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MUDANÇAS DEMOGRÁFICAS CMP|DMU|DMPU|DMPOT 2014

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MUDANÇAS DEMOGRÁFICAS

CMP|DMU|DMPU|DMPOT

2014

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Censos 2011

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MUDANÇAS DEMOGRÁFICAS

ÍNDICE

Introdução 2

Notas metodológicas 3

Capítulo I - Mudanças demográficas 4

1. Declínio demográfico 6

2. Envelhecimento populacional 17

3. Alterações das estruturas familiares 29

Capítulo II - Retrato da população 42

1. Frequência do ensino 44

2. Níveis de escolaridade 47

3. Emprego 50

4. Desemprego 59

Anexos 61

Anexo 1 – Indicadores concelhios

Anexo 1 – Indicadores à freguesia

MUDANÇAS

DEMOGRÁFICAS

NO PORTO ENTRE

2001 E 2011

O documento que se

apresenta contém uma

análise dos dados

censitários de 2011, para o

Porto. Pretende salientar

as principais dinâmicas

demográficas ocorridas no

período da década 2001-

2011: como evoluiu a

população, quais as

transformações verificadas

ao nível das famílias, ou

ainda, como caracterizar o

perfil da população,

relativamente a

indicadores importantes

como a escolaridade e a

atividade económica

(emprego e desemprego).

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INTRODUÇÃO

Com o presente documento pretende-se explorar a informação sobre a população e as famílias

disponibilizada pelos resultados definitivos dos Censos 2011 e proceder a uma análise evolutiva no

sentido de avaliar as principais tendências recentes que marcam as dinâmicas demográficas do concelho

do Porto.

A elaboração deste documento insere-se num projeto de trabalho mais vasto, de caracterização da

cidade em diversos domínios para os quais os Censos da População e da Habitação fornecem elementos

atualizados, constituindo o primeiro “Dossier” temático de um conjunto de outros que progressivamente

serão divulgados tendo por base esta valiosa fonte de informação.

O documento que nesta altura se apresenta está organizado em dois capítulos. O primeiro aborda os

principais fenómenos que expressam as mudanças demográficas ocorridas: o declínio demográfico, o

envelhecimento da população e as alterações nas famílias. No segundo capítulo faz-se uma

caracterização do atual perfil da população portuense, no que se relaciona com a sua escolaridade, a

integração no mercado de trabalho ou ainda com a problemática do desemprego.

A importância em conhecer a evolução de alguns destes fenómenos no território urbano é determinante

pelo contributo que pode imprimir ao nível do desenho das políticas públicas que orientam a

intervenção, promovendo a criação de condições mais favoráveis à sustentabilidade e à coesão da

metrópole.

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NOTAS METODOLÓGICAS

A presente análise das mudanças demográficas ocorridas no Porto privilegiou como fontes de

informação os Recenseamentos Gerais da População e da Habitação, embora se tenha recorrido a outra

informação do Instituto Nacional de Estatística, nomeadamente, às Estatísticas Demográficas (com

periodicidade anual), para complementar a análise dos fenómenos em estudo.

Para alguns indicadores considerados, a avaliação efetuada reportou-se a um horizonte temporal mais

alargado do que os dois últimos momentos censitários (2001 e 2011), com o objetivo de perceber as

tendências marcantes dessa trajetória.

Quanto ao contexto territorial da abordagem da cidade, privilegiou-se a leitura dos dados à freguesia e,

sempre que possível, recorreu-se à escala da secção estatística, no sentido de compreender a

distribuição e a incidência espacial dos fenómenos.

Com o objetivo de perceber o posicionamento da realidade do Porto em contextos mais vastos, bem

como o seu enquadramento no processo de reestruturação territorial metropolitano, optou-se ainda por

proceder à comparação com outros âmbitos geográficos de referência, designadamente com o Grande

Porto (NUT III), e mesmo com a realidade nacional.

Por último, como elemento auxiliar, optou-se por integrar em anexo, os quadros com os indicadores

síntese para 2011, quer a nível concelhio, quer para as novas freguesias, resultantes da reorganização

administrativa do território.

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CAPÍTULO I – MUDANÇAS DEMOGRÁFICAS

A dinâmica demográfica recente do concelho do Porto é marcada, sobretudo, pelo declínio

populacional, pelo acentuado envelhecimento da população residente e por mudanças ocorridas ao nível

das estruturas familiares que sinalizam novas formas de viver em família.

De acordo com os dados definitivos disponibilizados pelos Censos 2011, a evolução registada no último

decénio revela uma continuidade das principais tendências que já tinham sido identificadas na década de

90 e destaca outras de evolução mais recente:

. Declínio populacional – mantém-se a regressão da população residente, embora a um ritmo inferior à

década de 90. O decréscimo populacional continua a ser mais influenciado pelo saldo migratório

negativo, mas a proporção do saldo natural negativo aumenta face a 2001.

. Saldo migratório negativo – atenua-se o valor do saldo migratório negativo, ao mesmo tempo que se

regista um ligeiro aumento da população que optou por residir no Porto, relativamente e 2005,

proveniente de outros municípios ou do estrangeiro (comparativamente com o período 1995/2001).

. Envelhecimento demográfico – mantém-se o acréscimo da proporção de população idosa e a

diminuição dos jovens, conjugadas com as tendências de aumento da representatividade dos indivíduos

muito idosos (75 ou mais anos) e redução do escalão das crianças (dos 0-4 anos).

. População em idade ativa em regressão – agravou-se a diminuição de indivíduos em idade ativa,

sobretudo dos escalões mais jovens, não sendo já possível assegurar a renovação da população ativa do

concelho e aumentando desta forma os níveis de dependência.

. Alterações na dimensão da família - diminuição da dimensão média da família, com decréscimo das

famílias numerosas e um aumento das famílias unipessoais.

. Famílias unipessoais de idosos sós – o aumento das famílias clássicas unipessoais de indivíduos com

65 ou mais anos no espaço da década é um dos traços importantes na evolução das famílias no Porto,

salientando-se ainda neste escalão etário o grupo dos mais idosos sós, acima dos 75 anos, pela sua

importância crescente.

. Transformação das estruturas familiares – com o aumento das famílias monoparentais, a diminuição

dos casamentos, o aumento das taxas de divórcio e a redução dos níveis de fecundidade.

De um modo geral, é nas freguesias do centro histórico e tradicional que se verificam os índices de

regressão populacional mais elevados e de maior envelhecimento, enquanto as freguesias da zona

ocidental apresentam uma posição mais favorável na maioria dos indicadores analisados, mantendo

ainda alguma vitalidade demográfica.

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Importa referir que a generalidade das tendências assinaladas para o Porto, ao nível da transformação

das famílias acompanham as principais alterações verificadas na Europa, assim como a evolução

registada para o País, pesem as diferenças de valor assinaladas. Algumas destas transformações

constituem a face mais visível de processos mais complexos que se relacionam com mudanças da

sociedade contemporânea (enquadradas nas condições económicas atuais, nos contextos

socioprofissionais, nos estilos de vida marcadamente urbanos) e que têm conduzido de um modo mais

geral a uma maior autonomia dos indivíduos e a uma maior afirmação da individualidade, quanto à

forma de viver em família, acompanhada de maior informalidade das relações conjugais.

Por se tratar de fenómenos complexos e com fortes impactos sociais e económicos, a continuidade

destas tendências coloca enormes desafios para o futuro. Para se conseguir inverter, ou pelo menos

atenuar, algumas destas trajetórias é imprescindível a implementação de políticas demográficas e

sociais abrangentes e a conjugação de esforços de vários atores da sociedade.

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1. Declínio demográfico

Mantém-se a tendência de diminuição da população residente

Ao longo do último século, o concelho do Porto apresentou uma trajetória de crescimento da população

residente até à década de 80, apesar de ter registado ritmos de crescimento diferenciados.

Desde a década de 80, o Porto tem vindo a perder residentes, em grande medida devido à

descentralização da função residencial para a sua Área Metropolitana, tendo sofrido uma quebra de

cerca de 90 mil indivíduos entre 1981 e 2011.

Neste período (1981/2011) as perdas relativas foram mais acentuadas nas freguesias do centro histórico

e tradicional, tendo os decréscimos sido superiores a 50% da população residente em Miragaia, Santo

Ildefonso, São Nicolau, Sé e Vitória.

Em termos absolutos, as freguesias com maiores perdas populacionais foram Campanhã, Cedofeita,

Bonfim e Sto. Ildefonso, totalizando uma quebra na ordem dos 57 mil indivíduos.

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011

Fonte: INE

Evolução da população residente no Porto

0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000

Paranhos

Campanhã

Bonfim

Ramalde

Cedofeita

Lordelo do Ouro

Santo Ildefonso

Foz do Douro

Aldoar

Massarelos

Miragaia

Vitória

Nevogilde

São Nicolau

Fonte: INE

População residente

1981 2011

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Abrandamento do ritmo de decréscimo populacional na última década

Na última década, manteve-se a tendência de crescimento demográfico do conjunto dos concelhos do

Grande Porto (2,1%), embora a um ritmo inferior ao do decénio anterior (8,0%), comportamento

generalizado à totalidade dos concelhos que registaram trajetórias positivas no período.

Em 2011 no Grande Porto residiam cerca de 1.300 mil habitantes, representando um aumento de 26.602

indivíduos face a 2001 e correspondendo aproximadamente a 13% da população do Continente.

O Porto foi o concelho do Grande Porto com a maior taxa de variação negativa da população residente,

seguido de Espinho (-6%), tendo o concelho da Maia assinalado o maior incremento relativo (12,7%), à

semelhança da década anterior.

Em 2011 residiam no concelho do Porto 237.591 indivíduos, o que representou uma perda de 25.540 indivíduos relativamente a 2001.

Neste período intercensitário, a quebra registada na população residente foi de cerca de 10%, revelando

um abrandamento do ritmo de perda relativamente à década anterior: -13% entre 1991/2001.

As freguesias do Centro Histórico continuam a observar os decréscimos relativos mais expressivos,

designadamente S. Nicolau (-35%) e Vitória (-30%).

-0,1

-10

-5

0

5

10

15

%

Fonte: INE

Variação da população residente, 2001/2011

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Em termos absolutos, Campanhã é a freguesia que perde mais habitantes (- 6.000 habitantes), seguida

de Bonfim (-4.300) e Paranhos (-4.300).

Ramalde e Lordelo do Ouro são as únicas freguesias que conseguem manter alguma estabilidade

populacional na última década, com taxas de crescimento positivas, ainda que ténues (1,0% e 0,3%,

respetivamente).

Em 2011, a densidade populacional do concelho do Porto era de 5.736 hab/km2.

O declínio demográfico verificado na década de 2000 refletiu-se, naturalmente, na diminuição da

densidade populacional. Não obstante, o Porto é o território com a densidade mais elevada da

aglomeração metropolitana, com valor médio cerca de 3,6 vezes superior ao do Grande Porto (1.580

hab/km2).

Entre 2001 e 2011, foram principalmente as freguesias do centro da cidade que registaram as maiores

quebras na densidade populacional, com destaque para S. Nicolau que passou de 11.748 hab/km2 para

7.624 hab/km2.

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Apesar da diminuição de densidade, as freguesias centrais continuam a deter, em 2011, as densidades

mais elevadas, sendo que destas, apenas Miragaia apresenta um valor inferior à média do concelho

(4.852 hab/km2).

A análise dos dados à secção permite perceber com mais detalhe algumas assimetrias existentes na

distribuição da população residente.

As densidades mínimas, inferiores a 2.000 hab/km2, encontram-se sobretudo nas zonas mais periféricas

da cidade, ocupando uma área superior a ¼ do território, onde reside cerca de 5% da população.

Correspondem a estas secções sobretudo, áreas de grandes equipamentos, infraestruturas e a Área

Empresarial do Porto (Ramalde).

Os níveis mais elevados de densidade populacional ocupam áreas de menor dimensão e, encontram-se

dispersos um pouco por toda a cidade. Em áreas com densidades superiores a 20.000 hab/km2, reside

cerca de 7% da população em apenas 1,6% do concelho. Estas secções encontram-se maioritariamente

nas freguesias de Paranhos, Ramalde, Campanhã, Lordelo, e Cedofeita, e correspondem a situações

diversificadas de ocupação do território, quer de áreas de construção em altura quer de construção de 1

ou 2 pisos.

Quando comparada a densidade populacional com a distribuição da população residente em valores

absolutos, constata-se uma realidade diferente.

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As áreas do centro histórico e tradicional são as que apresentam os menores quantitativos

populacionais.

As secções com mais de 1.000 residentes encontram-se todas nas freguesias mais periféricas: Lordelo do

Ouro, Foz do Douro, Aldoar, Ramalde e Campanhã, sendo a ocupação destes espaços bastante

diferenciada, variando sobretudo entre a construção em banda (com 1 ou 2 alojamentos) e a construção

em altura (com 3 ou mais alojamentos).

As secções menos populosas, com menos de 300 habitantes, predominam no centro da cidade, apesar

também se encontrarem em áreas menos centrais, como em Paranhos, Campanhã ou Ramalde. No

centro da cidade assumem outra preponderância, existindo mesmo áreas significativas onde em média

residem 2 indivíduos por edifício.

Desaceleração do ritmo do saldo migratório e agravamento do saldo natural

A evolução populacional é resultado do comportamento conjunto das variáveis demográficas: saldo

fisiológico e saldo migratório. Esta dinâmica é determinada pela relação entre os nascimentos e os

óbitos, por um lado, e entre os fluxos de entrada e saída de população num território, por outro.

