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    LLEEIITTUURRAAEEEESSCCRRIITTAADDOOTTIIBBEETTAANNOOCCLLSSSSIICCOO

    AEEllaabboorraaoo::KKaarrmmaaCChh''zzaannggYYeesshhee

    (k k0!8-0Wv+-/,-0+{-W-13~-&}=-Qm$-k kCCeennttrrooBBuuddiissttaaTTiibbeettaannooKKaaggyyPPeennddeeGGyyaammttssoo

    BBrraasslliiaa,,22001122

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    Sumrio

    Introduo ......................................................................................................................... 1

    Lio 1 - O Alfabeto e as Vogais ..................................................................................... 3

    Lio 2 - Os sufixos primrios e secundrios .............................................................. 11

    Lio 3 - Os sobrescritos ................................................................................................ 15

    Lio 4 - Os subscritos ................................................................................................... 18

    Lio 5 - Os prefixos ...................................................................................................... 22

    Lio 6 - Observaes diversas ..................................................................................... 25Lio 7 - Prtica: alguns textos bsicos ....................................................................... 28

    APNDICE I - Alfabeto: ordem dos traos .................................................................... 30

    APNDICE II - Estilos de caligrafia ................................................................................ 31

    Bibliografia ..................................................................................................................... 36

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    I ntroduo

    Para ilustrar alguns princpios, consideremos o seguinte trecho em tibetano, retiradodo Puja de Tchenrezig:

    (k k=$=-W=-&}=-+$-3~#=-m=-.8m-0=}+-,1=-

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    Vejamos, ento, na figura 1 abaixo, os diversos elementos que podem estarpresentes numa slaba tibetana. "Podem" porque nenhum deles obrigatrio, a no ser aletra-raiz. Todos os outros elementos simplesmente se juntam letra-raiz, modificando ouno a pronncia da slaba (muitas letras nessas posies so, de fato, mudas), de acordocom regras bem definidas, que sero tema das lies subseqentes.

    prefixo

    sobrescrito

    letra-raiz

    subscrito

    vogal

    sufixo (primrio)

    sufixo (secundrio)

    fig.1

    A slaba tibetanaEm uma nota final, e a ttulo de curiosidade, existem em tibetano diversos estilos de

    caligrafia. Utilizaremos neste mtodo o estilo chamado utchen, mais comum em textosimpressos de livros ou sadhanas. H alguns exemplos dos estilos mais representativos noAPNDICEII.

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    L io 1 - O Alfabeto e as Vogais

    1) Introduo

    Toda e qualquer slaba, simples ou complexa, construda em volta do que sechama de letra-raiz. A ela podem-se juntar vogais, prefixos, sufixos, sobrescritos,subscritos, etc., que modificam (ou no) seu sentido e pronncia, de acordo com regrasespecficas, que sero analisadas nos prximos captulos. No entanto, a menor slaba

    possvel constituda de apenas uma simples letra, dentre as trinta letras do alfabeto.Todas as 30 letras do alfabeto tibetano so, em princpio, consoantes. A elas

    podem-se juntar sinais extras que carregam em si um valor voclico. A primeira regra quese deve aprender a seguinte:

    Quando no h um sinal voclico ligado letra, um som " a"fica subentendido.

    Isso quer dizer, por exemplo, se h o sinal da vogal iligado letra que representa aconsoante nasal m, temos a slaba mi. Se no h nenhum sinal voclico junto letra m,devemos l-la simplesmente ma. Assim:

    1 m +m

    i =1m-

    mi1

    m + =1-

    ma

    por essa razo que, ao recitarmos o alfabeto, sempre lemos a vogal ainerentesletras, assim: ka, k'a, ga, nga, tcha, tch'a, dja, etc. Note que a slaba s consideradacompleta quando terminada por um ts'eg.

    Antes de vermos o alfabeto propriamente dito, devemos nos familiarizar com algunstermos tcnicos de lingstica e fontica que sero usados nas sees subseqentes. Paradiscusses mais detalhadas sobre esses conceitos, consultem manuais de lingstica(algumas sugestes podem ser dadas aos que se interessarem).

    2) Pequeno glossrio de termos tcnicos usados a seguir(v. figura 2)

    a) VOGAL vs. CONSOANTE: Uma vogal um som em uma lngua falada que caracterizado por uma configurao aberta e desimpedida do trato vocal.

    Pronuncie algumas vogais como /a/, /e/ ou /i/ e note que o fluxo de ar,"energizado" pela vibrao das cordas vocais, passa livremente pela glote,garganta, boca e lbios, sem encontrar nenhum obstculo maior (lbios fechados,lngua nos dentes, etc.). As diferenas entre as vrias vogais so um fator do

    posicionamento das diversas partes mveis do trato vocal (lbios, mandbula,lngua, vula...) que, apesar de no constringir significativamente o fluxo de ar,do-lhe forma.

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    J uma consoante um som que produzido por uma constrio, parcial ou total,do trato vocal e um ou mais pontos. O som consonantal /p/ depende de um corteno fluxo de ar atravs do fechamento dos dois lbios (da a classificaobilabial), por exemplo.

    b) PONTO DE ARTICULAO: classificam-se as consoantes, a princpio, de acordocom seuponto de articulao, ou seja, em que parte do trato vocal se encontra aconstrio principal. No exemplo acima, vimos que o /p/ pronunciado com umaconstrio nos lbios, do que se depreende que ele possui um ponto dearticulaobilabial. Alguns pontos de articulao importantes no tibetano:- gutural (ou velar): constrio principal na garganta, pelo contato do vu

    palatino (final do cu da boca e vula (campainha)) com a parte posterior dalngua.- palatal: constrio principal nopalato(cu da boca), pelo contato do dorso dalngua com o palato duro.

