Música Sem shows, Lá em Saturno Telas de Di Cavalcanti ...

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B3 Campo Grande-MS |Terça-feira, 22 de dezembro de 2020 ARTES&LAZER Banda lança música nova com reflexões sobre a forma de levar a vida Sem shows, Lá em Saturno aposta em lançamentos autorais Na Justiça Luto Música Telas de Di Cavalcanti entregues por doleiro têm destino incerto Pelle Alsing, baterista da banda sueca Roxette, morre aos 60 anos Divulgação Reprodução O destino de dez telas assinadas pelo pintor Di Cavalcanti entregues à Justiça pela família do doleiro Dario Messer em acordo de delação premiada é objeto de disputa no Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Enquanto a Advocacia- Geral da União defende o leilão das obras para res- sarcir os cofres públicos, o Ministério Público Federal quer que as obras integrem o acervo do Museu Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, que já manifestou interesse. Há ainda um quadro de Djanira e outro de Emeric Marcier envolvidos no mesmo debate. A principal obra de Di Cavalcanti é a “Três Mulheres com Bandolim” (1954) com altura de 2,05 metros por 5 metros de comprimento. A filha do artista, Elisabeth Di Cavalcanti, estimou que o valor de mercado dessa tela possa chegar a R$ 8 milhões. Ela afirma que, em seu banco de dados, há registro de apenas 57 painéis com essa dimensão, de um total de cerca de 7 mil obras já catalogadas por ela. As telas fazem parte de um patrimônio estimado em R$ 1,2 bilhão que Dario Messer e sua família se comprometeram a devolver aos cofres públicos após a assinatura de um acordo de delação premiada. A maior parte da fortuna, porém, é composta por imóveis no Paraguai, cujo valor deverá ser dividido com o país vizinho. Boa parte das obras de Di Cavalcanti são herança de Modkor Messer, patriarca da família que dominou o mer- cado de câmbio paralelo no Rio de Janeiro na década de 1980. Uma das telas conta, in- clusive, com uma dedicatória do artista ao antigo doleiro. “Papai viajava muito e pre- cisava de dólar. Quando não tinha recursos, ele trocava os dólares por obras”, disse Elisabeth Di Cavalcanti. O caminho natural das obras de Messer seria, de fato, o leilão. É o que cos- tuma ser feito com bens de delatores e réus condenados na Justiça. O MPF, porém, consultou o Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) para que indicasse alguma instituição com in- teresse nas obras de Messer. O Museu Nacional de Belas- Artes declarou que as obras poderiam compor o acervo da entidade, que conta atu- almente com 25 telas de Di Cavalcanti. “As obras vão aumentar significativamente a represen- tatividade do artista Di Caval- canti no acervo do MNBA, principalmente quanto à téc- nica de pintura e quanto ao período temporal diferente dos que estão presentes no museu”, afirma nota técnica do museu. Folhapress Pelle Alsing, baterista da banda Roxette, morreu nesta semana aos 60 anos de idade. A informação foi divulgada pela conta oficial do grupo no Twitter, em postagem feita pelo guitarrista e vocalista Per Gessle. “É com tristeza que informo que nosso querido Pelle Alsing morreu”, diz o texto. “Ele não foi apenas um baterista incrível e inventivo, nos ajudando a criar o som do Roxette desde o primeiro dia, mas também o melhor amigo que você pode imaginar, um homem gentil e generoso, com o maior coração batendo para todos.” A causa da morte de Alsing não foi confirmada. O baterista tocou no grupo sueco desde os anos 1980, quando a banda foi fundada, até a década de 2010, tendo participado tanto de turnês quanto de gravações de discos e singles. “Ele era o cara mais engra- çado para se estar próximo, o que tinha um sorrisão no rosto, o que te apoiava mais quando você estava em dúvida”, es- creveu Per Gessle no Twitter do Roxette. “Sua falta vai ser verdadeiramente sen- tida, mais do que as palavras podem expressar. Todo meu amor a sua esposa, família e amigos.” A morte de Pelle Alsing acontece pouco mais de um ano do aniversário de morte de Marie Fredriksson, vo- calista e fundadora do grupo junto a Gessle. Em atividade na música desde 1984, ela foi diagnosticada com um câncer no cérebro em 2002. O Roxette ficou mundi- almente conhecido entre as décadas de 1980 e 1990, com hits como “Listen to Your Heart”, “It Must Have Been Love”, “The Look” e “Joyride”. A banda se tornou a mais famosa da Suécia depois do Abba. Amanda Amorim A banda Lá em Saturno aproveitou o período de pan- demia para criar. Lançamento mais recente e single da banda, “Dentro de Casa” é uma canção que traz reflexões sobre a ausên- cia e a forma como se leva a vida. Esta é a segunda música autoral lançada pela banda em 2020. O grupo é composto por Lau Castro, vocalista e guitar- rista; Leandro Vaz, guitarrista; Assis Goulart, baterista; e Rafael Sousa, baixista. No último lança- mento, a composição foi feita por Assis e, com isso, a banda iniciou a produção da música. A vocalista Lau Castro re- lata que a composição foi inspi- rada em um filme, que conta a história de um casal em meio a uma crise no casamento. Como foi a primeira a receber a letra, viu potencial musical e a banda deu início à produção. “Eu recebi a canção pelo celular e logo já comecei a acrescentar um toque meu pelo próprio aparelho, que, de início, foi bem básica. Desde que nós encontramos a melodia, nós sentimos que faltava algo no final e eu colaborei colocando a última estrofe que fala ‘não sou o que você quiser’ e combinou muito com o restante da letra”, pontuou. A banda busca realizar todo o processo de produção em grupo, com conselhos e refe- rências, e tomou como um de- safio lançar a música durante a pandemia. Sem poder realizar shows e participar de eventos, a principal renda do grupo con- tinua sendo de outros empregos. “Nós enfrentamos algumas dificuldades para manter uma frequência de postagens nas redes sociais, mas temos bus- cado nos manter ativo. A pan- demia dificulta um pouco, mas toda vez que nós postamos, o feedback é positivo”, apontou Lau. Para o próximo ano, os planos são voltar a realizar shows e continuar lançando novas músicas. A próxima já está em desenvolvimento e, segundo a banda, falta apenas a parte final, de equalização da peça. “Espe- ramos que, em breve, tudo esteja mais seguro, para retomarmos esse contato presencial com o público”, concluiu. História A história da banda começou há três anos, em 2018, quando Leandro presenciou a primeira apresentação solo de Lau. Após conversarem nas redes sociais, eles decidiram se unir para dar início ao sonho de ter uma banda. Após o primeiro contato, começaram a planejar e Assis, que é amigo de longa data do guitarrista, foi chamado para integrar o grupo. “Foi assim que tudo começou, desde aquele primeiro contato por meio do Instagram até os primeiros shows foi tudo muito rápido. Com o tempo, nós vimos a necessidade de um baixista e foi então que o Rafael também entrou para a banda mais recentemente, agora em dezembro. Hoje, mais que uma banda, nós somos todos amigos”, destacou Lau.

