Não siga a estrada, apenas; ao contrário, vá por onde não haja estrada e deixe uma trilha....

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“Não siga a estrada, apenas; ao contrário, vá por onde não haja estrada e deixe uma trilha.” Emerson Educação e Trabalho como Processo de Inclusão Social

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“Não siga a estrada, apenas;ao contrário, vá por onde não haja estrada e deixe

uma trilha.” Emerson

Educação e Trabalho como Processo de Inclusão Social

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Inicialmente desejo enfatizar que este ano a

Fundação Catarinense de Educação Especial

completou 40 anos de existência e, neste

período, tem prestado valiosa contribuição à

sociedade catarinense.

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Como órgão governamental tem a

responsabilidade de definir e coordenar a

política de educação especial voltada às

pessoas com deficiência, condutas típicas e com

altas habilidades e, para o alcance de seus

objetivos, conta com uma rede de instituições

governamentais e não governamentais que

operacionalizam as ações de prevenção, ensino,

profissionalização, reabilitação e assistência.

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Agora desejo fazer uma digressão sobre a

história da educação especial em Santa

Catarina, destacando os Programas de

Educação Especial estabelecidos na atual

Política do Estado, ressaltando que

educação e trabalho são essenciais para

que se efetive o processo de inclusão social

das pessoas com deficiência.

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O Estado de Santa Catarina é considerado vanguardista em

muitas áreas, dentre as quais a educação especial. Em

1987, um ano antes de a Constituição Federal determinar

que a educação é um direito a ser ofertado a toda criança

brasileira, o Estado se posicionou politicamente instituindo a

matrícula compulsória, estabelecendo a obrigatoriedade das

escolas da rede regular de ensino matricular crianças e

adolescentes, independentemente de suas peculiaridades

sensoriais, físicas ou mentais.

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Esta matrícula compunha uma série de diretrizes do Plano

de Ação da Secretaria de Estado da Educação para o

quadriênio 1988 – 1991. As outras ações estavam voltadas

ao acesso e permanência com qualidade dos educandos na

escola; a descentralização administrativa; a reforma

curricular; o desenvolvimento de tecnologias e a

capacitação de recursos humanos.

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Continuando com sua história de pioneirismo, o Estado,

em 1996 instituiu a Resolução nº. 01 do Conselho

Estadual de Educação que estabeleceu as diretrizes da

educação especial no sistema regular de ensino e, em

1998 a Proposta Curricular defendeu a idéia que se o

conhecimento veiculado na e pela escola não fosse

socializado com todos os alunos, dentre estes os com

deficiência, não seria efetivamente socialização do

saber.

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Mesmo assim, os dados divulgados pelos órgãos oficiais, no

início desta década, se constituíram em motivo de

preocupação para o poder público. O Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística – IBGE revelava, em 2000, que Santa

Catarina tinha 761.564 pessoas com algum tipo deficiência, o

que correspondia a 14,21% da população e, deste

quantitativo, 74.898 de crianças e adolescentes entre zero e

dezessete anos de idade, correspondendo a 9,83%.

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14,21%

IBGE/2000

5.357.864

761.564

População de Santa Catarina com DeficiênciaPopulação de Santa Catarina com Deficiência

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9,83%

IBGE/2000

761.564

74.898

População com Deficiência entre 0 e 17 Anos de IdadePopulação com Deficiência entre 0 e 17 Anos de Idade

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O Censo Escolar de 2006 indicou que dentre estas 74.898

crianças e adolescentes entre zero e dezessete anos de

idade com algum tipo de deficiência 16.879 (22,53%)

freqüentavam instituições especializadas e 9.594 (18,80%)

instituições regulares de ensino.

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63,76%

36,24%

Censo Escolar/2006

Escolas Especiais - 16.879

Escolas Regulares - 9.594

Matrícula de Alunos da Educação EspecialMatrícula de Alunos da Educação Especial

Total - 26.473

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O que se tornou ainda mais preocupante, foi que mesmo

considerando poder haver erros estatísticos na composição

destes índices, subtraindo o números de 74.898 crianças e

adolescentes entre zero e dezessete anos de idade dos

26.473 atendidas em instituições especializadas e regulares

de ensino, significa que o Estado pode ter tido neste período,

aproximadamente, 48 mil crianças e adolescentes com

deficiência sem nenhum tipo de atendimento.

