MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

52
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM PRODUÇÃO E GESTÃO AGROINDUSTRIAL REINALDO CARMONA MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO PANTANEIRO DO CENTRO TECNOLÓGICO DE OVINOS CAMPO GRANDE – MS 2011

Transcript of MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

Page 1: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM

PRODUÇÃO E GESTÃO AGROINDUSTRIAL

REINALDO CARMONA

MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO PANTANEIRO DO CENTRO TECNOLÓGICO DE OVINOS

CAMPO GRANDE – MS 2011

Page 2: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM

PRODUÇÃO E GESTÃO AGROINDUSTRIAL

REINALDO CARMONA

MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO PANTANEIRO DO CENTRO TECNOLÓGICO DE OVINOS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em nível de Mestrado Profissional em Produção e Gestão Agroindustrial da Universidade Anhanguera-Uniderp, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Produção e Gestão Agroindustrial. Comitê de Orientação: Prof. Dr. Marcos Barbosa Ferreira Prof. Dr. Celso Correia de Souza

CAMPO GRANDE – MS 2011

Page 3: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Anhanguera – Uniderp

Carmona, Reinaldo.

Morfometria de carneiros do grupo genético pantaneiro do centro tecnológico de ovinos. / Reinaldo Carmona. -- Campo Grande, 2011.

43f. Dissertação (mestrado) – Universidade Anhanguera - Uniderp,

2011.

“Orientação: Prof. Dr. Marcos Barbosa Ferreira.” 1. Biometria 2. Fenótipo 3. Ovinos 4. Reprodutor. I. Título.

CDD 21.ed. 636.3

C285m

Page 4: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

FOLHA DE APROVAÇÃO

Candidato: Reinaldo Carmona

Dissertação apresentada e aprovada em 02 de dezembro de 2011 pela Banca

Examinadora.

Page 5: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

ii

Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente

você estará fazendo o impossível (São Francisco de Assis).

Page 6: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

iii

AGRADECIMENTOS

A Deus pelo dom da vida.

A minha esposa Viviane Gualberto Ferreira Carmona, pela compreensão, força

e incentivo, nos momentos mais necessários.

Ao meu pai Astrogildo Carmona (in memorian), e a minha mãe Thereza Berto

Carmona, por acreditarem em minha capacidade.

Ao meu Orientador Professor Doutor Marcos Barbosa Ferreira, pela sua

dedicação e apoio sempre presentes.

Ao meu Co-Orientador Professor Doutor Celso Correia de Souza, pelas

análises estatísticas.

À Professora Doutora Camila Celeste B. F. Ítavo, por aceitar o convite para

compor essa Banca.

Ao Professor Doutor José Alexandre Agiova da Costa, por aceitar o convite

para compor essa Banca.

À Professora Doutora Adriana Paula D’Agostini Contreiras Rodrigues,

coordenadora da plataforma do Mestrado em Produção e Gestão

Agropecuária.

A Tradutora Silvia Maria Rodrigues Carrasco, pela colaboração na versão em

língua Inglesa do Resumo.

À funcionária Aline Freitas Signorelli, que nos atendeu com cordialidade e

eficiência.

A todos os colegas, pelo inestimável companheirismo e convivência, nesta

breve, mas marcante, etapa de nossas vidas.

Aos funcionários da Fazenda Escola Três Barras, pelo auxílio na coleta dos

dados desse trabalho.

Page 7: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

iv

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO GERAL ............................................................................... 1

2 REVISÃO GERAL DE LITERATURA .......................................................... 3

2.1 Origem e evolução dos ovinos ................................................................. 3

2.2 Os ovinos no Brasil e nos países tropicais ............................................... 5

2.3 Conservação dos recursos genéticos ...................................................... 8

2.4 Importância da morfometria como parâmetro de caracterização das

raças ...................................................................................................... 10

2.5 Os ovinos do Grupo Genético Pantaneiro .............................................. 11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 16

3. ARTIGO ................................................................................................... 24

RESUMO ..................................................................................................... 25

ABSTRACT .................................................................................................. 26

3.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 27

3.2 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................... 28

3.2.1 Local.................................................................................................... 28

3.2.2 Animais ............................................................................................... 29

3.2.3 Medições ............................................................................................. 29

3.2.4 Análises estatísticas ............................................................................ 32

3.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................. 32

3.4 CONCLUSÕES ...................................................................................... 39

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 40

Page 8: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

v

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 Número de animais avaliados, número de dentes incisivos

permanentes (DIP) e idades de erupção em ovinos ...................... 29

TABELA 2 Valores mínimos máximos e médios e respectivos desvios padrões (DP), das medidas corporais efetuadas nos carneiros do CTO .......................................................................................... 33

TABELA 3 Valores das análises de correlações das medidas corporais efetuadas nos carneiros do CTO ................................................... 35

TABELA 4 Comparação de medições obtidas para as mesmas características, com as medidas avaliadas por outros pesquisadores em raças brasileiras oriundas de outras regiões do Brasil ......................................................................................... 36

TABELA 5 Comparação entre os valores médios apresentados para características com correlações altas para produção, entre carneiros pantaneiros, Suffolk, e Texel .......................................... 38

Page 9: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

vi

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Ovino Muflão. ..................................................................................... 3

Figura 2 Ovino Urial ......................................................................................... 3

Figura 3 Estátua de Apolo representado como pastor de ovelhas. .................. 5

Figura 4 Ovinos da raça Bordaleira. ................................................................. 6

Figura 5 Ovino da raça Merino. ........................................................................ 6

Figura 6 Localização geográfica e delimitações das sub regiões do Pantanal. .......................................................................................... 12

Figura 7 Vista aérea de parte do Pantanal. .................................................... 13

Figura 8 Carneiro do grupo genético pantaneiro do CTO. ............................. 14

Figura 9 Avaliações morfométricas realizadas nos carneiros pantaneiros do CTO. ............................................................................................ 30

Page 10: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

1

1 INTRODUÇÃO GERAL

A espécie ovina foi uma das primeiras a ser domesticada pelo

homem e o acompanha desde os primórdios da civilização. A ovinocultura é a

exploração que proporciona a maior fonte de subsistência (CRUZ, 2002).

Essa função é desempenhada pela capacidade dos ovinos em

transformar as forragens, basicamente compostas por gramíneas e

leguminosas, em alimentos com alto valor proteico, destinadas ao consumo

humano (GONZAGA, 2003).

A produção de ovinos é uma atividade em expansão constante no

Brasil, que ocupa o 18º lugar no ranking mundial dessa exploração, com 17,38

milhões de cabeças (FAO, 2011). Dessas, 1,26 milhões vivem na região

Centro-Oeste, das quais 497 mil estão no Estado de Mato Grosso do Sul

(IBGE, 2010).

Apesar disso, a ovinocultura ainda é, em sua maioria,

desenvolvida em sistemas de criação extensivos com baixa produtividade

(NUNES, 2008), onde a maioria dos produtores utiliza pouca tecnologia e

mínimos investimentos em infraestrutura (ELLIS, 1996).

Também quase não existe controle zootécnico e de

desenvolvimento ponderal, ambos, de fundamental importância para o sucesso

na criação desses animais (GUSMÃO FILHO et al., 2009), embora existam

produtores que fazem dessa exploração agropecuária uma atividade comercial

de alta lucratividade (COSTA, 2007).

Nos países tropicais, com o objetivo de melhoria da produtividade

dos ovinos, pela introdução de raças que possuíam bom desempenho em

países de clima temperado (SOUSA e MORAIS, 2000) e também tropical,

Page 11: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

2

reduziu-se a diversidade do material genético dos animais nativos (MARIANTE

e EGITO, 2002), diluiu-se os genótipos dos grupos nativos, já adaptados às

condições locais (MCMANUS et al., 2005), levando à perda das características

desejáveis de adaptação ao meio.

A preservação dos recursos genéticos naturais deve ser

concomitante com seu uso (SILVA et al., 2007), visando sua proteção pela

conservação da variabilidade gênica (TANSLEY e BROWN, 2000) e para a

garantia da sobrevivência frente às mudanças ambientais e flutuações

demográficas.

Para se conseguir esse intento, é imprescindível caracterizar os

grupamentos genéticos dos animais nativos (BARRERA et al., 2007), através

do uso de medições corporais in vivo e de pesagens (CUNHA et al., 1999).

Essas mensurações permitem a comparação entre animais dentro de um

grupo étnico ou mesmo entre raças diferentes (VALDEZ et al., 1982), e

determinam o tipo de raça à qual um indivíduo pertence (RODERO et al.,

1992).

Pesquisadores locais, como Paiva (2007), Pinto (2009), Santiago

Filho (2010) e Brauner (2010), já avaliaram aspectos produtivos específicos

dos ovinos pantaneiros do Centro Tecnológico de Ovinos (CTO) da

Universidade Anhanguera-Uniderp, em Campo Grande, MS.

Nesse trabalho objetivou-se aprimorar os conhecimentos sobre

as características morfométricas dos reprodutores desse grupo, através de

mensurações corporais, para auxiliar a definição dos padrões zootécnicos

necessários para a fixação de uma provável nova raça, uma vez que esses

aspectos são pouco conhecidos.

Page 12: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

2 REVISÃO GERAL DE LITERATURA

2.1 Origem e evolução dos ovinos

Na classificação zoológica, os ovinos pertencem ao sub-reino

Vertebrata, classe Mammalia, ordem Ungulata, subordem Artiodactyla, grupo

Ruminantia, família Bovidae, subfamília Ovidae, gênero Ovis e espécie Ovis

aries (MENDONÇA, 2010).

O tronco original dos ovinos domésticos deve ser procurado no

gênero Ovis que compreende cinco espécies. Todas essas espécies formam

os grupos de ovinos selvagens representados pelo: Argali (Ovis ammon), Urial

(Ovis vignei), (GONÇALVES, 2009), Muflão Europeu (Ovis musinon), Muflão

Asiático (O. orientalis) e carneiro comum (O. aries) (COSTA, 2011).

O Muflão (Figura 1) ainda é encontrado em estado selvagem nas

montanhas da Córsega e da Sardenha, e o Urial (Figura 2) ainda existe no Irã,

Afeganistão, parte da Índia e do Tibete (VIEIRA, 1967).

Figura 1 Ovino Muflão (COSTA, 2011).

Figura 2 Ovino Urial (COSTA, 2011).

Page 13: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

4

As três principais fontes das atuais raças de ovinos são: o Ovis

musinon, ovino selvagem da Europa, ainda lá encontrado, que iniciou o grupo

dos ovinos europeus; o Ovis ammotragus, que originou os ovinos africanos, e

o Ovis arkal, provavelmente, o mais antigo (MARIANTE e CAVALCANTE,

2000a).

A miscigenação entre esses animais, associada às diferentes

condições ambientais, originou a maioria das raças ovinas modernas: o Ovis

aries conhecido como carneiro das estepes da Ásia (COIMBRA FILHO, 1992).

O ovino, desde os primórdios da civilização, apresenta-se como

uma espécie animal de grande importância, estando difundido por quase todas

as regiões do mundo (SIQUEIRA, 1990).