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B3Campo Grande-MS |Terça-feira, 22 de dezembro de 2020Artes&LAzer

Banda lança música nova com reflexões sobre a forma de levar a vida

Sem shows, Lá em Saturno aposta em lançamentos autorais

Na Justiça

Luto

Música

Telas de Di Cavalcanti entregues por doleiro têm destino incerto

Pelle Alsing, baterista da banda sueca Roxette, morre aos 60 anos

Divulgação

Reprodução

O destino de dez telas assinadas pelo pintor Di Cavalcanti entregues à Justiça pela família do doleiro Dario Messer em acordo de delação premiada é objeto de disputa no Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

Enquanto a Advocacia-Geral da União defende o leilão das obras para res-sarcir os cofres públicos, o Ministério Público Federal quer que as obras integrem o acervo do Museu Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, que já manifestou interesse.

Há ainda um quadro de Djanira e outro de Emeric Marcier envolvidos no mesmo debate.

A principal obra de Di Cavalcanti é a “Três Mulheres com Bandolim” (1954) com altura de 2,05 metros por 5 metros de comprimento. A filha do artista, Elisabeth Di Cavalcanti, estimou que o valor de mercado dessa tela possa chegar a R$ 8 milhões.

Ela afirma que, em seu banco de dados, há registro de apenas 57 painéis com essa dimensão, de um total de cerca de 7 mil obras já catalogadas por ela.

As telas fazem parte de um patrimônio estimado em R$ 1,2 bilhão que Dario Messer e sua família se comprometeram a devolver aos cofres públicos após a assinatura de um acordo de delação premiada. A maior parte da fortuna,

porém, é composta por imóveis no Paraguai, cujo valor deverá ser dividido com o país vizinho.

Boa parte das obras de Di Cavalcanti são herança de Modkor Messer, patriarca da família que dominou o mer-cado de câmbio paralelo no Rio de Janeiro na década de 1980. Uma das telas conta, in-clusive, com uma dedicatória do artista ao antigo doleiro.

“Papai viajava muito e pre-cisava de dólar. Quando não tinha recursos, ele trocava os dólares por obras”, disse Elisabeth Di Cavalcanti.

O caminho natural das obras de Messer seria, de fato, o leilão. É o que cos-tuma ser feito com bens de delatores e réus condenados na Justiça.