Contrariamente ao que aconteceu na década de 90, o crescimento demográfico do Grande Porto nos

últimos 10 anos foi integralmente suportado pelo crescimento natural (2,1%), tendo o saldo migratório

global da NUT III sido praticamente nulo.

Na última década, Porto e Espinho foram os únicos concelhos no Grande Porto a registar,

simultaneamente, taxas de crescimento natural e migratório negativas, enquanto na Póvoa de Varzim o

saldo natural não foi suficiente para atenuar o balanço migratório negativo e evitar um ligeiro

decréscimo populacional (-0.1%).

-12-10

-8-6-4-202468

1012

%

Fonte: INE

Componentes da variação populacional na década 2001/2010

Taxa de crescimento natural Taxa de crescimento migratório

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De um modo geral, nos concelhos com taxas de crescimento efetivo positivas, foi o saldo natural que

mais contribuiu para essa variação positiva, sendo mesmo no caso de Gondomar (e Póvoa de Varzim)

responsável por evitar a regressão populacional.

Durante a década de 2000 registaram-se no Porto 21.142 nascimentos e 29.690 óbitos, o que resultou

num saldo fisiológico de -8.548 indivíduos, o que significa um agravamento relativamente à década

anterior (-3.447). De salientar que desde o início da década de 90 o Porto tem vindo a apresentar um

saldo natural negativo, com tendência de agravamento.

Por seu lado, o saldo migratório, apesar de continuar negativo entre 2001 e 2011 (-17.000 indivíduos),

sofreu um abrandamento face ao período intercensitário anterior (1991/2001), onde se registou um

balanço negativo na ordem dos 36.000 indivíduos.

Desde modo, a evolução demográfica regressiva do Porto na última década é explicada sobretudo

pela taxa de crescimento migratório (-6,8%), enquanto a taxa de crescimento natural atinge os -3,4%.

A análise destas componentes por freguesia revela que é nas freguesias do centro histórico que se

encontram os valores negativos extremos, quer de crescimento natural, quer de crescimento migratório.

Nevogilde é a única freguesia com um crescimento natural positivo (2,0%) ainda que reduzido e, Lordelo

do Ouro e Ramalde foi onde se registou um saldo migratório positivo na década (0,7% e 1%,

respetivamente), contribuindo para taxas de crescimento efetivo positivas, apesar de ténues.

Há a salientar o caso de Sto. Ildefonso, única freguesia que, proporcionalmente, apresenta um saldo

migratório menos negativo que o saldo fisiológico, bastante menos agravado que o das freguesias

circundantes.

-45

-40

-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

%

Fonte: INE

Componentes da variação populacional na década 2001/2010

Taxa de crescimento natural Taxa de crescimento migratório

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Reforço da capacidade de atrair população

A diferença entre fluxos de entrada e saída de população de um território traduz-se no seu saldo

migratório. A capacidade de uma cidade em atrair indivíduos é um importante fator de

desenvolvimento, principalmente quando a componente natural atinge valores negativos.

Quando avaliada a evolução do nível de atratividade do Grande Porto constata-se que, entre 2001 e

2011, a taxa de atração total se manteve nos 3,5%, ou seja, não houve alteração da proporção de

população que 5 anos antes dos momentos censitários (1995 e 2005) antes residia noutros concelhos ou

no estrangeiro.

Quanto à taxa de repulsão interna, ou seja, a população que 5 anos antes residia nos concelhos do

Grande Porto e que saiu para outros municípios do País, aumentou ligeiramente entre 2001 e 2011,

passando de 2,1% para 2,5%.

De entre os concelhos que constituem esta NUT III, apenas Espinho, Porto e Vila do Conde viram as suas

taxas de atração total aumentarem na última década, enquanto a taxa de repulsão interna aumentou

nos concelhos de Maia, Póvoa de Varzim e Vila Nova de Gaia.

Na última década, o Porto viu reforçada a sua atratividade: cerca de 7,7% da população do Porto em

2001 não residia na cidade 5 anos antes (1995) e 8,8% dos habitantes em 2011 não viviam no Porto em

2005, o que representa, em 2011, um total de aproximadamente 21.000 residentes, 81% originários de

outros municípios e 19% provenientes do estrangeiro.

Paralelamente, também diminuiu a sua taxa de repulsão interna, passando de 15,7% em 2001 para

12,6% em 2011, apesar de manter o valor mais elevado no universo dos concelhos do Grande Porto.

Quando avaliada a repartição por freguesia, da população que passou a residir no Porto entre 2005 e

2011, destaca-se a freguesia de Sto. Ildefonso por ser a que maior proporção de residentes atraiu de fora

do município nos últimos 5 anos – cerca de 16% da população da freguesia em 2011.

A freguesia com menor taxa de atração, bastante abaixo da média da cidade (8,8%) foi S. Nicolau (5,1%),

seguida de Campanhã (6,3%) e Aldoar (6,6%).

Em valores absolutos, as freguesias que fixaram maiores quantitativos provenientes de outro município

ou do estrangeiro foram Paranhos (4.182) e Ramalde (3.245), apesar de em termos relativos ficar abaixo

dos 10% da população residente nas respetivas freguesias.

0

2

4

6

8

10

12

14

%

Fonte: INE

Taxas de atração e repulsão, 2011

Taxa de atracção total Taxa de repulsão interna

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Censos 2011

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Ainda relativamente à mudança de residência relativamente a 2005, cerca de 16% da população

residente no Porto em 2011 mudou de residência dentro do município, cerca de 8% mudou dentro da

mesma freguesia e 8% mudou de outra freguesia do concelho.

Aumento da população residente de nacionalidade estrangeira na última década

Apesar de ainda estar bastante abaixo da média nacional (3,7%), a proporção de residentes de

nacionalidade estrangeira no Grande Porto aumentou de 1,1% para 1,6% no último período

intercensitário, perfazendo um total de cerca de 20.600 indivíduos em 2011.

Entre 2001 e 2011, todos os concelhos do Grande Porto observaram aumentos na proporção de

população estrangeira, à exceção de Espinho (passou de 1,5% para 1,2%).

O maior incremento relativo foi registado no concelho do Porto, onde os residentes estrangeiros

aumentaram de 1,6% para 2,7% do total da população, apresentando também os maiores

quantitativos em termos absolutos em 2011 (6.413 indivíduos estrangeiros).

0

2

4

6

8

10

12

14

16

%

Fonte: INE

População residente que 5 anos antes residia fora do Porto, 2011

Valor médio do Porto

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

%

Fonte: INE

População residente de nacionalidade estrangeira

2001 2011

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Censos 2011

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Entre 2001 e 2011 a proporção de residentes de nacionalidade estrangeira aumentou também em

praticamente todas as freguesias do Porto, à exceção das freguesias de Foz do Douro e Nevogilde, em

que se verificou uma quebra de aproximadamente 1 ponto percentual. Sto. Ildefonso e Sé apresentaram

os maiores acréscimos, superiores a 4,5 pp.

Em 2011, as freguesias onde a proporção de habitantes estrangeiros é mais elevada são Sto. Ildefonso

(7,3%) e Sé (6,5%), embora representam quantitativos muito distintos (662 estrangeiros em Sto.

Ildefonso e 226 na Sé).

Em termos absolutos, é na freguesia de Paranhos que reside a maior parte da população estrangeira

(1.122 indivíduos), seguindo-se Bonfim (897) e Cedofeita (882).

Em 2011, cerca de 2/3 da população estrangeira residente no Porto é natural de um País da Europa (2.075

indivíduos) ou América (2.181 habitantes), sendo as 5 comunidades estrangeiras mais representativas a

residir na cidade a brasileira (31%), cabo-verdiana (8%), chinesa (5%), angolana (5%) e espanhola (5%).

A estrutura etária da população de nacionalidade estrangeira apresenta algumas diferenças da

portuguesa: o peso dos indivíduos em idade ativa (15-64 anos) é bastante superior (85%) ao da

população de nacionalidade portuguesa (64%) e o proporção de idosos é significativamente inferior nos

cidadãos estrangeiros (5%) que nos nacionais (24%).

0

1

2

3

4

5

6

7

8%

Fonte: INE

População residente de nacionalidade estrangeira

2001 2011

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Portugal Estrangeira

Fonte: INE

População residente no Porto, segundo a nacionalidade e grupo etário, 2011

De 0 a 14 anos De 15 a 24 anos

De 25 a 64 anos De 65 ou mais anos

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Censos 2011

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Disparidades internas na dinâmica demográfica

De forma a sintetizar a informação analisada nas páginas anteriores e a melhor perceber a diferenciação

interna na cidade, procedeu-se a uma avaliação mais qualitativa da dinâmica demográfica recente do

Porto.

A metodologia seguida foi adaptada da utilizada em exercício semelhante aquando da revisão do PDM

de Lisboa1 e, teve em consideração um conjunto de indicadores: variação da população e das famílias no

período intercensitário (2001/2011) e saldo natural e migratório na década 2001/2010.

De acordo com os resultados obtidos, foi possível classificar as freguesias do Porto em 5 tipologias

diferentes em termos de dinâmica demográfica na última década:

Dinâmica positiva – caracterizada por aumentos da população e das famílias e saldos natural e

migratório positivos.

A freguesia de Ramalde é a única que, no período em análise, regista variações positivas em

todos estes domínios, ainda que com baixos valores de crescimento demográfico e natural.

Nesta freguesia é significativa a variação positiva das famílias, principalmente de reduzida

dimensão (1 pessoa) e a capacidade de atração de população, sendo a freguesia com o saldo

migratório mais elevado.

Dinâmica moderada – em que cresce a população e as famílias e o saldo migratório é positivo,

mas com saldo natural negativo.

Apenas Lordelo do Ouro conjuga estas tendências, onde se destaca o aumento das famílias,

sobretudo de menor dimensão (1 e 2 pessoas) e, um saldo migratório que atenua a componente

natural negativa, resultado de alguma capacidade de atração da população, maioritariamente

proveniente de outras freguesias do concelho.

1 Relatório de Caracterização síntese – Revisão do PDM de Lisboa, Julho de 2011

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Dinâmica em ligeira recuperação – caracterizada pelo crescimento das famílias e saldo natural

positivo, com quebras na população residente e saldo migratório negativo.

A freguesia de Nevogilde foi aquela cujos dados apontam no sentido de uma ligeira

recuperação, sobretudo estimulada por uma componente natural positiva, que se verificou ao

longo de toda a década de 2000 (à exceção do ano de 2010).

Dinâmica recessiva – em que diminui a população e aumentam as famílias e os saldos naturais e

migratórios são negativos.

O conjunto das freguesias de Aldoar, Cedofeita, Foz do Douro e Sto. Ildefonso, que se integra

nesta categoria, apresenta valores próximos em termos de quebras populacionais e de

crescimento das famílias. Este aumento verificou-se nas famílias de pequena dimensão,

sobretudo com 1 pessoa, tendo as famílias com 3 ou mais pessoas diminuído em todas as

freguesias. Neste grupo, destaca-se Sto. Ildefonso por deter a maior proporção de residentes

provenientes de outro município ou do estrangeiro (desde 2005), o que contribuiu para que

nesta freguesia fosse a componente natural a contribuir mais para a quebra demográfica que a

migratória.

Dinâmica negativa – caracterizada pela diminuição da população e das famílias e por saldos

naturais e migratórios negativos.

Nesta última tipologia incluem-se todas as restantes freguesias - Bonfim, Campanhã,

Massarelos, Miragaia, Paranhos, São Nicolau, Sé e Vitória, que representam cerca de 50% da

população do concelho, cujos dados apontam para tendências recessivas de difícil inversão, em

claro declínio demográfico.

As freguesias da zona oriental da cidade - Paranhos, Campanhã e Bonfim são as que apresentam

os saldos naturais e migratórios negativos mais expressivos em valores absolutos, sobretudo

significativo no que respeita à componente migratória.

Por outro lado e, em termos relativos, o conjunto das freguesias do Centro Histórico apresenta

um padrão homogéneo no que respeita aos elevados valores de quebras populacionais e das

famílias.

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Censos 2011

17

2. Envelhecimento demográfico

Redução do ritmo de crescimento da população idosa e de diminuição da população jovem

À semelhança das décadas anteriores, mantém-se na cidade do Porto a tendência do duplo processo de envelhecimento demográfico, que conjuga os efeitos da diminuição dos jovens com o aumento do número de idosos. Ao longo das últimas 3 décadas o Porto tem vindo progressivamente a perder jovens (0-14 anos) e a ganhar idosos (65 ou mais anos).

Em 1981 o grupo dos jovens com menos de 15 anos representava 22% da população, enquanto em 2011 representava apenas cerca de metade (12%).

O grupo dos indivíduos com 65 ou mais anos, que em 1981 detinha um peso de apenas 12%, passou a representar 23% da população total em 2011. Aliás, este é o único escalão etário que regista ganhos ao longo deste período.

Neste intervalo é ainda significativa a redução de jovens em idade ativa (15-24 anos), que em 1981

representava 17% da população (55.994 indivíduos) e em 2011 detinha um peso de apenas 11% (25.017

residentes).

As alterações ocorridas na estrutura etária da população traduziram-se, consequentemente, num

aumento da sua idade média. Entre 1981 e 2011 a idade média da população do Porto passou de 38 anos

para 45 anos, enquanto a nível global do Continente o aumento médio foi de 5 anos, não ultrapassando

os 42 anos em 2011.