É provável que a domesticação desses animais pelo homem

primitivo tenha ocorrido na Ásia, durante o período neolítico, entre 4.000 e

5.000 anos a.C. (SILVA SOBRINHO, 2001), ou mesmo no final do período

mesolítico, no qual já havia o cultivo de plantas, sendo que os ovinos foram

atraídos pelas colheitas (RYDER, 1984). Do continente asiático, os animais

teriam passado para a África e para o sul da Europa, já domesticados

(MARIANTE e CAVALCANTE, 2000b).

Portanto, a criação de ovinos é considerada uma das primeiras

explorações de animais pelo homem, proporcionando-lhe alternativas de

subsistência, tanto em forma de carne e leite, como em proteção, por meio da

lã e da pele para vestuário (FERNANDES, 1989).

Assim, a história da humanidade está relacionada aos ovinos.

Vieira (1967) afirma que esses animais estão presentes na mitologia Grega,

em que os pastores eram divinizados, como é o caso do deus grego Apolo

(COSTA, 2011) (Figura 3); e em citações nas escrituras bíblicas, com os

austeros patriarcas e seus numerosos rebanhos ovinos, que constituíam a

base de sobrevivência deles.

Page 14: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

5

Figura 3 Estátua de Apolo representado como pastor de ovelhas (COSTA, 2011).

O rebanho mundial de ovinos é estimado em um bilhão e

duzentos milhões de cabeças e as maiores concentrações desses animais

estão na Austrália, China, Índia e Nova Zelândia (FAO, 2011).

2.2 Os ovinos no Brasil e nos países tropicais

Os primeiros ovinos, pertencentes às raças Bordaleira e Merino,

(Figuras 4 e 5) que chegaram ao Brasil, foram trazidos por Tomé de Souza e

se proliferaram pela colônia de norte a sul (ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA,

2010). Ucha (2010) citam os jesuítas, a partir do Paraguai e da Argentina,

como introdutores no país, da raça espanhola Churra e da árabe Berberiscos

por volta de 1620.

Page 15: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

6

O

O Brasil possui uma população estimada em 17,38 milhões

desses animais, com 56,67% (em torno de 9,85 milhões) localizados na região

Nordeste; 4,88 milhões na região Sul; 781 mil na região Sudeste; 586 mil na

região Norte e 1,26 milhões na região Centro-Oeste, das quais

aproximadamente 497 mil estão no Estado de Mato Grosso do Sul (IBGE,

2010).

Como a espécie ovina é melhor adaptável, esses animais são

encontrados nas condições mais diversas de clima. Sobrevivem tanto nas

grandes, como nas baixas altitudes (COIMBRA FILHO, 1992) e ocupam

regiões inadequadas para a agricultura, pois possuem mecanismos

anatomorfofisiológicos e comportamentais adaptados para enfrentarem as

extremas variações climáticas (SILVA SOBRINHO, 1996).

Já a produção de ovinos é bastante dispersa e composta por um

grande número de médios e pequenos produtores, com produtividade ainda

muito baixa (NUNES, 2008).

Em sua grande maioria, o regime de exploração predominante na

ovinocultura é o extensivo, com alta dependência da vegetação nativa, uso de

práticas rudimentares de manejo, assistência técnica deficitária e nível mínimo

de organização da gestão da unidade produtiva (ELLIS, 1996). Há de se

destacar que existem alguns criatórios de sucesso que utilizam raças

melhoradas e direcionadas para a produção de ovinos de corte, como é o caso

da Empresa Lanila Agropecuária, pertencente ao Grupo Pif-Paf Alimentos,

Figura 4 Ovinos da raça Bordaleira (Google images, 2011).

Figura 5 Ovino da raça Merino (ARCO, 2010).

Page 16: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

7

situada em Natal, no Rio Grande do Norte (COSTA, 2007), e da Agropecuária

Tocando em Frente, no município de Ivinhema, MS.

Em torno de 40% dos ovinos do planeta vivem em zonas tropicais

(LEITE, 2007), requerendo dietas de melhor qualidade, tanto em proteína

como em energia, uma vez que as forrageiras tropicais, especialmente as

gramíneas, têm valores nutritivos mais baixos quando comparadas às

espécies de forrageiras de clima temperado (PACIULLO, 2002).

Devido ao fato dos ovinos possuírem um intervalo entre gerações

mais curto (BICUDO et al., 2005), quando comparado com as outras espécies

de ruminantes criadas pelo homem para a produção de carne (SORIO, 2003),

a ovinocultura é uma atividade pecuária promissora (SANTELLO et al., 2006).

A criação de ovinos tem grande potencial econômico, tanto em

sistemas extensivos, devido a sua alta capacidade produtiva (COUTO, 2001),

como em confinamento (FURUSHO GARCIA et al., 2003), fazendo com que o

interesse por essa espécie tenha atraído a atenção de produtores por todo o

Brasil (GARCIA et al., 2003).

Os pecuaristas, de forma geral, vêem as ovelhas como “vacas

pequenas” e as criam de maneira extensiva, com pouco controle, até mesmo

sanitário, para fins de abastecimento alimentar das fazendas e dos

trabalhadores rurais e seus familiares (CARNEIRO, 2002); além disso, o ovino

é a opção para presentear amigos e parceiros comerciais, observado nas

propriedades rurais de Mato Grosso do Sul.

Por se tratarem de animais de pequeno a médio porte e, com

rápido retorno econômico, os ovinos são uma boa alternativa de diversificação

da exploração agropecuária (NOGUEIRA FILHO, 2005). Por isso, os

produtores têm procurado investir tanto em melhoramento genético e

nutricional como no controle sanitário dos rebanhos (GUIMARÃES FILHO et

al., 2000).

Page 17: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

8

2.3 Conservação dos recursos genéticos

Cada indivíduo de uma raça definida é a fonte primária de um

recurso genético. Cada raça ou linhagem é o produto de evoluções e

adaptações, com diferentes pressões de seleção influenciadas pelo clima, por

parasitas endêmicos e doenças, bem como pela alimentação e por critérios de

seleção e manejo impostos pelo homem (ALBUQUERQUE, 2008).

A formação das raças está associada com a perda de alguma

diversidade genética nos estágios iniciais, assim como com a concentração e a

fixação de algumas características específicas (MARIANTE e CAVALCANTE

2000b; MARIANTE e EGITO, 2002).

Devido ao aumento da demanda por alimentos de origem animal,

criadores de vários países em desenvolvimento decidiram estabelecer

programas de melhoramento animal (FAO, 2011). Estes levaram à perda

progressiva do conjunto de materiais hereditários de algumas raças,

transmitidos de uma geração para a outra (FERRONATO, 2010) ou

germoplasma local, por meio do cruzamento de ovinos nativos com animais de

raças exóticas, muito produtivas, porém desenvolvidas em outros biomas.

Muitos desses programas falharam, uma vez que os animais

introduzidos apresentaram índices produtivos semelhantes aos naturalizados

(MARIANTE e EGITO, 2002).

Em muitos desses casos, a introdução dos recursos genéticos

externos foi a causa da redução de sua diversidade. Em função disso a

seleção das raças importadas por parte dos produtores, foi baseada em

análises parciais, levando em conta somente a maior ou menor produção de

leite, carne ou lã, negligenciando as considerações ambientais ou a

produtividade vitalícia (MCMANUS et al., 2005).

O uso e a conservação dos recursos genéticos animais são

inseparáveis uma vez que, reside aí a importância das raças nativas para a

biodiversidade mundial, devido às combinações gênicas que podem ser feitas

a partir delas, as quais no futuro poderão ser úteis (SILVA et al., 2007).

Dessa forma, o estabelecimento de um sistema de criação

economicamente viável em determinada região, requer a escolha de raças ou

Page 18: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

9

variedades que sejam adequadas às condições ambientais locais (EGITO et

al., 2002).

Outro argumento muito importante para a conservação genética é

a resistência às doenças, que afeta a conservação de várias maneiras. Essa

resistência é um dos desafios para a genética e o manejo animal, com

possíveis soluções para muitos problemas atuais e futuros, presentes nas

populações dos animais domésticos (ALBUQUERQUE, 2008).

Assim, é fundamental preservar a variabilidade genética de uma

espécie, não só para sua proteção, como também para garantir sua

capacidade de sobreviver frente às mudanças ambientais ou flutuações

demográficas, apesar de ainda ser incerto o que constitui a alta ou a baixa

variabilidade dentro das espécies animais (TANSLEY e BROWN, 2000).

As raças naturalizadas de ovinos brasileiros são, em geral,

animais de pequeno a médio porte e, até o momento, foram submetidas às

baixas taxas de seleção artificial e melhoramento genético, sendo pouco

especializadas nas produções intensivas de leite ou carne (PAIVA et al., 2005).

O motivo da perda de competitividade dos produtos derivados de

ovinos (lã, pele e carne) reside na inobservância da conservação das raças

(MCMANUS et al., 2007), e reverter esse fato é fundamental.

Para isso, é necessário então inventariar, caracterizar e

documentar os dados de avaliações das populações nativas e mensurar as

diferenças entre as populações e dentro delas, para preservar sistemas de

produção sustentáveis (SOUSA et al., 2003).

Para que mais produtores se interessem pela criação de raças

nativas, é útil a definição de sistemas de produção, em que os animais

demonstrem seu melhor potencial produtivo, e com alcance de conservação

dessas raças (MARIANTE e MCMANUS, 2004).

O conhecimento sobre a morfologia de um grupamento genético

contribui em grande parte para a delimitação exata desses sistemas,

principalmente no que se refere à definição de seu porte e aptidão

(KLOSTERMAN, 1972).

Page 19: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

10

2.4 Importância da morfometria como parâmetro de

caracterização das raças

A caracterização morfométrica dos grupos genéticos, por meio de

medidas corporais e índices zootécnicos, é de fundamental importância para

que se conheça o potencial produtivo dos biótipos e suas habilidades para a

exploração comercial (BARRERA et al., 2007).

Tais características podem ser definidas como particularidades

individuais em destaque que, em maior ou menor grau de variação,

determinam a raça ou o grupo étnico ao qual pertence o indivíduo (RODERO

et al., 1992).

As informações obtidas permitem a comparação entre rebanhos

de localidades diferentes e contribuem para a definição de um padrão racial,

servindo como referencial para programas sustentáveis de melhoramento

genético (VALDEZ et al., 1982).

Quanto à escolha das raças, os critérios de seleção devem levar

em conta o conhecimento de seu inventário zootécnico e sua interação com as

demais raças, de tal forma que sua conservação seja o propósito primordial

(BENNEWITZ et al., 2007).

As medições corporais in vivo e o peso dos animais têm sido

usados de maneira intensiva por várias razões, entre as quais sua alta

correlação com as medidas da carcaça (CUNHA et al., 1999), tanto em

trabalhos científicos como em práticas de seleções genéticas (LAWRENCE e

FOWLER, 2002; CAM et al., 2010).

A importância dessas medidas morfométricas é evidente não só

para a caracterização de determinada raça, mas como ferramenta de melhoria

dos índices zootécnicos. Um exemplo disso pode ser evidenciado nos

trabalhos de El Karin et al. (1988), e de Mohamed e Amin (1997), os quais

encontraram alta correlação (r² = 0,80) entre as medidas de circunferência

torácica e o peso de carneiros.

A exatidão das funções utilizadas para se calcular o peso vivo ou

as características de crescimento dos animais avaliados, revela-se como uma

ferramenta de manejo para os produtores em geral (AFOLAYAN et al., 2006).