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100%

35,34%

64,29%

Pessoas c/ Def. - 74.898

Pessoas c/ Def. Atendidas – 26.743

Pessoas c/ Def. Não Atendidas – 48.155

Relação IBGE / Censo Escolar

Pessoas c/ Def. entre Zero e 17 Anos de IdadePessoas c/ Def. entre Zero e 17 Anos de Idade

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Assim, em 2006, Santa Catarina implanta a política de

educação especial mantendo algumas ações que já vinham

sendo realizadas, como as salas de recursos que passaram

a ser denominadas de Serviço de Atendimento Educacional

Especializado – SAEDE, dentre outras.

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O que se diferencia com a implantação desta política em

relação ao período anterior, é o estabelecimento de que a

educação inclusiva só se efetiva como ação do poder

público se houver o compartilhamento de responsabilidades

entre as diferentes Secretarias de Estado, principalmente

com a de Saúde, Infra-Estrutura, Assistência Social,

Trabalho e Habitação. Este compartilhamento de

responsabilidades tem mecanismos para articular ações

efetivas de prevenção, educação, reabilitação e

profissionalização das pessoas com deficiência.

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Desta forma, foram concebidos, pela política do Estado, os

Programas de Educação Especial:

Programa Pedagógico – com a intenção de qualificar o

processo de ensino aprendizagem dos alunos da educação

especial matriculados em instituições especializadas ou em

escolas do sistema regular, tem como gestores a Secretaria

de Estado da Educação e a Fundação Catarinense de

Educação Especial;

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Programa Reabilitatório – com a proposição de ter como

instituições reitoras a Secretaria de Estado da Saúde e a

Fundação Catarinense de Educação Especial, tem como

objetivo desenvolver ações de estimulação essencial,

reabilitação e habilitação;

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Programa de Proteção Social e Programa

Profissionalizante – articulação entre a Secretaria de

Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação e a

Fundação Catarinense de Educação Especial.

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O Programa de Proteção Social tem o objetivo de

fortalecer os vínculos familiares e sociais e oferta de

condições para o alcance de autonomia e independência

das pessoas com deficiência e, o Programa

Profissionalizante com o objetivo de capacitar e inserir a

pessoa com deficiência no mundo do trabalho através da

educação profissional, iniciação para o trabalho, curso de

formação inicial e continuada; encaminhamento e

acompanhamento ao mundo do trabalho, oficinas

protegidas, com o envolvimento da Rede Catarinense de

Empregabilidade Especial - RCEE.

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Quero destacar a RCEE por se constituir como uma

organização não governamental, sem fins lucrativos, que

representa órgãos públicos e privados voltados ao

atendimento e desenvolvimento de pessoas com

deficiência.

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Tem como principal finalidade a mobilização, articulação

e incentivo às ações dos órgãos acima citados, e destes

com outras entidades públicas ou privadas, no sentido de

promover e desenvolver programas e projetos de

formação e qualificação profissional de jovens e adultos

com deficiências com vistas à inserção no mercado de

trabalho. Atualmente esta Rede está constituída de 34

instituições.

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Concebemos que o emprego é um fator decisivo para a

inclusão social, mas muitas ações ainda precisam ser

deflagradas para que as pessoas com deficiência deixem

de ser um grupo vulnerável no mercado de trabalho.

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A Lei de cotas esbarra na argumentação dos

empresários de que as pessoas com deficiência não são

suficientemente qualificadas, o Benefício de Prestação

Continuada inibe as famílias das pessoas beneficiárias

de procurem ações profissionalizantes e, principalmente,

a crença errônea de que as pessoas com deficiência são

incapazes, são importantes questões que precisam ser

vencidas.

