ÍNDICES FÍSICOS DOS SOLOS - Repositório Digital
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA E MECÂNICA DOS SOLOS
ÍNDICES FÍSICOS DOS SOLOS
João Baptista Noqueira
São Carlos
1976
•
TTNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE ENG2~EARIA DE SÃO CARLOS
DEPARTA~NTO DE GEOLOGIA E ~CÂNICA DOS SOLOS
ÍNDICES ~!SICOS DOS SOLOS
-·
JOÃO BAPTISTA NOGUE I RA Prof.Assist.Dr. Dept9 Geologia e Mecânica dos Solos
são Carlos 1976
I ~
SUMÁRI O
l . INTRODUÇÃO
2. DEF I NI ÇÃO DE Í NDICE S F Í S ICO S
2 . 1 -Relação e ntre Vo lumes
2. l. 1 Porosidade
2.1.2- fndice de Vazios
2.1~3 - Grau de S a t ur ação
2.2 - Re laçã o e n tre P es os
2.2.1 - Teor d e Umidade
2.3 - Re l ação entre Peso e Volume
2.3.1 - Peso Especifico do
2 .. 3. 2 - Pes o EspecÍfico dos lidos
2.3.3 - Peso Espe c ífico da
2.3~4 - Peso Específico do Submerso
Solb
só-
Água
.Solo
3. DETERMI NAÇÃO P RÁTICA DOS !NDICES FÍS I
1
3
4
4
6
6
8
8
10
10
14
15
15
co~ 17
4. FÕRMULAS DE CORRELA ÇÃO 18
4.1- Em F u nção d o Ind i ce de Vazios 19
4. 1 .1 -Pesos Específi cos 20
4 . 1.2 - Umidade 21
4.1.3 - Grac de Sa turaçã o 22
4 . 1 .4 - Po r csidàde 22
4.2 - Funçãc d a Porosidade
4.2.1 -P e s o s EspecÍfi c os
4. 2 . 2 - Umidade
4. 2 . 3 - Gr au d~ S a tur ação
4.2 . 4 - f n~i c e d e Wa ~io s
22
23
Z4
24
4.3 - Resumo
5. CONSIDERAÇÕES GERAIS
6. EXERC!CIOS
6.1 ExercÍcios Resolvidos a partir das FÓrmulas de Definição
6.2 - ExercÍcios com Solução utilizan
25
25
28
29
do-se FÓrmulas de Correlação - 43 7. BIBLIOGRAFIA 47
•
J ..
.,
SÍmbolo
y
ys
Yw
Yd
y'
e
n
w
s r v
v v
v w
v s
v ar
p
p s
p w
G
-
Unidade
gf/cm
gf/cm
gf/cm
gf/cm
gf/cm
%
%
%
3 em
3 em
3 em
3 em
3 em
gf
gf
gf
3
3
3
3
3
SIMBOLOGIA .
Peso específico do solo
Peso especÍfico dos sÓlidos
Peso especÍfico da ... agua
Peso específico aparente seco
Peso especÍfico submerso
fndice de vazios
Porosidade
Umidade
Grau de saturaçao
Volume total da amostra
Volume de vazios
Volume da fase lÍquida
Volume da lfase sÕlida
Volume da fase gasosa
Peso total da amostra
Peso da fase sÕlida
Peso da fase lÍquida
Indica densidade
-1-
1. INTRODUÇÃO
Os solos em sua constituiçao mais gera l po~
suem elementos representativos d a s tres fases
fÍsicas: a fase sÕlida, a lÍquida e a gas o sa .
A fase sÕlida, que constitui uma est r u t u r a
porosa dos solos formada pelas partÍculas e qu e
podem ter origem mineral, organ i ca, ou ambas.
A fase lÍquida, geralmente formada por água
está contida nos vazios formado pela f a se sÕl i
da, preenchendo-os total ou parc i almente.
A fase gasosa, constit u Í d a geralmente p o r
ar (embora outros gases possam est ar contidos
em um solo) e que ocupam tambêm os vaz1.os d o so
lo, junto co~ a fase lÍquida ou sozinho.
A Figura 1 representa esquematicamente um so
lo como encontrado no instante da amostragem e
possuindo as três fases; a nao existência de
uma das fases lÍquida ou gasosa representam ca
sos exttemos. A nio existência da fase gaso s a ,
(solo com vazios totalmente ocupados pela fase
lÍquida) ê comumente encontrado na natureza, en
quanto que a nio existência d à fase lÍquida (va
zios totalmente ocupados pela fase gasosa), ê
mais difícil de ser encontrada e assim mesmo,
somente em camadas superficiais de solo, apÕs
um longo perÍodo de seca, sendo no entanto, fa
cilmente obtido em laboratório.
-2-
ar
FIGURA I
corte esquemotico de um solo
Para facilidade de compreensão do problema,
as t r ·ê s f a: s e s f Í s i c as c o n s t i tu i n te s d e um s o 1 o
e que se encontram interligadas, devem ser se
paradas e consideradas independentes, como mos
trado na Figura 2. Ainda nesta mesma figura e~
tão repre~entados os limites extremos quando 6
solo esta formado por apenas duas fases.