De um modo geral e, comparativamente com os âmbitos geográficos de referência, o Porto apresentava

em 2011 uma estrutura da população mais envelhecida: no Grande Porto e no Continente a proporção

de jovens era de aproximadamente 15% e a proporção de idosos era de 17% e 19%, respetivamente.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1981 1991 2001 2011

Fonte: INE

População residente no Porto, segundo o grupo etário

0 - 14 anos 15 - 24 anos

25 - 64 anos 65 e mais anos

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Censos 2011

18

No último período intercensitário, manteve-se, no Grande Porto, a tendência de variação negativa da

população residente com menos de 15 anos (-7%) e de aumento significativo dos indivíduos com 65 ou

mais anos (29%), apesar de se ter atenuado ligeiramente o ritmo face à década anterior.

Entre 2001 e 2011, a grande maioria dos concelhos do Grande Porto perdeu população jovem, num total

de aproximadamente 14.000 jovens, e todos registaram um acréscimo de residentes idosos, num total

de cerca de 48.000 indivíduos.

Esta evolução na estrutura etária da população residente no Grande Porto resultou num aumento da

proporção de idosos e numa diminuição da proporção de jovens, entre 2001 e 2011, comportamento

generalizado a todos os concelhos.

Maior representatividade das mulheres na população idosa

Avaliando a repartição da população residente em 2011, por grupos etários e por género no concelho do

Porto, verifica-se que as maiores diferenças existem nos dois últimos escalões etários (25-64 anos e 65 e

mais anos), onde existe uma predominância de residentes do sexo feminino (num total de cerca de

22.200 indivíduos).

Entre 2001 e 2011 a principal distinção da evolução demográfica por grupo etário e sexo verificou-se no

escalão dos idosos (65 ou mais anos), que registou uma variação superior da população masculina

(11,9%), enquanto a população do sexo feminino cresceu aproximadamente metade (5,8%).

10

12

14

16

18

20

22

24

10 11 12 13 14 15 16 17 18

Po

pu

laçã

o id

osa

%

População jovem %

População residente jovem (0-14) e idosa (65 e mais), 2011

Porto Espinho MatosinhosVila Nova de Gaia Gondomar Póvoa de VarzimVila do Conde Maia ValongoFonte: INE

0

20.000

40.000

60.000

0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 e mais anos

Fonte: INE

População residente no Porto, segundo o grupo etário e sexo, 2011

M H

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Censos 2011

19

Disparidades internas na estrutura etária

A análise da estrutura etária da população residente nas freguesias do Porto permite encontrar alguma

diferenciação intraurbana, sobretudo nos grandes grupos etários extremos, o dos jovens e o dos idosos,

refletindo o aumento do envelhecimento populacional em algumas destas áreas.

Em 2011, a proporção de jovens com menos de 15 anos não atinge os 10% da população num conjunto

de freguesias, todas elas centrais: Cedofeita, Miragaia, Sto. Ildefonso e Vitória.

Em situação mais vantajosa, com valores acima da média do concelho, surgem as freguesias de Aldoar,

Lordelo do Ouro, Nevogilde e Ramalde, onde a percentagem de jovens ultrapassa os 14%.

No último intervalo censitário, assistiu-se a uma diminuição de residentes jovens na ordem dos 18% (-6.200 indivíduos), tendo esta tendência sido observada em todas as freguesias.

As freguesias do Centro Histórico – Miragaia, S. Nicolau, Sé e Vitória – registaram variações superiores a

-40% da população jovem, mas em termos absolutos estas perdas não totalizaram 750 jovens.

Campanhã e Paranhos totalizaram cerca de 46% das perdas de jovens do concelho na década (-2.864

jovens), mas são estas freguesias que concentram, igualmente, mais de 1/3 dos jovens do Porto em 2011

(36%).

Segundo o último Censo, os jovens entre os 15 e os 24 anos representam cerca de 11% da população

residente no concelho, valor semelhante ao detido pelo Grande Porto e Continente.

Na maioria das freguesias a proporção de jovens com estas idades era de aproximadamente 10%, sendo

Cedofeita a freguesia com o valor mínimo (9%).

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Fonte: INE

População residente segundo o grupo etário, 2011

0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 e mais anos

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Censos 2011

20

Na última década, há a salientar a perda considerável de indivíduos neste escalão etário, cujo

decréscimo de 32%, representou uma perda de 11.833 indivíduos em idade ativa.

As freguesias de Bonfim, Campanhã, Cedofeita e Paranhos totalizaram uma perda superior a 7.500

jovens entre os 15 e 24 anos, enquanto em termos relativos, S. Nicolau e Miragaia perderam mais de

metade da população residente neste escalão etário.

No último escalão etário, o dos idosos (65 ou mais anos), a situação global é mais desfavorável, com a

cidade a deter um valor médio de 23% de população nesta faixa etária.

As freguesias com menor proporção de idosos, inferior a 20% da população total, um valor semelhante

ao do Continente (19%), são Aldoar, Lordelo do Ouro, e Ramalde. No extremo oposto, onde mais de ¼

dos residentes tem 65 ou mais anos, surge praticamente a totalidade das freguesias do centro histórico e

tradicional: Bonfim, Cedofeita, Miragaia, Sto. Ildefonso, S. Nicolau, Sé e Vitória.

Nos últimos 10 anos, de um modo geral, manteve-se a tendência de aumento da população residente

com 65 ou mais anos, com uma variação relativa na ordem dos 8% (4.080 indivíduos), ainda que o

ritmo tenha sido inferior à década anterior.

Foi nas freguesias da periferia ocidental que os acréscimos relativos de habitantes idosos foram

superiores, com destaque para Foz do Douro e Nevogilde, que atingiram as variações mais significativas

(28% e 22%, respetivamente).

Pirâmides etárias 2001 e 2011

Entre 2001 e 2011 assistiu-se a um agravamento do envelhecimento populacional, quer na base da

pirâmide, com a redução de jovens (por efeito declínio da fecundidade), quer no topo, através do

acréscimo de idosos (devido ao aumento da esperança média de vida), particularmente notório nos

indivíduos do sexo feminino.

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Censos 2011

21

Os escalões etários que perderam mais indivíduos (em ambos os sexos) foram os da população em idade

ativa mais jovem: dos 15-19 anos (-28%), dos 20-24 anos (-36%) e o dos 25-29 anos (-22%), num total de

cerca de 16 mil indivíduos.

São ainda significativas as quebras verificadas nos escalões etários quinquenais mais jovens: dos 0-14

anos – que variam entre -16% e -21%, este último valor referente ao dos indivíduos do sexo masculino

entre 0 e 4 anos.

A partir dos 55 anos, regista-se um incremento em praticamente todos os grupos etários quinquenais –

em 2001 os indivíduos com 55 ou mais anos representavam cerca de 31% da população (12% sexo

masculino, 19% sexo feminino), valor que aumentou para 38% em 2011 (15% homens, 22% mulheres). É

de destacar o grupo de indivíduos com idades compreendidas entre os 55 e 64 anos, com um acréscimo

de 8,6% face a 2001, revelando já algum envelhecimento da população em idade ativa.

Decréscimo da proporção de jovens e crianças e aumento da proporção de idosos

A avaliação de algumas das componentes do envelhecimento demográfico a uma escala mais fina

permite detetar as disparidades existentes na cidade.

Em 2011 verifica-se uma significativa concentração das áreas com as proporções mais elevadas de

jovens, representando mais de 17% da população residente, sobretudo em áreas de ocupação urbana

mais recente nas freguesias da zona ocidental (Aldoar, Foz do Douro, Lordelo do Ouro, Nevogilde e

Ramalde), e ainda em certos bairros de Campanhã.

1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0

Menos de 1 ano

4 anos

8 anos

12 anos

16 anos

20 anos

24 anos

28 anos

32 anos

36 anos

40 anos

44 anos

48 anos

52 anos

56 anos

60 anos

64 anos

68 anos

72 anos

76 anos

80 anos

84 anos

88 anos

92 anos

96 anos

De 100 ou mais anos

% Fonte: INE

Pirâmides etárias da população residente no Porto, 2001 e 2011

H - 2011 M - 2011 2001

H M

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Censos 2011

22

Com valores bastante inferiores à média do concelho (12%), existe um território significativo nas

freguesias do centro histórico e tradicional e, ainda, em algumas áreas de Paranhos e Campanhã, onde

esta proporção não atinge os 7%. Corresponde a secções onde o peso da população idosa é,

maioritariamente, preponderante.

Neste grupo populacional, importa destacar o grupo das crianças com menos de 5 anos (0-4 anos de

idade), pela baixa representatividade que detém no total da população residente em 2011 (cerca de

3,6%) e pela quebra significativa que registou na última década, de aproximadamente 2 mil indivíduos (-

19%).

Os decréscimos relativos mais acentuados (superiores a 40%) verificaram-se nas freguesias da Foz do

Douro e Miragaia, enquanto em termos absolutos se destacam Campanhã e Paranhos que, apesar de

totalizarem uma perda de 767 crianças na década, continuam a deter em 2011, cerca de 36% das crianças

da cidade.

Salientam-se ainda as freguesias de Vitória e Sto. Ildefonso, onde este grupo populacional viu o seu peso

na população residente total reforçado entre 2001 e 2011.

0

1

2

3

4

5

6

%

Fonte: INE

População residente com menos de 5 anos

2001 2011

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Censos 2011

23

As áreas mais envelhecidas da cidade, onde a proporção de idosos ultrapassa ¼ da população residente,

distribuem-se por toda a cidade, ocupando cerca de 44% do território concelhio, embora se denote uma

maior representatividade deste grupo etário nas áreas mais centrais e em alguns bairros de Paranhos,

Campanhã e Foz do Douro.

Contrariamente, as áreas onde a proporção de idosos é inferior à média do concelho (23%), distribuem-

se maioritariamente pelas zonas mais periféricas da cidade, nas freguesias de Lordelo do Ouro,

Nevogilde, Aldoar, Ramalde, Paranhos e Campanhã.

Analisando apenas o grupo de residentes com 75 ou mais anos, verifica-se que representa mais de 50%

dos idosos em 2011 (aproximadamente 28.000 indivíduos), o que revela um elevado envelhecimento da

própria população idosa.

As freguesias em que a proporção de muito idosos é superior são as freguesias do centro histórico e

tradicional, com percentagens superiores a 14% da população residente total.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

%

Fonte: INE

População residente com 75 ou mais anos

2001 2011

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Censos 2011

24

Ao avaliar na, última década, a evolução da proporção de residentes com 75 ou mais anos, no total da

população idosa, ou seja, o índice de longevidade, percebe-se que este tem vindo a aumentar de forma

contínua e de forma mais acentuada no Porto que nos âmbitos geográficos de referência, embora

praticamente tenha estagnado nos últimos anos.

Em 2011, em Vitória e Miragaia, por cada 100 idosos, 57 tinham 75 ou mais anos, enquanto as freguesias

em situação oposta apresentavam um índice de longevidade de 45 (Nevogilde) e 48 (Foz do Douro).

A figura seguinte revela as áreas mais envelhecidas da cidade em 2011, onde a proporção de jovens é

baixa (<=10%) e, simultaneamente, a proporção de idosos é elevada (>=25%).

Trata-se de uma área significativa da cidade (24% do território), onde os habitantes com menos de 15

anos não ultrapassam os 70 indivíduos por secção estatística e onde a população idosa é normalmente

da ordem das centenas.

35

37

39

41

43

45

47

49

51

53

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

índice

Fonte: INE

Evolução do índice de longevidade

Porto Grande Porto Continente

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Censos 2011

25

Agravamento dos índices de envelhecimento e dependência

O aumento da proporção de idosos e a redução da representatividade dos jovens traduziram-se no

agravamento do índice de envelhecimento, que mede precisamente a relação entre a população

residente nestes dois grupos etários: o dos 65 e mais anos e o dos 0 aos 14 anos.

Em 2011 no Porto existiam, em média, cerca de 194 idosos por cada 100 jovens, valor bastante

superior ao registado no Grande Porto (111) e Continente (131).

No Porto, em 2001, esse rácio era de 147, e já todas as freguesias apresentavam valores superiores a 100,

significando que o número de idosos era superior ao número de jovens.

O índice de envelhecimento apresenta uma forte diferenciação entre as freguesias, com valores a variar

entre 134, em Nevogilde e o máximo de 330, em Vitória, onde existem 3 idosos por cada jovem.

Na última década, Miragaia foi a freguesia que registou o maior aumento deste rácio, passando de 203

em 2001 para 306 idosos por 100 jovens em 2011.

Quando analisada a distribuição do índice de envelhecimento por secção estatística, constata-se a

dimensão do grau de envelhecimento de algumas áreas, bem como a existência de fortes disparidades

na cidade.

0

50

100

150

200

250

300

350índice

Fonte: INE

Índice de envelhecimento

2001 2011

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Censos 2011

26

Os valores mais elevados, acima de 400 idosos por cada 100 jovens, concentram-se maioritariamente

nas freguesias de Bonfim, Cedofeita, Sto. Ildefonso.

No extremo oposto encontram-se as zonas com uma estrutura mais jovem em que, no máximo, existem

100 idosos por cada 100 jovens. Localizam-se sobretudo na coroa exterior da cidade, ocupando uma área

de aproximadamente 11% do território.

O índice de dependência total mede o nível de dependência da população jovem e idosa em relação à

população em idade ativa, contendo duas componentes com tendências de evolução divergentes: o

índice de dependência de jovens e o de idosos.

Entre 2001 e 2011 o índice de dependência de jovens registou um ligeiro decréscimo, passando de 19

jovens (0 aos 14 anos) a cargo por cada 100 indivíduos em idade ativa, para os 18, revelando já a quebra

da taxa de fecundidade. Por seu lado, o índice de dependência de idosos aumentou de 29 idosos

dependentes para 36, em igual período, refletindo o aumento da esperança média de vida.