Assim, existe um coeficiente de correlação proporcional entre peso vivo e

Page 20: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

11

medidas corporais, tais como: peso, comprimento corporal, perímetro torácico,

alturas da cernelha e da garupa entre outros, uma vez que estas indicam além

das capacidades digestivas e respiratórias dos animais, o rendimento de

carcaça (SANTANA et al., 2001; ATTA e El KHIDIR, 2004; JANSSENS et al.,

2004; JANSSENS e VANDEPITTE, 2004; RIVA et al., 2004).

Com o uso das medidas fenotípicas, em muitos casos, pode-se

prever o desempenho produtivo e até mesmo estimar-se o peso vivo desses

animais (VALDEZ et al., 1982; DAROKHAN e TOMAR, 1983; JOSHI et al.,

1990; MOHAMED e AMIN, 1997 e VARADE et al., 1997).

Devido à diversidade de raças, e dentro dessas, há variação em

tamanho corporal (THOMPSON e MEYER, 2008) por isso, deve-se levar em

conta também o Escore de Condição Corporal (ECC), que é uma forma

subjetiva da estimativa da quantidade de músculos e de gordura apresentada

pelos animais em um dado momento (MORAES et al., 2005).

A importância da avaliação do Escore de Condição Corporal

revela-se no fato de se poder predizer a composição do corpo do animal, uma

vez que esta graduação não é afetada pelo seu tamanho ou mesmo pelo

enchimento do trato digestivo (ROCHA et al., 2003).

O peso corporal é uma medida segura do rendimento bruto de

carne do animal (QUADRO et al., 2007) que, associada a estimativa de sua

composição tecidual, podem servir como indicadores do peso vivo e do

rendimento da carcaça.

Portanto, a determinação dos valores de correlação entre as

características produtivas (BATHAEI, 1995), a exemplo do tamanho corporal e

do peso vivo, e também a definição de traços característicos das raças visando

sua padronização (ROTHSCHILD, 2003), são fundamentais no

estabelecimento dos critérios de seleção.

2.5 Os ovinos do Grupo Genético Pantaneiro

O Pantanal é a maior área úmida do planeta (FREITAS et al.,

2007) constituindo-se de uma planície sedimentar com cerca de 140.000 Km²

de extensão formada no período quaternário (SILVA et al., 2000).

Page 21: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

12

Ocupa vastas áreas dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso

do Sul e tem como limites o cerrado do Brasil Central, as florestas

semidecíduas com a floresta Amazônica, e a floresta chaquenha seca da

Bolívia e do Paraguai (ADÁMOLI, 1982).

Geograficamente o Pantanal é dividido em várias sub-regiões,

como mostrado abaixo (Figura 6), e possui vegetação em mosaico (Figura 7)

como as "cordilheiras" (antigos diques fluviais), com áreas arbóreas mais

densas (PRANCE e SCHALLER, 1982).

Figura 6 Localização geográfica e delimitações das sub regiões do Pantanal (SILVA et al., 1998).

Page 22: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

13

Figura 7 Vista aérea de parte do Pantanal (Eco Debate Cidadania & Meio Ambiente, 2010).

Após milhares de anos de seleção e adaptação advindos da

convivência com o ser humano, os animais domésticos adquiriram padrões

moleculares indicativos de expansões demográficas rápidas e recentes,

associadas ao aumento significativo dos rebanhos (BRUFORD et al., 2003).

Assim como os bovinos e equinos, os ovinos se estabeleceram

no pantanal no decorrer de centenas de anos de adaptabilidade às condições

da região (CADEIA PRODUTIVA, 2010).

A planície pantaneira, cujo município de maior área é Corumbá

MS (ONG ECOA, 2011), congrega 64 mil cabeças de ovinos (12,9% do

rebanho estadual) (IBGE, 2010), em sua maioria, do grupo genético pantaneiro

(Figura 8). Esses animais foram objeto de um levantamento realizado por

Juliano et al. (2011), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

(EMBRAPA) - Unidade Descentralizada do Pantanal.

Page 23: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

14

Figura 8 Carneiro do grupo genético pantaneiro do CTO (Arquivo pessoal).

Juliano et al. (2011) verificaram a baixa utilização comercial dos

ovinos criados nessa região, além de um nível mínimo de controle sanitário.

Constataram ainda a grande expectativa dos produtores com a introdução de

raças exóticas, como a solução para o aumento de sua lucratividade e

produtividade. Tal observação é preocupante, pois nessa hipótese, há riscos

de perdas do material genético existente.

No Centro Tecnológico de Ovinos (CTO) da Universidade

Anhanguera-Uniderp, em Campo Grande-MS, Paiva (2007) conduziu um

estudo em que os ovinos do grupo genético pantaneiro apresentaram grande

variabilidade de genótipos. Isso mostrou que compartilham haplótipos tanto de

raças lanadas, oriundas do sul do Brasil, como de raças deslanadas originárias

do nordeste brasileiro (GOMES et al., 2007).

Esse achado confirmou que os ovinos do grupo genético

pantaneiro, criados naquele local, pertencem a um grupamento genético

isolado e que o mesmo deve ser inserido no sistema de conservação de

recursos genéticos da EMBRAPA e parceiros (PAIVA, 2007).

No mesmo local Santiago Filho (2010), estudou e avaliou os

aspectos relacionados à libido e à estacionalidade reprodutiva dos machos

Page 24: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

15

desse grupo genético. Verificou um desempenho reprodutivo constante ao

longo do ano e ausência de fotoperiodismo e estacionalidade.

Brauner (2010) pesquisou a potencialidade dos ovinos

pantaneiros quanto à produção de lã. Concluiu que, apesar desta ainda não

ser comercialmente de boa qualidade, como exigido pela indústria de

vestuário, tem seu uso recomendado em trabalhos artesanais e na fabricação

de baixeiros, estes, de grande uso na pecuária de corte.

Quanto a características de produção de carne, houve a

constatação de que os ovinos do grupo genético pantaneiro têm excelente

potencial (PINTO, 2009). Os animais desse grupo genético obtiveram ganho

de peso médio diário (em gramas) de 0,18, contra 0,17 dos animais

pantaneiros cruzados com Santa Inês e 0,22 dos pantaneiros cruzados com

Texel. Os rendimentos de carcaça quente e de carcaça fria (em porcentagem)

foram em média, de 48,90; 50,90 e 46,90 e 48,78; 50,81 e 46,81

respectivamente.

Todos esses fatos recomendam o direcionamento dos esforços

no estudo e quantificação dos índices zootécnicos dos ovinos pantaneiros e o

aprofundamento nas análises das mensurações corporais. Pois além de serem

aspectos ainda pouco conhecidos, permitem melhores ajustes e comparações

(PINHEIRO et al., 2007) com outras raças.

Page 25: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

16

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ADÁMOLI, J.; O Pantanal e suas relações fitogeográficas com os cerrados: discussão sobre o conceito de complexo do Pantanal. In: Anais do 32º CONGRESSO NACIONAL DA SOCIEDADE BOTÂNICA DO BRASIL, Teresina, PI. Universidade Federal do Piauí. P. 109-119, 1982.

AFOLAYAN, R. A., ADEYINKA, I. A.; LAKPINI, C. A. M.; The estimation of live weight from body measurements in Yankassa shee p. Czech J. Anim. Sci., v. 51. p. 343-348, 2006.

ALBUQUERQUE, H. A.; Caracterização Morfológica de Ovinos no Brasil, Uruguai e Colômbia. Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, UNB Brasília/DF Dissertação de Mestrado, 76 p. 2008.

ARCO Padrões raciais 2010.; Disponível em <http://www.arcoovinos.com.br/index.asp?pag=padroes.asp> Acesso em 22 set 2011.

ATTA, M.; EL KHIDIR, O. A.; Use of heart girth, wither height and scapuloischial length for prediction of live weight of Nilotic sheep. Small Rumin. Res. v. 55. p. 233-237. 2004.

BARRERA, G. P.; MARTINEZ, R. A.; ORTEGÓN, Y.; ORTIZ, A.; MORENO, F.; VELÁZQUEZ, H.; PÉREZ, J. E.; ABUABARA, Y.; Cerdos criollos colombianos, caracterización racial productiva y ge nética. (SL): Corporación Colombiana de Investigación Agropecuária, 2007. p. 37 (research division report, 37).

BATHAEI, S. S.; La croissance et le developpement corporel de la naissance a la maturité dans la raca ovine iraniense Mehraban a queue grasse. Revue d`élevage et de Médicine Vétérinaire des Pays Tropl cux, v. 48, v. 2 p. 181-194, 1995.

BENNEWITZ, J.; EDING, H.; RUANE, J.; SIMIANER, H. Selection of breeds for conservation. In: OLDENBROEK, K.; Utilization and conservation of farm animal genetic resources. 1 ed. The Netherlands: Wageningen Academic Publishers, p. 131-146, 2007.

Page 26: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

17

BICUDO, S. D.; AZEVEDO, H. C.; SILVA MAIA, M. S.; SOUSA, D. B.; RODELLO, L.; Aspectos peculiares da inseminação artificial em ov inos. DRARV – FMVZ – UNESP Botucatu, SP 2005.

BRAUNER, R. A.; Potencialidades da lã de ovinos nativos pantaneiro. Universidade Anhanguera-Uniderp. Dissertação de Mestrado. Campo Grande MS, 2010.

BRUFORD, M. W.; BRADLEY, D. G.; LUIKART, G.; DNA markers reveal the complexity of livestock domestication. Nature Magazine, v. 4 p. 900-910, 2003.

CADEIA PRODUTIVA 2010 Giro de notícias.; Disponível em: <http://www.farmpoint.com.br/cadeia-produtiva/giro-de-noticias/embrapa-estuda-conservacao-dos-ovinos-pantaneiros-59117n.aspx.> Acesso em: 03 jul. 2011.

CAM, M. A., OLFAZ M.; SOYDAN E.; Possibilities of using morphometrics characteristics as a tool for body weight prediction in Turkish hair goats (Kilkeci), Asian J. Amim. Vet. Adv., cap. 5, p. 52-59, 2010.

CARNEIRO, L. O. H. B.; A ovinocultura de corte em Mato Grosso do Sul: uma alternativa econômica. Campo Grande, MS: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, UFMS. 2002. p. 21. (Monografia de Especialização em MBA).

COIMBRA FILHO, A.: Técnicas de criação de ovinos . Gauba: Agropecuária, 1992. p. 34.

COSTA, L.; Ovinos: Origem, História e Mitologia 2011 .; Disponível em: <http://stravaganzastravaganza.blogspot.com/2011/02/os-ovinos-origem-historia-e-racas.html> Acesso em 07 ago 2011.

COSTA, N. G. da.; A cadeia produtiva de carne ovina no Brasil rumo as novas formas de organização da produção. Dissertação de Mestrado. Brasília: Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade Nacional de Brasília, 182 p., 2007.

COUTO, F.; Apresentação de dados sobre a Importância Econômica e Social da Ovinocultura Brasileira. In: Apoio a Cadeia Produtiva da Ovinocultura Brasileira, Relatório final MCT/CNPq/CGAPB, Brasília/DF. p. 10-15.2001.

CRUZ, F. P.; Sistema de Produção de Ovinos. Monografia de graduação em Medicina Veterinária, na área de Ovinocultura. Botucatu/SP, 2002.

