados a pensar em cores que representassem Ilhabela. O verde representando a natureza e o azul representando o céu e o mar

Page 93: Negócios Sustentáveis Cássio Garkalns Líder do contrato Fernanda Hümmel Gestora do projeto e especialista em Marketing …

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apareceram em todas as respostas. Menos citado foi o amarelo representando o sol. Um dos entrevistados fez uma menção que merece destaque: “As 7 cores do arco-íris representam muito bem a diversidade que é Ilhabela, diversa nas suas belezas e atrativos e diversa pelo tipo de turista que pode atender seja considerando gênero, de credo, religião, etc”

Como última contribuição, os entrevistados sugeriram formas/elementos que deveriam estar presentes na marca turística. As citadas foram:

1. Prisma porque ele tem energia, luz, etc

2. Montanha (apareceu mais de 1 vez)

3. Sol (apareceu mais de 1 vez)

4. Praia (apareceu mais de 1 vez)

5. Algum elemento que represente a elevação espiritual

6. Vento (embora de difícil representação)

7. Mar

8. Vegetação

9. Mão com remo (representando o caiçara)

10. Ilha do Amor

11. Coração (pois acolhe todo mundo)

12. Veleiros (apareceu mais de 1 vez)

13. Peixe Espada

A seguir um resumo dos discursos extraídos das entrevistas sobre cada tema abordado na pesquisa.

Temas abordados

Percepções Público respondente

Passado (10 anos atrás)

• Turista mais qualificado, classe social mais elevada, maior preocupação com o meio ambiente

Unânime

Momento atual • Turista vem em maior quantidade na alta temporada, mas tem consumo reduzido. Aumento de excursionistas. Meios de hospedagem estão sofrendo com a concorrência dos sites de reserva e hospedagem colaborativa (modelo Airbnb), impacto na qualidade do turista.

Unânime

Visão de futuro (mais 10 anos)

• Trazer de volta público mais qualificado. Promoção de forma sustentável, preocupação com a capacidade de carga. Melhorar a mão de obra com capacitação e a infraestrutura para receber o turista mais qualificado.

Stakeholders, iniciativa privada e comunidade

• Entende a necessidade de qualificar o público. Não pode depender de apenas um

Poder público

Tabela 12 – Resumo da Pesquisa de Imagem com Poder público, Stakeholders e Comunidade

Page 94: Negócios Sustentáveis Cássio Garkalns Líder do contrato Fernanda Hümmel Gestora do projeto e especialista em Marketing …

92

segmento. Atendimento da demanda A/B mas também a C/D.

Infraestrutura turística

• Aumento de oferta de meios de hospedagem e restaurantes. Situação insustentável, impacto no saneamento básico.

Stakeholders e iniciativa privada

• Melhoria na infraestrutura turística ajudou na melhoria da infraestrutura para os moradores. Trouxe mais turistas gerando mais empregos. Preocupação com turistas que deixam lixo nas praias.

Comunidade

Sazonalidade • Modelo atual do turismo na ilha é insustentável, econômica e ecologicamente. Fluxo concentrado em 4 meses (dez/jan/fev/mar)

Unânime

Promoção do destino

• Precisa ser repensada para atrair um turista mais qualificado. Pouco se fala dos atributos positivos da ilha como: segurança, qualidade dos atrativos e serviços, diversidade da gastronomia e as belezas naturais. Elogio ao esforço de trazer eventos relevantes como Miss Brasil 2017 (esta percepção não foi unânime), criticam shows e eventos que não trazem turistas. Retomar incentivos para os cruzeiros (público não tão qualificado, mas que retorna mais vezes e faz promoção boca a boca para parentes e amigos)

Stakeholders e iniciativa privada

• Promoção eficiente. Shows e eventos trazem turistas, mas são menos qualificados deixando sujeira na ilha.

Comunidade

• Promoção eficiente depende da estruturação organizacional da Sectur. Criação de uma agência/autarquia para gerar parcerias.

Poder público

Imagem do destino

• Impactam negativamente na imagem:

• - qualidade da balsa, falta de saneamento básico, preço elevado dos restaurantes, borrachudos, aumento do número de moradores de rua, não respeito à capacidade de carga na alta temporada.

Unânime

Imagem do destino - Pós viagem

• Experiência do turista é positiva: encantamento com as belezas naturais, elogia a gastronomia e afirma que retornará em outra oportunidade.

Unânime

• Atividades principais: Turismo; Pesca; Atividades e Esportes aquáticos; Agricultura e Eventos.

• Imperdível na ilha (top 5): Praias; Trilhas para curtir a natureza; Banhos de Cachoeira; Visita aos Mirantes; Experimentar diferentes restaurantes.

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Marca Turística • Palavra que define Ilhabela: Natureza, Vida / Boa vida, Tudo de bom, Sossego/Tranquilidade, Ilha – bela

• Cores que representam Ilhabela: verde e azul mais recorrentes. Menos recorrente: amarelo.

• Elementos gráficos: prisma (representa vida, energia), montanha, sol, praia.

A seguir, analisou-se a oferta turística de Ilhabela a partir de dados coletados por meio de análise documental e digital, realização de entrevistas presenciais com o trade local e Oficina Colaborativa. O objetivo desta pesquisa foi mapear os produtos e segmentos turísticos já estruturados e comercializados que possam ser promovidos e divulgados no Plano de Marketing Turístico de Ilhabela.

3.7 Oficina colaborativa sobre a oferta turística

Além de trabalhar com os mapas colaborativos, e para ampliar o debate das questões intrínsecas ao que poderia ser representado a metodologia da oficina também incluiu, um debate para dar oportunidade aos presentes de se manifestarem em relação ao que pensavam sobre os atrativos e produtos turísticos da ilha, os objetivos do Plano de Marketing turístico (execução e planejamento de estratégias); além de possibilitar esclarecimentos sobre a importância dos alinhamentos de discursos e interesses coletivos em relação ao desenvolvimento integrado do destino turístico de Ilhabela e a estruturação de produtos turísticos.

Dinâmica 1 - Cartografias colaborativas

O princípio do desenvolvimento de cartografias colaborativas dentro do planejamento de marketing turístico é o de trabalhar a percepção dos atores sobre o território com foco sobre os atrativos e produtos turísticos que eram conhecidos e passíveis de promoção (iniciada ou ampliada).

Assim, os mapas com o perímetro de Ilhabela incluíram os pontos referenciais de São Sebastião, Ilha da Vitória e dos Búzios e algumas praias ao norte, sul, leste e oeste só a título de localização geral dos agentes do turismo, para que assim, eles pudessem identificar com “bolinhas adesivas coloridas” tudo o que conheciam, partindo da seguinte pergunta:

De atrativos e produtos turísticos: O QUE VOCÊ CONHECE?

As bolinhas amarelas representavam o segmento turístico de Sol e Praia; as bolinhas vermelhas se referiam ao Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural; as verdes, deveriam ser utilizadas para identificar os segmentos de Ecoturismo, Turismo de Natureza, de Aventura (incluindo birdwatching); e as azuis, foram usadas para pontuar a oferta de cruzeiros, eventos (casamentos e Meetings, Incentives, Conferences and Exhibitions – M.I.C.E), Turismo Náutico e outros que fossem por eles identificados.

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Foi solicitado que os participantes saíssem do papel do empresários(as), empreendedores ou prestadores de serviços para possibilitar um olhar mais sensível sobre Ilhabela (o lugar em que viviam, que conheciam e amavam), não identificando apenas o que já existe ou que está estruturado mas sim, o que conheciam e indicariam (ou promoveriam) aos turistas, amigos e/ou parentes.

Foram dados cerca de 35 minutos para que as cartografias fossem elaboradas pelos grupos: 1) André (Bonete), Inez (Pousada do Capitão) e Kelly (BL3); 2) Almiro (C&VB), Humberto (Parque Estadual de Ilhabela), Michael (Pousada Refúgio da Harmonia); 3) Guido (Profissional Autônomo do Turismo), Pablo (Instituto Ilhabela Sustentável), Gabriel (Secretaria de Turismo); e 4) Fábio (Espaço Galileu), Roberto (Jipe Aventura), Ronald (Profissional Autônomo do Turismo), Aurélio (Sectur).

O primeiro grupo identificou, dentro das classificações (em cores), os seguintes atrativos turísticos:

• Turismo de Sol e Praia (amarelo): Paisagem das Praias da Figueira, Guaxumas, Serraria e Ponta Grossa;

• Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (vermelho): Farol da Marinha, Comunidades Tradicionais na Praia da Figueira, Serraria, Ilha dos Búzios e da Vitória; Culinária Caiçara em Guanxumas

• Ecoturismo, Turismo de Natureza, de Aventura (verde): Trilha do Saco do Sombrio à Ponta do Boi; trilhas entre a praia e cachoeiras na Praia da Figueira, Guaxumas, Serraria e Ponta Grossa; Poço entre a Praia da Fome e a Ponta Grossa; Ecoturismo na Ilha dos Búzios e da Vitória;

• Turismo de Eventos, de Cruzeiros, náutico ou outros (azul): Parada de barcos no Saco do Sombrio, Guanxumas e entre a Praia da Fome e Ponta Grossa.

Atrativos - Localização Potencialidade Observações

Ponta do Boi Ecoturismo (trilhas, birdwatching)

Pertence à Marinha do Brasil que quer passar para a Prefeitura Municipal de Ilhabela - PMI

Comunidade Tradicional – Praia da Figueira

Ecoturismo (trilhas), Sol e Praia, Turismo Cultural, Turismo de Base Comunitária – TBC

TBC – desde que as comunidades queiram receber

Estruturar as comunidades com equipamentos básicos (saneamento, água e placas solares), bem como capacitação para receber os turistas.

Praia da Serraria Ecoturismo (trilhas), Sol e Praia, Turismo Cultural, TBC

TBC – desde que as comunidades queiram receber

Estruturar as comunidades com equipamentos básicos (saneamento, água e placas solares), bem como capacitação para receber os turistas.

Ilha dos Búzios Ecoturismo (trilhas), Sol e Praia, Turismo Cultural, TBC

TBC – desde que as comunidades queiram receber

Estruturar as comunidades com equipamentos básicos (saneamento, água e placas solares), bem como capacitação para receber os turistas.

Ilha da Vitória Ecoturismo (trilhas), Sol e

TBC – desde que as comunidades queiram receber

Tabela 13: Atrativos apontados na cartografia

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Praia, Turismo Cultural, TBC

Estruturar as comunidades com equipamentos básicos (saneamento, água e placas solares), bem como capacitação para receber os turistas.

Poço Ecoturismo (cachoeiras, trilhas), Sol e Praia, Turismo Náutico (parada de barcos)

Ecoturismo – necessidade de reestruturação das trilhas

Guanxuma Ecoturismo (trilhas), Sol e Praia, Turismo Náutico

Ecoturismo – necessidade de revitalização das trilhas

Existe uma família que explora o local apenas na temporada de Verão. Mas tem potencial para o ano todo.

Fonte: Grupo 1.

O segundo grupo identificou, dentro das classificações (em cores), os seguintes atrativos turísticos :

• Turismo de Sol e Praia (amarelo): Praias do Bonete e Castelhanos

• Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (vermelho): Bonete, Ponta da Sela, Vila, Ponta das Canas, Ponta Grossa, Ponta do Boi, Ilha da Serraria, Castelhanos, Ilha dos Búzios e da Vitória

• Ecoturismo, Turismo de Natureza, de Aventura (verde): Trilha do Baepi, Bonete, Castelhanos, Ilha de Búzios e Ilha da Vitória.

• Turismo de Eventos, de Cruzeiros, Náutico ou outros (azul): o Turismo de Base Comunitária foi identificado com inscrições a lápis como potencial no Bonete, Castelhanos, Ilha dos Búzios e Ilha da Vitória.

Observações e sugestões

1- Trilha “Volta à Ilha” 1- Pesca Esportiva

2- Quatro faróis 2- Vivência Empresarial (terra e mar)

3- Sítios arqueológicos 3- Roteiro Botânico, Geológico e sobre a Fauna

4- Naufrágios – polígono de mergulho 4- Esportes Radicais (parapente, asa delta etc)

5- Histórias de piratas (pirataria) 5- Eventos esportivos em geral

6- Engenhos (cachaça) 6- Eventos Outdoor

7- Cerveja Artesanal

Fonte: Grupo 2

O terceiro grupo identificou, dentro das classificações (em cores), os seguintes atrativos turísticos:

• Turismo de Sol e Praia (amarelo): Praias do Saco do Sombrio, Vermelha, Castelhanos, Saco do Eustáquio, Fome, Jabaquara, Pacuíba, Armação, Siriúba, Viana, Perequê, Ilha das Cabras, Feiticeira, Praia Grande, Curral, Veloso, Bonete, Indaiaúba, Anchovas.

• Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (vermelho): Borrifos, Restaurante Almirante, Restaurante Papagaio, Restaurante Ilha Sul, Restaurante Pescador

Tabela 14: Potencialidades – observações feitas na cartografia pelo grupo 2

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Marujo, Restaurantes Gaudi, Casa Verde, Pimenta de Cheiro, Max, Cura, Viana, Balena.

• Ecoturismo, Turismo de Natureza, de Aventura (verde):Parque Estadual de Ilhabela – PEIB, Cachoeira Paquetá, Cachoeira do Veloso, Buraco do Cação (terra e mar), Cachoeira do Areado, Trilha Bons Castelhanos, Cachoeira Sapopecuba, Trilha Castelhanos-Praia Vermelha, Cachoeira da Toca, Cachoeira do Saco do Sombrio, Cachoeira do Codó, Cachoeira da Galhotinha, Cachoeira da Água Branca, Cachoeira do Gato, Cachoeira do Saco do Eustáquio, Trilha do Poço, Trilha Jabaquara-Poço, Trilha Jabaquara-Fome, Trilha da Friagem, Trilha Cachoeira do Bananal, Trilha do Pico do Baepi, Caiaque em Guanxumas.

• Turismo de Eventos, de Cruzeiros, Náutico ou outros (azul): Surf na Praia de Anchovas e Castelhanos, Turismo Náutico nas praias do Julião, Curral, Mergulho na Ilha das Cabras, Kitesurf e Jet Ski na Praia do Perequê e da Armação, Windsurfe na Praia da Armação, Vela em Barreiros e Viana, Naufrágios nas Praias do Viana e Castelhanos, Mergulho na Praia da Ponta da Sela nas áreas dos navios Velásquez e Teresina, e do outro lado na ilha na área do naufrágio do navio Príncipe de Astúrias.

Potencialidades

P1.Pico do Rodamonte P6.Praia das Caveiras (naturismo)

P2.Cachoeira Grande do Areado P7.Trilha dos Tesouros (Figueira, Saco do Sombrio, Ponta do Boi)

P3.Trilha da Vila-Bonete (do Estevão) P8.Torre/Mirante Birdwatching no Parque Estadual de Ilhabela – PEIB

P4.Trilha Poço-Serraria P9.Hotel Elevado na Mata (Hotel de Selva como na Amazônia)

P5.Ponta do Boi

Fonte: Grupo 3

O último e quarto grupo identificou, dentro das classificações (em cores), os seguintes atrativos turísticos :

• Turismo de Sol e Praia (amarelo): Praia do Bonete, Castelhanos, do Saco do Eustáquio, da Fome, do Jabaquara, da Pacuíba, da Armação, do Sino, da Feiticeira, do Julião e do Curral, Ilha das Cabras.

• Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (vermelho): Comunidades Tradicionais do Bonete, Castelhanos, Lenda da Pedra do Sino, Vila, Engenho D’água, Barra Velha e Vermelhos, Igreja Histórica Salga Baleias (Praia da Armação).

• Ecoturismo, Turismo de Natureza, de Aventura (verde): Travessia/Trilha Bonete-Castelhanos, Bonete, Praia Mansa e Vermelha, Cachoeira do Gato, Trilha Água Branca, Trilha da Serraria, do Poço, do Jabaquara-Fome, da Cachoeira da Friagem, do Baepi, Parque Municipal das Cachoeiras, Barra Velha, Mergulho na Ilha das Cabras e dos Búzios, Cachoeira dos Três Tombos, Trilha da Cachoeira do Veloso

• Turismo de Eventos, de Cruzeiros, Náutico ou outros (azul): Ponta da Sela, Casa de Canoa no Veloso, Espaço Galileu e Fazenda São Matias (Praia da Feiticeira) para casamentos, Ponta das Canas (rampa de kitesurf e vela), Marina Gunard (marina e casamentos), SEA Club (festas e casamentos), Saco do Indaiá e Yatch Club (Vila), Praia do Pinto (Vila Salga para casamentos)

Tabela 15: Potencialidades - observações feitas na cartografia do grupo 3

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Potencialidades

Festejar na Laje (este item em vermelho no mapa, está indecifrável. Supõe-se que a palavra seja “festejar”)

Barra Velha (em azul) potencial para a construção de espaços de lazer, esportes, Turismo Náutico/Cultural/Ecoturismo Aproveitamento do acesso da Balsa, construção de ponte de madeira e ciclovia

Cachoeira do Bananal (em verde)

Ponta das Canas (em vermelho) – farol e forte

Praia do Gato (em amarelo) – potencial circuito de cachoeira, praia, mirante e comunidade tradicional)

Praia de Castelhanos (em vermelho) – ruínas e cemitério como potenciais atrativos turísticos

Museu Náutico (revitalização) no Parque Municipal das Cachoeiras

Ponta do Boi (em vermelho e verde)

Fonte: Grupo 4

Diante do exposto por todos os grupos em suas cartografias e escritas foi possível chegar aos atrativos turísticos mais recorrentes nas menções dos grupos de trabalho.

Turismo de Sol e Praia Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural

Ecoturismo, Turismo de Natureza, de Aventura

Turismo de Eventos, de Cruzeiros, Náutico ou outros

Praia da Figueira Comunidade Tradicional da Praia da Figueira

Trilha entre a praia e cachoeira na Praia da Figueira

Praia de Guanxumas Culinária Caiçara de Guanxumas

Trilha entre a praia e cachoeira na Praia de Guanxumas Caiaque em Guanxumas

Parada de barcos na Praia de Guanxumas

Praia da Serraria Comunidade Tradicional da Praia da Serraria Ilha da Serraria

Trilha da Praia da Serraria Trilha da Serraria

--

Praia da Ponta Grossa Ponta Grossa Trilha da Praia da Ponta Grossa Parada de barcos na Praia da Ponta Grossa

Praia do Perequê Comunidade Tradicional da Praia da Ilha da Vitória Ilha da Vitória

Ecoturismo na Ilha da Vitória Ilha da Vitória TBC Ilha da Vitória (potencial) Parque Estadual de Ilhabela – PEIB.

Kitesurf e Jet Ski na Praia do Perequê

-- Comunidade Tradicional da Praia da Ilha de Búzios Ilha dos Búzios

Ecoturismo na Ilha dos Búzios Ilha dos Búzios TBC Ilha dos Búzios (potencial) Cachoeira Paquetá Mergulho na Ilha dos Búzios

--

Praia do Saco do Sombrio Ponta do Boi Trilha do Saco do Sombrio à Ponta do Boi Cachoeira do Saco do Sombrio

Parada de barcos no Saco do Sombrio

Praia da Fome Praia da Fome

-- Trilha entre a praia do Poço e da Fome Trilha do Poço Trilha do Poço

Parada de barcos na Praia da Fome

Praia do Bonete Praia do Bonete Praia do Bonete

Comunidade Tradicional do Bonete Comunidade Tradicional do Bonete

Trilha do Bonete TBC Bonete (potencial) Bonete Travessia/Trilha Bonete-Castelhanos

--

Praia de Castelhanos Praia de Castelhanos Praia de Castelhanos

Comunidade Tradicional de Castelhanos Comunidade Tradicional de Castelhanos

Trilha de Castelhanos TBC Castelhanos (potencial) Travessia/Trilha Bonete-Castelhanos Trilha Bons Castelhanos Trilha Castelhanos-Praia Vermelha

Surf na Praia de Castelhanos Naufrágio na Praia de Castelhanos Naufrágio do navio Príncipe de Astúrias

Praia do Jabaquara Praia do Jabaquara

Vila – Centro Histórico Vila

Trilha do Jabaquara-Fome Trilha Jabaquara-Poço Trilha Jabaquara-Fome

Marina Gunard (marina e casamentos) SEA Club (festas e casamentos) Yatch Club

Tabela 16: Potencialidades – observações feitas na cartografia do grupo 4

Tabela 17: Atrativos mais recorrentes nas menções dos grupos de trabalho*

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Praia do Saco do Eustáquio Praia do Saco do Eustáquio

Ponta das Canas Cachoeira do Gato Cachoeira do Gato

Ponta das Canas (rampa de kitesurf e vela)

Praia Vermelhos Praia Vermelhos Praia Vermelhos --

Praia Pacuíba Praia da Pacuíba

Borrifos Praia Mansa --

Praia da Armação Praia da Armação

Igreja Histórica Salga Baleias (Praia da Armação)

Trilha Água Branca Parque Municipal das Cachoeiras Cachoeira da Água Branca

Kitesurf e Jet Ski na Praia da Armação Windsurfe na Praia da Armação

Praia Viana -- Trilha da Cachoeira da Friagem Trilha da Friagem

Vela na Praia do Viana Naufrágio na Praia do Viana

Praia da Feiticeira Praia da Feiticeira

-- Cachoeira dos Três Tombos Espaço Galileu e Fazenda São Matias (casamentos - Praia da Feiticeira)

Praia do Curral Praia do Curral

-- Trilha do Baepi Trilha do Baepi Trilha do Pico do Baepi

Turismo Náutico na praia do Curral

Praia do Veloso -- Trilha da Cachoeira do Veloso Cachoeira do Veloso

Casa de Canoa no Veloso

Praia de Indaiaúba -- -- Vela em Barreiros

Praia de Anchovas -- -- Surf na Praia de Anchovas

Praia do Sino Lenda da Pedra do Sino -- --

Praia do Julião -- -- Turismo Náutico na praia do Julião

Ilha das Cabras Ilha das Cabras

Comunidade Tradicional Ponta da Sela

Mergulho na Ilha das Cabras Mergulho na Ilha das Cabras

Ponta da Sela Mergulho na Praia da Ponta da Sela nas áreas dos navios Velásquez e Teresina

Fonte: GKS Negócios Sustentáveis *As menções do grupo 1 estão em preto, do grupo 2 em vermelho, do grupo 3 em azul e do grupo 4 em verde.

Pela leitura percebe-se que entre as praias mais mencionadas estão: as do Bonete, Castelhanos (mencionadas por 3 grupos) e Fome, Jabaquara, Saco do Eustáquio, Praia da Pacuíba, da Armação, da Feiticeira e do Curral (mencionadas por 2 grupos).

Da mesma forma foram identificados os patrimônios histórico, cultural e artístico a Comunidade Tradicional de Castelhanos, Bonete, Ilha da Serraria, da Vitória e dos Búzios (mencionada por 2 grupos).

Como atrativos relacionados ao Ecoturismo, Turismo de Natureza e Aventura foram mencionados por 4 grupos: a Trilha de Castelhanos; por 3 grupos: a Ilha dos Búzios, Trilha do Baepi, do Bonete, do Jabaquara e do Poço; e por 2 grupos: o Mergulho na Ilha das Cabras, a Praia de Guanxumas, Saco do Sombrio, Trilha da Serraria, Ilha da Vitória, Cachoeira do Gato, Cachoeira da Água Branca e da Friagem.

E referente ao Turismo de Eventos, Náutico, de Cruzeiros e demais segmentos, foram mais recorrentes as pontuações sobre: as marinas náuticas, a Praia de Castelhanos e da Armação, do Viana e da Ponta da Sela (mencionadas por 2 grupos).

Turismo de Sol e Praia Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural

Ecoturismo, Turismo de Natureza, de Aventura

Turismo de Eventos, de Cruzeiros, Náutico ou outros

Praia Siriúba Ponta do Boi Parque Estadual de Ilhabela – PEIB.

Saco do Indaiá

Praia do Perequê Farol da Marinha Cachoeira Paquetá

Kitesurf e Jet Ski na Praia do Perequê

Praia de Indaiaúba Borrifos Praia Mansa Praia do Pinto (Vila Salga para casamentos)

Praia de Anchovas Ponta das Canas Cachoeira da Toca Ponta das Canas (rampa de kitesurf e vela)

Praia do Julião Igreja Histórica Salga Baleias (Praia da Armação)

Cachoeira Sapopecuba Espaço Galileu e Fazenda São Matias (casamentos - Praia da Feiticeira)

Tabela 18: Atrativos menos recorrentes nas menções dos grupos de trabalho

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Restaurante Papagaio Cachoeira do Areado --

-- Restaurante Viana Cachoeira do Codó --

Praia do Sino Lenda da Pedra do Sino Cachoeira dos Três Tombos --

-- Engenho D’água Buraco do Cação (terra e mar) --

-- Barra Velha Barra Velha --

-- Restaurante Casa Verde Cachoeira da Galhotinha Turismo Náutico na praia do Curral

-- Restaurante Pimenta de Cheiro Trilha Cachoeira do Bananal Casa de Canoa no Veloso

-- Restaurante Max Vela em Barreiros

-- Restaurante Cura -- Surf na Praia de Anchovas

-- Restaurante Balena -- Turismo Náutico na praia do Julião

-- Comunidade Tradicional Ponta da Sela

-- Ponta da Sela

-- Restaurante Pescador Marujo -- --

-- Restaurante Gaudi -- --

-- Restaurante Almirante -- --

Restaurante Ilha Sul --

Fonte: GKS Negócios Sustentável *As menções do grupo 1 estão em preto, do grupo 2 em vermelho, do grupo 3 em azul e do grupo 4 em verde.

Por estes cruzamentos de informações nota-se que, no coletivo das ideias ainda aparecem atrativos turísticos que figuraram de forma pontual ou potenciais que, podem e devem ser trabalhados em planos posteriores de reestruturação turística para a diversificação da oferta.

Dinâmica 2 - Análise sobre promoção e produtos na baixa temporada

A segunda dinâmica foi concentrada na resposta escritas (em tarjetas verdes) a dois questionamentos sobre os períodos de baixa temporada ou de sazonalidade turística (referente à diminuição dos fluxos turísticos em Ilhabela).

O objetivo era identificar se os produtos turísticos vendidos na baixa temporada eram os mesmos da alta temporada (diferenciais ou similaridades) e como a promoção destes produtos era feita (que ferramentas ou canais de comunicação eram utilizados para tal divulgação) e se ocorria abordagens ou linguagens diferenciadas para alta e para a baixa temporadas.

O QUE VOCÊ VENDE E COMO VOCÊ DIVULGA?

Nas tarjetas verdes foram dispostas as respostas conforme resume a tabela 20.

Quem? O que vende? Como divulga? Observações

Espaço para eventos Galileu (na Feiticeira e Vila)

Eventos de pequeno porte e diurnos – aproveitando o aumento populacional em alta temporada

Instagram, Google, Blogs especializados, Abordagem de sócios

A baixa temporada do turismo em geral para o destino é, na verdade, a alta temporada para eventos e casamentos (janeiro/fevereiro/julho/agosto)

Jipe Aventura – Roberto

Passeios de Jipe Os passeios são divulgados em parceria com empresas de eventos (casamentos e corporativos), de ecoturismo; em mídia impressa (revistas), Facebook (fan page), entre públicos específicos de eventos de acordo com os eventos existentes na cidade.

Sua baixa temporada se concentra nos meses de maio, junho, agosto e setembro.

Sítio Rodamonte - Pablo Melero

Sítio para aluguel por temporada (inclui

Mail marketing, Facebook (público em geral), Promoções em sites de reserva como o

--

Tabela 19: O que vende e como divulga?

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atividades de birdwatching, turismo de natureza, sol e praia (quando não há frente fria), piscina aquecida, hidromassagem, segurança e privacidade)

Booking, Trip Advisor, Expedia; Mailing próprio (públicos específicos), sites de aluguel por temporada (Homeway, AirBnB, CasaFérias); Google Adwords e Google my Business10.

Pousada do Capitão – Inez

Hospedagem em local temático com ótimo café da manhã artesanal. Trabalha com aniversários em cidades até 400Km de Ilhabela e que caiam na sexta ou segunda para públicos das classes A e B, com idade entre 30 e 70 anos.

Divulga nos eventos da cidade, em redes sociais, no Google Adwords, mailing dos Roteiros de Charme, Associação da Rede Plaza Inn e Convention & Visitors Bureau, Site da própria pousada

--

Pousada Canto Bravo (Praia do Bonete)

Pousada Canto Bravo Facebook e Instagram focado em ecoturistas, divulgando as atividades de trekking, birdwatching), além de sites específicos de Ecoturismo e Turismo de Base Comunitária

--

BL3 Escola de Iatismo (Kelly)

Vela oceânica, windsurf, kitesurf, stand up paddle, caiaque, vela (dingue, laser, OP, open brie), eventos corporativos, praia (visão geral)

Instagram, Facebook (Fan Page), mailing e site próprios

Trocam de linguagem conforme a temporada

Parque Estadual de Ilhabela

Trilhas, cachoeiras, eventos de ecoturismo (Xterra, KTR), birdwatching, visita a museu (centro de visitantes), observação da fauna

Divulgação pela Assessoria de comunicação da Fundação Florestal, mailing próprio, página institucional do Governo do Estado de São Paulo, folders e outras publicações impressas.

Inclui em sua área aquelas ocupadas por comunidades tradicionais que desenvolvem Turismo de Base Comunitária

Pousada Refúgio da Harmonia - Pablo

Eventos pequenos (casamentos, aniversários, festas familiares, corporativos)

Press release (assessora de imprensa), site e mailing próprios (e-mails não dirigidos), site do C&VB, fan page no Facebook, e em veículos OTA’s (online travel agency) como por exemplo, o Booking.

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Nature Experience Ilhabela - Guido

Trilhas, caiaque, city tour histórico e cultural

Facebook com link para o site Divulgação é feita da mesma forma em alta e baixa temporadas. Acredita que seu desafio esteja em aprender como divulgar melhor os seus produtos e sabe que sua divulgação é falha e que precisa de orientação.

Pousada Terra Madre - Almiro

Inverno na praia (piscina aquecida, roda de fogueira, lareira com vinho, espaço gastronômico)

Divulgação em eventos realizados no município (shows etc), e-mail marketing (clientes próprios não segmentados), Google Adwords, Facebook, OTAS, promoção no site.

Frio à noite, calor de dia, montanha e trilha

Guia de Turismo - Embratur

Oferece passeios guiados a belgas, holandeses e sul-africanos, nos segmentos de Turismo Rural (ou agroturismo), Turismo de Natureza e Lazer

Divulga entre os próprios clientes (boca a boca)

Turismo Rural – mostra como se faz inseminação artificial, plantio, equipamentos agrícolas.

Num terceiro momento e baseado nas respostas dos participantes, foi feita a seguinte pergunta:

O QUE O TURISTA COMPRA?

10 Google my Business é uma ferramenta gratuita que permite que as pessoas encontrem informações na pesquisa Google ou

Google Maps; e o Google Adwords é um programa de publicidade online que apresenta anúncios nas plataformas do Google, sites de parceiros e páginas de resultados.

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O objetivo foi avaliar se as estratégias de promoção estavam alinhadas, identificando se o que eles promoviam era o que efetivamente os clientes compravam ao chegar na ilha. Esta pergunta gerou muita dúvida entre os participantes porque não tinham a percepção ou a informação concreta sobre o que era efetivamente comprado. Foi mencionada inclusive a importância da criação do Observatório de Turismo para medir este tipo de resultados. Assim mesmo, alguns participantes responderam em tarjetas de cor róseo sistematizadas na tabela 20.

Quem? O que o turista compra?

Espaço para eventos Galileu (na Feiticeira e Vila)

Uma Ilhabela romântica e com estrutura para o seu evento e para receber e hospedar convidados nos feriados. Não compra nada para encontrar a Ilhabela superlotada ou com problema de acomodação etc.

Jipe Aventura – Roberto

Acredito que as pessoas procuram Ilhabela pela natureza e pela diversidade de atrativos onde em um só destino podemos juntar diversos públicos diferentes (ecoturistas, esportistas, família, idosos etc). Acredito, também, que o que se compra na Ilha é o entretenimento, seja um bom hotel ou restaurante até mesmo uma aventura, ecoturismo ou só relaxar em uma praia...

Pablo Melero Trilhas a Baepi, Bananal, Bonete (Buraco do Cação), Bonete-Castelhanos, Trilha do Poço a Praia da Caveira, Passeios de Caiaque. Buscam aproximação com a natureza e o mar, conhecer a mata e as comunidades tradicionais caiçaras.

Pousada do Capitão – Inez

A maior parte dos turistas compram passeios a Castelhanos e Bonete. O ambiente da pousada é decorado com peças náuticas e isso chama atenção do turista.

Pousada Canto Bravo (Praia do Bonete)

Trilhas. Os turistas buscam descanso e relaxamento no Bonete (ficar longe dos problemas da cidade)

BL3 Escola de Iatismo (Kelly)

Natureza, Sossego, Segurança, Gastronomia, Praia do Inverno, Trilhas, Aventuras, Confraternização com amigos e família, tarifas baixas, esportes náuticos, esportes aeróbicos e natação, mergulho,

Parque Estadual de Ilhabela

A beleza cênica, privacidade, refúgio, charme, casamentos, baladas, o status da conquista, o registro de pássaros raros (birdwatching), uma experiência em família. Eles têm vontade de conhecer coisas diferentes (curiosidade).

Nature Experience Ilhabela - Guido

Hospedagem para comprar Experience de Lancha (natureza/gastronomia/praia, conforto e bom atendimento etc) e preço baixo

Pousada Terra Madre - Almiro

Não há pesquisas que indiquem a resposta dessa pergunta. Qualquer afirmação a esse respeito é pura dedução. Mas Ilhabela oferece mais tranquilidade do que um destino de montanha (tem menos pessoas) e melhor preço que destinos mais frios.

Guia de Turismo - Embratur

Passeio de 15 a 21 dias. As Agências publicam horários, trajetos, tipo de transporte, segurança, alimentação, hospedagem e seguros; além de fazerem agendamentos de grupos. Todos os passageiros recebem mapa do trajeto e telefones para eventuais emergências. Último trajeto Paraty-São Paulo(GRU): Ilhabela ficou proibida por eventual (com) travessia interiorizada. Dependendo do voo o passeio acaba porque há interrupção da balsa. É feita uma abordagem à TAM e conseguiu trazer dois voos inteiros de tripulação (13 pessoas da KLM que tinham descanso de dois dias entre um voo internacional e outro). Eles vieram de ônibus até Ilhabela. O guia não traz maiores grupos para Ilhabela porque não tem escape em razão da balsa

Fonte: Participantes da Oficina

Após a realização desta dinâmica a Oficina foi reorientada para dinâmicas mais participativas por meio da oralidade e debates sobre o que eles se sentiam mais confortáveis em expressar oralmente suas impressões e contribuições.

Dinâmica 3 - Processos de priorização de segmentos turísticos e destinos concorrentes Para que pudessem ser comparadas as informações mapeadas com as discussões estabelecidas na primeira parte da oficina, deu-se início à identificação dos pontos relacionados às priorizações feitas em no PGT 2015 (vol. V, p. 120 -programa 10),

Tabela 20: O que o turista compra?

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que identificou como segmentos capazes de reduzir a sazonalidade: mergulho, trekking e birdwatching, categorizando-os como opções do segmento de Ecoturismo.

Notou-se no cruzamento de informações que não havia consenso do grupo já que os pontos assinalados nos mapas não representavam a expectativa da maioria.

Os mapas (que estavam expostos e à vista de todos) foram novamente consultados para ver se o número de produtos turísticos apontados pelos participantes condiziam com as priorizações dadas em 2015. Foi aí que se percebeu a dissonância nos discursos e o debate precisou ser ampliado.

As discussões se iniciaram quando foi explicado aos presentes que o marketing trabalharia a promoção de produtos turísticos estruturados observando os públicos geral e específicos de cada segmento. Neste sentido, os presentes foram provocados com o seguinte questionamento: que segmento(s) e/ou produto(s) turístico(s) Ilhabela tem estruturado e que pode(m) ser promovido(s)?

No decorrer das discussões algumas colocações foram feitas, a saber:

SOBRE TRILHAS

Existem dois passeios considerados pelos participantes como estruturados assim mesmo houve unanimidade em relação à necessidade de melhorias em ambos para que eles possam vir a ser considerados produtos turísticos:

1) Trilha do Baepi: de nível avançado de dificuldade, dois picos, ótima marcação e tem obrigatoriedade de acompanhamento de guia, não tem estrutura de apoio e o turista precisa procurar alguma empresa de receptivo para comprar o passeio. Acesso fácil.

2) Trilha do Bonete: de nível avançado de dificuldade, leva à Cachoeira da Lage e Buraco do Cação. Indica-se o acompanhamento de guia. Deve ser melhor estruturada, mas todas as empresas de receptivo a divulgam. É necessário chegar ao Bonete de barco ou pela trilha. Tem como oferta agregada o fato de fazer parte de uma comunidade tradicional.

Além da Trilha da Água Branca, que todos conhecem e onde não há necessidade de monitor acompanhando o visitante (trata-se de uma trilha feita por famílias, de nível leve e extensão de 230m a 2 Km); da Cachoeira dos Três Tombos, de nível leve onde dá para fazer rapel de cachoeira, embora não necessite de monitor e não tenha banheiro (precisa de manutenção e é mais conhecida por cruzeiristas); da Cachoeira do Veloso (nível médio para trilheiros).

Entre as considerações gerais sobre as trilhas da ilha, comentou-se que:

• Nenhuma trilha tem acessibilidade para cadeirante.

• Alguns participantes defendem a criação e estruturação de novas trilhas enquanto outros defendem a renovação e manutenção das trilhas que já existem.

• Atrativos turísticos não-estruturados também tem público interessado. Por isso deve-se criar a oportunidade dos turistas conhecerem o que há na Ilha.

• Faz-se necessária uma avaliação dos comentários das pessoas nas redes sociais sobre as trilhas que são ofertadas incluindo a do Paquetá (não oficial).

• No PEIB há trilhas que são de responsabilidade da Prefeitura e outras da administração do Parque. Por esta razão há de se considerar a liberação das verbas para toda essa reestruturação e manutenção. Já que há um projeto, da gestão municipal anterior, que prevê aprovação da verba para ajudar o PEIB.

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• Entre as que podem vir a ser comercializadas estão: a trilha Castelhanos-Bonete (não oficial e de nível avançado); a trilha do Bananal (não oficial), a trilha Sepituba-Bonete-Castelhanos (café da manhã e almoço na comunidade caiçara como diferencial; vai de trilha e volta de barco)

• Entre os potenciais temos a Trilha “Volta a Ilha”.

SOBRE MERGULHO

• Há um livro chamado “Passaporte Azul” que aponta cinco mergulhos oficiais. Porém a edição data do ano de 2009 e até o momento não houve nenhuma atualização, segundo a Sra. Inez (Pousada do Capitão).

• Mergulhadores mais avançados procuram outros destinos por conta da baixa visibilidade de Ilhabela. Vir para a ilha é uma questão de conveniência porque é perto. Mas a maioria dos mergulhadores são de nível básico.

• Pela quantidade de navios naufragados há um polígono de mergulho em Ilhabela possível de ser explorado.

• Na Ilha das Cabras há mergulhos de batismo para iniciantes.

• Para acessar os naufrágios de Velásquez e Teresina o mergulhador precisa ter um nível básico plus (básico +)

• Há a intenção de afundar um navio próximo à comunidade da Serraria, mas que está em discussão porque pode afetar a pesca tradicional da região. Foi mencionado pelos participantes que são a favor do afundamento que outros destinos que são conhecidos pelo mergulho já adotaram este procedimento e deu muito certo.

• Entre os que podem ser comercializados: não foi especificado nenhum.

• Entre os potenciais: o afundamento do navio na comunidade da Serraria

SOBRE BIRDWATCHING

• Na cachoeira da Água Branca é possível observar os pássaros.

• Há um deck de observação na Estrada Castelhanos no PEIB, de onde se vê todo o vale.

• Há interesse em resgatar o público estrangeiro, mas ainda precisa estruturar pontos de observação mais próximo da copa das árvores e maior flexibilidade do café da manhã nas pousadas – já que os birdwatchers saem antes das 05:00 para a mata e, atualmente, as pousadas não oferecem café da madrugada.

• Necessidade de ter um viveiro ou Centro de Reabilitação de Animais para chamar a atenção dos turistas e desenvolver neles o interesse para uma expedição maior.

• A Ilha dispõe de cinco guias para birdwatching (Vilma, Guido, Otávio...).

• Na Costa Rica os americanos são os maiores públicos desse segmento. Sugestão de realizar um estudo sobre onde se encontram esses públicos para, então, poder fazer a divulgação especializada de Ilhabela.

• A Sectur produziu no mês de junho um folder explicativo do segmento em conjunto com os guias de birdwatching da ilha mencionando os pontos de

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observação no mapa, são eles: Cachoeira do Veloso, Três Tombos e Água Branca, Trilha do Baepi e do Bonete.

• Este segmento foi mencionado como incipiente no Brasil e não valeria um esforço de promoção para “sair da sazonalidade”, apesar de ser um público que tende a gastar no destino, segundo a percepção dos participantes.

• Entre os pontos que podem ser comercializados: não foi especificado nenhum.

• Entre os potenciais: não foi especificado nenhum.

Após o debate sobre os segmentos apresentados no PGT 2015, pontuou-se a necessidade do alinhamento do discurso entre todos os agentes do turismo para a promoção integral e sustentável do destino turístico de Ilhabela; já que as estratégias de marketing seriam determinadas pelos produtos priorizados por meio deste alinhamento, inclusive com o poder público.

Assim, os participantes foram convidados a falar sobre os segmentos turísticos de Ilhabela e como veem o destino em si:

• Vejo Ilhabela como a “meca da náutica”, um destino de Turismo Náutico e com possibilidade de promover eventos esportivos (destino paddle e de remo com campeonatos de todas as modalidades) O Turismo Náutico se autossustenta e o cliente da marina é o veranista (a pessoa que está preocupada em cuidar de Ilhabela porque tem casa aqui). Apesar da ilha precisar de melhor estruturação de marinas, o gerenciamento costeiro não permite mais infraestrutura náutica. Desse jeito a promoção da marina é limitada para garagens. O Ilhabela Boutique Boat Show foi anunciado na Rede Globo >> Marcos (Marina).

• Os eventos corporativos da BL3 Escola de Iatismo são náuticos e precisa promover os seus serviços em eventos náuticos >> Kelly.

• Há necessidade de regulamentação para o segmento de eventos (casamentos) >> Aurélio Rufo (Sectur)

• Antes os “bacanas” vinham para Ilhabela se casar, agora parece que não querem mais devido ao adensamento do Litoral Norte. >> Marcos (Marina).

• Ilhabela está tendendo a oferecer a mesma coisa que Santos (que atende o turismo de massa com produtos padronizados e não diferenciados a preços módicos). O destino está passando por uma crise de identidade. >> Almiro

• Sobre a Gastronomia local: o Festival do Camarão que antes era nos próprios restaurantes, agora está nas ruas em barracas montadas onde se vendem porções dos pratos. Todo mundo ia para Castelhanos tomar caldinho Canindé e o Engenho da Toca não tem a cachaça vendida na cachaçaria da vila. É preciso levar os turistas ao Engenho da Toca para eles poderem comprar a cachaça. >> Inez (Pousada do capitão)

• Se houvesse a instalação de um aeroporto regional na área destinada em Caraguatatuba, que hoje é da Petrobras, o turismo da ilha seria alavancado. >> Marcos (Marina).

• Ilhabela não quer mais esse turista que vem no verão. As pessoas precisam saber que tem atividades para serem realizadas no inverno na ilha. >> Humberto (PEIB)

• Há preocupação da saída de veranistas da ilha por causa dos farofeiros na praia. E, em consequência disto, eles retiram os barcos das marinas. >> Inez (Pousada do capitão)

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• Os demais participantes indicaram a vocação turística de Ilhabela voltada para o Turismo de Sol e Praia e Ecoturismo.

• Alguns presentes externaram a preocupação com o investimento de Marketing constante em eventos/shows 11 em detrimento ao que era necessário de investimentos para a estruturação da oferta na ilha para o desenvolvimento sustentável do turismo; já que os recursos provenientes dos royalties eram finitos e esta verba poderia ser otimizada com ações eficazes e com retorno financeiro ao trade turístico.

As discussões seguiram até chegar na priorização de quatro segmentos turísticos de Ilhabela que pelo conhecimento dos participantes deveriam ser promovidos.

• Vocação turística do destino: Sol e Praia, Ecoturismo e Turismo Náutico

• Eventos esportivos (Capital da Vela, Esportes Náuticos e esportivos – Xterra, Stand Up Paddle...)

• Destinos Concorrente dos eventos esportivos: Paraty/RJ; Maresias (meca do surf); Angra dos Reis/RJ e Campos do Jordão/SP (eventos esportivos).

• Segmentos Potenciais: Casamentos, Turismo de Natureza (Observação de Aves)

• Produtos: Costa Sul/São Sebastião, Toque-Toque e Pequeno (casamentos); PEIB

• Destinos Concorrentes do segmentos de casamentos e Observação de aves: Florianópolis/SC e Trancoso/BA (casamentos); Foz do Iguaçu.