Existe uma diferença fundamental entre solo
e sÓlido. Solo e o conjunto das três fases fÍsi
cas enquanto que sÓlido e o elemento constituin
te da fase sÓlida .de um solo.
r--- - ....------ -GASOSA
V v LIQUIDA Vw GASOSA Vor v LIQUIDA
I I I SOL IDA SOU DA SOLIDA
( I ) ( 2) ( 3)
FIGURA 2
representação esquematica de um solo
-3-
2. DEFINICÃO DE "ÍNDICES FÍSICOS"
Define-se "Índice fÍsico de um solo", corno
urna relação entre volumes, entre pesos, ou en
tre peso e volume das tres fases fÍsicas cons
tituintes de um solo.
Os Índices fÍsicos indicam as condiçÕes na-
turais em que o solo se encontra no instante
da amostragem d f\ rnesrno.
Os Índices fÍsicos utilizados em - . rnecan1ca
dos solos, podern ~ ser distribuÍdos em tres gr~
pos conforme o tipo de relação entre as fases,
conforme mostrado na Tabela I. Ainda nesta ta . .
bela estão fornecidos os s ·imbolos, unidade em
que são normàlrn~nte encontrados, intervalo de
varia~ão dos mesmos; na ~ltirna coluna estao in
dicadas algumas observaçÕes gerais a respeito
dos mesmos.
Na Fig. 3, tem-se represent~do de forma es
quemitica, um corpo de prova representativo de
um solo, t~ndo-se separado as três fases cons
tituintes do mesmo. Ainda nesta figura estão i~ ' dicados ã esquerda os volumes de cada uma dasfa
ses, bem como o volume total da amostra e o vo
lume de vazios da mesma, e igual a soma dos vo
lumes da fase lÍquida e da fase gasosa. Ã direi
ta estao representados os pesos da fase lÍquida,
da fase sÕlida e o peso total da amostra, que e
RELAÇÃO
IMTII'I
VOLUMES
INOIÇEI VI SI CO I
PO~OSIOADI
IHOICts DE VAZIOS I GRAU 0[ SATURAÇ~O
SI MIOLO UMIDAOl
n 'li.
e -s, 'Yo
IIIT[~VALO
Ol VUIAÇÃO
OttUVAçoh
o é n < 100 o tX Til [110 SUP~~IOR DO
I INiliCT. DE VlZID IIEPA E SENTA
o < e é 20 I o VALOR ........ o CONHECIDO
! i I
o ! Sr.~ 1 jQ
1------+---------+------+·--~-+------·\-·~------------i ! 1 lltSMA oesEnvAçiio v•uo•
PESO 5 TEOR DE UWIOAOE w % O S "' < 1~00 ·1 O IIIOICE OE '/HIOS
I I I ~---------· -------------+------ r------1----------------+ --------------
1. PESO ESPECIFICO 00 SOLO
PESO ESPECIFICO 005 SÓLIDOS
PESO PESO ESPECifiCO SATURADO
E PESO 'ESPECtriCO APARENT[ SEr:: O
VOLUME PESO ESPECIFICO SU9WERSO
PESO ESPECifiCO OA AQUA
PESO ESPECIFICO 00 AR
?i
~or
0 1 I :ml 1,00 < ~ < Z,20 li o EXTREMO SUPEAIOO'
PESO ESPECIFICO 00 SOLO, OU Z,o40 < ~ 5< 3 '
40 j VALt()O PAAA SOLO SATUJ! e. OU
tf I mJ
.. t, 00
a'ar • O,OOit
TABELA T INOICES FISICOS
I I I
I i
2 O P.[SO ESPECifiCO 01\ J\'iUt.,
nOS CALCULOS CCPIJ•13 ().1 UEC4"'ff.A DOS SOLOS, É COliSIOEPADO GONSH't;E ,. ( !QUAL A 1,00 qf/~m3
-5-
considerado igual ao peso destas duas fases,em
virtude do peso da fase gasosa ser desprezÍvel
quando comparado com o peso das outras duas fa
ses.
2.1 ~Relação entre Volumes
2.1.1 - Porosidade
Define-se porosidade de um s~
lo, a relação entre o volume de vazios existen
te em um volume total de solo, e este volume.
Da Fig. 3, pode-se dizer que
n = v
v v
Como qualquer variaçao no vo
lume de um solo, sera atribuÍdo a uma variação
no volume de vazios do mesmo (considera-se os
sÓlidos como incompreensíveis, dentro da gama
de pressÕes atualmente existente nos problemas
praticas de engenharia), no caso da porosidade
temos dois valores, volume de,vazios e volumet~
tal,variando em um mesmo sentido. Como conse
quincia 1a porosidade não nos indica as varia
çÕes havidas no volume dé um solo ao long~ do
tempo, com relação ao volume inicial do mesmo.
Para resolver este problema de
finiu-se um Índice que nos indica as variaçÕes
-6-
havidas no volume de um solo, ao longo do tem
po em relação ao seu volume inicial, corno sera
visto a seguir.
2.1.2 - fndice de Vazios
Corno o volume de sólidos ex1s
tent~ em um dado volume de solo, serã conside
rado constante ao longo do tempo, ê mais conve
njente expréssar o volume de vazios de um solo
em funçio do volume de sôiidos.