O MPF, porém, consultou o Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) para que indicasse alguma instituição com in-teresse nas obras de Messer. O Museu Nacional de Belas-Artes declarou que as obras poderiam compor o acervo da entidade, que conta atu-almente com 25 telas de Di Cavalcanti.

“As obras vão aumentar significativamente a represen-tatividade do artista Di Caval-canti no acervo do MNBA, principalmente quanto à téc-nica de pintura e quanto ao período temporal diferente dos que estão presentes no museu”, afirma nota técnica do museu.

Folhapress

Pelle Alsing, baterista da banda Roxette, morreu nesta semana aos 60 anos de idade. A informação foi divulgada pela conta oficial do grupo no Twitter, em postagem feita pelo guitarrista e vocalista Per Gessle.

“É com tristeza que informo que nosso querido Pelle Alsing morreu”, diz o texto. “Ele não foi apenas um baterista incrível e inventivo,

nos ajudando a criar o som do Roxette desde o primeiro dia, mas também o melhor amigo que você pode imaginar, um homem gentil e generoso, com o maior coração batendo para todos.”

A causa da morte de Alsing não foi confirmada. O baterista tocou no grupo sueco desde os anos 1980, quando a banda foi fundada, até a década de 2010, tendo participado tanto de turnês quanto de gravações de discos e singles.

“Ele era o cara mais engra-çado para se estar próximo, o que tinha um sorrisão no rosto, o que te apoiava mais quando você estava em dúvida”, es-creveu Per Gessle no Twitter do Roxette. “Sua falta vai ser verdadeiramente sen-tida, mais do que as palavras podem expressar. Todo meu amor a sua esposa, família e amigos.”

A morte de Pelle Alsing acontece pouco mais de um ano do aniversário de morte

de Marie Fredriksson, vo-calista e fundadora do grupo junto a Gessle. Em atividade na música desde 1984, ela foi diagnosticada com um câncer no cérebro em 2002.

O Roxette ficou mundi-almente conhecido entre as décadas de 1980 e 1990, com hits como “Listen to Your Heart”, “It Must Have Been Love”, “The Look” e “Joyride”. A banda se tornou a mais famosa da Suécia depois do Abba.

Amanda Amorim

A banda Lá em Saturno aproveitou o período de pan-demia para criar. Lançamento mais recente e single da banda, “Dentro de Casa” é uma canção que traz reflexões sobre a ausên- cia e a forma como se leva a vida. Esta é a segunda música autoral lançada pela banda em 2020. O grupo é composto por Lau Castro, vocalista e guitar-rista; Leandro Vaz, guitarrista; Assis Goulart, baterista; e Rafael Sousa, baixista. No último lança-mento, a composição foi feita por Assis e, com isso, a banda iniciou a produção da música.

A vocalista Lau Castro re-lata que a composição foi inspi-rada em um filme, que conta a história de um casal em meio a uma crise no casamento. Como foi a primeira a receber a letra, viu potencial musical e a banda deu início à produção.

“Eu recebi a canção pelo celular e logo já comecei a acrescentar um toque meu pelo

próprio aparelho, que, de início, foi bem básica. Desde que nós encontramos a melodia, nós sentimos que faltava algo no final e eu colaborei colocando a última estrofe que fala ‘não sou o que você quiser’ e combinou muito com o restante da letra”, pontuou.

A banda busca realizar todo o processo de produção em grupo, com conselhos e refe- rências, e tomou como um de-safio lançar a música durante a pandemia. Sem poder realizar shows e participar de eventos, a principal renda do grupo con-

tinua sendo de outros empregos. “Nós enfrentamos algumas

dificuldades para manter uma frequência de postagens nas redes sociais, mas temos bus-cado nos manter ativo. A pan-demia dificulta um pouco, mas toda vez que nós postamos, o feedback é positivo”, apontou Lau.

Para o próximo ano, os planos são voltar a realizar shows e continuar lançando novas músicas. A próxima já está em desenvolvimento e, segundo a banda, falta apenas a parte final, de equalização da peça. “Espe-

ramos que, em breve, tudo esteja mais seguro, para retomarmos esse contato presencial com o público”, concluiu.

HistóriaA história da banda começou

há três anos, em 2018, quando Leandro presenciou a primeira apresentação solo de Lau. Após conversarem nas redes sociais, eles decidiram se unir para dar início ao sonho de ter uma banda. Após o primeiro contato, começaram a planejar e Assis, que é amigo de longa data do guitarrista, foi chamado para integrar o grupo.

“Foi assim que tudo começou, desde aquele primeiro contato por meio do Instagram até os primeiros shows foi tudo muito rápido. Com o tempo, nós vimos a necessidade de um baixista e foi então que o Rafael também entrou para a banda mais recentemente, agora em dezembro. Hoje, mais que uma banda, nós somos todos amigos”, destacou Lau.