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Modelos Teóricos Da Organização
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Modelos Teóricos da Organização
Aluno: Daniel SimasCurso: Bacharelado em AdministraçãoPeríodo: 8ºInstituição: Senai Cetiqt
Introdução:
O processo de produção, embora fosse uma preocupação constante do homem, tornou-se objeto de um tratamento formal com Adam Smith, que em 1776 lançou A riqueza das nações, que constituiu obra clássica da Economia.
Contrapondo-se aos fisiocratas, Adam Smith considerou produtivas todas as classes, e não somente a agrícola.
Curiosidade:
O que são fisiocratas?Os fisiocratas consideram o sistema econômico como um "organismo“. Baseavam-se na economia agrária, identificando na terra a fonte única de riqueza: uma semente é capaz de gerar mil, os recursos nela se reproduzem.
A fisiocracia, surgiu no século XVIII e é considerada a primeira escola de economia científica.
Como a riqueza é criada pelo trabalho, é necessário que haja uma divisão e especialização.
A divisão do trabalho proporciona uma simplificação de operações, enquanto a especialização canaliza as energias para parte determinada do complexo produtivo.
Esses dois conceitos são apresentados como fundamentos de um sistema eficiente de produção.
Charles Babbage analisou a organização do processo de trabalho, em obra publicada em 1832, ressaltando no trabalho dois aspectos: o técnico e o social.
O aspecto técnico refere-se à divisão do trabalho, que, de fato, se o trabalho for dividido em todos os elementos possíveis (operações, fases), uns serão mais simples que outros. Já o aspecto social consiste em não desperdiçar recursos e em empregar melhor o tempo em benefício da sociedade.
A divisão de trabalho teve seu ponto alto com Henry Ford, que associa a produção de massa com o consumo de massa, partindo da ideia de que aumentando o salário e o tempo de lazer, consequentemente, há aumento de consumo e aumento da renda.
No entanto, quem se preocupa com a Administração deve levar em conta alguns pré-requisitos fundamentais, entre eles: o ambiente, a administração em si, as relações de trabalho e os objetivos.
Ambiente:A organização encontra-se numa configuração com a qual interage, que constitui a fonte de insumos e o objeto do consumo dos produtos.
Administração: Compreende em síntese, duas funções: decisão e produção, além de uma política de recursos humanos.
Relações de trabalho:Processam-se formalmente nas dimensões de decisão e de produção, e informalmente nessas mesmas dimensões sem integrar a estrutura da organização, mas nela podendo exercer influência.
Objetivos:Em síntese os objetivos são: oferecer produto aceitável pelo consumo; propiciar vantagens para os proprietários e satisfação das necessidades dos empregados; promover e manter o bom nome e a respeitabilidade da organização; visar sempre a eficiência e eficácia.
TAYLOR
Preocupado com métodos e organização do trabalho, Taylor iniciou o movimento da administração científica no final do século XIX. Seu objetivo era pragmático: organizar os processos de trabalho e de controle sobre ele.
Empregando métodos científicos, ao invés de elaborar uma ciência, Taylor baseava-se em três preceitos:1. Apresentar resultados e não razões;2. Descobrir a melhor maneira de executar um
trabalho;3. Determinar qual deverá ser o trabalho de um dia.
A administração científica de Taylor tinha os seguintes objetivos:
Taylor considera que o objetivo para ambos deve ser a formação e aperfeiçoamento do pessoal da empresa, de acordo com as aptidões naturais do funcionário, visando um ritmo mais rápido de trabalho e com maior eficiência.