Define-se Índice de vazios co
mo a relação e~tre o volume de vazios e volume
de sÓlidos contidos em um mesmo volume total de
um solo.
Da Fig. 3, tem-se entao
e = v
v -v
s
O Índice de vazios ê um valor
que expressa de uma forma conveniente, as v a-
riaçÕes havidas no volume de um solo ao longo <::::,
de sua histeria, c~nforme serã visto na parte
referente ao adensamento de um solo.
2.1.3 - Grau de saturaçao
Define-se Grau de Saturação de
...
"
r
-7-
um solo, a relação entre o volume de água e o
volume ~e vazios existente em um mesmo
de solo.
Da Fi8ura 3, tem-se
s r
v w
v v
•
v u lume
O grau de saturaçao de um so-
lo pode estar compreendido entre os valores li
mites O e 100%, sendo que estes valores limites
indicam solo formado apenas por duas fases; p~
ra o limité inferior, tem-se o chamado "solo se
co", e para o limite superior tem-se "solo sa
.turado". Par~ valores intermediários do grau de
saturação, o volume de vazios do solo está ocu
pado por água e ar simultâneamente (ou por dois
elementos quaisquer representativos das
lÍquida e gasosa).
AR
V v
v AGUA p
I
Vs SOLIOOS Ps
FIGURA 3
peso . e volume total e de cada fase
fases
•
-8-
2.2 - Relação entre pesos
2.2.1 - Teor de Umidade
Define-se teor de umidade de
um solo, ou simplesmente umidade, como a rela
çao entre o . peso de igua contida no volume de • vazios de um c ·erto volume de solo, e o peso dos
~~lidos coritidos neste mesmo volume.
Da Figura 3, tem-se
w
p w
p s
A umidade representativa de
uma amostra de solo nas condiç.Ões em que ela se
encontra na natureza ê geralmente denominada de
"umidade natural do solo".
Uma relação muito usada em me
canica dos solos ê aquela qu~ liga o peso de
uma amostra com uma certa umidade e o peso dos
sÓlidos (peso seco) desta mesma amostra.
Seja:
P: peso de uma amostra com umidade w
w: umidade da amostra
P Peso dos sÓlidos contidos na amos~ra s
(peso seco)
Da Fig. 3, pode-~e tirar:
..
•
"
e portanto, ·
- g_
p = p + p w s
p w
.w =-p--s
p = p (1 + w) s
A equaçao ê muito útil
(l)
e de
aplicação frequente em laboratório de mecânica
dos solos~ como seri mostrada a seguir com um
exemplo
Seja uma amostra de -um solo com
umidade w1 e peso P 1 • Deseja-se sab!r qual o
volume . de igua a acrescentar ã amostra para que
ela passe a uma umidade w2
•
Como a amostra ê a mesma nos
dois estigios, o peso de sÓlidos serã obviamen
te o mesmo •
Tem-se entao:
p ... p 2 s
Sabe-se airida que:
-10-
p1 ... p + p s w' 1
p2 = p + p s w' 2
p2 - p1 t, p w
isto -e, o •criscimo no peso ~mido da amostra se
r â i g u a 1 a.o p e s o de â--&!! a a c r e s c e n ta da-_..,
isto -e,
t, p = p w s
f;p =P t,w w s
t,v =P y t,w w s w
= p t, w s
( 2)
o volume de âgua a acrescentar serâ i-
gual ao produto do peso seco do solo pela dif~
r e n Ç a de um i da de s e p e 1 o p e s o e s p e c Í f i c o d e âgua.
2.3 - Relaçio entre _Peso e Volume
2.3.1 Peso EspecÍfi,co do Solo .-'
Define-se Peso Especffico de
um Solo, como a relaçio entre o peso de solo
contido em um çerto volume e este volume.
..
-11-
D~ Figura 3, tem-se:
y p
v
Convim salientar, mais umavez
a diferença fundamental existente entre solo e
sÓlidos. Solo engloba as três fases, enquanto
qu~ sÓlidos representa apenas uma fase, a sÓli
da.
Como jâ foi dito anteriormen
te, um sol6 pode se encontrar com um gra u de
saturação. entre O e 100%, incluindo os limites
inferior e superior.
Com relação a seus extremos a
condição mais frequente de ocorrência i de um
grau de saturação igual a 100%, e nesta condi
çao~ o solo possui apenas duas fases, com o vo
lume de vazios -totalmente preenchido por agua.
Para S = 100%, o peso . ~specífico do solo i de r
nominado de peso especifico saturado, e repre-
sentado por:
-to e, s r
0%,
p sat v
A segunda condição limite, is
e caso mais difÍcil de acontecer
-12-
na natureza, e de obtenção mais demorada em la
borat~rio, resultando portanto de pouca utili
dade p~itica na mecinica dos s o los . Não se tem
u~ s!mbolo para repre sentar esta condição.
Um solo qué em suas condiç~es
.na~urais se ericontra com um O < S < 100%, ao r
secar sofr~ uma c o ntração volumétrica; na Fig.
·4.1 e~ti representado esquematicamente um solo
nestas ~ondi ç Ões, e na Fig. 4.2, esta mesma a-
m9~tra apos secagem e~ estufa.
direita de cada um dos esquemas
ã esquerda -e a
estao indica-
dos os volumes ~ os pesos antes e depois da se
cagem da amostra.