CUNHA, E., A.; BUENO, M. S.; SANTOS, L. E.; Correlações entre características de carcaça de cordeiros Suffolk. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 36, 1999, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Zootecnia, 1999.

Page 27: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

18

DAROKHAN, M. D.; TOMAR, N. S.; Studies on body weight and measurements at birth in changthang pashmina goats of Ladakh. Indian Veterinary Journal, v. 60, n. 7, p. 564-569, 1983.

ECO DEBATE, CIDADANIA & MEIO AMBIENTE, 2010.; Disponível em < http://www.ecodebate.com.br/foto/65pantanal.jpg> Acesso em 17 novembro 2011.

EGITO, A. A.; MARIANTE, A. S.; ALBUQUERQUE, M. S. M.; Programa Brasileiro de conservação de recursos genéticos animais. Archivos de Zootecnia. v. 51, n. 50, p. 193-194, 2002.

EL KARIN, A. I. A.; OWENS, J. B.; WHITAKER, C. J.; Measurement on slaughter weight, side weight, carcass joints and their association with composition of two types of Sudan Desert sheep. Journal Agricultural Science, v. 110, n. 1, p. 65-69, 1988.

ELLIS, F.; Peasant Economics: Farm Households and Agrarian Development. (2nd Ed.). Cambridge University Press, New York, 1996.

ENCICLOPÉDIA Britânica História dos ovinos 2010.; Disponível em <http://correiogourmand.com.br/info_glossario_produtos_alimentos_carnes_mamiferos_cordeiro_historia.htm,> Acesso em: 27 jul. 2011.

FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations. Management of animal genetic resources 2011. Disponível em <www.fao.org/dad-is> Acesso em 01 jan. 2011.

FERNANDES, F. M. N.; A Ovinocultura no contexto agropecuário paulista. In: SIMPÓSIO PAULISTA DE OVINOCULTURA, 5, Botucatu-SP, 1999. Anais Campinas, 1989.

FERRONATO, A.; Conservação dos Recursos Genéticos e sua Relação com a Biodiversidade e Diversidade Genética. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical. FAMEV – Universidade Federal de Mato Grosso. 2010.

FREITAS, R. M.; ADAMI, M.; SUGAWARA, L. M.; SHIMABUKURO, Y. E.; MOREIRA, M. A.; Dinâmica da resposta espectral de duas sub-regiõ es do Pantanal Sul-MatoGrossense. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, Florianópolis, Brasil. INPE p. 3921-3928, 2007.

FURUSHO-GARCIA, I. F.; PEREZ, J. R. O.; TEIXEIRA, J. C.; Componentes de carcaça e composição de alguns cortes de cordeiros Textel x Bergamácia,, Textel x Santa Inês e Santa Inês puros terminados em confinamento, com casca de café como parte da dieta. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 32, n. 6, p. 1999-2006, 2003 (suplemento 2).

GARCIA, C. A.; MONTEIRO, A. L. G.; COSTA, C.; NERES, M. A.; ROSA, G. J. M.; Medidas Objetivas e Composição Tecidual da Carcaça de Cordeiros

Page 28: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

19

Alimentados com Diferentes Níveis de Energia em Creep Feeding. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 32, n. 6, p. 1380-1390, 2003.

GOMES, W. S.; ARAÚJO, A. R.; CAETANO, A. R.; MARTINS, C. F.; VARGAS Jr, F M.; McMANUS, C.; PAIVA, S. R. Origem e diversidade genética da ovelha crioula do pantanal. Brasil. In: SINPOSIO DE RECURSOS GENÉTICOS PARA AMERICA LATINA Y EL CARIBE. Chapingo, México, Anais... (CD-ROM), 2007.

GONÇALVES, M. S.; Generalidades dos ovinos, Universidade Federal de Pelotas, Departamento de Zootecnia, p-29, 2009.

GONZAGA, S.; Composição corporal, exigências nutricionais e características da carcaça de cordeiros Morada Nova . Tese de Doutorado. Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, 93 p. Jaboticabal, 2003.

GOOGLE IMAGES Ovinos da raça Merino 2010.; Disponível em <http://www.google.com.br/imgres?q=raca+de+ovinos+bordaleira&hl=pt-BR&sa=X&biw=1366&bih=673&tbm=isch&prmd=imvns&tbnid=VFdF8Zqb-dJz7M:&imgrefurl=http://rouxinoldepomares.blogs.sapo.pt/2011/03/%3Fpage%3D2&docid=ahd9_CiZFNcqpM&w=1280&h=852&ei=5xaFTsyBKebs0gGw6pHmDw&zoom=1&iact=rc&dur=1039&page=3&tbnh=136&tbnw=181&start=39&ndsp=18&ved=1t:429,r:1,s:39&tx=76&ty=70> Acesso em 29 set. 2011.

GUIMARÃES FILHO, C.; SOARES, J, G. G.; ARAÚJO, G. G.; Sistemas de produção de carnes caprinas e ovinas no semi-árido nordestino. In: I SINCORTE, João Pessoa 2000. Anais... João Pessoa, 2000. p. 20-25.

GUSMÃO FILHO, J. D.; TEODORO, S. M.; CHAVES, M. A.; OLIVEIRA, S. S.; Análise Fatorial de Medidas Morfométricas em Ovinos Tipo Santa Inês. Archivos de Zootecnia, v. 58 (222), p. 289-292, 2009.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), 2010.; Disponível em <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pecua/default.asp?t=2&z=t&o=24&u1=1&u3=1&u4=1&u5=1&u6=1&u7=1&u2=1 > Acesso em: 16 novembro 2011.

JANSSENS, S., VANDEPITTE, W., Genetic parameters for body measurements and linear type trait in Belgian Bleu du Maine, Suffolk and Texel sheep. Small Rumin. Res., v. 54. p. 13-24. 2004.

JANSSENS, S., WINANDY, D., TYLLEMAN, A., DELMOTTE, Ch., MOESEKE VAN W., and VANDEPITTE, W., The linear assessment scheme for sheep in Belgium: Breed averages and assessor quality. Small Rumin Res., v. 51. p. 85-95. 2004.

JOSHI, H. B.; DIAS, N.; BISHT, G. S.; Prediction of body weight from body measurements in Barbari and Jamnapari goats reared under intensive management system. Indian Veterinary Journal, v. 67, n. 4, p. 347-351, 1990.

Page 29: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

20

JULIANO, R. S.; PEREIRA, M. S.; SANTOS, S. A.; LIMA, M. F. N. T.; PELLEGRIN, A. O.; SILVA, R. A. M. S.; Considerações sobre o sistema produtivo de ovinos no município de Corumbá. Corumbá, Embrapa Pantanal, n. 48, 3 p, 2011.

KLOSTERMAN, E. W.; Beef cattle size for maximum efficiency. Journal of Animal Science, v . 34, p. 845-880, 1972.

LAWRENCE, T. L. J., FOWLER, V. R.; Growth of farm animals 2 ed. Publicação CABI, Oxon, Reino Unido, p. 347, 2002.

LEITE, E. R. A., A ovinocultura nos trópicos é realmente viável? Revista O Berro, n. 99, marco, p. 36-38, 2007.

MARIANTE, A. S.; CAVALCANTE, N. De selvagens a domésticos. In:____. Animais do descobrimento, raças domésticas da histó ria do Brasil . 1. ed. Brasília: Ministério da Agricultura e Abastecimento, 2000a. p. 14-27.

MARIANTE, A. S.; CAVALCANTE, N. De selvagens a domésticos. In:____. Animais do descobrimento, raças domésticas da histó ria do Brasil. 1. ed. Brasília: Ministério da Agricultura e Abastecimento, 2000b. p. 192-204.

MARIANTE, A. S.; EGITO, A. A., Animal genetic resources in Brazil: result of five centuries of natural selection. Theriogenology, v. 57, p. 223-235, 2002.

MARIANTE, A. S.; MCMANUS, C.; Conservação de bovinos de raças naturalizadas, visando a sua inserção em sistemas de produção. In: 41º REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, Campo Grande/MS. 1-10 Anais da 41º Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia. Campo Grande/MS: SBZ: Embrapa Gado de Corte, p. 335-342. 2004.

MCMANUS, C. M.; PAIVA, S. R.; EGITO, A. A.; MARIANTE, A. S.; LOUVANDINI, H.; Importância dos levantamentos populacionais e da caracterização genética das populações na conservação animal. In: Colégio Brasileiro de Reprodução Animal, 2005, Goiânia. Anais , 2005.

MCMANUS, C.; PAIVA, S. R.; LANDIM, A. V.; LOUVADINI, H.; Melhoramento genético de ovinos. In: ZOOTEC, 2007, Londrina. A Zootecnia frente a novos desafios. Londrina: UEL, p. 501-530. 2007.

MENDONÇA, G.; História dos ovinos 2010.; Disponível em: <http://www.uniovinos.unipampa.edu.br/index.php?option=com_content&view=article&id=50:hist-dos-ovinos&catid=14:artigos&Itemid=32> Acesso em: 29 jun. 2011.

MOHAMED, I. D.; AMIN, J. D.; Estimating body weight from morphometric measurements of Sahel (Borno White) goats. Small Ruminant Research , v. 24, n. 1, p. 1-5, 1997.

Page 30: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

21

MORAES, J. C. F.; DE SOUZA, C. J. H.; JAUME, C. M. O uso da avaliação da condição corporal visando máxima eficiência prod utiva dos ovinos . Comunicado Técnico, 57. Embrapa Pecuária Sul. Bagé, RS: 2005.

NOGUEIRA FILHO, A.; O agronegócio da caprino-ovinocultura: cenários, desafios oportunidades. IX SEMINÁRIO NORDESTINO DE PECUÁRIA, Fortaleza, CE. Anais do Seminário. Fortaleza: FAEC, v. 1 p. 117. 2005.

NUNES, S. A.: O setor produtivo de caprinos e ovinos. 2008.; Disponível em <http://agricultura.gov.br> Acesso em: 02 maio 2011.

ONG ECOA Pantanal.; Disponível em <http://www.riosvivos.org.br/Canal/Pantanal/260> Acesso em 05 set. 2011.

PACIULLO, D. S. C.; Características anatômicas relacionadas ao valor nutritivo de gramíneas forrageiras, Ciência Rural, v. 32 n. 2, 2002.

PAIVA, S. R.; Origem e diversidade genética da ovelha crioula do Pantanal, 14 p, 2007.

PAIVA, S. R.; SILVÉRIO, V. C.; EGITO, A. A.; MCMANAUS, C.; DE FARIA, D. A.; MARIANTE, A. S.; CASTRO, S. R.; ALBUQUERQUE, M. S. M.; DERGAM, J. A. Genetic variability of the Brazilian hair sheep breeds. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 40, n. 9, p. 887-893, 2005.

PINHEIRO, R. S. B.; SOBRINHO, A. G. S.; MARQUES, C. A. T.; YAMAMOTO, S. M.; Biometria in vivo e da carcaça de cordeiros confinados, Archivos de Zootecnia , n. 56 (216), p. 955-958, 2007.

PINTO, G. S.; Avaliação quantitativa da carcaça de cordeiros filh os de ovelhas pantaneiras acasaladas com carneiros Pantan eiros, Santa Inês e Texel. Universidade Anhanguera-Uniderp. Dissertação de Mestrado. Campo Grande MS, 2009.

