na internet: caderno360.com.br IGREJA de Timburi merece um projeto de...

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gastronomia _ Chef de Timburi ensina a fazer assado delicioso! E tem ainda a salada e a sobremesa. Confira! esportes_ canoagem de Piraju traz 70 medalhas de campeonato nacional Confira o papo cabeça entre nossa repórter mirim e o mestre de teatro Antonio do Vale. exemplar grátis Nesta edição: ANO VI dezembro|2010 meio ambiente_ O recado de Fábio Feldmann sobre o planeta. Leia! PAOLA e o teatro foto: Flávia Rocha | 360 foto: Alexandre Stefani| 360 foto: Flávia Rocha | 360 58 Acompanhe o 360 na internet: www. caderno360 . com.br p.11 p.13 IGREJA de Timburi merece um projeto de restauração Feita de blocos de arenito, a obra chama atenção pela beleza e valor arquitetônico ostenta necessidade de restauração p.20 p.21 foto: divulgação foto: Flávia Rocha | 360 p.12 decoração_ materiais baratos e reaproveitados aparecem em mostra edição de Aniversário! CIRCULAÇÃO mensal em 25 municípios: Avaré • Sta. Cruz do Rio Pardo • Ourinhos • Piraju • Óleo • Timburi • Bernardino de Campos • Manduri • Cerqueira César • Águas de Sta. Bárbara • Fartura • São Pedro do Turvo • Espírito Sto. do Turvo • Ipaussu • Chavantes • Botu- catu • São Manuel • Areiópolis • Ibirarema • Palmital • Cândido Mota • Assis • Tatuí • Agudos • Canitar p.4 Victor, chef de cozinha de Timburi, ensina várias receitas deliciosas

Transcript of na internet: caderno360.com.br IGREJA de Timburi merece um projeto de...

gastronomia_Chef de Timburiensina a fazer assado delicioso! E temainda a salada e a sobremesa. Confira!

esportes_ canoagem de Piraju traz70 medalhas de campeonato nacional

Confira o papocabeça entre nossarepórter mirim e omestre de teatroAntonio do Vale.

exemplar grátis

Nesta edição:

AANNOO VVIIddeezzeemmbbrroo||22001100

meio ambiente_ O recado deFábio Feldmann sobre o planeta. Leia!

PAOLAe o teatro

foto: Flávia Rocha | 360

foto: Alexandre Stefani| 360

foto: Flávia Rocha | 360

58nnºº

Acompanhe o 360 na internet:www.caderno360.com.br

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IGREJA de Timburi mereceum projeto de restauração

Feita de blocos de arenito, a obra chama atenção pela beleza e valor arquitetônico ostenta necessidade de restauração

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foto: divulgação

foto: Flávia Rocha | 360

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decoração_ materiais baratos ereaproveitados aparecem em mostra

edição de Aniversário!

CIRCULAÇÃO mensal em 25 municípios: Avaré • Sta.Cruz do Rio Pardo • Ourinhos • Piraju • Óleo • Timburi• Bernardino de Campos • Manduri • Cerqueira César• Águas de Sta. Bárbara • Fartura • São Pedro do Turvo• Espírito Sto. do Turvo • Ipaussu • Chavantes • Botu-catu • São Manuel • Areiópolis • Ibirarema • Palmital •Cândido Mota • Assis • Tatuí • Agudos • Canitar

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Victor, chef decozinha de

Timburi, ensinavárias receitas

deliciosas

orreiocParabéns 360_ Agradecemos aos amigos leitores que enviaram mensa-gens e ligaram para nos cumprimentar pelo Prêmio Imprensa do Bem: Adriana Righetti, Aldine Rocha Manfrin, Alessandra Serrano, Alexandre Ste-fani, Anderson Luis Cardoso, Angemerli Teodoro, Cacá Vieira, Celina Tavares,Claudia Rocha Manfrin Quagliato, Daniel Quagliato, Daniela Dalmatti, ElaineMoraes, Emerson Zanette, Erik Manfrim, Estela Caparelli, Fabio Dezo, Fer-nando Quagliato, Francisco Rensi, Franco Catalano Nardo, Guca Domenico,Guilherme Aranha, José Antonio Peres, José Marcos, José Mário Rocha de An-drade, Kátia Salomão, Katia Vanzini, Laura Oliva Alon, Leo Spigariol, Lia Al-caraz, Luis Rosa, Luly Salinas, Marcos Zanette, Mario Benedito Rocha deAndrade, Marisa e Baiano, Maristella Rosseto Escobar, Marly FerreiraQuagliato, Miguel Raimundo, Adelair Ferdin, Odette Rocha Manfrin, RafaelSalomão, Roberto Cammarota, Roberto Magnani, Roberto Rensi, Sabato Vis-conti, Theo Werneck, Wonka King, Noêmia e Rosa Alóe,Nilda Caricatti, Hos-terolder, Maria Inocência Rocha de Andrade, Clarice Siqueira, Câmara deVereadores de Santa Cruz do Rio Pardo, José Eduardo Piedade Catalano,Celso Mazargão Barbuto, Maria da Sta. Massa, Lago e Marlene da Blenda.

336600 éé ppuubblliiccaaççããoo mmeennssaall ddaa eComunicação.. TTooddooss ooss ddiirreeiittooss rreesseerrvvaaddooss.. Tiragem destaedição: 1122 mmiill eexxeemmppllaarreess Circulação:•• ÁÁgguuaass ddee SSttaa.. BBáárrbbaarraa •• AAgguuddooss •• AArreeiióóppoolliiss •• AAssssiiss•• AAvvaarréé •• BBeerrnnaarrddiinnoo ddee CCaammppooss •• BBoottuuccaattuu •• CCâânnddiiddoo MMoottaa •• CCaanniittaarr •• CCeerrqquueeiirraa CCééssaarr•• CChhaavvaanntteess •• EEssppíírriittoo SSttoo.. ddoo TTuurrvvoo •• FFaarrttuurraa •• IIbbiirraarreemmaa •• IIppaauussssuu •• MMaanndduurrii •• ÓÓlleeoo •• OOuurrii--nnhhooss •• PPaallmmiittaall •• PPiirraajjuu •• SSããoo MMaannuueell •• SSããoo PPeeddrroo ddoo TTuurrvvoo •• SSttaa.. CCrruuzz ddoo RRiioo PPaarrddoo ••TTaattuuíí •• TTiimmbbuurrii ee ppoossttooss ddaass rrooddoovviiaass CCaasstteelllloo BBrraannccoo,, RRaappoossoo TTaavvaarreess,, EEnngg.. JJooããoo BBaapp--ttiissttaa CCaabbrraall RReennnnóó ee OOrrllaannddoo QQuuaagglliiaattoo.. Redação e Colaboradores: FFlláávviiaa RRoocchhaa MMaannffrriinn‹editora, diretora de arte e jornalista responsável | Mtb 21563›, LLuuiizzaa SSaannssoonn MMeennoonn ‹re-visão›, OOddeettttee RRoocchhaa MMaannffrriinn ‹separação, receitas›, PPaaoollaa PPeeggoorreerr MMaannffrriimm ‹repórter es-pecial›, BBrruunnoo EEnnrriiccoo ‹assistente de produção›, MMaayyccooww .............. ‹design de publicidade›, AAnnaaMMaarriiaa MMaarrttiinnss CCoonnttiieerroo ‹representante comercial e distribuição›, eeCCoommuunniiccaaççããoo ‹realiza-ção›. Colunistas: GGuuccaa DDoommeenniiccoo,, JJoosséé MMaarriioo RRoocchhaa ddee AAnnddrraaddee,, FFeerrnnaannddaa LLiirraa,, TTiiaaggoo CCaa--cchhoonnii e FFaabbiioo FFeellddmmaannnn Ilustradores: FFrraannccoo CCaattaallaannoo NNaarrddoo, SSaabbaattoo VViissccoonnttii e WWeelllliinnggttoonnCCiiaarrdduullooImpressão: FFuullllggrraapphhiiccss.. Artigos assinados não expressam necessariamente a opiniãodesta publicação.. Endereço: PPrraaççaa.. DDeeppuuttaaddoo LLeeôônniiddaass CCaammaarriinnhhaa,, 5544 -- CCEEPP 1188990000--000000 ––SSaannttaa CCrruuzz ddoo RRiioo PPaarrddoo//SSPP •• F: 1144 33337722..33554488 __ 1144 99665533..66446633 •• Redação e Cartas:336600@@ccaaddeerrnnoo336600..ccoomm..bbrr •• Publicidade e Assinaturas: ccoommeerrcciiaall@@ccaaddeerrnnoo336600..ccoomm..bbrr ••Edição On Line: wwwwww..ccaaddeerrnnoo336600..ccoomm..bbrr ddeezzeemmbbrroo//22001100

Trabalho. Sempre me vali destaatividade para curar minhas dores edissabores. Quantos médicos meabriram portas para o ócio com seusdiagnósticos… Até hoje não me entre-guei. Não me atirei ao ambiente cômodo da depressão, do “encostar”que tantos sonham na vida. Isso não me atrai.Quero saúde pra trabalhar. Criar, fazer, realizar.E, com isso, continuar saudável. Porque acho queo trabalho traz saúde, qual um ciclo que se ali-menta daquilo que o move.