Para a obtenção em laborat~rio
~ do peso es pecifico do solo sp~s secagem, apar~
c-em do i s prob 1 emas: um de ordem economica e ou
tro de ordem pritica.
O problema de ordem economica
esti relacionado ao tempo demasiado longo em
que _a ~m6stra deveri permanecer em estufa ate
~oder sar considerada seca (isto i, .a ti quG . em
duas pe§..ada s. Gon se cu tivas. não he]auma:VBriação
sensive ! ~o poso cl& mesma).
O (H?€,.~llc~a ~e ou eeD pEê::;li. c a es
tâ n8. dete :;:· r~i nZ> íi}&~ (.i E;) wot~~ 6~ &s::'l®~&&'& a f iB se
•
-13-
cagem, que para solos arenosos demand a r i a _ a u
tilização de ensaios mais demorados e d e cust o
mais elevado.
AR
AGUA
I SOLIDOS
(I)
FIGURA 4
var iacao do volume de um so lo
J Pf pl
Para solucionar este problema
e se ter um peso e-specifico do solo representa~
do a condição de S = 0%, define-se o peso es-r .
pecl~ico aparente seco, simbolizado por yd, c o
mo a relação entre o peso dos s6lidos e o v o lu
me inicial da amostra.
Este peso especifico, como o
pr6prio nome diz, ê aparente, não representan
do uma eondição fÍsica na natureza.
-14-
Da formula (1)
p p (1 + w) s
dividindo ambos os termos pelo volume inicial
da amostra, tem-se:
ou
p
v
y
p s = (1 + w) v
~ -que e a mesma equaçao (1) apenas
(3)
relacionando
agora o peso espec!fico da amostra, com o peso
espec{fico aparente seco e umidade do solo.
A equação (3) juntamente com
as equaçÕes (1) e (2) ê de uso generalizado em
laboratÕrio de mecânica dos solos.
2.3.2 - Peso Espec!fico dos SÕlidos
A relação entre o peso e vol~
me de sÓlidos contido em um mesmo volume de so
..
-15-
lo, define o peso específico dos sÓlidos.
Da ~igura 4, tem~se:
y = s
2.3.3 - Peso EspecÍfico de Ãgua
Na maior parte dos problemas
pritic~s em mecanica dos solos, admite-se que
o ~eso especÍfico da igua permaneça constante . . . 3 -
com a temperatura e igual a 1,00 gf/cm , que e - o o valor para a temperatura da agua a 4 C.
3 yw = 1,00 gf/cm
Z.3.4 - Peso Espec!fi~o do solo sub-
merso
Quando uma camada de solo es
ti submers~ e sa~urada, define-se para e~ta ca
z mada um peso específico d~nominado peso espe~Í
ficb do solo submerso· ou simple~mehte peso es
pecÍfico submerso.
-16-
N.A.
FIGURAS
esquema de co leu la
Na Figura 5, tem-se represen
tado uma camada de solo nestas condiçÕes, atra
v~s de um corpo de pro~a d~ volume V
igual ;~ Psat' e imerso em um recipiente
gua.
e peso
-com a
O peso do corpo de prova sera
igual a
p. p - E 1 sat
O{l.de E e o empuxo de Arquimedes e igual a
E = V
resultando entao:
-17-
P. P -V y 1 sat w
O peso especifico submerso sra entao igual a:
y P.
1
v
p sat
y'
v
y "'t - yw s ·-
. 2 • 3 • '.• - J' (' s ·. E s p"' c Í f i c o do A r
( 4)
Parã a determinação do peso da
fase gasosa se torna necessário o conhecimento
do peso espe._-_ffJ.· o do ar, admitindo constante e
igual a:
3 v = 0,0012gf/cm 'ar
a pressao atmosférica.
Para os problemas de mecanica
dos solos, o peso da fase gasosa não e consid~ rado, como ja foi mencionado anteriormente.
3. DETERMINAÇÃO PRÁTICA DOS !NDICES F1SICOS
- ~
-18-
Dos lndices fisicos definidos anteriormente,
parte deles ê obtida em ensaios de laboratório
e os demais através de fÓrmulas de correlação
entre os mesmos, como seri visto adiante.
Os determinados em laboratório através de
ensaios prÓprios são o peso especifico do solo,
a umidade e o peso especifico dos sÓlidos.
A determinação do peso especifico se faz
através da moldagem de um corpo de prova geral
mente cillndrico, e determinando-se o
volume do mesmo.
peso e
Para a determinação da umidade se toma uma
amostra de solo, pesa-se e a seguir e levada à
estufa, e deixada secar a uma temperatura en
tre 105° e 110°C ate constância de peso. A se
guir determina-se o peso seco da amostra,e cal
cula-se a umidade correspondente.
o peso especifico dos sÓlidos e determinado
através de um ensaio próprio, utilizando-se um
picnômetro.
Para melhor descrição destes ensaios, con-
sultar "Mecânica dos Solos - Ensaios de Labora
tório", do mesmo autor.
4. FÕRMULAS DK CORRELAÇÃO
Na solução de problemas priticos de Mecâni
ca dos Solos, a utilização dos indices flsicos
..