PRANCE, G. T.; SCHALLER, G. B.; Preliminary study of some vegetation types of the Pantanal, Mato Grosso, Brazil. Brittonia , v. 34. p. 228-251, 1982.

QUADRO, J. L. G.; OSÓRIO, J. C. da S.; OÓRIO, M. T. M.; MENDONCA, G.; GONCALVES, M.; ROTA, E. de L.; ESTEVES, R.; Relação entre medidas in vivo e na carcaça em cordeiros Corriedale. Revista da FCVA. Uruguaiana, v. 14, n. 2, p. 217-230, 2007.

RIVA, J., RIZZI, R., MARELLI, S., CAVALCHINI, L. G.; Body mesurements in Bergamasca sheep, Small Ruminant Res ., 2004. v. 70, p. 7-14.

ROCHA, H. C.; DICKEL, E. L.; MESSINA, S. A.; Produção do cordeiro de corte em sistema de consorciação. Passo Fundo: UPF, 64 p, 2003.

RODERO, E.; HERRERA, M.; GUTIERREZ, M. J.; Morpho-structural evolution of the Bianca Serrana caprine breed based on their crossing for milking aptitude. Archivos de Zootecnia , v. 41, p. 519-530, 1992.

Page 31: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

22

ROTHSCHILD, M. F.; Aproaches and challenges in measuring genetic diversity in pig. Archivos de Zootecnia , v. 52, p. 129-135. 2003.

RYDER, M. L.; Sheep. In: MASON, L, I. Evolutions of domesticated animals. 1. ed. Nova Iorque: Longman Group Limited, 1984. p. 63-85.

SANTANA, A. F. de; COSTA, G. B.; FONSECA, L. S.; Correlações entre peso e medidas corporais em ovinos jovens da raça Santa Inês. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal. v. 1. p. 74-77, 2001.

SANTELLO, G. A.; MACEDO, F. A. F.; MEXIA, A. A.; SAKAGUTI, E. S.; DIAS, F.J.; PEREIRA, M. F. Características de carcaça e análise do custo de sistemas de produção de cordeiros ½ Dorset Santa Inês. Revista Brasileira de Zootecnia. v. 35, n. 4, p. 1852-1859, 2006 (suplemento 2).

SANTIAGO FILHO, A.; Avaliação do desempenho sexual de carneiros do grupo genético nativo pantaneiro sul-mato-grossense , com base na demonstração da libido, Universidade Anhanguera-Uniderp. Dissertação de mestrado. Campo Grande MS, 2010.

SILVA SOBRINHO, A. G.: Criação de ovinos. 2. ed. Jaboticabal: FUNEP, 2001. p. 302.

SILVA SOBRINHO, A. G.; Nutrição de ovinos. Jaboticabal: FUNEP, 1996. 258 p.

SILVA, J. S. V.; ABDON, M. M.; BOOCK, A., e SILVA, M. P.; Fitofisionomias em parte das sub-regiões do Nabileque e Miranda, Sul do Pantanal. Pesquisa Agropecuária Brasileira. v. 33. p. 1713-1719, 1998.

SILVA, M. P. da; MAURO, R.; MOURÃO, G.; COUTINHO, MARCOS.; Distribuição e quantificação de classes de vegetação do Pantanal através de levantamento aéreo. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 23, n. 2, p. 143-152, 2000.

SILVA, N. V.; FRAGA, A. B.; FILHO, J. T. A. de; NETO, C. C. C.; SILVA. F. L.; COSTA, P. P. S. dos; JUNIOR, W. B. L.; Caracterização Morfométrica dos Ovinos Deslanados Cabuggi e Morada Nova. Revista Científica de Produção Animal . v. 9, n, 1, 2007.

SIQUEIRA, E. R.: Raças ovinas e sistemas de produção. In: Produção de ovinos, 1990, Anais. .. Jaboticabal: FUNEP, 1990. p. 210.

SÓRIO, A.; A terminação de cordeiros e cabritos em pastagem. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CAPRINOS E OVINOS DE CORTE, 2, João Pessoa/PB, Anais... João Pessoa/PB, 2003.

SOUSA, W. H.; LÔBO, R. N. B.; MORAIS, O. R.; Ovinos Santa Inês: Estado de Arte e Perspectivas. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE CAPRINOS E OVINOS DE CORTE, 2., 2003. João Pessoa. Anais . Paraíba: EMEPA, 2003, p. 501-509.

Page 32: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

23

SOUSA, W. H.; MORAIS, O. R.; Programa de melhoramento genético para ovinos deslanados do Brasil: ovinos da raça Santa I nês. In: SINCORTE, 1., 2000. João Pessoa: Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba, 2000. p. 223-229.

TANSLEY, S. A.; BROWN, C. R.; RAPD. Variation in the rare and endangered (proteaceae): implications for their conservation. Biological Conservation . v. 95, p. 39-48, 2000.

THOMPSON, J.M.; MEYER, H. Body condition scoring of sheep . 2008.; Disponível em <http://www.oregonstate.edu/dept/animal-sciences/bcs.htm> Acesso em: 03 jul. 2011.

UCHA, D.; Cadeia produtiva 2010.; Disponível em <http://www.farmpoint.com.br/cadeia-produtiva/entrevistas/danilo-ucha-a-confraria-do-cordeiro-nunca-deixou-de-se-reunir-um-mes-sequer-66276n.aspx> Acesso em: 27 jul. 2011.

VALDEZ, C. A., FAGAN, D, V, VICERA, I. B., The correlation of body weight to external body measurements in goats Philippine Journal of Animal Industry, v. 37, n. 4, p. 62-89, 1982.

VARADE, P. K.; ALI, S. Z.; MALKHEDE, P. S.; Body measurements of local goats under field conditions. Indian Veterinary Journal, v. 74, p. 448-449, 1997.

VIEIRA, G. V. N.: Criação de ovinos e suas enfermidades. 3. ed. São Paulo: Melhoramento, 480 p. 1967.

Page 33: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

24

3. ARTIGO

MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO

PANTANEIRO

Page 34: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

25

MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO

PANTANEIRO

RESUMO

O objetivo desse trabalho foi avaliar os parâmetros morfométricos dos

carneiros do grupo genético pantaneiro, criados no Centro Tecnológico de

Ovinos (CTO) da Fazenda Escola Três Barras, pertencente à Universidade

Anhanguera-Uniderp em Campo Grande MS, de maneira a suprir com

informações biométricas necessárias, os padrões zootécnicos da possível

futura raça Pantaneira. Foram avaliados vinte e quatro carneiros (n=24).

Desses animais, dezesseis (n=16) com idades entre treze a vinte e dois

meses, três (n=03) com idades entre vinte e dois a vinte e cinco meses, três

(n=03) com idades entre vinte e cinco a trinta e sete meses, e dois (n=02) com

idades superiores a trinta e sete meses, pesando em média 46,3 kg, e

identificados com brincos numerados na orelha esquerda. Foram obtidos os

valores médios do Escore de Condição Corporal (ECC), em 2,1, (escala de 1 a

5), e de dezessete mensurações (cm): alturas corporais (67,1), da garupa

(69,5), e do tórax (37,8). Comprimentos corporais (69,6), da cabeça (9,9), do

rádio (18,5), da tíbia (30,9), do metacarpo (14,1), do metatarso (16,0) e da

garupa (19,1). Perímetro torácico (82,7), larguras do peito (18,1) e da garupa

(11,7). Circunferências do metacarpo (8,0), do metatarso (9,0) e escrotal

(28,7). Os presentes dados poderão contribuir para a normalização das

características fenotípicas dos ovinos reprodutores do grupo genético

pantaneiro em direção ao possível registro da futura raça; e permitem fazer

comparações com as medidas de reprodutores das raças aparentadas e não

aparentadas geneticamente, com o intuito de conhecer a relação entre eles.

Palavras chave: Biometria; fenótipo; ovinos; reprodutor

Page 35: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

26

MORPHOMETRIC PARAMETERS OF RAMS FROM

"PANTANEIRO" GENETIC GROUP

ABSTRACT

The aim of this paper is to evaluate the morphometric parameters of rams from

"pantaneiro" genetic group, bred in Centro Tecnológico de Ovinos (CTO –

Ovine Technological Center) of Três Barras School Farm of Anhanguera-

Uniderp University in Campo Grande, Mato Grosso do Sul State, to provide the

necessary biometric information, as well as the zootechnical standards of the

possible future "Pantaneiro" breed. Twenty-four (n=24) rams were evaluated.

From these, sixteen (n=16) were between thirteen and twenty-two months old,

three (n=03) between twenty-two and twenty-five months old, three (n=03)

between twenty-five and thirty-seven months old, and two (n=02) older than

thirty-seven months. The average weight was 46.3 kg, and identification was

made by numbered earrings on the left ear. Average value was obtained from

Body Condition Score (BCS), as being 2.1 (1 to 5 scale), and from seventeen

measurements (cm): body height (67.1), rump (69.5) and chest (37.8). Body

length (69.6), head (9.9), radio (18.5), tibia (30.9), metacarpus (14.1),

metatarsus (16.0), and rump (19.1). Chest perimeter (82.7), chest width (18.1),

and rump (11.7). Metacarpus (8.0), metatarsus (9.0) and scrotal (28.7)

circumferences. The present data may contribute to the standardization of the

breeding ovine phenotypic characteristics from "pantaneiro" genetic group,

aiming at the possible registering of the future breed; and comparisons can be

performed regarding the measures of the breeders from genetically related and

non-related breeds, to know the relationship among them.

Keywords: Biometry; breeder; ovine; phenotype

Page 36: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

27

3.1 INTRODUÇÃO

Os ovinos chegaram ao Brasil com os colonizadores portugueses

(ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA, 2010) e também foram trazidos pelos jesuítas,

a partir do Paraguai e da Argentina, por volta de 1620 (UCHA, 2010). O país

possui hoje 17,38 milhões de cabeças (IBGE, 2010), sendo que na região

Centro-Oeste vivem aproximadamente 1,26 milhão de cabeças, das quais 497

mil no Estado de Mato Grosso do Sul.

Os ovinos são animais bastante adaptáveis, sobrevivem em altas

e baixas altitudes (COIMBRA FILHO, 1992), ocupam regiões inadequadas

para a agricultura, uma vez que possuem mecanismos anatomorfofisiológicos

e comportamentais adaptados para enfrentarem as extremas variações

climáticas (SILVA SOBRINHO, 1996). Sua produção é bastante dispersa e

realizada por um grande número de pequenos e médios produtores (NUNES,

2008).

Por serem de pequeno a médio porte, os ovinos representam

uma boa alternativa de diversificação da exploração agropecuária (NOGUEIRA

FILHO, 2005). Por isso os produtores têm feito investimentos em

melhoramento genético, nutricional, e de controle sanitário (GUIMARÃES

FILHO et al., 2000). Tais programas, todavia, introduziram recursos genéticos

externos que causaram uma redução da diversidade genética dos rebanhos

locais (MCMANUS et al., 2005).

Para a reversão deste fato, é necessário o conhecimento e a

caracterização dos grupos genéticos já adaptados, por meio de medidas

corporais e índices zootécnicos (BARRERA et al., 2007). As informações

obtidas contribuem para a definição de um padrão racial, servindo como

referencial para programas sustentáveis de melhoramento genético (VALDEZ

et al., 1982).