• Atividades de Promoção para curto prazo: casamentos, trilhas e mergulho

• Atividades de Promoção para médio e longo prazos: Observação de Aves (birdwatching) - principalmente no mercado internacional.

Como diagnóstico da Oficina, pontualmente, falou-se sobre as percepções dos debates gerados sobre o que era efetivamente trabalhado pela oferta em baixa temporada: i) a oferta não estava alinhada com a missão e a visão institucional do destino de Ilhabela; ii) havia dúvidas sobre as priorizações para o investimento em alguns segmentos ditos como prioritários no PGT 2015; iii) confirmaram-se as certezas sobre segmentos consolidados na alta temporada, a exemplo de Turismo de Sol e Praia e Ecoturismo.

Para validação dos participantes, na parte final da oficina foram resumidos os segmentos priorizados, as etapas a serem vencidas até a entrega do documento final do Plano de Marketing. A oficina foi finalizada às 18h.

3.8 Entrevistas sobre a Oferta Turística

A Oferta Turística de Ilhabela foi analisada a partir de dados do Plano Gestor de Turismo 2015, da Oficina Colaborativa e das entrevistas presenciais realizadas durante o mês de julho. A seguir a listagem de entrevistados (tabela 21).

11 Entre os meses de junho e julho de 2017 foram realizados: o Festival Folk & Blues, a Semana da Vela e o Pré-Jazz que contaram com a participação de atrações nacionais como os cantores Humberto Gessinger, Maria Gadú, as bandas Ira, Jota Quest, Orquestra do Rock, entre outras. E para o mês de agosto está prevista a realização do Miss Brasil 2017, com transmissão ao vivo pela TV Record e Bandeirantes.

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Data da entrevista

Entrevistado Local Organização

17/07/2017 Afranio Bittencourt

Morada Via Panorâmica

Ilhabela Wedding Guide

17/07/2017 Octavio Salles

Café - ao lado da Prefeitura

Campos Salles Fotografia

17/07/2017 Ricardo Fazzini Dias

Prefeitura Secretaria de Turismo

17/07/2017 Vilma de Oliveira

Café - ao lado da Prefeitura

Guia de birdwatching

17/07/2017 Aurélio Rufo Prefeitura Secretaria de Turismo

18/07/2017 Maria Inez Ferreira

Prefeitura Ilhabela Convention & Visitors Bureau

18/07/2017 Michael José Coleman

Prefeitura Ilhabela Convention & Visitors Bureau

18/07/2017 Fábio Basile Prefeitura Espaço Galileu

19/07/2017 Kelly Jesus Prefeitura BL3

19/07/2017 Marcos do Prado Cara

Maremar Turismo

Maremar Turismo

Fonte: GKS Negócios Sustentáveis

3.8.1 Atrativos turísticos

A oferta turística de Ilhabela foi examinada por meio do inventário contido no Plano Gestor de Turismo12 do município, que identificou cerca de 180 atrativos e recursos naturais e culturais.

Apesar da distinção existente, no relatório são detalhadas as informações tanto de atrativos como de recursos, de modo que a análise aqui apresentada também considera os dois tipos de elementos naturais e culturais de Ilhabela, distribuídos conforme a tabela 2213.

12 ILHABELA. Prefeitura Municipal, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo.

2015. Plano Gestor de Turismo Estância Balneária de Ilhabela. Volume II: Inventário da oferta turística. Realização T4 Consultoria em Turismo Ltda. Documento em pdf. 13 Os totais de atrativos e recursos apresentados nesta tabela, e analisados por este documento, diferem dos totais contidos na Tabela 1 – Atrativos turísticos por categoria e subcategoria, do Inventário da oferta turística do Plano Gestor de Turismo Estância Balneária de Ilhabela, porque lá são indicados 48 pontos de mergulho, mas existem 19 fichas de catálogo, pois muitos pontos foram agrupados nas fichas da Região da Ilha da Vitória, Região da Ilha dos Búzios e Região da Ponta do Boi; lá são relacionadas 41 praias, porém a Praia do Perequê é dividida em três seções que resultam em três fichas de catálogo diferentes, levando a um total de 43 praias; e na tabela do Inventário constam cinco atrativos culturais

Tabela 21: Lista de Entrevistados sobre a Oferta Turística

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Categoria Quantidade

1) Atrativos naturais 115

Cachoeiras e poços 22

Parques 2

Pontos de mergulho 19

Praias 43

Prainhas 8

Trilhas 20

Unidade de conservação 1

2) Atrativos culturais 45

Arte 2

Edificações 18

Gastronomia típica 3

Instituições culturais 3

Eventos 7

Naufrágios 11

Saberes e fazeres 1

Total 160

Fonte: Elaborado a partir de ILHABELA. Prefeitura Municipal, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo. 2015. Plano Gestor de Turismo Estância Balneária de Ilhabela. Volume II: Inventário da oferta turística. Realização T4 Consultoria em Turismo Ltda. Documento em pdf.

Os atrativos e recursos turísticos estão concentrados na categoria natural, o que é esperado, visto que o município é formado por um arquipélago e 84% da ilha principal (Ilha de São Sebastião) e 100% das demais fazem parte da unidade de conservação Parque Estadual de Ilhabela (PEIB)14 . Nesse sentido, pela sua própria condição geográfica, a maior quantidade de atrativos naturais ofertados é de praias (43 ocorrências), seguidos de Cachoeiras e poços (22) e trilhas (20) – há também destaque, em quantidade, para atrativos que estão diretamente relacionados às praias, como as trilhas que ligam uma praia a outra, os pontos de mergulho e as ‘prainhas’.

Esses três principais grupos de atrativos e recursos correspondem a quase 75% dos atrativos naturais de Ilhabela e a mais de 50% de todos os atrativos do município.

Os atrativos culturais de Ilhabela podem ser considerados secundários, ou seja, complementares aos naturais, que são os grandes indutores de turismo. Giram em torno de edificações, existindo destaque para a arquitetura religiosa, que representa

relacionados a arte, mas, nas fichas de catálogo, quatro esculturas foram reunidas em Esculturas de Gilmar Pinna, de forma que ficam apenas duas fichas nessa categoria. Ademais, existem fichas para oito atrativos classificados como ‘prainhas’, mas que não constam na tabela do Inventário. 14 ILHABELA. Prefeitura Municipal, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo. 2015. Plano Gestor de Turismo Estância Balneária de Ilhabela. Volume I: Caracterização geral da destinação turística. Realização T4 Consultoria em Turismo Ltda. Documento em pdf, p. 33.

Tabela 22 :Oferta turística, atrativos e recursos

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oito das 18 construções. O acesso às capelas e igrejas é feito por vias pavimentadas em boas condições, servidas de transporte público, e existe sinalização para a Capela Imaculada Conceição, Capela de Santo Antônio e Capela de São Benedito.

A Igreja Matriz Nossa Senhora d’Ajuda é o exemplo de atrativo cultural do segmento de edificações (arquitetura religiosa) que está mais formatado para ser um produto turístico, pois está preservada e é frequentada por turistas. Com exceção da Capela João Batista, as demais ficam fechadas para visitação, abrindo somente no horário das missas e, em mais de um caso, foi relatado que não há o suporte da comunidade para que virem pontos turísticos, como se vê nas seguintes passagens do Inventário da Oferta turística: “a comunidade local não aceita turistas na capela [de São Benedito] e a mantém fechada para visitação”15; “[os turistas] só não visitam mais a edificação [da Capela São João Batista] em virtude da ausência de uma sinalização adequada e do desinteresse dos membros da comunidade do bairro em estimular este tipo de iniciativa”16.

O segundo grupo de atrativos culturais em maior número em Ilhabela é o de naufrágios, sendo 11 os mais importantes. O nível de dificuldade para visualização dos naufrágios por mergulhadores varia de básico a avançado e, do grupo de 11 naufrágios mais expressivos, nove encontram-se em situações precárias. O Naufrágio Aymoré é um dos mais visitados e o Naufrágio Velásquez é considerado um dos melhores pontos de mergulho do município.

Os atrativos culturais ainda não têm peso para o turismo do município. “A história e a cultura de Ilhabela são pouco valorizadas pelo setor turístico, pois, com algumas exceções, raramente integram roteiros turísticos”17.

Atrativos culturais que poderiam gerar uma demanda própria de turistas desse segmento não são suficientemente descritos no Plano Gestor de Turismo18, como por exemplo as comunidades tradicionais. Ou, alternativamente, é expressamente mencionado que não estão abertos à visitação, como é o caso dos sítios arqueológicos.

Considerados como atrativos culturais, os eventos merecem uma análise separada. Ilhabela conta com um calendário de eventos esportivos, gastronômicos, religiosos, de apresentações artísticas, de valorização cultural, entre outros. Entre os sete eventos de maior relevância turística estão os festivais gastronômicos (Festival do Camarão, da Sardinha e da Tainha), eventos musicais (Ilhabela in Jazz e Vento Festival), além de um evento esportivo (Semana de Vela) e um religioso/ valorização cultural (Congada/ Festa de São Benedito).

A pesquisa de demanda19, realizada somente durante o feriado de Corpus Christi em 2015, não permite conhecer a parcela de turistas que tem os eventos como motivação principal de viagem. Nas entrevistas e na Oficina colaborativa esta questão foi levantada e questionou-se o investimento que se faz nestes eventos versus o retorno

15 ILHABELA. Prefeitura Municipal, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo. 2015. Plano Gestor de Turismo Estância Balneária de Ilhabela. Volume II: Inventário da oferta turística. Realização T4 Consultoria em Turismo Ltda. Documento em pdf. p. 187. 16 Ibid., p. 189. 17 ILHABELA. Prefeitura Municipal, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo. 2015. Plano Gestor de Turismo Estância Balneária de Ilhabela. Volume IV: Planejamento estratégico – diagnóstico turísticos, programas e projetos. Realização T4 Consultoria em Turismo Ltda. Documento em pdf. p. 17. 18 ILHABELA. Prefeitura Municipal, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo. 2015. Plano Gestor de Turismo Estância Balneária de Ilhabela. Volume II: Inventário da oferta turística. Realização T4 Consultoria em Turismo Ltda. Documento em pdf. 19 ILHABELA. Prefeitura Municipal, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo. 2015. Plano Gestor de Turismo Estância Balneária de Ilhabela. Volume III: Estudo de demanda. Realização T4 Consultoria em Turismo Ltda. Documento em pdf.

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em turistas que gera para a ilha, principalmente na baixa temporada, principalmente os shows.

3.8.2 Meios de hospedagem

Segundo os dados primários constantes no Anexo 4.1: Listagem completa dos meios de hospedagem, do Volume II – Inventário da oferta turística, do Plano Gestor de Turismo Estância Balneária de Ilhabela 2015, a oferta de meios de hospedagem está presente em todas regiões do município20, com exceção da Região Nordeste e da Região do PEIB.

Os estabelecimentos estão concentrados na região central, principalmente nos bairros do Perequê (30), Barra Velha (16) e Itaguaçu (14); fora desse polo, há destaque para os bairros do Curral (11) e Veloso (10), na Região Sul, e Saco da Capela (9). A quantidade de unidades habitacionais disponível no município, em geral, acompanha a distribuição de meios de hospedagem e estão presentes em maior quantidade no Perequê (450), Itaguaçu (235), Curral (200), Saco da Capela (192), Barra Velha (146), e Itaquanduba (113).

Mais de 80% da oferta de meios de hospedagem é formada por estabelecimentos com até 30 unidades habitacionais, caracterizando Ilhabela como um município que oferece, principalmente, pousadas e hotéis de pequeno porte.

3.8.3 Operadoras (receptivo e emissivo)

O Plano Gestor de Turismo 2015 identificou mais de 50 empresas que oferecem serviços de receptivo turístico em Ilhabela, como a comercialização e/ou operação de passeios e atividades, mostrando que, a princípio, este não é um ponto fraco para o turismo local.

Os passeios mais comercializados são a Praia de Castelhanos, a Praia do Bonete e pontos de mergulho, como na Ilha das Cabras, já as atividades mais procuradas são passeios de lancha entre a Praia da Fome e Jabaquara, locação de barcos, city tour na parte norte da ilha e aluguel de bicicleta.

No entanto, outros serviços são oferecidos como o Terra e Mar, ida a Castelhanos pela estrada e volta de barco, passeios náuticos, como escuna, lancha e flex boat,até a praia de Jabaquara, locação de equipamentos para a prática de stand up paddle, kitesurfe, windsurfe e caiaque, city tour, passeios de veleiros, pesca esportiva, trilhas subaquáticas, trekking em trilhas, passeios para observação de aves, locação de veículos, passeios de buggy, traslados, passeios a cavalo e helicóptero.

Durante as entrevistas, uma agência de turismo receptivo informou que começou recentemente a oferecer transfer regular do Aeroporto Internacional de Guarulhos a Ilhabela, visando atender não só o público nacional, mas, principalmente o estrangeiro. Esta mesma agência atende operadoras que organizam pacotes ao destino, sendo responsável pelos serviços de receptivos inclusos no pacote: transfer, passeio náutico e terrestre e by night (passeio noturno), seu mercado prioritário é a Argentina e ele trabalha com operadores emissivos nacionais: CVC, Decolar, Flytour.

Importante ressaltar que o destino Ilhabela é comercializado por pouquíssimas operadoras e agências de turismo emissivas brasileiras. A fim de maximizar o impacto

20 A base para a distribuição geográfica pelo município dos meios de hospedagem foi o Quadro 2 – Bairros de Ilhabela, do item 1.5 Caracterização do território, do Volume I – Caracterização geral da destinação turística do Plano Gestor de Turismo Estância Balneária de Ilhabela.

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econômico dos veranistas é importante oferecer roteiros com valor agregado, ou seja, que não poderiam ser percorridos pelos turistas independentes, necessitando a contratação de uma agência de turismo receptivo local. Roteiros que incluem experiência e/ou vivência turística ganham destaque entre turistas de todas as nacionalidades, já que contemplam aspectos exclusivos do destino turístico.

Segundo relatório cedido pela Embratur, Ilhabela aparece como oferta agregada a São Paulo nos catálogos de operadoras emissivas internacionais conforme tabela a seguir.

Fonte: Relatório de Catálogos 2016 - Embratur

3.9 Produtos e segmentos

prioritários

O comportamento

do viajante vem mudando rapidamente nos últimos anos e novas motivações e expectativas em relação às viagens surgem para atender aos desejos e preferências desses consumidores.

A segmentação turística é uma solução para satisfazer grupos de turistas com interesses comuns. O Ministério do Turismo (2009) define a segmentação "como uma forma de organizar o turismo para fins de planejamento, gestão e mercado. Os segmentos turísticos podem ser estabelecidos a partir dos elementos de identidade da oferta e também das características e variáveis da demanda" (Mtur, 2009, p.6).

Dessa forma, a segmentação da oferta turística torna-se uma importante ferramenta para a criação de estratégias de promoção e comercialização turística, já que permite direcionar esforços para nichos de turistas com interesses, desejos e expectativas afins.

No entanto, é fundamental que a oferta turística esteja adequada à demanda, ou seja, apta para atender a esses diferentes perfis de visitantes. Então, para que a segmentação turística seja eficiente, é necessário conhecer profundamente as características do destino, especialmente a oferta de serviços turísticos e a capacidade de atender às particularidades dos nichos de visitantes que se pretende atingir. Os destinos que conhecem os desejos da demanda e se aperfeiçoam para atendê-la, terão maior facilidade de inserção e posicionamento no mercado turístico.

Tabela 23: Operadores Emissivos Internacionais

País Operador Dias Segmentos

Argentina Juliá Tours 8 Sol e Praia

Argentina Calamuchita 11 Náutico

Argentina MSC Cruceros 11 Náutico

Argentina Organfur 10 Náutico

Argentina Pezzati Viajes 9 Náutico

Argentina Pezzati Viajes 9 Sol e Praia

Argentina Pezzati Viajes 15 Náutico

Argentina Scotland Travel 9 Sol e Praia

Argentina Scotland Travel 11 Náutico

Chile Brazil Reps 8 Sol e Praia

Chile Expan Tours 13 Sol e Praia

Peru Carrusel 9 Náutico

Peru Carrusel 12 Náutico

Peru Vip Viajes 6 Sol e Praia

Peru Destinos Mundiales 6 Sol e Praia

Peru Solways 6 Sol e Praia

Holanda Las(latijns amerika specialist)

17 Sol e praia

Holanda Olaf reizen 16 Ecoturismo e aventura

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3.9.1 Principais segmentos turísticos de Ilhabela

Considerando que a oferta turística de Ilhabela apresentada no item anterior está focada em produtos que estão relacionados aos atrativos naturais da ilha como: praias, cachoeiras e trilhas, os segmentos turísticos mais trabalhados são: turismo de sol e praia, ecoturismo e turismo náutico.

O PGT 2015 chega a priorizar: mergulho, observação de aves e dois subnichos do ecoturismo que são hiking e trekking21. A escolha foi justificada pela possibilidade de atender, ou incentivar, o fluxo de turistas que apreciam essas atividades, e principalmente, por serem de baixo impacto ambiental. O documento afirma que um dos principais problemas referentes à demanda turística em Ilhabela é a sazonalidade acentuada dos fluxos de visitantes, que se concentram nos meses de verão, motivados pelo turismo de sol e pela praia.

Sendo assim, tomando em conta a riqueza dos recursos naturais presentes no arquipélago, foi recomendado o incentivo de outros tipos de turismo e que podem ser praticados em qualquer época do ano. Em razão do patrimônio natural existente, são sugeridas as atividades de baixo impacto ambiental e, por isso, os segmentos definidos como potenciais para Ilhabela foram trekking e hiking (caminhadas de longa distância, com ou sem pernoite), mergulho e observação de aves. A justificativa para este direcionamento foi:

• Turismo de mergulho – Ilhabela possui diversidade de pontos de mergulho, com boa visibilidade e já atrai grupos de mergulhadores.

• Trekking e hiking - o PGT apresenta resultados de pesquisa realizadas com grupos específicos bastante favoráveis e a estrutura adequada para a prática dessas atividades.

• Turismo de observação de aves – a ilha possui mais de 340 espécies de pássaros, que podem ser observadas nas trilhas e no mirante de observação no Parque Estadual de Ilhabela.

Como resultado do debate ocorrido na Oficina Colaborativa e nas entrevistas presenciais com a oferta identificou-se que não existem produtos realmente estruturados que possam fomentar os segmentos abordados pelo PGT 2015 e que possam contribuir efetivamente para a redução da sazonalidade do destino. A seguir indicamos os principais segmentos, quais os produtos estruturados que poderão ser a base da elaboração do Plano de Marketing Turístico de Ilhabela, considerando que só se pode promover e divulgar produtos que estejam estruturados.

3.9.1.1 Turismo de Sol e praia

O Ministério do Turismo define o turismo de sol e praia como o segmento que reúne atividades relacionadas à recreação, entretenimento ou descanso em praias, em função da presença conjunta de água, sol e calor (Mtur, 2006, p.12).

Historicamente, este segmento tem sido relacionado ao turismo de massa, já que concentra um grande número de visitantes na mesma estação do ano, em um só lugar, de poder aquisitivo médio baixo. A sazonalidade bastante acentuada é uma característica bem marcante deste tipo de segmento, o que resulta demanda concentrada nos meses de verão, períodos de férias ou feriados prolongados.

21 ILHABELA. Prefeitura Municipal, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo.

2015. Plano Gestor de Turismo Estância Balneária de Ilhabela. Volume V: Planejamento Estratégico – Diagnóstico, Turístico, Programas e Projetos. Realização T4 Consultoria em Turismo Ltda. Documento em pdf. p. 120.

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A Organização Mundial de Turismo aponta como tendência para o segmento a promoção de destinos turísticos costeiros é que sejam exclusivos e promovam experiências, eles podem ser denominados “destinos boutique”. Esta imagem motiva que o turista busque a identidade local, tranquilidade e instalações sofisticadas, indo contra o perfil de turismo de massa associado até então. Entende-se por instalações sofisticadas, não apenas luxo, mas sim instalações que ofereçam algo relacionado a cultura local, que seja único e que diferencie o destino de outros destinos.

Outra tendência apontada pela OMT é a combinação do turismo de sol e praia com atividade de interesse específico, como aventura ou ecoturismo. A escolha do destino está condicionada em função da concentração de oferta (diversidade) e singularidade (atrativos específicos do destino), para reforçar os conhecimentos sobre o lugar e a possibilidade de experiências únicas.

O turista de sol e praia apresenta características que facilitam a sua identificação, mesmo com a falta de estudos mais aprofundados sobre seu perfil. De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Turismo (CNTur), juntamente com o SEBRAE, e em pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo, este turista busca: descanso, atividades recreativas e náuticas, práticas esportivas, pontos com infraestrutura que ofereça diversão e novas experiências e vivências e interação com as comunidades (SEBRAE e CNTUR, 2012).

Ilhabela possui vocação natural para o turismo de sol e praia, dada suas características naturais. Trata-se de um segmento muito procurado por turistas nacionais e estrangeiros todos os anos, mas ainda está muito atrelado ao imaginário de sol, verão, calor o que impacta diretamente no fluxo e capacidade de carga nos meses de verão no Brasil, concentrados em: novembro, dezembro, janeiro e fevereiro.

Durante as entrevistas e na Oficina, foi recorrente a informação de que a ilha não possui infraestrutura básica para receber o volume de turistas que já a visita no verão, ou seja, o volume não poderá aumentar mais neste período do ano. Em contrapartida, nos meses de baixa que basicamente se concentram no outono e inverno, períodos com menos chuva e mais seca, o volume de turistas tem que ser pensado para que não comprometa a infraestrutura básica que gerem impacto na vida nos moradores.

Portanto, o desafio do Plano de Marketing está, em aumentar os fluxos no período de baixa temporada sem intensificar a demanda para os meses de verão, mantendo um equilíbrio que não impacte diretamente na sustentabilidade do destino, mas que melhore a situação dos meios de hospedagem.

Identificou-se que, grande parte das praias não possuem infraestrutura (banheiros, duchas, serviços de alimentação), a oferta turística é adequada dependendo do tipo de público que se almeja atingir.

É necessária a estruturação de produtos turísticos, como atrativos, atividades e principalmente passeios, preferencialmente que incluam experiências autênticas, aumentará a capacidade de atrair visitantes mais qualificados e ainda permitirá estender sua estada na ilha.

3.9.1.2 Ecoturismo

Ecoturismo é um segmento turístico abrangente e sua definição bastante controversa. O Ministério do Turismo define como "segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações." (MTur, 2008, p.16)

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Neste caso, a segmentação da oferta turística é definida a partir da motivação do turista, e também em relação à atitude dos prestadores de serviços e da comunidade receptora. Isto porque a prática do Ecoturismo pressupõe o uso sustentável dos recursos e atrativos turísticos, culturais e naturais, de forma a garantir sua conservação para as gerações futuras.

O Ecoturismo, portanto, em sua definição mais ampla, baseia-se no tripé: interpretação, conservação e sustentabilidade. Assim, a prática do ecoturismo pressupõe foco nas atividades praticadas em pequena escala e sem danos ao meio ambiente, tais como: observação da flora e fauna, caminhadas, mergulho, safári fotográfico e trilhas interpretativas. Também são contempladas atividades ligadas à interpretação e educação ambiental.

Em relação ao Ecoturismo, o fortalecimento da marca do destino deve ser balizado pela ética, legalidade e responsabilidade social.

A imagem e a marca do destino devem estar ligadas aos princípios da sustentabilidade, de forma que os prestadores de serviços deste segmento associem seu produto a essa imagem.

Assim sendo, o Ecoturismo por definição é operado em pequena escala. Muitas de suas atividades são praticadas por turistas independentes ou por agências de viagens especializadas, que restringem o tamanho dos grupos. Sendo assim, uma grande vantagem é sua característica de preservação ambiental e a possibilidade de realizar um trabalho mais focado em tipos de públicos específicos.

Ilhabela tem 84% de sua área total preservada pelo Parque Estadual de Ilhabela, que é considerado Núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica pela UNESCO e Área Importante para a Conservação das Aves, pela Birdlife. Parques, rios, cachoeiras, praias, matas e trilhas são abundantes no município e ambientes propícios à prática de atividades ao ar livre, tais como: caminhadas, trekking, hiking, observação de aves, safári fotográfico, dentre outras. O que faz com que Ecoturismo também seja uma vocação natural do destino.

Importante ressaltar que essas atividades podem ser vivenciadas em qualquer época do ano, sendo que algumas até são recomendadas para o período de outono e inverno, com menor incidência de chuvas e de visitantes.

Existem alguns passeios comercializados pelo trade como “estruturados” que podem atender uma demanda específica de Ecoturismo, mesmo considerando que, os resultados das entrevistas e da Oficina apontaram questões com relação a estruturação das trilhas, como: manutenção, sinalização precária e falta de estrutura, em alguns casos até de segurança.

Compartilhando o posto de vocação natural com o segmento de Sol e Praia, o Ecoturismo ainda é pouco difundido sob o ponto de vista de marketing. E pela própria configuração do segmento, que possibilita realizar atividades durante todo o ano, pode vir a ser um caminho contra a sazonalidade.

a. Observação de Aves

O turismo de observação de aves, mais conhecido pelo nome em inglês Birdwatching, pode ser considerado, para fins conceituais, como um subsegmento do Ecoturismo, uma vez que sua principal atividade turística consiste na observação da fauna local.

Viajar para observar aves é uma prática que vem ganhando mais adeptos no mundo todo, atraindo brasileiros e estrangeiros para mais de 50 destinos de ecoturismo no

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Brasil. Nesses locais, de norte a sul, a grande atração é observar espécies raras com binóculo, e, quando possível, fotografá-los. São cerca de 1900 espécies de aves no Brasil, sendo que parte delas só podem ser encontradas em território brasileiro. Os adeptos ao turismo de observação de aves são motivados pela busca de novas espécies e sentem-se como se tivessem com “um álbum de figurinhas" que precisa ser completado a cada nova observação.

Apesar de ainda pouco difundido, o turismo de observação de aves tem grande potencial de crescimento no Brasil. Destinos do Pantanal e da Amazônia estão entre os mais procurados pelos turistas estrangeiros, segundo guias especializados na modalidade.

O birdwatching começou como uma atividade a mais na viagem de férias, dividindo espaço com o passeio à praia, o parque temático e os atrativos do local visitado. Hoje, no entanto, há grupos que viajam exclusivamente para este fim. Em geral, são turistas com perfil muito particular, cuja principal motivação de viagem é a quantidade e qualidade de espécies que podem ser avistadas e gosto por fotografar a natureza.

O crescimento do turismo de observação de aves no Brasil está relacionado ao aumento da renda da população, a popularização da fotografia digital, o uso de redes sociais para compartilhar informações sobre os pássaros e o avanço do conhecimento das espécies.

Nos Estados Unidos, o birdwatching movimenta mais de US$ 40 bilhões por ano, de acordo com dados do Serviço Americano de Pesca e Vida Selvagem. Trata-se de um nicho de mercado bastante interessante, já que o observador de aves tem perfil preservacionista, nível educacional elevado e uma boa parte desses viajantes possui renda elevada.

Mesmo considerando a pequena parcela de turistas com interesse em observação de aves diante dos outros segmentos, ainda não existem destinos brasileiros muito conhecidos no segmento. Ilhabela já recebe turistas com este interesse específico, apesar da pouca estrutura existente para a prática da atividade, como a falta de torres de observação, alinhamento com os meios de hospedagem para atender esta demanda entre outros que foram levantados nas entrevistas e na Oficina.

Ainda, como resultado das entrevistas com guias especializados de Ilhabela revelou-se que está se formando um ciclo virtuoso onde quanto mais pessoas observam aves, novos pontos de observação e espécies são descobertos e consequentemente, mais turistas desejam visitar esses locais.

3.9.1.3 Turismo náutico

O turismo náutico caracteriza-se pela utilização de embarcações náuticas com a finalidade da movimentação turística (Mtur, 2006 b, p. 15). O turismo náutico pode ocorrer no mar, rios, represas e lagos.

As embarcações podem ser próprias ou alugadas, independentemente do tamanho, como por exemplo: barcos, lanchas, iates, veleiros, jet skis, canoas, caiaques, dentre outras. Normalmente, os serviços mais ofertados no segmento são passeios marítimos, em escunas, lanchas ou barcos e locação de caiaques e pranchas de stand up paddle.

Embora o Brasil seja apontado mundialmente como um dos países com maior vocação para este tipo de atividade, a inexistência de uma legislação específica e a forte incidência das taxas dificulta o avanço do segmento.

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O turista náutico tem como motivação estar em contato com a água e no caso dos barcos à vela também com o sistema de ventos das regiões visitadas, desfrutar de autonomia e liberdade, já que reúnem no mesmo equipamento (o barco) a moradia/estadia e o meio de transporte, podendo alterar roteiros e tempo de permanência de acordo com os próprios interesses e necessidades. Além disso, preza pela preservação da natureza, riqueza cultural e gastronomia de qualidade.

Há ainda um subgrupo particular, formado por turistas que tem por principal motivação a participação em eventos esportivos ligados à náutica. Parte deste grupo programa seu calendário de modo a viajar para os locais e participar de eventos/competições nacionais e internacionais. É um mercado bastante específico e pouco representativo no movimento turístico. Porém, devido ao poder de geração de mídia espontânea, pode ser aproveitado como oportunidade de divulgação e promoção do destino turístico.

Para a escolha do destino da viagem, o turista náutico considera os seguintes pontos:

• Oferta de infraestrutura náutica (marina) e serviços de qualidade;

• Características do local para a prática de esportes náuticos;

• Conservação do meio ambiente;

• Segurança;

• Proximidade dos atrativos;

• Atividades de lazer e de recreio para crianças durante o dia e adultos à noite;

• Indicação de amigos;

• Atividades esportivas (regatas, competições);

• Divulgação estruturada e segmentada do destino;

• Preços honestos.

O turista náutico internacional, segundo MTUR (2006 b), se hospeda em hotéis de 4 a 5 estrelas, faz cursos de navegação, compra roteiros turísticos náuticos e terrestres, valoriza atividades culturais, como festas típicas, folclore, artesanato, museus e aprecia a gastronomia loca.

As características naturais garantem à Ilhabela vantagens para a navegação, contemplando desde pequenas embarcações até cruzeiros marítimos.

Conhecida como a Capital da Vela, em função das excelentes condições de vento e mar do canal de São Sebastião, Ilhabela recebe diversas competições que atraem velejadores de todo o país e de várias partes do mundo.

A ilha conta com clubes náuticos, clubes e escolas de vela que oferecem todo tipo de serviço necessário para a prática do esporte, desde aulas e aluguel de embarcações até realização de grandes eventos do setor.

A Semana de Vela, o mais importante evento da América Latina na categoria, teve sua 44ª edição em 2017. Este ano ocorreu uma mudança estratégica de posicionamento do Race Village que voltou para a Vila (Centro Histórico), facilitando o acesso do público às instalações e a percepção de pertencimento ao evento.

Na Escola de Vela de Ilhabela (Lars Grael), localizada no Saco da Capela também acontece a feira náutica Ilhabela Boutique Boat Show. Neste evento há exposição de barcos, test drive das embarcações, desfile de barcos, show de jazz, boa gastronomia e entretenimento. Conta também a favor de Ilhabela a recepção de cruzeiristas, já que a maioria dos navios de cruzeiros, operados a partir do Porto de Santos, param em Ilhabela para que seus passageiros possam conhecer o destino e desfrutar dos seus

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serviços turísticos. Os cruzeiros são um segmento importante para a ilha porque, mesmo que atualmente o público não seja tão qualificado, ele retornará a ilha e indicará para amigos e parentes, ou seja, faz o marketing boca-boca gerando assim resultados a curto e médio prazos, esta é a percepção dos entrevistados e dos participantes da Oficina colaborativa.

3.9.1.4 Turismo de mergulho

Atualmente, milhões de pessoas praticam o mergulho recreativo em busca de prazer na observação e interação com a flora, fauna, geologia e arqueologia submarinas. O turismo de mergulho tem crescido substancialmente, oferecendo oportunidades e ameaças relevantes para empresas e destinos turísticos. Esta prática motiva milhares de viagens pelo país, além das internacionais.

Dentre as principais motivações para a prática do mergulho destacam-se:

• Busca por experiências próximas à natureza;

• Interesse na ecologia marinha e nos naufrágios;

• Interesse em outras características do ambiente submerso, como geologia e arqueologia;

• Prática de esporte diferenciado e especial;

• Prática de outros hobbies, como fotografia;

• Busca pelo sentimento de aventura e excitação;

• Simples busca pela experiência.

Em relação aos principais aspectos que satisfazem os mergulhadores recreativos, destacam-se: a vida marinha, a visibilidade debaixo da água, os serviços disponíveis na embarcação, a segurança pessoal e os equipamentos específicos.

No Brasil, segundo o Ministério do Turismo (2005), alguns dos principais destinos de turismo de mergulho são: Fortaleza (CE), Maracajaú (RN), Natal (RN), João Pessoa (PB), Fernando de Noronha (PE), Recife (PE), Porto de Galinhas (PE), Serrambi (PE), Salvador (BA), Caravelas (BA), Vitória (ES), Guarapari (ES), Búzios (RJ), Cabo Frio (RJ), Arraial do Cabo (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Angra dos Reis (RJ), Paraty (RJ), Ubatuba (SP), Ilhabela (SP), Santos (SP), Bombinhas (SC), Florianópolis (SC), Bonito (MS) e Rio Quente (GO).

Estudos diversos mostram que boa parte dos turistas desse segmento é jovem, tem renda acima da média e faz viagens em grupos exclusivos para mergulhadores, para destinos brasileiros e também internacionais, onde a prática da atividade é indicada. Também é comum viagens para destinos novos, ainda não explorados pelos mergulhadores.

O comportamento dos turistas de mergulho é bastante específico. Destaca-se, em particular, a importância dos relacionamentos sociais dentro desse grupo, fato que torna a comunidade de mergulhadores relativamente pouco acessível a pessoas e empresas de fora.

A biodiversidade marinha encontrada em Ilhabela é muito rica, já que o arquipélago compreende grutas e cavernas submarinas, além de inúmeros navios naufragados. O arquipélago está relativamente próximo a São Paulo, que é o principal emissor de turistas do Brasil e também o principal ponto de chegada dos visitantes internacionais.

Mesmo tendo visibilidade da água relativamente baixa, o que afasta mergulhadores profissionais, segundo os participantes da Oficina, o arquipélago conta com 46 pontos

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de mergulho, incluindo 29 navios naufragados, o que representa um diferencial em relação a outros destinos costeiros.

Identifica-se, portanto, uma oportunidade de promoção de Ilhabela como destino de mergulho para os períodos de baixa temporada, uma vez que mesmo sendo um segmento de pequena escala, atrai público qualificado, com poder aquisitivo elevado e com consciência da importância da preservação ambiental.

3.9.1.5 Turismo de Eventos – Casamentos

As festas de casamento sempre fizeram parte do imaginário dos casais, principalmente das noivas, que sonham em celebrar a ocasião de forma inesquecível. Casamentos realizados em praias, castelos, mansões, montanhas charmosas, fazendas históricas, belos jardins ou outros locais com forte apelo turístico acontecem há mais de duas décadas no exterior e nos últimos dez anos tem ganhado força também no Brasil.

Os números deste segmento são animadores. Segundo o último levantamento do IBGE estimou que o mercado de festas e cerimônias atingiu R$ 16,8 bilhões, 75% dos casais possuem de 20 a 39 anos e os casais investiram R$ 793 bilhões em casamentos no Brasil. A classe média movimentou 328 bilhões em matrimônios no país e a região Sudeste liderou o ranking de maiores gastos em casamentos, com cerca de R$ 8,6 bilhões de faturamento (SEBRAE, 2016).

Como resultado das entrevistas, relatou-se que a realização de casamentos, noivados, renovação dos votos, dentre outros eventos sociais no destino turístico é extremamente benéfica, à medida em que ocorre na baixa temporada e movimenta, além de hotéis, atrativos turísticos, bares e restaurantes, toda a cadeia de serviços especializados, composta por: espaços adequados para a realização das festas, serviços de buffet, decoração, fotografia, vídeo, segurança, iluminação, confecção de brindes, etc.

A intermediação entre o destino turístico e os clientes (noivos e familiares) se dá, normalmente, por meio do assessor de casamento, profissional que auxilia na escolha e contratação dos serviços para a realização do tão esperado evento.

O posicionamento do destino turístico como "wedding destination" ou destino de casamento é uma estratégia bem interessante, à medida que os eventos são realizados nos meses de baixa temporada, atraindo convidados para o município e movimentando toda a cadeia de serviços necessários, que vão desde espaço para a realização do evento, ao salão de beleza.

Ilhabela é escolhida para ser palco de diversos casamentos em função da sua beleza natural, estrutura de serviços e do imaginário de casamento numa ilha.

Desde 2004 inúmeros casamentos são realizados no destino, sendo que em 2015 estima-se que ocorreram aproximadamente 350 eventos deste tipo. Dessa forma, uma oferta de fornecedores de serviços foi criada e aperfeiçoada, desde serviços de buffet, espaços incríveis, iluminação, decoração, brindes, segurança, música, etc. A infraestrutura turística, com sua oferta de hospedagem e serviços receptivos, favorece na escolha pelo destino

A média do número de convidados por festa é 150 e segundo empresários que atuam neste segmento, o gasto é de R$ 1000 a R$ 3000 por pessoa, em cada festa.

Em 2016 e 2017 foi realizado evento (Ilhabela Wedding) em Ilhabela destinado aos profissionais do setor de casamento, que são os assessores de casamento e cerimonialistas, reforçando a marca de Ilhabela como wedding destination.

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Outros eventos bem como ações promocionais são importantes para posicionar o destino no segmento de turismo de casamento, haja visto que apesar de ser uma prática bastante antiga, que ocorre há mais de 20 anos no Caribe, no Brasil há poucos destinos que apostaram neste setor.

Mesmo não aparecendo no PGT 2015 como um segmento potencial, a partir dos resultados obtidos nas entrevistas e na Oficina, vale a pena divulgar o nicho.

3.9.2 Principais produtos dos segmentos turísticos priorizados

Nesta seção são apresentados os principais produtos turísticos de cada segmento priorizado. A seleção dos produtos foi feita com base na análise do inventário, nas entrevistas realizadas com lideranças locais e na opinião dos profissionais que participaram da Oficina Colaborativa sobre a oferta turística.

3.9.2.1 Principais produtos de turismo de sol e praia

O turismo de sol e praia contempla, além de banhos e atividades recreativas na praia, algumas atividades aquáticas, serviços e roteiros mais sofisticados. As praias mais indicadas para lazer dos turistas são: Bonete, Castelhanos, Fome, Jabaquara, Saco do Eustáquio, Praia da Pacuíba, da Armação, da Feiticeira e do Curral.

Entretanto, apesar da quantidade e diversidade de atrativos existentes em Ilhabela ser suficiente para montar roteiros especializados (ecoturismo, aventura, birdwatching, turismo de base comunitária etc.), com duração de 5 ou mais noites, a maior parte dos passeios oferecidos pelas agências de receptivo locais tem duração de meio dia ou um dia, o que não atende o turista que está planejando a viagem, mas apenas aqueles que já se encontram em Ilhabela.

3.9.2.2 Principais produtos de ecoturismo

Existem três produtos de ecoturismo bem estruturados em Ilhabela, na opinião do trade turístico, que são as Trilhas do Baepi, Trilha do Bonete e Trilha de Castelhanos.

Trilha do Pico Baepi: trilha ecológica de nível avançado que conta com dois picos, ótima marcação e exige acompanhamento de guia. A trilha possui 7,4 quilômetros (ida e volta) e oferece vista panorâmica a partir de pico de 1048m de altitude.

A trilha do Pico do Baepi é uma das mais procuradas por ecoturistas que gostam de caminhadas mais desafiadoras. Antes do primeiro quilômetro, a trilha possui um belo mirante com vista panorâmica do Canal de São Sebastião, de onde se avista o Parque Estadual da Serra do Mar, os municípios de Ilhabela, São Sebastião e Caraguatatuba.

Apesar de não contar com estrutura de apoio adequada, trata-se de um produto diferenciado, principalmente num destino de praia.

Trilha do Bonete: trilha ecológica de nível avançado, que leva à Cachoeira da Lage e Buraco do Cação. A trilha tem 23,4 km (ida e volta) e passa pela Cachoeira da Lage, Mirante do Bonete até chegar à Praia do Bonete, habitada por comunidade caiçara, que conta com 70 famílias.

É indicado o acompanhamento de guia, e também pode ter sua estrutura melhorada. O retorno pode ser feito por barco.

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Trilha de Castelhanos: bastante procurado pelos turistas, este produto é um dos mais vendidos pelas agências de turismo receptivo. Há opções de ir e voltar de jeep, ou fazer um trecho com o veículo e outro de barco.

A trilha possui 34 km (ida e volta) e de nível avançado, passando pelo Mirante dos Castelhanos, até chegar à praia, que é habitada por comunidade caiçara. A trilha passa pelo interior do Parque Estadual e pode ser feita a pé, de bicicleta, a cavalo ou em veículo.

Além dessas, também são bastante conhecidas as seguintes:

Trilha da Água Branca: trilha ecológica de nível leve, de 4 km, e não exige acompanhamento do guia. É bastante procurada por famílias, dada a facilidade do percurso, que passa por cinco poços e torre de observação. O percurso de ida pela trilha e volta pela Estrada de Castelhanos é indicado para a observação de aves, no raiar do dia.

Trilha da Cachoeira dos Três Tombos: trilha ecológica de nível leve, não exige acompanhamento de guia. É a trilha mais curta e acessível aberta à visitação e pode-se chegar de carro a poucos metros da primeira queda. Fica próxima à Praia da Feiticeira, no sul da Ilha e é chamada de três tombos pois são três as quedas d'água que formam o complexo. Ideal para quem quer caminhar pouco, tomar um banho rápido, por isso é bastante procurada pelos cruzeiristas.

Trilha da Cachoeira do Veloso: trilha ecológica com 2,2 km, de nível médio de dificuldade, indicada para turistas com melhor preparo. Localizada próxima à praia do Veloso, a cachoeira tem queda de 30 metros e inicia em área particular. A caminhada na mata é bastante agradável, tem pequenos locais de descanso e dura cerca de 40 minutos até chegar à belíssima queda d´água. É recomendado acompanhamento de guia.

Também merecem destaque os passeios às cachoeiras, comercializados pelos receptivos locais. Os mais procurados são: Cachoeira do Gato, Cachoeira da Água Branca e da Friagem.

Apesar da riqueza natural, várias trilhas ainda demandam melhor infraestrutura para visitantes. Também observa-se que não há trilhas com acessibilidade para cadeirante ou pessoas com necessidades especiais.

Como sugestão, a partir dos debates na Oficina, outros produtos de ecoturismo podem ser criados e comercializados, inclusive melhor estruturados, como por exemplo: a trilha Castelhanos-Bonete, a do Bananal e a Sepituba-Bonete-Castelhanos, que poderia incluir refeições na comunidade caiçara como diferencial.

3.9.2.3 Principais produtos de turismo náutico

As marinas e centros náuticos são importantes estruturas de apoio ao turismo, à medida que permitem aos veranistas a guarda adequada e a manutenção de suas embarcações, bem como favorecem o turismo náutico ao oferecer a estrutura aos visitantes do destino. Os centros náuticos e marinas de Ilhabela são: Centro Náutico Ilhabela, Marina Porto Ilhabela, Náutica Mistral, Yacht Club de Ilhabela, Jet Club Ilhabela, Pindá Yacht Club, Yacht Club de Santos e Marina Dois Coqueiros.

Além desses empreendimentos, existem operadoras de turismo náutico que oferecem serviços voltados para o turista náutico iniciado e também para aqueles que nunca vivenciaram o esporte. Dentre os serviços, podem ser destacados: passeios de veleiros, escola de iatismo, kitesurfe, passeios de lancha, aluguel de embarcações,

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aluguel de equipamentos, aula de vela oceânica, kitesurfe, arrais, windsurfe, stand up paddle e caiaque.

Existem também produtos direcionados aos turistas em geral, tais como: passeios de lancha, escuna, veleiro; locação de stand up padle, canoa havaincaiaque, kitesurfe e windusurfe.

Para os cruzeiristas, as agências de turismo receptivo disponibilizam diversos passeios, desde city-tour até passeios de jeep a Castelhanos, passando por roteiros menores que exploram cachoeiras e praias mais próximas do centro.

Vale destacar também os eventos náuticos realizados em Ilhabela, principalmente a Semana de Vela e o Ilhabela Boutique Boat Show.

3.9.2.4 Principais produtos de turismo de mergulho

Operadoras de mergulho em Ilhabela oferecem toda a infraestrutura necessária para a prática da atividade em segurança, como embarcações e equipamentos, além do conhecimento dos principais pontos de mergulho, que são:

Ilha das Cabras

Localizada a apenas 100 metros de distância da costa, a Ilha das Cabras foi decretada Parque Municipal Marinho, em 1992, e desde então a caça-submarina, a pesca e a coleta de qualquer espécie foram proibidas. Assim, a atração para os mergulhadores é justamente a rica diversidade da fauna marinha, como por exemplo, garoupas, badejos, robalos, caranhas, sargos-de-dente, sargos-de-beiço, pirajicas, bodiões, dentre outras espécies.

