My Cooprofar Janeiro 2015

15
Cancro e Ébola são as doenças que mais preocupam os portugueses Produção científica portuguesa na área da saúde atinge máximo histórico Taxas moderadoras e medicamentos mais baratos

description

Revista para Profissionais de Saúde

Transcript of My Cooprofar Janeiro 2015

Page 1: My Cooprofar Janeiro 2015

Cancro e Ébola são as doenças que mais preocupam os portugueses

Produção científica portuguesa na área da saúde atinge máximo histórico

Taxas moderadoras e medicamentos mais baratos

Page 2: My Cooprofar Janeiro 2015
Page 3: My Cooprofar Janeiro 2015

Otimismo!

Encaramos o novo ano com otimismo. Esta é a atitude do Grupo Cooprofar-Medlog.

Para 2015, renovamos a aposta de enfrentar, com energia e ambição, as transformações

económicas, tecnológicas, ambientais, sociais e geopolíticas por que passa o país e o

mundo.

No Grupo Cooprofar-Medlog, desafiamo-nos permanentemente a alargar as fronteiras

do conhecimento. Investimos na melhoria contínua, na inovação, em oportunidades de

mudança e em projetos que criem valor.

Estamos prontos, por isso, para novas exigências, para antecipar novas tendências, para

continuar a desenvolver soluções inovadores e serviços especializados que reforcem o

nosso modelo de negócio empreendedor.

É, sobretudo, a vasta experiência de gestão partilhada - com fortes ligações aos nossos

clientes e parceiros de negócio - a garantia para um alinhamento total entre a nossa missão

e as necessidades do mercado.

2015 vai ser um ano especial. Vamos assinalar a nossa trajetória de 40 anos de proximidade.

Um marco que vamos celebrar unindo clientes, parceiros e colaboradores como personagens

principais da nossa história.

A entrada num novo ano é encarada, assim, como desafio de renovação. Passo este que

exige reflexão. A passagem para um novo ano a isso obriga, repensar estratégias, redefinir

percursos, reinventar projetos.

Entrámos, em 2015, com a mesma força de sempre - talhada de ousadia e criatividade – e

com a vontade reforçada de arriscar.

Entrámos, em 2015, com a mesma convicção de sempre: “Não há segredos para o sucesso.

Este alcança-se com preparação, trabalho árduo e aprendendo com os erros.” (Colin Powell)

EDITORIAL

O Período de vigência das Bonificações decorre entre 1 de Janeiro a 31 de Janeiro, inclusive.Os Preços indicados estão sujeitos a alterações de acordo e devido as condições de mercado.Os valores indicados estão corretos, salvo erro tipográfico. Aviso: Os textos foram redigidos ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Administração e propriedade:

CooprofarRua José Pedro José Ferreira, 200 - 2104424-909 GondomarT 22 340 10 00F 22 340 10 [email protected]