Por isso, Graças a Deus, amo trabalhar. Seja noque for. E pra minha maior sorte, amo o que faço.Não me retraio diante os desafios e dos incômodos , afinal, são os “ossos do ofício”. Falo tudo isso porque percebo que muita gente, especialmente nos pequenos centros e entre osmais jovens, vive a ilusão do “dolce far niente”,como objetivo de vida, da esperteza, da sorte.Almejam não fazer nada. E, com isso, nada ser.

Sinto pena e medo. Porque quem nada faz fica àmercê da vida, dos outros, dos ventos. É muitorisco pra desfrutar a graça de viver. E a vida éuma só, queiramos ou não.

Trabalho desde os 20 e poucos anos. E comeceisem precisar. Trampar, como se usa dizer, podeser punk. Mas sempre vale a pena, afinal, basta a

alma não ser pequena, comoensinou o poeta português.

Trabalho, aprendizado, diciplina ecomprometimento impregnam estaedição, pode conferir nas nossasseções de AGRONEGÓCIO,

EDUCAÇÃO, ESPORTES, GASTRONOMIA e nosartigos que estão ótimos. Criatividade e trabalho também são a tônica do que aparece em ACONTECE e CULTURA, que trazem o foco no meio ambiente.

Confira ainda mais uma entrevista da piccola Paola e muitas fotos e diversão emGENTE e MENINADA. Com esta edição, come-çamos mais um ano de 360. A primeira doano 6. Obrigada, caro leitor! Você é nossarazão de ser. Boa leitura! E um Feliz Natal!

Flávia Rocha Manfrin | Editora [email protected]

2_ editorial _oração_correio _ expediente

4_ gastronomia6_ gente

8_ ponto de vista 10_ agronegócio

11_ meio ambiente12_ cultura

13_ acontece16_ meninada18_ bem viver

20_ entrevista Paola21_ esportes23_ educação

24_classificados27_papo cabeça

Índice

Umsantoremédio

xpedientee

2 | editorialOra,Ação!

“ Na multidãode palavras nãofalta pecado,

mas o que moderaos seus lábios é sábio.”

Provérbios10. Vs: 9

Cadê João?João me chamou.João me beijouJoão me namorou, como se deve.Fui feliz com João até o dia emque ele disse adeus.Com toda a delicadeza, poesia eencanto que marcaram todos osdias passados. Inclusive os maisdifíceis, desafinados, complicadosou chatos de viver.João, me chama! Ou, chamo um “João” pra mim.Assim, como você.

Fernanda Lira

rramose

foto: Flavia Rocha | 360

foto: Flávia Rocha| 360

Apesar de nada ter a ver com a história ao lado,o texto da colega Fernanda Lira será dedicado aJoão RAFAEL Nantes, que por sua atitude comomúsico, e por isso, pessoa pública, mostra-sesempre bacana com as pessoas, assim como foio “João” com a Fernanda. João RAFAEL Nantes,figurinha carimbada de nossa coluna GENTE, poisestá sempre nas boas paradas culturais e diver-tidas, apareceu na matéria sobre o Landau 69,publicada na edição 57. E eu anotei seu nomecomo sempre imaginei que fosse desde que oconheci, há cerca de cinco anos, quando vimpra cá fazer o 360. E errei!

É João RAFAEL, não João Gabriel! Desculpe João,

de novo. Sei que você

não se incomodou,aliás, você foi o bomcamarada de sempre.

Mas fica aqui a correçãopública prometida, espero, àaltura do erro! Agora, se você

parar pra pensar em tanta gentelegal que tem esse seu nome, só João basta, é um nomão!

Flávia R.M., editora 360

João Rafael dá oseu recado em

show no Quintaldo Romão, em

Bernardino

Estava eu distribuindo jornal em Timburi quando me deparei comuma nova atividade comercial onde funcionava a antiga casa doartesão. Entrei e ali conheci mais uma família bacana da cidade.Angélica e Victor Ziantonio, mãe e filho que adoram a cidade. O rapaz,para minha sorte, é chef de cozinha, formado pelo Centro Europeu,de Curitiba. Bastou uma descontraída conversa e combinamos que elenos ensinaria a fazer receitas boas para a ceia do Natal.

Nada de peru ou de coisas difíceis de encontrar. Nem de fazer. Victorcumpriu a tarefa com louvor. Fez o almoço diante de alguns convida-dos na Fazenda Sta. Maria do Paraguay, do casal Paula e Roberto Hel-cer. Com muita descontração e ensinando todos os passos, ele provouque faz jus ao elegante uniforme que usa quando assume a cozinha.Podem chamá-lo para festas, eventos, cursos e reuniões. O Victor éuma atração à parte com seu jogo de cintura e seu talento parapreparar pratos de dar água na boca e ensinar dicas que vão deixarseus quitutes ainda mais gostosos.

Contato: 14 97340741 e 41 96553925

4 | gastronomia

CEIA deNatalFlávia Manfrin_

editora 360

ReceitaLOMBO recheadode frutas de Natal do chef Victor Ziantonio

IInnggrreeddiieenntteess::1,5k de lombo de porco200g de gorgonzola50g de damasco200g de frutas secas (castanha de caju, castanha doPará, uva passa,avelã e nozes)200g de bacon1 cebola picada1 cabeça de alho cortado em lâminas1 ovo150ml de cachaça envelhecida em carvalho1 garrafa pequena de vinagre balsâmico300g de framboesa, morango ou frutas vermelhas1 pote de geléia de frutas vermelhas1 tablete de manteiga2 limõesaçúcarsal a gostopimenta do tipo reino a gostoazeitePPrreeppaarroo::Coloque o lombo numa forma e fatie na largura de umdedo sem cortar até a carne se separar totalmente(mantenha a parte inferior inteira). Marine com uma xí-cara de vinagre balsâmico, um limão, uma xícara deazeite e polvilhe sal jogando do alto para espalharbem. Faça o mesmo com a pimenta. Numa tigela mis-ture a cebola, as frutas secas picadas, o damasco bemfatiado, a gorgonzola e um ovo inteiro, amassandotudo com as mãos. Fatie o bacon não muito fino efrite com o alho em 100g de mateiga aquecida. Deixedourar e misture tudo à massa do recheio. Pegueporções do tamanho de uma colher de sopa cheia erecheie as fatias do lombo. Cubra com papel alumínioe leve ao forno aquecido com temperatura média poruns 40 minutos. Retire o papel e deixe assar por mais90 minutos.CCaallddaa:: Enquanto o lombo está no forno, pique as fru-tas e aqueça em banho Maria com 50g de manteiga.Acrescente a geléia (umas 4 a 6 colheres de sopa) ea cachaça. Flambe (coloque fogo) a mistura. Em segui-da coloque de 100 a 150 ml de vinagre balsâmico edeixe em fogo médio para reduzir (secar um pouco).Vá ajustando o sabor, que deve ser cítrico e um tantodoce, com a geléia e o vinagre balsâmico. Coloque olombo assado num travessa e espalhe o molho emtorno. Regue com um pouco de azeite para dar brilho.

foto: Flavia Rocha | 360

Receitasdo chef Victor Ziantonio

IInnggrreeddiieenntteess::300 g de chocolate meio amargo100 g de manteiga sem sal100 g de açúcar70g de farinha de trigo3 ovos2 gemassorvete de crememorangoslicor de cafécreme de leitePPrreeppaarroo::Derreta 200g de chocolate junto com100g de manteiga em banho Maria ereserve. Junte 3 ovos inteiros maisduas gemas e bata com 100g de açúcar. Tem que dar uma clareada em todos juntos. Junte os ovos batidos

com o chocolate derretido na manteigae acrescente 70g de farinha de trigopeneirada. Misture bem e coloque emforminhas de empada preenchendo80% da forminha. Leve ao refrigeradorpor mais ou menos 2 horas para quepossa dar o choque térmico quandolevar ao forno. Asse em forno bemquente (250 a 300 graus) por mais oumenos 10 minutos, até que a parte decima comece a trincar, é o sinal deque esta pronto. CCaallddaa:: Derreta embanho Maria 100g de chocolate e adi-cione 100g de creme de leite. Acres-cente o licor de café e mexa bem.Sirva o bolinho com sorvete, regue coma calda e decore com morangos.

IInnggrreeddiieenntteess::1 pé de alface americana1 maçã verde fatiada1 cebola fatiada100g de tomatinho cerejafrutas vermelhas fatiadassalsinhacebolinha1 carambola fatiada6 cebolinhas mirins2 limõesazeitemostardavinagre balsâmico

PPrreeppaarroo::Lave os legumes e verduras e vácolocando sobre um prato grande.A alface, os tomatinhos, a maçã, asfrutas, a cebola mirim. Numafrigideira, toste a cebola fatiada,com um pouco de azeite ou man-teira. Espalhe as cebolas tostadassobre a salada. Polvilhe com asalsinha e a cebolinha. No centro,sobre uma folha de alface, coloquea mostarda sobre o vinagre balsâ-mico. Faça um molho de limão,azeite e sal para acompanhar.