Podemos distinguir no taylorismo:a) Princípios fundamentais:1. Seleção científica do trabalhador;2. Instrução e treinamento científico do trabalhador;3. Cooperação íntima e cordial entre a direção e os
trabalhadores.
b) Princípios derivados:1. Para o trabalho ser executado de acordo com leis científicas,
é necessária a divisão de responsabilidade entre direção e trabalhador;
2. Os trabalhadores devem ser submetidos a atividades preparatórias que os habilitem a executar a tarefa de modo mais rápido e melhor;
3. “Um ótimo dia de trabalho” deve ser entendido como todo trabalho que um operário pode fazer sem prejudicar a própria saúde, num ritmo que pode ser mantido pela vida de trabalho.
c) Mecanismos do sistema:4. Estudo do tempo necessário para a tarefa, com materiais e
métodos para realizá-la;5. Chefia funcional e substituição do único contramestre por
oito funcionários, cada um com atribuições especiais;
3. Padronização dos materiais e instrumentos usados na fábrica;
4. Padronização de todos os movimentos do trabalhador para cada tipo de serviço;
5. Necessidade de uma seção ou sala de planejamento;6. Princípio da exceção na administração: Tudo o que ocorrer
na “área de normalidade” não deve ser objeto de preocupação da alta administração.
Administração científicaA administração científica resume-se a cinco pontos:1. A ciência deve substituir o empirismo;2. A cooperação deve substituir o individualismo;3. Cultivar a harmonia e afastar a discórdia;4. Rendimento máximo em vez de produção reduzida;5. Desenvolvimento de cada homem, no sentido de alcançar
maior eficiência e prosperidade.Vantagens enumeradas por Taylor:6. Aumento da produtividade;7. Treinamento em eficiência;8. Eliminação das causas de disputa e desentendimentos, por
meio de íntima cooperação e contato pessoal;9. Determinação de tarefa diária para evitar perda de tempo
propositada;
5. Aumento do salário;6. Baixo custo da produção e ampliação do mercado para os
produtos e consequente crescimento da oferta de postos de trabalho;
7. Aumento da prosperidade e diminuição da pobreza.
Taylor objetiva a organização científica do trabalho da perspectiva dos interesses do capital, visando a padronização dos processos, tornando as tarefas mecânicas, repetitivas. Além disso, na visão de Taylor o salário era o fator de extrema preponderância para a satisfação do colaborador, ignorando seus aspectos de ser humano, tornando-o uma engrenagem de uma máquina, chamada empresa.
WeberO idealtipo elaborado por Max Weber, referente à burocracia, forneceu uma base para as reformulações contemporâneas da análise da organização. A análise de Weber à burocracia se deu na obra Economia e Sociedade, destacando as seguintes características:1. Princípio das atribuições oficiais, onde as atribuições
são estabelecidas e ordenadas por meio de normas e regulamentos. Há uma distribuição das atividades necessárias para atingir os fins da organização e os poderes de mando necessários para o cumprimento desses deveres encontram-se igualmente determinados.
2. Princípio da hierarquia funcional é um sistema racionalmente organizado de mando e subordinação, mediante um controle dos inferiores pelos superiores.
3. Uniformidade na organização das tarefas. A administração baseia-se num conjunto específico de regras para a tomada de decisões. A administração utiliza-se de documentos escritos e de um corpo de funcionários. Os funcionários sob as ordens de um chefe – juntamente com seus arquivos e documentos – constituem uma repartição pública ou um escritório particular.
4. Formação profissional. O recrutamento de funcionários efetiva-se com base no conhecimento técnico e perícia, estabelecendo-se um plano de carreira.
5. Eficiência dos funcionários. A organização exige eficiência dos funcionários, estando determinado também o tempo que eles estão obrigados a permanecer no local de trabalho cumprindo com os deveres.
6. Normas determinadas e completas regem o desempenho das atividades dos funcionários.
Vantagens Desvantagens
•Precisão na definição do cargo e operação•Rapidez nas decisões•Uniformidade de rotinas e procedimentos•Redução de conflitos•Confiabilidade
•Excesso de formalismo e papéis•Resistência às mudanças•Dificuldade no atendimento aos clientes e conflitos com o público
Essas características, não encontradas necessariamente em todas as organizações, fazem da burocracia o mais eficiente método para a realização de importantes tarefas coordenadas.
O idealtipo de Weber é confundido por muitos com tipo ideal. O tipo ideal, vulgarmente considerado, é o que serve de referencial inatingível, estabelecido como o máximo da expectativa sonhada. Por outro lado, o idealtipo é um modelo teórico não encontrado na realidade que constitui recurso metodológico.