A Ilha das Cabras, em geral, é o destino escolhido por mergulhadores iniciantes. Aqueles que já têm mais experiência na prática da atividade optam pelos naufrágios ou pela Ilha de Búzios.

Ilha de Búzios

Esta ilha está fica a cerca de uma hora e meia de navegação a partir de Ilhabela e é considerada um dos pontos preferidos entre os mergulhadores paulistas. Como fica distante da costa, sua água costuma ser muito transparente, abrigando uma vasta quantidade de fauna submarina. A motivação dos mergulhados é poder visualizar raias, tartarugas-marinhas, frades, soldados, corcorocas e sargos. É comum avistar grupos de golfinhos durante o trajeto à ilha, mas a grande atração da Ilha de Búzios são as formações rochosas subquáticas. A formação principal é uma laje gigante com cerca de 600 m² sustentada sobre várias pedras menores que formam uma espetacular fenda horizontal com pouco mais de um metro de altura.

Naufrágios

Segundo levantamento elaborado pelo PGT 2015, o arquipélago conta com 29 navios naufragados, que podem ser conhecidos pelos mergulhadores interessados. Os naufrágios mais conhecidos são Príncipe Astúrias, Velasquez e Santa Terezinha. Normalmente, são procurados pelos mergulhadores mais experientes.

Está em discussão a possibilidade de afundar um navio próximo à comunidade da Serraria, a exemplo de outros destinos conhecidos pelo mergulho, que tiveram sucesso com este procedimento. Um novo naufrágio daria ainda força ao segmento de turismo de mergulho em Ilhabela, despertando interesse nos mergulhadores.

Vale observar que a existência de naufrágios no destino confere a Ilhabela diferencial competitivo no segmento, perante outros municípios do litoral.

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Além dos passeios e saídas de mergulho, as empresas especializadas de Ilhabela também oferecem cursos diversos, como os seguintes:

Mergulho autônomo - compreende aulas teóricas, aulas práticas em piscina e treinamento prático de mar do curso de mergulho autônomo básico é realizado na Ilha das Cabras, em águas rasas. O curso oferece certificação de instituições renomadas internacionalmente.

Avançado de mergulho - oferecido para mergulhadores já certificados que tenham interesse em ampliar os horizontes. Compreende orientações subaquáticas, introdução ao mergulho noturno e mergulho profundo. Também oferece certificação.

Mergulho em naufrágios - apresenta a história da navegação, noções de arqueologia subaquática, técnicas de busca e localização, procedimentos de segurança, técnicas de exploração, legislação, introdução aos recifes artificiais. A certificação também é oferecida.

Para mergulhadores que visam diversificar e ampliar sua formação, também são oferecidos cursos de mergulho noturno, mergulho em águas profundas e busca e resgate.

3.9.2.5 Principais produtos de Observação de aves

As aves mais raras podem ser vistas tanto no Parque Estadual de Ilhabela, a partir de algumas trilhas, ou durante passeios marítimos, com foco na observação de espécies oceânicas. Um guia especializado deve acompanhar turistas de observação de aves em todas as ocasiões, conduzindo para os locais mais apropriados e alertando para a presença das espécies mais procuradas.

Atualmente, os produtos mais ofertados para a prática da atividade são:

• Estrada Parque dos Castelhanos

• Trilha da Cachoeira do Veloso

• Parque Municipal da Cachoeira

• Trilha da Cachoeira dos Três Tombos

• Foz do Ribeira Água Branca e Área Marítima

• Trilha do Bonete

• Trilha do Pico Baepi

Profissionais especializados na atividade indicaram a importância estratégica de construir em Ilhabela duas torres de observação, pois seriam as primeiras torres na Mata Atlântica do país, conferindo um diferencial ao destino Ilhabela e chamariz para os observadores de todo o país, além dos estrangeiros. No Brasil, segundo a AFOA (Associação Florianopolitana de Observação de Aves), já temos mais de 10.000 pessoas interessadas e atuantes neste segmento22, já segundo o Mtur estima-se que o Brasil tenha mais de 30.000 observadores23. Estas torres seriam instaladas em locais de mata densa e preservada, ou áreas com maior concentração de espécies endêmicas sob risco de extinção.

22 Fonte: https://www.facebook.com/afoa.sc/posts/1851844248379142

23 Fonte: Site Mtur. 08.08.2017

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Outras adequações seriam importantes, como adaptação de meios de hospedagem que recebem esses turistas, que poderiam investir em comedouros para aves e servir café da manhã "madrugador" aos hóspedes.

Vale observar que a Secretaria de Turismo de Ilhabela criou folder "Aves Ilhabela", com intuito de informar os turistas que pretendem praticar a observação de aves e também promover o destino nos eventos do setor de turismo.

Mas, é fundamental que os canais de promoção do destino de Ilhabela, como site, blog e redes sociais, apresentem uma seção específica sobre birdwatching, destacando as espécies encontradas na ilha, os principais pontos de observação, as empresas que alugam equipamentos para a atividade, e os contatos de guias e condutores especializados.

É recomendável contar com brochura com conteúdo para que seja remetida às associações de observadores de aves, operadoras de turismo nacionais e internacionais, e também distribuída em feiras e eventos relacionados ao segmento.

3.9.2.6 Principais produtos de turismo de eventos – Casamentos

Centenas de casamentos são realizados em Ilhabela todos os anos. Em geral, os noivos são das classes A e B, vivem no estado de São Paulo e têm em comum o sonho de casar na praia, especialmente numa ilha24.

A cadeia de serviços para casamentos em Ilhabela é estruturada e atende às mais diversas demandas. Há 18 espaços para realização dos eventos privados que vão de fazendas centenárias a piers, passando por hotéis, flat, restaurantes e muitos outros.

Ao contrário dos demais segmentos, no turismo de casamento o produto é totalmente formatado pelo cliente, com assessoria de um profissional, que indica e auxilia na decisão dos fornecedores que irão compor o evento.

Ilhabela também conta com dois sites, além do site do destino, que reúnem informações sobre casamentos. Os sites www.casarnailha.com.br e www.ilhabelaweddingguide.com, disponibilizam relação de espaços para os eventos, com seus respectivos contatos, buffets, decoradores, fotógrafos, etc.

Pode-se afirmar que Ilhabela está bem estruturada para a recepção desses eventos. Porém, empresários do setor mencionaram a redução do número no ano de 2016.

4. Análise da Concorrência

O planejamento estratégico de marketing de turístico envolve identificação e análise dos principais destinos concorrentes. Esta etapa do planejamento de marketing é extremamente importante, pois subsidia a elaboração de estratégias de promoção e comercialização do destino turístico.

O objetivo é identificar, comparar e analisar os destinos que dispõem de oferta turística semelhante. Assim, decidiu-se por analisar os dois principais destinos concorrentes de Ilhabela em cada um dos seis segmentos turísticos definidos, que são: sol e praia, ecoturismo, náutico, mergulho, observação de aves e casamento.

Este capítulo mostra, então, os destinos concorrentes em cada segmento turístico. Primeiramente, é feita breve apresentação do destino e suas características no

24 Fonte: entrevista realizada com empresa organizadora de casamentos.

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segmento avaliado. A seguir são identificados pontos fortes e pontos fracos de cada destino em relação ao segmento turístico em questão, além da observação de boas práticas para benchmarking, que podem ser adequadas e aplicadas em Ilhabela.

A escolha dos principais concorrentes partiu das entrevistas com o trade turístico, exceto o segmento de Ecoturismo. Os entrevistados mencionaram destinos que não concorrem diretamente com Ilhabela, por isso, foi feita uma pesquisa sobre este segmento específico e os seus concorrentes.

4.1 Concorrentes no segmento - Sol e praia

A principal vocação de Ilhabela, dadas suas características naturais, é o turismo de sol e praia.

Os principais destinos concorrentes de Ilhabela no segmento de sol e praia são os municípios do Litoral Norte, particularmente: Ubatuba e São Sebastião e Ilha Grande, no litoral sul do Estado do Rio Janeiro.

Entende-se que Caraguatatuba, que também compõe o Circuito Turístico do Litoral Norte, não é um destino que concorre diretamente com Ilhabela. Isto se deve ao fato de receber turistas com perfil diferenciado, além da sua oferta turística (atrativos, equipamentos, meios de alimentação, atividades e etc) ser diferente da oferta de Ilhabela.

A seguir são apresentados esses destinos, bem como a descrição de seus pontos fortes, pontos fracos e boas práticas para benchmarking.

Litoral Norte do Estado de São Paulo

O Circuito Turístico do Litoral Norte do Estado de São Paulo é composto pelos municípios de Ilhabela, Caraguatatuba, Ubatuba e São Sebastião. Apesar de inseridos na mesma região costeira, Ilhabela concorre principalmente com São Sebastião e Ubatuba.

4.1.1 São Sebastião - SP

Localizada a 200 quilômetros de São Paulo e a apenas 9 quilômetros de Ilhabela, São Sebastião também é uma estância turística balneária, assim como os demais municípios do Litoral Norte, e recebe verba estadual para fomentar o turismo no município.

São Sebastião está inserido entre a serra e o mar, possui diversas praias, rios, cachoeiras e florestas. Nos seus cem quilômetros de orla é possível encontrar praias calmas, badaladas, adequadas para a prática de surfe ou de esportes náuticos.

A oferta turística de São Sebastião é bem estruturada e há opções para os turistas mais sofisticados, principalmente em relação às opções gastronômicas e hoteleiras, e para turistas mais econômicos.

Todas as praias são ligadas pela sinuosa Rio-Santos, que revela paisagens surpreendentes. Camburi, Juqueí, Baleia e Maresias são algumas das praias mais famosas, mas há outras bem disputadas como Barra do Una, Barequeçaba, Paúba, Barra do Saí e Toque-Toque.

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Além das praias, o município possui atrativos turísticos naturais e culturais, que complementam a oferta do segmento de sol e praia, tais como: Centro Histórico (tombado pelo Condephaat, conta com casarões dos séculos XVII e XVIII), Sítio Arqueológico São Francisco, Bairro de São Francisco, Cachoeiras do Ribeirão do Itu, Trilha da Praia Brava, Fundação Mar, dentre outros.

MARKETING DO DESTINO

Vale ressaltar que o site São Sebastião Turismo reúne conteúdo relevante para os turistas que planejam viagem ao município, classificando as praias de acordo com suas características e oferta de serviços disponíveis. Dessa forma, cada visitante escolhe a praia mais adequada ao ser perfil. Dentre os critérios, estão: acesso por trilha, cachoeira, mergulho, esportes, kitesurfe, passeios náuticos, pesca, restaurantes, etc.

O site ainda sugere diversas alternativas de atividades, tais como ao ar livre, no mar, opções de vida noturna, de compras e até para casamentos, conforme recorte a seguir.

Fonte: http://www.turismosaosebastiao.com.br/busque-a-praia-perfeita

Da mesma forma, há páginas para seleção de empreendimentos de gastronomia e meios de hospedagem. A sistematização e organização das informações facilitam o planejamento da viagem, seja pelo turista independente ou pelo agente de viagens.

4.1.2 Ubatuba - SP

Ubatuba, outro destino concorrente no segmento de sol e praia, fica a 233 quilômetros da capital e o acesso é facilitado, já que independe da balsa. Assim como os outros três municípios do Litoral Norte, Ubatuba é uma estância balneária do Estado de São Paulo, e como tal recebe verba do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos

Figura 10: Recorte do site de São Sebastião

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Municípios Turísticos – DADETUR por cumprir determinados requisitos definidos pela lei estadual.

O litoral de Ubatuba conta com 102 praias, além de ilhas, encostas e cachoeiras. A diversidade de praias atende desde o público que busca lugares mais sofisticados, como também pontos populares. Há praias propícias à prática de surfe, como Itamambuca e Vermelha do Norte, outras mais adequadas à famílias, como Tenório, Lagoinha, Grande e Lázaro. A grande maioria das praias é banhada por águas em boas condições para banho.

Em muitas delas é possível contratar passeios de barco ou banana boat, stand up paddle, caiaque, além de aulas de surfe ou de mergulho.

Ubatuba conta com atrativos turísticos que complementam a oferta turística, tais como: Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual da Ilha Anchieta, Projeto Tamar e Aquário de Ubatuba. Agências de receptivo também oferecem também passeios marítimos e terrestres.

Existem algumas comunidades tradicionais formadas por quilombolas, indígenas e caiçaras que possuem seu modo de vida e cultura particular e que até os dias de hoje mantém vivas suas tradições e costumes, como a canoa caiçara, cestaria Guarani e o azul marinho, prato típico que tem como base peixe cozido com banana verde.

Tanto São Sebastião como Ubatuba contam com boa infraestrutura turística, composta por hotéis, pousadas, restaurantes, atrativos turísticos, agências receptivas bares e etc.

Assim como Ilhabela, os municípios do Litoral Norte recebem milhares de turistas na alta temporada, sendo que os fluxos superam a própria população local, ocasionando problemas de congestionamento nas vias e falta de água nos picos da temporada, como período de natal, ano novo e carnaval.

Na tabela 25 a seguir, identificaram-se os pontos fortes e fracos dos concorrentes do Litoral Norte.

Pontos fortes Pontos fracos

• Acesso facilitado, já que não depende da balsa

• Boa infraestrutura turística, composta por hotéis, pousadas, restaurantes, atrativos turísticos, agências receptivas bares e etc.

• Diversidade de praias que podem ser acessadas em veículo próprio

• Qualidade da água na grande maioria das praias

• Excesso de visitantes na alta temporada, com problemas de deslocamento e abastecimento de água

Tabela 24: Litoral Norte do Estado de São Paulo exceto Ilhabela, turismo de sol e praia

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4.1.3 Ilha Grande - RJ

Ilha Grande está localizada no sul do litoral fluminense e pertence ao município de Angra dos Reis. É a quinta maior ilha do Brasil e o acesso é difícil para os paulistas, já que Angra dos Reis fica a 400 quilômetros de São Paulo. De lá, os turistas pegam embarcações e os veículos ficam estacionados no continente.

A ilha possui 193 km² e mais de 100 praias de tamanhos e características variados. As praias podem ser visitadas por meio das trilhas ou por meio dos passeios marítimos, realizados em escunas, lanchas e barcos.

Além das praias, fazem sucesso entre os turistas pontos propícios para banhos e observação da fauna marinha, com uso de snorkel, como ocorre na Lagoa Azul, Lagoa Verde e Saco do Céu.

Diversos passeios marítimos são oferecidos aos visitantes, a partir da Vila do Abrahão, principal praia da ilha, com maior concentração de pousadas, restaurantes, bares, lojas e agências de receptivo. Há opções de lancha e escuna, visitando diferentes praias e pontos de mergulho, inclusive passeio de dia todo que dá volta na ilha.

Fonte: Ilhagrande.org

Alguns passeios também incluem caminhadas, já que o acesso por barco a algumas praias é dificultado pelas condições do mar, como por exemplo na Praia de Lopes Mendes.

Chama atenção a quantidade e variedade dos passeios. A própria dificuldade de acesso às praias facilita a formatação e comercialização de roteiros marítimos e

Benchmarking

- Site do destino de São Sebastião sistematiza informações do turismo no município, facilitando o planejamento da viagem e seleção dos serviços turísticos a serem contratados. Também disponibiliza informações sobre as praias do município, de acordo com suas características, atividades e serviços disponíveis.

Foto 1: Vista aérea da Enseada do Abrahão, Ilha Grande

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terrestres, combinando muitas vezes atividades náuticas com ecoturismo. Um exemplo é o passeio à Praia de Lopes Mendes, que fica em mar aberto. Além do trajeto de barco, o turista precisa percorrer trilha de 30 minutos de caminhada para chegar à praia, de areia clara e fina, com fortes ondas.

A infraestrutura turística de Ilha Grande é limitada, já que todos os itens para construção e também bens de consumo, vêm do continente por meio das embarcações (veículos são proibidos em Ilhabela).

Dentre as opções de hospedagem, há pousadas, casas, suítes e camping. As opções de gastronomia também são restritas, sendo que a maioria se encontra na Enseada do Abrahão.

Na ilha não existem bancos e caixas eletrônicos, tampouco serviços de conveniência. Portanto, não é um destino que agrada turistas urbanos.

Especificamente para o turista de sol e praia, Ilha Grande também não oferece serviços de praia mais sofisticados e nem oferta de atividades de lazer de outros segmentos turísticos.

O acesso às praias, via trilhas ou por meio de embarcações, dificulta levar cadeiras e guarda-sóis. Em algumas praias há bares e restaurantes simples que atendem os turistas.

Pontos fortes Pontos fracos

• Beleza natural, com praias diversas, piscinas naturais

• Localização distante dos principais emissores no Estado de São Paulo

• Acesso depende de embarcações particulares ou públicas

• Infraestrutura turística para o turista de sol e praia

4.2 Concorrentes no segmento - Ecoturismo

Ecoturismo é um segmento turístico abrangente, já que por definição pressupõe práticas de atividades que utiliza o patrimônio natural e/ou cultural do destino turístico, de forma consciente e sustentável.

No entanto, foram apontados pelo trade turístico três principais produtos de ecoturismo “estruturados” em Ilhabela, que são: Trilhas do Pico Baepi, Trilha do Bonete e Trilha de Castelhanos.

Dessa forma, ao avaliar concorrentes de Ilhabela no segmento de Ecoturismo, é possível encontra-los no próprio estado, como Parque Estadual da Serra do Mar, ou em outras regiões do país, como Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PE).

Porém, considerando que o ecoturista que viaja a Ilhabela o faz nos feriados ou período de férias, permanecendo em média 4 dias no destino, chega-se à conclusão que os principais destinos concorrentes são aqueles localizados no estado de São

Tabela 25: Ilha Grande, turismo de sol e praia

Benchmarking

- Diversidade de passeios e roteiros que podem ser feitos a pé, de barco ou de bicicleta.

- Combinação de atividades de ecoturismo com sol e praia, já que o acesso a algumas praias e baías é feito por trilhas.

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Paulo, que oferecem trilhas e atividades similares às oferecidas em Ilhabela, Parque Estadual da Serra do mar, Núcleos de São Sebastião e Cunha. Ambos destinos são analisados a seguir, com destaque para os pontos fortes, pontos fracos e boas práticas que podem ser utilizadas por Ilhabela como benchmarking.

4.2.1 Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo São Sebastião - SP

O Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) foi criado em 1977 e é a maior Unidade de Conservação de toda a Mata Atlântica. Seus 332 mil hectares protegem 25 municípios paulistas, conectando as florestas da Serra do Mar desde o Rio de Janeiro e Vale do Ribeira, até o litoral sul do estado.

O Núcleo São Sebastião foi criado em 1998 e possui área de 26.268 hectares, no município de São Sebastião.

No final de 2010, com a ampliação do Parque Estadual da Serra do Mar, importantes áreas foram incluídas no núcleo, como a praia Brava e todo o costão rochoso até Maresias, além das penínsulas localizadas entre as praias de Maresias, Paúba, Santiago, Toque-Toque Grande e Toque-Toque Pequeno.

O Núcleo São Sebastião possui 30 trilhas e 25 cachoeiras, tais como Cachoeira do Jacu, do Tobogã, do Salto Grande, Samambaiçu, Pedra Lista, dentre outras. Conta também com o Mirante de Paúba, localizado entre os bairros Paúba e Maresias, cuja trilha possui 800 m de extensão.

Fonte:http://www.parqueestadualserradomar.sp.gov.br/pesm/nucleos/sao-sebastiao/sobre/

Os produtos turísticos mais expressivos do Núcleo São Sebastião são a Trilha Praia Brava de Boiçucanga e a Trilha do Ribeirão de Itu.

A Trilha Praia Brava de Boiçucanga tem 3 km e nível médio de dificuldade. É recomendável que os visitantes tenham bom reparo físico, já que a trilha é íngreme e leva-se em média uma hora e meia para percorrê-la. É necessário agendamento no centro de visitante do Núcleo São Sebastião.

Foto 2: Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo São Sebastião

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http://www.parqueestadualserradomar.sp.gov.br/pesm/nucleos/sao-sebastiao/sobre/

Já a Trilha do Ribeirão de Itu é indicada ao público em geral até a primeira cachoeira, que tem 1,2 km. Para a segunda parte, recomenda-se apenas a adultos com bom condicionamento físico, pois tem nível médio de dificuldade.

A trilha segue sempre paralela ao rio, até chegar na cachoeira que possui duas quedas. A primeira queda é composta por duas partes: a hidromassagem e a Pedra Lisa, sendo esta a mais alta cachoeira da trilha.

Outros atrativos importantes do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo São Sebastião são: Cachoeira Pedra Lisa e Sítio Arqueológico São Francisco. Este último, localizado na Praia da Figueira, é importante patrimônio histórico-cultural, pois contém complexo de senzalas e estradas originais.

O site do Parque Estadual disponibiliza conteúdo adequado para o ecoturista que pretende visitar a região. Também conta a favor do destino, a diversidade e quantidade de trilhas e cachoeiras que podem ser visitadas. No entanto, algumas delas estão dispersas, dentro da área do parque.

A seguir, resumo da análise do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo São

Sebastião.

Foto 3: Trilha da Praia Brava de Boiçucanga, Núcleo São Sebastião

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Pontos fortes Pontos fracos

• Diversidade de trilhas, cachoeiras e atrativos turísticos que podem ser visitados

• Trilhas para praia e em meio à mata Atlântica

• Acesso facilitado

• Trilhas, atrativos e cachoeiras estão dispersos

4.2.2 Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Cunha - RJ

O Núcleo Cunha foi criado em 1977, com a inauguração do Parque Estadual Serra do Mar. Localizado no extremo norte do parque, sua área total corresponde a 13,3 mil hectares e abriga uma das porções de maior biodiversidade em todo o parque.

Em seu território, são encontrados remanescentes de matas nebulares, espécies características de regiões com grandes altitudes. Fazem parte do núcleo os municípios de Cunha e Ubatuba. Sua sede está situada em Cunha, localizada a cerca de 250 km da capital paulista.

Cunha é estância turística climática e conhecida pelas tradições da cultura caipira, além de ser também um importante centro produtor de cerâmica artesanal.

O PESM - Núcleo Cunha conta com infraestrutura para receber os visitantes, que podem utilizar as instalações do Centro de Visitantes para sua maior comodidade.

Tabela 26: Análise do Parque Estadual da Serra do mar - Núcleo São Sebastião, Ecoturismo

Benchmarking

- Site do Parque Estadual da Serra do Mar disponibiliza informações sobre as trilhas, atrativos que podem ser visitados nas dependências do parque, dados sobre a fauna e flora, horários de funcionamento, estrutura de apoio e necessidade de agendamento

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Fonte: http://www.parqueestadualserradomar.sp.gov.br/pesm/nucleos/cunha/sobre/

Em relação aos roteiros de ecoturismo, merecem destaque a Trilha das Cachoeiras, Trilha do Rio Bonito e Trilha da Pedra da Macela.

A Trilha das Cachoeiras tem 14,4 km (ida e volta) e é percorrida em 5h30. Apresenta nível médio de dificuldade e é adequada para ciclistas e observadores de aves, que podem encontrar tangarazinhos, saíras-da-serra, papas-taoca-do-Sul e corocochós, entre tantos outros.

A trilha pode é feita em uma estrada desativada que dá a opção de percorrer metade do percurso de carro ou fazer o percurso completo de bicicleta. O trajeto acompanha o Rio Paraibuna, passando por duas quedas d’água, até chegar na Cachoeira do Rio Ipiranguinha.

Trilha do Rio Bonito é ideal para atletas e pessoas com bom condicionamento físico, já que tem nível alto de dificuldade, 7,6 km de extensão, que são percorridos em aproximadamente 4h30.

A trilha percorre a margem do Rio Bonito, chegando à Cachoeira da Laje, que é o principal atrativo da trilha, com condições ideais para banhos em suas águas. A vegetação, típica de Mata Atlântica

A Trilha da Pedra da Macela tem nível médio de dificuldade e leva ao mirante no topo da Pedra da Macela, que fica a 1840 metros de altitude. De lá, nos dias claros pode-se avistar Paraty, Angra dos Reis e Ubatuba. O acesso pode ser feito de carro e do

Foto 4: Centro de visitantes do Núcleo São Sebastião, Ecoturismo

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estacionamento segue-se a pé por 2 km. A subida da trilha é íngreme, mas a vista compensa o esforço.

O Núcleo Cunha dispões de outras trilhas, como a Trilha do Rio Paraibuna, que é autoguiada e de nível baixo de dificuldade, sendo muito utilizada para atividades de educação ambiental com grupos de estudantes. Já a Trilha das Arapongas, com 12, 4km é específica para ciclistas.

Observa-se, portanto, que no Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo Cunha, há variadas opções de trilhas e atividades de ecoturismo, desde trilhas fáceis a trilhas para ciclistas e indicação para observadores de aves.

Pontos fortes Pontos fracos

• Acesso fácil

• Diversidade de trilhas ecológicas, para percorrer a pé ou de bicicleta

• Sinalização deficiente

• Pouca divulgação do destino no segmento de ecoturismo

4.3 Concorrentes do segmento – Turismo Náutico

Ilhabela conta, conforme descrito no capítulo anterior, com excelentes condições naturais para a prática de esportes e atividades náuticas. Além da oferta de empresas especializadas neste segmento, a cidade sedia importante evento anual e é internacionalmente conhecida como "Capital da Vela".

Os principais destinos competidores, apontados por profissionais do segmento que atuam em Ilhabela, são Angra dos Reis e Paraty, no Estado do Rio de Janeiro. As características, pontos fortes, pontos fracos e boas práticas para benchmarking de cada destino são apresentados a seguir.

4.3.1 Angra dos Reis - RJ

O município de Angra dos Reis está situado no litoral sul do estado do Rio de Janeiro e sua imagem está muito atrelada ao turismo náutico, já que é formado por centenas de ilhas. Assim, além da navegação turística, a geografia do município, com diversas ilhas e comunidades insulares, faz com que o mar seja amplamente utilizado para fins de locomoção.

O acesso se dá pela Rodovia Rio-Santos, portanto para turistas estrangeiros o aeroporto mais próximo é Galeão, na capital fluminense. De São Paulo, principal emissor de turistas do país, são cerca de 400 quilômetros, percorridos em seis horas aproximadamente.

Angra dos Reis conta, atualmente, com elevado número de embarcações registradas. Segundo estudo da Fundação de Turismo de Angra dos Reis, são 6.755 embarcações de esporte e recreio destinadas à navegação interior; 754 embarcações de transporte

Tabela 27: Análise do Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo Cunha, Ecoturismo

Benchmarking

Infraestrutura para recepção e informações disponíveis para ecoturistas no site do Parque Estadual da Serra do Mar

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de passageiro para navegação interior; 4 embarcações de transporte de passageiro para cabotagem; 1718 embarcações de esporte e recreio para mar aberto; 24 embarcações de pesca para mar aberto e 450 embarcações de pesca para navegação interior.

Ainda, de acordo com levantamento do Instituto Estadual do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (INEA), existem 1.759 estruturas de apoio náutico (piers, rampas, trapiches, decks, cais) e 67 instalações náuticas (marinas, garagens e clubes náuticos) na região da Costa Verde, que contempla Angra dos Reis, Paraty e Mangaratiba, incluindo desde condomínios, loteamentos, residências de luxo, instalações náuticas, até vilas, pontos turísticos insulares e moradias de pescadores artesanais.

Especificamente no município de Angra dos Reis, há cerca de 28 empreendimentos classificados na atividade típica de marinas, 834 poitas legalizadas e 37 cais públicos (Angra dos Reis, Fundação de Turismo).

Na região de Angra dos Reis há embarcações de diferentes tipos e com variados propósitos: desde navios, plataformas e rebocadores ligados a atividade de petróleo e gás, até banana boats, passando por escunas, barcos, lanchas e taxi boats ligados à atividade turística. Cabe, ainda, mencionar o uso do espaço aquaviário por outras atividades de esporte e recreação como caiaques, canoas, stand up padlle etc.

Fonte: TripAdvisor, 2017.

Em relação à infraestrutura turística, os empreendimentos (hotéis, pousadas, bares e restaurantes) estão dispersos. Na cidade há algumas pousadas, restaurantes e centros comerciais. Os resorts estão localizados nas praias, ao longo da rodovia Rio -Santos e a Ilha Grande recebe anualmente milhares de turistas, mas tem oferta turística limitada e a maioria dos empreendimentos ficam na Enseada do Abrahão.

Essa distribuição dos empreendimentos turísticos dificulta o consumo por parte do turista, que precisa se deslocar pela região.

Foto 5: Empresa náutica, Angra dos Reis

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O crescimento do número de embarcações, principalmente lanchas e botes motorizados, também resulta na disputa entre embarcações e banhistas em diversas praias.

A maior parte dos turistas em visita ao município é direcionada aos passeios náuticos e por isso a oferta de serviços nesse setor cresce significativamente ano a ano. Como consequência, esforços são empreendidos para ordenar o setor náutico do município.

Também vale destacar a organização da Procissão de Barcos de Angra dos Reis, que é uma festa náutica, realizada anualmente no primeiro dia do ano. Moradores e turistas se divertem dançando os mais diferentes ritmos tocados nos barcos, para dar boas-vindas ao Ano Novo.

A Procissão Marítima de Angra dos Reis começou em 1978 quando José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, diretor da rede Globo, inspirado por festas que aconteciam em outras cidades, reuniu um grupo de amigos e com as imagens de Nosso Senhor dos Navegantes e Nossa Senhora da Piedade criou a primeira Procissão Marítima. Após três anos, os santos deixaram de ser utilizados para evitar conflitos com a igreja Católica e a festa tornou-se profana, com uma única preocupação: comemorar a chegada do ano novo.

A maioria das embarcações são enfeitadas, mostrando algo da região ou relembrando fatos importantes do ano que se encerra. A criatividade da decoração das embarcações (canoas, saveiros, traineiras, botes, escunas, lanchas e iates) é um espetáculo e atrair milhares de turistas e moradores.

As embarcações cadastradas na TurisAngra concorrem a prêmios em dinheiro. Os melhores em alegoria, originalidade e animação são premiados.

A procissão acontece no centro de Angra dos Reis, a partir das 10hs, seguindo até a Ilha da Gipóia. O evento termina na Praia do Anil, no centro da cidade, com atração musical e premiação dos vencedores.

Nota-se que este evento, ao contrário de muitos eventos náuticos, é inclusivo e convida turistas e moradores locais a participar.

Pontos fortes Pontos fracos

• Excelente infraestrutura náutica, que permite realização de atividades recreativas e esportivas

• Características naturais da região, tais como: transparência e coloração do mar, existência de centenas de praias e ilhas.

• Diversidade de passeios marítimos, que facilitam permanência do turista no município

• Realizar a Procissão Marítima anualmente

• A cidade não conta com infraestrutura turística centralizada, com exceção das praias centrais de Ilha Grande

• Distância de São Paulo e de algumas cidades do interior paulista

• Falta regulamentação do uso de embarcações turísticas

• Fluxos intensos de embarcações em determinados locais, na alta estação

Tabela 28: Análise de Angra dos Reis, turismo náutico

Benchmarking

- O município conta com inventário da oferta náutica, desde quantidade e variedade de embarcações, até piers, cais, e outras instalações utilizadas pelos operadores de atividades náuticas.

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4.3.2 Paraty - RJ

Localizada na Costa Verde, litoral sul do Estado do Rio de Janeiro, Paraty fica a 258 quilômetros da capital fluminense e 268 quilômetros da paulista.

A cidade sediou importante porto exportador de ouro no período colonial brasileiro e seu centro histórico abriga importante patrimônio histórico cultural. Em muitos desses edifícios históricos hoje funcionam pousadas, hotéis, restaurantes, lojas de artesanato, etc. Assim, a oferta turística é bastante adequada para receber turistas nacionais e estrangeiros.

Além do Centro Histórico e do Patrimônio Cultura, Paraty conta com 65 ilhas e cerca de 60 praias, muitas delas só acessadas por via marítima.

As praias de Paraty ficam afastadas da cidade e a melhor forma de visitá-las é fazendo um passeio de barco, que também inclui visita às ilhas da região. Um dos roteiros mais conhecidos leva às ilhas Duas Irmãs, Comprida, Araújo, Rasa, Algodão e Catimbau, e às praias Vermelha e da Lula.

As praias do Saco do Mamanguá, Cajaíba, Martim de Sá e Ponta Negra são indicadas para os turistas que buscam mais tranquilidade.

O extenso e recortado litoral de Paraty começa no Distrito de Mambucaba (divisa com Angra dos Reis) e termina na Vila de Trindade (divisa com Ubatuba). Esta é a região da Baía de Paraty, com 65 ilhas. A região é repleta de reentrâncias naturais, favorecendo a implantação de marinas, ancoradouros e pequenos estaleiros.

No píer central de Paraty, dezenas de embarcações ficam a espera de turistas que compram passeios marítimos oferecidos pelas agências, ou passeios privados, que são negociados diretamente com os marinheiros.

No píer há barcos pesqueiros que na alta temporada também atendem à demanda dos visitantes. Não foram encontrados registros que mostram a sistematização, organização e regulamentação do turismo náutico em Paraty.

Vale observar que foi criado, no ano 2000, o Instituto Náutico de Paraty - INP, instituição sem fins lucrativos, que trabalha na formação de velejadores, visando envolver e motivar as novas gerações para o esporte e também para as atitudes e valores dos pontos de vista pessoal, coletivo e ambiental.

O INP ensina gratuitamente a arte de velejar para crianças e jovens carentes de 8 a 18 anos, buscando ocupar seu tempo ocioso. É um projeto socioeducativo que possui entre outros, dois pontos muito fortes: a singularidade da atividade que proporciona na região de Paraty e a prática da diversidade, integrando as pessoas de diferentes culturas, classes ou religião.

O instituto também almeja inserir seus alunos no mercado de trabalho do setor náutico, por meio de cursos profissionalizantes. O INP possui um catamarã movido à

- Existe análise das deficiências e necessidades de melhorias em relação ao turismo náutico no município.

- O poder público acompanha e busca ordenar o crescimento das embarcações em Angra dos Reis.

- São oferecidos aos turistas diversos passeios marítimos pela região.

- Realização de evento náutico que estimula a participação de turistas e comunidade local, ao mesmo tempo em que divulga o destino nos principais veículos brasileiros.

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luz solar, o VDC1, único barco da categoria registrado pela Marinha Brasileira. O catamarã foi patrocinado pela Associação Cairuçu e nasceu da parceria entre o INP (Instituto Náutico Paraty) e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Possui duas baterias alimentadas somente por energia solar que somam 1 kWh, o equivalente a mais de 500 baterias comuns.

Assim, os jovens aprendem na prática a instalar e fazer manutenção de sistemas solares fotovoltaicos, em sintonia aspectos de sustentabilidade ambiental.

Paraty já sediou diversos eventos náuticos tais como regatas, procissões marítimas, rally náutico (prova de regularidade e navegação por GPS para lanchas acima de 22 pés), dentre outros. O município já contou também com edição do Paraty Boat Festival. No entanto, não existe um evento náutico tradicional, que ocorra com frequência determinada, em Paraty.

Pontos fortes Pontos fracos

• Grande oferta de passeios náuticos na Baía de Paraty, conhecida pela beleza de sua paisagem

• Criação de ONG para incentivar a formação de velejadores

• Distância de São Paulo e das principais cidades do interior paulista

• Não realiza eventos náuticos expressivos

• Turismo náutico não é organizado e sistematizado, há diversos prestadores de serviços que podem atuar informalmente

4.4 Concorrentes no segmento - Mergulho

O turismo de mergulho atrai público bastante específico, que viaja em busca de excelentes pontos para a prática do esporte. Como apresentado no capítulo anterior, esse turista normalmente viaja em grupo e opta pelos destinos ainda não conhecidos.

Centenas de pessoas buscam Ilhabela com o objetivo de mergulhar nas encostas, ilhas, ilhotas e naufrágios. No entanto, as condições naturais do arquipélago atraem principalmente mergulhadores iniciantes e também aqueles que buscam curso de mergulho autônomo básico ou outros de nível avançado.

Dadas as características, os principais destinos concorrentes de Ilhabela no segmento de turismo de mergulho são Ubatuba e Paraty, ambos detalhados a seguir.

4.4.1 Ubatuba - SP

Além de ser concorrente no segmento Sol e Praia, o município possui 102 praias e várias ilhas. Dentre as ilhas mais procuradas para mergulho estão: Ilha Anchieta, Ilha

Tabela 29: Análise de Paraty, turismo náutico

Benchmarking

- Criação de Organização não Governamental para a formação de velejadores visando envolver e motivar as novas gerações para o esporte, fomentando e valorizando os aspectos educativos no que diz respeito a atitudes e valores coletivos e de preservação ambiental.

- Utilização de catamarã movido à luz solar para formação dos novos velejadores.

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das Couves, Ilha Rapada e o arquipélago da Ilha vitória (Ilha dos Pescadores, Ilha das Cabras e Vitória). Mas o mergulho também pode ser praticado na Ilha comprida, Ilha do Prumirim, Ilha da Selinha, Ilha do Mar virado, Ilha dos Porcos Pequena, entre outras.

Um dos melhores pontos de mergulho da região é a Ilha Vitória, onde a visibilidade de água chega no verão em torno de 20 metros, formando um jardim para fotógrafos, cinegrafistas e iniciantes no mergulho.

A Ilha da Vitoria compreende três ilhas: a dos Pescadores, onde há uma passagem entre esta e a Grande (formando o "V " de Vitória) , e a das Gaivotas, a menor de cor esbranquiçada pelo acúmulo de excrementos de gaivotas. Esta é também um ótimo lugar para mergulhos, profundidade média de 25 metros.

A Ilha Anchieta é a segunda maior ilha do litoral de São Paulo (828 hectares) e um dos principais atrativos turísticos do Município de Ubatuba. Em 1977 foi criado o Parque Estadual da Ilha Anchieta, hoje integrado à rede de Unidades de Conservação administrada pela Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo através do Instituto Florestal.

A ilha recebe turistas que chegam nos passeios de lancha e escuna, que visitam suas praias e também as ruínas do presídio e suas instalações. Alguns pontos da ilha são escolhidos por mergulhadores, em função da rica fauna marinha.

A Ilha das Couves também é escolhida pelas operadoras para a prática do mergulho, em função da visibilidade da água e da variedade da fauna marinha.

Localizada a 2,3 quilômetros da costa e com 58 hectares a ilha apresenta uma orla de costões rochosos e encostas com vegetação rasteira e flora típica de Mata Atlântica.

Ali, é comum encontrar corais, salemas, budiões, frades, garoupas e arraias.

Existem em Ubatuba, a exemplo de Ilhabela, algumas operadoras de mergulho, que oferecem desde saídas em embarcações para mergulhadores certificados até cursos de nível avançado, como o mergulho em águas profundas, passando por cursos de fotografia subaquática, salvamento, etc.

Pontos fortes Pontos fracos

• Estrutura suficiente para cursos e práticas de mergulho .

• Boa infraestrutura turística, contemplando atrativos. turísticos hotéis, pousadas, restaurantes, bares, lojas, etc.

• Acesso facilitado, já que não depende da balsa.

• Visibilidade da água fica comprometida em alguns períodos do ano.

• Não possui naufrágios.

Tabela 30: Análise de Ubatuba, turismo de mergulho

Benchmarking

Não foram identificadas boas práticas no segmento de turismo de mergulho em Ubatuba que ainda não são aplicadas em Ilhabela.

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4.4.2 Paraty – RJ

Paraty além de sua vocação natural para o turismo de sol e praia e náutico, também é um destino escolhido pelos mergulhadores, dadas suas características naturais.

As águas calmas e cristalinas de Paraty são ótimas para o mergulho e por isso atraem milhares de praticantes, além de escolas de mergulho situadas na capital paulista e no interior de São Paulo, que em parceria com operadoras locais, realizam a parte prática do curso.

Uma grande vantagem competitiva de Paraty no segmento de mergulho, além da visibilidade da água é possuir vários pontos propícios para a prática da atividade, como por exemplo, a Ilha dos Meros. Na ponta sul da ilha a profundidade atinge os 21metros com grandes pedras de granito formando tocas e passagens. A vida marinha é muito intensa e é fácil visualizar peixes como o tricolor, casais de peixes-frades, grandes estrelas dos mar e pequenos crustáceos.

Já a Ilha dos Ganchos é muito utilizada nas aulas de mergulhos noturnos. Ouriços-do-mar coloridos, pindás e pepinos-do-mar são facilmente avistados. O fundo arenoso desce até os 11 metros de profundidade. Próxima a ilha, pedras servem de abrigo para peixes tropicais, polvos e moreias.

Outros pontos importantes para o turismo de mergulho são: Ilha Deserta, Ilha dos Ratos, Ilha Comprida, Parcel dos Meros, Laje dos Meros e Ilha dos Cocos. Também pesa a favor do turismo de mergulho em Paraty o Naufrágio Paulista, de 1913. Quando afundou, o navio de 60 metros de comprimento carregava madeira.

Pontos fortes Pontos fracos

• Visibilidade e transparência da água.

• Diversidade de locais e pontos de mergulho.

• Infraestrutura turística, com variedade de empreendimentos.

• Boa estrutura das operadoras de mergulho, que também servem de apoio para escolas de outras cidades.

• Distância de São Paulo e das principais cidades do interior paulista.

4.5 Concorrentes no segmento eventos - Casamento

Casar em local paradisíaco, como praias, ilhas, castelos ou fazendas centenárias, está no imaginário de muitos casais. No Brasil, ainda não existem destinos turísticos

Tabela 31: Análise de Paraty, turismo de mergulho

Benchmarking

Não foram identificadas boas práticas no segmento de turismo de mergulho em Ubatuba que ainda não são aplicadas em Ilhabela.

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bem posicionados neste segmento, a exemplo de ilhas e cidades localizados na região do Caribe, como Jamaica, Rivera Maya, dentre outros.

Um dos destinos turísticos brasileiros mais atentos a esse segmento é Trancoso, no sul da Bahia. Trancoso já possui ótima estrutura de serviços para realizar casamentos e tem promovido muito bem. Outro município que segue acompanhando essa tendência é São Sebastião, também localizado no Circuito Turístico do Litoral Norte de São Paulo, que realiza, em menor proporção, casamentos na praia.

A seguir são apresentados detalhes de cada destino, seus pontos fortes e fracos e boas práticas para o segmento.

4.5.1 Trancoso - BA

Distrito do município de Porto Seguro, Trancoso está localizada a 78 quilômetros do aeroporto, que serve como portão de entrada para milhares de turistas que chegam à região todos os anos. O percurso do aeroporto até Trancoso leva cerca de 90 minutos.

Trancoso é um destino de sol e praia que conta com empreendimentos que atendem demanda de turistas mais sofisticados. Diversas pousadas, villas, restaurantes, hotéis, lojas e bares são focadas no público de alta renda. Trancoso se posiciona como destino exclusivo com simplicidade.

Existe uma agência de turismo especializada na realização dos casamentos em Trancoso, que além de cuidar dos detalhes do grande evento, também se encarrega da logística dos convidados, com reservas aéreas, hospedagens em pousadas ou casas, transfers e passeios. Ainda, oferece bloqueio de voos regulares e fretamento de aeronaves, transporte em carros executivos e vans, inclusive no dia do casamento, apoiando os convidados. No site da empresa também há indicação de outros serviços, tais como: salão de beleza, bancos, farmácias, etc.

A empresa oferece opções diversas para realização do casamento, divididas na região do Quadrado ou à beira mar, incluindo opções de igrejas e capelas que podem ser escolhidas pelos noivos.

Uma boa prática oferecida pela agência é uma ação de responsabilidade social, incentivando os noivos a doarem as flores usadas na festa, para que sejam vendidas e sua renda revertida para instituições sem fins lucrativos.

Não há divulgação institucional do destino no segmento turismo de casamento. A promoção é feita individualmente por cada empreendimento, desde hotéis e pousadas a espaços apropriados para realização dos casamentos, passando por cerimonialistas, buffets, decoradores e etc.

Porém, há diversos blogs e sites de influenciadores do setor de casamento, com conteúdo relevante para noivos em fase de decisão. Os conteúdos são disponibilizados em artigos e também em vídeos

No site da Constance Zahn25, que é especialista em casamentos, há diversos artigos retratando casamentos de personalidades realizados em Trancoso. Há também um vídeo muito bem produzido, com dicas para casar no destino. No filme, fornecedores diversos, como decoradora e proprietário de buffet, sugerem algumas possibilidades aos noivos.

25 Fonte: Constance Zahn http://www.constancezahn.com/. O filme pode ser acessado no link https://youtu.be/s0LRKN0I2-U

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Também são encontradas referências de celebridades que se casaram recentemente em Trancoso, como é o caso da influenciadora digital, Gabriela Pugliese.

Percebe-se claramente que o destino trabalha muito com a realização de press trips, convidando jornalistas da mídia especializada para conhecer e, consequentemente, divulgar o destino.