PETIT gateaude chocolate

SALADA improvisada

fotos: Flavia Rocha | 360

6 | gente

Lado BlackBarrica _Sta. Cruz

fotos: FláviaRocha | 360

Festival Teatro_Sta. Cruzfotos: FláviaRocha | 360

GaragemHaus Bar _Sta. Cruz

fotos: FláviaRocha | 360

Landau69Bar do Celsão_Sta.Cruz

fotos:FláviaRocha |360

Da última vez que fui paraSanta Cruz, encontrei oMicuim e ele disse: – ORio Pardo é nosso. Meu eseu. Quem deu ele pranós? Meu pai e seu pai.

Não havia o que discutir,concordei imediatamente.

Na qualidade de dono doRio Pardo, não abro mãode minha origem barrosa,essa cor achocolatadaque trago na alma. O RioPardo é minha provínciaaquática. Enquanto estoufora, Beto Magnani cuidadele para mim.

Em 1975, a prefeitura deSanta Cruz do Rio Pardopromoveu a primeira tra-vessia a nado, de ponte aponte, fui o número umda cidade – fiquei atrásdo ourinhense Nassim.Mais do que dono, sou orei do rio, mané! Olha queexistência digna: 35 anosde monarquia.

Meses atrás, Quagliatinhomo mostrou a represa deChavantes pelo GoogleEarth. Um mar de águadoce esverdeada, váriasilhas e lugares fantásticos.Ele não percebeu e nem

eu falei, mas senti umpouco de mágoa aoperceber que, vistos decima, fazemos parte dabacia do Paranapanema –um rio que nunca me foiíntimo.

Que humilhação, ser aflu-ente... Nunca mais acesseio programa e não reco-mendo. De soberano par-dense passei a bobo dacorte paranapanêmica,num clique.

Em Chavantes, a granderepresa esverdeada possi-bilita a construção decasas com piers para lan-cha, ao passo que no hu-milhado Pardo a nave-gação se dá através decanoa e varejão. O Pardoé um rio unplugged.

O Paranapanema é Rockin Rio, prefiro o Rock inRio Pardo. Viva o Landau 69!

*Músico e escritor santa-cruzense quevive em São Paulo | [email protected] |

www.gucadomenico.com.br

*Guca Domenico

arte: Franco Catalano Nardo | 360

PARANAPANÊMICO8 | ponto de vista

Faz uns 20 anos que não vejo o Paulo.A vida passa mesmo depressa. Masainda ressoa nos meus ouvidos o somgostoso e maroto da sua risada, de-bochada e sedutora. Era assim com asmeninas (inclusive algumas acabavamse apaixonando por causa disso), comos amigos, que iam tornando-se fiéis àmedida que o iam conhecendo, e foiassim também comigo.

Tornamo-nos amigos. E fomos muitocamaradas, companheiros, cúmplices e,não tenho dúvida, sinceros numa ami-zade, que ganhou o toque extraordi-nário da intimidade familiar. Era tantadiversão, nós na casa dos 16, 17, 18anos... Além de dinâmico, espirituoso,autêntico e de uma disposição incrívelpara ser feliz, Paulo sempre teve umabeleza maior. O mais belo entre os pri-mos, mesmo com tantas boas estam-pas na família. Dos Mutuca, ganhouainda a altura, dando novos horizontesaos belos traços dos Manfrin, como osde Carlito, de Caíto, de Zé Natal. Tam-bém herdou da família ítalo-brasileiraesse tom que mistura brabeza, ousa-dia, coragem e uma certa jocosidadeno humor. Além do espírito festeiro,farrista, como não poderia deixar deser.

Casou-se cedo, com uma bela a ba-cana garota. Uma xará dupla, já que étambém Flávia Rocha por parte demãe, aliás filha de uma grande amiga,a Tuti. Formaram uma bela família. O

que incluiu uma relação admirável delecom o sogro Bijuzinho e sua esposaMiriam. Também com seus irmãos es-tabeleceu uma relação invejável, deamor, respeito, amizade, consideraçãoe muito carinho. Uma alegria para atia Lola, uma mãezona italiana comopoucas. Teve filhos, já moços. Desdecedo, passou a viver longe, num MatoGrosso, tal qual tantos daqui e da suafamília. E com uma companheira que,com ele, fez daquela terra seu novolugar. Por isso nunca mais nos vimos.Nunca tive essa sorte, apesar de tersempre essa vontade.

A amizade, o afeto, a proximidade quevive com Paulo, eu vivi e vivo tambémcom muitos outros primos. Inclusivedas novas gerações. Uma dádiva, queagradeço a Deus. São relações desangue, de confiança, de carinho, decumplicidade, como acontece entre asirmãs, como foi com meu irmão. Coisade Rocha, de Manfrin, de brasileiro,italiano. Da gente.

Os primos me garantem continuar aviver a irmandade masculina. Essacoisa linda que Deus me deu demaneira intensa e inesquecível. Da qualme privou ainda muito pequenininha,mas a tempo de eu poder aprender avalorizar e a vivenciar, com o melhorirmão do mundo. E com a qual Ele mepresenteia desde então. Através dessesprimos que fazem parte dessa minhavida. Todos verdadeiros irmãos.

MEUS irmãos

© Ashestosky | Dreamstime.com

Flávia RochaManfrin

10 | agronegócio

O Brasil vive hoje um momento que trazenormes possibilidades de construçãodo futuro, e nos permite vislumbrar anosde prosperidade para a economia dopaís na esteira do agronegócio - bene-ficiado pelas crescentes exportações dealimentos, abertura de mercados, bioe-nergia e contínua melhoria da competi-tividade do setor rural, que está maisprofissionalizado e será favorecido peloaperfeiçoamento da logística e tecnolo-gia. Tanto o PIB brasileiro como doagronegócio crescerão a taxas superio-res a 5.5%. Portanto, todo negócio, pa-ra ser sustentável, deverá ter crescimen-to rentável a níveis iguais ou preferen-cialmente superiores a esse PIB. Dentrodo agronegócio, não há razões aceitá-veis para performances não compatíveiscom a dinâmica e a pujança do setor.

Aos gestores, é necessário um perma-nente olhar ao mercado e às suas for-ças em constante movimento, fazendoos ajustes necessários para que conti-nuemos competitivos. Deve-se focar, aomenos, em três fatores fundamentaispara o êxito empresarial: 1) O cliente; 2)Os Custos e Resultados e 3) A equipe.

OO CClliieennttee –– Essencial em toda empresaé ter clientes satisfeitos. Se você cum-prir esse requisito, todo o restante seráquase conseqüência. Portanto, perguntea si mesmo e a sua equipe, sempre:“Temos clientes satisfeitos? Encantamose surpreendemos nossos clientes? Todaa nossa equipe, não importa o cargo,

entende e exercita essa máxima? Quem da equipe sai de sua zona deconforto para atender o cliente?”.

CClliieenntteess ssaattiissffeeiittooss ttoorrnnaamm--ssee ffiiééiiss ee sseettrraannssffoorrmmaamm eemm ““aaddvvooggaaddooss oouu pprroommoo--ttoorreess”” ddaa eemmpprreessaa, termo utilizado parase referir aos clientes que se encantamtanto por uma empresa, que contam atodo o mundo sobre ela. Tornar a ex-periência do cliente positiva é uma pri-oridade crucial para que a empresacumpra suas metas de negócios e per-maneça no topo da sua indústria.

Você tem poucos colaboradores comeste perfil? Privilegie-os. Liste suas ativi-dades, produtos, ações, gastos, etc. eclassifique o seu valor para o cliente.Elimine tudo que devora os seus lucros.

OOss CCuussttooss ee RReessuullttaaddooss –– A forma maisfácil de ganhar dinheiro é deixar de per-der. Parece básico, mas poucos o fazemcom a profundidade necessária. Seja im-placável com custos particularmente nosbons anos e ao gerar lucro. Elimine osupérfluo, ou seja, tudo que não geravalor ao seu mais importante patrimônio:o cliente. Olhe seus processos, fornece-dores, prazos de compra e vendas. Elessão compatíveis? É o melhor que vocêpode ter? O seu cliente não pode pagarpor suas ineficiências.

TTeerr ccaaiixxaa ddiissppoonníívveell éé uummaa rreeggrraa ddeeoouurroo.. Lembre-se do ditado americano:

“Cash is King!”. Você e seus colaborado-res precisam entender e abraçar o tema“fluxo de caixa”. EEssttaa éé uummaa ttaarreeffaa ddeettooddooss.. A saúde do seu negócio é reflexodireto da qualidade de seu fluxo de cai-xa e de sua capacidade de gerar exce-dentes e manter-se adiante da curva.