Assim como os bovinos e equinos, os ovinos se estabeleceram

na região do Pantanal (CADEIA PRODUTIVA, 2010), em cuja planície o

município de maior expressão é Corumbá (ONG ECOA, 2011), onde existem

em torno de 64 mil cabeças (IBGE, 2010), em sua maioria, do grupo genético

pantaneiro (JULIANO et al., 2011).

Page 37: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

28

O Centro Tecnológico de Ovinos (CTO), da Fazenda Escola Três

Barras, pertencente à Universidade Anhanguera-Uniderp, localizada no

município de Campo Grande-MS, tem desenvolvido várias pesquisas com um

grupamento genético de ovinos adaptados às condições ambientais do Estado

de Mato Grosso do Sul, principalmente ao Pantanal (GOMES et al., 2007), os

ovinos do grupo genético pantaneiro.

Os ovinos pantaneiros, ali criados, compartilham haplótipos tanto

de raças lanadas oriundas do sul do Brasil, como de raças deslanadas

originárias do nordeste brasileiro (PAIVA, 2007). Dentre essas, a raça Santa

Inês, que foi formada na Região Nordeste do Brasil (PAIVA et al., 2005)

através do cruzamento das raças Morada Nova, Bergamácia, Crioula

(FIGUEIREDO et al., 1990), e Somalis Brasileira, esta originária da África, cujo

ancestral remoto é o ovino Urial (VILELLA et al., 2005).

Os animais pantaneiros não possuem o fenômeno de

fotoperiodismo e estacionalidade (SANTIAGO FILHO, 2010). Além disso, os

cordeiros em confinamento têm bom potencial de produção de carne

apresentando carcaças de elevada qualidade (PINTO, 2009).

O presente trabalho objetivou determinar as medidas corporais

dos carneiros do grupo genético pantaneiro e, dessa forma, contribuir para a

normalização de tais medidas, no direcionamento do registro de uma raça de

ovinos.

3.2 MATERIAL E MÉTODOS

3.2.1 Local

Esse trabalho foi realizado no Centro Tecnológico de Ovinos

(CTO), da Fazenda Escola Três Barras, pertencente à Universidade

Anhanguera-Uniderp, localizada no município de Campo Grande, Estado de

Mato Grosso do Sul, com as seguintes coordenadas geográficas: 20º 33’

51,96” Sul e 54º 32’ 29,09” Oeste.

Page 38: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

29

3.2.2 Animais

Foram utilizados vinte e quatro carneiros (n=24) do grupo

genético dos ovinos pantaneiros, pesando em média 46,3 kg, e identificados

com brincos numerados na orelha esquerda.

A idade dos ovinos foi avaliada pela observação visual da

erupção dos dentes incisivos permanentes (SAINZ, 2000), sendo passível de

classificação.

Desse total, dezesseis carneiros (n=16) estavam no estágio de

dois dentes incisivos permanentes; três carneiros (n=03) possuíam quatro

dentes incisivos permanentes; três carneiros (n=03) possuíam seis dentes

incisivos permanentes e dois carneiros (n=02) estavam com oito dentes

incisivos permanentes (Tabela 1).

TABELA 1 Número de animais avaliados, número de dentes incisivos permanentes (dip) e idades de erupção em ovinos

Número de carneiros avaliados

Número de dentes incisivos permanentes (dip)

Idade de erupção (em meses)*

16 02 13 - 22

03 04 22 - 25

03 06 25 - 37

02 08 (dentição completa) mais de 37

*De acordo com Sainz (2000).

3.2.3 Medições

As medições foram realizadas uma única vez em cada um dos

carneiros e pelo mesmo observador no mês de dezembro de 2010, sempre no

período da manhã, entre 08h00min e 12h00min. Os carneiros estavam em

repouso sexual, após tosquia com máquina elétrica, cerca de 20 dias antes, e

encontravam-se alojados em piquetes cultivados com Brachiaria brizantha cv.

Marandu, com acesso a suplemento mineral e água ad libitum.

Foram coletadas as informações do Escore de Condição Corporal

(ECC). Essa é uma avaliação subjetiva que mensura, em escala de números

Page 39: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

30

inteiros de 1 a 5, se o animal está muito magro (escore 1), a muito gordo

(escore 5). É feita pela palpação, com os dedos polegares, nos espaços

intervertebrais entre as vértebras lombares 3 e 4 (L3 e L4) (RUSSEL et al.,

1969; QUADRO et al., 2007).

Também se avaliou a compacidade corporal, índice que estima

objetivamente a conformação de animais vivos (PINHEIRO et al., 2007) e seu

cálculo é feito pela divisão do valor do peso corporal, em kg, pelo valor do

comprimento corporal, em cm, cujo resultado é expresso em kg/cm (ESTEVES

et al., 2010).

As mensurações morfométricas, dezessete ao todo, foram

realizadas do lado esquerdo do corpo dos carneiros, utilizando-se uma fita

métrica graduada em centímetros, e com os animais em posição de estação

sobre piso cimentado.

Após as tomadas desses registros, os pesos foram obtidos em

balança específica para pesagem de ovinos, com graduação de 50 gramas.

A Figura 9 ilustra as medidas realizadas nos carneiros, adaptadas

de Arrayet et al. (2002): altura e comprimentos corporais, perímetro torácico,

comprimento e diâmetro da cabeça, comprimentos do rádio, tíbia, metacarpo e

metatarso, e circunferências do metacarpo e metatarso. As demais

mensurações foram realizadas seguindo-se as descrições de Osório et al.

1998), Osório e Osório (2005) e Santana (2001).

Figura 9 Avaliações morfométricas realizadas nos carneiros pantaneiros do CTO.

Page 40: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

31

A) Altura corporal = Medida do ponto mais alto da cernelha (região

interescapular) ao solo.

B) Altura da garupa = Medida do ponto mais alto da garupa (sobre a

tuberosidade sacral do íleo) ao solo.

C) Altura do tórax = Medida da extremidade distal do osso esterno ao solo.

D) Comprimento corporal = Medida entre a parte cranial do tubérculo maior do

úmero (processo acrônimo da escápula) e a tuberosidade isquiática.

E) Comprimento da garupa = Medida entre as partes cranial da tuberosidade

ilíaca e caudal da região túbero-isquiática.

F) Perímetro torácico = Medida da maior circunferência do tórax, passando

pelo esterno (logo atrás das escápulas).

G) Largura do peito = Medida compreendida entre as pontas da escápula.

H) Largura da garupa = Medida compreendida entre as pontas das ancas.

I) Comprimento da cabeça = Medida entre a extremidade proximal da cabeça

(que coincide com a crista da nuca, no osso occipital), e a parte medial ou

central da arcada incisiva inferior.

J) Diâmetro da cabeça = Medida entre a parte livre da borda supraorbital

direita, até a borda supraorbital esquerda, logo atrás das orelhas.

K) Comprimento do rádio = Medida do comprimento do processo olecrano à

junta intercarpial (articulatio mediocarpea).

L) Comprimento da tíbia = Medida do comprimento da crista tibial à superfície

flexora da região tíbia-fíbula.

M) Comprimento do metacarpo = Medida do comprimento da superfície

proximal até a superfície distal do metacarpo, na articulação metacarpo-

falangeal.

N) Comprimento do metatarso = Medida do comprimento da região externa do

calcâneo à articulação metatarso-falangeal na superfície metatarsal.

O) Circunferência do metacarpo = Medida do contorno desse osso, no ponto

mais próximo da diáfise.

P) Circunferência do metatarso = Medida do contorno desse osso, no ponto

mais próximo da diáfise.

Q) Circunferência escrotal = Medida da maior circunferência da bolsa escrotal.

Page 41: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

32

3.2.4 Análises estatísticas

Foi utilizada correlação de Pearson (P<0,05) para se avaliar os

diferentes parâmetros entre si e também com o peso dos carneiros, para

analisar as principais características morfométricas do grupamento genético.

Essa correlação, desenvolvida por Karl Pearson (1901) e por

Charles Spearman (1904), identifica os fatores e as variáveis no conjunto das

medidas realizadas, e visa determinar quais variáveis pertencem a quais

fatores, e o quanto cada variável explica cada fator (VICINI, 2005).

Além disso, mostra as funções matemáticas que explicam a

variação existente nos dados e permite descrever e reduzir essas variáveis.

O programa estatístico usado nas análises foi o software livre

BioEstat 5.0 (MAMIRAUÁ, 2011).

3.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Apesar da diferença na idade dos animais avaliados, não houve

diferença significativa das medidas em relação à idade dos animais.

Os dados são apresentados em forma de tabelas com valores

mínimos e máximos, além das médias e seus respectivos desvios padrões

(Tabela 2).

Page 42: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

33

TABELA 2 Valores mínimos máximos e médios e respectivos desvios padrões (DP), das medidas corporais efetuadas nos carneiros do CTO

AVALIAÇÕES Mínimo Máximo Médias ± DP Escore de Condição Corporal (1 a 5) 1 3 2,1 ± (0,7) Peso corporal (kg) 28 63 46,3 ± (12,5)

Carneiros com 02 DIP* 28 56 38,06 ± (8,2) Carneiros com 04 DIP 36,5 52,5 44,66 ± (6,7) Carneiros com 06 DIP 56,5 61 58,73 ± (2,0) Carneiros com 08 DIP 60 63 62,5 ± (1,4)

Altura corporal (cm) 60 77 67,1 ± (4,3) Altura da garupa (cm) 60 88 69,5 ± (5,4) Altura do tórax (cm) 31 43 37,8 ± (3,4) Comprimento corporal (cm) 58 80 69,6 ± (6,4) Comprimento da garupa (cm) 12 27 19,1 ± (4,8) Perímetro torácico (cm) 67 95 82,7 ± (8,3) Largura do peito (cm) 13 26 18,1 ± (3,6) Largura da garupa (cm) 6 18 11,7 ± (3,5) Comprimento da cabeça (cm) 32 43 37,2 ± (3,0) Diâmetro da cabeça (cm) 9 11 9,9 ± (0,7) Comprimento do rádio (cm) 14 26 18,5 ± (3,1) Comprimento da tíbia (cm) 20 36 30,9 ± (3,3) Comprimento do metacarpo (cm) 11 20 14,1 ± (2,2)

Comprimento do metatarso (cm) 14 19 16,0 ± (1,3) Circunferência do metacarpo (cm) 7 9 8,0 ± (0,8) Circunferência do metatarso (cm) 8 10 9,0 ± (0,8)

Circunferência escrotal (cm) 23 37 28,7 ± (3,7) Compacidade corporal (kg/cm) 0,41 0,85 0,63 ± (0,21)

* DIP = dentes incisivos permanentes

A avaliação de medidas corporais de animais criados para

produção de carne é importante uma vez que essas medidas indicam

capacidade digestória e respiratória e de rendimento de carcaça (SANTANA,

2001); embora não se saiba ainda se os maiores ou menores tamanhos dos

animais determinam maior produtividade (COSTA et al., 2006).

As medidas como comprimento corporal, perímetro torácico e

alturas da cernelha e da garupa, além do perímetro escrotal, são indicativas de

peso vivo, rendimento de carcaça e capacidades digestivas e respiratórias e,

Page 43: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

34

por possuírem correlação alta, são usadas como critério de seleção

(SANTANA, 1996).