-19-
tal como foram definidos nio i pritica • . Assim
sepdo, foram deduzidas f~rmulas que correlaci~
nam ·o ·s [ndices f ·!s i c os en t~e si, de tal mo dó
que ·.çonhec'idos os valores ·de l~r -~s. de]. e§, .alim
do peso específico d~ $gua, considerand~ ~ons
tante e 'igual a ti,. 'ÇlO ~gf/çm3j. ·se .co~segtie :deter
minar os demais.
:A ,se,guir serio .dedu~idf!S fÓ~mulas, que .corr·e
l .~ê!i,pnám os [ndi~es f! .sico$ ,a, par-tir i h> Índiée
de vazio~ ~ ~a ~orosidade.
4.1- Em_ F~nç~o do fndiee de Vazios
Para a determinaçio das f6rmulas de
corrêlaçio ~btre os diversos {Qdices fisicas,
s.etã conside-r~dt> um c .orpo dé ptr·ova ci1índri.co,
com volu~e 4e sÓlidos igual a V8
(Fii. 6).
eV-s Se V r · s
A'R
' AGUA
I SOL IDOS
FI-GURA 6
- V~ s s
e s q u em a de c oJ c u I o
- 20:...
Por definição:
e =
s r
v v
v s
v a v
v
v v
v a
e V s
S e V r s
À esquerda do corpo de prova represe~
tado na Fig. 6, estão indicados os volumes das
fases lÍquida e sÓlida bem como o volume de va
zios e o volume do corpo de prova.
À direita ~stao indicados os pesos de
cada uma das fas .es bem como o peso total do cor
po de prova, lembrando aqui, que o peso da fa
se gasosa foi desprezado.
Utilizando-se agora as formulas de de
f:inição dos Índices .fÍsicos chega-se a formulas
de correlação entre os mesmos.
4.1.1 - Pesos EspecÍficos
a) do solo
y Y + S e y
s r w 1 + e
(5)
...
b) solo saturado:
-21-
s r
100%
Na fÓrmula (5), substituindo
se S por seu valor igual a 1, tem-se: r
ysat
y + e y s w
1 + e (6)
c) solo seco:
Da f Õ r m u 1 a ( 5 ) , p a r a Sr = O % ,
tira-se:
d) solo submerso
y ' y - y .
S· w 1 + e
4.1.2 -Umidade
w p
w p
s
(7)
(8)
-22-
4.1.3 - Grau de Saturação
s -r = , . y w s
. e y · w
4.1.4 - Porosidade
n =
e l + e
4.2 - Função da Porosidade
( 9)
·,(10)
Considera~ agora um corpo de p~ova C!
lÍndrico, com volume igual a V.
Por definição tem-se:
n =
s r
v v
v
v w
v v
V = n V v
V = S n V w r
--
...
•
-23-
> · A R ,---,
.,g _.I.
c
AGUA nSrV~w +
~------ ~ L-
I SOL IDOS (f)
c L-.....J
-------~
FIGURA 7
A Figura 7, r~presenta o corpo de pr~
va nesta condição, e da mesma forma que na fi
gura 6, estão indicados os volumes e pesos ne
cessários à dedução das formulas.
4.2.1 - Pesos Específicos
a) do solo
y (12)
b) do solo saturado: s r
100%
lor de S r
Da forumla (12), impondo o va
100%, tem-se:
y + (y - y ) n s w s
(13)
c) solo seco:
tem-se:
d) solo submerso
-24-
s = 0% r
D~ fÕrmula (12), paraS r
yd (1 - n) ys
y ' y sat - y w
Y' (1 - n) (ys - yw)
4.2.2 - Umidade
s yw n r w - (1 n)ys -
4.2.3 - Grau de Saturação
I - n ys s = w r n Y · . w
4.2.4 - fndice de Vazios
n e = 1 .... n
= 0%
4
(14)
(15)
. ( 16)
( 17)
~
(18)
,
-25-
4.3 - RESUMO
Na Tabela II, pagina 24, esta um resu
mo das formulas de correlação entre os varios
Índices fÍsicos, sendo cada um
função de três outros.
5. CONSIDERAÇÕES GERAIS
deles dado em
Os Índices fÍsicos definidos anteriormente,
são admensionais, com excessão dos pesos espe-
cÍficos. A umidade, a porosidade e o grau de - -saturaçao sao expressos em percentagem, sendo
seus intervalos de variação, os relacionados a .
seguir:
o ' w <
o
o
< n <
~ s ~ r
1000%
100%
100%
onde o limite superior das umidades e o valor
maximo determinado atê esta 4ata. A porosidade
ê definida ~m um intervalo aberto, pois que um
solo não pode conter sô vazios e não contera a
penas sólidos tambêm.
O Índice de vazios e expresso atraves de um
numero puro, sendo o intervalo de variação do
mesmo, o indicado a seguir:
'' \
' . ~~ ~ 1'sat õd 11' ~. Sr • n w
o c Sr c 00 'X. Sr • I 00 'X. Sr•o'Xo Sr • IOo'Xo·
~ -, ~ S!.!!~ ~.+-3w _L a's-3"~
6,'·~:t L_, e _!_r __ !___Õ ~
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1-
s,~. s, 1J "~ r s• &. ~d I
I I ------- _J
TABELA li FORMULA OE· CORRELAÇÃO
' ..