AA EEqquuiippee –– Finalmente o mais impor-tante: pessoas. Você se cerca de pes-soas competentes ou medianas? Comoseparar quem contribui de quem “en-rola”? Tenho aqui duas regras de ouro:

Separar aqueles que vêm até você comproblemas e soluções, com propostasde melhoria, com visão sistêmica do ne-gócio, daqueles que vêm para te dizerque não dá, que será difícil, que é im-possível, que o concorrente é melhor, ocliente é chato, etc. Francamente, vocênão precisa das pessoas do segundogrupo, elas não fazem nada pelo negó-cio e muito menos pelo cliente. Olhe pa-ra os “gerundiais”. Eles estão sempreolhando, analisando, pensando, vendo,estudando, verificando, postergando, etc.Fique atento a esse vocabulário típicodos perdedores. Livre-se deles.

Valorize os que constroem de verdade,os que realmente gostam do cliente eem particular aqueles que em meio àcrise se engajam ainda mais, trazemsoluções e ideias. É na crise que conhe-cemos de verdade os nossos melhorestalentos. Valorize os que te criticamcomo conselheiros, os que vivem onegócio e claramente têm metas, de-safios e contribuem.

Celebre com eles. Reconheça suas pe-quenas e grandes contribuições, “toqueo sino” e crie um senso de realizaçãoque ecoe por todos os cantos da em-presa. Valorize quem ousa, cria e tomariscos. Evite “os normais”, a normalidadenão dá primeira página. A mediocridadenão faz história e não cria legados.

O cavalo está passando por toda a dé-cada. Estamos na era de ouro. Nossospais e avós não tiveram esse privilégio.Uma oportunidade única para fazer ahistória. VVooccêê tteemm 1100 aannooss ppaarraa ccrreesscceerr,,bbrriillhhaarr,, iinnssppiirraarr,, ccoonnssttrruuiirr ee ccoonnttrriibbuuiirrppaarraa uumm BBrraassiill ssoobbeerraannoo,, eeccoonnoommiiccaa--mmeennttee ppuujjaannttee ee ssoocciiaallmmeennttee jjuussttoo..

© Selvam Raghupathy | Dreamstime.com

CONSTRUINDO o futuro dos negócios: Você está preparado?

*Antonio Carlos Zem

*presidente da FMC Agricultural Products para a América Latina,multinacional americana que atua em diversos segmentos em 34 países. No Brasil, está sediada em Campinas. De forte vocação no setor agrícola, temextensa linha de defensivos agrícolas para culturas de algodão, arroz, batata,café, cana-de-açúcar, citros, milho, soja, tabaco, tomate, entre outras.

11 | meio ambiente

*Fabio Feldmann

SINALVERDE

Nos próximos dias, de 29 de novembroa 10 de dezembro, será realizada emCancun, no México, a 16ª Conferênciadas Partes (COP 16) da ConvençãoQuadro das Nações Unidas sobre Mu-danças Climáticas. Trata-se da maisaguardada reunião do ano, para que ospaíses possam efetivamente chegar a umnovo acordo internacional que substituao Protocolo de Kyoto e estabeleça novasmetas de redução de emissão doschamados gases efeito estufa (GEE),garantindo assim o equilíbrio climáticono mundo.

A Conferência inicia-se mediante umquadro alarmante: segundo pesquisarecém lançada por climatologistas, o anode 2010 será o ano mais quente daHistória, desde o início dos registros, em1850. Além disso, a concentração deGEE na atmosfera alcançou, tambémneste ano, sua marca recorde. O agrava-mento contínuo desses dados pode gerarinúmeras conseqüências negativas, aexemplo do aumento da temperaturamundial, degelo de calotas polares, au-mento do nível do mar, desaparecimentode cidades litorâneas, aumento do nú-mero de refugiados ambientais, aumentoda chance de propagação de epidemiase doenças, entre outros. Diante dessesfatos, torna-se fundamental que ospaíses consigam chegar a um consenso.

No entanto, tamanha urgência não con-segue se refletir facilmente no tão espe-rado acordo climático. Tal expectativa jáera esperada na COP 15, realizada emCopenhague, no final do ano passado,mas que não conseguiu definir umacordo legalmente vinculante. Ao invés,

definiu um “acordo de intenções”, elen-cando consensos políticos fora de umarcabouço legal. Em Cancun, os paísesterão a chance de captar tais consensose transformá-los em ações operativas.Para tanto, será necessário um enormeesforço político, tanto de países desen-volvidos, quanto de países em desen-volvimento.

Ao tratar da definição de medidas eplanos de adaptação, que são iniciativaspara minimizar o impacto negativo dasconseqüências das mudanças climáticas,os países estão dando sinais para a cri-ação de um marco institucional especí-fico para apoiar essas medidas,principalmente nos países em desenvolvi-

mento, que são os que mais sofrem comos impactos negativos das mudançasclimáticas. Este marco poderia ser a cria-ção de um “Fundo Verde” que canali-zasse ajuda financeira para tal objetivo.

No entanto, é na definição das medidasde mitigação que a Conferência encon-tra o seu maior obstáculo, já que osmaiores emissores de GEE, os EUA e aChina, não dão nenhum sinal de avançoem relação à adoção de metas de re-dução de emissão legalmente vinculantes.Sem o comprometimento dessas duaspotências, dificilmente um acordo seráestabelecido.

Segundo estudo do Programa das

Nações Unidas para o Meio Ambiente(PNUMA), os esforços voluntários divul-gados pelos países já não são mais su-ficientes para conter o agravamento dasmudanças climáticas. O estudo analisoutodas as promessas já anunciadas parareduzir as emissões de GEE e concluiuque, todas as promessas, de todas asnações, somadas, não são suficientespara deixar o mundo abaixo do aumentode 2ºC, considerado o aumento limitepara que os efeitos das mudançasclimáticas não sejam irreversíveis.

Esta reunião, que se iniciará dentro depoucos dias, é a chance que temos paradar um passo além e impedir com queo fenômeno do aquecimento global seagrave ainda mais. Já passou da horados países pensarem no futuro da Hu-manidade e do Planeta.

JÁ passou da hora

© Davidundderriese | Dreamstime.com

*Ambientalista, criador e partici-pante de várias organizações nãogovernamentais, como a FundaçãoSOS Mata Atlântica. Foi deputadofederal (1986-98), Secretário deMeio Ambiente do Estado de SãoPaulo (1992-95), criador do FórumBrasileiro de Mudanças Climáticas(2000) e do Fórum Paulista de Mu-danças Climáticas Globais e de Bio-diversidade (2005). Atualmente,dirige um escritório de consultoriaambiental, que busca promover osprincípios do desenvolvimento sus-tentável nos diversos setores daeconomia. • ffconsultores.com.br

© Robert Lafaye | Dreamstime.com

Patrimônios históricos carentes de restauração é o quenão falta nas pequenas cidades do interior de SãoPaulo, a maioria centenárias ou em vias de completarum século. Esse cenário, que acaba por entristecer osque têm consciência do valor desses pontos históricose por impedir que novas gerações deem o devido valorao acervo arquitetônico e natural das cidades, aparececomo oportunidade para empresas interessadas emcontribuir para o desenvolvimento dos municípiosatravés de ações que convergem para sua responsabi-lidade social e contribuem fortemente para suas mar-cas, fortalecendo o trabalho de “branding”, como hojechamam os marqueteiros de plantão o que antes era“ação institucional”.

Igreja de Timburi – Principal edificação da pe-quena Timburi, um dos santuários ecológicos daregião, a igreja matriz Santa Cruz de Timbury, segue oestilo medieval e pode ser considerada “um pratocheio”, para quem quer verdadeiramente recuperar ospontos históricos e turísticos do Estado de São Paulo.O que não faltam são leis de incentivos fiscais, que fa-cilitam a migração de dinheiro que as empresas pagamem impostos para a recuperação dessas obras, aindacom o mérito de serem “patrocinadoras” do trabalho.

Monumento secular –A igreja teve suas obras ini-

ciadas em 1917 pelo padre português Bento Gonçalvesde Queiroz. Foi contruída com blocos de arenito típicoda região, chegando a ser improvisado um grandeguindaste para transportar o bloco único do qual foifeita a pia batismal. A obra foi concluída em 1929.

Até hoje a igreja é o principal monumento ar-quitetônico de Timburi, mas está visivelmente atingidapelas ruínas do tempo e da falta de uma políticapública verdadeiramente eficaz em benefício dos benshistóricos e culturais brasileiros, especialmente porparte do governo estadual, que converge verbasdesnecessárias aos municípios em anos eleitorais e nãofaz um trabalho verdadeiramente conscientizador eedificante junto às esferas municipais.

O esforço estadual também é ausente no que diz res-peito a conclamar as empresas que se valem desses pe-quenos, porém importantes, mercados, já quecorrespondem a boa fatia (cerca de 30%) do segundomaior mercado do país que é o interior de São Paulo.

Em outras palavras, um Estado como São Paulo, tem“poder de fogo”, como se costuma dizer, para con-vencer as empresas de que nem só a Amazônia mereceinvestimnetos privados, mas também as pequenascidades paulistas, que tanto rendem aos cofres públi-cos e privados do país.

A praça em torno da igreja é convida-tiva, repleta de plantas bem cuidadase bancos para o público aproveitar

O prédio tem problemas estruturaisque requerem uma solução o maisbreve possível para que se possamanter as características originais

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IGREJA de Timburimerece restauração

Um dos mais belos patrimônios históricosdo sudoeste do Estado de São Paulo,

a igreja matriz de Timburi ainda encantaos visitantes da cidade que almejatornar-se estância turística em razão de seu acervo natural diferenciado.