“Compreende a síntese de fenômenos individuais concretos, isolados e difusos, compondo um conceito unificado” (Castro, 2000, p. 351)
FayolSegundo Fayol, toda empresa apresenta seis conjuntos de operações ou funções essenciais:
Operações Especificação
Técnicas Produção, transformação e fabricação
Comerciais Compra, venda, permuta
Financeiras Demanda e gerência de capitais
De segurança Proteção de pessoas, de bens e do patrimônio
Contábeis Inventários, balanços, preços, estatística
Administrativas
Previsão, organização, direção, coordenação e controle
“Administrar é prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Prever é perscrutar o futuro e traçar o programa de ação. Organizar é constituir o duplo organismo, material e social, da empresa. Comandar é dirigir o pessoal. Coordenar é ligar, unir e harmonizar todos os atos e todos os reforços. Controlar é velar para que tudo corra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas” (Fayol, 1977)
Princípios da administração, segundo Fayol:1. Divisão do trabalho – visa produzir mais e melhor, com o
mesmo esforço;
2. Autoridade e responsabilidade – consiste no direto de mandar e no poder de se fazer obedecer;
3. Disciplina – consiste na obediência, assiduidade, atividade, presença e nos sinais de respeito, demonstrados de acordo com as normas estabelecidas entre a empresa e seus agentes;
4. Unidade de comando e direção – compreende que um agente somente deve ter ordens de um único chefe para um conjunto de operações com o mesmo objetivo;
5. Subordinação do interesse particular ao interesse geral – O interesse da empresa deve prevalecer sobre os interesses pessoais.
6. Remuneração do pessoal – É o prêmio pelo serviço prestado.
7. Centralização – Pertence à ordem natural, como no organismo animal em que as sensações convergem para o cérebro;
8. Hierarquia – Decorre da unidade de comando e da necessidade de uma transmissão segura;
9. Ordem – Possui dupla dimensão: material e social. Sendo um lugar para cada coisa e cada coisa em um lugar próprio.
10. Equidade – Resulta da combinação da benevolência com a justiça, devendo estar presente em todos os níveis da hierarquia.
11. Estabilidade do pessoal – Está ligada ao tempo necessário para um agente iniciar numa nova função com bom desempenho.
12. Iniciativa – É a possibilidade de conceber e executar, devendo ser estimulada pelo chefe.
13. União do pessoal e a harmonia constituem a fonte de vitalidade da empresa. Os perigos que devem ser evitados são: a divisão do pessoal e o abuso de comunicação escrita.
MAYO – Relações Humanas
Mayo é considerado o fundador do movimento das Relações Humanas.
As experiências de Hawthorne conduziram a um aprimoramento nos métodos de pesquisa de Psicologia e na concepção do problema humano, determinando também uma reavaliação das teorias relativas à motivação social.
A abordagem humanista da teoria organizacional, contrariou vários postulados da abordagem clássica de Fayol e da administração científica de Taylor. A ênfase nas estruturas e nas tarefas foi substituída pela ênfase nas pessoas.
◦ As experiências de Hawthorne tinham por objetivo explorar as ligações entre o moral dos trabalhadores e o resultado final da produção. Estudar a fadiga, os acidentes, a rotatividade de pessoal e o efeito das condições físicas de trabalho sobre a produtividade dos empregados.
◦ Foi motivada por diversos fatores onde foi observada a dificuldade de convivência no ambiente de trabalho. Dentre eles podemos destacar: conflito entre os empregados e empregadores, apatia e tédio.
◦ Conclusão das experiências:1. Nível de produção é resultante de integração social;2. Comportamento social dos empregados;3. Há grupos informais e são relevantes para a empresa;4. A importância do conteúdo do cargo;5. Ênfase nos aspectos emocionais.
Segundo Mayo, uma força de trabalho constitui-se de grupos sociais compostos de pessoas sensíveis à ação social e à identificação dos próprios destinos com os dos companheiros. Além disso, o grupo de trabalho integra o sistema social cujas relações atingem também a fábrica.