    - dental(ou alveolar): constrio principal nos dentesou alvolos(poro durado cu da boca logo atrs dos dentes), pelo contato da ponta da lngua com osalvolos no maxilar superior.- bilabial: constrio principal obtida pelo contato dos dois lbios.

    c) MODO DE ARTICULAO: se refere a que tipo de constrio o fluxo de ar submetido, no ponto de articulao em questo. H dois tipos principais e acombinao entre os dois:- oclusivo: quando a passagem do ar interrompida totalmente por um instante(e depois liberada, com uma pequena exploso- da o outro nome: plosivo).

    - constritivo: quando a passagem do ar estreitada mas no interrompida.Subdivide-se em trs principais:

    fricativas: passagem do ar por uma fenda estreita no meio da via bucal, comum som que lembra umafrico. Ex.: /s/, /f/.vibrantes: caracterizam-se pelo movimento vibratrio rpido da lngua oudo vu palatino. Ex.: /r/ do espanhol, emperro.laterais: passagem do ar pelos dois lados da via bucal, pois o meioencontra-se obstrudo por algo. Ex.: /l/.

    - africado: combinao de um som oclusivocom um som fricativo, de mesmo

    ponto de articulao, pronunciados de forma una e inseparvel. Por exemplo, osom dj, formado pelo som oclusivo alveolar /d/ seguido prontamente de umafricativa alveolar /j/.

    d) CONSOANTES SURDASvs.SONORAS: esses termos descrevem o papel das pregasvocais (ou cordas vocais) na produo do som. Consoantes surdas (ou no-vozeadas) so produzidas com um fluxo de ar que vem direto dos pulmesatravs das pregas vocais na posio aberta que, por isso, no vibram. J

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    consoantes sonoras (ou vozeadas) so produzidas com o ar "energizado" com avibrao das pregas vocais, que vibram porque restringem o som em sua posiofechada (produzindo um zumbido pelo mesmo princpio de um balo de ar cheiodo qual escapa ar por uma fenda estreita em sua boca).As consoantes se arranjam em pares de surda e sonora. Por exemplo, h duas

    consoantes oclusivas bilabiais: /p/ e /b/. No h diferena alguma entre elas noque se refere ao ponto ou ao modo de articulao, apenas em relao aovozeamento: /p/ surda e /b/ sonora. Da mesma formas temos outros paressemelhantes: /t/ e /d/; /k/ e /g/; /s/ e /z/; /f/ e /v/; /tch/ e /dj/; e assim por diante.

    e) CONSOANTES ASPIRADAS vs. NO-ASPIRADAS: essa distino no existe emportugus, mas muito importante em tibetano (e, at certo ponto, em ingls).Essa distino aparece em especial no caso de consoantesplosivas(ou oclusivas)como /p/, /t/ ou /k/. Lembre-se, elas so tambm chamadas de plosivasporqueso produzidas com uma interrupo completa do fluxo de ar, o que gera uma

    certa presso e leva a uma pequena explosode ar.No caso da verso no-aspiradadessas consoantes, essa exploso moderada,como ocorre no portugus.J para as aspiradas(ausentes no portugus), essa exploso acompanhada porum fluxo forte de ar, como se as consoantes fossem seguidas do som de um /h/(h como em hotno ingls), assim: /ph/, /th/ e /kh/. Esse fenmeno ocorre muitoamide na lngua inglesa, no caso de surdas em comeo de palavra: pet /phet/,coat/khowt/. Aqui usaremos o apstrofo (ex. p'a) para indicar aspirao.

    1 - traquia

    2 - laringe

    3 - pregas vocais (glote)4 - faringe

    5 - cavidade bucal

    6 - cavidade nasal

    7 - vu palatino8 - dentes

    9 - lngua

    10 - lbios

    11 - palato duro12 - alvolos

    fig.2 Esquema do aparelho fonador

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    f) ORAL vs. NASAL: a distino bem simples: para a produo de vogais econsoantes orais, o vu palatino sobe e obstrui a passagem de ar para a cavidadenasal, o que resulta em um som emitido completamente atravs da boca. J nocaso de vogais e consoantes nasais, o vu palatino no se mexe, o que faz comque o som saia tanto pela boca quanto pelo nariz. Os sons nasais so mais

    abafados, por causa do poder de absoro da mucosa nasal.

    3) As 30 letras

    As trinta letras do alfabeto tibetano so tradicionalmente arranjadas em sete linhas emeia de quatro letras cada, e h uma razo por trs disso, como veremos. Vejamos

    primeiro a tabela completa, junto com sua transliterao (para a ordem dos traos, v.APNDICEI).