O monumento precisa urgente de apoiode investidores interessados em zelarpela história e pela cultura do país

| meio ambiente _ cultura

fotos: Flavia Rocha | 360

13 | meio ambiente _ acontece

Toc toc toc. A madeira está em alta. Tratada, legal, apro-veitada… de todas as formas. Uma visita a um dos maissofisticados evento de decoração do país, a Casa Cor Trio,realizado em São Paulo em novembro no JOckey Clubesó fez comprovar isso. Pautada em três temas, escritório,festa e boa mesa, a mostra estava repleta de objetos quecomprovam essa tendência da volta às origens, da valori-zação do simples, da consagração do aproveitamento demateriais e da economia na geração de lixo.

Os ambientes, todos bastante requintados, sempre conti-nham demonstração clara de uma nova consciência nomundo da decoração. Nada de ficar jogando fora o quepode ser utilizado, transformado. Outra evidência é a sim-plicidade dos objetos. Uso de restos de tinta, suportes bas-tante básicos e objetos repletos de partes, qual um quebracabeça, mostraram que podemos olhar para nossas ve-lharias pensando em torná-las interessantes objetos afazer diferença na nossa casa, no trabalho ou mesmo nonosso comércio.

Brasil em alta – Além do conceito do aproveitamento,também os temas nacionais estavam em alta. Dos animaisque inpiraram os criadores, entre arquitetos, decoradorese artistas plásticos, às plantas de adorno e tecidos tudotrazia o sentido forte de uma mostra bastante brasileira.

Mostra de decoração realizada em SãoPaulo comprova que o uso de materiaissimples e ecológicos, como madeira dedemolição, bambus e papelão estão emalta e conferem estilo aos ambientes

USO de material barato e recicladoé destaque em mostra de decoração

reportagem Flávia Manfrin – fotos Alexandre Stefani

A mesinha de centroaparece em duas

versões: vidro sobrevaretas de metal e

vidro sobre varetas debambu ou madeiraamarradas. Abaixo,

sala japonesa feita dealmofadas, madeira e

vidro. Tudo muito simples de ser feito

A estante da foto é rústica e fácil defazer. Ripas de madeira, do tipo caixote,sobre pés iguais aos de um simples banco.Até a pintura apareceu em cores variadase descascadas, indicando uso de restos.

Ao lado, vasos muito simples com as plantas de ponta cabeça. Abaixo um

lindo cavalo feito de restos de madeira

fotos: Alexandre Stefani | 360

As paredes aparecem compostas de estantes assimétri-cas, evidenciando a possibilidade de aproveitamento demateriais de diversos tamanhos, como vemos no modelode madeira acima. Ao lado, parede de banheiro de res-taurante revestida de copos plásticos pintados e grafita-

dos, fazendo contraponto aos acessórios de inox. À di-reita, parede feita de tubos de papelão decoradas complantas e bancos de madeira. Distintas entre si, as cria-ções da mostra têm um forte ponto de convergência: usoe reaproveitamento de material barato e fácil de achar.

fotos: Alexandre Stefani | 360

A cadeira de escritório ganha destaque, demonstra con-forto e é feita de tiras de malha recheada de matelassêtrançadas sobre estrutura fina de ferro. A simplicidadede produção também, aparece na namoradeira feita detábuas assimétricas, de tonalidades diferentes, empi-

lhadas e fixadas com parafusos de metal. Também bas-tante rústico, o balcão do restaurante japonês tem basesbastante simples para sustentar um longo tronco de ma-deira irregular que levou apenas um verniz fosco. É na-tureza e os elementos simples em versão muito chic.

Basta criatividade para transformar materiais usados, sobras e outros itens

baratos que muitas vezes se joga fora emobjetos de estilo e muito bom gosto

fotos: Alexandre Stefani | 360

Papai Noel nãodeixa ninguémna mão. Acheas 7 diferenças!

RReessppoossttaass::Laço do Presente de cima. Lua. Pompom do gorro. Nuvem abaixo dos pés. Janela de baixo à direita.Fivela do cinto. Janelas pequenas à esquerda.

arte: Wellington Ciardulo | 360

DDiissppoonníívveell eemm SSttaa.. CCrruuzz,, OOuurriinnhhooss,,IIppaauussssuu,, CChhaavvaanntteess,, BBeerrnnaarrddiinnoo ddee

CCaammppooss,, CCaanniittaarr ee EEssppíírriittoo SSttoo.. ddoo TTuurrvvoo

16 I meninada

– Mãe, escuta só o que o vô falou: “Quem cala con-sente.” O que é isso? – Quer dizer que se eu disser que você é um meninopreguiçoso e você se calar, você consente, você con-corda. – E o Pingo? Ele sempre late quando falo com ele. – Nem sempre Alvinho. Pingo é mais do tipo:“Quando um burro fala, o outro abaixa a orelha”. Seele faz uma coisa errada e você fala bravo com ele,preste atenção, ele se encolhe, esconde o rabo, sedeita e abaixa as orelhas.

– Mãe, quando ele percebe que vou levá-lo prapassear, ele late e levanta as orelhas. – Pingo é esperto Alvinho, ele fica feliz e ao mesmotempo diz que você não é burro e sim um meninomuito inteligente. – Hum! Muito esperto esse Pingo.

PINGOA LÍNGUA do PINGO

fundo: © Dannyphoto80 | Dreamstime.com

arte: Sabato Visconti | 360

18 | bem viver

Não dá pra entender o que faz as pesso-as serem tão teimosas diante de evidên-cias. Vou listar aqui três situações que serepetem exaustivamente, as quais não dápra culpar governos: a incidência contínuada Dengue, do Lixo que entulha bocas delobo e causa enchentes, da contaminaçãode parceiros com vírus que podem ser le-tais, como a AIDS, por exemplo.

São três situações corriqueiras e simplesde lidar. A dengue se evita eliminandoágua parada exposta, que contribui para aproliferação do mosquito transmissor. Olixo basta jogar no cesto, ou levar pracasa quando o local não oferece os reci-pientes apropriados. A Aids e outras doen-ças sexualmente transmissíveis têm nacamisinha um santo protetor.

Qual a razão, então, para essas três si-tuações continuarem a consumir milhõese milhões de dinheiro dos governos? Reclamamostanto dos gastos públicos mal direcionados e obriga-dos os governantes a torrar grana pra nos lembrardas mesmas coisas?

Isso me parece muita indiferença.Não com o próximo,mas consigo. E com todos os próximos também. Fosseeu a responsável, multaria os que provocam a conti-nuidade desses problemas. Lanchonetes que tratemde recolher o lixo deixado por seus clientes em suacalçada e nas proximidades, morador que elimine aágua parada, ou tome-lhe canetada. E quem não fizerteste de HIV fica fora do mercado de trabalho.

Tais medidas, por outro lado, parecem atitude debedel, de inspetor. Uma atitude chata. Mas chatomesmo é ver tanta gente agindo feito bobo, dando deombros para questões que comprometem a própriasaúde e a dos outros. E não pensem que apenas po-

bres coitados sem eira nem beira se comportam maldesse jeito. Tem muito menino e menina ricos, em-presários, advogados, professores… que continuam acometer todas essas asneiras.

Cresça e apareça – A insistência em manter-se indi-ferente à necessidade de mudar hábitos simples tam-bém aflora – e muito – nas relações pessoais. Aimpressão que se tem é que todo mundo quer conti-nuar como garotinho de jardim de infância, que estáaprendendo os primeiros passos na convivência social.É o patrão e o empregado que não conseguem esta-belecer uma relação profissional e ficam às turras compicuinhas e falta de noção do papel de cada um. É ofilho de barba branca que ainda não aprendeu a res-

peitar os pais, muito menos a esposa, são pais degente grande que trata os filhos quais pimpolhos. Sãocasais que vivem criando caso quando poderiam estarcuidando de fazer o possível para tornar a vida dosdois o mais tranquila possível.

O que nos fará crescer? Tomara não seja o mal, ador, a tragédia. Tomara seja este texto, a despertarsua ação. Mude, não somos paus que nascem e mor-rem tortos. Somos seres inteligentes, a quem foi dadaa graça de fazer da própria vida algo muito, masmuito melhor. Experimente!

FIQUE DE OLHO na Dengue e

no lixo!

*Jornalista de São Paulo que adora ointerior | [email protected]

*Fernanda Lira

MUDANÇA de hábitosÉ tão simples evitar a Dengue. Bastaquerer. Afinal, o mosquito só se de-senvolve em água parada. E nadamais simples que evitar isso na suacasa, no seu trabalho, no seu lazer.

Com as enchentes é igual. Se na suacidade não tem lixeiras nas ruas,leve o seu lixo pra casa. Afinal, ele éseu. É responsabilidade sua. E sevocê se depara com o lixo alheio,ajude a colocá-lo no lugar certo.Tem uma frase que facilita essaquestão: Ninguém tem aobrigação de catar olixo que você joga nochão (nem mesmo ovarredor de rua),mas não custa nadarecolher o lixo quealguém jogou. Pensei nisso!