PARSONS E LUHMANNORGANIZAÇÃO COMO SISTEMA
A teoria geral do sistemas encontra-se associada a Ludwig Von Bertonffy, que formulou seus princípios baseado sobretudo na biologia, de modo especial na elaboração do conceito de “sistemas abertos”
Originalmente, sistema aberto é aquele que, na relação com o ambiente, pode trocar energia e massa. Para a teoria geral dos sistemas, sistema aberto compreende um complexo de relações organizadas entre elementos em processo de equilíbrio e reequilíbrio, em decorrência das interferências do ambiente onde se insere e de outros sistemas e subsistemas com os quais interage.
SISTEMA DA AÇÃO SOCIALSistema é um recurso analítico que se abstrai dos processos sociais totais, isto é, a interação dos indivíduos humanos, na qual cada um é "ator" e "objeto de orientação".
ATOR - tem objetivos, ideias, atitudes. OBJETO DE ORIENTAÇÃO - Referência para si e para outros atores.
• Constituindo um sistema, a sociedade tem como núcleo a ordem normativa padronizada. • A ordem supõe valores e normas diferenciadas e particularizadas. • Tomadas como referência, definem-se como legítimas e significativas.
COMPONENTES ESTRUTURAIS DO SISTEMA DA AÇÃO SOCIAL
Papéis - modos de participação nas diversas coletividades do sistema. Coletividades – Grupos que se constituem baseados em valores, ideias e ideologias que se institucionalizam e cuja concretização é especificada pelos atores sociais. Normas - Elementos definidores de padrões. Valores - Responsáveis por especificar as orientações desejáveis do sistema.
A soma desses componentes formam uma Cultura específica de uma sociedade concreta.
O SISTEMA DA AÇÃO SOCIAL E SEUS SUBSISTEMASO sistema da ação social compreende quatro subsistemas: cultural, social, psíquico e biológico. Esses quatro subsistemas encontram-se ligados por ordem hierárquica de controle cibernético.A hierarquia cibernética organiza os subsistemas em linha ascendente – baseada na informação – e em linha descendente – baseada na energia.
O sistema social enfrenta problemas fundamentais de ajustamento, denominados “imperativos funcionais”. Para atender a esses imperativos, Parsons define quatro funções:
Função de controle: consiste em manter os padrões, ou seja, assegurar a estabilidade normativa, inclusive a ordem na transformação; Função de Integração: consiste em assegurar a coordenação entre as partes do sistema ; Função de Orientação: Consiste em definir e atingir os objetivos, tanto para o sistema como para suas partes constitutivas; Função de Adaptação: Consiste em meios necessários para a consecução das finalidades do sistema e de suas partes constitutivas.
O FUNCIONALISMO SISTÊMICO Conceito de Autopoiesis
(LUHMANN)É um conceito biológico desenvolvido Humberto Maturana e Francisco Varela que trata da autorregulação e autocontrole do ser vivo. Segundo esta teoria, um ser vivo é um sistema autopoiético, caracterizado como uma rede fechada de produções moleculares (processos). A conservação da autopoiese e da adaptação de um ser vivo ao seu meio são condições sistêmicas para a vida. Portanto um sistema vivo, como sistema autônomo está constantemente se autoproduzindo, autorregulando, e sempre mantendo interações com o meio, onde este apenas desencadeia no ser vivo mudanças determinadas em sua própria estrutura, e não por um agente externo.
CONTROLE A sociedade total, enquanto mundo circundante reflete-se nos sistemas parciais. Os sistemas parciais se relacionam entre si e com o mundo circundante (sociedade total).
REFLEXIVIDADE A Diferenciação e a especificação funcional são fragmentações do Sistema Social que formam subsistemas, entretanto, esses subsistemas relacionam-se de forma reflexiva entre si.
SISTEMA GERAL – COMPLEXIDADE DO SISTEMA O consenso funcional é um ponto de partida para a vida em sociedade, porém, esse consenso é insuficiente para a atuação da sociedade sobre si mesma. Então torna-se necessário um controle central para receber e transformar os conhecimentos e os impulsos da esfera pública.