Direcção:Celso Silva

Coordenação Editorial:Natércia Moreira

Produção Redactorial:Cooprofar

[email protected] 340 10 21

Design e Paginação:Creative Blue

Distribuição:Gratuita

Publicação:Mensal

Tiragem:1500 exemplares

Análise de mercado

Especial Saúde

Report

Novos

Cosmética e Higiene Corporal

Diagnóstico

Dispositivos Médicos

Éticos

Galénicos

Higiene Bebé

Higiene Oral

Homeopáticos

Interapothek

Med. Não Suj. a Rec. Médica

Nut. e Prod. à Base de Plantas

Nutrição Infantil

Parafarmácia

Puericultura

Químicos

Veterinária

Breves

04

06

12

14

14

16

16

17

22

22

22

22

22

23

25

26

26

26

26

26

27

Celso SilvaDiretor Geral

Page 4: My Cooprofar Janeiro 2015

04

Portugal foi dos países da OCDE onde despesa com Saúde mais caiu, mas persistem acima da média da UEOs gastos totais com a Saúde em Portugal caíram mas persistem acima da média da UE. A factura com medicamentos registou uma das maiores reduções. Em contrapartida, entre 2007 e 2012, a proporção do financiamento dos tratamentos médicos assegu-rada pelas famílias registou a maior subida no contexto europeu. Os gastos totais com Saúde representaram, em 2012, o equivalente a 9,5% do PIB português. Este valor fica acima do que se gastava em 2000 (8,6%) e da atual média para os 28 países da UE, que dedi-cam 8,7% do que produzem aos cuidados e tratamentos médicos. Estes dados constam do relatório realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) em colabo-ração com a Comissão Europeia. Esta evolução coloca Portugal como o quinto país, num universo de 32 Estados europeus, onde se registou a maior redução da factura global da Saúde quando esta é dividida por habitante. Parte desta descida é explicada pelo gasto com medicamentos que, em Portugal, registou a terceira maior queda per capita: menos 6,1% entre 2009 e 2012, o que compara com uma redução de 2,2% na União Europeia. Em termos absolutos, em 2012 os portugueses gastaram 369 euros em medi-camentos, um pouco mais do que a média europeia de 350 euros.

/Análise de MercadoMY COOPROFAR

Crescimento face ao período homólogoCrescimento Mercado Novembro 2014 vs. mês homólogo

Governo quer redução de 10% no preço para comparticiparO Governo quer comparticipar apenas os novos medicamentos que tenham vantagem económica sobre os anteriores ou que tenham uma redução mínima de 10% nos preços. Este corte, válido para remédios vendidos nas farmácias, também se aplica aos novos medicamentos na área hospitalar. Todos terão de ser tão ou mais eficazes do que os que existiam. Estas são mudanças previstas no projeto de decreto-lei que cria o Sistema Nacional de Avaliação de Tecnologias da Saúde (SINATS), e que reforça ainda o fim da comparticipação de remédios que não tragam mais-valias para o doente. A legislação do sistema que vai avaliar a eficácia e o valor económico dos medicamentos e dispositivos médicos, está a ser discutida publicamente e objeto de pareceres dos médicos, farmacêuticos ou indústria. Tem como meta o uso de recursos em tecnologias que ofereçam “mais-valias relevantes”. O Governo diz mesmo que a introdução e uso de uma tecnologia é “condi-ção necessária mas não suficiente para o seu financiamento pelo SNS”. É por isso que clarifica e aperta os critérios. Desde logo, faz depender a comparticipação de medicamentos (sem genérico) da entrega de informação que prove a inovação ou equivalência face a outros remédios. Mas a indústria terá ainda de provar vantagens económicas. Uma das formas será a redução de preço num mínimo de 10% face à alternativa. O Infarmed diz que “quando um novo medicamento é considerado como equivalente terapêutico face às alternativas é necessário que apresente uma redução de 10% face à alternativa já presente no mercado. Esta medida permite dire-cionar mais recursos públicos para medicamentos considerados como inovação terapêutica.”

Jan

-5%

5%

-10%-6,5

6,87,6

-6,4

-2,6-0,6

-0,4-1,3

-0,3

-3,3

-10,6

10%

-15%

Fev Mar Abr Mai

Jun

Jul Ago

Set

Out Nov Dez

-2,1%-2,6%

Vian

a do

Cas

telo

0,3%

-3,6%-2,3%

-4,2%-4,3%

-2,0%-1,9% -1,5% -1,5%-0,9% -0,8%

-5,3%

-1,0%

-3,0% -3,3%

-6,4%

-0,4%% 0

-2

2

-4

-6

-8

-10

-12

-14

-16

Brag

a

Vila

Rea

l

Porto

Brag

ança

Avei

ro

Vise

u

Gua

rda

Coi

mbr

a

Cas

telo

Bra

nco

Leiri

a

Sant

arém

Porta

legr

e

Lisb

oa

Setú

bal

Évor

a

Beja

Faro

Mer

cado

Tot

al

Page 5: My Cooprofar Janeiro 2015

Governo aumenta capital de hospitais públicosO Governo determinou um aumento do capital estatutário de cinco hospitais públicos, num total de 43,3 milhões de euros, que será subscrito pelo Estado e realizado através da entrega do número de unidades de participação no Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do SNS. “Tendo em atenção que a situação financeira dos hospitais EPE, devedores líquidos do fundo, não lhes permite reembolsar os empréstimos e respectivos juros que lhes foram concedidos pelo fundo, proceder-se-á a aumentos de capital, com as unidades de participação detidas pelo Estado”, refere o despa-cho que produz efeitos a partir desta sexta-feira. “Os presentes aumentos de capital destinam-se à regularização de passivos destas entidades públicas para com o fundo”, acrescenta ainda. As cinco entidades públicas empresariais são o Centro Hospitalar da Cova da Beira, com um aumento de capital de 13,4 milhões de euros, a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (7,4 milhões), o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (seis milhões de euros), Centro Hospitalar de Lisboa Norte (8,1 milhões) e a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (8,4 milhões).