© Denys Dolnikov | Dreamstime.com

20 | exclusivo

PPaaoollaa:: CCoommoo vvooccêê ssee ttoorrnnoouu uumm ddiirree--ttoorr ddee tteeaattrroo??AAnnttoonniioo ddoo VVaallllee:: Eu cresci vendo umpouco de teatro de circo quando iapara as pequenas cidades onde eumorei, e eu sabia fazer aquilo mais nãosabia dizer o porquê, me emocionavamuito com os grandes dramas de circo.

Mais tarde em São Pau-lo, comecei a

ver teatro,p r e s t e i

vestibu-l a r ,

pas-

sei e nunca mais parei. Já vai para qua-se 40 anos.

PPaaoollaa:: SSuuaa ffaammíílliiaa nnuunnccaa tteevvee nneennhhuummaarreessttrriiççããoo??AAnnttoonniioo ddoo VVaallllee:: Quando meu pai fale-ceu eu ainda não fazia teatro, traba-lhava no escritório, mas em casa nuncaninguém se incomodou com o que es-colhemos para nossa vida. Tenho umairmã psicóloga, um irmão que cuida deempresa, um ferramenteiro. A mais novacasou-se muito cedo, ela é dona decasa, o único que seguiu a arte fui euque nasci com esse dom nessa famííia.

PPaaoollaa:: PPoorr qquuee vvooccêê aacchhaa qquuee oo tteeaattrrooéé iimmppoorrttaannttee??

AAnnttoonniioo ddoo VVaallllee:: O teatrotem uma função de diver-tir, de emocionar. De umaforma ou de outra, sem-

pre esta tentando levaras pessoas a refletir

sobre suas vidas, a pen-sar sobre sua funçãoneste mundo. A verda-deira função do teatro éa função social. Ele temque funcionar como umespelho. A pessoa sevê lá e a partir dissoesteja se divertindo,se emocionando, pas-sam a refletir sobre omundo que a gentevive, sobre suas vi-das, sobre o que agente faz nesse mun-do. Nas razões de es-tarmos aqui, por queexiste tanta miséria,tanta contradição, tan-ta gente que tem desobra e outras quenão tem nada, por queque se guerreia, porque que há tanta cor-rupção, por que que apolítica é assim…

O bom teatro é aquele que faz as pes-soas saírem de lá refletindo e a partirdaí tenham uma mudança em sua vida,no crescimento e na evolução espiritual.

PPaaoollaa:: QQuuaall ttiippoo ddee tteeaattrroo ttee aaggrraaddaammaaiiss??AAnnttoonniioo ddoo VVaallllee:: O melhor teatro éaquele que é bem feito e que tenhauma devida função social. Eu não soucontra a diversão pela diversão, pode-sefazer muitos espetáculos que se diver-tem também, mas tem que ter conteúdo,contar alguma coisa para as pessoas. Oque eu não gosto é quando cai paraum humor sem um sentido, sem provo-car o público, quando cai para umhumor mais chulo, eu não gosto muitodisso não. Na realidade, por ter outrasopções, nunca irei ver esse tipo de tea-tro, então é o teatro provocante que fazas pessoas evoluírem na sua caminhada.

PPaaoollaa:: CCoommoo ffooii oo pprriimmeeiirroo tteeaattrroo qquueevvooccêê ffeezz?? AAnnttoonniioo ddoo VVaallllee:: Meu espetáculo de for-matura em São Paulo foi no teatro quese chama Teatro do Absurdo. Eu fiz naescola e depois sai profissionalmentecom meu espetáculo de formatura e foio espetáculo que me deu o primeiroprêmio no teatro, de revelação de dire-ção do ano e de revelação de ator. Eucomecei já com um teatro muito sério,um teatro poético e muito provocante,em relação a isso que eu acabei dedizer, de mexer com as pessoas. É umtexto que pode-se dizer se fala do fimdo mundo, eu fiz um jogo que dá aideia do fim da humanidade do fim dostempos, um texto do apocalipse.

PPaaoollaa:: VVooccêê ggoossttaarriiaa ddee mmaannddaarr uummaammeennssaaggeemm ppaarraa nnoossssooss lleeiittoorreess??AAnnttoonniioo ddoo VVaallllee:: Eu gostaria de dizerjá estava na hora da semente culturaldo teatro ser plantada em Santa Cruzdo Rio Pardo. Nós temos aqui pertinhodois festivais, o de Avaré e o de Ber-nardino de Campos que é uma cidade

de 10 mil habitantes e já vai para a 7ªedição do festival. Aqui tem um teatromunicipal maravilhoso, tem uma figuracomo o Umberto Magnani, que é umator nacional. Então, o que aconteceueste ano aqui, deveria ter acontecido láno espaço próprio, no teatro que é oPalácio da Cultura. Deveria ter tido apoiodo governo municipal para que não pre-cisasse cobrar ingresso e lotasse todasas noites. Alguns dias o festival foi bem,chegou a ter público de 300 pessoas,mas nos outros não foi assim. E tudotem a ver com o espaço onde aconte-ceu. As pessoas acabaram achando queera só para sócio do clube que foi olocal que deu abrigo ao festival.

Também quero dar parabéns aos em-presários da cidade que colaboraram(veja lista abaixo), à imprensa que divul-gou, aos profissionais que estiveram lá,como o Claudio da Band, que esteve látodas as noites, participou de todos osdebates. Mas acho que isso é uma se-mente que foi plantada e que o ano quevem tem que ser assumida pelo governolocal e que tem que ser feito de umamaneira que atinja a cidade, porque tea-tro é arte, cultura é arte. Você tem quedizer para as pessoas que isto está lá,porque quando elas vão, elas gostam.Aí elas querem ver todas as vezes quetiver. Com apoio, o ano que vem comcerteza vai ser maior e vai ter muitomais público e daí pra frente ninguémsegura mais. A cidade vai ter seu pró-prio festival de teatro.

DDeessttaaqquuee:: Conheça as empresas queapoiaram o I Festival de Comédia deSta. Cruz: IIccaaiiççaarraa CClluubbee,, RReessttaauurraannttee OOssGGaalleegguuiinnhhooss,, IIaassnnaaiiaa LLaanncchheess,, MMaaggnnooAAllvveess PPoouussaaddaa,, WWiizzaarrdd IIddiioommaass,, ÓÓppeerraaSSoomm,, JJuunniinnhhoo PPeerreess CCaammiissaarriiaa,, MMiiccrrooWWaayy,, PPoossttoo PPaauulliissttaa,, EEdduuaarrddoo TTaavvaarreessHHaarraaddaa AAssssiisstt.. CCoommppuuttaaddoorreess,, DDrr.. LLeeaann--ddrroo FFoonnsseeccaa OOrrttooddoonnttiiaa..

Seguindo os passos de Ourinhos, Avaré e Bernardino,Santa Cruz enveredou pelo bom caminho do teatro

e realizou o I Festival de Comédia. Nossa pequena repórter conheceu um

grande nome do teatro brasileiro que dedica-se a promover o teatro nas cidades brasileiras:

o ator e diretor Antonio do Valle

DDeesseejjaa aa vvooccêê uumm ddeelliicciioossoo,, hhaarrmmôônniiccoo ee bbeemm ffeelliizz NNaattaall !!DDeesseejjaa aa vvooccêê uumm ddeelliicciioossoo,, hhaarrmmôônniiccoo ee bbeemm ffeelliizz NNaattaall !!

IIoogguurrtteeFFaazzeennddaaBBootteellhhoo..

VAMOS ao Teatro?

Paola entrevistaAntonio do Valleno Graal Kafe

Paola quersaber

R e p ó

r te r E s

p ec i a l

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foto: Flavia Rocha | 360

A Equipe Pirajuense de Canoagem Ve-locidade trouxe 70 medalhas, sendo30 de ouro, da última etapa do Cam-peonato Brasileiro de Canoagem Velo-cidade, ocorrido entre 24 e 28 denovembro, na Raia Olímpica da USP,em São Paulo. O surpreendente resul-tado foi alcançado por uma equipe de30 atletas, que trouxera também otroféu Equipe Campeã do Campeo-nato Brasileiro de Canoagem - 2010.Com esse resultado, a APEN (Associa-ção Pirajuense de Esportes Náuticos),à qual os canoístas são filiados, somou277 pontos, 103 pontos acima da se-gunda colocada, a ACEN (AssociaçãoCaxiense de Esportes Náuticos).

Seleção Brasileira – As conquistasda equipe de Piraju no CampeonatoNacional rendeu aos atletas Rodrigo eRoberto Cabral, João Mota, e ao téc-nico Romerson de Matos, o convitepara integrar a Seleção Brasileira deCanoagem Velocidade. Ele vão se jun-tar a outro atleta pirajuense que já in-tegra Seleção Brasileira desde 2008, o

premiado João Carlos Rodrigues Ju-nior (sete medalhas no campeonato).