    !- "- #- $-ka k'a ga nga%- &- '- (-tcha tch'a dja nya)- *- +- ,-ta t'a da na

    .- /- 0- 1-pa p'a ba ma2- 3- 4- 5-tsa ts'a dza wa6- 7- 8- 9-

    sha sa a ya

    :- ;- - ?-

    ha a

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    4) Os sinais de vogal

    H cinco vogais primrias no tibetano: a, i, u, e, o. Sua pronncia equivalente desuas contrapartes em portugus. Como a vogal a inerente s consoantes no-marcadas,temos quatro sinais de vogal, que so:

    vogal nome exemploi m guigu #m-]o- 1m- miu v shabkyu 60=-

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    A quarta nasal. A nasal desse ponto de articulao gutural nga. Esse som noexiste em portugus. Pronuncia-se da seguinte forma: como nas palavras inglesas longe

    singer, o /g/ no pronunciado, somente "sugerido". Tomemos a palavra ming (nome)como exemplo: primeiro, pronuncie-a como se o /g/ fosse pronunciado - algo como/mingue/. Ento, pronuncie novamente a palavra, mas pare no exato momento que sua

    garganta se prepara para emitir o /g/ e no o deixe "explodir". Dessa forma voc terpronunciado uma espcie de /n/ gutural ("na garganta"). Esse som no difcil de serpronunciado em final de slaba, mas bom saber que, em tibetano, ele ocorre tambm nocomeo de slaba, como em nga(eu, ego).

    5.2. 2 linha%-&-'-(-

    tcha tch'a dja nya

    Essa linha rene as consoantes africadaspalatais. So, portanto, pronunciadas como dorso da lngua em contato com o cu da boca. Como so africadas, elas so a juno deumaplosiva/t/ ou /d/ com umafricativa, no caso,palatal -/sh/ ou /j/.

    A primeira asurda- tcha(como em portugus).A segunda a aspirada- tch'a. Esta pronunciada como a anterior, mas seguida deuma forte aspirao.

    A terceira asonora- dja.Finalmente, a quarta a nasal- nya, pronunciada exatamente como transliterada,

    ou seja, bem semelhante ao dgrafo nhem portugus.

    5.3. 3 linha)-*-+-,-

    ta t'a da na

    Essa linha dedicada s consoantes dentais (ou alveolares) - a ponta da lnguaencosta na protuberncia do palato duro logo atrs dos dentes.

    A primeira asurda- ta.A segunda a aspirada- t'a.A terceira asonora- da.A terceira a nasal- na.A pronncia das letras dessa linha bem simples, e bem semelhante ao portugus.

    importante ressaltar, no entanto, que tie diso bem pronunciados ( maneira nordestina),e no so pronunciados /tchi/ e /dji/, como ocorre em muitos dialetos brasileiros.

    5.4. 4 linha .-/-0-1- pa p'a ba maEssa a linha das bilabiais. Como o nome bem obviamente ilustra, so

    pronunciadas com o fechamento dos dois lbios.A primeira,surda, pa.A segunda, aspirada, p'a.A terceira,sonora, ba.A quarta, nasal, ma.

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    5.5. 5 linha2-3-4-5-

    tsa ts'a dza wa

    Essa linha rene as consoantes africadas dentais (compare com a segunda linha,cujas letras so bem parecidas). Como africadas, so realizadas com a juno de uma

    plosivadental- /t/ ou /d/ - com umafricativa dental- /s/ ou /z/, de acordo com o caso.Asurda tsa.A aspirada ts'a. Sem nenhum mistrio, basta adicionar uma forte aspirao ao

    primeiro som da linha.Asonora dza.A partir da ltima letra dessa linha, toda a lgica que nos serviu bem at agora

    quebrada. A quarta letra pronunciada wa.

    5.6. 6 linha6-7-8-9-

    sha sa a ya

    Nessa linha e nas seguintes, como dito acima, no h mais "lgica".A primeira letra pronunciada sha. O encontro consonantalsh pronunciado comono ingls (sharp, shot), como o chem portugus.

    A segunda letra pronunciada simplesmente sa. Alguns livros, no entanto, podemtraz-la como sendo pronunciadaza.

    A consoante representada pela terceira letra muda - ela assume o som da vogal queela carrega. Sem vogal nenhuma, ela simplesmente a.2

    A ltima uma semivogal, pronunciada ya. chamada de semivogal pois se parececom uma vogal - no caso, /i/ - mas pronunciada mais rapidamente e com maisconstrio, como uma consoante. Oy o mesmo do ingls, emyesouyard.

    5.7. 7 linha:-;--?-

    ha a

    A penltima letra do alfabeto a aspirao propriamente dita, ha. O haqui nunca mudo, mas pronunciado como o hdo ingls em hospitalou hot.

    2No tibetano coloquial, essa letra, em certas palavras, soa como w, como emola ou wola (embaixo)

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    A ltima letra pronunciada como a penltima letra da sexta linha, observada adiferena de tom referida acima, ou seja, a. Ela tambm muda - com um sinal de vogal iela se l i, por exemplo.

    6) Como soletrar

    No tibetano, muito importante saber soletrar as palavras, uma vez que grande onmero de vocbulos homfonos (de pronncia semelhante), cuja nica diferena est noordenamento das letras (muitas delas mudas, como veremos depois).

    Como aprendemos apenas as letras e as vogais at agora, nos ateremos, por ora, aslabas bem simples. Conforme formos estudando os demais elementos da slaba tibetana,voltaremos ao assunto da soletrao. importante aprender esse ponto muito bem!

    Por enquanto, devemos internalizar a seguinte regra:

    Primeiro, nomeia-se a letra raiz, depois a vogal, e por ltimo a combinao.