Pontos fortes Pontos fracos

• Agência de viagens especializada na organização do evento, além de todos os serviços receptivos para noivos e convidados

• Boa oferta de serviços turísticos e também de serviços para casamentos

• Posicionamento como destino exclusivo casamentos

• Parceria com influenciadores digitais, que divulgam o destino para o público alvo

• A divulgação institucional do destino como wedding destination é deficiente

• Acesso ao destino é mais complicado e implica deslocamento aéreo, além do terrestre

4.5.2 São Sebastião - SP

Cidade conhecida pelo turismo de sol e praia, também situada no Circuito Turístico do Litoral Norte, que é composto também pelos municípios de Caraguatatuba, Ilhabela e Ubatuba.

São Sebastião possui mais de 30 praias, algumas delas bem famosas, que contam com empreendimentos sofisticados, tais como hotéis, restaurantes, marinas e bares, para atender ao público mais exigente.

No segmento de casamento, nota-se que o destino já conta com espaços e fornecedores para esses eventos, no centro da cidade e também nas praias Juqueí, Baleia, Toque-Toque Pequeno, dentre outras.

Tabela 32: Análise de Trancoso, turismo de casamento

Benchmarking

- Agência de turismo receptivo que presta serviços aos noivos, além dos serviços de viagens, inclusive dos convidados.

- Parceria com influenciadores digitais reforçando o posicionamento de destino exclusivo.

- Ação de responsabilidade social, a partir da doação de flores, que são vendidas e a renda é revertida às instituições sem fins lucrativos do destino.

- Organização de press trips, reunindo jornalistas, blogueiros e influenciadores digitais a conhecer o destino e os serviços disponíveis no segmento de casamentos.

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Fonte: Espaço Abricó (http://www.espacoabrico.com.br/)

Não foram encontradas referências de turismo de casamento no site do destino, nem site específico que reúna informações sobre os fornecedores de serviços para casamentos.

No entanto, há uma empresa em São Paulo especializada no planejamento e organização de casamentos no Litoral Norte de São Paulo. A empresa oferece: planejamento, organização e realização de todo o projeto, decoração, sonorização profissional, iluminação, segurança, etc. No seu site há exemplos de alguns casamentos realizados, sendo alguns em São Sebastião.

Apesar do município não estar tão posicionado no segmento de turismo de casamentos como Ilhabela, o site Turismo São Sebastião conta com uma página exclusiva para casamentos, chamada "Casar na Praia"26, que disponibiliza contatos de vários fornecedores da cadeia: espaços e hotéis, serviços de alimentação, decoração, fotógrafo, dentre outros.

Durante a oficina de oferta turística, realizada em 18 de julho com o trade de Ilhabela, empresários mencionaram que alguns noivos optam por São Sebastião porque lá é possível realizar festas mais econômicas e não há dependência da balsa. No entanto, os noivos abrem mão de casar numa ilha.

26 Fonte: http://www.turismosaosebastiao.com.br/o-que-fazer/casar-na-praia

Foto 6: Espaço para casamento, em São Sebastião

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Pontos fortes Pontos fracos

• Acesso facilitado, já que independe da balsa

• Estrutura turística adequada para receber convidados (atrativos, meios de hospedagem, meios de alimentação, etc.)

• É um município costeiro do continente, portanto não tem a magia do casamento na ilha

• Destino pouco conhecido no segmento de casamentos

• Prestadores de serviços atuam de forma independente, não há portal que reúna informações do setor

4.6 Concorrentes no segmento - Observação de Aves

O Brasil possui cerca de duas mil espécies de aves catalogadas e é o segundo país do mundo em diversidade de aves, ficando atrás somente da Colômbia. Essa característica coloca o país como um importante destino global para o turismo de observação de aves, ou birdwatching como é conhecido.

Entrevistas com profissionais que atuam diretamente com turismo de observação de aves em Ilhabela, apontaram os destinos principais destinos concorrentes no segmento, que são: Pantanal Mato Grossense e Tapiraí, localizada no estado de São Paulo, região da Mata Atlântica.

A descrição dos destinos competidores é apresentada a seguir.

4.6.1 Pantanal – MT e MS

As características naturais do Pantanal tornam este ambiente favorável para uma grande diversidade de fauna, notadamente aves, sendo uma das regiões mais procuradas por cientistas e observadores de fauna para a prática desta modalidade de turismo.

O turismo de observação de aves já é praticado há mais de 10 anos no Pantanal e conhecido internacionalmente. A região do Pantanal possui 585 espécies de aves catalogadas e isso, segundo levantamento de especialistas. Assim, é vista como uma das melhores regiões brasileiras para a prática desta atividade.

O clima da região é marcado por dois períodos longos: o seco, quando não chove por vários meses e se pode ver mais animais e o chuvoso, na época do verão, quando boa parte da área fica alagada. E novembro, quando começam as chuvas, o Pantanal fica exuberante, pois os campos são tomados por água cristalina, rica em nutrientes, atraindo diversos animais. A paisagem é dominada por garças, tuiuiús, colhereiros, biguás, marrecos, jaçanãs, martins-pescadores, dentre outros.

Apesar do acesso dificultado, a partir do aeroporto de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, ou de Cuiabá, no Mato Grosso, é necessário percorrer cerca de duas horas

Tabela 33: Análise de São Sebastião, turismo de casamento

Benchmarking

Site do destino tem uma página dedicada ao turismo de casamento

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em rodovia até a chegada ao destino final, que pode ser uma pousada. O alojamento, além de servir de base para as trilhas que permitem avistar as aves, muitas vezes contam com torres de observação, de onde se vê, acima da copa das árvores, a fauna e flora locais.

Observar a natureza e especialmente as aves a partir das torres instaladas no Pantanal é uma atividade muito apreciada tanto por turistas brasileiros e estrangeiros. Em alguns casos, pode ocorrer no pôr do sol, acompanhado de vinho ou outra bebida para celebrar o momento.

O estado do Mato Grosso, com uma área de 900 mil km², sendo 60% dela preservada, é particularmente conhecido pelo turismo de observação de aves. Conta também a seu favor o fato de possuir, no mesmo estado, quatro ecossistemas diferenciados: pantanal, cerrado, floresta amazônica e mata atlântica. Assim, turistas estrangeiros podem conciliar, na mesma viagem, visita ao Pantanal e à região amazônica, que são as mais famosas em nível internacional para atividades de natureza.

Diversas agências de viagens e operadoras de turismo especializadas oferecem pacotes para observação de aves na região do Pantanal, para público interno e também externo. A distribuição dos roteiros de ecoturismo e turismo de observação de aves é feita a partir de prestadores de serviços locais (guias, agências de turismo receptivo, pousadas e hotéis), que são contratados por operadoras brasileiras e estrangeiras, que ofertam pacotes para seus mercados alvos. Portanto, a promoção e comercialização desses produtos já acontece de forma estruturada.

Pontos fortes Pontos fracos

• Quantidade e variedade de espécie de aves, incluindo algumas exclusivas da região, além de outros animais comuns na região

• Estrutura dos serviços receptivos adequada para o turismo de observação de aves (hotéis, pousadas, agências de viagens e guias)

• Torres de observação para apreciar a natureza e em particular as aves

• Proximidade da Amazônia, que permite integrar dois destinos de natureza na mesma viagem

• Comercialização muito estruturada para atrair turistas nacionais e estrangeiros

• Divulgação do destino em feiras de turismo nacionais e internacionais

• Acesso mais complicado: a partir do aeroportos de Cuiabá ou Campo Grande, seguido de percurso terrestre

• Preços menos competitivos

• Sazonalidade acentuada, já que há grande procura pelo destino no período da seca, considerado alta temporada

Tabela 34: Análise do Pantanal, turismo de observação de aves

Benchmarking

- Infraestrutura turística adaptada para o segmento, desde guias especializado, hotéis e pousadas até torres de observação em meio à natureza.

- Promoção do destino em diversos eventos no Brasil e no exterior, facilitando o trabalho de captação de turistas de observação de aves por parte das agências e operadoras especializadas.

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4.6.2 Tapiraí - SP

Tapiraí é um município paulista, localizado na região metropolitana de Sorocaba, e com território na região do Vale do Ribeira.

A cidade é cortada por rodovia pela rodovia SP-79, que liga o interior paulista ao litoral sul do estado. Tapiraí atrai turistas que buscam lazer em meio a natureza, já que possui cachoeiras, rios e riachos, que permitem prática de atividades de ecoturismo.

O principal atrativo do município é a Cachoeira do Chá, localizada no Bairro do Chá a 15 Km do centro. O acesso à cachoeira é feito por trilha de um quilômetro, beirando as margens do Rio Corujas. A trilha ecológica é leve e os visitantes passam por uma piscina natural até chegar a queda principal, que conta com 30 metros de altura.

O município conta com outras cachoeiras, tais como Cachoeira do Alecrim, do Juquiazinho, do Beija-flor, dentre outras. Existe interesse em desenvolver o turismo de observação de aves, pois já foram encontradas 306 espécies em Tapiraí.

Entretanto, a Trilha dos Tucanos é o grande diferencial do município em relação aos demais destinos que apostam no turismo de observação de aves. Ali, já foram identificadas mais de 300 espécies de aves, incluindo espécies em extinção. Trata-se de uma pousada criada em 1999, mas que desde 2014 é especializada no atendimento de turistas de observação de aves.

A Pousada Trilha dos Tucanos conta com instalações simples, em área nativa de Mata Atlântica, com fácil visualização de grandes quantidades e variedades de aves, incluindo raras e algumas ameaçadas de extinção. O empreendimento conta com cinco trilhas ecológicas, além de comedouros, frequentados por 35 espécies de aves e bebedouros, que abrigam até 15 espécies.

Uma das atrações da Trilha dos Tucanos é a grande quantidade de comedouros e bebedouros espalhados pelas proximidades, que atraem grande quantidade de espécies.

A principal trilha é composta por área aberta com diversas espécies de árvores, dentre elas podemos citar as Palmeiras Juçaras (Euterpe edulis), que consistem em verdadeiros comedouros naturais, pois seus frutos são muito apreciados pelas aves, especialmente no inverno onde diversas espécies frequentam a trilha para se alimentarem.

A Trilha dos Tucanos tem nível médio de dificuldade, 850 metros de extensão e fica em área aberta. É possível observar na Trilha dos Tucanos diversas espécies de aves, em diversos comedouros espalhados pela sede e arredores, que são abastecidos pela manhã e tarde. Eles proporcionam alimento para as aves durante o dia todo, principalmente no inverno, quando há muita escassez de alimento na Mata Atlântica.

Nos comedouros são disponibilizadas frutas e raízes frescas, atraindo espécies frugívoras como: Periquito-rico (Brotogeris tirica), Tiriba-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis), Sanhaçu-de-encontro-azul (Tangara cyanoptera), Sanhaçu-de-encontro-amarelo (Tangara ornata), Saíra-sete-cores (Tangara seledon), dentre outras. Já os comedouros secundários oferecem diversos tipos de sementes e grãos, atraindo várias espécies granívoras como: Pimentão (Saltator fuliginosus), Tico-tico-do-mato (Arremon semitorquatus), Trinca-ferro-verdadeiro (Saltator similis), Juriti-gemedeira (Leptotila rufaxilla), dentre outras.

- Distribuição dos produtos turísticos feita de maneira profissional, na qual prestadores de serviços locais são contratados por agências e operadoras que formatam pacotes e os disponibilizam nos mercados interno e externo.

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A Trilha do Surucuá, tem 760 metros e baixo nível de dificuldade. Começa na sede, passa pelos chalés em direção ao lago (utilizado para pesca), e é composta de área aberta no começo, onde é possível encontrar ninhos de pica-pau-rei (Campephilus robustus) e de outras espécies. Na sequência, passa pela mata fechada, onde é possível encontrar (03) três espécies de surucuás: surucuá-de-barriga-amarela (Trogon rufus), surucuá-grande-de-barriga-amarela (Trogon viridis) e surucuá-variado (Trogon surrucura), além de aves como barbudo-rajado (Malacoptila striata) e diversas espécies plantas, bromélias e árvores.

Na Trilha do Tangará, a segunda mais extensa, com 870 metros, percorre-se córrego que desemboca no Rio do Cedro. É composta por mata aberta e fechada e no caminho pode-se avistar a maria-leque-do-sudeste (Onychorhynchus swainsoni), espécie vulnerável e ameaçada de extinção, que nidifica apenas em locais onde possui água cristalina e mata preservada. Também é possível encontrar diversas espécies de aves, como o tangará (Chiroxiphia caudata), tangarazinho (Ilicura militaris), olho-falso (Hemitriccus diops) e outras espécies de animais e plantas.

A trilha mais extensa, com dificuldade de nível médio é a Trilha do Macuco. ao percorrer a trilha, o visitante pode encontrar o macuco (Tinamus solitarius), tovaca-campainha (Chamaeza campanisona), pinto-do-mato (Hylopezus nattereri), galinha-do-mato (Formicarius colma), dentre outras. Possui grande diversidade e variedade de aves e também é possível encontrar mamíferos de pequeno porte como o esquilo caxinguelê (Sciurus aestuans) e répteis.

A menor trilha é a da Juruva, com apenas 380 metros, mas com maior altitude. Nela pode-se visualizar diversas espécies de aves, como tapaculo-preto (Scytalopus speluncae) , entufado (Merulaxis ater), pariri (Geotrygon montana), capitão-de-saíra (Attila rufus), dentre outras.

Todos os comedouros da propriedade possuem poleiros próximos para as aves pousarem. Assim, fica mais fácil fotografá-las. Outra facilidade é que da própria sede da pousada é possível avistar e fotografar as aves.

A pousada oferece o café da manhã cedo para que os hóspedes possam ver a maior movimentação das aves na mata, nos comedouros e bebedouros. Além disso, também os convida a participar da tradicional corujada. A observação de corujas e outras aves de hábito noturno.

Observa-se que o empreendimento é bastante conhecido entre os observadores de aves. Trata-se portanto, de um empreendimento turístico criado para atender a esse nicho específico e tornou-se sinônimo de destino para turismo de observação de aves.

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Pontos fortes Pontos fracos

• Destino bem conhecido pelos turistas de observação de aves.

• Quantidade e variedade de aves típicas da Mata Atlântica, incluindo as raras e as em extinção.

• Concentração das atrações em área geográfica relativamente pequena.

• Existência de comedouros e bebedouros.

• O empreendimento tornou-se referência em turismo de observação de aves.

• Destino é pouco conhecido pelos turistas comuns.

• Área para prática de observação de aves é restrita

• Infraestrutura do destino é deficiente.

• Serviços turísticos restritos (hospedagem, alimentação na própria pousada e atividades relacionadas à observação de aves).

• Falta de promoção e comercialização do destino e do empreendimento.

• O empreendimento confunde-se com o destino.

Este capítulo teve como objetivo apontar os principais destinos concorrentes de Ilhabela por segmento da oferta turística. Conhecer os pontos fortes destes competidores, bem como aprender com suas boas práticas é essencial para definir o posicionamento de Ilhabela no mercado turístico, a partir de seus diferenciais mercadológicos e também para criar as estratégias promocionais e alcançar o público alvo almejado.

Tabela 35: Análise de Taperaí - Trilha dos Tucanos, turismo de observação de aves

Benchmarking

- Investimento privado em empreendimento voltado para turistas de observação de aves, nas trilhas ecológicas e na pousada.

- Instalação de comedouros e bebedouros para aves nas pousadas e alguns pontos estratégicos das trilhas, próximos ao seu ambiente natural.

- Oferta de serviços bastante adequados ao público alvo: café da manhã é servido bem cedo, pontos para fotografia das aves, inclusive da própria sede da pousada, comedouros e bebedouros que garantem a visualização das aves, programação para ver aves de hábito noturno, como as corujas.

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5. Diagnóstico

O Diagnóstico foi elaborado em duas partes, a primeira partiu de dados do macro ambiente onde Ilhabela está inserida. Foram analisados os aspectos referentes a sua geografia, história, atributos naturais e culturais e sua dinâmica socioterritorial já apresentados no capítulo Cenário deste documento.

Na segunda parte os dados brutos apresentados no levantamento de informações foram considerados e realizou-se uma análise mais focada no cruzamento das informações necessárias para a construção do Plano de Marketing Turístico Estratégico de Ilhabela. Como complemento a esta segunda parte, infográficos são apresentados para facilitar o entendimento dos dados e estão disponibilizados no Anexo 2 deste documento.

O diagnóstico contempla a análise técnica e integrada do conjunto dados e informações coletadas na fase 1 do projeto que envolveram sete metodologias de coleta de dados já apresentadas anteriormente.

A coleta de dados realizada pelas pesquisas in loco aconteceu durante um período considerado baixa temporada (09.07 a 18.08.2017). Alguns integrantes do trade consideram, porém, que esse período é na verdade média temporada, porque caracteriza-se pela presença de visitantes que costumam viajar nas férias escolares com filhos e participantes dos eventos ocorridos neste período como: Semana de Vela, Feira Náutica, Pré - Jazz e Festival Vermelhos.

Desta forma, vale ressaltar que os dados que compõem o diagnóstico retratam além do perfil de um público que visita a ilha na baixa/média27 temporada, a demanda potencial que precisa ser melhor trabalhada para que considerem Ilhabela um destino propício para sua próxima viagem.

Foram levantadas informações também junto ao poder público, a comunidade local e stakeholders do setor para que alinhem os discursos e expectativas em relação ao destino turístico.

É importante ressaltar que a redução da sazonalidade é um dos principais objetivos relacionados ao turismo do Plano de Governo e, uma das razões para a elaboração do Plano de Marketing. Assim, os dados levantados apenas na baixa/média temporada não irão comprometer o resultado final do plano; ao contrário, permitirão que sejam indicados programas e projetos dirigidos para a promoção pré-baixa temporada, ressaltando que o público alvo deste período se encontra mapeado e analisado.

5.1 O perfil do visitante da baixa temporada

O perfil demográfico construído a partir das respostas da primeira parte das pesquisas com a demanda real sobre a oferta e sobre a imagem, realizada com 1001 respondentes indicou que a maioria dos entrevistados residem prioritariamente em cidades do estado de São Paulo (90,4%). E do total de entrevistados - 47% residem na cidade de São Paulo. Além disso:

• 57% são do gênero feminino

27 O termo baixa/média temporada surgiu nas entrevistas feitas com os stakeholders do turismo de Ilhabela e durante a Oficina Colaborativa sobre a Oferta e, segundo os entrevistados, julho é um mês de média porque foge do ciclo da baixa temporada recebendo muitos turistas que vem para a Semana de Vela e também por ocasião de férias escolares no Brasil.

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• 53% são casados

• 40% possuem mais de 40 anos e 28% estão entre 31 e 40 anos

• 35% com renda familiar entre 6 e 10 salários mínimos (Classe B) e 26% entre 01 e 05 salários mínimos (Classe C,D)

• 48% possuem superior completo

A pesquisa de rastros digitais a partir de dados da demanda real, identificou no público mapeado: maioria mulheres, maioria com superior completo, na faixa dos 23 a 48 anos e que pertencem às classes A e B.

A análise integrada dos dados levantados indica que, o perfil do público predominante na baixa temporada é residente no estado de São Paulo, do gênero feminino, pertence prioritariamente à classe B, seguido de C e D, com nível superior completo e na faixa etária a partir dos 31 anos.

5.2 Hábitos de viagem

Os resultados da segunda parte da pesquisa com a demanda real, que questionava sobre a oferta turística com uma amostra de 494 respondentes identificou que:

• A maioria dos entrevistados (79%) iria permanecer na ilha no período de 2 a 10 dias, o que os enquadra no perfil de turistas.

• Entre os entrevistados, apenas 14% eram excursionistas (que permanecem no destino até um dia sem pernoitar), um número com pouca relevância considerando o volume total de visitantes entrevistados. Na percepção do trade que participou da Oficina sobre a Oferta, os excursionistas vem crescendo ano a ano.

• 71% dos turistas já estiveram na ilha diversas vezes indicando uma provável fidelização ao destino.

• 27% dos entrevistados estavam na ilha pela primeira vez.

• Carro próprio foi o meio de transporte mais utilizado por (83%) visitantes da ilha.

• 58% dos visitantes foi à ilha acompanhado da família.

• 23% hospeda-se em pousadas, 21% em casa de parentes e amigos e apenas 15% em hotéis.

A principal motivação dos turistas para visitar Ilhabela foi Bem-Estar (38%) (descanso, cuidados com o corpo, mente e espírito), seguido por Férias (34%), aqui consideramos que os respondentes que são em sua maioria casados e que viajavam com as suas famílias estavam aproveitando as férias escolares de julho.

Apesar de 24% dos respondentes estarem hospedados em casa de amigos e parentes, a visita a familiares não foi uma motivação de viagem relevante. O que significa que o meio de hospedagem escolhido foi apenas uma oportunidade de viagem.

O arquipélago possui mais de 40 praias segundo o PGT 2015, mas com relação às principais atividades feitas pelos visitantes em Ilhabela – ir à praia aparece em 7º lugar, atrás de atividades culturais como: almoçar e jantar, ir a shows, visitar bares e atividades ao ar livre e náuticas como: passear de barco, caminhar, fazer trilhas, andar de bicicletas, isso evidencia que os visitantes da baixa temporada identificam em Ilhabela um destino onde se pode descansar, relaxar, aproveitando o que o destino oferece de cultura e atividades ao ar livre que não estão vinculadas diretamente ao imaginário de sol e praia do verão.

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Em uma análise feita nos materiais de comunicação fornecidos pela SECTUR e também nos discursos dos participantes da oficina e entrevistas sobre a oferta, notou-se primeiramente que não existe uma marca turística, o que reflete principalmente nos problemas de identidade do destino, ou seja, a visão de futuro estabelecida no PGT 2015 não está clara para os atores do turismo local. Isso reflete diretamente na promoção da ilha que vem sendo feita até agora que, basicamente apresenta o segmento de sol e praia utilizando a mesma comunicação para as diferentes temporadas, baixa e alta28.

Sobre a importância de ter uma marca turística entendemos que, segundo Anholt (2008), a globalização estimula os destinos turísticos a definirem sua marca como um diferencial para atrair cada vez mais turistas. Esta marca não é só um logotipo ou um slogan, ela é composta por vários atributos vinculados a imagem do destino e representa a sua força e potencialidades, governança, envolve diretamente os moradores e sua qualidade de vida, sua cultura e seus patrimônios, a balança comercial e exportação. A imagem do destino construída a partir destes seis atributos pode tornar um destino único e interessante aos olhos dos turistas que tem o mundo para escolher, principalmente aqueles que estão indecisos com tantas opções.

A imagem do destino quando associada a uma marca turística forte torna-se importante e essencial ferramenta de marketing. Isso porque, a marca reforça os atributos positivos que a localidade possui como a hospitalidade, a experiência, os atrativos entre outros pontos, despertando o interesse do público potencial.

Com relação ao clima e o potencial de aproveitamento do destino para atividades o ano todo, mesmo durante os meses de outono e inverno a temperatura máxima média do ar é alta em junho é de 27,8ºC com 72,5 mm de índice pluviométrico, em julho é de 28,1ºC (54,7mm de I.P), chegando em outubro a 31,8ºC (111.8 mm)29.

Essas temperaturas são propícias para a realização de atividades ao ar livre, náuticas, culturais e até mesmo sol e praia, mas o estereótipo construído no imaginário dos turistas é que destinos de sol e praia só podem ser frequentados no verão e Ilhabela concentra seus esforços de promoção neste segmento, o que reforça a sazonalidade apenas nesta época, gerando impactos na baixa temporada e na sustentabilidade local.

Na pesquisa de demanda potencial realizada em São Paulo com turistas que nunca estiveram em Ilhabela, foram questionados quais são os meses do ano em que mais costumam viajar. Além dos resultados já esperados que identificaram os meses de verão e férias escolares (novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e julho, com férias escolares), merecem destaque os meses de: Março (ainda alta temporada para a ilha), Junho, Agosto, Setembro e Outubro, apresentando estes três últimos meses, ótimas condições para alavancar o segmento de ecoturismo, atividades ao ar livre, náutico e cultura.

Os dados apresentados reforçam que a sazonalidade pode ser trabalhada nestes meses com a divulgação e promoção de outros segmentos que não o sol e praia e que existe uma demanda potencial relevante a ser prospectada pelo destino e até mesmo trabalhar a demanda real fiel ao destino quebrando o estereótipo de sol

28 A exceção foi a campanha “Ilhabela, 365 dias para você voltar sempre”, comercial de 30’ exibido no período do concurso Miss Brasil 2017 (agosto 2017)28, que mostra os atrativos naturais e culturais tirando o foco dos aspectos relacionados ao sol e a praia, esta campanha foi criada pela agência de comunicação integrada contratada pela Prefeitura para atender a SECTUR.

29 Fonte: PGT 2015 – Volume I – p.29

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e praia somente no verão, fomentando a recomendação deles a amigos e parentes destes diferentes períodos do ano.

Fonte: PGT 2015 e GKS Negócios Sustentáveis

Ainda sobre a pesquisa de demanda potencial, o perfil do público entrevistado foi: 51% masculino, faixa etária entre 18 a 25 anos (29%) e 31 a 40 anos (25%), solteiros (62%), pertencentes a classe C e D (35%) e B (31%), 42% com superior completo.

Entre os hábitos de viagem, destaca-se que 68% nunca viajaram para uma ilha, e entre os que viajaram os destinos mencionados foram: Ilha Grande, Fernando de Noronha e Ilha do Mel.

Contrapondo a demanda real, os turistas da demanda potencial quando viajam ficam prioritariamente em casa de parentes / amigos, seguido por: hotéis e em terceiro, pousadas.

No imaginário destes turistas que nunca tiveram em Ilhabela as cores azul e verde representam o destino. E baseado no que já ouviram falar das pessoas que

Figura 11: Meses (demanda potencial)- (exceto alta temporada) x Clima

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conhecem a ilha, a palavra que mencionaram que vem à cabeça quando pensam em Ilhabela foi a mesma da demanda real: praia.

O que reforça a percepção que, tanto no imaginário os turistas que conhecem a ilha como nos que não conhecem, a vocação turística de sol e praia é ressaltada, demonstrando que é necessário um trabalho de quebra de estereótipo que introduza aos poucos outros segmentos, a partir do alinhamento de mensagem entre os atores do turismo.

5.3 Avaliação de Ilhabela como destino turístico

A avaliação de um destino turístico passa tanto pela análise de seus atrativos e produtos turísticos quanto pela observação de sua infraestrutura, serviços públicos e apoio ao turista.

Mesmo que no momento de escolher um destino de viagem o turista busque indicações de pessoas conhecidas, é bastante comum que, no pré-viagem (momento onde o visitante decide seu destino turístico) o acesso à internet ou o agente de viagens sejam consultados para obter informações mais específicas.

Um número relevante de respondentes (76%) soube da ilha por amigos e parentes, mas mesmo assim, 51% consultaram a web e valoraram como ótimas e boas as informações encontradas. Infelizmente, não foram especificados os sites de busca. Esses dados mostram que e a indicação do destino por conhecidos é um fator importante na escolha, mas ter informações completas colabora com a criação de expectativas possíveis de serem atendidas diminuindo o elemento surpresa, que pode impactar negativamente a imagem do destino e prejudicar a publicidade boca a boca.

Um exemplo que ilustra muito bem a importância da informação oficial é a questão dos borrachudos e as formas de prevenção de picadas, um dos assuntos mais abordados em grupos da internet sobre Ilhabela segundo a pesquisa de rastros digitais. As soluções caseiras aparecem na maioria das discussões e, em muitas delas o desconhecimento e a falta de informação fazem com que potenciais turistas desistam de conhecer a ilha. Relatos de alguns turistas que foram picados e tiveram péssimas experiências com o inseto influenciam negativamente a demanda potencial. Esse tema também apareceu na pesquisa com a demanda real. Entre os três pontos negativos mencionados pelos respondentes, o segundo lugar ficou com os borrachudos.

Sobre o acesso à ilha , as pesquisas sobre imagem com a demanda real e potencial e os rastros digitais identificaram o tempo de espera da balsa como um tema bastante sensível aos visitantes. Considerando que 83% dos visitantes chegam a ilha em carro próprio, ou seja, só chegam via balsa, é muito importante o olhar sobre este ponto especificamente.

Apesar das respostas positivas no questionário sobre a oferta em relação ao tempo da balsa, 57% avaliou positivamente este item e 73% avaliaram positivamente a estrutura da balsa, torna-se importante considerar que as pesquisas foram realizadas na baixa/média temporada o que torna o tempo de espera aceitável uma vez que o fluxo não é excessivo.

Um fator que pode ter influenciado na avaliação negativa do serviço da balsa na pesquisa sobre a imagem é que a maioria dos entrevistados é fidelizado ao destino (71%) e tem o costume de usar a balsa não só na baixa temporada, mas também na alta temporada, quando são comuns as longas filas de espera.

A indicação de Ilhabela como um destino caro que pratica preços altos apareceu com destaque na pesquisa da demanda real. Esta percepção pode estar

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vinculada à consolidação de uma imagem construída há 10 anos e retratada durante as entrevistas gravadas com os stakeholders caracterizando Ilhabela como: “Um destino charmoso e bucólico”, normalmente frequentado pela classe média alta paulistana. Mas pode, também, ser justificada pela prática comercial vigente de ter que garantir na alta e média temporada o faturamento necessário para o período de baixa temporada, o que acaba elevando significativamente os preços. Tanto que, 45% dos entrevistados em Ilhabela disseram que os preços praticados na ilha são ruins ou regulares.

Fato é que essa imagem está bastante vinculada ao destino porque esta mesma percepção também foi mencionada pela demanda potencial, que justificou a “falta de dinheiro” ou “destino caro” como impeditivos para visitar a ilha.

Os principais pontos positivos mencionados pelos entrevistados foram: beleza natural, belas praias e limpeza urbana.

É inquestionável que os turistas consideram Ilhabela como um destino estruturado para receber o visitante, isso porque as avaliações relativas aos meios de hospedagem (variedade e qualidade), ao comércio local, aos bares e restaurantes foram muito positivas tanto nas pesquisas sobre a oferta como nas pesquisas de imagem.

Mesmo assim, a situação nas praias merece maior atenção. Apesar da infraestrutura da ilha em relação ao transporte público, saúde, limpeza e segurança ter sido considerada boa por 43% dos respondentes e ótima por 32%, alguns mencionaram como ponto negativo a falta de infraestrutura nas praias (falta de chuveiro, estacionamento público) e problemas com acessibilidade para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida e idosos. Novamente vale a pena destacar que, mesmo que as pessoas tenham sido entrevistadas na baixa/média temporada, a maioria conhece a ilha na alta temporada onde esses problemas se agravam.

Outro fator que aparece muito bem relacionado ao destino Ilhabela é a hospitalidade. A pesquisa de imagem apontou como um dos pontos extremamente positivos a hospitalidade dos moradores que foram considerados amigáveis e solícitos. Reforçando esse atributo, a pesquisa sobre a avaliação geral do destino apontou que 96% dos entrevistados consideraram a hospitalidade e receptividade como ótima ou boa.

Em geral Ilhabela foi muito bem avaliada como destino tanto que 98% dos entrevistados afirmam ter a intenção de retornar a Ilhabela. Isso mostra que a experiência foi satisfatória ou superou às expectativas sobre o destino.

5.4 Marketing e redes sociais

Para entender como os turistas que frequentam Ilhabela se relacionam nas redes sociais, e como são impactados por ações e estratégias de marketing, algumas questões foram feitas aos entrevistados da demanda real para identificar como souberam da ilha, se utilizaram algum aplicativo para obter mais informações sobre Ilhabela, se costumam fazer check in ou usar hashtag em suas viagens e se a resposta fosse afirmativa quais eles usavam.

Identificou-se que Ilhabela é um destino onde as pessoas são influenciadas por amigos e parentes, já que 76% dos entrevistados souberam da ilha por este meio. Ou seja, a promoção “boca a boca” é eficaz.

As mídias tradicionais foram mencionadas por 4,25% dos entrevistados como meios de comunicação que impactaram no conhecimento sobre a ilha (via internet, rádio, tv, revista e jornais)

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O impacto das postagens nas redes sociais, principalmente em relação a viagens e turismo, funciona como o “boca a boca” tradicional porque em sites como Tripadvisor, os comentários e opiniões postados pelos turistas podem influenciar diretamente na escolha do destino.

No fórum de viagens dentro do Tripadvisor foram identificados desde 2014, cerca de 129 tópicos de discussão sobre Ilhabela (consulta feita no dia 20.09.2017) – com várias questões e dúvidas sobre clima, borrachudos, opções de passeio, como chegar a ilha desde aeroportos de São Paulo, como se deslocar internamente. Existem dois colaboradores do fórum avaliados como especialistas em Ilhabela porque responderam um grande volume de questões.

Apenas 14% dos entrevistados da demanda real usou aplicativo para consultar sobre a ilha, sendo o Tripadvisor indicado como principal aplicativo para esta consulta. O que merece atenção é que 85% da demanda real não fez pesquisa em aplicativos para ter informação de Ilhabela. Se cruzarmos este dado com a forma que 76% dos entrevistados souberam da ilha percebe-se que a promoção boca a boca tem fornecido informação confiável o suficiente, não existindo até o momento a necessidade de buscá-la em outro local. Esse aspecto pode ser muito bom quando a divulgação é positiva mas, quando a divulgação é negativa, essa característica pode-se se mostrar uma grande ameaça. Isso porque, ações de marketing digital para frear repercussões ruins podem não ter o resultado esperado.

O Booking também foi mencionado como um aplicativo para consulta sobre viagens por ambos os públicos, demanda potencial e demanda real.

É muito comum em viagens que o turista utilize hashtags ou faça check in nas redes sociais. Este foi um dos temas abordados na pesquisa e os resultados apontaram que 47% da demanda real tem este hábito nas redes sociais quando viaja, contra 36% da demanda potencial que tem este hábito.

Entre aqueles que o fazem, a maioria indicou o Facebook como principal rede social seguido pelo Instagram.

No ambiente virtual e considerando o Facebook como uma fonte de pesquisas relevante foi feita a coleta de dados via rastros digitais nesta rede onde os resultados apontaram perfis e hábitos de consumo de turistas que já estiveram ou estavam em Ilhabela no período de coleta.

Com o objetivo de analisar a demanda real sob o ponto de vista digital, utilizou-se esta ferramenta de análise de rastros digitais para compreender o perfil sócio econômico, os hábitos de consumo e as necessidades dos internautas que se interessam por Ilhabela.

Todo cruzamento de dados e informações coletadas nas redes partiu de cinco “portas de entrada”, entendendo como portas de entrada, páginas nas redes sociais onde existe engajamento com o público alvo. No caso de Ilhabela estas portas de entrada foram focadas na rede social Facebook, que segundo dados apresentados em 02.01.2017, possui mais de 1,8 bilhões de pessoas no mundo ativas no Facebook30.

Dados de 2016 mostram que no Brasil, mais de 139 milhões são usuários de internet, destes 122 milhões são ativos nas redes sociais. Deste volume, 62% usam Facebook31. Além de ser a ferramenta mais utilizada pela demanda real entrevistada em Ilhabela, como apresentado anteriormente.

30 Fonte: http://blog.cleverweb.com.br/mark-zuckerberg-finalmente-revela-o-numero-de-usuarios-ativos-no-facebook-whatsapp-instagram-2017/ 31 Fonte: Digital in 2017 – South America

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Os critérios para a escolha das portas de entrada para a pesquisa de demanda real de Ilhabela foram: alcance e engajamento.

Mais de 146 mil pessoas foram mapeadas e alguns perfis foram traçados:

• 69% viajam regularmente.

• 49% curtem atividades ao ar livre.

• 28% tem alguma aderência ao tema sustentabilidade.

• 28% seguem algo relacionado a surf.

• 21% curtem o Projeto TAMAR.

Estas informações validam a necessidade de estruturação de produtos e promoção do segmento de ecoturismo.

A motivação de viagem à Ilhabela mais mencionada pelos entrevistados na demanda real foi bem estar, o que está conectado diretamente com pessoas que tem hábitos de vida saudáveis, que prezam a saúde, alimentação e formas de se conectar com a natureza que tragam bem estar em suas viagens. O que valida as informações mencionadas a seguir, onde:

• 63% das pessoas mapeadas nos rastros digitais curtem temas relacionados a cuidados com a saúde,

• 38% curtem ou fazem algo relativo a atividade física,

• 36% são vegetarianos ou curtem algo relacionado.

O segmento do Turismo Náutico é destaque na ilha e, na pesquisa dos rastros digitais identificou-se que 31% dos mapeados curtem algo relativo a atividades marinhas.

Ao questionarmos a demanda real sobre quais atividades eles costumam fazer quando estão na ilha, visitar bares ficou em quinto lugar, na pesquisa de rastros digitais 64% dos mapeados costumam frequentar bares. Ou seja, as atividades sociais, culturais e gastronômicas são um apelo interessante para a promoção do destino.

5.5 A imagem do destino

Pimentel et all (2006) explica que o consumidor associa a imagem com o destino de acordo com as características do local ou, até mesmo, em função das características da sua população. Pode-se afirmar, portanto que a imagem é composta pelo conjunto de expectativas, informações e percepções que o turista tem sobre um determinado destino.

“Uma imagem é um conjunto simplificado e relativamente estável de percepções e de associações mentais ligadas a um produto, uma empresa, um indivíduo, etc” (LINDON et al, 2004, p.180). Trata-se de algo pessoal, podendo ser muito diferente de pessoa para pessoa. Porém, o fato da formação da imagem ter aspectos subjetivos, não tira sua importância como indicativo de qualidade. Quando se conhece a imagem de um destino, torna-se possível analisar seus pontos fracos, fortes verificando se as expectativas e necessidades dos visitantes estão sendo atendidas e tornando, portanto, o destino mais competitivo.

Considerando as respostas da demanda real, da demanda potencial e dos atores locais participantes do setor turístico, envolvendo também a comunidade, avaliou-se como positiva a imagem de Ilhabela, com algumas ressalvas e pontos muito específicos que serão mencionados a seguir.

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Nas entrevistas realizadas com o poder público, os stakeholders e a comunidade notou-se um desalinhamento na visão de futuro quando abordado o que a comunidade e os stakeholders querem e como o poder público idealiza, principalmente em relação ao tipo de público que visita a ilha. Alguns respondentes querem a volta do turista mais qualificado usando como exemplo os 10 anos passados, outros querem uma ampliação de demanda, atraindo públicos de diferentes classes sociais. Ressalta-se que no PGT 2015, a visão de futuro até 2020 indica que Ilhabela tem que : “consolidar-se como o melhor destino de natureza do Brasil, com ênfase em atividades náuticas, ao ar livre, ecoturismo e turismo histórico cultural, valorizando as características únicas de arquipélago.”

Neste cenário fica evidente que existem algumas questões a serem debatidas e alinhadas pelos atores turísticos que são: se o destino quer ser reconhecido como o melhor destino de natureza do Brasil, porque sua promoção é baseada apenas no segmento de sol e praia? e qual tipo de público queremos receber na ilha? e refletir: temos infraestrutura para receber o tipo de público que queremos? Estas informações são importantes para a construção da imagem no destino porque retratam qual o público se quer atingir, quais equipamentos e quais produtos / segmentos serão prioritários.

Outra análise relevante diz respeito à capacidade de carga da ilha, principalmente na alta temporada. Segundo os entrevistados a situação é insustentável principalmente para os moradores que sofrem impacto direto dos problemas de infraestrutura da ilha, como falta de saneamento básico. As entrevistas identificaram que é fundamental encontrar um equilíbrio entre a alta temporada, que já recebe mais visitantes do que a Ilha comporta e a baixa temporada que deixa muitos equipamentos ociosos.

O amor à ilha transparece em todas as entrevistas com os stakeholders, e com este amor também fica evidente a preocupação com o futuro, não só em termos financeiros, no caso dos meios de hospedagem devido a sazonalidade, mas em relação a sustentabilidade e a manutenção do destino com suas principais características e atributos naturais que são o seu grande diferencial. Estas preocupações estão alinhadas com a missão de Ilhabela como destino turístico mencionada no PGT 2015:

“proporcionar a cada visitante experiências prazerosas, únicas e inesquecíveis, em equilíbrio com a natureza e com as riquezas que Ilhabela oferece, que promovam a inserção da comunidade, a conservação do patrimônio natural e histórico, a valorização da cultura caiçara e o desenvolvimento sustentável.”

5.6 Segmentos e produtos prioritários

As novas tendências de comportamento de consumo dos turistas vem estimulando a criação de novos produtos que promovam experiências únicas e focadas nestas novas necessidades. Sendo assim, a segmentação da oferta turística faz-se necessária para que se possa atender diferentes tipos de públicos de forma planejada e ativa, ressaltando em uma oferta adequada à demanda.

Segundo o MTur (2015) os segmentos turísticos podem ser estabelecidos a partir dos elementos de identidade da oferta e também das características e variáveis da demanda. Para que haja esta conexão entre oferta e demanda, além da segmentação é importante que exista um produto turístico, que segundo Ignarra (1999) é composto por seis componentes, são eles:

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• Recursos: naturais (clima, solo, paisagens, fauna, flora e outros) e culturais (patrimônio arquitetônico, cultura local, gastronomia, artesanato e outros);

• Bens e Serviços: produtos alimentícios, materiais esportivos, serviços receptivos, atrações etc.;

• Infraestrutura e equipamentos: estradas, meios de hospedagens, restaurantes etc.;

• Gestão: a forma como o produto é gerido e ofertado;

• Imagem da marca: como este produto é percebido pelos consumidores;

• Preço: o valor a ser pago deve ser condizente com os benefícios oferecidos.

O produto turístico precisa ser estruturado visando atender às necessidades e demandas do público-alvo, que seja viável para comercialização, que seja sustentável para a localidade e que gere lucratividade para as empresas que trabalharam para ofertá-lo.32

Como resultado do debate ocorrido na Oficina Colaborativa e nas entrevistas presenciais com a oferta identificou-se que não existem produtos realmente estruturados que possam fomentar os segmentos abordados pelo PGT 2015 (Sol e Praia, Náutico e Ecoturismo) e, que possam contribuir efetivamente para a redução da sazonalidade do destino.

Para estruturar um produto turístico com foco em um segmento, deve-se considerar: a vocação do destino; a imagem do destino; o perfil do turista que se deseja atrair; as preferências da demanda.33

Um dos pontos mencionados para que se estruture um produto é a imagem da ilha, para o qual definir a identidade e o valor atribuído pelos turistas ao destino são de extrema relevância. Isto posto, identificou-se que existem duas prioridades a serem trabalhadas e que subsidiarão a etapa de propostas do plano de Marketing:

• Definição da imagem e do posicionamento que se quer para o destino, a partir do alinhamento de discurso entre poder público, empresas privadas, terceiro setor e comunidade considerados atores do turismo.

• Estruturação de pelo menos dois produtos relativos aos segmentos já definidos no PGT 2015 e validados na Oficina Colaborativa pelos participantes: Ecoturismo, Sol e Praia, Náutico. O turismo de eventos como segmento não foi priorizado por não ter equipamentos que gerem fluxo de turistas, apesar de conter um nicho importante que são os casamentos, que será apresentado como um nicho prioritário.

Como nichos de mercado potenciais que foram validados na Oficina Colaborativa que podem ser trabalhados no Plano de Marketing com o objetivo de reduzir a sazonalidade foram identificados: casamentos, trekking e observação de aves. Destes três nichos apenas o primeiro, casamento, tem produto estruturado, os outros dois precisam de estruturação. No caso de trekking, existe um projeto previsto para a melhoria das trilhas da ilha, o que pode facilitar na estruturação de um produto a médio prazo.

32 http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/Segmentaxo_do_Mercado_Versxo_Final_IMPRESSxO_.pdf (p.24 e 25) 33 http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/Segmentaxo_do_Mercado_Versxo_Final_IMPRESSxO_.pdf (p. 27)

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No nicho de observação de aves, faz-se necessário um projeto de conscientização dos meios de hospedagem para alterar certos hábitos que atendem à demanda do observador, como serviço de café da manhã mais cedo; além da reforma e/ou construção de torres para observação no Parque, e uma promoção dirigida a este público que atualmente são em sua maioria estrangeiros, isso demandará mais tempo impactando no prazo para a estruturação. Já foi elaborado em julho pela SECTUR em parceria com os guias de observação de aves um folheto com informações específicas para começar o fomento deste nicho.

5.7 Concorrentes

O planejamento de marketing turístico envolve identificação e análise dos principais destinos concorrentes. Esta análise pode ser feita pelo procedimento de pesquisa denominado benchmarking pelo qual se realizam comparações entre organizações, neste caso destinos turísticos, objetos ou atividades, criando-se um padrão de referência, com o objetivo de melhorar o rendimento naquele aspecto que se quer medir. É uma ferramenta que possibilita gerar novas ideias e alternativas para a resolução de problemas, processos de melhoria e levantamento de ações recomendadas.

A partir da análise dos concorrentes por segmentos prioritários identificou-se que algumas cidades concorrem com Ilhabela em mais de um segmento, como se pode ver a seguir.