•
, '
-27-
O < e < 20
sendo o limite superior o maior ate hoje de
terminado, e por razoes idênticas às da porosi
dade, o limite inferior também e aberto.
O intervalo de variaçao dos pesos especÍfi
cos do solo e dos sÕlidos, estã indicado a se
guir:
1,0 < y
2,3 < y s
3 < 2,3 gf/cm
3 <3,5 gf/cm-
· Os valores prÕximos do limite superior do p~
so especÍfico do solo ~alem para solos satura
dos, devendo em seu limite inferior ser obvi~
mente, maior do que um; no entanto, o peso es
pectfico apaiente seco poderi ser menor do que
um, bem como o peso especÍfico submerso.
O peso especÍfico dos sÕlidos depende do com
ponen~e mineralÓgico que .o constitui. Terzaghi
Peck recomendam os seguintes ~alor~s médios
quarido nio ·e feita determinaçio em laboratório~
Solos arenosos: y s
3 = 2,65 gf/cm
/. 3
Solos argilosos: ys = 2,70 gf em
No entanto para solos argilosos de origem
-2 8-
orgânica, o valor medio do peso especÍfico dos
sÓlidos diminui sensivelmente.
A tabela a seguir relaciona o peso específi
co de alguns minerais componentes dos solos:
Caolinita: 2,60 gf/cm 3
Clorita: 2,60 gf/cm 3
Quartzo: 2,67 gf/cm 3
Talco: 2,70 gf/cm 3
Calcita: 2,72 gf/cm 3
Muscovita: 2,85 gf/cm 3
Limonita: 3,80 gf/cm 3
6. EXERCfCIOS
Como dito anteriormente, os Índices fÍsicos
de uma amostra de solo sao determinados atra-
ves das formulas , de correlação partindo-se da
determinação em laboratório do peso especÍfico
do solo, da umidade e do
sólidos.
peso especÍfico dos
No entanto, algumas vezes se tem a necess1-
dade de recorrer às formulas de definição dos ÍE_
dices fÍsicos para se resolver um problema es
pecÍfico de Mecânica dos Solos.
..
~ I
,.
-2 9-
Assim sendo~ dividimos este Ítem em duas pa.!.
tes: uma primeira na qual estio alguns proble
mas de Índices fÍsicos que deverão ser resolvi
dos a partir das fÕrmulas de definição dos mes
mos, e uma segunda parte. na qual serão resol
vidos exercícios a partir das fÕrmulas de cor
relação.
uma
6.1 - RESOLVIDOS A PARTIR DAS FORMULAS DE
DEFINIÇÃO
6 .• 1.1 - Uma amostra indeformada de
argila orgânica saturada, tem um volume de
17,4 3 pesa . 29.8 gf; estu-em e apos secagem em
f a 105°C. volume 10,5 3 a o passou a ser em e o
peso a 19,6 gf. Pede-se:
a) umidade do solo
b) peso ~f. espec1 1co dos sÕlidos
c) Índice de vazios inicial
d) peso especÍfico inicial
e) peso especÍfico aparente tteco ' f) peso específico final do solo
g) Índice de vazios final do solo
Na Figura 8, estao ilustradas
as duas situaçÕes da amostra: quando saturada
(8.1) e apÕs secagem (8.2)~ sendo tamb~m lndi-
-30-
cados os valores fornecidos pelo enunciado do
problema.
esquema inicial e final
!:::.V AGUA
~ U')
AR
I o I
SOL IDOS SOLIOOS
( I ) ( 2 )
FIGURA 8
Dados: v. 17,4 3 = em
].
p. 29,8 3 ... em
l.
v f 10,5 3
= em
pf = 19,6 gf
O corpo de prova estã inicia.!
mente saturado, tendo-se entao o volume de va
zios totalmente preenchido com âgua.
A diferença entre o peso ini
cial e final do corpo de prova nos fornecerá o
peso de âgua contido no mesmo.
pw pi - pf
-31-
p 10,2 gf w
Como o y w
3 1,00 gf/cm , entao
v w
10,2 3 em
O volume de sÓlidos da amostra sera:
O volume de ' vaZ10S
gem, serã igual a:
v s
v s
v. 1
7 '2
- v w
3 em
do corpo de prova apos
v = 3,3 v
em 3
e esta totalmente preenchido com ar.
seca
Calculados os volumes e pesos
de cada uma das fases, pode-se agora calcular
os Ítens pedidos. Para isto, na Figura 9,estão
indicados os volumes calculados.
-3 2-
(\j (\j
o AGUA o t q-(I)
,.._ cn AR C\1
(\j I I ,.._ SOLIDOS SOLIDOS
FIGURA9
condição inicial e final do corpo de prova
a) Umidade do Solo
w
p w
p s
= 0,5204
w = 52,04%
b) Peso EspecÍfico dos SÕlidos
p s
v s
3 2,722 gf/cm
c) fndice de Vazios Inicial
e .... 1
v . V,1 v s
= 1,42
d) Peso Específico Inicial
y P.