Analisando-se as correlações entre as características

morfométricas apresentadas na Tabela 3, observa-se que as medidas mais

relacionadas com a raça, como comprimento e diâmetro da cabeça, e

circunferências do metacarpo e metatarso, têm correlação baixa com outras do

mesmo tipo, pois são influenciadas pela raça e não pela criação ou meio

ambiente.

Essa característica está de acordo com Albuquerque (2008), que

avaliou as medidas corporais de carneiros de várias raças no Brasil, Uruguai e

Colômbia.

Já as medidas corporais como perímetro torácico, comprimento

corporal e circunferência escrotal têm correlações altas, e esses altos valores

possivelmente são devidos aos poucos genes que agem nessas

características (MISSERANI et al., 2002; OLIVEIRA et al., 2006).

As equações de regressão de três características morfométricas

de carneiros são as seguintes:

PESO CORPORAL (r²=0,895) = -99,008 + 5,557 altura torácica +

1,350 circunferência escrotal + 0,693 altura corporal + 1,041 comprimento do

metacarpo.

COMPRIMENTO CORPORAL (r²=0,835) = 5,364 + 0,720

comprimento garupa + 0,678 comprimento da cabeça + 0,376 altura corporal.

PERÍMETRO TORÁCICO (r²=0,758) = 42,132 + 0,402 peso +

3,962 largura da garupa + 0,502 altura torácica.

Page 44: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

35

TABELA 3 Valores das análises de correlações das medidas corporais efetuadas nos carneiros do CTO

Medidas Corporais Peso Alturas Comprimentos Per.

torác. Larguras Comp.

cabeca. Diam.

cabeça. Comprimentos Circunferências

corporal garupa tórax corporal garupa peito garupa rádio. tíbia metac. metat. metac. metat. Peso (kg) 1,00

Altura corporal (cm) *0,68 1,00

Alt. da garupa (cm) *0,63 0,51 1,00

Alt. do tórax (cm) 0,18 0,66 0,46 1,00

Comp. corporal (cm) *0,81 0,76 0,51 0,45 1,00

Comp. da garupa (cm) *0,74 0,61 0,41 0,26 0,82 1,00

Perím. torácico (cm) *0,82 0,55 0,51 0,04 0,63 0,59 1,00

Largura do peito (cm) *0,82 0,71 0,68 0,44 0,74 0,69 0,68 1,00

Largura da garupa (cm) *0,78 0,55 0,47 0,16 0,66 0,66 0,62 0,68 1,00

Comp. cabeça (cm) 0,62 0,62 0,68 0,59 *0,68 0,42 0,51 0,68 0,36 1,00

Diam. cabeça (cm) 0,67 0,63 0,37 0,37 *0,71 0,53 0,71 0,60 0,48 0,62 1,00

Comp. rádio (cm) 0,68 0,67 0,34 0,24 0,58 0,76 0,62 0,61 0,70 0,27 0,55 1,00

Comp. tíbia (cm) *0,62 0,45 0,43 0,30 *0,66 0,52 0,63 0,58 0,54 0,52 0,49 0,39 1,00

Comp. metacarpo (cm) 0,64 0,38 0,25 0,08 0,53 0,68 0,56 0,43 0,42 0,25 0,42 0,54 0,33 1,00

Comp. metatarso (cm) 0,35 0,58 0,13 0,50 0,49 0,52 0,37 0,50 0,36 0,30 0,32 0,48 0,25 0,61 1,00

Circ. metacarpo (cm) *0,82 0,51 0,57 0,21 0,79 0,76 0,77 0,71 0,60 0,70 0,61 0,50 *0,76 0,55 0,26 1,00

Circ. metatarso (cm) 0,61 0,59 0,58 0,27 0,64 0,55 0,52 0,54 0,35 0,57 0,44 0,52 0,41 0,14 0,07 0,64 1,00

Circ. escrotal (cm) *0,80 0,47 0,46 -0,07 0,60 0,58 0,61 0,71 0,70 0,44 0,49 0,52 0,40 0,39 0,12 0,61 0,49

Correlação de Pearson (P<0,05).

Page 45: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

36

Em relação às raças aparentadas geneticamente ao ovino

pantaneiro, comparou-se os dados com os de Fernandes Junior (2010) que

avaliou carneiros da raça Santa Inês, Morada Nova e Somalis Brasileira, com

idades de 13 a 22 meses, enquanto que Silva et al. (2010), mediram carneiros

com 25 a 37 meses, da raça Crioula Lanada no Rio Grande do Sul.

Os ovinos pantaneiros criados no CTO e avaliados nesse

trabalho apresentaram médias de peso corporal (46,3 kg), comprimento

corporal (69,6 cm) comprimento da garupa (19,1 cm), perímetro torácico (82,7

cm), largura do peito (18,1 cm) e da garupa (11,7 cm), menores que os ovinos

da raça Crioula Lanada, que obtiveram os valores de 63,79 kg, 114,44, 23,21

101,50, 24,63 e 21,67 cm, respectivamente. Porém os valores medidos nesses

animais foram maiores que os ovinos das três raças deslanadas do Nordeste,

como aparece na Tabela 4.

TABELA 4 Comparação de medições obtidas para as mesmas características, com as medidas avaliadas por outros pesquisadores em raças brasileiras oriundas de outras regiões do Brasil

Carac. Avaliadas Pantaneiro Santa Inês a

Morada Nova a

Somalis Bras. a

Crioula Lanada b

Peso (kg) 46,3±12,5 - - - 63,79±9,36

Alt. corporal (cm) 67,1±4,3 57,00±0,82 47,32 ±1,2 48,81±1,12 67,84±4,41

Alt. da garupa (cm) 69,5±5,4 58,95±0,78 47,93±1,15 49,80±1,06 -

Alt. do tórax (cm) 37,8±3,4 - - - -

Comp. Corporal (cm) 69,6±6,4 57,55±0,87 47,60±1,28 45,61±1,19 114,44±7,54

Comp. garupa (cm) 19,1±4,8 14,93±0,32 11,87±0,48 13,59±0,44 23,21±2,81

Per. torácico (cm) 82,7±8,3 67,92±1,10 56,88±1,62 64,50±1,50 101,50±7,63

Larg. do peito (cm) 18,1±3,6 12,55±0,33 9,40±0,49 10,76±0,45 24,63±3,20

Larg. da garupa (cm) 11,7±3,5 9,38 ± 0,23 6,62±0,34 8,04±0,32 21,67±4,02

Circ. Escrotal (cm) 28,7±3,7 23,26±1,13 18,47±1,60 23,37±1,48 -

a Fernandes Júnior (2010); b Silva et al. (2010).

Além disso, o valor médio da altura corporal de 67,1 centímetros

apresentado pelos carneiros do grupo genético pantaneiros foi semelhante ao

Page 46: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

37

apresentado pelos carneiros da raça Crioula (67,84 cm), e superior aos valores

medidos nas raças Santa Inês, Morada Nova e Somalis Brasileira, com 57,0,

47,32, e 48,81 centímetros respectivamente.

Analisados sob o aspecto de apresentarem um peso médio de

46,3 kg, portanto menor que os animais da raça Crioula (63,79 kg), os

carneiros pantaneiros do CTO, por serem de menor porte, podem possuir uma

capacidade de sobrevivência muito maior, ao necessitarem de menor

quantidade de energia para mantença (SMITH e BALDWIN, 1973).

Quanto à energia de produção (ou de ganho), onde é necessário

considerar a variação na composição corporal em função do aumento de peso

dos animais (ARC, 1980), os conteúdos totais de proteína e gordura

aumentam em termos de concentração de g/kg de Peso Vivo ou Mcal/kg de

PV, à medida que o peso se eleva (GONÇALVES, 1988) e a idade do animal

avança.

Em consequência disso, as exigências de energia para ganho

aumentam com o acréscimo de peso do animal, incrementando desta forma o

custo da alimentação de animais mais pesados ou que levem mais tempo de

vida para atingirem seu peso máximo.

Assim, também nesse aspecto, os ovinos pantaneiros se

sobressaem, uma vez que, por serem menores, possuem compacidade

corporal maior que os da raça Crioula, (0.66 kg/cm contra 0.55 kg/cm

respectivamente) e podem chegar à terminação mais rapidamente e com

menos custos, conforme observado no trabalho de Pinto (2009).

Albuquerque (2008) mensurou carneiros das raças Suffolk e

Texel, que não são aparentadas geneticamente com os carneiros pantaneiros.

Comparando as medições desse autor com as dos carneiros do grupo

genético pantaneiro (Tabela 5), nota-se que esses têm as médias de altura

corporal, comprimento da garupa, perímetro torácico e Escore de Condição

Corporal (67,1, 19,1, 82,7 cm, e 2,10), menores que os das raças Suffolk com

74,0, 21,71, 90,65 cm e 2,63, e Texel, com 70,74, 21,56, 89,62 cm e 3,83,

respectivamente.

No entanto, as medidas de altura da garupa e de comprimento

corporal (69,5 e 69,6), são maiores nos carneiros pantaneiros, que nos animais

Page 47: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

38

da raça Texel (61,98 e 68,78), e menores que nos animais da raça Suffolk,

com 70,35 e 79,23 respectivamente.

TABELA 5 Comparação entre os valores médios apresentados para características com correlações altas para produção, entre carneiros pantaneiros, Sufolk, e Texel

CARAC. AVALIADAS Pantaneiro Suf folk Texel Escore de Condição Corporal 2,10 2,63 3,83

Peso corporal (kg) 46,3 80,01 90,34

Altura corporal (cm) 67,1 74,00 70,74

Altura da garupa (cm) 69,5 70,35 61,98

Altura do tórax (cm) 37,8 - -

Comprimento corporal (cm) 69,6 79,23 68,78

Comprimento da garupa (cm) 19,1 21,71 21,56

Perímetro torácico (cm) 82,7 90,65 89,62

Compacidade Corporal (kg/cm) 0,66 1,00 1,31 Suffolk e Texel - Albuquerque (2008).

As relativas semelhanças entre as medidas corporais dos

carneiros pantaneiros e os aparentados sugerem que os ovinos estudados no

presente trabalho, mesmo sem terem passado por programas de seleção

genética, possuem características corporais adequadas para a exploração

econômica da ovinocultura, e devem ser conservados.

Page 48: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

39

3.4 CONCLUSÕES

Os padrões morfométricos dos carneiros do grupo genético

pantaneiro, criados no CTO, estão correlacionados com o peso corporal e,

desta maneira, são úteis para os produtores rurais que exploram

economicamente estes rebanhos ovinos.

Os ovinos do grupo genético pantaneiro devem ser conservados

e utilizados na cadeia produtiva da ovinocultura, devido às características

morfométricas apresentadas pelos carneiros.

Page 49: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBUQUERQUE, H. A.; Caracterização Morfológica de Ovinos no Brasil, Uruguai e Colômbia. Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, UNB Brasília/DF Dissertação de Mestrado, 76 p. 2008.

AGRICULTURAL RESEARCH COUNCIL (ARC); The nutrient requirements of ruminants livestock. Technical Review by an Agricultural Research Council Working Party. London, 351 p. 1980.

ARRAYET, J. L.; OBERBAUER, A. M.; FAMULA, T. R.; GARNETT, I.; OLTJEN, J. W.; IMHOOF, J.; KEHRLI, Jr. M. E.; GRAHAM, T. W.; Growth of Holstein calves from birth to 90 days: The influence of dietary zinc and BLAD status. American Society of Animal Science. J, Amim. Sci. V. 80. p. 545-552, 2002.