Cidade Segmentos

Paraty Náutico e Mergulho

São Sebastião Sol e Praia, Ecoturismo e Casamento

Ubatuba Sol e Praia e Mergulho

Destes destinos, Ubatuba foi mencionada em terceiro lugar como uma das praias que a demanda potencial mais costuma frequentar, posicionando-a como um forte concorrente da ilha. Outros destinos concorrentes apareceram nos segmentos priorizados no PGT 2015 e validados na Oficina Colaborativa, são eles:

• Sol e Praia: Ilha Grande (RJ)

• Ecoturismo: Parque Estadual Serra do Mar Núcleo Cunha (RJ)

• Náutico: Angra dos Reis (RJ)

• Casamento: Trancoso (BA)

• Observação de Aves: Pantanal (MT e MS) e Tapiraí (SP)

Considerando todas as pesquisas que mencionaram destinos visitados pela demanda real ou potencial e análise de concorrência temos o cruzamento abaixo:

Quadro 4: Destinos concorrentes x Segmentos

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Destinos Demanda real (Rastros Digitais)

Demanda Potencial (SP)

Análise Concorrência

Segmentos / Nicho de mercado

Angra dos Reis ✓ ✓ Náutico

Bertioga ✓ ✓ Sol e Praia

Cananéia ✓ Sol e Praia

Caraguatatuba ✓ ✓ Sol e Praia

Cunha ✓ ✓ Ecoturismo

Guarujá ✓ Sol e Praia

Ilha Comprida ✓ Sol e Praia

Ilha Grande ✓ Sol e Praia

Itanhaém ✓ Sol e Praia

Maresias ✓ Sol e Praia

Paraty ✓ Náutico e Mergulho

Pantanal ✓ Observação de Aves

Peruíbe ✓ ✓ Sol e Praia

Praia Grande ✓ Sol e Praia

Santos ✓ Sol e Praia

São Sebastião ✓ ✓ ✓ Sol e Praia, Ecoturismo e Casamento

Tapiraí ✓ Observação de Aves

Ubatuba ✓ ✓ ✓ Sol e Praia e Mergulho

Percebeu-se, ao longo do diagnóstico, que não é uma prática instaurada o conhecimento da concorrência e o acompanhamento de suas ações. Mudar essa cultura será necessário para que, no longo prazo, as ações possam ser monitoradas e a ilha responda mais rapidamente às evoluções de mercado.

6. Estratégias de Marketing

As estratégias de marketing que foram criadas a partir do levantamento de informações e diagnóstico apresentados constituíram a base de análise para o desenvolvimento das diretrizes, programas e projetos que irão compor o Plano de Marketing Turístico Estratégico de Ilhabela, apresentados neste capítulo.

Durante o diagnóstico identificou-se a necessidade de aprofundar o debate e validar a imagem, visão de futuro 2020 e posicionamento de Ilhabela, além de elaborar e

Quadro 5: Cruzamento de destinos concorrentes

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estruturar dois produtos turísticos para que fossem promovidos pelo plano com o objetivo de reduzir a sazonalidade a curto prazo, já pensando na temporada 2018.

Isto posto, duas oficinas foram realizadas em 09 de novembro de 2017, para debater, definir e validar a imagem e o posicionamento de Ilhabela como destino turístico e determinar e validar dois produtos turísticos para fins de estruturação e promoção. Isso porque esses dois aspectos do planejamento de marketing precisavam de maior discussão e aprofundamento com todos os integrantes da cadeia produtiva, antes que se propusessem as ações de marketing, fruto de todo o estudo que vem sendo realizado desde junho.

Uma estratégia de marketing só funciona quando tem objetivos bem definidos e compartilhados por todos os envolvidos. Entende-se estratégia de marketing como o ato de tomar decisões corretas que determinarão como o composto de marketing (produto, preço, mercados e promoção) será utilizado para atingir, de maneira eficiente, o objetivo desejado.

No caso de um destino turístico, para a elaboração das estratégias, deve-se levar em conta além dos 4 compostos do Marketing Mix, o posicionamento do destino.

Segundo Kotler (2003), entende-se por posicionamento: “o ato de projetar a oferta de forma que ela ocupe um lugar distinto e valorizado nas mentes dos consumidores/público alvo”. Justamente este “lugar distinto” é o que diferencia um destino turístico de outro e, portanto, torna-se o posicionamento, o ponto focal das estratégicas elaboradas.

Swarbrooke e Horner (2002) asseguram que os fatores motivacionais relacionados ao consumo turístico podem ser divididos em dois grupos: os que motivam uma pessoa a tirar férias e os que motivam uma pessoa a tirar determinadas férias em determinado destino. Considerando que a literatura sobre turismo, especialmente aquela relacionada a motivações, valores e percepções concluem que a imagem mental criada pelos viajantes sobre um determinado destino é essencial no processo de decisão de compra, torna-se imprescindível atuar de maneira planejada e coordenada para que o turista tenha de Ilhabela a imagem que se deseja formar a partir deste plano, construído após a caracterização do público alvo; identificação dos atributos que definem Ilhabela como destino turístico; levantamento das percepções do público alvo sobre os atributos e determinação dos principais concorrentes.

O diagnóstico do planejamento de marketing apontou como maior problema do destino a acentuada curva de sazonalidade, tendo um período de elevada ocupação nos meses de verão (de dezembro a meados de março), seguida de um pico de baixíssima ocupação nos meses de maio, junho e agosto. Na alta temporada, inclusive, as observações indicam para um quadro de saturação, em que o destino se torna uma experiência desconfortável para turista (longas filas, todos os lugares muito cheios) e para moradores (sobrecarga da infraestrutura, falta de água, engarrafamentos, lixo, dentre outros).

Reduzir a curva de sazonalidade, implica em promover produtos que não sejam típicos do verão e atrair turistas que tenham disponibilidade para viajar na baixa temporada e fora dos períodos de férias escolares. Ou seja, para diminuir ou minimizar os períodos de baixa ocupação será preciso reposicionar o destino, ampliar a oferta turística a partir da diversificando de segmentos com foco nos prioritários, e adequar a promoção a um novo perfil de público, já que o público que hoje visita Ilhabela prioritariamente nos finais de semana, feriados e alta temporada são casais e famílias com filhos que buscam sol e praia.

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Espera-se , como resultado da implantação das diretrizes, programas e projetos deste trabalho:

• Redução da sazonalidade.

• Diversificação da oferta turística de Ilhabela atraindo um público diferenciado que permaneça mais tempo e gaste mais na ilha.

• Consolidação da imagem de Ilhabela como um destino de natureza que proporciona experiências diferenciadas inclusive na baixa temporada.

6.1 Imagem, Posicionamento e Visão de Futuro

A metodologia para análise de posicionamento de um destino turístico envolve etapas que já foram cumpridas nas fases anteriores deste projeto, são elas: definir o perfil do público alvo; identificar quais atributos definem Ilhabela como destino turístico; levantamento das percepções do público alvo sobre os atributos; determinação dos principais concorrentes.

Estas informações serviram de insumo para a execução da oficina de imagem que validou a visão de futuro do PGT 2015, qual seja: “Consolidar-se como o melhor destino de natureza do Brasil, com ênfase em atividades náuticas, ao ar livre, ecoturismo e turismo histórico-cultural, valorizando as características únicas de arquipélago.”

A visão de futuro 2020 expressa a síntese da imagem e do posicionamento que o destino turístico espera consolidar no mercado, dentro de um horizonte temporal estabelecido. O desafio para atingir o patamar de melhor destino de natureza do Brasil é grande e pressupõe ações de infraestrutura, desenvolvimento e marketing maciças a curto prazo.

O posicionamento é um componente essencial da estratégia de marketing e não apenas de comunicação, pois seu valor é de formulação da imagem comparativa e, portanto, competitiva da oferta ao mercado, devendo ser tangível frente aos diferentes segmentos de demanda, que têm interesses e percepções distintas. Possui tripla interpretação, que compreende a ação dos competidores, a lógica da tomada de decisões do cliente potencial e as iniciativas empreendidas pelo destino para conquistar esse espaço.

Os dados disponíveis apontam que Ilhabela se apresenta ao mercado como um destino de praia e atividades de vela. A percepção do turista atual destaca as praias, a paisagem, as belezas naturais e a hospitalidade local. O turista potencial tem a percepção de um destino de belezas naturais, com ofertas para o público jovem (baladas e surfe), mas com ressalvas negativas (caro, borrachudo e problemas no acesso). Os atores locais manifestam preocupação com o desenvolvimento desordenado do destino e corroboram os aspectos negativos identificados pelo turista potencial.

O posicionamento atual é pouco competitivo e incompatível com a visão de futuro estabelecida no PGT 2015 e validada na oficina. Com este posicionamento, o setor terá dificuldades para superar os desafios de um crescimento qualitativo e sustentável.

Por isso, a proposta deste plano é que seja feito um esforço para que Ilhabela deixe de ser vista apenas como um destino de sol e praia e passe a ser conhecida pelos seus atrativos naturais e culturais, sendo o posicionamento desejado a síntese dos diferencias turísticos de Ilhabela, a saber:

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• Uma ilha que tem 84% de seu território integrando uma unidade de conservação, na maior faixa preservada da Mata Atlântica localizada em área insular, com o relevo mais acentuado do litoral brasileiro.

• O conjunto arquitetônico da vila histórica e seus antigos engenhos associado ao modo de vida, aos saberes e fazeres de suas populações tradicionais, os caiçaras.

• Um lugar que já oferece um leque amplo de atividades variadas associadas ao ambiente do mar e da floresta: vela, trekking, remo, mergulho, banhos de cachoeira, vivências em comunidades tradicionais, gastronomia, eventos, etc. Ofertas que precisam se integrar à promoção e serem percebidas pelos públicos potenciais como estímulos para ampliar a permanência média.

A visão de futuro e o posicionamento desejado determinam os referenciais para o estabelecimento dos objetivos, a consolidação como destino de natureza baseado em um modelo de desenvolvimento sustentável e controlado caracterizado pelas ofertas diversificadas associadas aos patrimônios natural e cultural, com ênfase nas atividades ao ar livre e atividades náuticas.

Isto posto, são resultados esperados das diretrizes, programas e projetos a serem apresentados:

• Fomentar o desenvolvimento sustentável do turismo no destino, coerente com a Visão 2020 (ser o melhor destino de natureza do Brasil), por meio de incentivos à adoção de soluções ambientalmente sustentáveis aplicáveis à infraestrutura do município, à cadeia produtiva do setor e de práticas que favoreceram a inclusão social, e estimulem a conservação dos recursos naturais e do patrimônio cultural;

• Ampliar, diversificar e qualificar a oferta turística de Ilhabela, pela estruturação de novos produtos e atividades turísticas e pela melhoria das instalações dos equipamentos e serviços turísticos compatíveis com o turismo de natureza (sustentabilidade e especificidades da demanda);

• Fomentar o desenvolvimento de oferta complementar e associada ao turismo, principalmente ligada à gastronomia típica e ao artesanato local, mantendo a identidade e valores culturais que os caracterizam;

• Implantar um sistema de monitoramento turístico que seja capaz de produzir dados, séries estatísticas e indicadores para medir o crescimento do setor de turismo, verificar os resultados das metas e também controlar os impactos gerados pela atividade.

6.2 Pressupostos básicos

A partir da definição do que e como Ilhabela pretende ser reconhecida como destino turístico, a construção das diretrizes, programas e projetos considerou o que precisa ser promovido e para quem a mensagem precisa ser dirigida a fim de se obter os resultados desejados.

Para que aconteça a definição do Modelo de marketing que se pretende, a seleção de produtos e mercados prioritários e a construção da nova identidade turística, tornou-se imprescindível a análise do ambiente onde o turismo está se desenvolvendo e a identificação dos pontos de diferenciação (highlights) que precisam ser contemplados pelas ações do plano.

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6.1.1 Análise do ambiente

Um plano de marketing não pode ser desenvolvido sem que se compreenda o ambiente onde o turismo está se desenvolvendo. Essa análise deve considerar aspectos relacionados ao conjunto da organização estrutural (super e infraestruturas), conjunto das relações ambientais (economia, cultura, meio ambiente e sociedade) e conjunto das ações operacionais (oferta, demanda, mercado e distribuição) do sistema turístico vigente.

O quadro abaixo sintetiza as informações relevantes que serão consideradas no momento da definição das diretrizes, programas e projetos do Plano de Marketing de Ilhabela.

Estrutura do mercado

Postura do governo

Performance Esperada

Político • Criação do Consórcio Circuito Litoral Norte.

• Fomentar as parcerias institucionais com os municípios do Consórcio CLN.

• Ressaltar os atributos únicos de Ilhabela como destino turístico.

• Melhorar o posicionamento de Ilhabela frente aos concorrentes.

Sócioeconômico • Crescimento dos recursos dos royalties.

• Necessidade de capacitação e qualificação dos atores do turismo.

• Participação da comunidade local nas atividades turísticas.

• Fomento à Economia Criativa.

• Desenvolver inteligência de mercado para acompanhar o desenvolvimento do setor turístico.

• Investir na geração de novas capacidades e competências dos atores do turismo.

• Estruturar o turismo para geração de mais empregos e rendas para a população.

• Envolver a comunidade nas decisões relativas a atividade turística.

• Desenvolver o programa de Economia Criativa também para o turismo, estimulando assim a preservação da cultura tradicional caiçara.

Comportamento do turista

• Novo turista busca destinos que promovam

• Investir na criação do Observatório do

• Reposicionar Ilhabela como destino turístico.

Quadro 6: Análise do ambiente

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experiências únicas.

• Demanda potencial reprimida para a ilha.

• Necessidade de segmentar a promoção do destino.

Turismo para Ilhabela.

• Investir em campanhas de marketing segmentadas.

• Reduzir a sazonalidade.

• Desenvolver o segmento de Ecoturismo e reforçar os atributos culturais.

Tecnológico • Expansão da conexão de internet na ilha.

• Proposta de criação de pólo digital.

• Fomentar as parcerias institucionais para a participação do município no programa de cidades digitais do Brasil.

• Ser inserido no programa de cidades digitais e assim,. estimular a geração de renda e emprego.

Ambiental • Processo de gestão de resíduos sólidos.

• Nova gestão do PEIb.

• Situação de balneabilidade das praias.

• Auxiliar a nova gestão do PEIb buscando assim uma integração que irá beneficiar o turismo.

• Melhorar as condições do PEIb.

• Posicionar o PEIB como um importante atributo natural da ilha.

Fonte: GKS Negócios Sustentáveis

6.1.2 Pontos de diferenciação (Highlights)

Traçado o diagnóstico do estado em que se encontra o desenvolvimento do turismo em Ilhabela, diagnóstico este que considerou os aspectos relacionados ao conjunto da organização estrutural (super e infraestruturas), conjunto das relações ambientais (economia, cultura, meio ambiente e sociedade) e conjunto das ações operacionais (oferta, demanda, mercado e distribuição) do sistema turístico vigente, faz-se necessário focar a análise considerando o impacto desta realidade no posicionamento do destino e, consequentemente, na implantação do Plano de Marketing. Para cada ponto de diferenciação serão apontados desafios que comporão o plano.

• Produto Ilhabela - quais são os atributos destacados da ilha que poderão ser a base do plano com foco na promoção institucional do destino.

• Imagem do destino - como o destino vem sendo percebido pelo público alvo e como ele quer ser efetivamente percebido, segundo a visão de futuro 2020.

• Governança - como a gestão do sistema turístico está impactando e pode impactar nas decisões de marketing do destino.

• Demanda Turística - perfil de demanda da baixa temporada que precisa ser atingido pelo plano de marketing.

• Oferta Turística - o que já está estruturado que poderá ser oferecido comercialmente ao público-alvo.

• Concorrência - como a ilha pode se reposicionar frente aos concorrentes.

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• Mercados – alvo: definir quais mercados-alvo serão atingidos pelo plano.

6.1.2.1 Highlight 01: Produto Ilhabela

• A qualidade dos serviços, exuberância de sua paisagem, diversidade dos atributos naturais e beleza das praias e cachoeiras coloca Ilhabela em um patamar acima dos seus destinos concorrentes mais diretos, principalmente porque ela é o único município-arquipélago marinho do Brasil e também é reserva da Biosfera da Mata Atlântica pela UNESCO.

• Ter a maior parte do seu território (84%) inserido em uma área de proteção ambiental e divulgar adequadamente a diversidade e raridade das espécies de mamíferos (240) e anfíbios (50) encontrados na ilha, ajuda na construção da imagem de destino preservado.

• Ilhabela já é reconhecida como um dos principais destinos náuticos do Estado.

• A diversidade de recursos naturais e culturais aliados ao clima favorável durante o ano todo, possibilitam o desenvolvimento de produtos que podem reduzir a sazonalidade e ainda não estão estruturados, principalmente relacionados ao ecoturismo e prática de esportes de aventura como escalada e trekking.

• O patrimônio cultural e histórico rico e pouco explorado (segundo o IPHAN, em Ilhabela podem ser encontrados cerca de 62 sítios arqueológicos e um conjunto arquitetônico cultural colonial relevante, com muitas unidades preservadas) quando bem divulgado servirá como oferta agregada para auxiliar na redução da sazonalidade.

• As manifestações culturais, em especial a congada, o artesanato e a gastronomia caiçara são pouco conhecidos e podem gerar interesse de uma demanda potencial ainda não atendida e da demanda real que desconhece estes atributos.

• Há nichos de mercado ainda pouco estruturados com grande potencial de crescimento como mergulho e observação de aves.

• O nicho de mercado de casamentos na ilha vem crescendo e merece destaque por ser um produto já estruturado.

• Apenas duas (Bonete e Castelhanos) das 14 comunidades tradicionais da ilha são beneficiadas pelo turismo. É possível pensar no desenvolvimento de um produto turístico focado no Turismo de Base Comunitária que possa atender a uma demanda segmentada e específica que viaja com o intuito de ter experiências com a comunidade local. Em Castelhanos a comunidade já avança neste sentido e no Bonete, a comunidade pretende retomar o projeto.

• Existem muitos passeios oferecidos pelos receptivos da ilha, mas nenhum produto turístico estruturado foi identificado, nos segmentos prioritários, que possa atualmente ser promovido. Este panorama mudou a partir da estruturação de dois produtos turísticos focados em natureza e experiências.

DESAFIOS PARA O MARKETING SOBRE O HIGHLIGHT 01: PRODUTO ILHABELA.

• Garantir que a visão de futuro e o posicionamento validados nas oficinas, sejam conhecidos e incorporados por todos os atores envolvidos direta ou indiretamente com a atividade.

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• Usar como eixo estratégico de comunicação o turismo de natureza, o Parque Estadual e os nichos de mercado relacionados ao segmento, como: trilhas, mergulho, observação de aves.

• Ampliar o escopo do turismo náutico, incorporando outros esportes para a promoção como: Stand up paddle, canoa havaiana entre outros.

• Utilizar os recursos naturais da ilha para explorar a captação de eventos outdoor, vinculados a sustentabilidade e esportes de aventura.

• Alinhar expectativas entre poder público, stakeholders e comunidade em relação a produtos que serão promovidos.

• Conscientizar a comunidade local da importância do turismo e o seu papel nesta cadeia.

6.1.2.2 Highlight 02: Imagem do Destino

• Ilhabela é um destino muito associado e posicionado no segmento de Sol e Praia, tanto na alta como na baixa temporada. Tanto que, para os entrevistados na pesquisa das demandas potencial e real, a primeira palavra associada à ilha foi: praia.

• Muitos turistas entrevistados apontam a sensação de bem estar que sentem no destino como motivador para visitar a ilha.

• A hospitalidade dos moradores é um ponto que ajuda da construção e uma imagem positiva do turistas.

• Uma percepção dos turistas muito presente vincula Ilhabela a um destino caro.

• Os problemas com a balsa e os borrachudos são recorrentes no imaginário da demanda ao falar em Ilhabela.

• Problemas ocasionados pela superlotação na alta temporada tem repercutido negativamente para turistas e moradores.

• Preocupação dos moradores em relação a sustentabilidade na ilha.

DESAFIOS PARA O MARKETING SOBRE O HIGHLIGHT 02: IMAGEM DO DESTINO.

• Criação de uma marca turística que represente os atributos únicos e diferenciais do destino e ajude no reposicionamento do destino, levando em consideração o que foi definido na oficina de imagem – melhor destino de natureza do Brasil.

• Romper o estereótipo de que Ilhabela é apenas um destino de Sol e Praia.

• Relativizar e minimizar os problemas de imagem causados pelos impactos negativos da alta temporada, pela balsa e pela falta de informação oficial sobre os borrachudos.

• Conscientizar a comunidade local da importância do turismo e o seu papel nesta cadeia.

6.1.2.3 Highlight 03: Governança

• Há apoio do setor público para o fomento da atividade turística. Este apoio se materializa por ações de estruturação do projeto e promoção de atividades para atração de público.

• Comunidade e iniciativa privada entendem a importância da atividade e querem fazer de Ilhabela um destino sustentável embora, muitas vezes falte alinhamento de expectativas e ações com o setor público.

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• Apesar do COMTUR ser ativo, nota-se que, nas reuniões colaborativas propostas para a elaboração do plano apenas um grupo reduzido participou das discussões.

DESAFIOS PARA O MARKETING SOBRE O HIGHLIGHT 03: GOVERNANÇA

• Alinhar expectativas entre poder público, stakeholders e comunidade em relação aos objetivos, metas e estratégias do Plano de Marketing.

• Envolver todos os integrantes da cadeia na implementação e manutenção das ações propostas.

6.1.2.4 Highlight 04: Demanda Turística

1) Demanda real

• O turista característico analisado na baixa temporada (julho) e pelos rastros digitais da ilha é: mulher, jovem (acima de 31 anos), tem alto nível de escolaridade, reside na capital, permanece em média de 6 a 10 dias na ilha, pertence prioritariamente à classe B, viaja com a família, chegou à ilha por recomendação de amigos e parentes. Não encontram informações sobre o que tem para fazer na ilha além da praia e de passear na Vila, não reconhecem o Parque Estadual e desconhecem outras atividades de ecoturismo e ao ar livre disponíveis, além de não estarem familiarizados com a cultura caiçara.

• O turista atual é fidelizado e, mesmo aqueles que não tem propriedade na Ilha, costumam retornar com frequência.

• O público do nicho de mercado de casamentos é uma demanda real que pode ser potencializada, principalmente porque a maioria dos casamentos ocorrem na baixa temporada.

2) Demanda Potencial

• O turista potencial característico, viaja também muito nos meses que são considerados baixa temporada na ilha (junho, agosto, setembro, outubro), tem o hábito de viajar para o litoral paulista (Guarujá, Santos e Ubatuba), nunca visitou uma ilha, não usa aplicativos para obter informação pré-viagem, mas quando o utilizam citam o Tripadvisor como principal site de consulta.

• Não há grandes resistências por parte da demanda potencial, para conhecer Ilhabela. Os aspectos mencionados para não terem ido à ilha são: distância, balsa, desconhecimento e falta de dinheiro. A percepção da demanda potencial se baseia em comentários de quem conhece a ilha que tem a sua própria maneira de interpretar o destino.

• No imaginário dos turistas potenciais, praia é a palavra que vem à cabeça quando pensam em Ilhabela, mesmo não tendo conhecido o local.

• Há uma demanda qualificada ainda não explorada (birdwatchers) que pode ser atendida a longo prazo.

DESAFIOS PARA O MARKETING SOBRE O HIGHLIGHT 04

• Quebrar o estereótipo de que, por ser uma ilha, só se pode visitar no verão, tanto para a demanda real como para a demanda potencial.

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• Ampliar e divulgar a oferta turística da ilha, incluindo outros segmentos.

• Desconstruir a imagem que Ilhabela é um destino caro e distante para a demanda potencial.

• Quebrar a resistência dos turistas potenciais em relação aos borrachudos e a balsa, a partir da divulgação de informação oficial do destino.

6.1.2.5 Highlight 05: Oferta Turística

• Existem muitos passeios oferecidos pelos operadores receptivos, e dois produtos a serem estruturados resultado da oficina de produto realizada pelo aditamento do contrato.

• No índice de competitividade do turismo nacional, Ilhabela possuía em 2015 um dos piores indicadores no quesito Capacidade Empresarial, o que mostra falha no engajamento dos empresários do turismo na promoção de ações integradas e estruturantes.

• Grande parte da comunidade local desconhece a oferta turística da ilha.

• Para alguns empresários do trade, o segmento Sol e Praia é o prioritário tanto para alta como baixa temporada. Outros reforçam a importância do desenvolvimento e estruturação de produtos de Ecoturismo, principalmente as trilhas. Após a oficina de imagem, validou-se que o foco da promoção do destino será no turismo de natureza, valorizando o parque estadual como um atrativo em potencial.

• Existe muita opção de hospedagem, principalmente de pousadas, muitas bem avaliadas pela demanda real. Por outro lado, no Mapa do Turismo Brasileiro 2017 que considera indicadores referentes a hospedagem, Ilhabela está atrás dos principais concorrentes.

• A gastronomia variada é vista como ponto positivo na oferta turística, tanto em relação a diversidade como em relação ao serviço prestado, apesar de ser identificada por alguns como cara.

DESAFIOS PARA O MARKETING SOBRE O HIGHLIGHT 05: OFERTA TURÍSTICA

• Promover o alinhamento de expectativas entre poder público, stakeholders e comunidade em relação ao público que o destino irá priorizar

• Promover a capacitação não só dos atores do turismo vinculados diretamente a hospedagem, bares e restaurantes, associação comercial, Centros de Informação Turística e operadores Receptivos, como da comunidade local, que desconhece a oferta.

6.1.2.6 Highlight 06: Concorrência

• Ubatuba e São Sebastião, que são destinos que fazem parte do Consórcio Circuito Litoral Norte são os principais concorrentes da ilha.

• O Mapa do Turismo Brasileiro, publicado recentemente (14.09.2017) pelo Ministério do Turismo posiciona Ilhabela como categoria B, enquanto seus concorrentes principais como, São Sebastião e Ubatuba são categoria A. Os

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indicadores que estabelecem estas categorias estão basicamente vinculados a hospedagem e volume de turistas.

DESAFIOS PARA O MARKETING SOBRE O HIGHLIGHT 06: CONCORRÊNCIA

• Potencializar o atributo único de Ilhabela frente a concorrência, principalmente para ser trabalhado no Consórcio Circuito Litoral Norte.

• Compreender melhor os indicadores do Mapa do Turismo Brasileiro com o objetivo de trabalhar a oferta turística, melhorando assim o posicionamento no ranking pra 2018.

6.1.2.7 Highlight 07: Mercados-Alvo

• Identificou-se nas pesquisas de demanda real que o Estado de São Paulo, prioritariamente a capital do Estado é um mercado-alvo potencial.

• Ao cruzar os principais mercados emissores tanto nacionais como internacionais para a cidade de São Paulo34, onde Ilhabela entraria como oferta agregada ao destino, identificou-se que, existe um potencial muito grande de estímulo à demanda nos estados de: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul e nos mercados internacionais35: Americas (Argentina, Chile, Peru e Estados Unidos) e Europa (Alemanha, Espanha, Portugal, França e Holanda).

DESAFIOS DO MARKETING SOBRE O HIGHLIGHT 07: MERCADO-ALVO

• Elaborar programas e projetos no Plano de Marketing que atendam ao perfil de público de cada mercado-alvo. Levando em consideração as fases de desenvolvimento e amadurecimento da promoção em cada mercado-alvo.

6.3 Diretrizes, Programas e Projetos para o Plano

O fluxograma para a elaboração das Diretrizes, Programas e Projetos apresentados a seguir levou em consideração as estratégias fundamentais e incrementais, a visão de futuro, o posicionamento almejado e os objetivos constantes no PGT 2015. Tanto a visão de futuro como o posicionamento foram validados nas oficinas de imagem e produtos realizadas a partir do aditamento do contrato.

34 Fontes: FIPE – Dados e Fatos 2012 e SPTURIS 2015 35 Fontes: SPTURIS 2015 e Embratur – Pesquisa de Catálogos 2016

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Fonte: GKS Negócios Sustentáveis

Os objetivos apresentados no fluxograma foram resultados do Termo de referência do edital para a elaboração do PMTI, da análise documental e do diagnóstico elaborados nas etapas anteriores do projeto. A OMT indica que os objetivos de um Plano de Marketing Turístico devem contemplar 5 anos, ou seja, longo prazo e devem prever estudos quantitativos de fluxo de visitantes no destino.

A partir da definição da OMT, estabelece-se como prazo de execução para este Plano de Marketing Estratégico o período de 2 anos (2018/2019) com revisão anual pós baixa temporada de 2018.

No caso específico de Ilhabela, como não se tem dados quantitativos de número de turistas, gasto médio, permanência média na alta e na baixa temporadas, os objetivos que foram apresentados são direcionais, ou seja, não podem ser quantificados. Imagina-se que a partir da criação do Observatório de Turismo, essa realidade poderá ser modificada.

Três fatores são relevantes para a otimização das estratégias de Marketing:

• Foco no perfil de turista que se quer receber.

• Definição dos produtos que devem ser estruturados.

• Eficiência na gestão integrada do sistema turístico.

Figura 12: Fluxograma de Estratégias de Marketing

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A partir das informações contidas na figura 1, as diretrizes de marketing propostas para Ilhabela serão divididas em: Imagem e Posicionamento, Promoção e Divulgação, Oferta Turística Segmentada e Monitoramento de resultados.

Fonte: GKS Negócios Sustentáveis

6.3.1 Diretriz 1: Imagem e Posicionamento

A diretriz Imagem e Posicionamento é de extrema importância para a conquista dos resultados esperados com o plano, pois a percepção da reputação de um destino turístico pode diferenciá-lo de seus concorrentes. A partir da marca ou identidade competitiva pode ser realizado um trabalho permanente de reconstrução do valor agregado, tornando o destino competitivo no mercado turístico.

A construção da marca ou identidade competitiva reúne atributos que vão além do turismo. Ela traz benefícios funcionais ou emocionais, que mexem tanto com fatores como hospitalidade, qualidade e variedade de oferta turística como agregam riqueza e profundidade à experiência.

Figura 13: Fluxograma de Diretrizes e programas

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Fonte: ANHOLT, S. Artigo na Revista The Brander. Como o Mundo vê o mundo. p.p. 42 e 43.

A valorização dos atributos únicos dá valor às experiências singulares que o turista pode identificar no pré viagem e optar viajar para Ilhabela e não para um destino concorrente, principalmente aqueles municípios vizinhos que fazem parte do Consórcio CLN.

É importante ressaltar que na marca turística se vejam refletidos, tanto o posicionamento competitivo do destino como os segmentos prioritários de atuação.

No diagnóstico e nos highlights foram identificados dois pontos sensíveis que impactam negativamente na imagem de Ilhabela, tanto na percepção da demanda real como da potencial, são eles: a balsa e os borrachudos. Em ambos, a SECTUR não tem ingerência direta mas pode mitigar estes impactos a partir de ações que serão propostas no Plano de Marketing.

A Diretriz Imagem e Posicionamento contempla os seguintes programas que serão detalhados nas fichas a seguir:

• Programa 1: Reposicionamento de Imagem Institucional

• Programa 2: Alianças Estratégicas Internas

• Programa 3: Alianças Estratégicas Externas

• Programa 4: Inclusão da Comunidade na atividade turística.

A seguir serão apresentadas fichas dos programas, projetos e ações estratégicas sugeridas para cumprir com os resultados esperados. Para cada diretriz, programa, projetos e ações foram criados códigos que irão possibilitar o acesso mais fácil para consulta.

Figura 14: Componentes da identidade competitiva de um destino turístico

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6.3.1.1 Diretriz 1 - Programa 1: Reposicionamento de Imagem Institucional

Programa 1: Reposicionamento de Imagem Institucional

Descritivo: Identificou-se durante todo o processo de elaboração do Plano de Marketing de Ilhabela que a imagem do destino está vinculada atualmente ao segmento Sol e Praia o que vem impactando diretamente na ocupação da baixa temporada. A proposta de reposicionar o destino a partir da visão de futuro 2020 (Plano gestor de turismo 2015), é que Ilhabela passe a ser reconhecida como o “melhor destino de natureza do Brasil.”

Este reposicionamento irá ocorrer em etapas que poderão ser trabalhadas simultaneamente ou dependentes de outras. Os projetos vinculados ao reposicionamento possuem ações de curto e médio prazos para atender a um dos objetivos do plano que é a redução da sazonalidade. O perfil do público-alvo apresentado deverá ser o perfil trabalhado em todas as ações deste programa, assim como os mercados-alvo de atuação, que poderão ser trabalhados simultaneamente ou em momentos distintos dependendo do plano tático de Marketing que será feito pela empresa que irá implementar o plano.

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Reposicionar a ilha como um destino de natureza e que pode ser visitado durante todo o ano

Alta 2018/2019 – a partir de Dez 2017

Perfil do público-alvo:

• Turistas: Homens, mulheres; solteiros, casados sem filhos, acima de 30 anos; classes sociais: A,B,C; ensino superior completo.

• Trade: Operadores/agentes nacionais e internacionais, emissivos e receptivos.

• Stakeholders: entidades públicas e privadas vinculadas ao turismo

• Comunidade local

• Imprensa: Online e Offline, nacional e internacional

• Influenciadores digitais: nacionais e internacionais

Mercados – alvo:

• Nacionais: Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.

• Internacionais: Américas - Argentina, Chile, Peru e Estados Unidos. Europa: Alemanha, Espanha, França, Holanda e Portugal.

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Diretriz 1: Imagem e Posicionamento Programa 1: Reposicionamento de Imagem Institucional Projeto 1: Marca Turística Ilhabela CÓDIGO: D1,P1,PR1

Projeto 1: Marca Turística Ilhabela

Descritivo: A marca turística de um destino reflete a sua identidade, o seu posicionamento, reafirma sua imagem criando uma associação positiva na mente dos públicos-alvo que a acessam. A construção de uma marca turística deve envolver todos os atores sociais do turismo em sua escolha, sendo democrática e representando a diversidade e atributos únicos que tornam o destino competitivo.

Resultados Esperados: fortalecer a imagem positiva de Ilhabela, atraindo assim a empatia dos diferentes públicos-alvo.

Público – alvo: perfil do programa

Ações: 1. Criar a marca turística 2. Elaborar o Manual de Identidade visual 3. Elaborar e Implementar o Plano de comunicação e divulgação da marca turística 4. Elaborar o Plano para Licenciamento da marca turística

Tarefas chave para implementação:

• Contratação de agência de propaganda especializada em criação de marcas e em elaboração de plano de comunicação e divulgação de branding.

Órgão responsável pela execução: SECTUR

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Plano operacional projeto 1:

Ação 1: Criar a Marca Turística

Código: D1,P1,PR1,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Fortalecer a imagem e o posicionamento da ilha como destino turístico

• Criar uma associação positiva na mente dos públicos-alvo.

Alta Criação, aprovação e finalização:

JAN/FEV/MAR 2018

Público – alvo: turistas, stakeholders públicos e privados, comunidade local e imprensa

Descritivo: A partir do posicionamento e da imagem definidos e validados no processo de elaboração do Plano de Marketing de Ilhabela é importante promover a participação dos atores sociais envolvidos na atividade turística da ilha na criação da marca. São eles: Prefeitura Municipal de Ilhabela, COMTUR, associações e entidades sem fins lucrativos, entidades privadas e comunidade local, englobando as comunidades tradicionais, que tenham vínculo com o turismo. Desta forma, a marca irá representar todos os atributos presentes no destino.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Contratação de agência de propaganda especializada em criação de marcas e em elaboração de plano de comunicação e divulgação de branding.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 2: Elaborar o Manual de Identidade visual

Código: D1,P1,PR1,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Garantir a aplicação correta e consistente da marca.

• Preservar as propriedades visuais da Marca turística de Ilhabela.

• Facilitar a correta propagação, percepção, identificação e memorização da marca por parte do

mercado.

Alta 15 dias a partir da data de finalização da marca turística (estimado ABR/2017)

Público – alvo: stakeholders públicos e privados, agências de propaganda e comunicação que irão desenvolver materiais impressos, digitais ou eletrônicos.

Descritivo: O manual de identidade visual assim como a marca turística estão diretamente ligados a preservação da imagem e posicionamento de um destino, por isso a importância do desenvolvimento desta ação. Além disso, o manual deve contemplar os elementos gráficos que compõem a Marca e sua identidade, variações de assinatura e cromáticas da marca, margem de segurança, tamanho mínimo, grade, aplicação da marca em diferentes fundos, aplicações a serem evitadas, tipografias da identidade e outros aspectos que sejam importantes para aquela marca. A qualidade das informações, recomendações, especificações e normas contidas no manual garante a força da marca e da identificação do público com o destino que representa. Dependência de outra ação: SIM - Código: D1,P1,PR1,A1

Tarefas chave para implementação:

• Contratação de agência de propaganda especializada em criação de marcas e em elaboração de plano de comunicação e divulgação de branding.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 3: Elaborar e Implementar o Plano de comunicação e divulgação da marca turística

Código: D1,P1,PR1,A3

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Fortalecer a percepção da imagem positiva da marca pelos públicos-alvo.

• Reforçar o posicionamento do destino nos canais de comunicação.

Alta Elaboração pode ocorrer simultaneamente com a criação da marca.

Indica-se que se faça um grande lançamento na WTM Latin America 2018. (04 de abril)

Público – alvo: turistas, stakeholders públicos e privados, comunidade

Descritivo: O plano de comunicação e divulgação da marca turística é importante para Ilhabela como destino turístico porque será a partir da divulgação da marca que o processo de reposicionamento de Ilhabela terá início. O plano deverá ser focado em redes sociais, contemplando ações promocionais direcionadas para a comunidade local, os stakeholders dos setores público e privado da atividade turística e imprensa.

Dependência de outra ação: SIM - Código: D1,P1,PR1,A1

Tarefas chave para implementação:

• Contratação de agência de propaganda especializada em criação de marcas e em elaboração de plano de comunicação e divulgação de branding.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 4: Elaborar o plano para Licenciamento da marca

Código: D1,P1,PR1,A4

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Promover a marca turística associada com produtos que representem seus valores ampliando assim a abrangência de sua divulgação.

Média • O processo de licenciamento poderá ser iniciado simultaneamente com a criação da marca (JAN 2018)

• Lançamento do licenciamento poderá ser feito junto com a marca. (ABR 2018)

Público – alvo: ONGs, microempreendedores e empresas privadas

Descritivo: Licenciar a marca turística de um destino é importante para padronizar o uso da marca, além de ampliar a abrangência de uso e divulgação da mesma. O Plano de licenciamento permite que se defina onde, por quem e como a marca poderá ser utilizada. Poderá ter custos agregados ou não.

Dependência de outra ação: SIM - Código: D1,P1,PR1,A2

Tarefas chave para implementação:

• Contratação de agência de propaganda que irá criar junto a uma agência licenciadora especializada no processo de licenciamento de marcas um plano e a implementação do mesmo.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Diretriz 1: Imagem e Posicionamento Programa 1: Reposicionamento de Imagem Institucional Projeto 2: Campanha de promoção e divulgação institucional CÓDIGO: D1,P1,PR2

Projeto 2: Campanha de promoção e divulgação institucional

Descritivo: A partir da divulgação da Marca Turística, o reposicionamento necessita ser divulgado institucionalmente para os públicos-alvo nos mercados-alvo pré definidos. Esta imagem institucional com o novo reposicionamento deverá ser divulgada a partir de um plano de comunicação específico, ressaltando os atributos naturais e culturais, os segmentos prioritários e os pontos positivos mencionados nas pesquisas ocorridas durante o processo de elaboração do Plano de Marketing: beleza natural, belas praias, limpeza urbana, hospitalidade e segurança. Faz-se necessário contemplar nesta campanha materiais impressos e digitais, priorizando os digitais.

Resultados Esperados: Despertar na demanda potencial interesse em conhecer Ilhabela, despertar nos turistas que já conhecem Ilhabela um novo olhar sobre a ilha e sua diversidade, provocar na comunidade e no trade turístico local a sensação de pertencimento.

Público – alvo: turistas, stakeholders públicos e privados, comunidade local

Ações: 1. Criar Site Institucional Responsivo 2. Criar e produzir vídeo institucional de 30´´ 3. Criar e produzir material promocional digital e impresso 4. Captar material e sistematizar o Banco de Imagens 5. Captar material e sistematizar o Banco de Vídeos 6. Elaborar Plano de Campanha Digital Institucional 7. Elaborar Plano de Redes Sociais

Tarefas chave para implementação:

• Contratação de agência de propaganda especializada em elaboração de plano de comunicação e criação de campanhas de marketing.

Períodos sugeridos para a campanha: fase 1: FEV – MAR – ABR- MAI 2018, fase 2: JUL - AGO 2018, fase 3: MAR-ABR-MA 2019 e fase 4: JUL-AGO 2019

Órgão responsável pela execução: SECTUR

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Plano operacional – Projeto 2:

Ação 1: Criar Site Institucional Responsivo

Código: D1,P1,PR2,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Divulgar a imagem do destino.

• Divulgar os atrativos, equipamentos e produtos turísticos.

Alta Lançamento: ideal seria lançar site após criação da marca turística, caso não seja possível então sugere-se que o lançamento do site ocorra após o término da alta temporada, MAR 2018

Público – alvo: turistas

Descritivo: Durante o processo de pré-viagem, os turistas do século XXI fazem sua busca e aprimoram seus conhecimentos sobre os destinos para sua próxima viagem pela internet. O site oficial do destino deve ser a primeira referência sobre o mesmo. Conteúdos bem estruturados e informações fidedignas que auxiliem no planejamento da viagem é o que se espera de um site bem elaborado. Importante também que ele seja responsivo, ou seja, se adapte a qualquer plataforma mobile. No caso de Ilhabela, o site deverá fazer parte da campanha de lançamento do reposicionamento do destino.

Dependência de outra ação: SIM – código: D1,P1,PR1,A1

Tarefas chave para implementação:

• Contratação de agência de propaganda especializada em criação e atualização de sites.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 2: Criar e produzir vídeo institucional de 30´´

Código: D1,P1,PR2,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Divulgar a imagem do destino.

• Divulgar os atrativos, equipamentos e produtos turísticos.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Alta Produção: 3 meses (DEZ 2017, JAN, FEV 2018) – utilização para a fase 1 e fase 2 (2018) – reavaliação e inclusão de novas imagens para 2019.

Obs: atualizar o vídeo com a marca turística finalizada.

Público – alvo: turistas, imprensa

Descritivo: A importância de produzir um vídeo institucional sobre Ilhabela está diretamente conectada com o imaginário do turismo, a realização de um sonho, materializar por alguns segundos o intangível. Os vídeos transmitem as mensagens com mais eficácia e rapidez, por isso mesmo, os vídeos são hoje a principal ferramenta de marketing nas redes sociais, gerando mais interações com os turistas.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Contratação de agência de propaganda e/ou produtora especializada em produção de vídeos

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 3: Criar e produzir material promocional digital e impresso

Código: D1,P1,PR2,A3

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Divulgar a imagem do destino.

• Divulgar os atrativos, equipamentos e produtos turísticos.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Alta Criação: 1 mês

Produção: 15 dias

Esta ação pode ocorrer sem a marca turística estar definida, caso isso ocorra vale a pena planejar a impressão de menos material para que após a criação da marca ele seja reimpresso.

Público – alvo: turistas, imprensa

Descritivo: A elaboração de materiais promocionais que dão suporte a divulgação do destino para seus diferentes públicos-alvo será importante para: reposicionar a imagem de Ilhabela nos mercados-alvo e apresentar a diversidade dos segmentos que compõe a oferta turística da ilha. Deverá ser criado um material digital e impresso institucional, onde seja possível identificar e divulgar o seu novo posicionamento com foco na visão de futuro 2020 e os segmentos prioritários (natureza, náutico e eventos).

Uma das estratégias do plano é promover o desenvolvimento de mercados internacionais, portanto, sugere-se que os materiais sejam traduzidos nos idiomas destes mercados-alvo.

Sugere-se a criação e produção dos seguintes materiais:

1. material institucional: mapas turísticos (digital e impresso), folheto (digital e impresso).

2. material promocional de apoio à comercialização: folhetos, folders, banners – tanto impressos como digitais, vai depender da ação e brindes.

3. material especializado para a imprensa: pastas, blocos, canetas, releases, fotos e brindes. O ideal é oferecer a maior parte do material digitalmente. Informações que não podem faltar no material dos jornalistas: dados estatísticos, caso o material contenha fotos as mesmas devem ser identificadas pelo nome do atrativo e do roteiro, ter resolução mínima de 300 DPI e autorização de uso, o mesmo deve ser feito para vídeos.

Dependência de outra ação: SIM – código: D1,P1,PR1,A1

Tarefas chave para implementação:

• Contratação de agência de propaganda para a criação e produção dos materiais seguindo o conceito do reposicionamento da ilha.

• Contratação de empresa de tradução segundo demandas.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 4: Captar material e sistematizar o Banco de Imagens

Código: D1,P1,PR2,A4

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Divulgar a imagem do destino.

• Divulgar os atrativos, equipamentos e produtos turísticos.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Média Alta Ação Contínua (é importante que o banco de vídeos seja sempre atualizado)

Início indicado: JAN 2018

Público – alvo: turistas, trade, imprensa

Descritivo: A imagem é um dos principais insumos quando falamos na promoção de destinos turísticos. Sejam elas produzidas por profissionais ou amadores, elas retratam a realidade, os diferenciais e os atributos do destino que se quer promover. A partir da criação de um banco de imagens elas podem ser cedidas a imprensa, ao trade e utilizadas nos diversos materiais do plano de Marketing. Não necessariamente a captação de imagens deve ocorrer por um profissional, ela também pode acontecer por meio de campanhas de promoção ao público final que estimule os turistas a mandarem as suas fotos e liberarem o uso de imagem delas para a SECTUR. Desta forma ocorre também o engajamento e a promoção boca a boca do destino.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Indicar pessoa ou equipe responsável por gerenciar o banco de imagens.