Governo quer avançar em 2015 com um programa para promover a investigação clínica de alta qualidadeA garantia foi dada pelo Secretário de Estado da Ciência na apre-sentação dos Prémios Pfizer. “O programa irá ser criado por um período de cinco anos, renováveis, e vai envolver 25 milhões de euros de dinheiros públicos”, anunciou Leonor Parreira. De acordo com o responsável, o projeto pretende incentivar a formação de médicos, através do treino e investigação clinica, assim como o desenvolvimento de programas de doutoramento em investiga-ção clínica. A criação de programa para investigadores médicos FCT, que deverão estar inseridos numa unidade hospitalar é uma das novidades. “O Ministério da Saúde poderá dar incentivos aos hospitais, de forma a estimular uma competição saudável”, referiu, enfatizando o aumento da qualidade dos trabalhos científicos no País.

05

/Análise de MercadoMY COOPROFAR

Page 6: My Cooprofar Janeiro 2015

06

Saúde em Revista

/Especial SaúdeMY COOPROFAR

Ébola e legionella dominaram a atenção da saúde em 2014. O Ébola é a doença que mais preocupa os portugueses a seguir ao cancro. Para 2015, a malária é apontada como a próxima pandemia mundial. Para o ano, os medicamentos prescritos no âmbito do SNS e comparticipados pelo Estado e as taxas mode-radoras vão baixar de preço.

O vírus do Ébola e a bactéria legionella colocaram a Saúde no centro das atenções mediáticas, com os constrangimentos finan-ceiros, as reivindicações dos profissionais e o combate à fraude a marcarem a restante agenda do setor em 2014. O atual surto de Ébola começou em fevereiro na África Ociden-tal, tendo causado desde então mais de 5.000 mortos na Serra Leoa, Guiné-Conacri e Libéria, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a decretar o estado de emergência de Saúde Pública de âmbito internacional. No seguimento desta posição da OMS, Portugal criou, em outubro deste ano, a Plataforma de Resposta à Doença por Vírus Ébola, com o objetivo de “detetar precocemente casos importados, impedir ou minimizar a ocor-rência de casos secundários e de cadeias de transmissão da do-ença, bem como definir, divulgar e operacionalizar um plano de resposta, com orientações e protocolos de atuação”. Legionella matou dez pessoas Sem casos de Ébola em Portugal, foi a bac-téria legionella que obrigou a saúde pública a intervir, num sur-to que começou a 7 de novembro numa torre de arrefecimento da empresa Adubos de Portugal, no concelho de Vila Franca de Xira. O surto fez quase 350 doentes, dos quais dez acabaram por morrer com a doença dos legionários.