    Exemplos:,}-na narono

    0{- ba drengbube

    "m-k'a guiguk' i

    bo-sha shabkyushu

    ,-:}-9m-na;ra naroro;ya guiguyi;na ro yi

    7) Exerccio

    Leia e soletre, em voz alta, as seguintes slabas:

    >m- :{- ;}- &u- ={- 7{- 6m-m- ?m- ${- +{- :}- ;v-%{- 3u- bo- 'm- 4v- ?v- 8{- (m-

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    L io 2 - Os sufixos pr imrios e secundrios

    1) Introduo

    Tendo sempre em mente o esquema da slaba tibetana apresentado pgina 2,passemos ao estudo dos elementos formadores da slaba tibetana. Como dito na lioanterior, a slaba mais simples possvel consiste apenas de uma letra-raiz, adicionada ouno de uma vogal.

    Os sufixos so um elemento que pode ser adicionado, assim, letra-raiz,modificando ou no a pronncia total da slaba. Dividem-se em primriose secundriosno que se refere sua posio contada a partir da letra-raiz: sufixos primrios soadicionados no espao imediatamente direita (depois) da letra-raiz, enquanto sufixossecundrios seguem necessariamente os sufixos primrios.

    Vejamos, ento, as regras que regem o comportamento dos sufixos.

    2) Sufixos Primrios#-$-+-,-0-1-8-:-;-=-

    Dez letras (listadas acima) podem assumir a funo de sufixos. Dividamo-las emgrupos e vejamos como elas influenciam a pronncia da slaba.

    2.1. Sufixos que apenas adicionam seu som consonantal#-$-0-1-8-:-

    Seis das dez letras que podem ser sufixos alteram a pronncia da slaba adicionandoseu valor consonantal a ela ou seja, seu som sem o 'a' inerente. Por exemplo, em umaslaba cuja letra-raiz la, adicionada da vogal e (la drengbu le), se acrescentarmos osufixo ba, leremos o conjunto como leb. Assim:;{

    +0

    =;{0-

    leb

    Soletrar uma slaba com sufixo fcil: soletramos a letra-raiz com sua vogalconforme j explicado, enunciamos o sufixo, e ento a slaba resultante. Exemplos:"}#-

    kha naro kho ga khog3

    1m$- ma guigu mi nga ming:0- ra ba rab

    3O sufixoganem sempre pronunciado claramente. Especialmente no final de palavras (em contraposio a uma posio emmeio de palavra dissilbica, como "og ma"), esse som degtende a desaparecer, deixando apenas uma "parada glotal" (escutadano meio da interjeio inglesa "uh-oh"). Pela uniformidade, manteremos, no entanto, a transliterao comg.

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    ${:- nga drengbu nge ra nger

    .}8- pa naro po a po

    #}$-`o-=}$-6m$- ga naro go nga gong; da shabkyu du; sa naro so nga

    song; sha guigu shi nga shing; gong du song shing

    Como pode ser visto no penltimo exemplo acima, no caso do sufixo a, como seusom consonantal mudo, sua adio slaba na posio de sufixo no altera a pronnciado conjunto.

    2.2. Sufixos que alteram a vogal da slaba;-=-+-,-

    Os quatro sufixos restantes tm a propriedade especial de alterar a pronncia davogal da slaba (a que acompanha a letra-raiz). Duas, alm de promover essa mutao

    voclica, adicionam seu som slaba, e duas apenas influenciam a vogal, sem adicionarseu som. Veremos isso adiante.

    Primeiro, analisemos esse de mutao voclica, chamada tecnicamente de umlaut.Na presena desses sufixos, a vogal da slaba sofre transformaes segundo a tabelaabaixo:

    A EI I (no muda)

    U E E (no muda)

    O

    Essas duas vogais "adicionais"e so chamadas vogais arredondadas, porqueenvolvem o arredondamento dos lbios (vulgo biquinho).

    A vogal pronunciada como o alemo em mssen, ou o ufrancs em lune. Ele a verso arredondada da vogal i para aprender a pronunci-la, seguimos os seguintes

    passos. Primeiro, pronunciamos bem e de forma alongada a vogal i. Depois, mantendo acavidade bucal imvel (sem mexer a lngua, mandbula, etc), arredonda-se gradualmenteos lbios (faz-se um "biquinho"), sem nunca deixar de pronunciar iiiii. Quando os lbios

    estiverem bem projetados e arredondados, o som do iter se transformado em .A vogal pronunciada como o alemo emschn, ou o eufrancs empeu(masno to aberto como em coeur). Ele a verso arredondada da vogal e(fechado). Comofizemos com o , para aprender a pronunciar essa vogal, comeamos pronunciado eeeee.Mantendo a boca na posio do e, apenas provocamos a protruso e arredondamento doslbios, at que obtenhamos .

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    2.2.1. Sufixos que alteram a vogal e adicionam seu som;-,-

    Essas duas letras, la e na, alm de promover a alterao da vogal conformediscutido acima, adicionam seu som consonantal slaba. Vejamos alguns exemplos:1,-

    ma na men.;-

    pa la pel

    9m,- ya guigu yi na yin =m;- sa guigu si la si l0v,-

    ba shabkyu bu na bnco;-

    sha shabkyu shu la shl

    8{,- a drengbu e na en

    3|;- ts'a drengbu ts'e la ts'el

    #},- ga naro go na gn

    :};- ra naro ro la rl

    2.2.2. Sufixos que alteram a vogal, mas no adicionam seu som +-=-Essas letras, dae sa, apenas ocasionam o umlautvoclico, sem adicionar seu som

    consonantal. Exemplos deixaro esse processo mais claro:2+- tsa da tse

    ;=- la sa le

    =m+- sa guigu si da si

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    :m#=- ra guigu ri ga sa r ig