• Compra de material de bancos de imagens e/ou Lançar campanha com os turistas para captação de imagens ou contratar fotógrafo para captar imagens.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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183

Ação 5: Captar material e sistematizar o Banco de Vídeos

Código: D1,P1,PR2,A5

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Divulgar a imagem do destino.

• Divulgar os atrativos, equipamentos e produtos turísticos.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Média Alta Ação Contínua (é importante que o banco de vídeos seja sempre atualizado)

Início indicado: JAN 2018

Público – alvo: turistas, trade, imprensa

Descritivo: Os vídeos transmitem as mensagens com mais eficácia e rapidez, por isso mesmo, os vídeos são hoje a principal ferramenta de marketing nas redes sociais, gerando mais interações com os turistas. Não necessariamente a captação de vídeos deve ocorrer por um profissional, ela também pode acontecer por meio de campanhas de promoção ao público final que estimule os turistas a mandarem seus vídeos e liberarem o uso de imagem deles para a SECTUR. Desta forma ocorre também o engajamento e a promoção boca a boca do destino.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Indicar pessoa ou equipe responsável por gerenciar o banco de vídeos.

• Lançar campanha com os turistas para captação de vídeos ou contratar produtora para produzir os vídeos.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 6: Elaborar Plano de Campanha Digital Institucional

Código: D1,P1,PR2,A6

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Divulgar a imagem do destino.

• Divulgar os atrativos, equipamentos e produtos turísticos.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Alta Elaboração – 1 mês (JAN 2018)

Implementação:

fase 1: FEV – MAI 2018

fase 2: AGO – SET 2018

fase 3: MAR – MAI 2019

fase 4: AGO – SET 2019

Obs: a previsão de lançamento da Marca Turística é abril 2018, mas a campanha pode ter início na data prevista acima desde que posteriormente a marca seja incluída nas campanhas.

Público – alvo: turistas, trade, imprensa

Descritivo: A utilização do ambiente digital como ferramenta de marketing é obrigatória quando falamos de imagem, marca e reposicionamento de destino turístico. A necessidade de criar uma campanha digital para Ilhabela focada no perfil do público-alvo que foi determinado neste programa tem como objetivo principal a redução da sazonalidade. Esta campanha deverá contemplar todos os canais digitais, compra de links patrocinados, hotsite, desenvolvimento de landing pages, inbound marketing dirigidos para cada um dos públicos-alvo propostos, respeitando as características dos mercados-alvo de atuação.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de propaganda especializada em elaborar e implementar o plano de campanha digital.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 7: Elaborar Plano de Redes Sociais

Código: D1,P1,PR2,A7

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Divulgar a imagem do destino.

• Divulgar os atrativos, equipamentos e produtos turísticos.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Alta O plano de redes sociais deverá acompanhar a Cronograma Sugerido da campanha digital

Público – alvo: turistas, trade, imprensa

Descritivo: As relações de comunicação no mundo e no turismo mudaram a partir da chegada das redes sociais. Atualmente, quem gera informação não são exclusivamente os veículos de comunicação, mas também os próprios turistas. As redes sociais atuam como formadores de opinião, como propaganda “boca a boca”, como indutores de consumo e de divulgação de opiniões, impactando e criando uma imagem positiva ou negativa de um destino turístico. Por isso, é de extrema relevância utilizar as redes sociais como principais canais digitais de promoção de Ilhabela. O plano com foco em redes sociais deverá trabalhar não só o institucional do destino como a segmentação por produto, público-alvo e mercados-alvo, como também a diferenciação de canais.

Conforme observado no diagnóstico, a principal rede social utilizada pela demanda real e potencial para Ilhabela é o Facebook, seguida pelo Instagram (rede social de fotos). Ambas as redes atingem o público-alvo deste plano e podem ser trabalhadas a partir de campanhas digitais específicas, com foco institucional ou segmentado.

Dependência de outra ação: SIM – código: D1,P1,PR2,A6

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de propaganda especializada em elaborar e implementar o plano de campanha digital e redes sociais

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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6.3.1.2 Diretriz 1 - Programa 2: Alianças estratégicas internas

Programa 2: Alianças estratégicas internas

Descritivo: A cadeia turística está composta de vários atores que, cada um com seu papel impacta positivamente na construção da imagem do destino turístico. As alianças estratégicas são de extrema importância para que o posicionamento, a visão de futuro do destino e a imagem sejam promovidas e consolidadas a curto, médio e longo prazos.

As alianças estratégicas internas (microambiente) fortalecem a atividade turística, considerando a fragmentação inerente a este setor e a necessidade de parcerias, alinhamento de mensagens e ações.

Os projetos indicados neste programa foram baseados na necessidade imediata de redução da sazonalidade e não quer dizer que não possam existir outros projetos, que podem surgir sob demanda e no decorrer de 2018 e 2019, os mesmos deverão ser estudados e analisados segundo os objetivos do plano antes de serem implementados.

Como parceiros estratégicos deste programa identificamos: COMTUR, Ilhabela Convention & Visitors Bureaux, Associações e ONGs que atuam em Ilhabela, Operadores Receptivos, empresas privadas e órgãos públicos.

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Promover o alinhamento sobre imagem e posicionamento de Ilhabela como destino turístico.

• Fortalecer a atividade turística local.

• Promover o alinhamento entre os diferentes setores dentro da Prefeitura (meio ambiente, cultura, esporte e turismo).

• Apoiar o Ilhabela Convention & Visitors Bureaux na captação de eventos.

• Promover o engajamento da equipe da Sectur.

Alta Ação Contínua, são esforços a serem feitos e construídos a curto, médio e longo prazos.

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Diretriz 1: Imagem e Posicionamento Programa 2: Alianças estratégicas internas Projeto 1: Aliança com o Trade e COMTUR CÓDIGO: D1,P2,PR1

Projeto 1: Aliança com o Trade e COMTUR

Objetivos: promover o alinhamento e fortalecer as relações tanto entre o setor privado e o setor público e o COMTUR.

Resultados Esperados: a partir do alinhamento e desenvolvimento de parcerias internas propõe-se a ampliação de programas de capacitação e qualificação do trade turístico, seja a partir de cursos ou de interação com outros setores da economia.

Público – alvo: stakeholders privados (receptivos, funcionários de meios de hospedagem, alimentação fora do lar, prestadores de serviços públicos, funcionários de empresas de serviços e lojas comerciais) e COMTUR

Ações: 1. Capacitar e Qualificar o Trade Turístico 2. Promover a participação do trade local em ações de apoio à comercialização

Tarefas chave para implementação:

• Elaborar a agenda de ações de apoio à comercialização e criar política de participação dos receptivos para acompanhar a agenda.

• Fechar parcerias com SEBRAE, SENAC ou outras entidades educacionais que promovam cursos de capacitação e qualificação turística.

Órgão responsável pela ação: SECTUR

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Plano Operacional - Projeto 1:

Ação 1: Capacitar e qualificar o Trade Turístico

Código: D1,P2,PR1,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Capacitar e qualificar o trade turístico.

Alta Ação contínua com início previsto para MAR/2018

Público – alvo: Trade turístico local e empregados do setor turístico (meios de hospedagem, alimentação fora do lar, serviços em geral)

Descritivo: Foi identificada a necessidade de capacitação e qualificação das pessoas que trabalham diretamente e/ou indiretamente com o turismo de Ilhabela. Sabe-se que já existe um programa neste sentido na SECTUR a partir de parcerias com o SEBRAE no sentido de cursos e oficinas. A capacitação e qualificação proposta nesta ação visa, não só a realização de cursos ou oficinas como o fomento ao novo posicionamento de Ilhabela, estruturação de novos produtos, novos segmentos a partir da realização de visitas técnicas aos atrativos de Ilhabela por este público que muitas vezes desconhece o próprio destino no qual trabalha.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Firmar parcerias com SEBRAE, SENAC ou outras entidades educacionais que realizem cursos de capacitação e qualificação turística.

• Para a operacionalização das visitas técnicas seria necessária a realização de parceria com os gestores dos equipamentos públicos e/ou privados e o trade turístico de Ilhabela.

Órgão responsável pela ação: SECTUR

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Ação 2: Promover a participação do trade local em ações de apoio à comercialização

Código: D1,P2,PR1,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Integrar os operadores / agentes receptivos a agenda comercial do turismo de Ilhabela.

• Promover a aproximação do trade receptivo com o trade emissivo nacional ou internacional.

Alta 2018/2019 (a partir da agenda de eventos de apoio à comercialização)

Público – alvo: Trade local emissivo

Descritivo: As ações de apoio à comercialização de um destino turístico estão conectadas com a promoção do destino e são ferramentas de marketing que são utilizadas para a divulgação aos mercados e públicos-alvo.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Viabilizar a participação de Ilhabela nas feiras e elaborar a agenda de eventos para a participação do trade receptivo.

• Comunicar o calendário oficial de feiras para o trade receptivo

• Estabelecer política de participação do trade nos eventos

• Elaborar um calendário de workshops e/ou roadshows

• Contratar uma empresa que organize estes eventos em cada cidade contemplada. Primeira fase do plano, eventos nacionais e no segundo semestre de 2018 e primeiro de 2019 aproveitar as feiras internacionais para a realização de workshops.

Órgão responsável pela contratação e execução: SECTUR

No caso de Ilhabela, indicam-se as seguintes ferramentas de apoio à comercialização que possibilitam a participação do trade local como cooperados:

• Folhetos de produtos turísticos - a partir da produção de folhetos institucionais sobre os produtos turísticos que já estão estruturados pelo trade local constantes no Anexo 1.

• Participação em feiras e eventos - propõe-se a participação de Ilhabela em feiras nacionais e internacionais em 2018 focadas nos operadores e agentes emissivos como: 1) Nacionais:

• WTM Latin America (3-5 de abril 2018 – Local: São Paulo – SP)

• ABAV (26-28 de setembro – Local: São Paulo – SP)

• ABETA SUMMIT (ecoturismo e aventura) – data e local a definir

• Festuris (8-11 de novembro – Local: Gramado – RS)

2) Internacionais:

• FITUR (17-21 de janeiro – Local: Madri – Espanha)

• BTL (28 de fevereiro a 04 de março – Local: Lisboa – Portugal)

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• ITB Berlim (7-11 de março – Local: Berlim – Alemanha)

• FIEXPO Latinoamerica (4-6 de junho – Local: Santiago – Chile)

• IFTM Top Resa (26-29 de setembro – Local: Paris – França)

• FIT Argentina (29 de setembro a 04 de outubro – Local: Buenos Aires – Argentina)

• WTM London (6-8 de novembro – Local: Londres – Reino Unido) As participações nestas feiras podem ocorrer ou em stand individual ou como destino cooperado no stand do Estado de São Paulo. Devido ao reposicionamento de Ilhabela, sugere-se que a participação em 2018 nas feiras abaixo seja feita de forma individualizada podendo assim contar com a participação dos cooperados locais. São elas:

• WTM Latin America (3-5 de abril 2018 – Local: São Paulo – SP)

• ABETA SUMMIT (ecoturismo e aventura) – data e local a definir

• Festuris (8-11 de novembro – Local: Gramado – RS)

• FITUR (17-21 de janeiro – Local: Madri – Espanha)

• ITB Berlim (7-11 de março – Local: Berlim – Alemanha)

• FIT Argentina (29 de setembro a 04 de outubro – Local: Buenos Aires – Argentina)

• Workshops com rodada de negócios e Roadshows de apresentação de Ilhabela:

Os workshops com rodadas de negócios podem acontecer em várias cidades sequencialmente, isso é um roadshow. Nestes eventos os operadores receptivos acompanham a Secretaria de Turismo e fazem reuniões com os operadores e agentes emissivos. É uma ferramenta muito eficaz de apoio à comercialização, porque trabalha o institucional a partir de apresentações de Ilhabela e o comercial por meio das reuniões de negócios. Indica-se a realização de pelo menos um roadshow no primeiro semestre de 2018 percorrendo os principais pólos emissores de turistas no Estado de SP: São Paulo (capital), Campinas, Ribeirão Preto, além do entorno como São José dos Campos, Taubaté. É indicado também que as cidades de Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro sejam contempladas com workshops e rodada de negócios.

Para os mercados internacionais, indica-se a realização de workshops e/ou roadshows em parceria com a cidade de São Paulo ou com a EMBRATUR e sejam realizadas apenas no segundo semestre de 2018 e no primeiro de 2019.

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Diretriz 1: Imagem e Posicionamento Programa 2: Alianças estratégicas internas Projeto 2: Aliança com as Secretarias da Prefeitura (Cultura, Esporte, Meio Ambiente e Turismo) CÓDIGO: D1,P2,PR2

Projeto 2: Aliança com as Secretarias da Prefeitura (Cultura, Esporte, Meio Ambiente e Turismo)

Objetivos: promover o alinhamento e fortalecer as relações tanto entre o setor privado e o setor público, como entre as secretarias da Prefeitura convergentes para o fomento do turismo em Ilhabela. Além de poder promover entre as secretarias o que o turismo está fazendo para que este setor econômico seja valorizado e reconhecido como potencial para o desenvolvimento sócio econômico da ilha.

Resultados Esperados: a partir do alinhamento e do fortalecimento das relações entre as secretarias que indiretamente atuam no turismo como, meio ambiente, cultura e esporte, espera-se obter uma consolidação da imagem e do reposicionamento de Ilhabela como destino turístico ressaltando atributos naturais (meio ambientais) e culturais da ilha.

Público – alvo: Secretarias de Cultura, Esporte, Meio Ambiente

1. Integrar o calendário de eventos 2. Criar a Identidade visual e produzir o calendário (impresso e digital) 3. Divulgar o calendário de eventos integrado

Tarefas chave para implementação:

• Promover reuniões de trabalho para fechamento do calendário.

• Apresentação em reunião do COMTUR.

• Alinhamento com assessoria de imprensa, agência de propaganda da SECTUR para divulgação do calendário.

• Divulgação de boletins sobre o turismo para as outras secretarias.

Órgão responsável pela liderança de projeto: SECTUR

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Plano operacional - Projeto 2:

Ação 1: Integrar o calendário de eventos

Código: D1,P2,PR2,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Fortalecer a imagem institucional da Prefeitura.

• Unir forças para a construção de um calendário que abranja ações tanto a comunidade local como os turistas.

Alta O ideal seria que o calendário de eventos fosse divulgado na alta temporada (DEZ 2017, JAN,FEV 2018) e durante todo o ano nos eventos e parcerias que serão realizadas.

Público – alvo: Secretarias de meio ambiente, esporte, cultura e turismo

Descritivo: O calendário de eventos integrado é uma oportunidade de marketing para divulgar a agenda da cidade aos mais diversos públicos alvo como: turistas, comunidade local, trade e imprensa. Com uma divulgação prévia e eficaz é possível levar uma demanda potencial à ilha por causa de um evento. A integração mostra também alinhamento do plano de governo da atual gestão. Caso seja necessário atualizar o calendário durante o ano.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Promover reuniões de trabalho para fechamento do calendário.

• Aprovação do calendário pelo COMTUR.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 2: Criar a Identidade visual e produzir o calendário oficial integrado (digital e impresso)

Código: D1,P2,PR2,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Posicionar o calendário como ferramenta oficial de divulgação de Ilhabela

Alta Após aprovação de todos os envolvidos - 15 dias para a criação e produção de material

Público – alvo: Secretarias de Turismo, Meio Ambiente, Cultura e Esporte

Descritivo: É necessária a criação da identidade visual do calendário seguindo as diretrizes do novo posicionamento de Ilhabela como destino turístico, desta forma se cria uma uniformidade nas peças promocionais e publicitárias para as campanhas de reposicionamento do destino.

Dependência de outra ação: SIM – código D1,P2,PR2,A1

Tarefas chave para implementação:

• Definição dos eventos que irão compor o calendário.

• Validação de todas as secretarias envolvidas e COMTUR.

• Contratação de agência de propaganda para criar a identidade visual e após aprovado, produzir impresso e digitalmente.

Órgão responsável pela contratação e gestão: SECTUR

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Ação 3: Divulgar o calendário de eventos integrado

Código: D1,P2,PR2,A3

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Atingir a demanda potencial a partir da divulgação dos eventos.

• Gerar a sensação de pertencimento da comunidade na gestão do turismo.

Alta A divulgação deverá acontecer durante todo o ano de 2018.

O lançamento deve ocorrer em janeiro 2018 aproveitando para a divulgação aos turistas da alta temporada.

Para 2019 recomenda-se a mesma estratégia.

Público – alvo: Prefeitura, COMTUR, Imprensa, trade (receptivo e emissivo) e turistas

Descritivo: Esta ação é a mais importante deste projeto porque acredita-se que o calendário integrado com eventos de interesse geral e segmentado se bem divulgado pode atrair a demanda potencial que nunca visitou a ilha. Por isso a importância de divulgar o ano todo e por diferentes canais, sejam tradicionais ou digitais.

Dependência de outra ação: SIM – código: D1,P2,PR2,A2

Tarefas chave para implementação:

• Contratação agência de propaganda para elaborar e negociar o plano de mídia digital para divulgação (público-alvo: turistas nacionais)

• Contratação agência de comunicação para elaborar o plano de assessoria de imprensa para: produzir releases para imprensa nacional que veicule temas ligados não só a turismo, como cultura, meio ambiente e esportes.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Diretriz 1: Imagem e Posicionamento Programa 2: Alianças estratégicas internas Projeto 3: Aliança estratégica para Captação de Eventos CÓDIGO: D1,P2,PR3

Projeto 3: Aliança estratégica para Captação de Eventos

Objetivos: captar eventos segmentados e de pequeno e médio portes para a ilha

Resultados Esperados: reduzir a sazonalidade a partir da captação de eventos dos segmentos prioritários: natureza, náutico, cultura além de eventos corporativos, congressos e conferências de pequeno e médio porte.

Público – alvo: organizadores e promotores de eventos, associações de classe

Ações: 1. Elaborar política de captação de eventos. 2. Criar e Produzir material para Captação de Eventos multisegmentos (náutico, ecoturismo e aventura, cultural) e incentivos, congressos, conferências de pequeno e médio portes. 3. Participar em processos de concorrência para sediar eventos segmentados e eventos de incentivo, congressos, conferências de pequenos e médio portes.

Tarefas chave para implementação:

• Reuniões de trabalho entre SECTUR, IC&VB e outras entidades que forem oportunas para alinhamento das diretrizes da política de captação de eventos.

• Contratar agência de propaganda para criar e produzir material institucional sobre a ilha para captação de eventos.

Órgãos responsáveis pelo projeto: SECTUR e Ilhabela C&VB

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Plano Operacional – projeto 3:

Ação 1: Elaborar e implementar política de captação de eventos

Código: D1,P2,PR3,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Reduzir a sazonalidade a partir da captação de eventos para a baixa temporada.

Média Alta 1 mês (JAN 2018)

Público – alvo: organizadores e promotores de eventos, associações de classe

Descritivo: O turismo de eventos é um segmento que induz o fluxo turístico nos destinos principalmente na baixa temporada. Portanto, é necessária criar uma política de captação de eventos que inclua a identificação de espaços, acessibilidade, capacidade de carga do destino e dos meios de hospedagem para receber os eventos. O papel de captação de eventos e sua promoção cabe ao Convention & Visitors Bureaux dos destinos caso não exista uma agência de turismo que já tenha este escopo, em parceria com a iniciativa privada e a secretaria do turismo. A transversalidade do turismo de eventos permite que vários segmentos sejam atingidos. Em Ilhabela, os segmentos prioritários a serem trabalhados primeiramente são: natureza, náutico e cultural. O foco neste momento deveria ser a captação de eventos que aconteçam ainda em 2018/2019, muitos dos eventos associativos acontecem depois de 4 anos de captados.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Realizar reuniões de trabalho para a elaboração da política que Ilhabela irá adotar para captar eventos.

Órgãos responsáveis: SECTUR e Ilhabela C&VB

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Ação 2: Criar e Produzir material (digital e impresso) para Captação de Eventos segmentados (natureza, náutico, cultural) e corporativos de pequeno e médio portes.

Código: D1,P2,PR3,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Divulgar e promover o destino de Ilhabela para sediar eventos nacionais e internacionais.

Média Alta Ação Contínua 2018/2019

Público – alvo: Organizadores de eventos MICE de pequeno e médio portes e eventos segmentados, empresas privadas, associações médicas e estudantis.

Descritivo: Alguns eventos necessitam de um material mais detalhado da cidade que se candidata a sediar um evento, este material se chama bidding book e é preparado tailor made segundo o evento que se quer captar. Outros eventos necessitam de um material mais simples com informações básicas de acessibilidade, infraestrutura, atrativos e equipamentos turísticos. A ação 2 propõe a criação de três materiais:

1) Folheto institucional com conteúdo sobre acessibilidade, infraestrutura, atrativos e equipamentos turísticos para receber eventos.

2) Modelo de bidding book que possa ser personalizado segundo o evento que se pretende captar.

3) Site específico de Ilhabela para captação de eventos contendo todas as informações necessárias para que um organizador possa ter acesso a informações relevantes do destino.

Dependência de outra ação: SIM – código: D1,P2,PR3,A1

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de propaganda especializada em criar materiais gráficos e sites.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR e Ilhabela C&VB

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Ação 3: Participar em processos de concorrência para sediar eventos segmentados e eventos de incentivo, congressos, conferências de pequenos e médio portes.

Código: D1,P2,PR3,A3

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Captar eventos para reduzir a sazonalidade.

Média Alta Ação Contínua 2018/2019

Público – alvo: Organizadores de eventos corporativos de pequeno e médio portes e eventos segmentados, empresas privadas, associações médicas e estudantis.

Descritivo: Os processos de concorrência para sediar eventos ocorrem segundo o tipo de evento a ser captado. No caso de eventos corporativos o importante é manter contato com o departamento que organiza os eventos, no caso de conferencias ou congressos de associações de classe, é necessário o contato com o organizador do evento, normalmente estes eventos são captados com antecedência de 4 a 5 anos e o processo de seleção é mais complexo e demorado. Por isso recomenda-se que em 2018 o foco na captação esteja dirigido para eventos corporativos.

Dependência de outra ação: SIM – código: D1,P2,PR3,A2

Tarefas chave para implementação:

• Ter materiais para captação de eventos produzidos.

• Fazer contatos com associações, empresas privadas, organizadores de eventos periodicamente.

Órgãos responsáveis pela gestão: SECTUR e Ilhabela C&VB

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Diretriz 1: Imagem e Posicionamento Programa 2: Alianças estratégicas internas Projeto 4: Endomarketing SECTUR CÓDIGO: D1, P2, PR4

Projeto 4: Endomarketing SECTUR

Objetivos: promover e divulgar o novo posicionamento de Ilhabela dentro da Secretaria de Turismo e da Prefeitura.

Resultados Esperados: promover a mudança de comportamentos dos servidores e comissionados em função do novo posicionamento proposto, fomentar o envolvimento da equipe nos projetos a serem realizados sugeridos no plano de marketing.

Público – alvo: servidores e funcionários comissionados da SECTUR

Ações: 1. Criar Campanha de comunicação interna.

Tarefas chave para implementação:

• Reuniões de trabalho mensais para identificar o que é necessário e importante divulgar internamente.

• Fazer parcerias com os stakeholders do turismo de Ilhabela para organizar visitas técnicas aos atrativos e equipamentos turísticos da ilha.

Órgão responsável pelo projeto: SECTUR

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Plano Operacional – projeto 4:

Ação 1: Criar campanha de comunicação interna

Código: D1,P2,PR4,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Promover e divulgar o novo posicionamento estratégico e institucional de Ilhabela como destino turístico.

Média Alta Ação contínua – início com o lançamento da campanha institucional – FEV 2018

Público – alvo: servidores e comissionados da SECTUR

Descritivo: Endomarketing significa “fazer marketing para o público interno”, segundo o criador do conceito Sr. Saul Benkin. A partir do reposicionamento de Ilhabela como destino turístico faz-se necessário de que todos os atores sociais envolvidos direta e indiretamente ao turismo estejam alinhados com a visão de futuro 2020: ser o melhor destino de natureza do Brasil. O momento é desafiador e por isso muito importante que ocorra a participação ativa de todos os envolvidos no processo inclusive dentro da própria SECTUR.

A elaboração da Campanha de comunicação interna deverá estar estruturada nos pilares: informar, motivar e conectar. Deverá ser levado em conta os tópicos a seguir: o posicionamento estratégico de Ilhabela como destino turístico; o orçamento para o desenvolvimento da campanha; o clima organizacional; a equipe disponível para executar as ações; o cenário político e econômico do país, sim é preciso entender do ambiente externo para alinhar à estratégia do destino.

Dependência de outro programa: SIM – código: D1, P1, PR2

Tarefas chave para implementação:

• Designar uma pessoa na equipe para ser responsável por coordenar a campanha.

• Alinhar com a SECOM da Prefeitura os encaminhamentos internos referentes a plano de governo e novo posicionamento.

• Contratar consultoria para elaborar a campanha com foco a promover o novo posicionamento de Ilhabela.

Órgão responsável pela contratação e gestão: SECTUR

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6.3.1.3 Diretriz 1 - Programa 3: Alianças estratégicas externas

Programa 3: Alianças estratégicas externas

Descritivo: A cadeia turística está composta de vários atores que, cada um com seu papel impacta positivamente na construção da imagem do destino turístico. As alianças estratégicas são de extrema importância para que o posicionamento, a visão de futuro do destino e a imagem sejam promovidas e consolidadas a curto, médio e longo prazos.

As alianças estratégicas externas também fortalecem a atividade turística, considerando a fragmentação inerente a este setor e a necessidade de parcerias, alinhamento de mensagens e ações.

Os projetos propostos neste programa indicam oportunidades identificadas durante todo o processo de elaboração do PMTI, poderão surgir novas oportunidades e demandas de alianças durante 2018 e 2019, recomenda-se que as mesmas sejam ser analisadas a partir do perfil do público-alvo e dos objetivos determinados no plano antes de serem aprovadas.

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Promover o alinhamento sobre imagem e posicionamento de Ilhabela como destino turístico com os atores externos a ilha.

• Fortalecer a atividade turística local.

• Fomentar as parcerias entre as diferentes entidades do turismo como Ministério do Turismo, EMBRATUR, BRAZTOA, ABETA entre outras.

Média alta Ação Contínua 2018/2019

Público- alvo: turistas, trade e imprensa

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Diretriz 1: Imagem e Posicionamento

Programa 3: Alianças estratégicas externas Projeto 1: Consórcio Circuito Litoral Norte CÓDIGO: D1,P3,PR1

Projeto 1: Consórcio Circuito Litoral Norte

Objetivos: posicionar Ilhabela como destino turístico dentro do Consórcio Circuito Litoral Norte, promover e divulgar o Consórcio, os destinos participantes e os roteiros integrados para os diferentes públicos-alvo.

Resultados Esperados: aumentar o fluxo de turistas para região na baixa temporada, consequentemente reduzindo a sazonalidade, principalmente em Ilhabela.

Público – alvo: turistas, trade, imprensa

Ações:

1. Criar Fundo de Comunicação do Consórcio 2. Criar Marca, Portal, material e vídeo institucional para o Consórcio 3. Criar e gerenciar Páginas nas Redes sociais: Facebook, Youtube, Instagram 4. Estruturar e promover roteiros integrados 5. Planejar e operacionalizar o lançamento do Consórcio (trade e imprensa)

Tarefas chave para implementação:

• Reuniões de trabalho para encaminhamento da criação do Fundo para a Comunicação do Consórcio.

• Contratação de agência de propaganda pelo Fundo para a realização das ações 2,3,5 e 6

• Contratação de consultoria especializada para dar suporte a estruturação de produtos roteiro integrado.

Órgão responsável pelo projeto: Consórcio Circuito Litoral Norte

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Plano Operacional – Projeto 1:

Ação 1: Criar Fundo de Comunicação do Consórcio CLN

Código: D1,P3,PR1,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Promover e divulgar o consórcio com vistas a reduzir a sazonalidade dos destinos participantes.

Média Alta Criar Fundo - 2 meses (DEZ/JAN 2018)

Lançar edital e contratar – 6 meses (FEV a JUL 2018)

Público – alvo: Participantes do Consórcio CLN

Descritivo: É necessária a criação do Fundo de Comunicação do Consórcio CLN para que seja possível o desenvolvimento de plano de marketing e todos os materiais necessários para a divulgação e promoção dos destinos participantes e dos roteiros integrados. Sem este fundo não é possível a contratação de empresas de comunicação para elaborar e produzir os materiais que serão propostos nas ações 2, 3, 4 e 5

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Criar juridicamente um Fundo para a Comunicação do Consórcio para que possam ser feitas contratações de materiais promocionais, espaços em feiras, portal e materiais promocionais.

• Elaborar edital para licitação de consultoria e agência de comunicação que irá desenvolver o plano de marketing estratégico e atender o Consórcio.

Órgão responsável pela ação: Municípios participantes do Consórcio CLN

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Ação 2: Criar Marca, Portal, material e vídeo institucional para o Consórcio

Código: D1,P3,PR1,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Promover e divulgar institucionalmente o consórcio.

Média alta 1 mês – AGO 2018

Público – alvo: Turistas, trade, imprensa

Descritivo:

Dependência de outra ação: SIM - Código: D1,P3,PR1,A1

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de comunicação e/ou consultoria para elaborar o Plano de Marketing e implementá-lo.

Órgão responsável pela ação: Municípios participantes do Consórcio CLN

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Ação 3: Criar e gerenciar Páginas nas Redes sociais: Facebook, Youtube, Instagram

Código: D1,P3,PR1,A3

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Promover e divulgar institucionalmente o consórcio.

Média alta Contínua

Público – alvo: Turistas, trade, imprensa

Descritivo: A partir do desenvolvimento da marca e do portal é necessário posicionar-se nas redes sociais, criando páginas que permitam a interação e o engajamento com os turistas, sejam eles, demanda potencial ou real.

Dependência de outra ação: SIM - código: D1,P3,PR1,A1 e D1,P3,PR1,A2

Tarefas chave para implementação:

• Estimar licitação para agência de comunicação que irá atender o Consórcio.

Órgão responsável pela ação: Municípios participantes do Consórcio CLN

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Ação 4: Estruturar e promover roteiros integrados

Código: D1,P3,PR1,A4

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Fomentar a promoção de roteiros integrados para turistas de longa distância.

Média alta Contínua

Público – alvo: Turistas, trade, imprensa

Descritivo: Além de promover o Consórcio CLN institucionalmente, destacando os destinos participantes e valorizando os atributos únicos de cada um, bem como seu posicionamento estratégico, faz-se necessária a estruturação de roteiros integrados que podem ser comercializados para turistas de longa distância, sejam eles nacionais ou internacionais. Estes roteiros após estruturados deverão ser promovidos e divulgados para o trade emissivo e para a imprensa.

Dependência de outra ação: SIM - código: D1,P3,PR1,A1 e D1,P3,PR1,A2

Tarefas chave para implementação:

• Contratar consultoria especializada em dar suporte para estruturação de produtos turísticos e roteiros integrados.

Órgão responsável pela ação: Municípios participantes do Consórcio CLN

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Ação 5: Planejar e operacionalizar o lançamento do Consórcio CLN

Código: D1,P3,PR1,A5

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Posicionar o Consórcio CLN como uma opção de circuito para os turistas de longa distância.

Média alta AGO 2018

Público – alvo: trade emissivo (nacional e internacional) , imprensa (nacional e internacional)

Descritivo: Lançar oficialmente o Consórcio CLN para o trade emissivo nacional e internacional e para a imprensa nacional e internacional gera mais credibilidade ao consórcio, seus objetivos e metas.

Dependência de outra ação: SIM - código: D1,P3,PR1,A1

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de comunicação para elaborar o plano de lançamento do Consórcio CLN para o público alvo.

Órgão responsável pela ação: Municípios participantes do Consórcio CLN

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Diretriz 1: Imagem e Posicionamento Programa 3: Alianças estratégicas externas Projeto 2: Destino Associado - São Paulo Convention & Visitors Bureaux CÓDIGO: D1, P3,PR2

Projeto 2: Destino Associado - São Paulo Convention & Visitors Bureaux

Objetivos: Potencializar o investimento já feito de associação do destino ao SPC&VB para fazer de Ilhabela o destino de pré e pós tour dos eventos captados.

Resultados Esperados: Aumentar o número de turistas na época de baixa temporada por ocasião dos tours.

Público – alvo: turistas, principalmente da demanda potencial

Ações:

1. Capacitar e qualificar os associados do SPC&VB para vender Ilhabela 2. Promover visitas de benchmarking nos destinos associados 3. Promover Ilhabela como destino associado para os organizadores de eventos

Tarefas chave para implementação:

• Reuniões de trabalho para elaborar Plano de Trabalho e operação das ações (SPC&VB, IC&VB e SECTUR)

• Ter calendário de eventos integrado de Ilhabela finalizado e produzido.

Órgão responsável pelo projeto: SECTUR e SPC&VB

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Plano Operacional – Projeto 2:

Ação 1: Capacitar e qualificar os associados do SPC&VB para vender Ilhabela

Código: D1,P3,PR2,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Capacitar associados do SPC&VB para vender Ilhabela.

• Aumentar fluxo de turistas na baixa temporada.

Média Ação Contínua – 2018/2019

Início: MAR/2018

Sugestão de um curso por mês.

Público – alvo: Associados do SPC&VB

Descritivo: Os associados do SPC&VB são empresas de serviços do setor turístico como: meios de hospedagem, alimentação fora do lar, companhias aéreas entre outros. Como Ilhabela é um destino de oferta complementar a São Paulo é importante que estes associados recebam treinamento sobre como vender e oferecer Ilhabela ao turista. Desta forma, amplia-se a divulgação do destino com possibilidade de aumento de fluxo de turistas a ilha, principalmente daqueles que visitam São Paulo em baixa temporada e não tem pacote fechado, que estão em busca de opções de passeios próximos a cidade.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Identificar oportunidades junto ao SPC&VB para disponibilizar aos associados do convention o calendário impresso para ser disponibilizado nos meios de hospedagem e o calendário digital na página do SPC&VB.

• Criar agenda de treinamentos sobre Ilhabela aos associados do SPC&VB.

Órgãos responsáveis pela ação: SECTUR e SPC&VB

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Ação 2: Promover visitas de benchmarking nos destinos associados

Código: D1,P3,PR2,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Aprender com as melhores práticas de destinos referenciais e associados do SPC&VB.

Média Ação Contínua 2018/2019

Sugestão: duas ações de benchmarking em 2018 e duas em 2019.

Público – alvo: Trade local de Ilhabela

Descritivo: Ações de benchmarking são muito comuns no turismo. Aprender com as melhores práticas de destinos referenciais é uma forma de capacitar e qualificar as empresas que consequentemente melhoram a gestão e a eficiência do processo. Facilitar o contato de empresários do turismo local com estas melhores práticas possibilita além do aprendizado efetivo das mesmas, a adequação e implementação de inovações em seus respectivos negócios. Importante aproveitar a associação de Ilhabela ao SPC&VB para aprender com as melhores práticas dos destinos associados.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Parceria com SPC&VB para a elaboração de Plano de Trabalho sobre benchmarking, identificando quais destinos o SPC&VB tem contato que poderia fazer a interface com Ilhabela.

Órgão responsável pela ação: SECTUR e SPC&VB

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Ação 3: Promover Ilhabela como destino associado para os organizadores de eventos

Código: D1,P3,PR2,A3

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Apresentar Ilhabela como destino associado para pré e pós tour do eventos captados pelo SPCVB que acontecerão em SP.

Média Ação Contínua 2018/2019

Público – alvo: Organizadores de eventos e SPC&VB

Descritivo: A captação de um evento corporativo contempla pré ou pós tours que são oferecidos aos participantes como parte da agenda de trabalho, a proposta desta ação é promover reuniões e treinamentos para organizadores de eventos corporativos captados para São Paulo para apresentar os produtos existentes em Ilhabela e fomentar a inserção da ilha como destino de pré e pós tour.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Parceria com SPC&VB para a elaboração de Plano de Trabalho de capacitação e qualificação da própria equipe do convention e de organizadores de eventos captados para São Paulo para apresentar Ilhabela como destino de pré ou pós tour.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR, Ilhabela Convention & Visitors Bureaux e SPC&VB

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6.3.1.4 Diretriz 1 - Programa 4: Inclusão da comunidade local na atividade turística

Programa 4: Inclusão da comunidade local na atividade turística

Descritivo: Como parte fundamental para o reposicionamento de Ilhabela como destino turístico temos a comunidade local que inclui as comunidades tradicionais. Elas são as mais impactadas positivamente e negativamente com a atividade turística e por isso contemplar a inclusão da comunidade local por meio do programa 4 do Plano de Marketing Estratégico é de extrema relevância para o desenvolvimento sustentável da ilha.

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Incluir a comunidade nos projetos de reposicionamento de imagem e na atividade turística de Ilhabela.

• Capacitar e qualificar a comunidade para poder atuar no turismo.

Alta Ação Contínua 2018/2019

Perfil do público – alvo: Comunidade local diretamente ou indiretamente ligados ao turismo, comunidades tracionais, envolvidas ou não com a atividade turística.

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Diretriz 1: Imagem e Posicionamento Programa 4: Inclusão da comunidade local na atividade turística Projeto 1: Ilhabela é MINHA ilha CÓDIGO: D1, P4, PR1

Projeto 1: Ilhabela é MINHA ilha

Objetivos: fomentar o pertencimento da comunidade local na atividade turística e na divulgação do reposicionamento de Ilhabela; conscientizar a comunidade da importância do turismo como atividade econômica sustentável e capacitar e qualificar a comunidade sobre o bem receber.

Resultados Esperados: participação ativa da comunidade nas decisões sobre o desenvolvimento sustentável do turismo e ampliar o conhecimento da comunidade sobre os atrativos e equipamentos turísticos da ilha.

Público – alvo: comunidade local

Ações:

1. Elaborar e Implementar Campanha de conscientização e motivação turística 2. Estruturar programa de incentivo à visitação - Experimente a ilha 3. Ampliar o conhecimento sobre hospitalidade e bem receber

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de comunicação especializada em elaborar campanhas motivacionais e participativas para atingir a comunidade local.

• Fazer parceria com o trade turístico local para proporcionar as visitas de conhecimento nos equipamentos e atrativos da ilha.

• Fazer parceria com entidades educativas para promover oficinas de hospitalidade e bem receber.

Órgão responsável pelo projeto: SECTUR, COMTUR, Associações das Comunidades Tradicionais

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Plano Operacional – Projeto 1:

Ação 1: Elaborar e Implementar Campanha de conscientização e motivação turística

Código: D1,P4,PR1,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Conscientizar a comunidade da relevância do turismo e do papel deles para o desenvolvimento econômico e social da ilha.

Alta Lançamento da campanha: FEV 2018

Ação deve ser contínua e revista semestralmente

Público – alvo: Comunidade local

Descritivo: Desenvolvimento de campanha de imagem focada na comunidade a partir da elaboração de materiais informativos que falem sobre o turismo e a importância deste setor para o desenvolvimento econômico local, além de informar sobre o reposicionamento e a necessidade de envolvimento da comunidade na atividade turística.

Dependência de outra ação: SIM – código: D1,P1,PR1,A3 e D1,P1,PR2,A7

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de comunicação especializada em elaborar campanhas motivacionais e participativas para atingir a comunidade local.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 2: Elaborar programa de incentivo à visitação - Experimente a ilha

Código: D1,P4,PR1,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Fomentar o conhecimento da comunidade dos atrativos e equipamentos turísticos para que eles possam apoiar a divulgação dos mesmos aos turistas.

Alta Fase 1:MAR-JUN 2018

Fase 2: AGO-OUT 2018

Público – alvo: Comunidade local

Descritivo: O vínculo da comunidade local com o turismo precisa ser reforçado a partir do pertencimento da mesma em todo o contexto do desenvolvimento da atividade turística, isso significa ter acesso e sentir-se incluído no processo. Esta ação visa estabelecer parceria com os gestores dos equipamentos turísticos e com os gestores públicos de atrativos naturais e culturais para a criação e implementação do programa Experimente a ilha.

Dependência de outra ação: SIM – Código: D1,P1,PR1,A3 e D1,P1,PR2,A7

Tarefas chave para implementação:

• Desenvolver parceria com o trade e Prefeitura para que a comunidade tenha acesso aos equipamentos e atrativos turísticos.

Órgãos responsáveis pela ação: SECTUR e COMTUR

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Ação 3: Ampliar o conhecimento sobre hospitalidade e bem receber

Código: D1,P4,PR1,A3

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Capacitar e qualificar a comunidade para ser parte da atividade turística apresentando a cidade aos turistas.

Alta MAR-ABR 2018

Reciclagem: AGO-OUT 2018

Público – alvo: Comunidade local

Descritivo: A hospitalidade da comunidade local foi um dos pontos positivos mencionados pelos turistas nas pesquisas de demanda real. É fundamental que a comunidade compreenda o papel relevante que eles tem na imagem de Ilhabela e a partir disso, capacitá-los e qualifica-los para atender o turista cada vez melhor contribuindo positivamente para o reposicionamento de Ilhabela como destino turístico.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Desenvolvimento de parceria com entidades educativas que possam ministrar palestras sobre hospitalidade e bem receber.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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6.3.2 Diretriz 2 – Promoção e Divulgação

A estratégia de trabalhar o marketing de segmentação, tanto na criação de produtos quanto na sua promoção, ganha importância na era digital devido a possibilidade de obter uma relação custo x benefício eficiente.

A segmentação pode ocorrer de várias maneiras, por público a partir de aspectos demográficos, por mercados alvo entre outras.

Segmentação por público consiste em separar os “consumidores” potenciais em grupos, de forma que a necessidade a ser atendida tenha características semelhantes para as pessoas que pertencem ao mesmo grupo. O objetivo desta segmentação é desenvolver um plano de ação específico para cada tipo de público, atendendo assim às suas necessidades.

A definição de quais mercados-alvo atingir vem antes de como atingir. A escolha dos mercados prioritários considerou os desafios para alcançar a visão 2020, o posicionamento desejado e alterar a dinâmica da curva de sazonalidade, fator apontado no diagnóstico do Plano de Marketing e validado pelos participantes na oficina realizada em 09 de novembro, como sendo o problema mais grave que enfrenta o destino neste momento.

Prioritariamente, dar-se-á ênfase aos mercados próximos a Ilhabela seguindo a tendência do efeito gravitacional do turismo. Os mercados mais distantes sempre exigirão um esforço de promoção maior do que atrair uma demanda potencial reprimida em mercados próximos ao destino, tais como a cidade de São Paulo, Estado de São Paulo e outros mercados nacionais e internacionais.

Há de se destacar porém que, mesmo que São Paulo (capital e interior) continuem sendo o principal emissor, o objetivo é mudar progressivamente a sua quota de participação, especialmente no que se refere às atividades relacionadas ao turismo de sol & praia.

Para a seleção dos mercados, definiram-se aqueles que são os principais emissores para o Brasil e, internamente, aqueles que se apresentam as melhores possibilidades de compra do destino, considerando o mercado de São Paulo (capital) como hub de distribuição de turistas para Ilhabela, que atua como oferta agregada ao destino.

INTERNACIONAL NACIONAL

Argentina São Paulo

Chile Rio de Janeiro

Peru Minas Gerais

Estados Unidos Paraná

Alemanha Rio Grande do Sul

Espanha

França

Holanda

Portugal

Fonte: GKS Negócios Sustentáveis

Quadro 7: Mercados-alvo prioritários

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Isto posto, a estratégia de segmentação proposta para Ilhabela resultou em programas, que serão detalhados nas fichas a seguir, voltados para os seguintes públicos-alvo:

• Programa 1: Turistas (nacionais e internacionais) – demanda real e potencial

• Programa 2: Trade turístico (nacional e internacional, receptivo e emissivo)

• Programa 3: Imprensa on line / offline

• Programa 4: Influenciadores digitais (novo perfil de público que não se enquadra nem em turista e nem em imprensa)

A seguir serão apresentadas fichas dos programas, projetos e ações estratégicas sugeridas para cumprir com os resultados esperados. Para cada diretriz, programa, projetos e ações foram criados códigos que irão possibilitar o acesso mais fácil para consulta.

6.3.2.1 Diretriz 2: Promoção e Divulgação – Programa 1: Ilhabela para o turista

Programa 1: Ilhabela para o turista

A estratégia de Marketing de segmentação foi utilizada para a criação da diretriz 2 e o foco dos programas e ações são os diferentes públicos-alvo. O programa 1 vai apresentar as ações de promoção e divulgação para os turistas, sejam eles, demanda real (que já frequentam Ilhabela ou já frequentaram) ou demanda potencial (que nunca estiveram em Ilhabela). Para os dois públicos propõe-se campanhas que apresentem o reposicionamento de Ilhabela como destino turístico sob um novo olhar, o olhar da natureza e não somente sol e praia.

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Reposicionar a ilha como um destino de natureza e que pode ser visitado durante todo o ano.

• Reduzir a sazonalidade.