Page 7: My Cooprofar Janeiro 2015

/Especial SaúdeMY COOPROFAR

07

Cancro e Ébola são as doenças que mais preocupam os portugueses

O Ébola é a doença que mais preocupa os portugueses a seguir ao cancro, ficando à frente das cardiovasculares, que são as que mais matam em Portugal, segundo um estudo hoje divulgado no âmbito do Think Tank Inovar Saúde.Com base num inquérito realizado em outubro junto de mais de mil portugueses, o estudo pretendeu avaliar as percepções da população sobre o cancro e o investimento no seu tratamento. À pergunta “qual a doença que mais o preocupa nos dias de hoje”, a maioria respondeu que era o cancro, mas no segundo lugar da lista de preocupações vem o Ébola e só depois doenças como as cardíacas, o VIH/Sida ou o AVC (acidente vascular cerebral).Segundo o estudo, 63% dos portugueses referem o cancro como a doença que mais os preocupa, 10% aponta o Ébola, 5% as car-diovasculares, 4% VIH/Sida e Diabetes, 3% o AVC e 2% o Alzhei-mer.Quanto às razões para considerar o cancro preocupante, mais de metade refere a mortalidade associada: 29% dizem que “não tem cura” e 25% afirmam que tem uma “taxa de mortalidade elevada”.Para 17% a preocupação prende-se com o facto de ser uma do-ença difícil de tratar, para 13% com familiares que tiveram a do-ença e os restantes com o elevado número de casos conhecidos, bem como a evolução silenciosa desta patologia. Entre os vários tipos de cancro, o estudo sugere que o da mama é o que mais preocupa as mulheres e o do pulmão os homens.De uma maneira geral, os portugueses consideram-se pouco informados sobre o cancro – apenas 30% se afirma “muito in-formado” –, mas 29% não sabe que tipo de informação gostaria de receber sobre a doença. Os restantes insistem sobretudo na prevenção e dignóstico/rastreio.De uma maneira geral, os portugueses consideram-se pouco in-formados sobre o cancro - apenas 30% se afirma-se “muito in-formado” -, mais 29% A grande maioria dos portugueses (85%) considera que o investi-mento na área da saúde é “insuficiente” e 80% defendem mesmo um maior investimento do Estado no cancro, sendo que mais de metade (56%) acredita que atualmente se investe menos em on-cologia do que há três anos.No entanto, quase metade dos inquiridos (49%) tem noção de que o Estado gasta mais dinheiro nas doenças cancerígenas do que nas do coração, diabetes ou Sida.Um dos principais problemas encontrados pelos portugueses diz

respeito ao sentimento de que “não são ouvidos pelos políticos e que a saúde não é prioritária”.As outras preocupações prendem-se com os tratamentos mais avançados, que “estão disponíveis”, mas “são demasiado caros para Portugal”, revela o estudo, indicando ainda que os “portu-gueses querem rapidez e equidades no acesso ao tratamento de cancro”.Quando questionados sobre a comparação entre cuidados prestados pelo público e pelo privado, a grande maioria dos in-quiridos não vê diferenças significativas, mas quem diferencia aponta sobretudo o público como sendo “melhor nos cuidados prestados” e o privado “melhor no atendimento”.O estudo, desenvolvido por uma empresa de estudos de merca-do através de 1.192 inquéritos presenciais, será divulgado hoje durante a sessão Think Tank 2014 “Pensar a Saúde – Acesso do Cidadão à Inovação Terapêutica – Oncologia”, da Escola Nacio-nal de Saúde Pública da Universidade Nova.

Page 8: My Cooprofar Janeiro 2015

08

/Especial SaúdeMY COOPROFAR

Em 2013, as Ciências Médicas e da Saúde ultrapassaram os cin-co mil artigos, cerca de 29% da produção científica nacional.Segundo informação avançada pelo Health Cluster Portugal (HCP), com base em dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, a produção científica portuguesa na área das Ciências Médicas e da Saúde atingiu, em 2013, um máximo histórico de 5.020 publicações, aumentando cerca de 11% face a 2012.Com estes resultados, as Ciências Médicas e da Saúde reforçam a sua posição como a área em que Portugal mais publica, repre-sentando perto de 29% da produção científica do país.Considerando a produção conjunta das áreas das Ciências Médi-cas e da Saúde, das Ciências Biológicas, e da Engenharia Médica, o número de publicações ascendeu a 7.490, mais 8% do que em 2012, e perfazendo aproximadamente 43% da produção científi-ca nacional.De acordo com Luís Portela, Presidente da Direção do Health Cluster Portugal, “a produção científica em Portugal na área da Saúde tem vindo a crescer de uma forma considerável, sobretu-do ao longo da última década, e atingiu em 2013 um máximo histórico. Estes dados refletem o dinamismo do setor, mas acima de tudo as capacidades e a resiliência das nossas instituições de I&D, universidades e hospitais, que são os grandes responsáveis por este crescimento tão significativo”.

Produção científica portuguesa na área da saúde atinge máximo histórico

Taxas moderadoras e medicamentos mais baratosEm 2015, os medicamentos prescritos no âmbito do Serviço Na-cional de Saúde e comparticipados pelo Estado vão ver o seu preço baixar. O valor dos fármacos é estipulado através de uma metodologia de comparação com os preços praticados noutros países seleccionados da União Europeia e que são revistos anu-almente. Portugal vai passar a comparar-se com Espanha, Fran-ça e Eslovénia - que pelos preços inferiores vão influenciar va-lores portugueses. Ao todo o Estado deverá poupar 15 milhões de euros. Ao mesmo tempo os utentes também vão pagar taxas moderadoras inferiores nos hospitais, mas a redução será ape-nas na ordem dos cinco cêntimos. No caso dos centros de saúde o valor vai ficar igual a 2014.