Apoio público e privado – As con-quistas memoráveis da equipe de Ca-noagem de Piraju tiveram apoio daPrefeitura Municipal de Piraju e da Sa-besp, que arcaram com os custos dapermanência da equipe em São Paulodurante a competição. Outras empre-sas interessadas em apoiar esse time eatletas dedicados e vitoriosos devementrar em contato com a secretaria deTurismo (14 3351.9588)

PIRAJU édestaque

na canoagem

fotos: divulgação

A turma de atletas de Piraju só viajougraças ao apoio da Sabesp e tambémda Prefeitura da cidade

Uma das provasdisputadas nasraias da USP

21 |esportes

Finalmente aconteceu. E num dia reluzente de sol. Océu anil tornou a 24a. Corrida de Bóia de Santa Cruz doRio Pardo um evento ainda mais gostoso de participar.Camisetas para todos os participantes, uma grata lem-brança da prova, prêmios para equipes, feminino e mas-culino adulto e infantil, além de duas categorias paraveteranos que fizeram a história da prova. Além detroféus para os três primeiros colocados de cada cate-goria, as empresas Special Dog, Caminho da Moda, Su-permercado São Sebastião e este Caderno 360, quefizeram questão de estampar seus logos nos uniformes,trataram de premiar com dinheiro os primeiros coloca-dos. No total, foram R$ 600,00 distribuídos segundocritério da Secretaria de Esportes do Município.

Sem pressa –Tirando os atletas que realmente se em-penham em vencer a prova, a maiora dos 180 partici-pantes quis mesmo foi se esbaldar nas águas do Pardo.Esse rio delicioso que deixa a gente bronzeada de terravermelha e em paz com a natureza.

Angemerli Teodoro não é de brincadeira. Mas foi comum alto astrak gigante que a dentista que é voluntária ecoordenadora da Turma do Bem promoveu a Cami-nhada do Bem, em Ourinhos. O objetivo, além de pro-mover o trabalho do projeto capitaneado pelo dentistaFabio Bibancos, foi arrecadar recursos com a venda dasCamisetas do Bem lançadas pela Trident, patrocinadorado projeto, para ajudar a aumentar o caixa do projeto e,assim, ampliar o atendimento a mais e mais jovensbrasileiros que carecem de atendimento odontológico

especializado para tratar de sérios problemas. Angemerlicontou com o apoio de duas empresas de Ourinhos – aEstação Baguette e o Studio Pilates Alexandre Macedo.Eles reuniram 60 pessoas que literalmente vestiram aCamiseta do Bem. Você também pode ajudar essa ondaa ficar ainda mais legal. Basta comprar sua camiseta pelosite www.tridentbrasil.com.br/camisetas. Eu comprei,chegou muito rápido. Comprove!

CORRIDAde Bóia

em Santa Cruz

CAMINHADA dobem em Ourinhos

foto: Rodrigo Salaro | 360

foto: divulgação

foto: Thais Balielo | Debate

O tempo quente típico da região nesta época do ano está rendendo atividades em grupo. SantaCruz do Rio Pardo e Ourinhos realizaram divertidos programas comunitários que merecem destaque.

por Flávia Rocha Manfrin_editora 360

A estudante Ana Carolina Gonçalves Elói, de 16 anos, da Es-cola Estadual Dr. Miguel Priante Calderaro, de Bernardinode Campos, venceu a terceira edição do Concurso de RedaçãoCamélia da Liberdade, que teve como tema João Cândido,100 Anos da Revolta da Chibata. O concurso realizado peloCentro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap)e organizado em São Paulo pelo Instituto do Negro PadreBatista, premiou a vencedora com um notebook e uma im-pressora multifuncional, além de um notebook para seumestre orientador e 10 computadores para a escola. A estu-dante também terá sua redação “O pássaro que ousou cantara igualdade”, escolhida pela Censgrario entre mais de 4,1 milinscritas em todo o Estado de São Paulo, publicada em livrocom as melhores redações de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Vontade de aprender –Como muitos que sonham em ter-minar com as injustiças sociais, a estudante descarrega suasemoções na escrita. Cursando o segundo ano do ensinomédio, ela é filha única de um casal que trabalha na “roça”,como ela diz. Acorda às 5 da manhã, viaja 9 km para chegarà escola e ainda cuida da casa, inclusive do almoço.Carolinaainda encontra tempo para escrever o seu primeiro livro, “ODiário de um soldado”, que já soma 170 páginas. “Vencer oconcurso foi um grande presente”, diz a jovem, que sonha es-tudar Biologia e Jornalismo. Sobre o concurso ela diz:“aprendi muito com o tema. O que quero em minha vida équebrar preconceitos e lutar para acabar com as injustiças.”

João Cândido – O tema do concurso foi a história de per-severança, de luta por igualdade de direitos do marinheirolíder da primeira revolta no Brasil República. Voltado aalunos do ensino médio de escolas públicas, particulares ecursinhos pré-vestibulares, o Concurso de Redação Caméliada Liberdade tem por objetivo refletir sobre ações afirmativaspara o cumprimento da Lei Federal 10.639, de 9 de janeirode 2003, que determina a inclusão do tema História e Cul-tura Afro-Brasileira no currículo da rede oficial de ensinobásico e médio.

O texto ao lado, por uma feliz coincidência, traz referências aJoão Cândido e foi elaborado por outro apixonado pelo saber.

23 |educação

ESTUDANTE da regiãovence concurso estadual

ENSINA-ME se for capaz

fotos:divulgação

Ana Carolina durante a cerimôniade entrega do prêmio,entre o dire-tor da escola, Cluadionor e o pro-fessor Valdeci (à direita)

CCoomm eessssaass ppaallaavvrraass JJooããoo CCâânnddiiddoo eennccaarroouu aa pprroo--ffeessssoorraa ee ddeessaaffiioouu.. AA eessccoollaa nnããoo eerraa oo sseeuu aamm--bbiieennttee,, nnããoo nnaasscceerraa ppaarraa vviivveerr ee aapprreennddeerr eennttrree 44ppaarreeddeess,, mmuuiittoo mmeennooss ppaarraa ffiiccaarr ggrruuddaaddoo eemmlliivvrrooss qquuee eerraamm nnúúmmeerrooss ee nnúúmmeerrooss,, lleettrraass ee llee--ttrraass..

FFoorraa ddaass ssaallaass ddee aauullaa eerraa uumm llííddeerr,, ddeennttrroo uummddeessaajjuussttaaddoo.. AA pprrooffeessssoorraa ppeeddiiuu:: ““vvooccêêss lleeiiaamm eesssseetteexxttoo ee aa pprroovvaa sseerráá aa ssuuaa iinntteerrpprreettaaççããoo””.. JJooããooCCâânnddiiddoo oo lleeuu ccoomm mmáá vvoonnttaaddee ee ffeezz aa pprroovvaaaaiinnddaa mmeennooss iinntteerreessssaaddoo.. TTiirroouu aa mmeennoorr nnoottaa ddaattuurrmmaa ee ooddiioouu aaiinnddaa mmaaiiss aa eessccoollaa.. OO ppiioorr aaiinnddaaeessttaavvaa ppoorr vviirr,, eennffrreennttaarr oo oollhhaarr ddee ffrruussttrraaççããoo ddooppaaii,, aa pprreeooccuuppaaççããoo ddaa mmããee,, sseennttiirr--ssee oo mmeennoossaammaaddoo ee oo mmaaiiss ddeecceeppcciioonnaannttee ddooss ffiillhhooss..

HHáá uunnss 55 aannooss ooss jjoorrnnaaiiss mmoossttrraavvaamm uummaappeessqquuiissaa ddiizzeennddoo qquuee nnooss EEssttaaddooss UUnniiddooss oo aannaall--ffaabbeettiissmmoo ffuunncciioonnaall bbeeiirraavvaa ooss 4400%% ddaa ppooppuu--llaaççããoo,, qquueerr ddiizzeerr,, ssaabbiiaamm lleerr ee nnããoo eenntteennddiiaamm,, oouueenntteennddiiaamm eerrrraaddoo,, eerrrraavvaamm aass ooppeerraaççõõeess bbáássiiccaassddee mmaatteemmááttiiccaa,, ccoommoo ssoommaarr,, ddiivviiddiirr.. HHoojjee ooss jjoorr--nnaaiiss mmoossttrraamm oo mmeessmmoo qquuaaddrroo nnoo BBrraassiill.. TTiirreemm--llhheess aass ccaallccuullaaddoorraass.. OO qquuee éé qquuee vvooccêê eenntteennddeeuuddeessssee tteexxttoo,, JJooããoo CCâânnddiiddoo?? TTiioo PPeeddrroo ttiinnhhaa oo 44ººaannoo pprriimmáárriioo ee aappoosseennttoouu--ssee ccoommoo ddiirreettoorr ddaa FFii--nnaassaa,, vviiaajjaavvaa oo BBrraassiill ddee ccaabboo aa rraabboo ccuuiiddaannddooddaass aaggêênncciiaass ddoo BBaannccoo MMeerrccaannttiill ddee SSããoo PPaauulloo..PPaappaaii ttiinnhhaa oo 44ºº aannoo pprriimmáárriioo,, eerraa mmaaiiss ccuullttoo qquueeeeuu,, qquuee ssoouu mmééddiiccoo,, ee aappoosseennttoouu--ssee ccoommoo ggeerreenntteeddaa aaggêênncciiaa ddaa AAvv.. PPaauulliissttaa ddoo BBaannccoo ddoo BBrraassiill eemmSSããoo PPaauulloo..