    ={1=- sa drengbu se ma sa sem

    ;}$=- la naro lo nga sa long

    /m0=- p'a guigu p'i ba sa p'ib

    4) Exerccio

    Leia e soletre as slabas e palavras a seguir:

    %m#- &}$- :{1- +1- ,m0- =v1- 9{#-

    coo$- 3u0- (m$- 4n0- $$- *v0- '}:-/v1- $m1- +{$- #{#- 2t$- ,{1- *8-={8- .+- )m+- %t+- :{+- 0}+- ;=-:m=- ({=- &}=- ),- 2n,- *v,- 6{,-8}+- =;- !m;- 9{;- 3~,- ;},- =v;-

    1m;- `o,- =,- $+- +$- 4|;- ao;-0{=- 5=- %+- 7+- :m:-

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    L io 3 - Os sobrescr itos

    1) Introduo

    Os sobrescritos so muito freqentes em tibetano, mas so extremamente simples:sua presena no muda a pronncia da slaba de maneira alguma 4. H trs letras quepodem assumir essa posio: ra, lae sa. Devido sua posio, as letras sobrescritas sochamadas respectivamente ra-go, la-goesa-gogosignifica "cabea". Vejamos cada umdos sobrescritos:

    2) Ra sobrescrito (ra-go):-1#}-

    A letra ra, de uma forma truncada (exceto sobre uma letra), pode aparecer comosobrescrito de doze letras das trinta no alfabeto tibetano. Conforme explicado acima, osobrescrito no influencia a pronncia do resto da slaba. Vejamos::

    +!

    =F-

    :

    +#

    =G-

    :

    +$

    =H-

    : +'

    =I-

    :

    +(

    =J-

    :

    +)

    =K-

    : ++

    =L-

    :

    +,

    =M-

    :

    +0

    =N-

    : +1

    =O-

    :

    +2

    =P-

    :

    +4

    =Q-

    Para soletrar esse e outros sobrescritos, h duas formas. A primeira consiste em:a)

    nomear o sobrescrito;

    b)

    nomear a letra-raiz;

    c)

    juntar a conjunodang("e");d) recitar o conjunto completo.

    Ex.:G-

    ra ga dang gaH}-

    ra nga dang nganaro ngo

    O segundo mtodo, mais comum (e o que utilizaremos aqui), semelhante ao usadocom os subscritos (lio 4):

    a) nomear o sobrescrito;

    b)

    nomear a letra-raiz;c)juntar a palavra tag5("pendurado, ligado");d) recitar o conjunto completo.

    Ex.:J{+-

    ra nya tag nyadrengbu nyeda nyeP-

    ra tsa tag tsa

    4Para sermos mais precisos, os sobrescritos fazem com que as consoantes que chamamos de sonoras aqui (ga, dza, da, etc)se tornem realmente sonoras e percam qualquer aspirao que possam ter. O mesmo ocorre com os prefixos (lio 5).5lembre-se que o sufixogde tag quase mudo. V. nota pgina 11.

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    3) La sobrescrito (la-go);-1#}-

    A letra lapode se ligar como sobrescrito a dez letras. Ao contrrio do que acontececom o ra-go, o lanessa posio no sofre nenhuma mudana de forma.;

    +!

    =R-

    ;

    +#

    =S-

    ;

    +$

    =T-

    ; +% = U- ; + ' = V- ; + ) = W-;

    ++

    =X-

    ;

    +.

    =Y-

    ;

    +0

    =Z-

    Na ltima combinao, temos a nica exceo dos sobrescritos. A combinao dela-go e a letra-raiz ha no pronunciada ha, mas hla (com o som aspirado do h

    pronunciado ao mesmo tempodo l): ; +>

    =[-

    Exemplos de como soletrar:V$-]o- la ja tag djanga djang; ga shabkyu gu; djang guX}#-&}=-

    la da tag danaro doga dog; tch'a naro tch'osa tch'; dog tch'

    Jm$-1-

    ra nya tag nyaguigu nyinga nying; ma; nying ma

    4) Sa sobrescrito (sa-go)=-1#}-

    Onze letras podem se ligar aosasobrescrito. Aqui no h nenhuma exceo:= +!

    =!-

    =

    +#

    ="-

    =

    +$

    =#-

    = +(

    =$-

    =

    +)

    =%-

    =

    ++

    =&-

    = +,

    ='-

    =

    +.

    =(-

    =

    +0

    =)-

    = +1

    =*-

    =

    +2

    =+-

    Exemplos:+};-/}+- sa tsa tag tsanaro tsola tsl; p'a naro p'oda p'; tsl p'

    $m$-.}- sa nya tag nyaguigu nyinga nying; pa naro po; nying po

    #-I{=- sa nga tag nga; ra dja tag djadrengbu djesa dje; nga dje

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    5) Observao

    Cuidado para no confundir!T-nga vs.

    X-da

    H-nga vs. L-da#-nga vs.

    &-da

    6) Exerccio

    Leia e soletre as slabas e palavras a seguir:

    Q}#=- G,- F$- F}+- K}#=- L};-Ly;- M;- P{#- R}#- [#=- Xm$=-Uz+- [}+- Xr1- Y#=- W:- "}1-X,- Q=- &m#- $m$- #- X-1-G,- (}$-#m- U#=-!q;- P-(},- Q-H-

    *+-!q-21-

    Im0-;=- &m#-Ws$- R#-R}#=- O$-L}- L}-I{- "-*t#-H-&{,- #-#}$-,=- T-&{- V#=-P}#- F{+-:#=-Rr#-Xm0-

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    L io 4 - Os subscr itos

    1) Introduo

    Os subscritos, como seu nome sugere, so letras que se ligam letra-raiz por suabase. Seu estudo muito importante, principalmente porque sua presena altera muitasvezes profundamente a pronncia da slaba.