Page 9: My Cooprofar Janeiro 2015

PUB

Page 10: My Cooprofar Janeiro 2015

10

/Especial SaúdeMY COOPROFAR

A comunidade médica que trabalha na região do sudeste asiáti-co acredita que os parasitas da malária – transmitidos através de picadas de mosquito – podem estar a desenvolver resistência aos medicamentos, de acordo com a rádio Renascença.«Com pacientes a mostrar resultados positivos aos testes três dias depois do início do tratamento, temos que suspeitar que existe resistência aos medicamentos, e que devem ser feitos tes-tes mais sofisticados ao sangue, já que [o paciente] pode conti-nuar a transportar no seu sangue os parasitas que causam a ma-lária», disse à agência Reuters Eisa Hamid, uma epidemiologista que trabalha para as Nações Unidas em Myanmar. A malária ou paludismo tem vindo a propagar-se neste país, mas também no Cambodja, Laos e Vietname. Os peritos temem que esta possa ser a próxima emergência mundial de saúde, caso o raio de ação da doença se alargue para a Índia ou África.Apesar de as taxas de mortalidade da malária terem caído 47%, entre 2000 e 2014, a doença vitimou 584 mil pessoas em 2013, a maioria na África subsaariana, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Parte do sucesso na luta contra a doença é o uso combinado de terapias compostas por artemisina (ACT) – um derivado de uma planta chinesa. Contudo, os parasitas da malária começam a mostrar resistência a este fármaco.A situação é ainda mais alarmante porque ainda não existem outros medicamentos disponíveis para substituir os ACT.

Malária pode ser a próxima pandemia

mundial

Page 11: My Cooprofar Janeiro 2015
Page 12: My Cooprofar Janeiro 2015

/ReportMY COOPROFAR

O Forum para a Competitividade realizou, em dezembro, na Porto Bu-siness School (PBS), em Matosinhos, o Seminário “A necessidade de um crescimento robusto para o Post Troika (II)”. No papel de membro associado do Forum, o evento contou com o apoio do Grupo Coopro-far-Medlog.O certame analisou as causas do fraco crescimento da Economia Portuguesa na chamada “década perdida” (2000-2010) e, bem assim, quais as soluções para alcançar padrões de crescimento acima da média europeia – necessidade imperativa para o País poder fazer face às suas responsabilidades e manter níveis de segurança e de bem es-tar compatíveis com o desejado progresso social.Jorge Farinha, Vice–Dean da PBS, na abertura do Seminário subli-nhou a importância que os temas em discussão têm entre os progra-mas e as preocupações permanente de uma Escola de Gestão e Ne-gócios como a PBS.O 1º painel teve como 1º Orador o Prof. Daniel Traça da Universida-de Nova de Lisboa. A GLOBALIZAÇÃO foi considerada como a causa disruptiva dos padrões de crescimento do período 2000-2010 (0,5% em Portugal), muito mais baixos do que os da década anterior (3%).Demonstrou que o País teria, no final de 2010, níveis de défice e de dívida razoáveis, se tivesse crescido de acordo com os valores médios europeus. Defendeu, portanto, uma estratégia para o desenvolvimen-to do País, a diversos níveis, que fosse consequente com as causas dos problemas, e colocou o aumento da PRODUTIVIDADE no centro dessa estratégia, o que significa trabalho de maior qualidade e inovação. Seguiu-se, no 1º Painel, o Prof. Daniel Bessa que sublinhou que o cres-cimento económico tem uma importância determinante no que se refere à redução das Dívidas Pública e Externa e da que decorre do Sistema de Pensões (que considerou ser a “Dona Branca do Século“). Só Países sem problemas desta natureza podem viver com níveis de crescimento baixos. Quanto às Pensões sugeriu que a idade de refor-ma fosse avançada. Aconselhou que se apoiassem as empresas que