Esta evolução traduziu-se num aumento do índice de dependência total de seis pontos percentuais na

década, registando o Porto em 2011 um índice total de 54, superior aos âmbitos geográficos em

comparação: Grande Porto (46) e Continente (52).

A nível interno são evidentes as diferenças entre as freguesias, variando o índice de dependência total,

em 2011, entre um mínimo de 50 em Aldoar e um máximo de 64 na Vitória.

No entanto, as maiores assimetrias surgem quando se aumenta a escala de análise para a secção

estatística. Pode-se observar que num conjunto considerável de secções (mais de ⅓), os valores

atingidos são significativamente elevados, onde por cada 100 pessoas em idade ativa existem 60 ou mais

pessoas a cargo.

Nas secções onde o nível de dependência total é menor, inferior a 40, é maioritariamente

influenciado pelo índice de dependência de jovens, significa que nestes casos o peso da população

jovem é superior.

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Censos 2011

27

Um outro indicador que ajuda a compreender o nível de envelhecimento demográfico e que relaciona a

população em idade ativa e a idosa é o índice de sustentabilidade potencial, permitindo medir o número

de indivíduos potencialmente ativos (dos 15 aos 64 anos) por cada idoso.

Na última década, o índice de sustentabilidade potencial diminuiu de 3,5 indivíduos em idade ativa por

cada indivíduo idoso, em 2001, para 2,8 em 2011.

Este valor é significativamente inferior ao verificado no Grande Porto (4,1) e no Continente (3,4) neste

último ano.

De um modo geral, a situação agravou-se em todas as freguesias entre 2001 e 2011, à exceção de Sto.

Ildefonso que registou uma ligeira melhoria (de 2,3 para 2,4), tendo o decréscimo sido mais acentuado

nas freguesias de Foz do Douro, Nevogilde e Aldoar.

Em 2001 apenas ⅓ das freguesias detinha um índice de sustentabilidade inferior a 3, enquanto em 2011

aproximadamente ¾ estão nessa situação.

As situações mais desvantajosas registam-se em freguesias do centro histórico e tradicional, com

valores inferiores a 2,5 indivíduos em idade ativa por cada idoso.

Aumenta a dificuldade de renovação da população ativa

Um desafio que o envelhecimento populacional coloca às sociedades contemporâneas é a garantia da

substituição da sua população ativa.

O Índice de renovação da população ativa mede, precisamente, a relação entre os indivíduos que estão

potencialmente a entrar (dos 20 e 29 anos) e a sair do mercado de trabalho (dos 55 e 64 anos).

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

índice

Fonte: INE

Índice de sustentabilidade potencial

2001 2011

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Censos 2011

28

Em 2011 o Porto apresentava um índice de renovação da população ativa de 83, o que significa que o

concelho já não consegue renovar a sua população ativa, visto que existem 83 jovens entre os 20 e 29

anos por cada 100 indivíduos dos 55 e os 64 anos.

Comparativamente com outros âmbitos geográficos, o Porto continua a apresentar a situação mais

desvantajosa, quer no contexto regional (Grande Porto – 92), quer nacional (Continente - 93).

Este valor representa um significativo agravamento face a 2001, ano em o rácio era de 126 no Porto,

tendo o conjunto dos municípios do Grande Porto observado um decréscimo ainda mais vincado (159,

em 2001).

A nível interno, este indicador registou uma tendência de decréscimo generalizada, em que nenhuma

das freguesias atingiu o valor 100 em 2011, o que revela uma incapacidade de substituição da população

ativa na totalidade das freguesias.

A freguesia de Sto. Ildefonso destaca-se por ter registado a menor variação na década e apresentar o

rácio mais elevado em 2011 (99), significando este valor que praticamente ainda mantém a proporção

entre a população que potencialmente está a entrar e sair do mercado de trabalho.

As quebras mais acentuadas verificaram-se em Miragaia, Ramalde e Aldoar que, em 2001 detinham os

valores mais elevados deste indicador, passando em 2011 a constar entre as freguesias que estão nas

situações mais desfavoráveis.

É de salientar que este índice revela uma distribuição espacial distinta dos restantes indicadores já

analisados, em que não é nítida uma diferenciação entre as freguesias centrais e as periféricas.

0

20

40

60

80

100

120

140

160índice

Fonte: INE

Índice de renovação da população activa

2001 2011

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Censos 2011

29

3. Famílias residentes

O número de famílias residentes manteve-se estável na década

O número de famílias residentes, no Porto, não sofreu alterações significativas na década. Em valores

absolutos a cidade tinha, em 2011, 100.826 famílias, o que significou um ligeiro acréscimo (mais 130

famílias) relativamente à década anterior.

Em termos evolutivos, no período 2001/2011, foi no centro histórico que se registou a maior perda de

famílias residentes

A perda mais significativa no número de famílias residentes, ocorreu nas freguesias do centro histórico,

com taxas de variação que oscilaram entre -25%, na freguesia de São Nicolau, e -11% em Miragaia. Em

algumas freguesias do centro (Bonfim) e da zona Oriental (Campanhã) registou-se ainda alguma

variação negativa na percentagem de famílias residentes. Inversamente, foi na zona ocidental da cidade

que se verificou um aumento de famílias, atingindo as maiores variações positivas em freguesias como

Lordelo do Ouro (10%) e Ramalde (12%).

A dimensão média das famílias diminuiu progressivamente desde os anos 80

A dimensão das famílias, em termos médios, tem vindo a diminuir, no Porto, nas últimas três décadas

(1981/2011), uma tendência semelhante à verificada para o Continente. Em 2011, o número médio de

pessoas por família situou-se em 2,4 indivíduos, ou seja, menos uma pessoa por família relativamente ao

valor que se registava em 1981.

-30,0 -25,0 -20,0 -15,0 -10,0 -5,0 0,0 5,0 10,0 15,0

São Nicolau

Vitória

Miragaia

Bonfim

Campanhã

Massarelos

Paranhos

Cedofeita

Aldoar

Santo Ildefonso

Foz do Douro

Nevogilde

Lordelo do Ouro

Ramalde

Fonte: INE

%

Variação das famílais residentes 2001/2011, no Porto

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Censos 2011

30

Analisando a estrutura das famílias, com base na tipologia dos agregados, verifica-se que se assistiu a

um crescimento das famílias de menor dimensão, constituídas por uma e duas pessoas (63% em 2011) e

a uma diminuição das famílias mais numerosas, principalmente daquelas que são compostas por quatro

ou mais pessoas (17% em 2011). As famílias compostas por 3 pessoas e que decresceram na década,

representam 20% do universo das famílias clássicas em 2011.

É de assinalar o acréscimo das famílias unipessoais e das famílias compostas por duas pessoas,

registando uma variação positiva de 21% e de 14% respetivamente. Em sentido oposto, há um

expressivo decréscimo das famílias numerosas, particularmente daquelas compostas por 5 ou mais

pessoas, cuja variação foi de - 31%.

3,4

3,0

2,6 2,4

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

1981 1991 2001 2011

Fonte: INE

Dimensão média da família

Porto Continente

0

10

20

30

401 pessoa

2 pessoas

3 pessoas4 pessoas

5 ou mais pessoas

Famílias clássicas segundo a dimensão (%)

2001

2011Fonte: INE

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Censos 2011

31

As famílias com idosos representam o dobro das famílias com crianças

Em 2011, na análise da composição das famílias, no Porto, verifica-se ser mais frequente a situação das

famílias cujas idades dos indivíduos estão compreendidas entre os 15 e os 64 anos, representando estas

42% das famílias clássicas. As famílias com jovens com menos de 15 anos representam 19% e, por sua

vez, as famílias com idosos com mais de 65 anos constituem 39% das famílias.

Analisando a situação das famílias com jovens, com menos de 15 anos, estas representam 19% das

famílias e estão presentes com maior expressão em freguesias da zona ocidental como Aldoar, Lordelo

do Ouro, Ramalde e Nevogilde, oscilando entre o valor percentual entre 21% e 24%. Logo de seguida

apresenta-se a freguesia de Campanhã, que detém entre 18% e 21% de famílias com jovens. A zona

central da cidade e algumas freguesias do centro histórico são as que possuem a menor presença de

jovens na composição das famílias, entre 12% e 15%.

21

14

-11

-26 -31

-40

-30

-20

-10

0

10

20

30%

Fonte: INE

Variação na dimensão das famílias entre 2001 e 2011

1 pessoa 2 pessoas 3 pessoas 4 pessoas 5 ou mais pessoas

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Censos 2011

32

No caso das famílias com idosos (com mais de 65 anos na sua composição) que representam cerca de

39%, verifica-se em boa medida a situação inversa à representada no mapa anterior: menor presença de

famílias com idosos, com mais de 65 anos, em freguesias da zona ocidental, à exceção da Foz do Douro e

maior presença deste grupo na zona oriental da cidade, em freguesias como Bonfim e Campanhã, que

possuem entre 40% e 43% de famílias com idosos e na zona histórica, nomeadamente as freguesias de

São Nicolau, Miragaia e Vitória.

As famílias unipessoais aumentaram

As famílias unipessoais aumentaram de forma generalizada no território nacional na última década. O

caso do Porto surge destacado face ao Grande Porto e ao País com uma proporção das pessoas a

viverem em famílias unipessoais de 13%, em 2011.

Esta evolução acompanha a tendência de crescimento das famílias unipessoais na Europa, ficando ainda

ligeiramente abaixo da média europeia (UE27) que se situa nos 14,5%, segundo dados do Eurostat (EU-

SILC, 2011).

O conceito de família unipessoal inclui as pessoas a viver sós, ocupando integralmente um alojamento, e as que vivendo com outros

ocupando parte de um alojamento, possuem independência de meios (economicamente independentes) (conceito adaptado INE).

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

Porto Grande Porto Portugal

%

Fonte: INE

Famílias unipessoais no total da população residente

2001 2011

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Censos 2011

33

As famílias unipessoais representavam 1/3 do total das famílias clássicas residentes em 2011.

Este valor situa-se bem acima do valor apresentado para o País, em 2011, e que é de 20,4%.

A maior proporção de famílias unipessoais concentra-se em algumas freguesias do centro histórico

como Vitória, Sé e Miragaia e, principalmente na zona central da cidade, como é o caso da freguesia de

Santo Ildefonso, na qual as famílias com uma só pessoa atingem os 47% do total.

Há um conjunto de outras freguesias, quer na zona ocidental da cidade (como é o caso de Aldoar,

Lordelo do Ouro, Nevogilde, Ramalde e Foz do Douro) quer na zona oriental da cidade (como na

freguesia Campanhã), em que a proporção das famílias unipessoais é mais moderada, em 2011,

registando valores percentuais entre 22 % e 26%.

Em termos de evolução, a variação intraurbana das famílias unipessoais entre 2001 e 2011, representando

21%, não foi semelhante em todo o território urbano. Poucas freguesias registaram perdas e a maior parte

registou ganhos de famílias unipessoais.

Verificou-se um aumento generalizado das famílias unipessoais na cidade. Destacam-se especialmente

as freguesias de Ramalde e Foz do Douro, com uma variação positiva entre 30% e 45%. Ainda na zona

ocidental da cidade, outras freguesias registaram aumentos das famílias de uma só pessoa, entre 25% e

30%, como Nevogilde, Aldoar e Lordelo do Ouro. Freguesias houve em que se verificaram aumentos

mais moderados na variação deste tipo de famílias, como é o caso do Bonfim e de Paranhos, entre 1% e

15%.

A contrariarem esta tendência de aumento generalizado das famílias unipessoais na cidade, apenas as

freguesias da Vitória e de São Nicolau, no centro histórico, apresentaram uma variação negativa das

famílias unipessoais residentes, de -4% e -6%, apesar de nesse território ser ainda muito expressivo o

peso deste tipo de famílias. Convém a este propósito relembrar que esta tendência de perda de famílias

unipessoais está em linha com a tendência, já retratada, para o centro histórico, de perda no

quantitativo de famílias residentes, o que explicará em boa medida a variação negativa que o mapa

assinala.

0 10 20 30 40 50

Aldoar

Bonfim

Campanhã

Cedofeita

Foz do Douro

Lordelo do Ouro

Massarelos

Miragaia

Nevogilde

Paranhos

Ramalde

Santo Ildefonso

São Nicolau

Vitória

Porto

Fonte:INE %

Famílias unipessoais no total das famílias, em 2011

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Censos 2011

34

A realidade das famílias unipessoais (pessoas a viver sós), contemplando situações diversas, em termos

da sua distribuição etária, afeta particularmente o grupo das pessoas com 65 ou mais anos,

representando este 43% das pessoas nesta situação, no Porto, em 2011.

As famílias unipessoais de adultos, isto é, de pessoas na faixa etária entre os 30-49 anos, representavam

24% e na faixa etária entre os 50-64 anos representavam 22%. Relativamente ao escalão de idade

jovem, com idades compreendidas entre 15-29 anos, correspondiam a cerca de 10 % neste universo de

famílias de pessoas que vivem sós.

Aumento de famílias unipessoais de pessoas com 65 ou mais anos

Em termos absolutos, este grupo cresceu na população residente no período da década, passando de

25.480 idosos sós, em 2001, para 30.736 idosos sós em 2011, tendência que acompanha a própria

trajetória de envelhecimento da população.

Campanhã é a freguesia que proporcionalmente tem mais indivíduos com 65 ou mais anos a residirem

sós (mais de metade), logo seguida de um conjunto alargado de freguesias da cidade (no centro

histórico e zona ocidental) que ultrapassam a casa dos 40%. São as freguesias de Santo Ildefonso e

Massarelos, no centro da cidade, que apresentam os valores mais baixos na percentagem dos idosos a

viver sós, registando mesmo assim um valor de 38%.