BARRERA, G. P.; MARTINEZ, R. A.; ORTEGÓN, Y.; ORTIZ, A.; MORENO, F.; VELÁZQUEZ, H.; PÉREZ, J. E.; ABUABARA, Y.; Cerdos criollos colombianos, caracterización racial productiva y ge nética. (SL): Corporación Colombiana de Investigación Agropecuária, 2007. p. 37 (research division report, 37).

CADEIA PRODUTIVA 2010 Giro de notícias Disponível em: <http://www.farmpoint.com.br/cadeia-produtiva/giro-de-noticias/embrapa-estuda-conservacao-dos-ovinos-pantaneiros-59117n.aspx.> Acesso em: 03 jul. 2011.

COIMBRA FILHO, A.: Técnicas de criação de ovinos . Gauba: Agropecuária, p. 34. 1992.

COSTA, G. S. J.; CAMPELO, J. E. G.; AZEVÊDO, D. M. M. R.; MARTINS, R. F.; CAVALCANTE, R. R.; LOPES, J. B.; OLIVEIRA, M. E. Caracterização morfométrica de ovinos da raça Santa Inês criados nas microrregiões de Teresina e Campo Maior, Piauí. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 35, n. 6, p. 2260-2267, 2006.

ENCICLOPÉDIA Britânica História dos ovinos - 2010. Disponível em <http://correiogourmand.com.br/info_glossario_produtos_alimentos_carnes_mamiferos_cordeiro_historia.htm> Acesso em: 27 jul. 2011.

ESTEVES, R. M. G.; OSÓRIO, J. C. S.; OSÓRIO, M. T. M.; MENDONCA, G.; OLIVEIRA, M. M.; WIEGRAND, M.; VILANOVA, M. S.; CORREA, F.; JARDIM, R. D.; Avaliação in vivo e da carcaça e fatores determinantes para o entendimento da cadeia da carne ovina. Revista Brasileira de Agrociências , Pelotas, v. 16, n. 1-4, p. 101-108, jan-dez, 2010.

FERNANDES JÚNIOR, G. A.; Desempenho produtivo e qualidade da carne de ovinos terminados em pastagem irrigada no semi-á rido nordestino.

Page 50: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

41

Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Zootecnia, Fortaleza, 2010.

FIGUEIREDO, E. A. P.; SHELTON, M.; BARBIERI, M. E.; Available genetic resources: The origin and classification of the World’s sheep. In: SHELTON, M.; FIGUEIREDO, E. A. P. (Ed). Hair sheep production in tropical and sub-tropical regions. With reference to Northeast Brazi l and the countries of the Caribbean, Central America, and South America. Davis: University of California, Printing Department, Berkeley, chap. 2, p, 7-23, 1990.

GOMES, W. S.; ARAÚJO, A. R.; CAETANO, A. R.; MARTINS, C. F.; VARGAS Jr, F M.; McMANUS, C.; PAIVA, S. R. Origem e diversidade genética da ovelha crioula do pantanal, Brasil. In: SINPOSIO DE RECURSOS GENÉTICOS PARA AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE. Chapingo, México, Anais... ( CD-ROM), 2007.

GONÇALVES, L. C.; Digestibilidade, composição corporal, exigências nutricionais e características das carcaças de zebu ínos, taurinos e bubalinos. Tese (Doutorado em Zootecnia), Viçosa, UFV, 238 p. 1988.

GUIMARÃES FILHO, C.; SOARES, J. G. G.; ARAÚJO, G. G.; Sistemas de produção de carnes caprinas e ovinas no semi-árido nordestino. In: I SINCORTE, João Pessoa 2000. Anais... João Pessoa, p. 20-25. 2000.

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Pesquisa da Pecuária Municipal. PPM 2010.; Disponível em <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pecua/default.asp?t=2&z=t&o=24&u1=1&u3=1&u4=1&u5=1&u6=1&u7=1&u2=1> Acesso em: 16 novembro 2011.

INSTITUTO Mamirauá, Downloads Disponível em <http://www.mamiraua.org.br/downloads/> Acesso em 17 dezembro 2011.

JULIANO, R. S.; PEREIRA, M. S.; SANTOS, S. A.; LIMA, M. F. N. T.; PELLEGRIN, A. O.; SILVA, R. A. M. S.; Considerações sobre o sistema produtivo de ovinos no município de Corumbá. Corumbá, EMBRAPA Pantanal, n. 48, 3 p, 2011.

MCMANUS, C. M.; PAIVA, S. R.; EGITO, A. A.; MARIANTE, A. S.; LOUVANDINI, H.; Importância dos levantamentos populacionais e da caracterização genética das populações na conservação animal. In: Colégio Brasileiro de Reprodução Animal, 2005, Goiânia. Anais , 2005.

MISERANI, M. G.; MCMANUS, C.; SANTOS, S. A.; SILVA, J. A.; MARIANTE, A. S.; ABREU, U. G. P.; MAZZA, M. C.; SERENO, J. R. B. Heritability estimates for biometric measures of the pantaneiro horse. Archivos de Zootecnia, v. 51, p. 107-112, 2002.

NOGUEIRA FILHO, A.; O agronegócio da caprino-ovinocultura: cenários, desafios oportunidades. IX SEMINÁRIO NORDESTINO DE PECUÁRIA, 2005, Fortaleza, CE. Anais do Seminário . Fortaleza: FAEC, v. 1 p. 117.

Page 51: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

42

NUNES, S. A.: O setor produtivo de caprinos e ovinos. 2008. Disponível em <http://agricultura.gov.br> Acesso em: 02 maio 2011.

OLIVEIRA. E. M. B.; MCMANUS, C. M.; LUCCI, C. M.; FERNANDES, M. C. B.; PRESCOTT, E.; MARIANTE, A. S.; EGITO, A. A.; Características corporais associadas com adaptações ao calor em bovinos naturalizados Brasileiros. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 41, n. 09, p. 1443-1448, 2006.

ONG ECOA Pantanal.; Disponível em <http://www.riosvivos.org.br/Canal/Pantanal/260> Acesso em 05 set. 2011.

OSÓRIO, J. C. S.; OSÓRIO, M. T. M.; JARDIM, P. O. C. Métodos para avaliação de carne ovina in vivo na carcaça e na carne. Pelotas: Ed. UFPEL, 107 p. 1998.

OSÓRIO, J. C. S.; OSÓRIO, M. T. M.; Zootecnia de ovinos: raças, morfologia, avaliação de carcaças, comportamento em pastejo – Programa Cordeiro Herval Premium. Pelotas: Editora UFPEL, 243 p. 2005.

PAIVA, S. R.; Origem e diversidade genética da ovelha crioula do Pantanal, 14 p, 2007.

PAIVA, S. R.; SILVÉRIO, V. C.; EGITO, A. A.; MCMANAUS, C.; DE FARIA, D. A.; MARIANTE, A. S.; CASTRO, S. R.; ALBUQUERQUE, M. S. M.; DERGAM, J. A. Genetic variability of the Brazilian hair sheep breeds. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 40, n. 9, p. 887-893, 2005.

PINHEIRO, R. S. B.; SOBRINHO, A. G. S.; MARQUES, C. A. T.; YAMAMOTO, S. M.; Biometria in vivo e da carcaça de cordeiros confinados, Archivos de Zootecnia, n. 56 (216), p. 955-958, 2007.

PINTO, G. S.; Avaliação quantitativa da carcaça de cordeiros filh os de ovelhas pantaneiras acasaladas com carneiros Pantan eiros, Santa Inês e Texel. Universidade Anhanguera-Uniderp. Dissertação de Mestrado. Campo Grande MS, 2009.

QUADRO, J. L. G.; OSÓRIO, J. C. da S.; OÓRIO, M. T. M.; MENDONCA, G.; GONCALVES, M.; ROTA, E. de L.; ESTEVES, R.; Relação entre medidas in vivo e na carcaça em cordeiros Corriedale. Revista da FCVA . Uruguaiana, v. 14, n. 2, p. 217-230, 2007.

RUSSEL, A. J. F.; DONEY, J. M.; GUNN, R. G.; Subjective assessment of body fat in live sheep. Journal Agricultural Science, v. 72, n. 3, p. 451-454, 1969.

SAINZ, R. D.; Avaliação de carcaças e cortes comerciais de carne caprina e ovina. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE CAPRINOS E OVINOS DE CORTE, 1., 2000, João Pessoa PB. Anais... João Pessoa: [s.n.], 2000. p. 237-250.

Page 52: MORFOMETRIA DE CARNEIROS DO GRUPO GENÉTICO …

43

SANTANA, A. F. de; Correlação entre circunferência escrotal e características de crescimento em ovinos deslanados no Estado do Ceará. Fortaleza, 85 p. Dissertação de Mestrado – Universidade Estadual do Ceará, 1996.

SANTANA, A. F. de; Correlação entre peso e medidas corporais em ovinos jovens da raça Santa Inês. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal . v. 1, p. 27-30, 2001.

SANTANA, A. F. de; COSTA, G. B.; FONSECA, L. S.; Correlações entre peso e medidas corporais em ovinos jovens da raça Santa Inês. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal. v. 1. p. 74-77, 2001.

SANTIAGO FILHO, A.; Avaliação do desempenho sexual de carneiros do grupo genético nativo pantaneiro sul-mato-grossense , com base na demonstração da libido, Universidade Anhanguera-Uniderp. Dissertação de mestrado. Campo Grande MS, 2010.

SILVA SOBRINHO, A. G.; Nutrição de ovinos. Jaboticabal: FUNEP, 1996. 258 p.

SILVA, M. C.; MCMANAUS, C.; SERENO, J. R.; CASTRO, S.; FIORAVANTI, M. C.; LOPES, F. B.; VAZ, C.; SEIXAS, L.; Crioula Lanada. 2010. INCT: Informação Genético-Sanitária da Pecuária Brasileira. In: Série Técnica: Genética. Publicado `on line` em <www.animal.unb.br> Acesso em 22 set 2010.

SMITH, N. E.; BALDWIN, R. L.; Effects of bread, pregnancy and lactation on weight of organs and tissues in dairy cattle. Journal Dairy Science , v. 57, p. 1055, 1973.

UCHA, D.; Cadeia produtiva, 2010, Disponível em <http://www.farmpoint.com.br/cadeia-produtiva/entrevistas/danilo-ucha-a-confraria-do-cordeiro-nunca-deixou-de-se-reunir-um-mes-sequer-66276n.aspx> Acesso em: 27 jul. 2011.

VALDEZ, C. A., FAGAN, D, V, VICERA, I. B.; The correlation of body weight to external body measurements in goats. Philippine Journal of Animal Industry. v. 37, n. 4, p. 62-89, 1982.

VICINI, L.; Análise multivariada da teoria a prática . Monografia de Especialização. CCNE, UFSM. 2005. 215 p.

VILELLA, L. C.; LÔBO, R. N. B.; SILVA, F. L. R.; O material genético disponível no Brasil. In: CAMPOS, A. C. N. (Coord.). Do campus para o campo: tecnologias para produção de ovinos e caprin os. Fortaleza: Gráfica Nacional, Cap. 19, p. 215-225, 2005.