crescem e não por serem PMEs, e que Portugal deixasse de “estar fora do Mundo“, recusando a Globalização, o que só foi possível enquanto “não se acabou o dinheiro”. Quanto ao modelo de crescimento, defen-deu que crescer com base no consumo não é solução porque compro-mete o equilíbrio externo. Defendeu o crescimento via EXPORTAÇÃO, como a agenda adequada ao País.Advogou um crescimento do INVESTIMENTO induzido e dirigido para as atividades exportadoras e afirmou estar o País a investir pouco (1,5% em 2014 e 2% em 2015), o que pode comprometer o crescimento das exportações. Considerou que um dos bloqueios a mais investi-mento é a falta de rentabilidade da atividade exportadora e, sobretu-do, a “falta de Balanço” das empresas, significando a insuficiência dos seus capitais próprios e autonomia financeira.O 2º Painel foi iniciado por J. Félix Ribeiro que lembrou que a COM-PETITIVIDADE de um País se mede a partir do resultado da Balança de Transações Correntes e que “Competitividade”, “Crescimento” e “ Emprego” são realidade que não estão necessariamente alinhadas. Defendeu que o Estado deve ter uma “dinâmica própria” numa dimen-são mais reduzida. Quanto às Empresas, defendeu que Portugal deve buscar uma especialização nos clusters europeus “da terra e territó-rio” e do “trabalho intensivo” com ambição de desenvolvimento des-ses clusters para novas atividades.Referiu que os choques da Globalização em Portugal têm, apesar de tudo, sido atenuados pelo relacionamento do País com Zonas be-neficiadas pelo “Superciclo das matérias-primas” que está, de certo modo, posto em causa com a descida dos preços do petróleo e de ou-tras matérias-primas.Defendeu, como fatores de competitividade estrutural do País, a atração de rendimento via “importação” de emigrantes abastados, a exportação de Serviços e de Conhecimento, a recentragem da tra-dição industrial (produtos mais sofisticados, maior presença nas ca-deias de valor) e a valorização da nossa localização geográfica para

12

Seminário do Forum para a Competitividade teve apoio do Grupo Cooprofar-Medlog

Page 13: My Cooprofar Janeiro 2015

/ReportMY COOPROFAR

Natal Solidário com Centro Social e Paroquial de Valbom

No âmbito da quadra natalícia e do projeto de Responsabilidade So-cial assumido pelo Grupo Cooprofar-Medlog, foram doados ao Cen-tro Social e Paroquial de Valbom, em Gondomar, vários produtos da linha Mustela para a higiene e saúde do bebé.

Formação Cooprofar recebeu mais de 1300 formandos em 2014

A Formação Cooprofar assina, há uma década, cada ação que pro-move com «Rigor, Qualidade e Valor». Este reconhecimento, de uma marca que traduz um compromisso em transmitir conteúdos de va-lorização para as equipas das farmácias que permitam suportar a mudança, reinventar processos, aumentar a rentabilidade e a acres-centar dinamismo ao negócio, está implícito em cada desafio lançado pela Formação Cooprofar.Na sequência desta aposta, no decorrer de 2014, foram realizados mais de 27 cursos que contaram com mais de 1.300 formandos. Em 2014, o rigor, a qualidade e o valor mantiveram-se como alicerces fundamentais na transmissão de conteúdos. Neste sentido, a Coopro-far elegeu um quadro docente especializado nas mais diversas áreas e realizou parcerias sólidas, ora com conceituadas instituições de en-sino (Porto Business School), ora com a Indústria Farmacêutica. No ano de 2014, foram abordadas temáticas fundamentais para a prática em farmácia comunitária, tais como, Contracepção de Emer-gência; Administração de vacinas e medicamentos injectáveis - For-mação Inicial e Atualização; Suporte Básico de Vida e DAE; As Patolo-gias mais comuns na Medicina Dentária; Comportamentos, Hábitos e Conhecimentos da Higiene Oral; Sistema de Gestão de Stocks - Ponto de Encomenda e Revisão Periódica; Custos dos Stocks e das Encomen-das - Quantidades a Encomendar; Nova abordagem dos sintomas res-piratórios - o papel do Farmacêutico; Tecnologias da Saúde e Infeção pelo vírus Ébola: atualização.No seguimento da política de proximidade com o cliente, estas ações foram realizadas em locais diversos, nomeadamente, Gondomar, Aveiro, Braga e Lisboa de forma a proporcionar maior facilidade de acesso por parte dos formandos e conquistando, deste modo, adesão, satisfação e fidelização.