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Censos 2011

35

Apesar de, em termos percentuais, o valor para o Porto se ter mantido inalterado, entre 2001 e 2011,

verificaram-se alterações importantes à escala das freguesias.

Em termos evolutivos, à escala intraurbana, as alterações mais significativas ocorridas na cidade, entre

2001 e 2011, apontam para um decréscimo acentuado das famílias unipessoais, com 65 ou mais anos, no

centro histórico (Sé, São Nicolau e Vitória), em linha com a tendência de perda generalizada de famílias

residentes neste território.

De salientar o expressivo aumento das famílias unipessoais, com 65 ou mais anos, na freguesia da Foz do

Douro, com uma variação de 48%. Outras freguesias contíguas, da zona ocidental da cidade seguiram

evolução idêntica, com um crescimento oscilando entre 30 e 40%.

As freguesias em que a evolução se revelou mais moderada foram o Bonfim e Santo Ildefonso, territórios

onde apesar de tudo não deixou de ser significativo a percentagem de residentes nesta condição.

0

10

20

30

40

50

60

%

Fonte: INE

Famílias unipessoais constituídas por indivíduos com 65 ou mais anos

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Censos 2011

36

O escalão etário com 75 ou mais anos representava já, em 2011, aproximadamente 15% do total dos

idosos que residem sós (no universo de 13.329 indivíduos sós, com 65 ou mais anos).

Analisando a distribuição etária das famílias unipessoais de idosos, nos diferentes subgrupos de idade,

acima dos 65 anos, verifica-se ser mais expressiva a proporção no escalão etário acima dos 75 anos

representando 15% face aos outros escalões etários. A proporção de idosos que residem sós no escalão

65-69 anos era de 4% e no escalão etário 70-74 anos era de 5%.

As famílias unipessoais de jovens sós representavam, em 2011, um universo delimitado de 10%

A distribuição das pessoas que vivem em famílias unipessoais abrange, como já se referiu, vários

escalões etários, apesar de ser mais significativa nos escalões mais velhos da população. No caso dos

jovens sós, um universo delimitado de 3.191 pessoas na cidade, considerando o escalão etário com

idades compreendidas entre os 15 e os 29 anos, estes representavam 10,4%, em 2011.

Comparativamente com o valor do País, cujo valor das famílias unipessoais de jovens sós (com idades

compreendidas entre 15-29 anos) se situou em 7,4%, o Porto fixou-se um pouco acima desse valor.

De sublinhar ainda, como freguesias mais representativas de fixação de residência das famílias

unipessoais de jovens sós, Paranhos (25%), Cedofeita (15%) e Bonfim (10%).

0 5 10 15 20

Idosos sós 65-69anos

Idosos sós 70-74anos

Idosos sós > 75 anos

% Fonte: INE

Proporção de famílias unipessoais de idosos sós , por escalão etário, em 2011

0

5

10

15

20

25

30%

Fonte: INE

Proporção de famílias unipessoais de jovens sós, entre os 15-29 anos

15-19 anos 20-24 anos 25-29 anos

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Censos 2011

37

Diminuição das famílias numerosas

A acompanhar a tendência de aumento das famílias unipessoais registou-se uma tendência de

decréscimo, de -31%, das famílias clássicas numerosas, com 5 ou mais pessoas, no período da década.

Em 2011, as famílias com 5 ou mais pessoas, representavam, no Porto, apenas 5,5% no total das famílias

clássicas. No País o valor das famílias numerosas era, em 2011, de 6,2%, tendo-se registado em ambos

os territórios uma tendência de decréscimo na década.

Em termos de valores percentuais, foi nas freguesias do centro histórico como Sé, Miragaia e São

Nicolau, que se registaram os maiores decréscimos de famílias numerosas (-50% e -60%) enquanto as

perdas menos acentuadas ocorreram em Nevogilde e Lordelo do Ouro (entre -17% e -25%).

Aumento das famílias monoparentais

As famílias monoparentais (núcleo familiar de pai ou mãe a viver com filhos) têm vindo aumentar. O

crescimento registado representou, no Porto, uma variação de 13,1% face a 2001.

Em 2011, no Porto os núcleos monoparentais representavam 22% no total dos núcleos familiares, sendo

a monoparentalidade feminina a situação dominante (88%).

O Porto acompanha a tendência generalizada de crescimento dos núcleos familiares monoparentais, à

semelhança do que verificou no País. Em 2011, estes núcleos familiares representavam neste âmbito

territorial 15%, um pouco abaixo do valor de 22% registado para o Porto.

A distribuição territorial na cidade, permite identificar as freguesias do centro histórico – São Nicolau, Sé

e Vitória – como sendo aquelas em que a presença deste tipo de famílias é mais acentuada, atingindo

mais de ¼ do total dos núcleos familiares.

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Censos 2011

38

Diminuição dos casamentos e aumento dos divórcios

A conjugalidade ao longo do período em análise (2001 a 2012), tendo sofrido algumas oscilações, aponta

para um decréscimo no número de casamentos celebrados, que se traduziu em menos 448 casamentos

do que em 2001, no Porto. A taxa de nupcialidade, reduziu –se de 5,4 ‰ para 4,3‰.

A trajetória de evolução deste indicador ao nível do País foi de decréscimo ainda mais acentuado face ao

Porto atingindo-se, em 2012, o valor mínimo de 3,3‰.

Um dado novo no que respeita às relações conjugais refere-se ao casamento entre pessoas do mesmo

sexo, tornado possível com a Lei nº 9/2010 de 31 de maio. Na cidade do Porto, realizaram-se em 2012 18

casamentos entre pessoas do mesmo sexo (13 entre pessoas do sexo masculino e 5 entre pessoas do

sexo feminino). No total, desde 2010, foram concretizados 60 casamentos entre pessoas do mesmo

sexo, no Porto. O País segue igual tendência, em termos de comportamento demográfico do indicador,

tendo sido celebrados até ao momento, entre 2010 e 2011, 914 casamentos entre pessoas do mesmo

sexo.

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

%

Fonte: INE

Núcleos familiares monoparentais

2011 2001

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

Fonte: INE

‰ Casamentos e Taxa bruta de nupcialidade, no Porto

Casamentos (nº) Taxa nupcialidade (‰)

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Censos 2011

39

Entre 2001 e 2012, registou-se um decréscimo progressivo dos casamentos católicos (de 64% para 37%)

e, em sentido oposto, registou-se um crescimento dos casamentos civis (de 36% para 62%). O ano de

2006 marca o momento em que se inverte o sentido da evolução, isto é, passam a celebrar-se mais

casamentos civis e menos casamentos católicos. Embora sem expressão de valor significativa, é de

referir em 2011 e 2012, outras modalidades de casamento que não a civil e católica, representando 1%

no total de casamentos celebrados.

No que respeita a dissolução do casamento, por divórcio, o indicador registou na década um

comportamento com oscilações, mais acentuadas em alguns anos, particularmente no ano de 2002, em

que se decretaram 3,7 divórcios por mil habitantes. A partir desse ano e, no restante período da década,

os valores da taxa bruta de divorcialidade oscilaram entre 2 e 3 divórcios por mil habitantes. No ano de

2012, o Porto apresentou o valor de 2,8 divórcios por mil habitantes, ligeiramente acima do valor

registado para o País, que foi de 2,4 divórcios por mil habitantes.

Decréscimo do número de nascimentos

O declínio da fecundidade na cidade do Porto, reflete-se no decréscimo continuado do número de

nascimentos entre 2001 até 2012. Neste período, verificou-se uma quebra de -24% no número de

nascimentos. Esta trajetória insere-se numa tendência semelhante à verificada tanto no Grande Porto

36

62 64

37

0

10

20

30

40

50

60

70

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

%

Fonte: INE

Proporção de casamentos civis e de casamentos católicos, no Porto

Casamentos civis Casamentos católicos

0

1

2

3

4

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2011 2012

Fonte: INE

Taxa bruta de divorcialidade, no Porto

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Censos 2011

40

como no País, onde também ocorreu um decréscimo no número de nascimentos (de -24% e -20%,

respetivamente).

A taxa de fecundidade, no Porto, mantém-se ao longo da década em valores sempre inferiores aos

registados para o Grande Porto e País, oscilando entre um mínimo de 33 nascimentos, no ano de 2007, e

um máximo de 39 nascimentos, em mulheres em idade fértil (entre os 15 e os 49 anos) ocorrido em 2011.

Em 2011 e 2012, verifica-se que o Porto apresentou já valores da taxa de fecundidade acima dos

registados nesses âmbitos geográficos, nos quais se manteve a trajetória de decréscimo continuado.

Adiamento da idade da mãe ao nascimento do primeiro filho

O adiamento da idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho constitui um indicador que sinaliza

outra das alterações verificadas no que respeita à fecundidade. Não dispondo de dados do indicador

para o concelho, pode referir-se a evolução, ao nível do Grande Porto, que vai no sentido de um

adiamento por parte das mulheres, do nascimento do primeiro filho. A idade média da mãe ao

nascimento do primeiro filho passou de 27 anos, em 2001, para 30 anos em 2012. A mesma tendência se

verificou no País.

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Fonte: INE

Nados vivos, no Porto

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Fonte: INE

Taxa de fecundidade

Porto Grande Porto País

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Censos 2011

41

Aumento dos nascimentos fora do casamento

Os nascimentos, dentro do casamento, ao longo a década, registaram uma clara diminuição. Em termos

percentuais, estes representavam 47% no total dos nascimentos ocorridos.

Em sentido oposto, ocorreu um aumento progressivo, ao longo da década, do número de nascimentos

fora do casamento. Em 2012, os nascimentos ocorridos fora do casamento representavam 53%. O ano

de 2008 é o momento que marca esta viragem, em que o número de nados vivos fora do casamento

ultrapassa o número de nados vivos dentro do casamento.

Esta tendência, de maior informalidade nas relações, derivada do significativo aumento dos

nascimentos no total dos nascimentos ocorridos, é particularmente acentuada no caso do Grande Porto

e País. Os nascimentos fora do casamento registam variações positivas a ultrapassar os 50% (55% no

Grande Porto e 52% no País) e pelo contrário, os nascimentos dentro do casamento sofrem variações

negativas acima dos 40% (de -45% no Grande Porto e -43% no País).

1540

865 873

977

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Fonte: INE

nº Nados -vivos, dentro e fora do casamento, no Porto

Dentro do casamento Fora do casamento

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Censos 2011

42

CAPÍTULO II – RETRATO DA POPULAÇÃO

De seguida traça-se um breve retrato atualizado da população residente no que diz respeito a aspetos

determinantes para o bem-estar individual e coletivo: frequência do ensino, habilitações literárias, tipo de

emprego e desemprego.

. Frequência de ensino – a maior frequência do pré-escolar assume relevância pela atenuação de

implicações decorrentes de contextos familiares e socioeconómicos desfavoráveis e pelo contributo para

uma melhor conciliação entre a vida familiar e profissional. Em 2011, a grande maioria das crianças com

idade entre os 3 e os 5 anos de idade residentes no Porto frequenta a educação pré-escolar.

A análise da frequência do nível de ensino considerado como correspondente a uma dada faixa etária

permite de certo modo aferir o sucesso ou insucesso escolar e a permanência no ensino formal. No último

momento censitário, o peso das crianças e jovens a frequentar o nível de ensino correspondente à sua idade

é menor à medida que analisamos faixas etárias com idade superior, sendo que 36% dos jovens na faixa

etária dos 18 aos 23 anos frequenta o Ensino Superior.

. Níveis de escolaridade – as baixas qualificações constituem obstáculos ao desenvolvimento pessoal e à

integração social dos indivíduos, bem como ao exercício de uma cidadania ativa e participativa,

condicionando igualmente as oportunidades em matéria de acesso ao mercado de trabalho. Neste sentido,

quanto maiores as habilitações literárias dos cidadãos melhor a sua capacitação para fazer face às exigências

profissionais do momento e para a sua plena inserção na sociedade da informação e do conhecimento.

Cerca de 23% dos residentes na cidade tem o 1º ciclo do Ensino Básico completo e 22% tem o Ensino

Superior. O Porto registou um aumento, entre 2001 e 2011, da população residente com formação de nível

superior.

. Emprego – no documento da Comissão Europeia Europa 2020: Estratégia para um crescimento inteligente,

sustentável e inclusivo, a criação e manutenção de níveis elevados de emprego figura como um dos objetivos

estratégicos da União Europeia para atingir o crescimento inclusivo e, deste modo, a coesão social e

territorial, o que se reflete igualmente nas políticas nacionais para a competitividade e para o

desenvolvimento socioeconómico.

Sob a perspetiva dos indivíduos, a inserção no mercado de trabalho constitui uma forma de integração na

sociedade e de garantia de um meio de subsistência.

Reconhecendo-se a importância do emprego quer do ponto de vista da realização individual quer do ponto

de vista da prosperidade dos territórios, a promoção da inserção de jovens e adultos no mercado de trabalho

e a intervenção junto dos desempregados ou trabalhadores em risco de desemprego são preocupações da

agenda a diversas escalas de análise, incluindo a local, mais próxima dos cidadãos e dos seus reais problemas

ou necessidades.

Em 2011, 45 em cada 100 residentes do Porto são economicamente ativos. E por cada 100 residentes com 15

ou mais anos de idade, 42 encontram-se empregados e 30 estão reformados, aposentados ou na reserva. O

trabalho é o principal meio de vida de 42% da população residente com 15 ou mais anos de idade e 32%

dessa população é beneficiária de um a reforma ou pensão.