MMiinnhhaa mmããee ddeessiissttiiuu ddee aapprreennddeerr qquuaannddoo aabbaannddoo--nnoouu oo vviioolliinnoo ee ddeecciiddiiuu vviivveerr ddee ppaassssaaddoo.. DDeessddeeeennttããoo ssuuaa mmeemmóórriiaa ddeetteerriioorraa ddiiaa aa ddiiaa.. MMeeuu ppaaii

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QQuuaannttooss hhoojjee ccuurrssaamm uummaa ffaaccuullddaaddee ssiimmpplleessmmeenntteeppaarraa,, aaoo pprrooccuurraarr uumm eemmpprreeggoo,, rreessppoonnddeerr:: ““eeuutteennhhoo ccuurrssoo ssuuppeerriioorr ccoommpplleettoo””.. NNaa pprrááttiiccaa iissssooccoonnttaa ee mmuuiittoo,, mmaass oo eennttrreevviissttaaddoorr bbeemm qquueeppooddeerriiaa aarrgguummeennttaarr:: ““AAhh!! MMuuiittoo bbeemm,, oo sseennhhoorr tteemmccuurrssoo ssuuppeerriioorr ccoommpplleettoo,, mmaass...... ccoommoo éé aa ssuuaavvoonnttaaddee ddee aapprreennddeerr?? VVooccêê eessttuuddaa ssoommeennttee ppaarraappaassssaarr ddee aannoo,, oouu ttaammbbéémm tteemm ggaannaass ddee aapprreenn--ddeerr??”” HHáá aallggoo ddee eerrrraaddoo nnaass eessccoollaass ddee hhoojjee,, uummddooss eemmpprreeeennddiimmeennttooss mmaaiiss lluuccrraattiivvooss ddoo ppaaííss..

EEssttuuddaarr éé cchhaattoo,, aapprreennddeerr éé lleeggaall.. MMaass,, nnããoo ééaassssiimm eemm ttuuddoo nnaa vviiddaa?? OO lleeggaall éé ccoonnqquuiissttaarr uummaavviittóórriiaa,, cchheeggaarr lláá,, mmaass,, ee ssee oo ccaammiinnhhoo éé ddee ppee--ddrraass?? UUmmaa dduurreezzaa,, mmaass aa ccoonnqquuiissttaa ffiiccaa aaiinnddaammaaiiss ssaabboorroossaa.. TTeennttaattiivvaa ee eerrrroo ssããoo ooss mmeessttrreessddoo aapprreennddiizzaaddoo,, mmaass...... sseemm vvoonnttaaddee?? AA mmuullaa eemm--ppaaccaa.. HHáá uumm ddiittaaddoo jjaappoonnêêss qquuee rreezzaa:: ““vvooccêêccoommeeççaa aa eennvveellhheecceerr qquuaannddoo ppeerrddee aa vvoonnttaaddee ddeeaapprreennddeerr””.. MMeeuu ssooggrroo,, DDrr.. MMaarrccíílliioo aaddoorraavvaa cciittaarr::““ppoorr iissssoo hháá mmuuiittoo vveellhhoo mmooççoo ee mmuuiittoo mmooççoovveellhhoo””.. ““SSeemm tteessããoo nnããoo hháá ssoolluuççããoo”” ee ppoorr aaíí hhááuummaa ssaabbeeddoorriiaa ddee qquuee mmaaiiss ssee ffaallaa ddoo qquuee ssee vvêê..

EEnnccaarraannddoo JJooããoo CCâânnddiiddoo aa pprrooffeessssoorraa ddiizz:: ““JJooããooCCâânnddiiddoo,, lleevvaannttee--ssee:: vvooccêê éé mmeeuu ppiioorr aalluunnoo,, mmaassiissssoo iirráá mmuuddaarr.. OO ddeessaaffiioo eessttáá aacceeiittoo...... vvooccêê mmeeddêê uumm tteemmppoo.. EEuu vvoouu ddeessccoobbrriirr oo qquuee ttee ddáággaannaass pprraa aapprreennddeerr.. EEssppeerree ee vveerrááss.. AAooss 8800 aannooss,,vvooccêê sseerráá uumm vveellhhoo mmooççoo””..

*José Mário Rocha de Andrade

*médico santa-cruzense quevive em Campinas

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*texto editado a partir de press releases

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O título desta coluna resumeo que eu poderia escrever dacapa até a última páginadeste jornal sobre o show dePaul McCartney e o que elerepresenta. Quem, como eu,acha que a música é umadas coisas mais importantesdeste planeta, sabe do queestou falando.

Confesso que fiquei tentadoa não resenhar este acon-tecimento histórico. Falarmais o que? Eu sei que você,leitor, já viu/ouviu/leu emtodas as mídias possíveis queo show foi maravilhoso, per-feito, lindo, emocionante, ar-rebatador e por aí vai. E oque este pobre escriba podeacrescentar? Eu não sei. Eusei que vi um Beatle, e issosignifica muita coisa.

É difícil falar de algo que nãotem defeito. Inclusive eu atétentei achar um: excesso deperfeição. Paul deveria sermais humano e errar mais,sei lá, uma imperfeiçãozinhapelo menos. Mas aí eu es-taria sendo extremamentemal humorado.

Como descrever a sensaçãode ouvir “All My Loving”,“Drive My Car”, “Blackbird”,“Eleanor Rigby”, “Band OnThe Run”, “A Day In The Life”,“Live and Let Die”, “LadyMadonna”, “Helter Skelter” emuitas outras pelo cara quecriou estes exemplos da mais

alta capacidade humana decriação? É como materializaros mais de 50 anos de rocke colocar tudo ali na suafrente, de uma vez só, em 37capítulos.

Já vi shows que estarão emminha memória afetiva peloresto da vida (Rolling Stones,

AC/DC, Beastie Boys, IggyPop, Flaming Lips, RageAgainst The Machine, Queensof The Stone Age...). Massinto que tudo foi uma merapreparação para o que acon-teceu no último 21 de no-vembro, no Morumbi. E daquipra frente as coisas nãofarão mais muito sentido. Afi-nal, eu tenho 25 anos e já vium Beatle...

© Ciska76 | Dream

stime.com

*músico que achaque os Beatles deveria sermatéria escolar. Isto tornariao mundo um lugar melhor

* Tiago Cachoni

|papo cabeça27

EU vium

BEATLEMais uma vez o papo nesse fimde temporada é sobre malas. Asfamosas malas brancas. Por todosos cantos dizem que o time “A”ofereceu dinheiro para o time “B”,a fim de estimular seus jogadorespara que vencessem o time C,ajudando concorrentes em buscade título ou de uma classificaçãomelhor na fuga do rebaixamento.

A história vale para todas as di-visões. A premiação que vem defora é uma forma de contar como esforço de pernas que não sãoas dos seus próprios jogadorescontratados.

O que me espanta é que tudoisso, essa conversa toda de “in-centivo” é tida como normal den-tro do futebol. No meio oconsenso é o de que a MalaBranca vale, porque não está seestimulando a derrota e sim avitória. Os que defendem a idéiadizem que feio seria jogar paraperder. Vários técnicos, diri-gentes, e também jogadores co-mungam desse pensamento.

A meu ver jogar para perder ésim muito feio, mas tão feioquanto receber qualquer tipo depagamento de um concorrente,seja por triunfo ou por tropeço.

Claro que existem muitos quedizem que a mala branca é oequivalente a um bônus que umfuncionário de uma empresaganha por ter feito bem seu tra-

balho.

Não tenho nada contra quempense dessa forma. Acho que éum prêmio justificável, desde queseja a própria instituição que pagaseus funcionários, que o ofereça.Sou contra as todas as Malas. Evejo muita gente ficar indignadaao se referir à “cor” das malas.

A branca é inofensiva, porquese pede apenas para o atleta

se esforçar mais e para ganhar. Apreta é uma afronta, porque oatleta fará corpo mole e “buscará”a derrota. O fato é que não hádistinção alguma entre uma eoutra: ambas são suborno.

Alguém que preze sua empresadeve trabalhar sempre parahonrá-la e esperar que todo tipode reconhecimento venha de seuspróprios chefes. Você garante queo jogador que hoje recebe mala

branca para vencer, amanhãnão vai aceitar mala preta para

perder e dessa forma prejudicarseu próprio clube?

A verdade é que infelizmente nofutebol, e também fora dele, exis-tem muitas pessoas dispostas avender sua honra. Essas pessoastem honras tão grandiosas quesão capazes de fazê-las caber emuma mala.

Quem estiver comprando queescolha a cor.

MALAS, malinhase maletas

* músico apaixonado por esporte, que pensa que futebol éa coisa mais importante dentre as inúteis |

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* André Rúbio

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