1
v. 1
-33-
3 1,713 gf/cm
e) Peso EspecÍfico Aparente Seco
p s
v. 1
= 1,126 gf/cm3
f) Peso EspecÍfico Final
3 1,867 gf/cm
g) fndice de Vazios Final
v v,f v s
0,46
6.1.2 - Um corpo de prova de volume 3 100 em , pesa 180 gf. O corpo de prova foi dei
o xado secar em estufa a temperatura de 105 C, ~
tê constância de peso, obtendo-se no final um
peso de 140 gf. O peso especÍfico final do co~
- I 3 po de prova e 1,560 gf em , enquanto o peso e~
pecífico dos sÓlidos ê 2,700 gf/cm3 • Calcular:
a) a variação do Índice de vazios
-34-
b) o volume inicial de ar
c) variação de volume do corpo de prova
d) grau de saturação
e) variação da porosidade
Dados: v. 100 3 = em
1
p. = 180 gf 1 3
ys = 2,700 gf/cm
p = 140 gf s
yf 1,560 gf/cm 3 =
Na Figura 10, estao os esque
mas representativos das duas situaçÕes, com os
valores fornecidos pelo problema.
-~-
v o v o
i
v ar -v w
- -
v 5
r-
~
AR
o AR co AGUA
I o I SOLIDOS v SOLIDOS
l I) ( 2)
FIGURA 10
CONDIÇÃO INICIAL E FINAL DO CORPO DE PROVA.
o !.
·o .,
a) Índice de Vazios
e .
v . V,1
v v,f
1
v . v' 1
v s
v __ v.!.. i__
v s
v. -v 1 s
1:1 = e
v. -1
-3 5-
v . - v v,1 v,f
v . - v f V,1 V,
v s
p s
r s
v s
p s
ys
v . V,1
v v,f
p s
v s
v. 1
p s ----
ys
p s
ys
p
v. s -1 ys
!J. = e
b) Volume de
v v. ar,i ::c
1
c) Variação
!J. = v
-3 6-
p p p s
+ s - -yf ys
(V. 1
__ s_) yf
p s
ys
Ar
-
do
v. 1
= p
!J. = o, 20 e
e. = 0,93 1
e f = 0,73
Inicial
p
v v v. s - = -s w ,i 1 ys
p . = P. - p W,1 1 S
v ar,i
Volume do '
v f v. - = 1
!J. :a 10,26 v
- 8,15 em
Corpo de
pf -
yf
3 em
s
- P. 1
3
Prova
ys
r,
+ p s
-3 7-
d) Grau de Saturação
v w
v. -v - v . s
r = = v v
1. s ar,1. = v. -v l. s
s 83,07% r
e) Variação da Porosidade
n. = l.
v . V,l.
v. l.
= v. - 11 l. v
n =
/::;. n = n. l.
p
v. s - -l. ys
v v v
v. l.
v. l.
-/::;.n= v. v.
l. l.
6n• 5,93%
/::;.
p s ---v .
y8
ar,l.
v
-
v. l.
-
/::;. v
p s
ys
p s
-3 8-
Cln=5,93%
n. = 48,15% l.
nf = 42,22%
6.1.3 -Uma lama (resÍduo industrial)
deverá ser estocada em um reservatório para d~
posição dos sÕlidos e tratamento da ãgua. Sa
be-se que a lama contem 20% em peso de sÕlidos,
sendo seu peso especÍfico de 1,15 gf/cm3 . ApÕs
sedimentação total, foi retirada ~ma amostra
indeformada do sedimento, tendo . 3 • 35,4 em e peso de 50,3 gf. Apos
estufa, a amostra teve seu peso
22,5 gf. Determinar:
a) peso especÍfico dos sÕlidos
um volume de
secagem em
alterado para
b) Índice de vazios·da lama e do sedimento
c) relação entre volume do sedimento e volume
inicial da lama
Dados: LAMA SEDIMENTO
1,15 gf/cm 3 v. 35,4 3
yl = = em l.
p o, 20 pl p. = 50,3 gf s l.
pf = 22,5 gf
-39-
Na Figura 11, estao indicados
os esquemas representativos do sedimento em sua
condição inicial e final.
vw AGUA Pw v ar AR
"- ,., 11"1 -~ - ~ ci v f - ~ ,.,
11"1 I 11"1 I v SOL IDOS C\J vs SOL IDOS
C\J
a)
s
FIGURA 11
SEDIMENTO: CONDIÇAO INICIAL E FINAL
Peso EspecÍfico dos Sol idos
v v. - v s 1 w
ys
v. 1
p
v
-
p s
s
s
p w
V. - P. + P 1 1 s
v. 1
~) fndice de Vazios do Sedimento
- P. 1
11"1
(\,1
(\,1
ll'l_ C\J C\J
+ p s
-4o-
v v. - v V. - v. + p. - p v,i 1 s 1 1 1 s e = sed v v v. - P. + p
s s 1 1 s
P. - p 1 s
V. P. + P 1 1 s
esed = 3,66
c) fndice de Vazios da Lama
Yt = 1,15 Ps = 0,20 Pl
pl = p + p vi.. = v s w s
v 0,80 yl v el = v (1,00 - 0,80 s
el = 11,49
d) Relação entre Volumes
Na Figura 12' estao
os esquemas representativos da lama e
+ v w
yl)
indicados
do sedi-
mento; um volume Vl da lama fornece um volume
V d do sedimento, No entanto, o peso de solise dos contido no volume vl e vsed e o mesmo.