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Nesta mesma esteira, entendemos que trabalho não se

constitui na aprendizagem de um ofício, mas na

formação integral de sua personalidade, que possibilite

ao trabalhador assumir decisões quanto a sua vida,

reconstruindo-se constantemente, através de um

processo educacional emancipativo promotor da

independência e da autonomia.

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Temos consciência que o processo de inclusão não será

efetivado mediante determinações legais, mas sem elas

estaríamos, talvez, vivendo como na Idade Antiga, período

histórico no qual as pessoas com deficiência eram

abandonadas ou eliminadas.

Considero, no entanto, que um longo percurso ainda deverá

ser percorrido para que não precisemos mais desfraldar

bandeiras em defesa das pessoas com deficiência.

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Temos consciência que o processo de inclusão não será

efetivado mediante determinações legais, mas sem elas

estaríamos, talvez, vivendo como na Idade Antiga, período

histórico no qual as pessoas com deficiência eram

abandonadas ou eliminadas.

Considero, no entanto, que um longo percurso ainda deverá

ser percorrido para que não precisemos mais desfraldar

bandeiras em defesa das pessoas com deficiência.

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Desta forma, parece-me que para alcançarmos este estágio

de total aceitação das idiossincrasias humanas é necessário

desfazer estigmas construídos sobre as pessoas com

deficiência através do conhecimento científico e possibilitar a

convivência entre as pessoas com características

diferenciadas desde as etapas mais precoces do

desenvolvimento humano.

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Assim, a escola se torna o espaço privilegiado para este

encontro das diferenças humanas, de tal forma que, no

futuro, quando todos, de operário a presidente da republica,

tiverem uma história de relacionamento com a diversidade,

iniciada no espaço escolar, teremos uma nova consciência

social e, quiçá, estaremos discutindo outras questões, por

que esta, a inclusão, será tema do passado.

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BIOGRAFIAS

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DEFICIÊNCIA

Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de

natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com

diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva

na sociedade com as demais pessoas. (ONU, 2006)

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Helen Adams Keller foi uma escritora, conferencista e ativista social estadunidense.Nascida no Alabama, foi dos maiores exemplos de que as deficiências físicas não são obstáculos para se obter sucesso. Helen Keller foi uma extraordinária mulher que ficou cega e surda, desde tenra idade, devido a uma doença diagnosticada na época como febre cerebral (hoje acredita-se que tenha sido escarlatina). Superou todos os obstáculos, tornando-se uma das mais notáveis personalidades do século XX. Foi uma célebre escritora, filósofa e conferencista, uma personagem famosa pelo extenso trabalho que desenvolveu em favor das pessoas com deficiência. Anne Sullivan foi sua professora, companheira e protetora.

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Em 1904 graduou-se bacharel em filosofia pelo Radcliffe College, instituição que a agraciou com o prêmio Destaque a Aluno, no aniversário de cinquenta anos de sua formatura. Falava os idiomas francês, latim e alemão. Ao longo da vida foi agraciada com títulos e diplomas honorários de diversas instituições, como a universidade de Harvard e universidades da Escócia, Alemanha, Índia e África do Sul. Em 1952 foi nomeada Cavaleiro da Legião de Honra da França. Foi condecorada com a Ordem do Cruzeiro do Sul, no Brasil, com a do Tesouro Sagrado, no Japão, dentre outras. Foi membro honorário de várias sociedades científicas e organizações filantrópicas nos cinco continentes.Em 1902 estreou na literatura publicando sua autobiografia A História da Minha Vida. Depois iniciou a carreira no jornalismo, escrevendo artigos no Ladies Home Journal. A partir de então não parou de escrever.

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Nunca se deve engatinhar quando o impulso é voar. (Helen Keller)

As melhores e mais belas coisas do mundo não podem ser vistas nem tocadas, mas o coração as sente. (Helen Keller)

Evitar o perigo não é, a longo prazo, tão seguro quanto se expor ao perigo. A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada. (Helen Keller)

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Stephen William Hawking - Oxford, Inglaterra, 1942), doutor em Cosmologia, é um dos mais consagrados físicos teóricos do mundo. Hawking é professor lucasiano de Matemática na Universidade de Cambridge (posto que foi ocupado por Isaac Newton).