Alta Ação contínua – 2018/2019

Perfil do público-alvo:

• Turistas: Homens, mulheres; solteiros, casados sem filhos, acima de 30 anos; classes sociais: A,B,C; ensino superior completo.

Mercados – alvo:

• Nacionais: Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.

• Internacionais: Américas - Argentina, Chile, Peru e Estados Unidos. Europa: Alemanha, Espanha, França, Holanda e Portugal.

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Diretriz 2: Promoção e Divulgação Programa 1: Ilhabela para o turista Projeto 1: Marketing Digital CÓDIGO: D2,P1,PR1

Projeto 1: Marketing Digital

Descritivo: O marketing digital tem como objetivo principal a promoção de produtos ou marcas a partir de mídias digitais. No turismo, o marketing digital promove os destinos e sua respectiva oferta turística. Possibilita uma abordagem e direcionamento mais focados e segmentados atingindo o público-alvo com eficácia, baixo custo e melhor alcance e medição de resultados. Além disso a interação com o público alvo é direta e ágil, facilitando os processos comunicacionais.

Resultados Esperados: reposicionar Ilhabela como um destino de natureza, fortalecer a imagem positiva de Ilhabela, reduzir a sazonalidade.

Público – alvo: Homens, mulheres; solteiros, casados sem filhos, acima de 30 anos; classes sociais: A,B,C; ensino superior completo.

Ações: 1. Elaborar Campanha digital: Um novo olhar sobre Ilhabela 2. Participar de fóruns de debates nas redes sociais sobre Ilhabela 3. Patrocinar banners nos sites do trade de Ilhabela 4. Elaborar Campanha de ativação nas redes sociais e na mídia a bordo de

companhias aéreas

Tarefas chave para implementação:

• Contratação de agência de propaganda especializada em criação e gestão de campanhas de marketing digital.

Órgão responsável pela execução: SECTUR

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Plano operacional projeto 1:

Ação 1: Elaborar Campanha digital: Um novo olhar sobre Ilhabela

Código: D2,P1,PR1,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Divulgar a imagem do destino.

• Reposicionar Ilhabela como destino de natureza.

• Divulgar os atrativos, equipamentos e produtos turísticos dos segmentos prioritários.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Alta Lançamento: FEV 2018

Fase 1: FEV-JUN 2018

Fase 2: AGO– SET 2018

Fase 3: FEV – JUN 2019

Fase 4: AGO - SET 2019

Público – alvo: Homens, mulheres; solteiros, casados sem filhos, acima de 30 anos; classes sociais: A,B,C; ensino superior completo.

Descritivo: A utilização do ambiente digital como ferramenta de marketing é obrigatória quando falamos de imagem, marca e reposicionamento de destino turístico. A necessidade de criar uma campanha digital para Ilhabela focada no perfil do público-alvo que foi determinado neste programa tem como objetivo principal a redução da sazonalidade. Esta campanha deverá contemplar todos os canais digitais, compra de links patrocinados, hotsite, desenvolvimento de landing pages, call to action e inbound marketing dirigidos para os turistas, respeitando as características dos mercados-alvo de atuação.

Sugere-se que sejam criadas duas campanhas distintas, uma para a demanda real, aquela que já conhece Ilhabela e outra para a demanda potencial, que nunca esteve na ilha mas tem conhecimento do destino por amigos e parentes.

Dependência de outra ação: SIM – código D1,P1,PR2,A6

Tarefas chave para implementação:

• Contratação de agência de propaganda especializada em criação e gestão de campanhas de marketing digital.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

A partir do diagnóstico e do levantamento de informações ocorridos no processo de elaboração do Plano de Marketing Estratégico de Ilhabela identificou-se a necessidade de atuação em algumas redes sociais, que são as mais utilizadas pelos turistas quando viajam, são Facebook, Instagram e Youtube. Por isso, pensou-se em campanhas específicas para estas redes com o objetivo de criar engajamento com o público-alvo e fomentar ações que o plano precisa, como por exemplo, captar fotos e vídeos para o banco de imagens. A seguir algumas sugestões de campanhas.

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✓ CAMPANHA: UM NOVO OLHAR SOBRE ILHABELA

Público – alvo: turistas

Objetivos: criar engajamento com o público a partir de vídeos e pocket guias segmentados, reposicionar Ilhabela como destino de natureza, gerar mailing para campanhas futuras e personalizadas.

Ferramentas a serem utilizadas: Buscadores, Google AD Words, link patrocinado, landing page , call to action, inbound marketing

Descritivo: compra de palavras chaves no Google AD words para que no Google quando o turista digite “turismo natureza” o anúncio de Ilhabela esteja bem posicionado entre os 3 principais links patrocinados, ao clicar no anúncio o turista vai para uma landing page onde aparece um vídeo de 30´´ sobre turismo de natureza, ou turismo náutico ou cultural. Nesta mesma página, o turista tem a oportunidade de preencher os dados para receber por email um pocket guia com os 10 principais passeios de turismo de natureza, ou náutico ou cultural. Desta forma, além de engajar o turista a conhecer um pouco mais sobre outros segmentos, capta-se um mailing para ações futuras.

✓ CAMPANHA: PÉ NA TRILHA

Público – alvo: turistas

Objetivos: criar engajamento com o público a partir de publicações de fotos, dar a conhecer as trilhas de Ilhabela por meio de fotos dos próprios turistas.

Rede social: Instagram

Descritivo: a partir de uma promoção nas redes sociais de Ilhabela e de páginas que se referem à ilha criar a #penatrilhailhabela e pedir para os turistas que estão fazendo trilha tirem foto dos pés (de qualquer ângulo) e postem no instagram com a hashtag mencionada anteriormente. Propõe-se uma votação e a foto mais votada ganha três dias de hospedagem e passeios (no meio da semana) com acompanhante em Ilhabela.

✓ CAMPANHA: ROTA DAS EXPERIÊNCIAS

Público – alvo: turistas

Objetivos: criar engajamento com o público a partir de publicações de vídeos depoimentos de turistas sobre os passeios e as experiências vividas na ilha.

Rede social: YouTube

Descritivo: Identificou-se no diagnóstico que a forma mais eficaz de propaganda da ilha é o boca-a-boca, amigos e parentes indicam Ilhabela e isso basta para que se crie o desejo de visitar o destino. A proposta nesta campanha é criar no YouTube uma playlist – Rota das Experiências onde o turista grava um depoimento de no máximo um minuto sobre a experiência que está vivendo em Ilhabela e, após uma curadoria dos vídeos, os mesmos são postados no canal oficial YouTube. Pode-se fazer um concurso ou não. O importante é divulgar no site e nas redes sociais oficiais da ilha estes vídeos. Desta forma cria-se uma propaganda boca a boca digital e capturam-se vídeos para o banco de imagens.

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Ação 2: Participar de fóruns de debates nas redes sociais sobre Ilhabela

Código: D2,P1,PR1,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Melhorar a imagem da ilha em relação a dois temas sensíveis: balsa e borrachudos

Alta Ação contínua (2018/2019)

Público – alvo: Homens, mulheres; solteiros, casados sem filhos, acima de 30 anos; classes sociais: A,B,C; ensino superior completo.

Descritivo: A interação dos turistas com os destinos atualmente ocorre por meio digital, confia-se nas redes sociais e nas informações passadas neste espaço sem questionar. O Tripadvisor é um dos sites de serviços turísticos mais acessados na atualidade inclusive pelos turistas entrevistados para a elaboração do Plano de Marketing. Imagina-se que somente a iniciativa privada (meios de hospedagem) devem se preocupar com as opiniões que os turistas publicam, mas existe um fórum de debates especificamente sobre Ilhabela onde surgem questionamentos sobre os dois principais temas sensíveis da ilha: balsa e borrachudos. Por meio do acompanhamento deste fórum e de resposta a estes questionamentos pode-se mitigar os impactos negativos na imagem da ilha que atinge principalmente a demanda potencial.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Designar uma pessoa na SECTUR que fique responsável pelo acompanhamento e respostas nos fóruns de debates sobre Ilhabela.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 3: Patrocinar banners nos sites do trade de Ilhabela

Código: D2,P1,PR1,A3

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Ampliar a divulgação do reposicionamento.

Média alta Ação Contínua – iniciando em Fevereiro 2018 a Agosto 2018

Público – alvo: Homens, mulheres; solteiros, casados sem filhos, acima de 30 anos; classes sociais: A,B,C; ensino superior completo.

Descritivo: A iniciativa privada trabalha a promoção de seus serviços e produtos de forma individualizada nas redes sociais e em outras ferramentas de marketing. O patrocínio de banners nos sites dos meios de hospedagem, restaurantes e receptivos ajudará a ampliar a divulgação institucional de Ilhabela e do reposicionamento.

Dependência de outra ação: SIM - código: D1,P1,PR2,A6

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de propaganda para elaborar o plano de mídia, comprar e produzir os banners dos anúncios. Trabalhar a segmentação nas mídias.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR, Trade local

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Ação 4: Elaborar Campanha de ativação nas redes sociais e na mídia a bordo de companhias aéreas

Código: D2,P1,PR1,A4

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Ampliar a divulgação do reposicionamento de Ilhabela como destino turístico.

Média alta Início baixa temporada: MAR/2018

Alta temporada (férias escolares):

JUL/2018

JAN/2019

Baixa Temporada:

MAR/2019

AGO/2019

Público – alvo: Homens, mulheres; solteiros, casados com e sem filhos, acima de 30 anos; classes sociais: A,B,C; ensino superior completo.

Descritivo: As companhias aéreas são um excelente canal de promoção e divulgação de destinos turísticos. A proposta de ampliar a divulgação de Ilhabela como destino de natureza e que pode ser visitado durante todo o ano em companhias aéreas visa atingir uma demanda potencial que já tem o hábito de viajar, a lazer ou negócios e que pode ser captada no pré-viagem. O plano de mídia deveria contemplar: exibição de anúncios no sistema de entretenimento de bordo, matérias nas revistas de bordo, anúncio nos sites das companhias e promoções especiais (mediante consulta com cada companhia). Sugere-se as seguintes companhias devido a fluxo de passageiros, rotas aéreas e frequência de voos para/de mercados-alvo: Avianca, Azul, GOL, LATAM e TAP

Dependência de outra ação: SIM - código: D1,P1,PR2,A6

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de propaganda/promoção que elabore o plano de mídia, negocie e produza os materiais a serem veiculados nas companhias aéreas.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Diretriz 2: Promoção e Divulgação Programa 1: Ilhabela para o turista Projeto 2: Projetos Especiais CÓDIGO: D2,P1,PR2

Projeto 2: Projetos especiais

Descritivo: A estratégia de Marketing de segmentação foi utilizada para a criação da diretriz 2 e o foco dos programas e ações são os diferentes públicos-alvo. O programa 1 vai apresentar as ações de promoção e divulgação para os turistas, sejam eles, demanda real (que já frequentam Ilhabela ou já frequentaram) ou demanda potencial (que nunca estiveram em Ilhabela). Para os dois públicos propõe-se o desenvolvimento de projetos especiais que apresentem o reposicionamento de Ilhabela como destino turístico sob um novo olhar, o olhar da natureza e não somente sol e praia.

Resultados Esperados: reposicionar Ilhabela como um destino de natureza, fortalecer a imagem positiva de Ilhabela, reduzir a sazonalidade.

Público – alvo: Homens, mulheres; solteiros, casados sem filhos, acima de 30 anos; classes sociais: A,B,C; ensino superior completo.

Ações: 1. Criar e operacionalizar ações de ativação em espaços públicos 2. Fomentar o Festival Ilhabela in Jazz 3. Patrocinar blogs de viagens

Tarefas chave para implementação:

• Contratação de agência de propaganda/promoção especializada em criação e gestão de campanhas de ativação em espaços públicos.

• Ampliar parceria com a casa de shows: Bourbon Street em São Paulo para fazer as ativações do Ilhabela in JAZZ.

Órgão responsável pela execução: SECTUR

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Plano Operacional - Projeto 2:

Ação 1: Criar e operacionalizar ações de ativação em espaços públicos

Código: D2,P1,PR2,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Ampliar a divulgação do reposicionamento.

• Fortalecer a imagem de Ilhabela como destino sustentável, de natureza e bem-estar.

Média alta Ação Contínua 2018/2019

O cronograma irá depender do espaço proposto pela agência que irá operacionalizar o plano estratégico.

Público – alvo: Homens, mulheres; solteiros, casados com e sem filhos, acima de 30 anos; classes sociais: A,B,C; ensino superior completo.

Descritivo: Os resultados das pesquisas com a demanda mostraram que a demanda real estava em Ilhabela pela sensação de bem-estar vinculada a ilha, os rastros digitais indicaram que os turistas que visitam Ilhabela se preocupam com o bem-estar e saúde e com a sustentabilidade. Por isso é importante fazer a promoção e a divulgação de Ilhabela por meio de eventos de ativação em espaços públicos, prioritariamente em eventos ligados a saúde e bem-estar e sustentabilidade. Indica-se que estes eventos sejam concentrados na cidade de São Paulo, maior emissor de turistas nacionais e também para Ilhabela.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de eventos e promoção especializada em elaborar e operacionalizar eventos de ativação.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 2: Fomentar o Festival Ilhabela in Jazz

Código: D2,P1,PR2,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Ampliar o fluxo de visitantes durante o festival.

• Posicionar o festival como destaque na agenda cultural do público-alvo.

Alta MAR - JUN 2018 - nas casa de shows e festivais

JUL 2018 – na ilha

AGO – SET 2018 – nas casas de shows e festivais

2019 – o mesmo cronograma deverá ser seguido

Público – alvo: Homens, mulheres; solteiros, casados e sem filhos, acima de 30 anos; classes sociais: A,B,C; ensino superior completo.

Descritivo: O festival Ilhabela in Jazz realizou sua quinta edição em 2017, em todas as edições prezou pela qualidade das apresentações nacionais e internacionais. A ação 2 propõe que o festival cresça ainda mais e que possa gerar fluxo de turistas com o perfil de público que se quer receber na ilha em um período de baixa temporada a partir de uma parceria de divulgação com a casa de shows Bourbon Street em São Paulo e nos principais festivais de Jazz dos mercados-alvo nacionais, priorizando: Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, posicionando-o como principal festival de jazz em uma ilha no Brasil.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Fechar parceria com Bourbon Street e com os principais festivais de jazz nos mercados-alvo apontados para divulgação.

• Contratar agência de eventos e promoção especializada em elaborar e operacionalizar eventos de ativação.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 3: Patrocinar blogs de viagens

Código: D2,P1,PR2,A3

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Ampliar a divulgação do reposicionamento de Ilhabela de forma segmentada.

Média Alta Ação contínua – mediante plano de mídia da agência que irá operacionalizar o plano

Público – alvo: turistas

Descritivo: O ambiente digital facilita o tráfego de informação e os sites e blogs de viagens estão ocupando cada vez mais espaço até mesmo na decisão pré-viagem dos turistas. Por isso, indica-se a publicação de anúncios nos principais blogs e sites de viagens do Brasil que funcionam como formadores de opinião. Alguns dos principais são: Lugares que eu gostaria de ir, Melhores Destinos, Mochileiros.com, Viaje na Viagem.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de propaganda para fazer o plano de mídia e fechar o patrocínio.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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6.3.2.2 Diretriz 2 - Programa 2: Ilhabela para o trade

Programa 2: Ilhabela para o trade

Descritivo: A estratégia de Marketing de segmentação foi utilizada para a criação da diretriz 2 e o foco dos programas e ações são os diferentes públicos-alvo. O programa 2 vai apresentar as ações de promoção e divulgação para o trade, sejam eles, operadores/agentes receptivos, operadores/agentes emissivos nacionais e internacionais.

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Reposicionar a ilha como um destino de natureza e que pode ser visitado durante todo o ano.

• Reduzir a sazonalidade.

• Ampliar a abrangência da promoção de Ilhabela como destino turístico promovendo a internacionalização das ações.

Alta Ação Contínua (2018/2019)

Perfil do público-alvo:

• Trade turístico: Operadores/agentes receptivos locais, Operadores/agentes emissivos nacionais e internacionais

Mercados – alvo:

• Nacionais: Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.

• Internacionais: Américas - Argentina, Chile, Peru e Estados Unidos. Europa: Alemanha, Espanha, França, Holanda e Portugal.

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Diretriz 2: Promoção e Divulgação Programa 2: Ilhabela para o trade Projeto 1: Foco no Receptivo CÓDIGO: D2,P2,PR1

Projeto 1: Foco no Receptivo

Descritivo: O papel dos operadores/agentes receptivos é relevante na cadeia turística, são eles que conhecem o destino e operacionalizam as visitas por meio de passeios, transfers e roteiros/produtos. Capacitar, qualificar e inclui-los nas ações de divulgação do destino agrega valor ao serviço oferecido.

Resultados Esperados: capacitar e qualificar os operadores/ agentes receptivos para estruturação de novos produtos segundo o reposicionamento de Ilhabela, ampliação da comercialização do destino nas ações de apoio à comercialização como feiras, roadshows e workshops.

Público – alvo: operadores e agentes receptivos de Ilhabela

Ações: 1. Promover a Capacitação e qualificação do receptivo local 2. Elaborar e operacionalizar programa de benchmarking

Tarefas chave para implementação:

• Indicar representante da SECTUR que vai coordenar as ações com os receptivos

• Fechar parceria com entidades educacionais para ministrar cursos e palestras de capacitação e qualificação dos receptivos

Órgão responsável pela execução: SECTUR

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Plano operacional projeto 1:

Ação 1: Promover a capacitação e qualificação dos receptivos

Código: D2,P2,PR1,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Divulgar a imagem do destino.

• Reposicionar Ilhabela como destino de natureza.

• Divulgar os atrativos, equipamentos e produtos turísticos dos segmentos prioritários.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Alta Ação Contínua (2018/2019) iniciando pós alta temporada (MAR 2018)

Público – alvo: trade local

Descritivo: Foi identificada a necessidade de capacitação e qualificação das pessoas que trabalham diretamente com o turismo de Ilhabela como os operadores e agentes receptivos. A capacitação e qualificação proposta nesta ação visa, não só a realização de cursos ou oficinas como o fomento ao novo posicionamento de Ilhabela, mas também o suporte a estruturação de novos produtos turísticos.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Fechamento de parcerias como SEBRAE, SENAC ou outras entidades educacionais que promovam cursos de capacitação e qualificação turística.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 2: Elaborar e operacionalizar programa de benchmarking

Código: D2,P2,PR1,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• melhorar as funções e processos das empresas a partir da análise de melhores práticas de mercado.

Alta Ação Contínua (2018/2019)

Ideal realizar duas ações de benchmarking por ano.

Público – alvo: operadores / agentes receptivos de Ilhabela

Descritivo: Ações de benchmarking são muito comuns no turismo. Aprender com as melhores práticas de destinos referenciais é uma forma de capacitar e qualificar as empresas que consequentemente melhoram a gestão e a eficiência do processo. Facilitar o contato de empresários do turismo local com estas melhores práticas possibilita além do aprendizado efetivo das mesmas, a adequação e implementação de inovações em seus respectivos negócios.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Fechamento de parcerias público / privadas para a implementação do programa. (SEBRAE, MTUR, entre outros)

• Contratação de consultoria especializada para a gestão do programa de benchmarking.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Diretriz 2: Promoção e Divulgação Programa 2: Ilhabela para o trade Projeto 2: Foco nos emissores nacionais CÓDIGO: D2,P2,PR2

Projeto 2: Foco nos emissores nacionais

Descritivo: O papel dos operadores/agentes emissores nacionais é relevante na cadeia turística, são eles que promovem e comercializam o destino turístico. Ações de promoção e divulgação que possibilitem que eles conheçam melhor o produto que irão comercializar ampliam os resultados a curto e médio prazos. Neste momento de reposicionamento de imagem e de ampliação da oferta turística este público deve ser contemplado com destaque pelo plano de marketing, apesar de Ilhabela ser comercializada pouco por operadores e agências nacionais é necessário nesta etapa fomentar este tipo de comercialização.

Resultados Esperados: ampliar o conhecimento sobre o produto Ilhabela, prospectar novos parceiros comerciais, ampliar a comercialização do destino nas operadoras e agências emissoras nacionais.

Público – alvo: operadores e agentes emissores nacionais

Mercados – alvo: Estado e cidade de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro – prioritariamente as capitais.

Ações: 1. Criar e promover o programa Agente Especialista em Ilhabela 2. Promover Capacitação in company 3. Promover a realização de eventos de apoio à comercialização 4. Organizar e operacionalizar FAM Trips (viagens de familiarização) 5. Elaborar Campanhas de Marketing Digital promocional 6. Participar dos eventos para público final organizado pelos operadores/agentes

Tarefas chave para implementação:

• Planejar agenda de eventos de apoio à comercialização.

• Planejar e fechar apoio a FAM Trips pós tour de feiras nacionais .

• Contratar agência de propaganda especializada na criação de campanhas de marketing digital promocional.

• Fechar participação e parceria nos eventos para público final com os operadores.

Órgão responsável pela contratação e execução: SECTUR

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Plano operacional projeto 2:

Ação 1: Criar e promover o programa Agente Especialista em Ilhabela

Código: D2,P2,PR2,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Capacitar e certificar os emissores nacionais para vender Ilhabela.

• Divulgar a imagem do destino.

• Reposicionar Ilhabela como destino de natureza.

• Divulgar os atrativos, equipamentos e produtos turísticos dos segmentos prioritários.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Média Lançamento do programa: MAR 2018

Curso 1 : MAR – OUT 2018

Curso 2: MAR – OUT 2019

Público – alvo: agentes de viagens nacionais (todo o Brasil)

Descritivo: O programa Agente Especialista em Ilhabela é um curso online em uma plataforma digital que oferece um certificado nominal ao agente de viagens que fez o curso e o direito da agência de viagens utilizar o selo de Agência Especialista em Ilhabela enquanto este funcionário permanecer em seu quadro. O principal objetivo deste programa é capacitar o agente de viagens para vender Ilhabela, aprender mais sobre o destino principalmente neste momento de reposicionamento. Como benefícios, os agentes especialistas em Ilhabela recebem convites para participar de FAM Trips, descontos nos meios de hospedagem e nos passeios entre outros a serem contemplados no projeto do programa.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Elaborar o projeto do programa contemplando o plano de promoção.

• Comprar o uso de plataforma digital de Online training (existem algumas só focada em turismo).

• Ceder conteúdo e imagens que serão utilizados no curso.

• Indicar pessoa da equipe da SECTUR que será responsável por gerenciar o programa.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 2: Promover capacitação sobre Ilhabela in company

Código: D2,P2,PR2,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Capacitar os emissores nacionais para vender Ilhabela.

• Divulgar a imagem do destino.

• Reposicionar Ilhabela como destino de natureza.

• Divulgar os atrativos, equipamentos e produtos turísticos dos segmentos prioritários.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Alta Ação Contínua (2018/2019) –

Fase 1: MAR – NOV 18

Fase 2: MAR – NOV 19

Público – alvo: grandes grupos turísticos (operadores e agentes de viagens nacionais), associações como ABAV e BRAZTOA

Descritivo: A capacitação in company seria uma apresentação/treinamento sobre Ilhabela, sobre os segmentos prioritários e os produtos estruturados. Os treinamentos devem ocorrer dentro das agências e duram em média 4 horas. O objetivo desta ação é realizar o maior número de apresentações sobre Ilhabela nos grandes grupos turísticos nacionais que podem disseminar a informação com isso ampliando a venda do destino.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Elaborar o plano e a agenda destas capacitações contemplando o plano de promoção e divulgação.

• Produzir apresentação em formato digital.

• Indicar pessoa da equipe da SECTUR que será responsável por gerenciar a ação.

Órgão responsável pela ação: SECTUR

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Ação 3: Promover a realização de eventos de apoio à comercialização

Código: D2,P2,PR2,A3

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Capacitar os emissores nacionais para vender Ilhabela.

• Divulgar a imagem do destino.

• Reposicionar Ilhabela como destino de natureza.

• Divulgar os atrativos, equipamentos e produtos turísticos dos segmentos prioritários.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

• Aproximar as empresas locais do trade emissor.

Alta Ação Contínua (2018/2019) –

Fase 1: MAR – NOV 18

Fase 2: MAR – NOV 19

Público – alvo: operadores e agentes de viagens nacionais

Descritivo: Como eventos de apoio à comercialização indica-se a realização de workshops com rodada de negócios, que levaria o trade receptivo local para negociar diretamente com os agentes de viagens emissores. A agenda destes eventos inclui uma apresentação institucional sobre Ilhabela, sobre os segmentos prioritários e os produtos estruturados e uma rodada de negócios onde o foco seria reuniões de relacionamento e vendas.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Elaborar o plano e a agenda destes eventos contemplando o plano de promoção e divulgação.

• Produzir apresentação institucional em formato digital.

• Indicar pessoa da equipe da SECTUR que será responsável por gerenciar e organizar as ações.

Órgão responsável pela ação: SECTUR

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Ação 4: Organizar e operacionalizar Viagens de Familiarização (FAMTrips)

Código: D2,P2,PR2,A4

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Capacitar os emissores nacionais para vender Ilhabela.

Alta Ação contínua 2018/2019 – depende do plano de trabalho

Público – alvo: operadores e agentes de viagens nacionais

Descritivo: As viagens de familiarização são ferramentas de promoção do destino muito eficazes pois proporciona ao operador/agente que experimente o produto que vai comercializar. Elas podem ocorrer como incentivo do programa Agente especialista em Ilhabela, como pós tour de grandes eventos de turismo como WTM Latin America, ABETA SUMMIT, ABAV ou Festuris Gramado, ou organizadas por um grande grupo turístico como incentivo a seus melhores agentes, até mesmo organizadas diretamente por Ilhabela. Como ferramenta de marketing de segmentação pode atingir um público muito focado em vendas de segmentos como natureza, ecoturismo, náutico e cultura. Durante estas viagens os agentes fazem visitas de inspeção a meios de hospedagem, a equipamentos, atrativos e reúnem-se com os receptivos com o objetivo de conhecer melhor para vender mais o destino turístico.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Elaborar o plano e a agenda destas viagens considerando o plano de promoção e divulgação.

• Produzir convites e materiais em formato digital.

• Indicar pessoa da equipe da SECTUR que será responsável por gerenciar e acompanhar as ações.

Órgão responsável pelas ações: SECTUR

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Ação 5: Elaborar Campanha promocional de marketing digital

Código: D2,P2,PR2,A5

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Divulgar a imagem do destino.

• Divulgar os atrativos, equipamentos e produtos turísticos.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Alta Elaboração – 15 dias

Período da campanha – de FEV a JUN (fase 1) e AGO a OUT/2018 (fase 2)

Período da campanha – de FEV a JUN (fase 3) e AGO a OUT/2019 (fase 4)

Público – alvo: operadores e agentes de viagens nacionais

Descritivo: A utilização do ambiente digital como ferramenta de marketing para promoção de destinos e produtos turísticos é indicado não só para campanhas institucionais como para promocionais com foco em segmentação. Sugere-se a criação de uma campanha digital promocional para Ilhabela dividida nos segmentos prioritários previamente definidos na fase de diagnóstico do plano e tem como objetivo principal a redução da sazonalidade. Esta campanha deverá contemplar todos os canais digitais, compra de links patrocinados, hotsite, desenvolvimento de landing pages, inbound marketing dirigidos para cada um dos segmentos propostos, respeitando as características dos mercados-alvo de atuação.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de propaganda especializada em elaborar e implementar o plano de campanha digital.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 6: Participar de eventos para público final organizados pelos operadores /agentes

Código: D2,P2,PR2,A6

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Divulgar a imagem do destino.

• Divulgar os atrativos, equipamentos e produtos turísticos.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Alta 2018 /2019 – mediante a agenda dos operadores/agentes

Público – alvo: operadores e agentes de viagens nacionais

Descritivo: Alguns grupos turísticos com um volume grande agências realizam semestralmente feiras de oferta de viagens para o público final consumidor. Nestas feiras estão presentes destinos e operadores receptivos com a finalidade de promover e vender seus pacotes. A participação nestas feiras além de ampliar a relação de Ilhabela com estes grandes grupos turísticos, engaja o trade receptivo local e promove a comercialização do destino a curto prazo.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Firmar parceria com operadores/ agências e contratar espaços para participação nas feiras.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Diretriz 2: Promoção e Divulgação Programa 2: Ilhabela para o trade Projeto 3: Internacionalização CÓDIGO: D2,P2,PR3

Projeto 3: Internacionalização

Descritivo: O papel dos operadores/agentes emissores internacionais é relevante na cadeia turística, são eles que promovem e comercializam o destino turístico. Ações de promoção e divulgação que possibilitem que eles conheçam melhor o produto que irão comercializar ampliam os resultados a curto e médio prazos. Neste momento de reposicionamento de imagem e de ampliação da oferta turística este público deve ser comtemplado com destaque pelo plano de marketing.

É necessário pensar na internacionalização de Ilhabela a partir de ações de promoção e divulgação em mercados-alvo que são prioritários para a cidade de São Paulo. Neste caso, todo o trabalho de promoção de Ilhabela deveria ser feito como destino de oferta complementar a São Paulo, isto posto a parceria com a Secretaria de Turismo da cidade e a SP Turis são imprescindíveis para o sucesso do projeto.

Sugere-se também que seja feita uma parceria com a Embratur para promoção tanto nos mercados que são prioritários para São Paulo como os mercados que já comercializam Ilhabela em seus catálogos.

Resultados Esperados: ampliar o conhecimento do produto Ilhabela, prospectar novos parceiros comerciais, ampliar a comercialização do destino nas operadoras e agências emissoras nacionais, fomentar a parceria institucional com a cidade de São Paulo.

Público – alvo: operadores e agentes emissores internacionais

Mercados – alvo (parceria com São Paulo): Argentina, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, França

Mercados – alvo (parceria com EMBRATUR): Argentina, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, França além de Chile, Peru e Holanda (dados de pesquisa de catálogos da Embratur 2016) e Portugal devido a conectividade aérea.

Ações: 1. Criar e promover o programa Agente Especialista em Ilhabela 2. Promover Capacitação in company 3. Promover a realização de eventos de apoio à comercialização 4. Organizar e operacionalizar FAM Trips (viagens de familiarização) 5. Elaborar Campanha promocional de Marketing (digital e impresso)

Tarefas chave para implementação:

• Fechar parceria de plano de promoção conjunta com São Paulo (Secretaria de Turismo e SP Turis) e EMBRATUR.

• Planejar agenda de eventos de apoio à comercialização internacional.

• Planejar e organizar a agenda de FAM Trips para operadores internacionais.

• Contratar agência de propaganda especializada na criação de campanhas de marketing digital promocional internacional.

Órgão responsável pela execução: SECTUR

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241

Plano operacional projeto 3:

Ação 1: Criar e promover o programa Agente Especialista em Ilhabela

Código: D2,P2,PR3,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Capacitar e certificar os emissores internacionais para vender Ilhabela.

• Divulgar a imagem do destino.

• Reposicionar Ilhabela como destino de natureza.

• Divulgar os atrativos, equipamentos e produtos turísticos dos segmentos prioritários.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Média Lançamento do programa: ITB Berlim (MAR 2018)

Cronograma Sugerido: MAR – DEZ 2018

Público – alvo: agentes de viagens internacionais – mercados – alvo: Argentina, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, França

Descritivo: O programa Agente Especialista em Ilhabela é um curso online em uma plataforma digital que oferece um certificado nominal ao agente de viagens que fez o curso e o direito da agência de viagens utilizar o selo de Agência Especialista em Ilhabela enquanto este funcionário permanecer em seu quadro. O principal objetivo deste programa é capacitar o agente de viagens para vender Ilhabela, aprender mais sobre o destino principalmente neste momento de reposicionamento. Como benefícios, os agentes especialistas em Ilhabela recebem convites para participar de FAM Trips, descontos nos meios de hospedagem e nos passeios entre outros a serem contemplados no projeto do programa.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Elaborar o projeto do programa contemplando o plano de promoção.

• Comprar o uso de plataforma digital treinamento online (existem algumas só focada em turismo).

• Ceder conteúdo traduzido nos idiomas dos mercados alvo e imagens que serão utilizados no curso.

• Indicar pessoa da equipe da SECTUR que será responsável por gerenciar o programa.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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242

Ação 2: Promover capacitação sobre Ilhabela in company

Código: D2,P2,PR3,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Capacitar os emissores internacionais para vender Ilhabela.

• Divulgar a imagem do destino.

• Reposicionar Ilhabela como destino de natureza.

• Divulgar os atrativos, equipamentos e produtos turísticos dos segmentos prioritários.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Média Ação Contínua 2018/2019

Fase 1: MAR – NOV 2018

Fase 2: MAR – NOV 2019

Público – alvo: grandes grupos turísticos internacionais - mercados – alvo: Argentina, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, França

Descritivo: A capacitação in company seria uma apresentação/treinamento sobre Ilhabela, sobre os segmentos prioritários e os produtos estruturados. Os treinamentos devem ocorrer no idioma do mercado – alvo, dentro das agências e duram em média 4 horas. O objetivo desta ação é realizar o maior número de apresentações sobre Ilhabela nos grandes grupos turísticos internacionais que podem disseminar a informação com isso ampliando a venda do destino.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Elaborar o plano e a agenda destas capacitações contemplando o plano de promoção e divulgação.

• Produzir apresentação em formato digital nos idiomas dos mercados – alvo.

• Indicar pessoa da equipe da SECTUR que será responsável por gerenciar a ação.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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243

Ação 3: Promover a realização de eventos de apoio à comercialização

Código: D2,P2,PR3,A3

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Capacitar os emissores internacionais para vender Ilhabela.

• Divulgar a imagem do destino.

• Reposicionar Ilhabela como destino de natureza.

• Divulgar os atrativos, equipamentos e produtos turísticos dos segmentos prioritários.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

• Aproximar as empresas locais do trade emissor.

Alta Ação Contínua 2018/2019 – mediante plano de trabalho

Público – alvo: operadores e agentes de viagens nacionais - mercados – alvo: Argentina, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, França

Descritivo: Como eventos de apoio à comercialização indica-se a realização de workshops com rodada de negócios em parceria com a cidade de São Paulo ou com a Embratur, que levaria o trade receptivo local para negociar diretamente com os agentes de viagens emissores. A agenda destes eventos inclui uma apresentação institucional sobre Ilhabela, sobre os segmentos prioritários e os produtos estruturados e uma rodada de negócios onde o foco seriam reuniões de relacionamento e vendas.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Elaborar o plano e a agenda destes eventos contemplando o plano de promoção e divulgação.

• Produzir apresentação institucional em formato digital nos idiomas dos mercados-alvo.

• Indicar pessoa da equipe da SECTUR que será responsável por gerenciar a ação, organizar e a negociação da parceria.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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244

Ação 4: Organizar e operacionalizar Viagens de Familiarização (FAMTrips)

Código: D2,P2,PR3,A4

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Capacitar os emissores nacionais para vender Ilhabela.

Alta Ação Contínua – 2018/2019 – mediante o plano de trabalho

Público – alvo: operadores e agentes de viagens internacionais

Descritivo: As viagens de familiarização são ferramentas de promoção do destino muito eficazes pois proporciona ao operador/agente que experimente o produto que vai comercializar. Elas devem ocorrer como incentivo do programa Agente especialista em Ilhabela ou organizadas por um grande grupo turístico como incentivo a seus melhores agentes. Como ferramenta de marketing de segmentação pode atingir um público muito focado em vendas de segmentos como natureza, ecoturismo, náutico e cultura. Durante estas viagens os agentes fazem visitas de inspeção a meios de hospedagem, a equipamentos, atrativos e reúnem-se com os receptivos com o objetivo de conhecer melhor para vender mais o destino turístico.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Elaborar o plano e a agenda destas viagens considerando o plano de promoção e divulgação.

• Produzir convites e materiais em formato digital no idioma dos mercados-alvo contemplados. Contar com parceria da EMBRATUR.

• Indicar pessoa da equipe da SECTUR que será responsável por gerenciar e acompanhar a ação.

Órgão responsável pelas ações: SECTUR

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245

Ação 5: Elaborar Campanha promocional de marketing (digital e impresso)

Código: D2,P2,PR3,A5

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Divulgar a imagem do destino.

• Divulgar os atrativos, equipamentos e produtos turísticos.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Alta Elaboração – 1 mês

Período da campanha – fase 1: FEV a JUN 2018 fase 2: AGO a OUT 2018

Público – alvo: operadores e agentes de viagens nacionais

Descritivo: A utilização do ambiente digital como ferramenta de marketing para promoção de destinos e produtos turísticos é indicado não só para campanhas institucionais como para promocionais com foco em segmentação. Sugere-se a criação de uma campanha digital promocional para Ilhabela dividida nos segmentos prioritários previamente definidos na fase de diagnóstico do plano e tem como objetivo principal a redução da sazonalidade. Esta campanha deverá contemplar todos os canais digitais, compra de links patrocinados, hotsite, desenvolvimento de landing pages, inbound marketing dirigidos para cada um dos segmentos propostos, respeitando as características dos mercados-alvo de atuação. Além disso, com foco na internacionalização de Ilhabela e ações com o trade internacional, é importante inserir na campanha impressa o apoio aos catálogos dos operadores e agentes de viagens que vendem a ilha. Este apoio pode contemplar os catálogos impressos e digitais.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de propaganda especializada em elaborar e implementar o plano de campanha digital e compra de mídia internacional.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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246

6.3.2.3 Diretriz 2 - Programa 3: Ilhabela para a imprensa

Programa 3: Ilhabela para a imprensa

Descritivo: Um público-alvo importante para divulgar o reposicionamento de Ilhabela é a imprensa, online e off-line. A partir do bom relacionamento entre o destino turístico e os veículos de comunicação é possível gerar mídia espontânea, impactando assim o turista. A partir do uso de ferramentas como viagem de familiarização e portal de informação é possível aproximar os profissionais da imprensa do destino turístico. Não só os veículos de comunicação tradicionais podem ser atingidos por este programa, os blogueiros que funcionam como os formadores de opinião da era digital serão contemplados nos projetos e ações propostas.

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Gerar mídia espontânea sobre o reposicionamento de Ilhabela como destino turístico.

• Divulgar a imagem, os atrativos, equipamentos e produtos turísticos dos segmentos prioritários.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Alta Ação Contínua (2018/2019) – mediante plano de comunicação

Perfil do público-alvo:

• Imprensa: Veículos de comunicação online e off-line e blogueiros nacionais e internacionais

Mercados – alvo:

• Nacionais: Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.

• Internacionais: Américas - Argentina, Chile, Peru e Estados Unidos. Europa: Alemanha, Espanha, França, Holanda e Portugal.

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Diretriz 2: Promoção e Divulgação Programa 3: Ilhabela para a imprensa Projeto 1: Assessoria de Imprensa CÓDIGO: D2,P3,PR1

Projeto 1: Assessoria de Imprensa

Descritivo: O trabalho de assessoria de imprensa visa iniciar, criar e manter relações com a imprensa seja ela online ou off-line, com o objetivo de divulgação institucional ou comercial, no caso de turismo, de destinos e produtos turísticos por meio do espaço editorial e do relacionamento com os veículos de comunicação, gerando assim mídia espontânea.

Resultados Esperados: criar relacionamento com os veículos de comunicação que gere mídia espontânea para Ilhabela, ampliar a divulgação do reposicionamento da ilha tanto para veículos do turismo como veículos genéricos.

Público – alvo: jornalistas e blogueiros veículos de comunicação do turismo ou genéricos online e off-line (nacionais e internacionais)

Mercados – alvo nacionais: São Paulo (estado e capital), Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Mercados – alvo internacionais: Argentina, Chile, Peru e Estados Unidos, Alemanha, Espanha, França, Holanda e Portugal.

Ações: 1. Elaborar Plano de Comunicação Estratégico 2. Organizar e acompanhar Blog trips (nacionais e internacionais) 3. Organizar e acompanhar Press trips (nacionais e internacionais) 4. Produzir releases para divulgação (institucional e segmentado)

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de comunicação / relações públicas para elaborar e implementar plano de Assessoria de Imprensa para os mercados-alvo nacionais e internacionais.

Órgão responsável pela execução: SECTUR

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Plano operacional projeto 1:

Ação 1: Elaborar Plano de Comunicação Estratégico

Código: D2,P3,PR1,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Gerar mídia espontânea sobre o reposicionamento de Ilhabela como destino turístico.

• Divulgar a imagem, os atrativos, equipamentos e produtos turísticos dos segmentos prioritários.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Alta Entrega: JAN 2018

Público – alvo: veículos de comunicação do turismo e genéricos (nacional e internacional)

Descritivo: O trabalho de Assessoria de Imprensa requer a elaboração de um planejamento de comunicação estratégico que irá indicar quais os veículos-alvo, quais as editorias a serem trabalhadas exemplo, gastronomia, cultura, turismo, bem estar e determinar quais informações serão enviadas para a imprensa, seja ela online o off line.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de comunicação / relações públicas para elaborar e implementar plano de comunicação estratégico para os mercados-alvo nacionais e internacionais.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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249

Ação 2: Organizar e acompanhar Blog trips (nacionais e internacionais)

Código: D2,P3,PR1,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Gerar mídia espontânea sobre o reposicionamento de Ilhabela como destino turístico.

• Divulgar a imagem, os atrativos, equipamentos e produtos turísticos dos segmentos prioritários.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Alta Ação Contínua – 2018/2019 – mediante o plano de trabalho

Início: FEV 2018

Público – alvo: Blogueiros de turismo (nacional e internacional)

Descritivo: As viagens de imprensa chamadas de Presstrip ganharam uma nova abordagem a partir da era do marketing digital, os Blogtrips como são chamadas as viagens de imprensa focadas nos blogueiros são uma ferramenta muito eficaz porque a matéria espontânea sai na hora, ao vivo a partir da experiência do blogueiro no destino. Estas viagens normalmente duram de 3 a 5 dias, o roteiro e todo acompanhamento é feito pela Secretaria de Turismo e/ou um jornalista contratado para acompanhamento. Indica-se que não se faça grupos com blogueiros, por isso as viagens são individualizadas o que proporciona a criação de um roteiro personalizado de acordo com o segmento de interesse do blogueiro.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de comunicação / relações públicas para elaborar e implementar plano de Assessoria de Imprensa para os mercados-alvo nacionais e internacionais e organizar e acompanhar os Blog e Presstrips.

• Fazer parceria com o trade local para elaborar o roteiro, incluindo hospedagem, alimentação, transfer e passeios.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 3: Organizar e acompanhar Press trips (nacionais e internacionais)

Código: D2,P3,PR1,A3

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Gerar mídia espontânea sobre o reposicionamento de Ilhabela como destino turístico.

• Divulgar a imagem, os atrativos, equipamentos e produtos turísticos dos segmentos prioritários.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Alta Ação Contínua – 2018/2019 – mediante o plano de trabalho

Início: FEV 2018

Público – alvo: Jornalistas de veículos de turismo e genéricos (nacional e internacional)

Descritivo: As viagens de imprensa chamadas de Press trips focadas nos jornalistas são uma boa ferramenta de divulgação do destino porque apresenta ao público final as experiências no destino. Estas viagens normalmente duram de 3 a 5 dias, o roteiro e todo acompanhamento é feito pela Secretaria de Turismo e/ou um jornalista contratado para acompanhamento. Indica-se que não se façam grupos com jornalistas, por isso as viagens são individualizadas o que proporciona a criação de um roteiro personalizado de acordo com o segmento de interesse do veículo.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de comunicação / relações públicas para elaborar e implementar plano de Assessoria de Imprensa para os mercados-alvo nacionais e internacionais e organizar e acompanhar os Blog e Press trips.

• Fazer parceria com o trade local para elaborar o roteiro, incluindo hospedagem, alimentação, transfer e passeios.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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251

Ação 4: Produzir releases para divulgação (institucional e segmentado)

Código: D2,P3,PR1,A4

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Gerar mídia espontânea sobre o reposicionamento de Ilhabela como destino turístico.

• Divulgar a imagem, os atrativos, equipamentos e produtos turísticos dos segmentos prioritários.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Alta Ação Contínua – 2018/2019

Início: FEV 2018

Seguir o plano de trabalho.

Público – alvo: veículos de comunicação online e off line – nacionais e internacionais

Descritivo: A produção de releases está prevista no Plano de Comunicação estratégico de Assessoria de Imprensa como uma ferramenta de divulgação do destino turístico, eles podem ser institucionais ou segmentados a partir dos segmentos prioritários e as mídias segmentadas. Para assegurar que os releases enviados para um jornalista foram recebidos e aumentar a chance de que o assunto abordado seja divulgado, o bom relacionamento entre a Assessoria de Imprensa e o veículo é de extrema importância.

Dependência de outra ação: SIM – código D2,P3,PR1,A1

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de comunicação / relações públicas ou jornalista free-lancer para produzir, divulgar e acompanhar a publicação dos releases.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Diretriz 2: Promoção e Divulgação Programa 3: Ilhabela para a imprensa Projeto 2: Portal de Atendimento à Imprensa CÓDIGO: D2,P3,PR2

Projeto 2: Portal de Atendimento à Imprensa

Descritivo: Os veículos de comunicação necessitam muitas vezes de informações rápidas sobre um destino, estatísticas, novidades e muitas vezes não querem depender do contato com a Assessoria de Imprensa. Por isso a importância de criar um portal de atendimento à imprensa, onde são publicados diariamente releases do destino, além disso conta com um banco de imagens público (com direito de uso livre) que inclui vídeos e fotos. Este portal deverá ser atualizado diariamente pela equipe de Assessoria de Imprensa.

