Modernismo 3
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MODERNISMODA GERAÇÃO DE 45 AO CONCRETISMO
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O ano de 1945 é um marco na história da humanidade, pois marca o fim da Segunda Guerra Mundial e o início da Era Atômica, com as explosões de Hiroshima e Nagasaki. Começava então uma nova divisão de poder no mundo, uma reestruturação geopolítica, com a crença de uma paz duradoura, refletida na criação da Organização das Nações Unidas e a subseqüente publicação da Declaração dos Direitos do Homem.
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O mundo se viu dividido em dois blocos: o capitalista, liderado pelos Estados Unidos da América e o socialista, liderado pela antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Essas duas superpotências protagonizaram a disputa de poder no cenário mundial, em um período que se convencionou chamar de Guerra Fria e que teve como símbolo o Muro de Berlim.
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A permanente tensão vivida na política externa não se reproduziu de imediato no Brasil. O ano de 1945 marca o fim da ditadura Vargas, o início da redemocratização, a convocação de eleições gerais e a subida do General Eurico Gaspar Dutra à presidência.
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A frágil democracia brasileira tem pouca duração e, na mesma direção dos golpes militares que ocorriam por toda a América Latina com a anuência dos Estados Unidos, em 1964 um golpe de estado estabelece o regime ditatorial dos militares no país. Um período de exceções, ilegalidades, perseguições, torturas, censura e exílio.
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POESIA DE 45A AVENTURA DA LINGUAGEM
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A poesia, contudo, opõe-se às inovações formais do modernismo, motivo pelo qual não se pode falar em uma “terceira geração modernista”, já que esses poetas negam a liberdade formal, as ironias, as sátiras e os arroubos descompromissados modernistas. A proposta é uma poesia equilibrada e séria, distanciando-se do que eles chamaram de “primarismo desabonador” de Mário e Oswald de Andrade.
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Há menor posicionamento político e os poetas são sóbrios e racionais em sua atitude poética. A renovação literária é a renovação da própria linguagem, afirmando os valores estéticos. Essa tendência não significou, contudo, uma restauração da estética parnasiana, pois buscam o universalismo temático, o senso de medida do verso, combinando ritmo e sentido e buscando a verdadeira arte poética.
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POESIA DE 45A ARTE CONCRETA
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O concretismo representava um ataque contra os poetas da geração de 1945, acusados de subjetivismo, formalismo e criticados por sua incapacidade de expressar a realidade moderna pós-guerra vivida pelo mundo. A velocidade e a modernidade inspiraram os concretistas a adotar modelos modernistas de vanguarda, especialmente os de estilo oswaldiano, de poesia sintética, veloz, ágil, os “poemas-pílula”.
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integrar som, imagem e o sentido das palavras. Assim, a nova proposta é uma arte poética visual, lúdica e interativa, usando aquilo que de mais ousado pudessem usar. A arte é transdisciplinar e a poesia mistura-se ao design, à arquitetura, às artes plásticas, à música e ao movimento.
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Seu experimentalismo poético era racional e planejado, propondo a abolição do verso tradicional, eliminação de conectivos e relações sintáticas elaboradas, deixando ao verso sua composição crua e concreta de substantivos e verbos.
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Linguagem sintética, dinâmica, ágil, acompanhando a velocidade do desenvolvimento urbano; busca a criação de palavras, exploração morfológica de seus constituintes, como prefixos e sufixos, fragmentação da linguagem, uso ambivalente dos vocábulos, com a exposição de palavras soltas, visualmente integradas ao poema, transformando o todo em um objeto visual, fazendo do poema algo para ser lido, mas sobretudo, visto.
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Prosa de 45
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Literatura intimista, introspectiva, repleta de sondagens do subconsciente das personagens. O próprio regionalismo é reinventado e contado sob nova perspectiva, adquirindo uma nova dimensão, recriando costumes e falas sertanejas, mergulhando rumo ao psicológico do homem do sertão.
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A preocupação com a linguagem, a criação e a precisão das palavras é uma das principais características do período. A escrita aproxima-se da poesia, com grande lirismo, usando recursos típicos, como rimas, preocupação rítmica, uso de aliterações, criação de vocábulos, entre outros.
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As narrativas são interiorizadas, marcadas pelo fluxo de consciência das personagens e sua fusão com o discurso do narrador, em uso contínuo do discurso indireto livre. Outras vezes, encontramos uma narrativa confessional, em primeira pessoa, na qual há praticamente uma relação emotiva com o leitor.
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