    Trs letras podem assumir essa posio: ya, ra e la. Quando nessa posio, soconhecidas comoya-tag, ra-tage la-tag; esse tag o mesmo a que nos referimos na lioanterior: ele significa algo como "pendurado, ligado". Conforme visto na introduo, hcasos em que h tanto subscritos quanto sobrescritos numa mesma slaba.

    2) Ya subscrito (ya-tag)

    A letrayapode aparecer subscrita a sete letras, e modifica o som de todas elas. Elaassume uma forma truncada especial nessa posio, representada no ttulo dessa seo.

    Ns estudaremos ao mesmo tempo os sons resultantes dessa combinao especial ea forma de soletr-los. Como notaro, usa-se a mesma regra de soletrao dos sobrescritos:l-se a letra que est acima (no caso, a letra-raiz), depois a letra de baixo (o subscrito),

    junta-se a slaba tage recita-se o som final. Vejamos, ento:!

    +9

    =

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    >{:-1}- ga ya tag gyadrengbu gyera gyer; ma naro mo; gyer mo

    =$=-W=- sa nga sa sang; ra ga tag gaya tag gyasa gye; sang gye

    ?m-;}#=- pa ya tag tchaguigu tchi; la naro loga sa log; tchi log

    @-:- p'a ya tag tch'a; ra; tch'a ra^$=-

    sa ba tag baya tag djanga sa djang

    Bp:-`o- ma ya tag nyashabkyu nyura nyur; da shabkyu du; nyur du

    3) Ra subscrito (ra-tag)

    A letra ra pode aparecer subscrita a quatorze letras, mudando radicalmente suapronncia.Rasob a forma de ra-tagfica truncada, conforme ilustrado junto ao ttulo daseo. Sempre se liga direita da letra-raiz.

    Note como, no caso das trs primeiras letras nas linhas um (guturais), trs (dentais)e quatro (bilabiais), todas se comportam de maneira anloga: o que importa a colunaemque se encontram. Se so surdas, continuam surdas como tra; se so aspiradas, continuamassim como t'ra; e se so sonoras, permanecem sonoras como dra.

    O r que se transcreve aqui em tra, t'rae drana realidade mais se parece com o rretroflexo ("lngua virada para trs") do ingls. Para sermos mais exatos, ele quase no

    pronunciado, mas transfere seu carter retroflexo ao som anterior (t, t' oud).Vejamos como o ra-tagfunciona:

    ! +:

    =C-

    =.

    +:

    =I-

    =)

    +:

    =F-

    = TRA

    " +:

    =D-

    =/

    +:

    =J-

    =*

    +:

    =G-

    = T'RA

    # +:

    =E-

    =0

    +:

    =K-

    =+

    +:

    =H-

    = DRA

    1 +:

    =L- = MA(ou NA)

    , +:

    =*-

    = NA

    < +:

    =M-

    = SHA=

    +:

    =N-

    = SA

    > +:

    =O-

    = HRA (ou HA)

    Alguns exemplos com ra-tag:J-+}#- p'a ra tag t 'ra; da naro doga dog; t' ra dog

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    E{$=- ga ra tag dradrengbu drenga sa dreng

    N}#=- sa ra tag sanaro soga sa sog

    c=-.- sa pa tag para tag tr asa tr e; pa; tre pa

    D1-7};- k'a ra tag t ' rama t'ram; sa naro sola sl; t' ram slOm;-0v-

    ha ra tag hr aguigu hrila hril; ba shabkyu bu; hril bu

    @#-Hs#-.- p'a ya tag tch'aga tch'ag; da ra tag drashabkyu druga drug; pa;

    tch'ag drug pa

    4) La subscrito (la-tag)

    ;-A letra la, por ltimo, pode atuar como subscrito de seis letras. Em todos os casos,

    exceto um, a combinao resultante ser lida simplesmente la.A nica exceo a letrasa(sexta linha do alfabeto)em conjuno com o la-tag,

    ela passa a ser lida no la, mas da. Vejamos a tabela do la-tag:! +;

    =P-

    LA#

    +;

    =Q-

    LA

    0 +;

    =R-

    LA:

    +;

    =T-

    LA

    = + ; = U- LA 7 + ; = S- DAAlguns exemplos com la-tag:R-1-

    ba la tag la; ma; la ma

    Pt-Es0- ka la tag lashabkyu lu; ga ra tag drashabkyu druba drub; lu drub

    U}0-.- sa la tag lanaro loba lob; pa; lob pa

    Tt$-K-

    ra la tag lashabkyu lunga lung; ra ta tag ta; lung ta

    S-8}+- sa la tag da; a naro oda ; da

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    5) Exerccio

    Leia e soletre as slabas e palavras a seguir:

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    L io 5 - Os prefixos

    1) Introduo

    Essa lio se concentra sobre o ltimo dos elementos estruturais da slaba tibetanade acordo com a ordem adotada neste mtodo: os prefixos. Como seu nome sugere, os

    prefixos so letras que podem aparecer na posio que existe antesda letra-raiz (v. fig. 1,p. 02).