Resultados Esperados: facilitar o acesso a informações sobre Ilhabela, fortalecer o relacionamento e a credibilidade entre veículos de comunicação e Secretaria de Turismo.

Público – alvo: imprensa nacional e internacional

Mercados – alvo nacionais: São Paulo (estado e capital), Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Mercados – alvo internacionais: Argentina, Chile, Peru e Estados Unidos, Alemanha, Espanha, França, Holanda e Portugal.

Ações: 1. Criar Portal de Atendimento à Imprensa (nacional e internacional) 2. Atualizar e gerenciar o conteúdo do portal

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de propaganda para criar e lançar o portal de atendimento à imprensa.

• Contratar agência de comunicação / relações públicas para atualizar e gerenciar o conteúdo do portal.

Órgão responsável pela execução: SECTUR

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Plano Operacional – Projeto 2:

Ação 1: Criar e implementar o Portal de Atendimento à Imprensa

Código: D2,P3,PR2,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Gerar mídia espontânea sobre o reposicionamento de Ilhabela como destino turístico.

• Divulgar a imagem, os atrativos, equipamentos e produtos turísticos dos segmentos prioritários.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Alta Lançamento: FEV/2018

Público – alvo: veículos de comunicação online e off-line – nacionais e internacionais

Descritivo: Os veículos de comunicação necessitam muitas vezes de informações rápidas sobre um destino, estatísticas, novidades e muitas vezes não querem depender do contato com a Assessoria de Imprensa. Por isso a importância de criar um portal de atendimento à imprensa, onde são publicados diariamente releases do destino, além disso conta com um banco de imagens público (com direito de uso livre) que inclui vídeos e fotos. Este portal deverá ser atualizado diariamente pela equipe de Assessoria de Imprensa. Este portal deverá ser interativo e responsivo permitindo a troca de mensagens entre jornalistas e Assessoria de Imprensa da SECTUR e o acesso de qualquer plataforma mobile.

Dependência de outra ação: SIM – código D2,P3,PR1,A1

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de propaganda para criar e lançar o portal de atendimento à imprensa.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 2: Atualizar e gerenciar o conteúdo do portal

Código: D2,P3,PR2,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Gerar mídia espontânea sobre o reposicionamento de Ilhabela como destino turístico.

• Divulgar a imagem, os atrativos, equipamentos e produtos turísticos dos segmentos prioritários.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Alta Ação Contínua 2018/2019 – mediante o plano de trabalho

Público – alvo: veículos de comunicação online e off-line e blogueiros – nacionais e internacionais

Descritivo: A produção constante de releases com a atualização de notícias é o que fará o portal ser uma fonte de consulta permanente dos jornalistas e/ou blogueiros.

Dependência de outra ação: SIM – código D2,P3,PR1,A1

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de comunicação / relações públicas para atualizar e gerenciar o conteúdo do portal.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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6.3.2.4 Diretriz 2: Promoção e Divulgação - Programa 4: Influenciadores digitais

Programa 4: Influenciadores digitais

Descritivo: Conhecidos como produtores digitais de conteúdos específicos e hipersegmentados os influenciadores e microinfluenciadores digitais tem ganhado credibilidade com o público final porque falam com propriedade de assuntos gerais ou de nicho, no caso dos microinfluenciadores. Para o turismo eles são peça fundamental no que podemos chamar de boca a boca digital, a confiabilidade destes formadores de opinião digitais se aproxima da de parentes e amigos e eles tem a possibilidade de mostrar a experiência que estão vivendo no destino real time. Seis aspectos devem ser levados em conta na hora de selecionar um influenciador ou microinfluenciador digital: engajamento que é a capacidade de gerar interações sobre o conteúdo publicado por eles; alcance que é o volume de pessoas atingidas; segmentação, que determina o quão específico é o tema abordado pelo criador; proximidade, que é o nível de envolvimento entre profissional e seu público-alvo; dispersão, que é a base de pessoas que o seguem mas não interagem e por último o investimento, que vai determinar o tipo de acordo – permuta ou espontânea.

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Divulgar o reposicionamento de Ilhabela como destino turístico.

• Divulgar a imagem, os atrativos, equipamentos e produtos turísticos dos segmentos prioritários.

• Reforçar os atributos únicos do destino a partir da experiência.

Alta Ação Contínua (2018/2019)

Prioritariamente na baixa temporada: FEV/2018 – NOV 2018

FEV/2019 – NOV 2019

Perfil do público-alvo:

• Influenciadores e microinfluenciadores digitais de turismo, bem-estar, sustentabilidade. (nacionais e internacionais)

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Diretriz 2: Promoção e Divulgação Programa 4: Influenciadores digitais Projeto 1: Quebrando Estereótipos CÓDIGO: D2,P4,PR1

Projeto 1: Quebrando estereótipos

Descritivo: O atual momento de Ilhabela como destino turístico é de se reposicionar como melhor destino de natureza do Brasil, valorizando o Parque Estadual, as trilhas, cachoeiras, atividades ao ar livre, atividades náuticas e por isso a importância de quebrar o estereótipo de que a ilha é um destino de Sol e praia e só se pode visitar no verão promovendo experiências únicas para os formadores de opinião que podem colaborar muito neste reposicionamento. Ilhabela não é um destino apenas de sol e praia, mas sim com atributos naturais e culturais únicos na região do litoral paulista, por isso a importância de ações que proporcionem a interação entre os influenciadores e microinfluenciadores digitais e o destino.

Resultados Esperados: . divulgar o resposicionamento de Ilhabela fomentando o turismo na baixa temporada, ampliar a divulgação de outros segmentos como natureza, náutico e cultura para os turistas.

Público – alvo: influenciadores e microinfluenciadores digitais (nacional e internacional)

Ações:

1. Captar, organizar, operacionalizar as viagens de familiarização.

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de propaganda para elaborar o plano de ação e negociação com influenciadores e microinfluenciadores digitais.

Órgão responsável pela execução: SECTUR

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Ação 1: Captar, Organizar e operacionalizar as viagens de familiarização

Código: D2,P4,PR1,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Promover a experiência no destino para reposicionar Ilhabela.

• Divulgar a imagem, os atrativos, equipamentos e produtos turísticos dos segmentos prioritários.

• Reforçar os atributos únicos do destino.

Alta Ação Contínua 2018/2019

Prioritariamente – baixa temporada.

Mediante plano de trabalho da agência contratada para implementar a ação.

Público – alvo: influenciadores e microinfluenciadores digitais

Descritivo: As viagens de familiarização podem auxiliar a romper estereótipos já que promovem uma experiência in loco. No caso dos influenciadores digitais estas viagens são ainda mais importantes porque ocorrerão no período de baixa temporada, época que se quer promover. As opiniões e imagens postadas por estes influenciadores podem impactar não só no desejo de conhecer Ilhabela como em qual época do ano os turistas podem ir, já que irão mostrar outros segmentos que não são Sol e Praia que induz a época do verão.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Contratar agência de propaganda para elaborar o plano de ação, negociação com influenciadores e microinfluenciadores digitais.

• Realizar parceria com o trade local para prover hospedagem, alimentação, transfers e passeios para os influenciadores digitais.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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6.3.3 Diretriz 3 - Ampliação da Oferta Turística Segmentada

A estruturação da oferta turística segmentada pressupõe o desenvolvimento e a promoção de produtos criados a partir do levantamento das necessidades e expectativas do público que se quer atingir e da avaliação técnica da oferta turística existente, entendendo-se, portanto, que os produtos serão diferentes entre eles e apresentarão capacidade de atração desigual. No caso de Ilhabela fez-se, durante o diagnóstico, um exercício de priorização dos segmentos da oferta considerando as definições do PGT 2015 e estabeleceu-se uma revisão para adequação às diretrizes da Visão 2020 e ao posicionamento desejado. Chegou-se, então aos segmentos prioritários da oferta, a saber:

TURISMO DE NATUREZA

TURISMO NÁUTICO TURISMO DE EVENTOS

Fonte: GKS Negócios Sustentáveis Embora em muitos casos o turismo cultural seja tratado como um segmento prioritário, entende-se que em Ilhabela as festas populares, a gastronomia, o patrimônio histórico e a vivência nas comunidades tradicionais, atividades que caracterizam esse segmento, são complementares e transversais a todos os outros segmentos priorizados, optando-se, portanto em não trabalhar o segmento “Turismo Cultural” como um segmento separado, a cultura permeará todas as ações e produtos segmentados.

A seleção dos segmentos permite um ordenamento das possibilidades de produtos e suas respectivas atividades, conforme modelo a seguir. Essa forma de organização resulta em uma grade de produtos a serem desenvolvidos em diferentes momentos e é um instrumento fundamental para orientar o trabalho da promoção.

TURISMO DE NATUREZA

TURISMO NÁUTICO

TURISMO DE EVENTOS

Observação de Fauna

Esportes Náuticos (Vela, SUP, canoa haviana etc)

Eventos Temáticos

Observação de Flora

Passeios de barco Reuniões

Interpretação da Natureza

Competições Esportivas Treinamentos

Atividades ao ar livre (trekking, cicloturismo

etc)

Pesca Esportiva Incentivos

Educação Ambiental Mergulho Visitas Técnicas

Escolas de Natureza Cruzeiros Casamentos

Fonte: GKS Negócios Sustentáveis

Quadro 8: Segmentos priorizados – oficina de produto

Quadro 9: Grade de produtos recomendados para Ilhabela

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Importante ressaltar que os produtos de Ilhabela precisam ser estruturados periodicamente possibilitando assim a ampliação da oferta turística. Atualmente, se encontra em processo de estruturação dois produtos que foram criados a partir das reuniões de trabalho ocorridas em virtude do aditamento do contrato, a descrição destes produtos encontra-se no Anexo 1 deste documento.

Isto posto, a Diretriz - Ampliação da Oferta Turística Segmentada contempla os seguintes programas que serão detalhados nas fichas a seguir:

• Programa 1: Experiências

• Programa 2: Promoção Segmentada

A seguir serão apresentadas fichas dos programas, projetos e ações estratégicas sugeridas para cumprir com os resultados esperados. Para cada diretriz, programa, projetos e ações foram criados códigos que irão possibilitar o acesso mais fácil para consulta.

6.3.3.1 Diretriz 3 – Programa 1: Experiências

Programa 1: Experiências

Descritivo: Identificou-se durante todo o processo de elaboração do Plano de Marketing de Ilhabela que a concentração do fluxo em determinadas épocas do ano (alta temporada) tem trazido inúmeros problemas para o destino. Para se incentivar o fluxo turístico na baixa temporada é necessária a criação de produtos que estimulem a escolha de Ilhabela como destino nos períodos de março a junho e agosto a novembro. O ideal é que 2 novos produtos sejam desenvolvidos a cada ano pensando que o lançamento deve ocorrer no final da alta temporada servindo, então, como estimulo para que o turista retorne na baixa.

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Estruturar e promover produtos nos segmentos Natureza, Náutico e Eventos.

Alta Ação contínua 2018/2019

Lançamento de pelo menos dois produtos novos a cada ano.

Perfil do público-alvo:

• Turistas: Homens, mulheres; solteiros, casados sem filhos, acima de 30 anos; classes sociais: A,B,C; ensino superior completo.

Mercados – alvo:

• Nacionais: Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.

• Internacionais: Américas - Argentina, Chile, Peru e Estados Unidos. Europa: Alemanha, Espanha, França, Holanda e Portugal.

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Diretriz 3: Ampliação da Oferta Turística Segmentada Programa 1: Experiências Projeto 1: Turismo de Natureza CÓDIGO: D3,P1,PR1

Projeto 1: Experiências: Turismo de Natureza

Descritivo: Estruturar e promover produtos voltados para a pratica de atividades ao ar livre, relacionadas ao meio natural, tais como observação de fauna e flora, interpretação de natureza, trekking, ciclo turismo e educação ambiental.

Resultados Esperados: Atração de turistas qualificados nos meses de baixa temporada, gerando oportunidades de negócio no destino, sem sobrecarregar a infraestrutura existente.

Público – alvo: turistas

Ações: 1. Levantar necessidades da demanda de turismo de natureza. 2. Atualizar Inventario Turístico para identificação de oferta adequada a demanda. 3. Formatar e lançar produtos de turismo de natureza.

Tarefas chave para implementação:

• Realizar pesquisas de mercado para identificação de necessidades e perfis de consumo de turismo de natureza

• Coordenação de oficinas de trabalho com o trade local para estruturação e precificação de produtos.

• Contratação de consultoria para dar suporte a estruturação de produtos.

Órgão responsável pela execução: SECTUR

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Plano operacional projeto 1:

Ação 1: Levantar necessidades da demanda de turismo de natureza

Código: D3,P1,PR1,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Identificar necessidades, expectativas e comportamento de consumo do turista de natureza.

Alta Duração: 2 meses (estruturação da pesquisa, aplicação e disponibilização do dados)

Período sugerido: ABR/MAI ou SET/OUT

Realizar pesquisa anual (no mesmo período)

Público – alvo: turistas

Descritivo: Levantamento de necessidades, expectativas e comportamento de consumo de turistas de natureza, a partir de entrevistas individuais e discussões coletivas (focus group) nos mercados prioritários identificados pelo PMTI.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Contratação de consultoria especializada para realizar pesquisa de demanda.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 2: Atualizar Inventario Turístico para identificação de oferta adequada a demanda

Código: D3,P1,PR1,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Identificar atrativos e serviços turísticos que atendam às necessidades e expectativas dos turistas de natureza.

Alta Duração: 30 dias a partir da data de finalização da pesquisa junto aos turistas . (ver código: D3,P1,PR1,A1)

Público – alvo: turistas

Descritivo: Para criar produtos que atendam à necessidade de uma demanda segmentada é necessário que a escolha dos elementos que irão compor esse produto seja feita com o máximo de informações possibilitando que o planejamento do que será ofertado ao mercado seja estrategicamente estruturado. Assim, o levantamento de informações turísticas e complementares é fundamental para a construção desse modelo e o inventário apresenta-se como a ferramenta básica desse processo. O inventário consiste em levantar, identificar, registrar e divulgar os atrativos, serviços e equipamentos turísticos, as estruturas de apoio ao turismo, as instâncias de gestão e outras condições gerais que viabilizam a atividade turística, como base de informações para que se planeje e gerencie adequadamente o processo de desenvolvimento.

Dependência de outra ação: SIM - Código: D3,P1,PR1,A1

Tarefas chave para implementação:

• Levantamento, armazenamento e atualização de informações relacionadas aos atrativos turísticos naturais e culturais, hotéis, restaurantes, agências de receptivo relacionados ao turismo de natureza.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 3: Formatar e lançar produtos de turismo de natureza

Código: D3,P1,PR1,A3

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Ampliar a oferta de turismo de natureza.

• Diminuir a sazonalidade incentivando o turismo na baixa temporada

Alta Duração: 60 dias a partir da data de finalização da etapa de inventário.

(ver código: D3,P1,PR1,A2)

Público – alvo: turistas

Descritivo: Os produtos turísticos, de modo geral, são definidos com base na oferta e em sua relação com a demanda que tem expectativas e necessidades específicas. São o resultado de uma combinação de bens e serviços disponíveis ao consumo do turista e, apesar de compor um todo, podem ser adquiridos na sua totalidade ou de forma parcial por parte do turista. Isto posto, percebe-se que embora o poder público possa fornecer as informações básicas para a formatação de produtos é o trade local que deverá estruturá-los e precifica-los.

Dependência de outra ação: SIM - Código: D3,P1,PR1,A1 e A2

Tarefas chave para implementação:

• Contratar consultoria especializada para dar suporte a estruturação de produtos.

• Promover a articulação com o trade local.

Órgãos responsáveis pela ação: SECTUR e TRADE LOCAL

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Diretriz 3: Ampliação da Oferta Turística Segmentada Programa 1: Experiências Projeto 2: Turismo Náutico CÓDIGO: D3,P1,PR2

Projeto 2: Experiências: Turismo Náutico

Descritivo: Estruturar e promover produtos voltados para a pratica de esportes náuticos, passeios de barco, competições esportivas, mergulho e pesca esportiva.

Resultados Esperados: Atração de turistas qualificados nos meses de baixa temporada, gerando oportunidades de negócio no destino, sem sobrecarregar a infraestrutura existente.

Público – alvo: turistas

Ações: 1. Levantar necessidades da demanda de turismo náutico. 2. Atualizar Inventario Turístico para identificação de oferta adequada à demanda. 3. Formatar e lançar produto de turismo náutico.

Tarefas chave para implementação:

• Realizar pesquisas de mercado para identificação de necessidades e perfis de consumo de turismo náutico.

• Coordenação de oficinas de trabalho com o trade local para estruturação e precificação de produtos.

• Contratação de consultoria para dar suporte a estruturação de produtos.

Órgão responsável pela execução: SECTUR

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Plano operacional projeto 2:

Ação 1: Levantar necessidades da demanda de turismo náutico

Código: D3,P1,PR2,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Identificar necessidades, expectativas e comportamento de consumo do turista náutico

Alta Duração: 2 meses (estruturação da pesquisa, aplicação e disponibilização do dados)

Período sugerido: ABR/MAI ou SET/OUT

Realizar pesquisa anual (no mesmo período)

Público – alvo: turistas

Descritivo: Levantamento de necessidades, expectativas e comportamento de consumo de turistas de natureza, a partir de entrevistas individuais e discussões coletivas (focus group) nos mercados prioritários identificados pelo PMTI.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Contratação de consultoria especializada para realizar pesquisa de demanda.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 2: Atualizar Inventario Turístico para identificação de oferta adequada a demanda – turismo náutico

Código: D3,P1,PR2,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Identificar atrativos e serviços turísticos que atendam às necessidades e expectativas dos turistas náuticos

Alta Duração: 30 dias a partir da data de finalização da pesquisa junto aos turistas . (ver código: D3,P1,PR2,A1)

Público – alvo: turistas

Descritivo: Para criar produtos que atendam à necessidade de uma demanda segmentada é necessário que a escolha dos elementos que irão compor esse produto seja feita com o máximo de informações possibilitando que o planejamento do que será ofertado ao mercado seja estrategicamente estruturado. Assim, o levantamento de informações turísticas e complementares é fundamental para a construção desse modelo e o inventário apresenta-se como a ferramenta básica desse processo. O inventário consiste em levantar, identificar, registrar e divulgar os atrativos, serviços e equipamentos turísticos, as estruturas de apoio ao turismo, as instâncias de gestão e outras condições gerais que viabilizam a atividade turística, como base de informações para que se planeje e gerencie adequadamente o processo de desenvolvimento.

Dependência de outra ação: SIM - Código: D3,P1,PR2,A1

Tarefas chave para implementação:

• Levantamento, armazenamento e atualização de informações relacionadas aos atrativos turísticos naturais e culturais, hotéis, restaurantes, agências de receptivo relacionados ao turismo náutico.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 3: Formatar e lançar produtos de turismo náutico

Código: D3,P1,PR2,A3

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Oferecer aos turistas que gostam do contato com a natureza diferentes opções de consumo turístico.

• Diminuir a sazonalidade incentivando o turismo na baixa temporada

Alta Duração: 60 dias a partir da data de finalização da etapa de inventário.

(ver código: D3,P1,PR2,A2)

Público – alvo: turistas

Descritivo: Os produtos turísticos, de modo geral, são definidos com base na oferta e em sua relação com a demanda que tem expectativas e necessidades específicas. São o resultado de uma combinação de bens e serviços disponíveis ao consumo do turista e, apesar de compor um todo, podem ser adquiridos na sua totalidade ou de forma parcial por parte do turista. Isto posto, percebe-se que embora o poder público possa fornecer as informações básicas para a formatação de produtos é o trade local que deverá estruturá-los e precifica-los.

Dependência de outra ação: SIM - Código: D3,P1,PR2,A1 e A2

Tarefas chave para implementação:

• Contratar consultoria especializada para dar suporte a estruturação de produtos.

• Promover a articulação com o trade local.

Órgãos responsáveis pela ação: SECTUR e TRADE LOCAL

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Diretriz 3: Oferta Turística Segmentada Programa 1: Experiências Projeto 3: Turismo de eventos CÓDIGO: D3,P1,PR3

Projeto 3: Experiências: Turismo de Eventos

Descritivo: Promover eventos temáticos e prospectar empresas que queira utilizar Ilhabela como locais de reuniões, treinamentos e incentivo.

Resultados Esperados: Atração de turistas qualificados nos meses de baixa temporada, gerando oportunidades de negócio no destino, sem sobrecarregar a infraestrutura existente.

Público – alvo: turistas

Ações: 1. Levantar necessidades da demanda de eventos temáticos. 2. Prospectar empresas e entidades nos mercados alvo definidos pelo PMTI 3. Elaborar roteiros segmentados para atendimento das visitas técnicas.

Tarefas chave para implementação:

• Realizar pesquisas de mercado para identificação de necessidades e perfis de consumo de turismo de eventos.

• Montar um banco de dados de eventos corporativos a serem prospectados.

• Coordenação de oficinas de trabalho com o trade local para estruturação de roteiros que atendam as demandas das visitas técnicas.

Órgão responsável pela execução: SECTUR

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Plano operacional projeto 3:

Ação 1: Levantar necessidades da demanda de eventos temáticos

Código: D3,P1,PR3,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Identificar necessidades, expectativas e turistas que queiram participar de eventos temáticos em Ilhabela.

Média Alta Duração: 2 meses (estruturação da pesquisa, aplicação e disponibilização do dados)

Público – alvo: turistas

Descritivo: Levantamento de necessidades, expectativas e comportamento de consumo de turistas que queiram participar de eventos em Ilhabela, a partir de entrevistas individuais e discussões coletivas (focus group) nos mercados prioritários identificados pelo PMTI. Estes eventos seriam temáticos, como natureza, cultural ou náutico, priorizando a realização nos meses de baixa temporada.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Contratação de consultoria especializada em realizar pesquisa de demanda.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Ação 2: Prospectar empresas e entidades nos mercados alvo definidos pelo PMTI

Código: D3,P1,PR3,A2

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Captar eventos temáticos e corporativos/incentivos.

• Reduzir a sazonalidade a partir da realização de eventos.

Média alta Ação contínua. (2018/2019)

Público – alvo: turistas

Descritivo: Muitas empresas oferecem viagens e programas turísticos a seus colaboradores, fornecedores, parceiros ou clientes como prêmio por cumprimento de metas ou por algum desempenho de destaque. Em vez de oferecer uma premiação em dinheiro, as empresas brindam seu público interno ou externo com uma memorável experiência de viagem, o que tem se revelado uma relevante ferramenta para motivar e fortalecer os laços entre as partes. Para os destinos, é uma excelente possibilidade de aumentar o fluxo turístico na baixa temporada. Outro tipo de evento que pode ser captado são eventos corporativos, convenções e conferências, de pequeno e médio portes respeitando a estrutura atual da ilha.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Realização de inventário da estrutura que a ilha tem para receber eventos de incentivos e corporativos.

• Levantamento, armazenamento e atualização de informações relacionadas às empresas e entidades que realizam eventos e viagens de incentivo.

• Reuniões com os decisores de viagens para apresentação de Ilhabela como destino.

• Designar uma pessoa responsável na SECTUR para dar encaminhamento a este programa.

Órgãos responsáveis pela ação: SECTUR e Ilhabela Convention & Visitors Bureaux

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Ação 3: Elaborar roteiros segmentados para atendimento das visitas técnicas

Código: D3,P1,PR3,A3

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Preparar roteiros tematizados para atender a demanda por visitas técnicas em áreas naturais e culturais.

• Diminuir a sazonalidade incentivando o turismo na baixa temporada.

Média alta Duração: 60 dias

Público – alvo: empresas e organizadores de eventos

Descritivo: Para criar produtos que atendam à necessidade de uma demanda segmentada é necessário que a escolha dos elementos que irão compor esse produto seja feita com o máximo de informações possibilitando que o planejamento do que será ofertado ao mercado seja estrategicamente estruturado. Assim, as visitas técnicas dos profissionais de eventos aos atrativos e equipamentos realizadas previamente a realização do evento é muito importante para alinhamento das expectativas.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Atualizar o Inventario Turístico para identificação de oferta adequada ao público alvo.

• Articular com o empresariado local a realização das visitas técnicas.

• Designar uma pessoa na SECTUR responsável pela organização e acompanhamento das visitas técnicas ou no Ilhabela C&VB.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR e Trade local

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6.3.3.2 Diretriz 3 - Programa 2: Promoção Segmentada

Programa 2: Promoção Segmentada

Descritivo: As tendências do mercado turístico, de maneira geral, vêm se modificando de forma acelerada, daí a importância da realização da promoção de forma contínua e inovadora. No que diz respeito à escolha do destino a ser visitado, o percentual de turistas que busca informações, compara preços e destinos e concretiza sua compra pela internet aumenta consideravelmente a cada ano. Em busca de experiências únicas, o turista hoje espera ver sua necessidade atendida pela segmentação. A proposta deste programa é a promoção e divulgação dos segmentos prioritários apresentados anteriormente em campanhas segmentadas e exclusivas em canais digitais.

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Divulgar a oferta turística de Ilhabela de maneira segmentada.

• Atingir públicos diferenciados para reduzir a sazonalidade da baixa temporada.

Média Alta Ação Contínua baseada no plano de trabalho de lançamento de novos produtos segmentados. (2018/2019)

Perfil do público-alvo:

• Turistas segmento de natureza: Homens, mulheres; solteiros, casados sem filhos, acima de 30 anos; classes sociais: A,B,C; ensino superior completo.

• Turistas segmento náutico: Homens, mulheres; solteiros, casados com ou sem filhos, acima de 30 anos; classes sociais: A,B,C; ensino superior completo.

• Turistas segmento de eventos temáticos: mediante tipo de evento.

Mercados – alvo:

• Nacionais: Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.

• Internacionais: Américas - Argentina, Chile, Peru e Estados Unidos. Europa: Alemanha, Espanha, França, Holanda e Portugal.

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Diretriz 3: Ampliação da Oferta Turística Segmentada Programa 2: Promoção Segmentada Projeto 1: Campanhas Digitais Segmentadas CÓDIGO: D3,P2,PR1

Projeto 1: Campanhas Digitais Segmentadas

Descritivo: De acordo com dados da pesquisa de hábitos de consumo do turista brasileiro realizada pelo Ministério do Turismo em julho de 2009, a internet corresponde a 39,1% do percentual total referente às fontes de informação sobre viagens dos turistas atuais no Brasil. Esse percentual só é menor que a busca de informações advindas de parentes e amigos, que corresponde a 41,5% do total. Esse dado demonstra a relevância da internet para divulgação do destino, como condição preponderante para a existência e/ou permanência do destino no imaginário do cliente como possibilidade de compra e viagens. Pensar uma campanha digital direcionada para os diferentes tipos de turistas que se quer promover e definir o mercado alvo de cada campanha é o maior desafio para que esse projeto traga os resultados esperados.

Resultados Esperados: Promoção do reposicionamento do destino Ilhabela baseado na segmentação e nos diferentes produtos estruturados para mercados específicos gerando aumento de fluxo nos meses de baixa temporada.

Público – alvo: Turistas e trade nacional e internacional.

Ações: 1. Elaborar e implementar plano de campanha digital segmentada.

Tarefas chave para implementação:

• Contratar Agência de propaganda especializada para elaboração e implementação das campanhas.

Órgão responsável pela execução: SECTUR

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Plano operacional projeto 1:

Ação 1: Elaborar e implementar plano de campanha digital segmentada

Código: D3,P1,PR1,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Reduzir a sazonalidade a partir do fomento à promoção segmentada.

Média alta Ação contínua 2018/2019 – mediante o plano de trabalho e lançamento de novos produtos.

Público – alvo: turistas e Trade nacional e internacional.

Descritivo: A internet é ferramenta básica de informação para o turista. Portanto, é importante estar sempre gerando conteúdo novo e despertando a vontade do turista em visitar o local. Por meio das campanhas digitais segmentadas é possível alcançar um público cada vez mais selecionado de acordo com o foco da campanha, o que a torna muito eficaz com baixo custo. Um dos nichos que merece destaque em relação a promoção segmentada é o de casamentos porque está em amplo crescimento e já tem produtos estruturados, ocorrendo principalmente na baixa temporada.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Contratação de Agência de propaganda especializada em Marketing digital para desenvolvimento e implementação das campanhas segmentadas.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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Diretriz 3: Ampliação da Oferta Turística Segmentada Programa 2: Promoção Segmentada Projeto 2: Participação em eventos de segmentos específicos CÓDIGO: D3,P2,PR2

Projeto 2: Participação em eventos de segmentos específicos

Descritivo: Os eventos de turismo segmentadas são ferramentas que atraem os intermediários responsáveis, pela promoção, venda e distribuição de serviços aos turistas. Estar presente nos principais eventos ajuda a promover e ver produtos, encontrar profissionais estratégicos para o destino, ver o que os concorrentes estão fazendo, sentir o mercado como um todo e conhecer as tendências dos segmentos.

Resultados Esperados: reforçar o reposicionamento de Ilhabela como destino de natureza.

Público – alvo: turistas, trade nacional e internacional, imprensa

Ações: 1. Elaborar calendário e estratégia para a participação em eventos segmentados

Tarefas chave para implementação:

• Pesquisar eventos e perfil de público participante de cada segmento prioritário.

• Organizar e operacionalizar a participação de Ilhabela nos eventos selecionados.

Órgão responsável pela execução: SECTUR

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Plano operacional projeto 2:

Ação 1: Elaborar estratégia para a participação em eventos segmentados

Código: D3,P2,PR2,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Promover os segmentos prioritários.

• Reduzir a sazonalidade.

Média alta Ação Contínua (2018/2019) – mediante agenda de eventos

Público – alvo: trade nacional e internacional, turistas

Descritivo: Planejar a agenda de eventos é uma tarefa importante já que as ações de apoio à comercialização podem contribuir para reposicionar Ilhabela como destino turístico. Os eventos de turismo generalistas já foram mapeados anteriormente, a proposta deste projeto é participar em eventos segmentados com foco nos segmentos prioritários pré-definidos: natureza e náutico.

Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Elaborar plano de eventos segmentados.

• Organizar e operacionalizar a participação nos eventos selecionados.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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6.3.4 Diretriz 4: Monitoramento e avaliação de resultados

As estratégias, diretrizes e programas são importantes para a elaboração do Plano de Marketing Estratégico de um destino turístico, mas medir e acompanhar a eficácia das ações possibilitando assim uma mudança de rumo caso seja necessário se torna ainda mais relevante no processo.

Para isso estabelecem-se indicadores, que segundo a OECD (1993) “são parâmetros, ou valores derivados de parâmetros que apontam ou fornecem informações sobre o estado de um fenômeno”. Neste caso, a função principal dos indicadores propostos será de monitorar e avaliar as condições e tendências em relação à metas e aos objetivos.

Lembrando que os objetivos do PMTI são: fortalecer a imagem, reposicionar o destino Ilhabela, criar a marca turística, reduzir a sazonalidade e diversificar e ampliar a oferta turística é recomendado que se pensem indicadores tanto quantitativos como qualitativos, dependendo do projeto em implantação.

As campanhas digitais possuem formas de monitoramento diferenciadas, por isso é importante que a empresa que irá implementar este Plano de Marketing Estratégico apresente para cada campanha os indicadores e o ROI.

O quadro abaixo apresenta uma sugestão de indicadores gerais que, a partir da Criação do Observatório de Turismo de Ilhabela, poderão ser complementados.

Objetivo Indicador Tipo de indicador

Fortalecer a imagem do destino e reposicionamento

• Pesquisas de imagem com a demanda na alta e baixa temporada

• Pesquisas de imagem com a comunidade e stakeholders

• Pesquisa de imagem com imprensa e formadores de opinião

Qualitativo

Redução da sazonalidade • Fluxo de turistas anual (alta e baixa temporada): pesquisa de demanda turística com perfil demográfico, gasto médio por turista, tempo de permanência, taxa de ocupação dos meios de hospedagem, motivação de viagem.

Quantitativo

Diversificação e Ampliação de Oferta Turística

• Quantidade de produtos estruturados antes do plano x quantidade de produtos estruturados (6 meses e 1 ano após a implantação do plano).

• Volume de turistas atendidos por produto turístico e gasto médio por turista com compra de produto.

Quantitativo

Fonte: GKS Negócios Sustentáveis

Quadro 10: Indicadores sugeridos

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A geração, analise e divulgação de dados é um trabalho complexo que demanda o envolvimento de profissionais qualificados e capazes de transformar as informações coletadas em instrumentos de aperfeiçoamento das ações em curso. Sendo assim, a Diretriz Monitoramento e Avaliação de resultados contempla um único programa, de caráter estratégico, que será detalhado nas fichas a seguir:

Programa 1: Observatório de Turismo

Descritivo: Entende-se como “observatórios de turismo” os núcleos ou organismos técnicos de pesquisa e inteligência aplicadas ao turismo, baseados na construção coletiva do conhecimento, na sustentabilidade e no uso de tecnologias de informação e de comunicação pública que apoiam e fortalecem a gestão, o desenvolvimento de capacidades, a diversificação e a qualificação da oferta sob a ótica dos segmentos prioritários/vocacionados do destino turístico.

Sua concepção metodológica baseia-se na determinação de missão, visão e dos objetivos específicos de monitoramento, valendo-se tanto da coleta e organização de dados e informações (virtuais ou in loco, direta e indireta), quanto da produção do conhecimento analítico dos impactos sociais, econômicos, culturais e ambientais dos eventos, do fluxo turístico e, também, sobre as leituras e interpretações técnicas de cenários e tendências nacionais e internacionais do turismo que impactam no desenvolvimento do destino.

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Criar estrutura e mobilizar equipe para operar o observatório.

• Levantar, sistematizar, analisar e divulgar informações e dados sobre o turismo em Ilhabela.

Alta Ação Contínua (2018/2019)

Perfil do público-alvo: Gestores públicos, Empresários e empreendedores e Pesquisadores

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Plano Operacional:

Ação 1: Implementar o Observatório de Turismo

Código: D4,P1,A1

Objetivos Prioridade Cronograma Sugerido

• Trocar e comparar informações relacionadas à sustentabilidade do turismo adotando desde indicadores básicos ou criando indicadores próprios e adaptados à realidade turística local.

• Construir bases de dados para a gestão estratégica da informação, inovação e comunicação do turismo.

• Promover uma rede de inteligência para a produção de estudos e intercâmbios técnico-científicos para a certificação de serviços e equipamentos turísticos.

• Realizar pesquisas periódicas sobre o turismo (fluxo, qualidade, etc) e específicas para fins especiais, como medição de resultados do Plano de Marketing.

Alta INICIO: FEV 2018

Público – alvo: Gestores públicos, empresários e empreendedores, pesquisadores e estudantes, e todas as pessoas interessadas nos dados sobre o turismo em Ilhabela

Descritivo:

Os estudos sistematizados e ordenados de dados e informações turísticas facilita os processos comunicativos e esforços promocionais do destino, na medida em que subsidia a construção de conteúdos qualificados que, consequentemente, facilitam tanto a diversificação de produtos e serviços turísticos, quanto impacta diretamente nas motivações para a escolha do destino. Neste sentido, mais do que coletar e sistematizar dados, o Observatório de Ilhabela fundamenta-se na capacidade técnica da equipe para a interpretação dos dados e organização de relatórios que ajudem na gestão e no uso das informações para a potencialização do turismo em Ilhabela.

Não menos importante, a forma de comunicar, os canais de comunicação utilizados e o monitoramento das movimentações dos turistas na localidade, além do conhecimento do seu perfil de consumo e preferências pessoais faz com que os investimentos sejam mais eficientes.

Assim, a importância de se ter um observatório de turismo bem estruturado perpassa a implementação de pesquisa para criar uma rede de inteligência para o turismo.

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Dependência de outra ação: NÃO

Tarefas chave para implementação:

• Contratar empresa/ instituição com know-how para criar o marco conceitual e implementar o observatório.

• Treinar equipe técnica.

• Realizar pesquisas de demanda e de oferta periodicamente, principalmente nos períodos de baixa e alta temporadas.

• Criar indicadores de monitoramento para as ações implementadas do Plano de Marketing Estratégico.

Órgão responsável pela contratação: SECTUR

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7. Resumo do Plano de Marketing Turístico Estratégico de Ilhabela

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DIRETRIZ x AÇÕESDiretriz 1: Imagem e Posicionamento

Programa 1: Reposicionamento de Imagem Institucional

Projeto 1: Marca Turística 4

Projeto 2: Campanha de Promoção e Divulgação Institucional 7

Programa 1: Reposicionamento de Imagem Institucional Total 11

Programa 2: Alianças Estratégicas Internas

Projeto 1: Aliança com o Trade e COMTUR 2

Projeto 2: Aliança com Secretarias da Prefeitura 3

Projeto 3: Aliança estratégica para Captação de Eventos (IC&VB) 3

Projeto 4: Endomarketing SECTUR 1

Programa 2: Alianças Estratégicas Internas Total 9

Programa 3: Alianças Estratégicas Externas

Projeto 1: Consórcio Circuito Litoral Norte 5

Projeto 2: São Paulo Convention & Visitors Bureaux 3

Programa 3: Alianças Estratégicas Externas Total 8

Programa 4: Inclusão da Comunidade local na atividade turística

Projeto 1: Ilhabela é MINHA ilha 3

Programa 4: Inclusão da Comunidade local na atividade turística Total 3

Diretriz 1: Imagem e Posicionamento Total 31

Diretriz 2: Promoção e Divulgação

Programa 1: Ilhabela para o turista

Projeto 1: Marketing Digital 4

Projeto 2: Projetos Especiais 3

Programa 1: Ilhabela para o turista Total 7

Programa 2: Ilhabela para o trade

Projeto 1: Foco no Receptivo 2

Projeto 2: Foco nos emissores nacionais 6

Projeto 3: Internacionalização 5

Programa 2: Ilhabela para o trade Total 13

Programa 3: Ilhabela para a imprensa

Projeto 1: Assessoria de imprensa (nacional e internacional) 4

Projeto 2: Portal Atendimento à Imprensa 2

Programa 3: Ilhabela para a imprensa Total 6

Programa 4: Ilhabela para influenciadores digitais

Projeto 1: Quebrando esteriótipos 1

Programa 4: Ilhabela para influenciadores digitais Total 1

Diretriz 2: Promoção e Divulgação Total 27

Diretriz 3: Ampliar Oferta Turística Segmentada

Programa 1: Experiências

Projeto 1: Experiências - Turismo de Natureza 3

Projeto 2: Experiências - Turismo Náutico 3

Projeto 3: Experiências - Turismo de Eventos 3

Programa 1: Experiências Total 9

Programa 2: Promoção segmentada

Projeto 1: Campanhas Digitais Segmentadas 1

Projeto 2: Participação em eventos de segmentos específicos 1

Programa 2: Promoção segmentada Total 2

Diretriz 3: Ampliar Oferta Turística Segmentada Total 11

Diretriz 4: Monitorar e Avaliar os Resultados

Programa 1: Observatório de Turismo de Ilhabela

Projeto 1: Observatório de Turismo de Ilhabela 5

Programa 1: Observatório de Turismo de Ilhabela Total 5

Diretriz 4: Monitorar e Avaliar os Resultados Total 5

Total Geral 74

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7.1 Prioridade dos projetos

Projeto

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Projeto 1: Marca Turística 10 p

Projeto 1: Ilhabela é MINHA ilha 10 p

Projeto 2: Campanha de Promoção e Divulgação Institucional 10 p

Projeto 1: Marketing Digital 10 p

Projeto 1: Observatório de Turismo de Ilhabela 10 p

Projeto 1: Quebrando estereótipos 9,333333 p

Projeto 1: Aliança com o Trade e COMTUR 9,333333 p

Projeto 1: Foco no Receptivo 8,666667 p

Projeto 1: Assessoria de imprensa (nacional e internacional) 8,666667 p

Projeto 2: Aliança com Secretarias da Prefeitura 8,67 r

Projeto 2: Foco nos emissores nacionais 8,666667 r

Projeto 2: Portal Atendimento à Imprensa 8,666667 r

Projeto 1: Campanhas Digitais Segmentadas 8,666667 r

Projeto 4: Endomarketing SECTUR 7,33 r

Projeto 3: Internacionalização 7,333333 u

Projeto 3: Aliança estratégica para Captação de Eventos 7,333333 u

Projeto 1: Consórcio Circuito Litoral Norte 6,666667 u

Projeto 2: Projetos Especiais 7,333333 u

Projeto 2: Destino Associado - São Paulo C&VB 6,666667 u

Projeto 1: Experiências - Turismo de Natureza 6,666667 u

Projeto 2: Experiências - Turismo Náutico 6,666667 u

Projeto 2: Participação em eventos de segmentos específicos 6,666667 u

Projeto 3: Experiências - Turismo de Eventos 6,666667 u

LEGENDA: p ALTA r MÉDIA ALTA u MÉDIA

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8. Considerações finais

Durante o processo de elaboração do Plano de Marketing Turístico Estratégico de Ilhabela identificou-se que:

• Não existia uma marca turística, que é de extrema importância para reforçar a identidade do destino e seus atributos tanto naturais como culturais.

• A diversidade da oferta turística não foi promovida, nem pelo setor público tão pouco pelo setor privado que promoveu e divulgou nos últimos anos somente o segmento sol e praia o que impactou consideravelmente na sazonalidade do destino, já que sol e praia está disponível no imaginário dos turistas apenas durante o verão (novembro a fevereiro).

• Era necessário um alinhamento entre setor público, setor privado e comunidade para validar um posicionamento e visão de futuro definidos no Plano Gestor de Turismo elaborado em 2015.

• Não existiam produtos turísticos estruturados que pudessem ser comercializados e, principalmente, divulgados pelo plano de marketing.

• Dois temas sensíveis precisavam de uma ação de informação emergencial para minimizar os impactos negativos principalmente para a demanda potencial, são eles: balsa e borrachudos.

• A formalização do Consórcio do Circuito Litoral Norte trará a necessidade de Ilhabela se posicionar em relação a sua imagem e definir qual será seu diferencial como destino turístico perante os outros municípios que fazem parte do consórcio, que inclusive são os concorrentes diretos da ilha.

• Muitas oportunidades e parcerias com setor público e privado não estavam sendo aproveitadas para posicionar a imagem do destino, qualificar o trade local ou até mesmo divulgar outros segmentos.

Após o levantamento de informações e pesquisas com a demanda (real e potencial), setor público, setor privado e comunidade durante o mês de julho/agosto 2017 sabe-se que:

1) A avaliação dos visitantes de Ilhabela sobre o destino é positiva, existe uma

admiração pela ilha que faz com que os turistas sejam fidelizados e recomendem aos amigos e parentes; trabalhar este público já fiel é de extrema importância, principalmente porque a propaganda “boca a boca” é a forma de promoção mais eficaz do destino atualmente.

2) A principal motivação dos turistas de lazer que optam pelo destino de Ilhabela é a busca pelo bem-estar. E, apesar da primeira palavra lembrada a respeito de Ilhabela ser “praia”, as belezas naturais associadas a mata, trilhas e outros ambientes não praianos da ilha são o primeiro ponto positivo que se mencionou. Por isso é importante que tanto o poder público como os empresários do turismo não promovam apenas o segmento Sol e Praia tanto na alta como na baixa temporada, pois isso impede tanto o conhecimento como o desenvolvimento de outros segmentos potenciais, como o ecoturismo e os atrativos culturais que podem auxiliar na diminuição da sazonalidade.

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3) Apesar da propaganda “boca a boca” ser a principal ferramenta espontânea de comunicação e, por isso, possa contribuir para a redução das consultas a sites no pré-viagem, as redes sociais possuem um papel importante na construção da imagem do destino. As redes mais acessadas pelos turistas da demanda real e potencial quando viajam são Facebook e Instagram, e os aplicativos/sites mais acessados no pré viagem para acesso a informações do destino foram Tripadvisor e Booking.

4) Identificou-se uma demanda potencial interessante que por desconhecimento ou por falta de oportunidade não vai à ilha. Eles também viajam em meses onde na ilha é baixa temporada e uma época muito propícia para conhecer os atributos naturais vinculados ao ecoturismo e cultura do destino devido a temperatura média e índice pluviométrico baixo.

5) A riqueza cultural indica que é necessária uma atuação conjunta da SECTUR e da SECULT de Ilhabela para a criação e promoção de roteiros turísticos culturais possibilitando assim, o desenvolvimento sustentável do pilar sócio-cultural a partir do fomento à cultura caiçara, suas lendas e histórias em alinhamento com a missão apresentada no PGT 2015.

6) Parcerias com entidades públicas e privadas necessitam ser reforçadas para ampliar a divulgação do destino.

Isto posto, considerando o envolvimento de toda a cadeia produtiva do turismo local e a comunidade para atingir os objetivos do plano a curto e médio prazos, foram elaboradas estratégias fundamentais que contemplam: 4 (quatro) diretrizes, 11 (onze) programas, 23 (vinte e três) projetos e 74 ações estratégicas.

FH:fh 17/08/2017_v1_FH 171211_PM_Ilhabela_PlanoMKT_Produto6_versaotradeturistico

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