Operadores Globais. Referiu que devem ser apoiadas empresas inte-gradoras de várias capacidades, como a Autoeuropa. Defendeu que Portugal não deve “olhar” só para a Europa e Países produtores de matérias-primas mas, também, a médio prazo, para os EUA, Canadá, México e, a longo prazo ,para a Índia.Seguiu-se a intervenção de Paulo Nunes de Almeida, Presidente da AEP, que começou por sublinhar uma redução acentuada da FBCF em Portugal nos últimos 4 anos (2009/2013) e a impressão recente de uma recuperação neste plano. Em contrapartida referiu o aumento do peso das Exportações no PIB (39,7% no 2º trimestre de 2014) con-tra 29,6% no final de 1995. Apontou para metas de 45% em 2015 e 52% em 2020! Acrescentou que, até 2010, não houve praticamente crescimento relativo das Exportações que se “fixaram” perto dos 30% do PIB.Apresentou uma desagregação por dimensão das empresas exporta-doras – 61% das empresas são responsáveis por apenas 9,5% e 7% das empresas por 42,5%! Sublinhou os crescimentos muito significativos no ano em curso, face a 2013. No conjunto, e excluíndo os combustí-veis, o crescimento das exportações foi de 3,7% de Janeiro a Setembro de 2014.Neste conjunto, sobressaem os crescimentos do mobiliário (12,1%), vestuário (11,2%), peles e couros (13,1%), calçado (8,9%) e têxteis (6,4%), não só pelo forte crescimento mas porque este foi mais rele-vante do que em 2013.Encerrou o Seminário o Presidente do Forum para a Competitividade, Pedro Ferraz da Costa, que resumiu as conclusões do mesmo e lan-çou o desafio à PBS e outras Escolas de Negócios para, em conjunto com as Universidades e as Associações Empresariais, poderem apoiar rápida e eficazmente as empresas nas diferentes opções estratégicas a tomar cujo risco pode ser minimizado pela reflexão conjunta e o in-tercambio de experiências.

13

Page 14: My Cooprofar Janeiro 2015

cancro do pâncreasteste de sangue detetaÉ o quarto cancro mais mortal e, talvez, o mais ingrato pela ausên-cia de sintomas. O cancro do pân-creas continua a ser uma ‘dor de cabeça’ para a ciência e para a me-dicina, mas pode ter uma solução à vista. Essa é a convicção de uma equipa do IPATIMUP da Univer-sidade do Porto que, em parceria com a universidade de Nebrasca (EUA), procura detectar a doença com um simples teste de sangue.

OMSduas doses da vacina contra HPVA Organização Mundial de Saúde publicou novas recomendações na luta contra o cancro do colo do útero para permitir uma me-lhor prevenção nos países pobres. A OMS defende agora a aplicação de duas doses da vacina contra o vírus do Papiloma Humano (HPV), contra as três recomendadas ante-riormente, em raparigas com ida-des entre 9 e 13 anos.

medicamentos caixa inteligenteDepois de ter sido selecionada para o programa de aceleração da Bayer, a PharmAssistant vai testar a caixa de medicamentos inteli-gente na Alemanha, em parceria com a farmacêutica germânica. Esta solução que Diogo Ortega desenvolveu – para lembrar quem está doente que está na hora de tomar a medicação – está a dar frutos na Alemanha.

cancro da mamavacina mostra eficáciaUm grupo de investigadores norte--americanos testou, com sucesso, uma vacina contra o cancro da mama capaz de fortalecer o sis-tema imunitário dos pacientes e incitá-lo a atacar as células tu-morais, contribuindo, ao mesmo tempo, para atrasar a progressão da doença.

emagrecimento sem esforçonovo medicamento Investigadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, di-vulgaram que a criação de um me-dicamento contra a obesidade está mais próxima. Os cientistas dizem ter identificado duas moléculas, que, dentro das células, reduzem o excesso de gordura. De acordo com estudo, os testes pretendem imitar o efeito dos exercícios aeróbicos. Apesar de ajudar no emagrecimen-to, o medicamento não traz outros benefícios, como aumento de mas-sa muscular, adquirida com mus-culação, por exemplo.