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Censos 2011

43

Característica das áreas urbanas, a elevada concentração de estabelecimentos comerciais e de serviços

diversos reflete-se na representatividade do emprego terciário. A grande maioria da população empregada

trabalha por conta de outrem, está empregada no setor terciário e é constituída por especialistas das

profissões intelectuais e científicas, pessoal dos serviços e vendedores e técnicos e profissionais de nível

intermédio.

. Desemprego – em 2011, cerca de 18 em cada 100 residentes ativos estão desempregados, sendo que a

maior parte deles procura um novo emprego.

À escala intraurbana, as freguesias estão, regra geral, em linha com a situação verificada ao nível do

concelho, quer no momento censitário mais recente, quer em termos evolutivos, entre 2001 e 2011.

Nevogilde sobressai como a freguesia com a situação mais favorável nos diversos aspetos analisados. É a

que apresenta o valor mais elevado da taxa de pré-escolarização, da taxa líquida de escolarização na faixa

etária correspondente à frequência do Ensino Superior (18 aos 23 anos), do peso de residentes com

formação ao nível do Ensino Superior completo. É ainda a que apresenta o maior valor do peso percentual de

quadros superiores da administração pública, dirigentes e quadros superiores de empresas e o menor valor

da taxa de desemprego.

Em situação oposta encontra-se a generalidade das freguesias do centro histórico, com destaque para São

Nicolau que apresenta, em termos gerais, a situação mais desfavorável nos diversos indicadores

considerados.

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Censos 2011

44

1. Frequência do Ensino

Cerca de 8 em cada 10 crianças frequentam o ensino pré-escolar.

No Porto, 78,5% das crianças com idade entre os 3 e os 5 anos frequenta a educação pré-escolar. Em

2001, este valor era quase 19 pontos percentuais inferior.

Ao nível das freguesias, em 2011, o valor mais elevado da taxa de pré-escolarização regista-se em

Nevogilde, onde 91,8% das crianças entre os 3 e os 5 anos frequentam o pré-escolar. O valor mais baixo

(42,5%) regista-se em São Nicolau. Em todas elas houve um aumento da taxa de pré-escolarização entre

2001 e 2011.

A proporção de crianças e jovens a frequentar o nível de ensino correspondente à sua idade diminui à

medida que se avança na faixa etária.

A Taxa líquida de escolarização duma dada faixa etária consiste na proporção de pessoas dessa faixa

etária que frequenta o nível de escolaridade correspondente.

Este indicador reflete, por aproximação, a expressão do sucesso escolar e da permanência na educação

formal.

Assume-se que os níveis de ensino correspondentes para as diferentes faixas etárias são os seguintes:

para o grupo dos 10 a 11 anos o nível correspondente é o 2º ciclo do Ensino Básico; para o grupo dos 12 a

14 anos o nível correspondente é o 3º ciclo do Ensino Básico; para o grupo dos 15 a 17 anos o nível

correspondente é o Ensino Secundário e para o grupo dos 18 a 23 anos o nível correspondente é o Ensino

Superior.

Cerca de 76 em cada 100 crianças residentes na cidade na faixa etária dos 10 a 11 anos frequenta o nível

de ensino considerado normal para a sua idade. Em termos evolutivos, face a 2001, registou-se um

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100%

Fonte: INE

Taxa bruta de pré-escolarização

2001 2011

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Censos 2011

45

aumento do valor assumido por esta taxa. Esta tendência verificou-se igualmente à escala intraurbana,

com exceção da freguesia da Vitória que registou uma diminuição do valor no período em análise.

Na faixa etária dos 12 aos 14 anos, a taxa líquida de escolarização atinge, no Porto, em 2011, os 75,1%,

valor mais elevado do que o verificado em 2001 (58%). Nesta faixa etária, todas as freguesias do

município registaram um aumento do valor do indicador entre os dois momentos censitários.

No Porto, em 2011, a taxa líquida de escolarização para os jovens entre os 15 e os 17 anos situa-se em

61,4%, valor mais elevado em cerca de 5 pontos percentuais do que o verificado em 2001. Ao nível das

freguesias, excetuando Vitória e Paranhos, todas as outras seguiram a tendência da cidade.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90%

Fonte: INE

Taxa líquida de escolarização na faixa etária dos 10-11 anos

2001 2011

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100%

Fonte: INE

Taxa líquida de escolarização na faixa etária dos 12-14 anos

2001 2011

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Censos 2011

46

No Porto, 36,4% dos jovens na faixa etária dos 18 aos 23 anos frequenta o Ensino Superior. Ao contrário

da tendência evolutiva verificada nas taxas de escolarização das faixas etárias analisadas anteriormente,

o valor da taxa para esta faixa etária diminuiu de 2001 (41,7%) para 2011.

Ao nível das freguesias, as situações são distintas: em São Nicolau apenas 9,5% dos jovens com idade

entre os 18 e os 23 anos frequenta o Ensino Superior, ao passo que em Nevogilde esta proporção é de

62,6%. A esta escala não é possível apontar uma tendência evolutiva única: existem freguesias que

registaram aumento dos valores da taxa - Aldoar, Foz do Douro, Nevogilde e Ramalde - e outras que

seguiram a tendência concelhia – Bonfim, Campanhã, Cedofeita, Lordelo do Ouro, Massarelos,

Miragaia, Paranhos, Santo Ildefonso, São Nicolau, Sé e Vitória.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100%

Fonte: INE

Taxa líquida de escolarização na faixa etária dos 15-17 anos

2001 2011

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

%

Fonte: INE

Taxa líquida de escolarização na faixa etária dos 18-23 anos

2001 2011

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Censos 2011

47

2. Níveis de escolaridade

Cerca de 3 em cada 100 residentes é analfabeto.

No Porto, 2,8% da população residente com 10 ou mais anos de idade não sabe ler nem escrever.2 A

evolução da taxa de analfabetismo na década foi favorável, na medida em que o valor diminuiu 2 pontos

percentuais face a 2001.

À escala intraurbana, de destacar Nevogilde como a freguesia que apresenta os valores mais baixos da

taxa de analfabetismo em 2011 (0,6%). São Nicolau regista o valor mais elevado – 5,7%. Em termos

evolutivos, entre 2001 e 2011, todas as freguesias seguiram a tendência do concelho.

O 1º ciclo do Ensino Básico é o nível de escolaridade completo mais representativo, seguindo-se o

Ensino Superior.

Analisando a distribuição da população residente por níveis de escolaridade completa, verifica-se que no

Porto, em 2011, o nível com maior representatividade é o 1º ciclo do Ensino Básico (23,3% dos

residentes), seguindo-se o Ensino Superior (22,3% dos residentes).

Em termos evolutivos, sobressai o aumento de 8 pontos percentuais do peso da população com Ensino

Superior de 2001 para 2011.

2 A definição da Taxa de analfabetismo tem como referência a idade a partir da qual um indivíduo que acompanhe o percurso normal

do sistema de ensino deve saber ler e escrever, tendo-se convencionado que essa idade corresponde aos 10 anos, idade equivalente

à conclusão do 1º ciclo do Ensino Básico (Fonte: INE).

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

%

Fonte: INE

Taxa de analfabetismo

2001 2011

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Censos 2011

48

Ao nível das freguesias, em 2011, destaca-se Nevogilde enquanto a freguesia com o maior peso

percentual de população com o Ensino Superior (43,1%), à qual se segue a Foz do Douro (35,2%). Por

outro lado, destaca-se São Nicolau como a freguesia com maior valor percentual de residentes sem

qualquer nível de ensino (20,1%).

Esta situação reflete-se à escala da secção estatística. Destacam-se as secções da freguesia de

Nevogilde com os valores mais elevados de proporção da população residente com o Ensino Superior,

em 2011. Verifica-se, em termos gerais, um maior peso da população com habilitações superiores na

parte ocidental da cidade comparativamente com a parte oriental.

0

5

10

15

20

25

30%

Fonte: INE

População residente no Porto segundo os níveis de escolaridade completa

2001 2011

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

%

Fonte: INE

População segundo os níveis de escolaridade completa, 2011

Nenhum nível 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo Ens. Secundário Ens. Pós-secundário Ens. Superior

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Censos 2011

49

Em termos de número de residentes que se encontram a estudar no Porto, valores que se encontram

relacionados quer com o número total de habitantes das secções bem como com o peso dos residentes

nas faixas etárias mais jovens, verifica-se que, em 2011, os maiores quantitativos registam-se na parte

ocidental da cidade. Destacam-se, igualmente, algumas secções da parte oriental da cidade com um

número elevado de residentes a estudar no Município, em comparação, designadamente, com as

freguesias do Centro Histórico.

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Censos 2011

50

3. Emprego

Cerca de 45 em cada 100 residentes encontra-se ativo em termos económicos.

No Porto, o peso da população ativa no total da população residente é de 45,2%. Em termos evolutivos,

de 2001 para 2011, registou-se a diminuição em cerca de 3 pontos percentuais da taxa de atividade.

Ao nível das freguesias, todas elas apresentam taxas de atividade entre os 40% e os 48%, valor registado

em Massarelos. Entre 2001 e 2011, a grande maioria das freguesias seguiu a trajetória evolutiva do

concelho, tendo-se verificado a diminuição dos valores assumidos pela taxa. Apenas Santo Ildefonso e

Vitória apresentaram uma situação de relativa estabilidade no período em análise (a taxa de atividade

registou um ligeiro acréscimo de 0,1 ponto percentual).

Analisando os residentes que trabalham no Município, verifica-se que, em 2011, ao nível das secções

estatísticas as situações são diversas, oscilando entre os 14% e os 48% da população residente.

Evidencia-se o predomínio das secções nas classes dos 20% a 30% de população residente a trabalhar no

Porto.

0

10

20

30

40

50

60%

Fonte: INE

Taxa de atividade

2001 2011

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Censos 2011

51

Por cada 100 residentes com 15 ou mais anos de idade 42 encontram-se empregados e 30 estão

reformados, aposentados ou na reserva.

A população empregada representa, no Porto, 42% da população residente com 15 ou mais anos de

idade, seguindo-se, em termos de peso, os reformados, aposentados ou na reserva, que representam

30% dessa população.

Em termos evolutivos, de 2001 para 2011, sobressai, no Porto, a diminuição do peso da população

empregada em 7,4 pontos percentuais, o aumento do peso dos reformados, aposentados ou na reserva

em 5,1 pontos percentuais e o aumento do peso dos desempregados, que passaram de 5,7% da

população com 15 ou mais anos, em 2001, para 9,0%, em 2011.

Analisando a população com 15 ou mais anos segundo a condição perante a atividade económica à

escala intraurbana, verifica-se que todas as freguesias reproduzem o panorama da cidade, ou seja, o

grupo com maior representatividade é o dos empregados, seguido das pessoas reformadas,

aposentadas ou na reserva.

Em 2011, Nevogilde destaca-se ao ser a freguesia onde se regista um maior peso dos empregados (50%),

dos estudantes (11%) e das pessoas domésticas (6%) e onde se verifica um menor peso dos

desempregados (5%) e dos reformados, aposentados ou na reserva (23%).

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55

Empregados

Desempregados

Estudantes

Domésticos

Reformados, aposentados ou nareserva

Incapacitados permanentes para otrabalho

Outros casos

%

Fonte: INE

População com 15 ou mais anos segundo a condição perante a atividade económica

2001

2011

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Censos 2011

52

Verifica-se que, à escala da secção estatística, em 2011, a parte oriental do Município apresenta, em

termos gerais, valores percentuais mais elevados no que se refere ao peso dos pensionistas e reformados

na totalidade de residentes.

O trabalho é o principal meio de vida da população residente com 15 ou mais anos de idade.

No Porto, 42% da população com 15 ou mais anos de idade tem como principal fonte de rendimento

o trabalho. No mesmo ano, em 2011,32% da mesma população é beneficiária de reforma ou pensão.

0

20

40

60

80

100%

Fonte: INE

População com 15 ou mais anos segundo a condição perante a atividade económica, 2011

Empregados Desempregados

Estudantes Domésticos

Reformados, aposentados ou na reserva Incapacitados permanentes para o trabalho

Outros casos

Page 54: MUDANÇAS DEMOGRÁFICAS - cm-porto.pt · PDF fileTransformação das estruturas familiares – com o aumento das famílias monoparentais, a diminuição dos casamentos,

Censos 2011

53

Face a 2001, de destacar a diminuição do peso das pessoas cujo principal meio de vida é o trabalho

(redução de 7 pontos percentuais) e o aumento do peso dos que beneficiam da reforma ou pensão

(acréscimo de 5,6 pontos percentuais), refletindo o envelhecimento demográfico da população. De

destacar ainda, o aumento da representatividade das pessoas com 15 ou mais anos cujo principal meio

de vida é o Rendimento Social de Inserção (designado por Rendimento Mínimo Garantido em 2001), que

passaram de 1,4% para 4,0%.

À escala intraurbana, a grande maioria das freguesias está em linha com a situação verificada ao nível do

concelho, isto é, analisando a população com 15 ou mais anos, verifica-se que o maior peso relativo

pertence àqueles cujo principal meio de vida é o trabalho, seguido dos que vivem sobretudo de uma

reforma ou pensão. Excetua-se as freguesias de São Nicolau, Sé e Vitória onde o maior peso diz respeito

aos indivíduos cujo principal meio de vida é efetivamente a reforma ou pensão. Além disso, nestas 3

freguesias regista-se, em 2011, o maior peso dos residentes cujo principal meio de vida é o Rendimento

Social de Inserção (entre os 8% e os 9%).