    Conforme ser exposto abaixo, cinco letras podem assumir o papel de prefixos.Como regra geral, prefixos no alteram a pronncia da slaba6. H excees, que serodiscutidas no momento apropriado.

    2) Os cinco prefixos

    regra geral #-+-0-1-8-As cinco letras acima so as nicas que podem ocupar a posio de prefixo e, em

    geral, no alteram a pronncia, i.e. so mudas. Para soletrar slabas com prefixos, bastanomear o prefixo seguido da slaba og7, e ento segue-se soletrando o resto da slaba deacordo com as regras j vistas.

    Vejamos, ento, exemplos de palavras com cada um desses cinco prefixos.#,=- ga og na sa ne

    #(m=- ga og nya guigu nyisa nyi

    +B;- da og ma ya tag nyala nyel

    +I$-.}- da og pa ra tag tr anga trang; pa naro po; trang po

    0!8- ba og ka a ka

    0Wv+- ba og ra ga tag gaya tag gyashabkyu gyuda gy

    14~+- ma og dza naro dzoda dz

    13~- ma og ts'a naro ts'o8&m$=-

    a og tch'a guigu tch'inga sa tch'ing

    6Como os sobrescritos, no entanto, reforam o carter sonoro e eliminam qualquer aspirao que as consoantes da terceiracoluna das primeiras linhas (ga, dza, da, etc) possam ter. Esse efeito no existe com os subscritos.78}#-

    - lembre-se que o sufixogde og quase mudo. V. nota pgina 11.

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    3) Exceo: prefixo da+ letra-raiz ba

    H uma exceo regra ditada acima, de que os prefixos no alteram a pronncia daslaba de que fazem parte. Quando uma slaba cuja letra-raiz ba tem a letra da como

    prefixo, pode acontecer um de dois fenmenos:

    a) Se no houver nenhuma vogal (exceto o ainerente) ou subscrito, a combinaoda og ba pronunciada no como ba, mas WA. Exemplos:+0$- da og ba nga WANG

    +0+- da og ba da WE

    b) Se houver uma vogal ou subscrito (ou ambos), tanto o prefixo quanto a letra- raiz se tornam mudos ou seja, s se pronunciar a partir da vogal ou do

    subscrito. Exemplos:+0{,- da og ba drengbu Ena EN

    +0v- da og ba shabkyu U

    +A$=- da og ba ya tag YA nga sa YANG

    +Am0=- da og ba ya tag YA guigu YIba sa YI B

    +K;- da og ba ra tag RA la REL

    +K#- da og ba ra tag RA ga RAG

    4) Prefixos e eufonia

    H mais uma observao importante a ser feita em relao aos prefixos. Essas letras,mudas atualmente, existem por uma razo: quando o alfabeto foi criado (e mesmoatualmente em algumas regies do Tibet como Amdo), muitas dessas letras eram

    pronunciadas. Mesmo agora, em alguns contextos especficos, alguns desses prefixospodem ser pronunciados.

    Existe uma situao em que isso ocorre de forma mais consistente (embora aindaopcional). Embora cada slaba tibetana seja por si s uma unidade independente e plena desentido, so bem comuns palavras de duas ou mais slabas. No interior de uma palavradessas, quando uma slaba termina em vogal (i.e. sem nenhum prefixo), e a seguinte

    comea em prefixos como maou a, esses prefixos passam a ser pronunciados como umanasal, por um fenmeno conhecido como eufonia("melhor sonoridade"):

    W-13~- gya + ts'o = gyamts'o

    +#{-8`o,- gue + dn = guendn

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    bom sempre lembrar que essa transformao no obrigatria alguns falantes ausam enquanto outros preferem usar a forma mais "regular". Tanto faz, ento, falar gyats'oougyamts'o, assim comoguednouguendn.

    Esse fenmeno pode ocorrer, embora menos freqentemente, com outros sufixos (eat mesmo, bem raramente, com sobrescritos). Precisa, para ocorrer, como acima, que uma

    slaba seja aberta (ou seja, termine em vogal) e a slaba seguinte na mesma palavra tenha um prefixo.Por exemplo, na lngua falada, esse fenmeno ocorre consistentemente em algumas

    palavras, como alguns nomes, nmeros, etc.:06m-0%t- shi + tchu = shibtchu (quarenta)

    0%t-0`o,- tchu + dn = tchubdn (dezessete)

    0%t-#=v1- tchu + sum = tchugsum (treze)

    R}-07$- lo + sang = lobsang (prenome)Como mencionado acima, existem algumas palavrasmuito rarasem que mesmo

    um sobrescrito pronunciado. O exemplo mais conhecido a palavra dorje(equivalenteao snscrito vajra, "diamante, raio"), em que essa transformao por eufonia obrigatria(no existe a palavra dodje):L}-I{-

    do + dje = dor dje

    5) ExerccioLeia e soletre as slabas e palavras a seguir:

    0+{- 1={,- #=v$- 8+}+- 0>m+- 8E}#=-#7m#=- #%m#- 1#},- 8Ap$- 8"}:- 13~-0eq;- +.v$- 07v$- 14|+- 1*v,- +$}=-

    +0$- +0v=- +A:- +A{-0- 1"8-8E}- 1-8##=-#=:-1- 0!8-0Wv+- /,-0+{- W-13~- +#{-;v#=- M;-8Ap:-],-:=-#7m#=- a};-1-V$-]o- Bp:-1-+.8-1}-

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    L io 6 - Observaes diversas

    1) O Wasur

    Existe, de fato, mais uma letra que pode aparecer como subscrito a letra wa. Aocontrrio dos outros subscritos, ele noaltera de forma alguma a pronncia. Essa formaalterada da letra chamada de wasur8(algo como "ngulo, canto do wa").