forte surto gripalDGS prepara respostaA DGS apresenta um “Plano de Prevenção e Resposta para o Ou-tono/Inverno - Infeções Respira-tórias” que sistematiza várias me-didas com vista a uma resposta rápida e eficaz em caso de aumen-to de atividade gripal. A novidade é a existência de recomendações para que haja altas hospitalares ao fim-de-semana e a preparação da ativação da reserva estratégica de medicamentos específicos como o oselramivir e o zanamivir endo-venoso.

etiquetagemnovas regras em vigorAs novas regras de etiquetagem de alimentos na União Europeia entraram em vigor e exigem maior visibilidade nos rótulos e mais in-formação sobre alergénios, entre outras disposições. Além da indica-ção clara e uniforme da presença de alergénios alimentares - como soja, frutos secos, glúten ou lacto-se – em alimentos pré-embalados, também os restaurantes e cafés terão de fornecer informação sobre estes.

cafeínafármaco melhora memória de doentes de AlzheimerUm grupo de cientistas, que inte-gra portugueses, demonstrou que um fármaco semelhante à cafeína atua sobre lesões cerebrais relacio-nadas com a doença de Alzheimer e melhora o desempenho de fun-ções da memória nos doentes.

portuguesesnovo diagnóstico do cancro do estômago Dois investigadores portugueses de-senvolveram um novo método de diagnóstico do cancro difuso e he-reditário do estômago que tem por base o recurso a imagens 2D. O mé-todo baseia-se num algoritmo que permite, pela primeira vez, quantifi-car a proteína existente e perceber o risco que lhe está associado.

chá anular efeito de medicamentosMuitas pessoas utilizam o chá para tratar dores de barriga, de cabeça, tosse e outras mazelas. Há pessoas preferem combinar as duas coisas, pois acreditam que assim ficarão curadas mais rapidamente. Mas não é bem assim. O chá e as infu-sões em geral podem interagir com os medicamentos, potenciando ou anulando a sua ação e podem até prejudicar o tratamento. vacinação

profissionais da saúde descuram O Ministério da Saúde quer mais profissionais de saúde vacinados contra a gripe, considerando tratar--se de “uma obrigação de boa prá-tica e ética”, e recomenda que pes-soas doentes e crianças não visitem familiares internados, para evitar as infecções hospitalares.

ansiolíticos prescrição excessiva de ansiolíticos Especialistas em saúde mental alertaram para o excesso de pres-crição e prescrição errada de psico-fármacos, considerando que este é um problema preocupante que precisa de ser analisado.

azeite consumo melhora saúde do coração Um trabalho de investigação de cientistas portugueses, escoceses e alemães concluiu que o consumo de 20 mililitros de azeite por dia, durante seis semanas, provoca um decréscimo de biomarcadores ca-racterísticos da doença coronária.

zona do paístipo de cancro diferentesSegundo vários especialistas a zona do país onde mora pode in-fluenciar o tipo de cancro mais comum, o seu número de casos e as taxas de mortalidade a si asso-ciadas. No Norte há mais casos e mortes por cancro do estômago, o que se pode justificar por nes-ta zona do país se consumir mais sal e enchidos ou porque aqui as pessoas são mais sensíveis a uma bactéria específica.

superbactérias matar mais do que cancroBactérias resistentes a antibióticos matarão pelo menos 10 milhões de pessoas por ano a partir de 2050, mais do que o número atual de mortes provocadas por cancro, se providências não forem tomadas por autoridades médicas ao redor do mundo.

ébola53 fármacosUma equipa internacional de cien-tistas identificou, de um universo de 2816 fármacos, 53 que poderão servir para travar a disseminação do vírus do ébola nas células.

5% doces todos os dias Cerca de 65% das crianças de qua-tro anos comem bolos e doces pelo menos uma vez por dia e a quase totalidade ingere sal a mais, se-gundo dados de um estudo do Ins-tituto de Saúde Pública da Univer-sidade do Porto.

preços elevados obstáculos à inovaçãoOs preços elevados e a dificulda-de de introdução e aprovação no mercado português são os princi-pais obstáculos ao acesso dos do-entes a medicamentos inovadores para o cancro, que permitem au-mentar em cerca de 60% a taxa de sobrevivência.

/BrevesMY COOPROFAR

27

Page 15: My Cooprofar Janeiro 2015