48,3

26,4

3,3

0,4

1,4

0,3

1,0

0,4

16,8

1,7

Residentes no Porto com 15 ou mais anos segundo o principal meio de vida, 2001 (%)

Trabalho

Reforma/Pensão

Subsídio de desemprego

Subsídio por acidente de trabalhoou doença profissional

Rendimento Social de Inserção

Outro subsídio temporário

Rendimento da propriedade ouda empresa

Apoio social

A cargo da família

OutroFonte: INE

41,5

32,0

3,4 0,1

4,0

0,4

0,7

0,5 14,3

3,0

Residentes no Porto com 15 ou mais anos segundo o principal meio de vida, 2011 (%)

Trabalho

Reforma/Pensão

Subsídio de desemprego

Subsídio por acidente de trabalhoou doença profissional

Rendimento Social de Inserção

Outro subsídio temporário

Rendimento da propriedade ouda empresa

Apoio social

A cargo da família

OutroFonte: INE

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Censos 2011

54

A grande maioria da população empregada trabalha por conta de outrem.

No Porto, cerca de 80% da população empregada trabalha por conta de outrem, valor inferior em 5

pontos percentuais ao verificado em 2001. Entre os dois momentos analisados houve um acréscimo de

2,8 pontos percentuais da população na situação de empregador.

As freguesias estão, em 2011, em linha com a situação do concelho: comparativamente com as outras

situações na profissão, os trabalhadores por conta de outrem apresentam uma maior

representatividade, cujos valores oscilam entre os 63% em Nevogilde e os 84% em Campanhã.

Nevogilde é a freguesia com o maior peso relativo de empregadores (27,3%).

0102030405060708090

100

%

Fonte: INE

População segundo o principal meio de vida, 2011

Outro A cargo da família

Apoio social Rendimento da propriedade ou da empresa

Outro subsídio temporário (doença, maternidade, etc) Rendimento Social de Inserção

Subsídio por acidente de trabalho ou doença profissional Subsídio de desemprego

Reforma/Pensão Trabalho

0,26 0,05 1,32 0,28 0,03 2,10 0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Empregador Trabalhadorpor conta

própria

Trabalhadorfamiliar nãoremunerado

Trabalhadorpor conta de

outrem

Membro deuma

cooperativa deprodução

Outra situação

%

Fonte: INE

População empregada segundo a situação na profissão

2001 2011

Page 56: MUDANÇAS DEMOGRÁFICAS - cm-porto.pt · PDF fileTransformação das estruturas familiares – com o aumento das famílias monoparentais, a diminuição dos casamentos,

Censos 2011

55

A grande maioria da população empregada trabalha no setor terciário.

A grande maioria (85,4%) da população residente empregada trabalha no setor terciário. Face a 2001,

verificou-se um acréscimo de 7 pontos percentuais no peso da população a trabalhar neste setor.

À escala intraurbana, em 2011, esta preponderância do setor terciário manifesta-se em todas as

freguesias.

0102030405060708090

100%

Fonte: INE

População empregada segundo a situação na profissão, 2011

Empregador Trabalhador por conta própria

Trabalhador familiar não remunerado Trabalhador por conta de outrem

Membro de uma cooperativa de produção Outra situação

0,4

21,2

78,4

População empregada por ramo de atividade, 2001 (%)

Setor Primário

Setor Secundário

Setor Terciário

Fonte: INE

0,3

14,3

85,4

População empregada por ramo de atividade, 2011 (%)

Setor Primário

Setor Secundário

Setor Terciário

Fonte: INE

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Censos 2011

56

À escala das secções estatísticas, verifica-se que, em 2011, o peso da população que trabalha no setor

terciário no total de residentes empregados é superior a 68% em todas as secções, havendo unidades

espaciais em que se atingem valores na ordem dos 90 a 96%.

Os especialistas das profissões intelectuais e científicas são o grande grupo profissional com maior

representatividade na população empregada.

No Porto, 30,3% da população empregada é especialista das profissões intelectuais e científicas e 18,4%

é pessoal dos serviços e vendedores.

Face a 2001, sobressai o aumento em cerca de 11 pontos percentuais do peso dos especialistas das

profissões intelectuais e científicas. De referir, igualmente, o aumento, em 3,8 pontos percentuais, do

peso do pessoal dos serviços e vendedores e a diminuição em 5 pontos percentuais do pessoal

administrativo e similares.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100%

Fonte: INE

População empregada por ramo de atividade, 2011

Setor Primário Setor Secundário Setor Terciário

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Censos 2011

57

A situação ao nível das freguesias é, em 2011, diferenciada. De referir o elevado peso dos quadros

superiores em Nevogilde – 25,3% da população residente empregada – e o elevado peso dos

trabalhadores não qualificados em São Nicolau – 24%.

0,3

9,5

19,6

13,3

14,0

14,6

0,3

10,0

4,3

14,3

População empregada por grandes grupos de profissões, 2001

Membros das Forças Armadas

Quadros superiores da administração pública,dirigentes e quadros superiores de empresas

Especialistas das profissões intelectuais e científicas

Técnicos e profissionais de nível intermédio

Pessoal administrativo e similares

Pessoal dos serviços e vendedores

Agricultores e trabalhadores qualificados daagricultura e pescas

Operários, artífices e trabalhadores similares

Operadores de instalações e máquinas etrabalhadores da montagem

Trabalhadores não qualificadosFonte: INE

0,3

10,0

30,3

12,6 8,9

18,4

0,2 6,2

2,2 10,8

População empregada por grandes grupos de profissões, 2011

Membros das Forças Armadas

Quadros superiores da administração pública,dirigentes e quadros superiores de empresas

Especialistas das profissões intelectuais e científicas

Técnicos e profissionais de nível intermédio

Pessoal administrativo e similares

Pessoal dos serviços e vendedores

Agricultores e trabalhadores qualificados daagricultura e pescas

Operários, artífices e trabalhadores similares

Operadores de instalações e máquinas etrabalhadores da montagem

Trabalhadores não qualificadosFonte: INE

Page 59: MUDANÇAS DEMOGRÁFICAS - cm-porto.pt · PDF fileTransformação das estruturas familiares – com o aumento das famílias monoparentais, a diminuição dos casamentos,

Censos 2011

58

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100%

Fonte: INE

População empregada por grandes grupos de profissões, 2011 Trabalhadores não qualificados

Operadores de instalações e máquinas etrabalhadores da montagem

Operários, artífices e trabalhadoressimilares

Agricultores e trabalhadores qualificadosda agricultura e pescas

Pessoal dos serviços e vendedores

Pessoal administrativo e similares

Técnicos e profissionais de nívelintermédio

Especialistas das profissões intelectuais ecientíficas

Quadros superiores da administraçãopública, dirigentes e quadros superiores deempresas

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Censos 2011

59

4. Desemprego

Cerca de 18 em cada 100 residentes ativos estão desempregados.

No Porto, 17,6% da população ativa encontra-se no desemprego, valor superior em 7,4 pontos

percentuais comparativamente ao valor registado em 2001.

A freguesia da Vitória é a que regista o maior valor da taxa de desemprego em 2011 – 27,1%. Na situação

oposta, Nevogilde é a freguesia com o menor peso de desempregados na população ativa – 8,7%.

Todas as freguesias registaram um aumento da taxa de desemprego entre 2001 e 2011. O maior

acréscimo verificou-se na Vitória (14 pontos percentuais) e o menor em Nevogilde (3,3 pontos

percentuais).

Ao nível das secções estatísticas, em 2011, a proporção de residentes que se encontra numa situação de

desemprego é variável. Em termos gerais, as secções estatísticas com as maiores taxas concentram-se

nas áreas central e oriental da cidade.

0

5

10

15

20

25

30

%

Fonte: INE

Taxa de desemprego

2001 2011

Page 61: MUDANÇAS DEMOGRÁFICAS - cm-porto.pt · PDF fileTransformação das estruturas familiares – com o aumento das famílias monoparentais, a diminuição dos casamentos,

Censos 2011

60

A grande maioria da população desempregada procura um novo emprego.

No Porto, em 2011, 80,6% dos 18.879 desempregados encontra-se à procura de novo emprego. Em

termos evolutivos, entre 2001 e 2011, verificou-se uma relativa estabilidade na repartição pelas duas

situações possíveis: à procura de novo emprego e à procura do 1º emprego. O desemprego jovem

(refletido pelos desempregados à procura do 1º emprego) passou de 19,1% para 19,4% do total de

desempregados entre 2001 e 2011.

A realidade das freguesias reproduz invariavelmente a situação verificada para o concelho. A grande

maioria dos desempregados (acima dos 77%) encontra-se à procura de novo emprego, quer em 2011,

quer também em 2001. Em termos evolutivos, de destacar São Nicolau que registou um aumento de 8

pontos percentuais no peso dos desempregados à procura do 1º emprego.

0

5

10

15

20

25

30%

Fonte: INE

População desempregada à procura do 1º emprego

2001 2011

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Censos 2011

61

ANEXOS

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Censos 2011

62

ANEXO I - Indicadores concelhios 2011 – Cap. I

Indicador Unidade Valor

População residente nº 237.591

Densidade populacional hab/km2 5.736

Taxa de crescimento natural (década) % -3,4

Taxa de crescimento migratório (década) % -6,8

População residente que 5 anos antes residia fora do município % 8,8

População estrangeira residente % 2,7

População residente por grandes grupos etários:

0 - 14 anos nº 28.379

15 - 24 anos nº 25.017

25 - 64 anos nº 129.112

65 e mais anos nº 55.083

População jovem [0-14] % 11,9

Crianças [0-4] % 3,6

População idosa (65+) % 23,2

População muito idosa (75+) % 11,7

Índice de envelhecimento índice 194

Índice de longevidade índice 51

Índices de dependência total índice 54

Índice de sustentabilidade potencial índice 2,8

Índice de renovação da população em idade ativa índice 83

Famílias nº 100.826

Dimensão média das famílias nº 2,4

Famílias segundo a dimensão

1 pessoa % 30,5

2 pessoas % 32,4

3 pessoas % 19,8

4 pessoas % 11,8

5 ou mais pessoas % 5,5

Famílias unipessoais (no total da população residente) % 12,9

Famílias unipessoais com 65 ou mais anos (no total das famílias) % 30,5

Famílias monoparentais (no total de núcleos familiares) % 22,2

Taxa bruta de nupcialidade ‰ 4,1

Taxa bruta de divorcialidade ‰ 3

Nados-vivos nº 1.975

Nados-vivos fora do casamento % 53,5

Taxa de fecundidade ‰ 38

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Censos 2011

63

ANEXO I - Indicadores concelhios 2011 – Cap. II

Indicador Unidade Valor

Taxa bruta de pré-escolarização % 78,5 Taxa líquida de escolarização

10 a 11 anos % 75,8

12 a 14 anos % 75,1

15 a 17 anos % 61,4

18 a 23 anos % 36,4

Taxa de analfabetismo % 2,8

Residentes segundo os níveis de escolaridade completa

Nenhum nível % 13,7

1º ciclo % 23,3

2º ciclo % 11,1

3º ciclo % 15,0

Ensino Secundário % 13,9

Ensino Pós-secundário % 0,8

Ensino Superior % 22,3

Taxa de atividade % 45,2

Residentes com 15 ou mais anos segundo a condição perante a atividade económica

Empregados % 42,3

Desempregados % 9,0

Estudantes % 7,6

Domésticos % 3,3

Reformados, aposentados ou na reserva % 30,4

Incapacitados permanentes para o trabalho % 1,5

Outros casos % 5,9

Residentes com 15 ou mais anos segundo o principal meio de vida

Trabalho % 41,5

Reforma/Pensão % 32,0

Subsídio de desemprego % 3,4

Subsídio por acidente de trabalho ou doença profissional % 0,1

Rendimento Social de Inserção % 4,0

Outro subsídio temporário % 0,4

Rendimento da propriedade ou da empresa % 0,7

Apoio social % 0,5

A cargo da família % 14,3

Outro % 3,0

População empregada segundo a situação na profissão

Empregador % 12,6

Trabalhador por conta própria % 5,8

Trabalhador familiar não remunerado % 0,3

Trabalhador por conta de outrem % 79,2

Membro de uma cooperativa de produção % 0,03

Outra situação % 2,1

População empregada por ramo de atividade

Setor Primário % 0,3

Setor Secundário % 14,3

Setor Terciário % 85,4

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Censos 2011

64

Indicador Unidade Valor

População empregada por grandes grupos de profissões

Quadros superiores da Administração pública, dirigentes e quadros superiores de empresas

% 10,0

Especialistas das profissões intelectuais e científicas % 30,3

Técnicos e profissionais de nível intermédio % 12,6

Pessoal administrativo e similares % 8,9

Pessoal dos serviços e vendedores % 18,4

Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas % 0,2

Operários, artífices e trabalhadores similares % 6,2

Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem % 2,2

Trabalhadores não qualificados % 10,8

Membros das Forças Armadas % 0,3

Taxa de desemprego % 17,6

População desempregada à procura do 1º emprego % 19,4

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Censos 2011

65

ANEXO II – Indicadores à freguesia 2011 – Cap. I

População residente

(n.º)

Taxa de variação da

população residente

(%)

Densidade

populacional

(hab/km2)

População residente

de nacionalidade

estrangeira (%)

2011 2001/2011 2011 2011

Bonfim 24.265 -15,1 4.604 3,7

Campanhã 32.659 -15,7 7.838 1,8

Paranhos 44.298 -9,0 4.061 2,5

Ramalde 38.012 1,0 7.446 1,8

U.F. Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde 28.858 -8,2 5.201 2,0