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Stephen William Hawking Hawking entrou, em 1959, na University College, Oxford, graduando-se em física em 1962. Obteve o título de doutor na Trinity Hall em Cambridge no ano de 1966, onde é atualmente um membro honorário. Nesta época foi diagnosticado com a doença degenerativa ELA (esclerose lateral amiotrófica). Depois de obter doutorado, passou a ser investigador e, mais tarde, professor nos Colégios Maiores de Gonville e Caius. Depois de abandonar o Instituto de Astronomia em 1973, Stephen entrou para o Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica e, desde 1979, ocupa o posto de professor lucasiano de Matemática.

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Hawking é portador de esclerose lateral amiotrófica (ELA) , uma rara doença degenerativa que paralisa os músculos do corpo sem, no entanto, atingir as funções cerebrais, esta é uma que ainda não possui cura.A doença foi detectada quando tinha 21 anos. Em 1985 teve que submeter-se a uma traqueostomia em decorrência do agravamento da ELA após ter contraído pneumonia e, desde então, utiliza um sintetizador de voz para se comunicar. Gradualmente, foi perdendo o movimento dos seus braços e pernas, assim como do resto da musculatura voluntária, incluindo a força para manter a cabeça erguida, de modo que sua mobilidade é praticamente nula.

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Thomas Cruise Mapother IV Syracuse, EUA, 3 de Julho de 1962.

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Thomas Cruise Mapother IV - Tom era um menino disléxico e com dificuldades para ler e escrever. Logo quando acabou os seus estudos primários, pela sua dificuldade de superar a dislexia, abandonou os estudos.Na escola ele destacava-se no desporto,e desde pequeno praticava beisebol. Depois de deixar os estudos, Tom queria se dedicar profissionalmente à luta livre. A pouca sorte voltou a atacá-lo, e teve uma lesão no joelho. Depois de longas sessões de tratamento no ginásio, decidiu abandonar a vida profissional de luta livre. Depois destes fracassos, Tom decidiu entrar para um Mosteiro Franciscano, em Cincinnati com a intenção de ser frei. Foram 14 meses de meditação, donde despertou um dia a luz da representação. A sua carreira pastoral chegava ao fim, quando abandona o Mosteiro e, num prazo de dez anos, começou a sua carreira de ator.

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É provável que a humanidade triunfe sobre a cegueira, a surdez e a

deficiência mental, mais cedo ou mais tarde. Mas as vencerá no plano

social e pedagógico muito antes que no plano biológico e medicinal. É

provável que não esteja longe o tempo em que a pedagogia se sinta

envergonhada do próprio conceito de “criança com defeito”, como uma

indicação de certo defeito não eliminável de sua natureza. O surdo e o

cego, participantes da vida geral em toda a sua plenitude, não sentirão

sua deficiência e não darão motivo para que os outros a sintam. Em

nossas mãos está tratar de que o surdo, o cego e o deficiente mental não

sejam pessoas com defeito. [...] Devido a medidas eugênicas e ao sistema

social que tem mudado, a humanidade avançará para outras condições

mais saudáveis de vida. O número de cegos e de surdos se reduzirá de

modo incrível. Pode ser que a cegueira e a surdez desapareçam

definitivamente.

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Porém, muito tempo antes disso, elas serão vencidas

socialmente. A cegueira e a surdez como defeito físico

ainda por muito tempo permanecerão na terra. O cego

seguirá sendo cego e o surdo, surdo, mas eles deixarão

de ser pessoas com defeito, porque a deficiência é um

conceito social e o defeito é o desenvolvimento na

cegueira, a surdez e a mudez. A cegueira por si só não

faz da criança uma pessoa com defeito, não é uma

deficiência, ou seja, uma insuficiência, uma menos valia,

uma enfermidade. A cegueira se converte em uma

deficiência só em certas condições sociais de existência

do cego.Vygotsky.

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Palestra proferida por:

Sérgio Otavio Bassetti (Fundação Catarinense de Educação Especial

– FCCE)