    Ele pode aparecer com dezesseis letras:,- ka

    .- k'a

    /- ga

    0- tcha

    1- nya

    2- ta

    3- da

    4- tsa

    5- ts'a

    6- sha

    7- sa

    8- ra

    L- la 9- sha :- sa ;- haPara soletrar, fcil:3$=-

    da wasur danga sa dang

    Esse wasur bem pouco comum ele costuma aparecer para desfazerambigidades: tanto quando essas surgem em razo de ortografias coincidentes (1), quantonas situaes em que surge a necessidade de marcar a letra raiz para desfazer umadubiedade na pronncia (2):

    3- ts'a = "quente" vs. 5- ts'a = "sal" (1)+#=- dag ou gue??

    3#=- dag (2)

    Por final, esse o nico subscrito que pode aparecer junto de um outro subscrito(ra-tag), como na palavra:U}0-f-

    lob dra "escola"

    2) Ditongos e as contraes gramaticais8m-e8$-Na posio de sufixo, a letra muda apossui a capacidade de carregar um sinal de

    vogal adicional, sem prejuzo para a vogal principal da slaba (ligada letra-raiz). Namaioria dos casos (i.e.com as vogais ue o, e mais raramente e), o som resultante ser umditongo simples, ou seja, a mera combinao dos dois sons voclicos ento presentes naslaba. Alguns exemplos:

    85-7v:-

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    Am8v- djiu

    #8v- gau

    ;{8v- leu

    L}8v- dou

    [0=-=v-1&m8}- kyab su tch'io

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    Nesse tipo de palavras, as slabas finais ba e bo so pronunciadas wa e wo,respectivamente. Vejamos alguns exemplos:K}#=-.-

    tog pa&{,-.}-

    tch'en po

    E$-1}- drang mo

    [#-1- hlag ma

    mas: 8E}-0- dro wa 1*}$-0- t'ong wa$}-0}-

    ngo wo[{-0}-

    kye wo

    Nesses casos, mesmo que se adicione terminaes gramaticais como os sufixossaera (respectivamente, contraes das partculas agentiva e de direo), ou as contraesgramaticais estudadas no item anterior, a pronuncia em wae wopermanecem inalteradas.Exemplos: $}-0}:-

    ngo wor[{-0}=-

    kye w

    8E}-08m- dro we(i) 1*}$-08$- t'ong waang

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    L io 7Prtica: alguns textos bsicos

    Como forma de praticar as regras de escrita e a fluncia na leitura, seguem abaixoalguns textos amplamente conhecidos, sem qualquer transliterao. H vrias formas deutiliz-los. Pode-se, a princpio, procurar soletrar cada slaba de acordo com as regrasdiscutidas neste mdulo, de maneira a praticar e fixar a lgica da ortografia tibetana.

    possvel, tambm, ler os textos de forma corrida, com cuidado e vagarosamente, prestandoateno na pronncia correta. Essa uma tima forma de desfazer aos poucos os vciosadquiridos na pronncia baseada em transliteraes menos que ideais.

    1) Tomada de refgio e gerao da mente do despertar

    2) Prece de oferenda antes das refeies

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    3) Prece de sete versos para Guru Rinpoche

    4) Prece de refgioliturgia de Ngndro da linhagem Shangpa

    6) Dedicao de mrito

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    APNDICE I Alfabeto: ordem dos traos

    Abaixo h um diagrama com a ordem mais comum de como escrever as 30

    consoantes e as quatro vogais no alfabeto tibetano. No site do curso, h disponvel tambmuma srie de vdeos feitos por um calgrafo profissional. H algumas divergnciaspontuais, mas elas no so de grande importncia.

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    APNDICE I I Esti los de caligrafia

    Este mtodo se concentrou no estilo de caligrafia mais comum em textos impressos,

    chamado utchen10

    . H outros estilos, no entanto, que merecem ser mencionados. A maioria usada na escrita cursiva, ou at mesmo em sadhanas impressas com blocos de madeira moda tradicional, mas outros so apenas estilos decorativos, artsticos.

    Primeiro, ser apresentada uma lista das letras, vogais e principais combinaesconsonantais em escrita utchen, seguida de um dos estilos mais comuns de escrita ume11,chamadopetsug. Adicionaremos ao final uma lista dos algarismos tibetanos.

    Por ltimo, demonstraremos esses e outros estilos de caligrafia com a orao derefgio e gerao da mente do despertar.

    1) Escrita utchene ume(estilopetsug)

    As trinta consoantes

    10com cabea 11sem cabea

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    As quatro vogais

    Exemplos de consoantes com sinais voclicos

    Combinaes consonantais

    Yatag(ya subscrito)

    Ratag (ra subscrito)

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    Latag (ra subscrito)

    Rago (ra sobrescrito)

    Lago (ra sobrescrito)

    Sago (ra sobrescrito)

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    Combinaes consonantais + u

    Letras invertidas (snscrito)

    Letras aspiradas (snscrito)

    Nmeros

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 0

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    2) Prece de refgio e bodhicitta

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    Bibliografia

    Les Cahiers de Tibtudes, volume 1 Dominique ThomasManuel de TibtainLama Denis Teundroup"Parlons Tibtain"Gilbert Buso

    Manual of Standard Tibetan Nicolas Tournadre, Sangda Dorje