Aldoar 12.843 -8,0 5.333 1,4

Foz do Douro 10.997 -10,1 5.449 2,2

Nevogilde 5.018 -4,5 2.724 2,9

U.F. Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória 40.440 -15,8 6.180 4,7

Cedofeita 22.077 -10,9 8.159 4,0

Santo Ildefonso 9.029 -10,1 7.305 7,3

Sé 3.460 -27,2 7.134 6,5

Miragaia 2.067 -26,4 4.852 2,5

São Nicolau 1.906 -35,1 7.624 1,0

Vitória 1.901 -30,1 5.796 3,5

U.F. Lordelo do Ouro e Massarelos 29.059 -3,0 6.526 2,2

Lordelo do Ouro 22.270 0,3 6.115 2,0

Massarelos 6.789 -12,5 3.490 2,8

Porto 237.591 -9,7 5.736 2,7

Fonte: INE

Freguesias

0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 e mais anos

Bonfim 2.478 2.401 12.802 6.584

Campanhã 4.009 3.735 17.391 7.524

Paranhos 4.766 4.645 24.391 10.496

Ramalde 5.420 3.974 21.201 7.417

U.F. Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde 3.982 3.213 15.473 6.190

Aldoar 1.795 1.495 7.059 2.494

Foz do Douro 1.408 1.175 5.764 2.650

Nevogilde 779 543 2.650 1.046

U.F. Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória 3.854 3.810 21.922 10.854

Cedofeita 2.108 2.016 12.028 5.925

Santo Ildefonso 796 867 4.928 2.438

Sé 382 341 1.829 908

Miragaia 175 200 1.156 536

São Nicolau 221 200 1.005 480

Vitória 172 186 976 567

U.F. Lordelo do Ouro e Massarelos 3.870 3.239 15.932 6.018

Lordelo do Ouro 3.168 2.568 12.152 4.382

Massarelos 702 671 3.780 1.636

Porto 28.379 25.017 129.112 55.083

Fonte: INE

FreguesiasPopulação residente segundo o grupo etário, 2011 (nº)

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Censos 2011

66

Índice de

envelhecimento

2011 Total Jovens Idosos

Bonfim 266 60 16 43

Campanhã 188 55 19 36

Paranhos 220 53 16 36

Ramalde 137 51 22 29

U.F. Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde 155 54 21 33

Aldoar 139 50 21 29

Foz do Douro 188 58 20 38

Nevogilde 134 57 24 33

U.F. Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória 282 57 15 42

Cedofeita 281 57 15 42

Santo Ildefonso 306 56 14 42

Sé 238 59 18 42

Miragaia 306 52 13 40

São Nicolau 217 58 18 40

Vitória 330 64 15 49

U.F. Lordelo do Ouro e Massarelos 156 52 20 31

Lordelo do Ouro 138 51 22 30

Massarelos 233 53 16 37

Porto 194 54 18 36

Fonte: INE

FreguesiasÍndices de dependência, 2011

Famílias (nº) Dimensão média

das famílias (nº)

Famílias

Unipessoais com

65 ou mais anos

(%)

Famílias

monoparentais

(%)

Nados-vivos (nº)

2011 2011 2011 2001/2011 2011

Bonfim 10.994 2,2 35,3 22,5 167

Campanhã 12.955 2,5 24,9 23,7 279

Paranhos 19.185 2,3 31,1 22,8 356

Ramalde 15.352 2,5 26,1 21,3 342

U.F. Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde 11.352 2,5 24,4 19,9 223

Aldoar 4.850 2,6 21,8 20,6 87

Foz do Douro 4.517 2,4 26,4 19,9 91

Nevogilde 1.985 2,5 26,0 19,4 45

U.F. Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória 19.293 2,1 40,1 24,9 354

Cedofeita 10.375 2,1 37,3 20,6 185

Santo Ildefonso 4.636 1,9 46,9 23,3 87

Sé 1.583 2,2 40,1 26,2 27

Miragaia 993 2,1 41,2 23,9 16

São Nicolau 804 2,4 33,7 28,6 18

Vitória 902 2,1 42,0 26,6 21

U.F. Lordelo do Ouro e Massarelos 11.695 2,5 26,9 21,8 254

Lordelo do Ouro 8.631 2,6 24,0 22,6 201

Massarelos 3.064 2,2 35,2 21,0 53

Porto 100.826 2,4 30,5 22,2 1.975

Fonte: INE

Freguesias

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Censos 2011

67

ANEXO II – Indicadores à freguesia 2011 – Cap. II

10 a 11 anos 12 a 14 anos 15 a 17 anos 18 a 23 anos

Bonfim 76,3 73,9 69,6 36,4

Campanhã 68,9 66,8 48,6 19,1

Paranhos 75,7 74,9 58,5 39,5

Ramalde 75,8 79,4 63,6 40,5

U.F. Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde 80,3 79,1 73,6 51,5

Aldoar 77,4 72,4 62,1 42,3

Foz do Douro 81,3 82,0 81,7 58,6

Nevogilde 85,4 87,7 83,8 62,6

U.F. Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória 76,8 74,6 59,3 32,9

Cedofeita 76,3 76,3 66,5 43,8

Santo Ildefonso 80,0 75,8 59,4 30,4

Sé 70,8 68,3 40,0 11,8

Miragaia 81,0 71,7 57,8 16,5

São Nicolau 83,9 72,7 33,3 9,5

Vitória 70,0 70,3 40,4 12,1

U.F. Lordelo do Ouro e Massarelos 76,5 75,7 61,0 37,1

Lordelo do Ouro 76,5 75,3 60,4 34,7

Massarelos 76,5 77,9 63,4 46,1

Porto 75,8 75,1 61,4 36,4

Fonte: INE

FreguesiasTaxa líquida de escolarização, 2011 (%)

Pop. desempregada

à procura do 1º

emprego (%)

Setor Primário Setor Secundário Setor Terciário 2011

Bonfim 0,2 12,8 87,1 19,0

Campanhã 0,2 17,9 81,9 18,8

Paranhos 0,2 14,3 85,4 19,9

Ramalde 0,3 14,2 85,6 18,0

U.F. Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde 0,5 15,1 84,3 19,7

Aldoar 0,4 16,2 83,3 20,7

Foz do Douro 0,6 14,0 85,4 17,3

Nevogilde 0,6 14,9 84,4 21,3

U.F. Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória 0,2 12,1 87,6 19,1

Cedofeita 0,2 11,7 88,1 20,0

Santo Ildefonso 0,2 11,3 88,4 17,1

Sé 0,2 16,9 82,9 20,5

Miragaia 0,3 14,6 85,1 18,0

São Nicolau 0,2 12,1 87,7 21,4

Vitória 0,00 11,8 88,2 17,1

U.F. Lordelo do Ouro e Massarelos 0,3 14,2 85,5 22,0

Lordelo do Ouro 0,4 14,7 84,9 22,8

Massarelos 0,1 12,6 87,2 19,2

Porto 0,3 14,3 85,4 19,4

Fonte: INE

FreguesiasPopulação empregada por ramo de atividade, 2011 (%)

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Censos 2011

68

Nenhum

nível1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo

Ensino

Secundário

Ensino Pós-

secundário

Ensino

Superior

Bonfim 12,4 22,7 10,9 15,8 15,6 0,8 21,7

Campanhã 16,9 32,9 14,2 16,2 10,3 0,6 8,8

Paranhos 12,5 23,3 10,7 15,7 14,7 0,9 22,1

Ramalde 14,7 20,5 10,8 14,6 14,2 0,8 24,4

U.F. Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde 13,2 17,4 9,1 13,0 14,5 0,8 31,9

Aldoar 15,5 21,7 11,2 13,6 12,4 0,8 24,7

Foz do Douro 11,3 16,6 8,1 12,7 15,3 0,9 35,2

Nevogilde 11,5 8,0 6,2 12,3 18,1 0,8 43,1

U.F. Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória 12,6 23,9 10,7 15,5 14,6 0,9 21,9

Cedofeita 11,1 18,8 9,3 14,7 16,2 1,0 28,9

Santo Ildefonso 12,1 23,9 11,4 17,5 16,0 0,9 18,1

Sé 17,6 36,1 13,9 15,1 9,5 0,5 7,3

Miragaia 13,8 34,6 12,1 14,4 9,8 0,9 14,3

São Nicolau 20,1 38,0 12,7 15,0 8,1 0,5 5,6

Vitória 14,2 35,1 14,4 16,4 9,8 0,7 9,5

U.F. Lordelo do Ouro e Massarelos 13,7 21,4 10,8 13,8 12,9 0,8 26,6

Lordelo do Ouro 14,4 22,0 11,3 13,8 12,5 0,7 25,3

Massarelos 11,4 19,5 9,2 13,9 14,2 1,0 30,8

Porto 13,7 23,3 11,1 15,0 13,9 0,8 22,3

Fonte: INE

Freguesias

Residentes segundo os níveis de escolaridade completa, 2011 (%)

EmpregadosDesempre-

gadosEstudantes Domésticos

Reformados,

aposentados

ou na reserva

Incapacitados

permanentes

para o

trabalho

Outros casos

Bonfim 40,4 8,4 6,9 3,0 34,7 1,4 5,3

Campanhã 36,0 11,5 6,8 3,5 32,5 2,0 7,8

Paranhos 42,2 8,8 7,4 3,1 31,1 1,7 5,7

Ramalde 46,9 8,7 8,3 3,3 26,6 1,4 4,8

U.F. Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde 45,7 7,0 9,6 4,2 26,9 1,1 5,5

Aldoar 43,5 8,9 8,9 3,6 26,8 1,4 6,9

Foz do Douro 46,2 5,7 9,8 4,2 28,8 0,9 4,4

Nevogilde 50,2 4,8 11,3 5,8 22,8 0,8 4,4

U.F. Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória 40,4 9,7 6,4 3,0 33,2 1,4 6,0

Cedofeita 43,3 8,2 7,2 3,1 32,4 1,1 4,7

Santo Ildefonso 39,0 10,8 5,8 3,1 33,4 1,7 6,2

Sé 33,6 11,9 5,2 3,3 34,3 1,7 10,0

Miragaia 38,4 11,2 4,6 2,4 34,2 1,3 7,9

São Nicolau 35,7 13,1 4,5 2,7 35,4 1,4 7,3

Vitória 32,8 12,2 5,4 2,4 36,7 1,7 8,7

U.F. Lordelo do Ouro e Massarelos 44,6 8,7 8,3 3,4 27,5 1,3 6,1

Lordelo do Ouro 44,1 9,0 8,6 3,5 26,7 1,4 6,7

Massarelos 46,0 8,0 7,7 3,0 30,1 0,9 4,3

Porto 42,3 9,0 7,6 3,3 30,4 1,5 5,9

Fonte: INE

Freguesias

Residentes com 15 ou mais anos segundo a condição perante a atividade económica, 2011 (%)

Page 70: MUDANÇAS DEMOGRÁFICAS - cm-porto.pt · PDF fileTransformação das estruturas familiares – com o aumento das famílias monoparentais, a diminuição dos casamentos,

Censos 2011

69

Empregador

Trabalhador

por conta

própria

Trabalhador

familiar não

remunerado

Trabalhador

por conta de

outrem

Membro de

uma

cooperativa

de produção

Outra

situação

Bonfim 12,6 7,0 0,3 78,2 0,02 1,9

Campanhã 8,9 5,7 0,2 84,0 0,1 1,1

Paranhos 10,3 5,3 0,2 81,9 0,02 2,2

Ramalde 11,3 5,1 0,3 81,2 0,03 2,1

U.F. Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde 20,2 5,8 0,3 71,5 0,03 2,2

Aldoar 15,2 4,9 0,4 77,6 0,02 1,9

Foz do Douro 22,2 5,7 0,3 69,2 0,05 2,5

Nevogilde 27,3 7,8 0,1 62,5 0,00 2,2

U.F. Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória 11,9 6,7 0,4 78,3 0,02 2,7

Cedofeita 12,5 6,5 0,3 77,9 0,03 2,7

Santo Ildefonso 12,1 8,1 0,4 76,5 0,00 2,9

Sé 8,6 6,9 0,7 81,6 0,00 2,2

Miragaia 7,2 5,6 0,4 83,5 0,00 3,3

São Nicolau 12,1 5,2 0,5 80,7 0,00 1,5

Vitória 14,1 5,8 0,2 78,0 0,00 1,9

U.F. Lordelo do Ouro e Massarelos 14,0 5,5 0,2 78,0 0,02 2,2

Lordelo do Ouro 14,2 5,6 0,2 78,0 0,02 2,0

Massarelos 13,4 5,2 0,1 78,3 0,00 2,9

Porto 12,6 5,8 0,3 79,2 0,03 2,1

Fonte: INE

Freguesias

População empregada segundo a situação na profissão, 2011 (%)

Page 71: MUDANÇAS DEMOGRÁFICAS - cm-porto.pt · PDF fileTransformação das estruturas familiares – com o aumento das famílias monoparentais, a diminuição dos casamentos,

Censos 2011

70

Tra

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Censos 2011

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Censos 2011

72

Ficha técnica

Título

Censos 2011 – Mudanças demográficas

Data

Março de 2014

Coordenação

Isabel Martins

Equipa técnica

Célia Ferreira

Eugénia Rocha

Marta Gomes

D i r e ç ã o M u n i c i p a l d e U r b a n i s m o

Departamento Municipal de Planeamento Urbano

Divisão Municipal de Planeamento e Ordenamento do Território

Contacto: [email protected]