AGUA
SÓLIDOS
FIGURAI2
CONDI(\AO INICIAL DA LAMA E SEDIMENTO
yo l =
'
Yo l '
p s
vt
Ys 1 + el
v sed
v sed
Yo,sed
Yo,sed
1 + e d se
"" 0,37 ..
=
= 1
p s
v sed
Ys + e
p w p
_,_§ed
Ps
sed
-42-
6.1.4- Um corpodeprova cÚbico de a!..
gila seca, mede 3,0 em de aresta e pesa46,0gf.
O corpo de prova foi saturado a volume consta~
te pesando apos a saturaçao 56,5 gf.Determinar
o peso especrfico m~dio dos s5lidos.
Resposta:
6.1.5 -Uma
3 y = 2, 788 gf/cm
s
amostra de solo Úmido tem 3 um volume de 40,5 em , peso de 59,2 gf, e peso
especrfico dos sólidos de 2, 700 gf/cm3 . Apôs se
cagem em estufa seu peso ~ de 48,3 gf.
Calcular: grau de saturação, porosidade, umida
de e rndice de vazios inicial da amos
tra.
Resposta: S r
48,21%
n = 55,83%
w = 22,57%
e = 1,26
6.1.6 - Um cilindro pesando 270 gf e 3 volume de 265 em , foi cravado em um aterro de
areia fina, pouco argilosa, cinza escuro, pree~
chendo-o todo. O peso total do cilindro mais so
lo ê de 840 gf, sendo de 500 gf o peso do solo
seco. Calcular o rndice de vazios e o grau de sa
turação do aterro, sabendo-se que o peso espe-~ - - fi 3 ~fico dos solidos e 2,857 g ,em.
-43-
Resposta: e 0,51 s r
77,79%
6.1.7- Uma amostra de argila siltosa
ensaiada em laboratório, forneceu os valores de
y 1,800 gf/cm3
ys 2,600 gf/cm 3
v 0,20 v ar v
Calcular o Índice de vazios da amostra.
Resposta: e = 0,80
6.2 - ~xercícios com soluç~o utilizando-se
F~rmulas de Correlaç~o
6.2.1 -No terreno cujo perfil estâ da
do na Fig. 13, calcular os pesos especÍficosdas
diversas camadas.
0-----:-:---N A argila organica muito mole a mole
-2 a;;- w = 30% ( acima do N A.) I ~s = 2,40 gf I cm3 e= 1,00
-4
-7
areia fino ~- ~édio. ~edia~e~te compacta 1d =1,20 gf/cm3 rs=2,64 gf/crn3
--a-rgila --;ilto~a -:~édia cmz~---· --- -·-
e = I O 5 w = 3 7% s r ' 9 7% -1 o--------'-'-- ----- ------ --·--
areia media grossa compacta
F' G u R A 13 ' perfil do solo
a. Arsila
a.l -
-44-
orsânica2 mole
cota
y =
O; -2
ys = 2,40
w 30%
e = 1,00
Y + S e y s r w
1 + e
y w s
gf/cm 3
ys (1 + w) 1 + e
3 y = 1,560 gf/cm
a.2 - cota -2; -4
ys =
e =
s = r
2,40 gf/cm 3
1,00
100% (admitido
y + e y s w
1 + e
3 1,700 gf/cm
saturado)
b. Areia fina a media, medianamente compacta
-45-
1,420
2,640
3 gf/cm
3 gf/cm ys
s r
lDO% (admitido saturado)
y + e y s w
ysat 1 + e
- 1 = e
3 1,882 gf/cm
e =
c. Argila siltosa, media, cinza
y
ys =
e = 1,05
w 37%
s 97% r
ys + sr e yw
1 + e
S e y r . w 3 "" 2,753 gf/cm w
.. 3 'Y • 1,840 gf/cm
0,86
-46-
6.2.2 -No terreno cujo perfil estâ da
do na Fig. 14, calcular os pesos especÍficos das
camadas.
·.
o~·~~·-A_. --------------~---------argila organica, muito mole, p r eta w = 112°/o 5 = 2, 500 gf/ cm3
-4------~~----------~----------------areia fina, pouco compacta, amarela
e=0,90 . -6------~----------~--~ -·- --·--------
rocha so
FIGURA 14' perfil do SOlO
3 3 Respo~ta: 1,395 gf/cm 1,879 gf/cm
6 2 ..,. I-•• 3 - O n1vel d agua em uma determi
na~a ârea estâ a 3,0 m abaixo do nÍvel do ter
reno.At~ uma profundidade de 10,0 m o solo e uma
areia fina, com um Índice de vazios médio de 0,8;
acima do nível dI âgua 0 graU de Saturação e 50% •
Calcular:
a) O peso especÍfico do solo acima e abaixo do
N.A.
b) Pes6 especÍfico submerso
c) Umidades acima e abaixo do N.A.
d) Porosidade media do solo
Res~ostas: a) 1,706 gf/cm3
; 1,973 gf/cm3
b) 0,973 gf/cm 3
c) 14,98% e 29,96%
d) 44,44%
}.
. . ..
..
-47-t..,'" •• "
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